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Fisiologia masculina e hormônios masculinos

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· Fisiologia masculina e hormônios masculinos
As funções reprodutoras masculinas podem ser divididas em: (1) espermatogênese; (2) desempenho do ato sexual masculino e (3) regulação das funções reprodutoras masculinas por vários hormônios.
· Anatomofisiologia dos órgãos sexuais masculinos
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos convolutos, onde é formado o esperma; cada um tem, em média, mais de 1 metro de comprimento. O esperma é, então, lançado no epidídimo, outro tubo convoluto, de aproximadamente 6 metros de comprimento. O epidídimo conduz ao canal deferente, que se alarga na ampola do canal deferente, imediatamente antes do canal entrar no corpo da glândula prostática. Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, desembocam na terminação prostática da ampola e os conteúdos delas passam para o ducto ejaculatório e são conduzidos, através do corpo da glândula prostática, e, então, desaguando na uretra interna. Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o conduzem para o ducto ejaculatório e, daí, para a uretra prostática. Finalmente, a uretra é o último elo de conexão dos testículos com o exterior. Ela contém um muco proveniente de grande número de pequenas glândulas uretrais, localizadas em toda sua extensão, e, em maior quantidade, das glândulas bulboretrais (glândulas de Cowper) localizadas próximas da origem da uretra.
Os espermatozoides normais móveis e férteis são capazes de apresentar movimentos flagelares em meio líquido. Sua atividade é muito aumentada em meio neutro ou ligeiramente alcalino, como o existente no sêmen ejaculado, mas é muito deprimida em meio ácido, sendo este, quando em altas concentrações fatal para o gameta. Embora ele possa viver por muitas semanas no estado reprimido nos ductos genitais dos testículos, a expectativa de vida do espermatozoide ejaculado, no trato genital feminino, é de somente 1 a 2 dias.
As vesículas seminais são tubos tortuosos revestidos por epitélio secretor que secreta material mucoso contendo frutose, ácido cítrico e outras substâncias nutritivas em abundância, bem como grande quantidade de prostaglandinas e fibrinogênio. Durante o processo de emissão e de ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório, imediatamente após o canal deferente ter despejado os espermatozoides. Isso aumenta muito o volume do sêmen ejaculado, e a frutose e outras substâncias no líquido seminal têm valor nutritivo considerável para os espermatozoides ejaculados, até o momento em que um espermatozoide fertilize o óvulo. 
Acredita-se que as prostaglandinas auxiliem na fertilização de duas maneiras: (1) reagindo com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo ao movimento do espermatozoide e possivelmente (2) induzindo contrações peristálticas reversas para trás, no útero e nas tubas uterinas, movendo os espermatozoides ejaculados em direção aos ovários.
A próstata secreta um líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. Durante a emissão, a cápsula da próstata se contrai simultaneamente com as contrações do canal deferente, de modo que o líquido fino e opaco da próstata seja adicionado ao sêmen. Leve alcalinidade característica do líquido prostático pode ser importante para a fertilização bem-sucedida do óvulo, uma vez que o líquido do canal deferente é relativamente ácido, inibindo a fertilidade do espermatozoide, além da acidez própria das secreções vaginais, fatores que em conjuntos fazem com que o espermatozoide não adquira mobilidade necessária. Assim, a basicidade do líquido da próstata neutraliza a acidez do líquido seminal, aumentando a mobilidade e fertilidade do gameta.
· Testosterona e outros hormônios sexuais masculinos
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados de androgênios, incluindo a testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona, sendo a primeira mais abundante que as outras. Ela é formada pelas células intersticiais de Leydig, situadas no interstício entre os túbulos seminíferos e constituem cerca de 20% da massa dos testículos adultos. Elas são praticamente inexistentes nos testículos na infância, época em que os testículos quase não secretam testosterona, mas elas são numerosas no recém-nascido do sexo masculino e no homem adulto após a puberdade.
Todos os androgênios são compostos esteroides, sendo sintetizados nos testículos ou nas adrenais pelo colesterol ou diretamente pela acetilcoenzima A. Após a secreção pelos testículos, quase que toda a testosterona se liga fracamente à albumina plasmática ou se liga, mais fortemente, a uma betaglobulina chamada de globulina ligada ao hormônio sexual. Então, a testosterona é transferida para os tecidos ou é degradada, formando produtos inativos que serão excretados. A testosterona que não se fixa aos tecidos é convertida rapidamente, em sua maior parte pelo fígado, em androsterona.
A testosterona começa a ser elaborada pelos testículos fetais masculinos, aproximadamente na sétima semana de vida embrionária. Uma das principais diferenças funcionais entre os cromossomos sexuais masculinos e femininos é que o cromossomo masculino tem o gene SRY que codifica uma proteína denominada fator de determinação testicular (proteína SRY). Esta inicia uma cascata de ativações genéticas que faz com que as células do tubérculo genital se diferenciem em células que secretem testosterona e, por fim, formem testículos, enquanto o cromossomo feminino faz com que o tubérculo se diferencie em células que secretam estrogênios. Assim, a testosterona secretada inicialmente pelas cristas genitais e, posteriormente, pelos testículos fetais, é responsável pelo desenvolvimento das características do corpo masculino, incluindo a formação do pênis e do saco escrotal, em vez da vagina e do clitóris. Tal hormônio induz ainda a formação da próstata, das vesículas seminais e dos ductos genitais masculinos.
· Testosterona e seus efeitos sobre as características sexuais masculinas primárias e secundárias
A testosterona induz o crescimento de pelos no púbis, para cima ao longo da linha alba do abdome, algumas vezes até o umbigo ou acima, na face, geralmente no tórax e menos frequente nas costas. Entretanto, ela reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça, propiciando a calvície, determinada por herança genética e grande quantidade de hormônios androgênicos. Tal hormônio ainda produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe, estabelecendo de forma gradual uma voz masculina típica de adulto. A testosterona aumenta a espessura da pele de todo o corpo e aumenta a rigidez dos tecidos subcutâneos, aumentando também a secreção de algumas glândulas sebáceas do corpo, contribuindo para o desenvolvimento de acne. Uma das características masculinas importantes é o desenvolvimento da musculatura após a puberdade, com aumento de cerca de 50% da massa muscular em relação às meninas. Isso está associado ao aumento da quantidade de proteína em regiões não musculares do corpo. 
O GnRH é liberado no sistema vascular porta hipotalâmico-hipofisário. Então, é transportado para a hipófise anterior na circulação porta hipofisária, e estimula a liberação de duas gonadotropinas, o LH e o FSH. A secreção de LH é também cíclica, seguindo quase fielmente o padrão pulsátil do GnRH, sendo assim, este é conhecido como hormônio liberador de LH. O LH e o FSH são glicoproteínas que exercem seus efeitos sobre os tecidos-alvos nos testículos, principalmente por ativar o sistema de segundo mensageiro do monofosfato cíclico de adenosina que, por sua vez, ativa sistemas enzimáticos específicos nas células-alvo.
A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem o efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise anterior. A maior parte dessa inibição resulta de efeito direto da testosterona sobre o hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH. Este, por sua vez, produz redução correspondente na secreção de LH e FSH pela hipófise anterior, e a redução de LHdiminui a secreção de testosterona nos testículos. Assim, sempre que a secreção de testosterona fica muito elevada, esse efeito automático de feedback negativo reduz a secreção de testosterona para os níveis de funcionamento desejados. Ao contrário, pequenas quantidades de testosterona induzem o hipotálamo a secretar grande quantidade de GnRH, com o correspondente aumento da secreção de LH e FSH e consequente aumento da secreção testicular de testosterona. 
No controle da atividade dos túbulos seminíferos, destaca-se a inibina, secretado pelas células de Sertoli, com potente efeito de feedback negativo sobre a hipófise anterior para o controle da espermatogênese, inibindo a secreção de FSH e, possivelmente, de maneira discreta, inibindo a secreção de GnRH pelo hipotálamo. É desconhecido o fator motivador para o início da puberdade masculina, mas, sabe-se que durante a infância, o hipotálamo simplesmente não secreta quantidades significativas de GnRH. Uma das razões para isso é que, durante essa fase, pequena secreção de qualquer hormônio esteroide exerce efeito inibitório intenso sobre a secreção hipotalâmica. Também, por motivos ainda não compreendidos na época da puberdade, a secreção de GnRH supera a inibição infantil, iniciando a vida sexual adulta.

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