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PCP_Unidade 03 a

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CONTROLE E ACOMPANHAMENTO 
DA PRODUÇÃO
Professora:
Me. Marcia Pappa 
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Rossana Costa Giani 
Editoração Flávia Thaís Pedroso
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; PAPPA, Marcia.
 
 Planejamento e Controle da Produção. Marcia Pappa.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 41 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Gestão 2. Produção 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 338
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| FINALIDADE DO CONTROLE DA PRODUÇÃO
15| MÉTODOS DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA 
PRODUÇÃO
26| EFICIÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Conceituar a etapa de controle da produção.
 • Apresentar técnicas de controle e acompanhamento da produção.
 • Explicar o conceito de eficiência produtiva.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Finalidade do Controle da Produção
 • Métodos de Acompanhamento e Controle da Produção
 • Eficiência do Processo Produtivo
CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
introdução
Caro(a) aluno(a), neste estudo, você irá estudar assuntos relacionados ao controle 
da produção. Será que as indústrias conseguem fazer o controle das ações 
planejadas? Qual a importância dessa etapa para as demais ações a serem 
realizadas? Os gestores estão preparados para acompanhar e controlar os 
processos produtivos?
É nesse contexto que os assuntos serão abordados. Será apresentada a 
finalidade do controle da produção e também alguns métodos para controlar 
as rotinas produtivas, pois o controle é fundamental para que, se houver algum 
desvio do que foi planejado, o gestor consiga tomar as decisões a tempo.
Um dos métodos de controle é o gráfico de Gantt, pois, além de estabelecer as 
etapas e prazos a serem cumpridos, o gestor consegue fazer um cruzamento das 
informações entre o que foi planejado e o que realmente está sendo executado.
As ferramentas estatísticas também serão apresentadas, fornecendo 
informações referentes a cada uma e como elas podem ser utilizadas nas etapas 
produtivas.
A eficiência do processo produtivo também é assunto bastante interessante, 
pois de nada adianta o planejamento e a programação da produção estarem 
sendo realizadas se o processo não é eficiente, e controlar as ações é fator 
essencial para estabelecer um padrão e conseguir sempre melhorar.
Está preparado e motivado para conhecer um pouco mais a respeito do 
controle da produção? Então vamos lá! Bons estudos!
Pós-Universo 6
Finalidade do
Controle da Produção
Pós-Universo 7
Você já deve ter escutado o ditado popular: “O seguro morreu de velho”. Pois é! Vamos 
aplicar ao conceito de controle da produção. De nada adianta planejar se, no momento 
da execução das atividades planejadas, não houver acompanhamento e controle, ou 
seja, é melhor ficar bem atento e se precaver para não ter surpresas posteriormente.
Sendo assim, o controle da produção tem a função de alinhar as ações planejadas 
com as operações que serão desenvolvidas no chão de fábrica. Segundo Tubino 
(2007), o acompanhamento e controle da produção oferecem suporte às atividades 
produtivas a fim de garantir que todas as atividades planejadas realmente sejam 
executadas.
A Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais (IOMG) é uma autarquia 
responsável pela publicação do diário oficial de Minas Gerais e pela produção 
de impressos, documentos técnicos e publicações em geral para os órgãos 
e entidades do Governo do Estado de Minas Gerais e para terceiros. Com 
objetivo de construir indicadores para serem utilizados como parâmetros 
de controle no processo produtivo, planilhas foram repassadas aos setores 
da empresa, o que lhes possibilitou a observação de variáveis diversas 
para cada ordem de serviço trabalhada em cada um dos setores. Dentre as 
variáveis, são comuns a todos os setores o número da ordem de serviço (OS), 
sua data e o horário de entrada e saída em cada setor, e as observações. O 
número da OS é utilizado para que se tenha o registro e o acompanhamento 
de cada serviço em todos os processos pelos quais ele passa. Já as datas 
e horários de entrada e saída permitem que seja mensurado o tempo de 
processamento total de cada produto. E no que diz respeito ao campo de 
observações, ele é utilizado para que qualquer informação adicional seja 
registrada. Os indicadores foram definidos com base nos trabalhos publicados 
e nas informações coletadas junto aos gerentes setoriais da empresa.
Fonte: adaptado Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009).
saiba mais 
Pós-Universo 8
Vimos no saiba mais apresentado que o controle da produção traz inúmeras informações 
do processo. Vamos agora basicamente conhecer, de acordo com Correa e Correa 
(2007), as funções relacionadas à etapa de controle dos processos produtivos. 
Após a análise das ordens de produção que devem ser emitidas, o PCP faz a 
programação e liberação para produção. Automaticamente devem ser acompanhadas 
para garantir que serão produzidas no tempo estimado, com o padrão de qualidade 
estabelecido e com os custos operacionais definidos no planejamento.
É função da etapa de controle da produção estar informada das quantidades 
de estoque em processo. Essas são coletadas no chão de fábrica e repassadas ao 
departamento de PCP. O acompanhamento do processo produtivo é fundamental 
para que as informações estejam atualizadas e, em algumas empresas, é utilizada a 
tecnologia para coletar esses dados, por exemplo, etiquetas inteligentes RFID, leitores 
de código de barras ou até mesmo a inserção dos dados em softwares de controle 
da produção (Quadro 1).
Quadro 1 - Exemplo de Controle do Processo Produtivo
Ordem 
Serviço
Código 
Produto
Data Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4
212 01.00023
Planejado 01/10 07/10 11/10 18/10
Realizado 01/10 09/10 13/10
215 01.00028
Planejado 05/10 06/10 11/10 13/10
Realizado 06/10 08/10
223 01.00047
Planejado 03/11 09/11 18/11 25/11
Realizado 02/11
Fonte: Pappa (2013).
Pós-Universo 9
A comunicação entre o chão de fábrica e o setor de PCP a respeito da situação exata 
de cada ordem de produção é fundamental, pois assim a organização tem a ideia 
exata de como está seu processo e também estará preparada para imprevistos que 
possam acontecer. Quando falamos de imprevisto, o autor Tubino (2000) relata que 
eles devem alterar minimamente o planejamento pré-realizado; as ações devem 
acontecer de forma imediata para sanar possíveis problemas que possam afetar e 
alterar o planejamento.
Também é função do controle da produção fornecer informações referentes à 
capacidade produtiva. Dessa maneira, deverá ter informações atualizadas das ordens 
de produção que estão sendo finalizadas bem como possíveis retrabalhos que serão 
necessários.
O controle das ordens de produção deve ser feito em cada etapa do processo, 
ou seja, acompanhando as entradas e saídas de cada etapa produtiva, a fim de gerar 
informações delead time e também aquelas relacionadas ao custo do processo.
E por fim, a mensuração da eficiência dos operadores ou processos também deve 
ser feita nesse momento, a fim de fornecer informações para o PCP da situação real 
do chão de fábrica, pois, além do acompanhamento da eficiência diária, há indústrias 
que pagam aos colaboradores prêmio de produção baseados na eficiência individual 
e do grupo de trabalho.
Segundo Tubino (2007), os gestores devem ter a visão geral do funcionamento 
do PCP para que assim consigam compreender o momento da tomada de decisão 
de cada processo, identificando desvios, buscando ações corretivas, comparando 
o programado com o realizado e preparando relatórios para os demais setores da 
organização (Figura 1).
Pós-Universo 10
Plano
mestre de
produção
Controle de
prioridades Relatórios
para gestão
Programação
de ordens
Listas de 
engenharia 
e manufatura
Planejamento
detalhado de
materiais (MRP)
Liberação
de ordens
Conjunto de
documentos
Lista de liberação
de ordens
Fábrica
Matérias-primas
e componentes
Estação de
trabalho
Material em
Processo
Produtos
acabados
Sistema de coleta
de dados de chão
de fábrica
Acompanhamento
de ordens
Figura 1: Fases do Sistema de Controle de Produção no Chão de Fábrica
Fonte: Groover (2000 apud FAVARETTO; VIEIRA, 2006, p. 3).
A partir do plano mestre da produção são constadas as diretrizes que o setor de PCP 
deve seguir. A partir da liberação das ordens de produção para o setor produtivo, é 
iniciado também o acompanhamento e controle dos processos, sendo que muitas 
indústrias utilizam softwares para que essa rotina seja mais automatizada.
Pós-Universo 11
A etapa de acompanhamento e controle da produção tem início com a emissão 
das ordens de fabricação e finaliza-se com a chegada desses produtos no setor de 
expedição, prontos e embalados para serem enviados aos clientes. Isto porque, 
na elaboração do plano de produção, constam as metas e, no plano mestre de 
produção, consta o planejamento dos meios para se atingir essa meta e, na etapa 
de acompanhamento e controle de produção, são seguidos esses parâmetros para 
garantir a eficiência do processo como um todo (TUBINO, 2007).
O controle da produção se relaciona com as ordens de fabricação emitidas 
pelo PCP, com o monitoramento dessas ordens nos variados processos 
produtivos, com o acompanhamento da qualidade e também com o 
acompanhamento do custo do processo.
reflita
Segundo Martins e Laugeni (2005), esse acompanhamento deve acontecer em todas 
as etapas do processo, pois envolve a questão da velocidade das decisões, e quando 
a empresa acompanha essas rotinas e prepara os colaboradores para tomada de 
decisão, apresenta um diferencial frente ao mercado. O acompanhamento das rotinas 
de trabalho no setor produtivo gera um feedback aos demais setores da organização 
e principalmente gera dados para que o setor de PCP consiga tomar decisões mais 
acertadas.
Temos como exemplos dessas decisões a liberação de ordens de serviço a fim de 
que não aconteça ociosidade; a avaliação dos gargalos; o cancelamento de ordens 
liberadas ou a postergação das mesmas; análise de atrasos; e aumento ou diminuição 
de quantidades de produtos a serem produzidos. 
Pós-Universo 12
Segundo Tubino (2007), essa questão da velocidade que se deve ter para tomar 
as decisões no chão de fábrica e dar um feedback para o PCP está relacionada ao 
tipo de processo produtivo adotado pela indústria. Temos como exemplo:
 • Em processos contínuos ou de produção em massa em que o volume 
de produção é alto, a coleta de dados deve ser em tempo real, pois, caso 
contrário, se ocorrer demora na atualização das informações, os desvios 
podem ser grandes.
 • Nos processos por projeto, esse feedback é um pouco mais lento, pois é 
o tempo de produção do produto e a quantidade que ditarão o ritmo do 
controle da produção. 
 • Já para os processos repetitivos em lote, o que irá nortear o controle e a 
geração das informações é o tamanho do lote, podendo ter informações 
diárias e semanais.
Quando a organização consegue entender o seu processo produtivo e também 
acompanhar esse processo, automaticamente ela tem informações internas de forma 
mais rápida e, consequentemente, apresenta vantagens frente a seus concorrentes, 
que, de acordo com Slack (2002), são qualidade, confiabilidade, velocidade, flexibilidade 
e custo.
A velocidade na tomada de decisão nas indústrias depende da forma com 
que a empresa trabalha, ou seja, do tipo do processo produtivo.
atenção
Pós-Universo 13
O acompanhamento e controle do processo produtivo proporciona ao gestor 
estabelecer indicadores que demonstram como o processo está se comportando 
no decorrer do tempo e, de acordo com Favaretto e Vieira (2006), é possível fazer a 
seguinte relação (Quadro 2):
Quadro 2 - Indicadores produtivos
Itens de Controle
Grandezas Produção realizada
Produção 
planejada
Refugo
Quantidade 
(unidades)
Quantidade 
produzida
Quantidade 
planejada para 
produção
Quantidade de 
refugos
Tempo (horas)
Tempo gasto com 
a produção
Tempo planejado Não se aplica
Custo (R$)
Custo da produção 
realizada
Custo de produção 
planejado
Custo dos refugos 
gerados
Ocorrência 
(Contagem das 
ocorrências)
Contagem de 
ordens, lotes 
e operações 
realizadas na 
produção
Não se aplica Não se aplica
Fonte: Favareto e Vieira (2006, on-line).
De acordo com as grandezas preestabelecidas no setor de PCP, é possível rastrear 
o processo produtivo a fim de identificar problemas ou melhorias objetivando a 
eficiência.
Pós-Universo 14
A Força Aérea Brasileira (FAB) retoma as origens e se rende ao sistema de 
identificação para inaugurar o primeiro armazém automatizado do País e 
desafogar a central de distribuição de itens reembolsáveis, afetada por um 
intenso gargalo logístico. O capitão-intendente e assessor de Tecnologia da 
Informação, Robson Teles Peixoto, revela que, entre 2007 e 2010, a demanda 
cresceu de 120 mil pedidos anuais para 220 mil. Por isso, a intendência 
passou a planejar uma resolução capaz de otimizar os processos. Assim, 
a movimentação do estoque, feita por robôs e transelevadores (bastante 
comuns em frigoríficos, para prevenir a contaminação pelo manuseio de 
carnes e evitar a exposição excessiva de funcionários às baixas temperaturas 
dos freezers), foi aliada à radiofrequência, ainda embrionária no País, mas 
muito utilizada pelo setor têxtil. O casamento, inédito no Brasil, foi colocado 
em prática no final do ano passado com um investimento de R$ 2,3 milhões 
e já começa a surtir os efeitos esperados, reduzindo o tempo de atendimento 
para 15 dias.
Fonte: Vigna (2012, on-line).
fatos e dados
Dessa forma, é fundamental o controle da produção para que os gestores consigam 
acompanhar as tarefas que estão sendo realizadas e tomar decisões quando imprevistos 
acontecem ou quando as ações estão fugindo do planejamento.
Pós-Universo 15
Métodos de 
Acompanhamento e 
Controle da Produção
Pós-Universo 16
Temos acompanhado que o mercado está cada vez mais exigente e a concorrência 
mais global, sendo assim, as indústrias devem estar preparadas para o atendimento 
das necessidades dos seus clientes e ter um diferencial frente aos seus concorrentes.
Segundo Tubino (2007), essa globalização está fazendo com que as empresas 
repensem seus processos produtivos de forma a ter mais agilidade e confiabilidade. As 
técnicas de controle estão cada vez mais presentes no chão de fábrica, por exemplo, 
o just in time (JIT) voltado para questões estruturais, o controle de qualidade total 
(TQC) voltado para identificação e resolução de problemas e também o controle de 
entradas e saídas dos processos.
Uma das formas de controlar o processo produtivo e, ao mesmo tempo, acompanhar 
as ações planejadas é a utilização do gráfico de Gantt (Figura 2). Esse método foi 
desenvolvido por Henry Gantt em 1910, e foi estruturado para programare controlar 
as atividades que deveriam ser desenvolvidas na construção de navios. Desde a sua 
criação até os dias atuais, esse método não teve muitas mudanças, inicialmente 
era utilizado para fase de projetos e hoje em dia utilizamos também para a fase de 
fabricação (CORREA; CORREA, 2007).
Identificação
1
2
3
4
5
Criação do Produto
Ficha Técnica
Ficha de Processos
Planejamento de Compras
Planejamento da Produção
06/12/2014
06/01/2014
06/01/2014
06/01/2014
06/01/2014
06/01/2014
10/01/2014
13/01/2014
15/01/2014
31/01/2014
22d
5d
6d
8d
20d
Nome da Tarefa Início Término Duração 
5 jan 2014
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
12 jan 2014
Figura 2: Modelo de Gráfico de Gantt
Fonte: Pappa (2013).
Conforme vimos na figura 2, o gráfico de Gantt pode ser utilizado nas indústrias desde 
a etapa de criação dos produtos até a entrega dos pedidos aos clientes, planejando 
e acompanhando todas as ações de uma forma mais eficiente. Para construção do 
gráfico de Gantt, se faz necessário estabelecer as tarefas a serem planejadas; essas 
podem ser acompanhadas diariamente, semanalmente ou mensalmente.
Pós-Universo 17
O gráfico de Gantt é utilizado como ferramenta de planejamento das tarefas 
a serem realizadas, servindo ainda para acompanhar a realização dessas 
tarefas, permitindo a comparação entre o previsto e realizado. 
Para saber mais a respeito do gráfico de Gantt, acesse o link: <http://
pt.smartsheet.com/Gest%C3%A3o-de-Projetos-on-line>.
saiba mais 
Outro método de controle, segundo Correa e Correa (2007), é o controle de entrada e 
saída das ordens de serviço em cada fase produtiva. Tem como objetivo acompanhar 
as atividades que estão sendo realizadas em cada posto de trabalho, de forma a manter 
o estoque em processo em quantidades satisfatórias, nem tão altos formando gargalos 
e nem tão baixos de modo que os colaboradores ou máquinas fiquem ociosos.
As informações geradas desse controle podem ser agrupadas em relatórios, 
conforme quadro 3:
Quadro 3 - Exemplo de controle de entradas e saídas dos centros de trabalho
Centro de Trabalho
Semana 1 2 3 4
Entrada
Planejada 1000 1200 1300 1100
Real 1100 1000 1200 1100
Desvio 100 200 100 0
Saída
Planejada 1100 1000 1200 1100
Real 1000 1000 1100 1000
Desvio 100 0 100 100
Fonte: Pappa (2013).
Pós-Universo 18
Na análise dessas informações, é possível que o gestor consiga controlar as rotinas 
do chão de fábrica, por exemplo:
 • Lead time do processo.
 • Tempo de produção dos produtos.
 • Identificação dos desvios entre o planejado e o executado.
 • Quantidades produzidas diária, semanal e mensalmente.
 • Alinhamento da programação e liberação das ordens de fabricação de 
acordo com as quantidades que estão sendo produzidas.
 • Acompanhamento da eficiência do processo produtivo.
O acompanhamento e controle da produção também avalia a qualidade do processo 
como um todo, aplicando técnicas que dão subsídios para identificação do padrão 
em que se encontra o processo. 
Na etapa de controle do processo produtivo, além do acompanhamento 
dos produtos que estão sendo produzidos em cada etapa, é controlada 
também a qualidade do processo.
atenção
Falando um pouco mais a respeito da qualidade, segundo Slack (2002), a qualidade 
de um produto ou serviço é aquela que atende aos requisitos de forma confiável, 
padronizada, no custo e no prazo predefinido. E uma forma de acompanhar a qualidade 
do processo é aplicando as ferramentas da qualidade, que dão auxílio na tomada de 
decisão e podem ser utilizadas a fim de coletar, processar e fornecer informações, 
facilitando aos gestores a escolha da melhor decisão (WERKEMA, 1995).
Vamos agora conhecer as ferramentas da Qualidade que auxiliam no processo 
de tomada de decisão.
Pós-Universo 19
De acordo com Werkema (1995), as folhas de verificação são utilizadas para 
coletar dados do processo produtivo de forma organizada, permitindo posteriormente 
rápida identificação e interpretação dos resultados. Os dados coletados podem ser 
referentes aos itens não conforme, inspeção de qualidade, localização de defeitos 
no produto ou monitoramento do processo produtivo. 
Folha de Verificação
Produto:
Tipo de Defeito Contagem Total
Operador:
Data:
Risco:
Mancha:
Matéria-Prima:
Fio Solto:
Outros:
Observações:
Figura 3: Folha de Verificação para Localização de Defeitos no Produto Final
Fonte: Pappa (2013).
Pós-Universo 20
A estratificação pode ser entendida como um método para separar o todo 
heterogêneo em subgrupos homogêneos (VIEIRA, 1999). Vamos exemplificar com uma 
empresa embaladora de feijão. Imagine que a empresa trabalha com três fornecedores 
diferentes, podendo existir diferenças entre eles, por exemplo, a característica do 
tamanho. Dessa forma, define-se o padrão de tamanho por amostras e, utilizando-
se a estratificação, é possível fazer essa separação (Figura 4).
DUREZA BRINEL DE MOLAS
Tempo
D
ur
ez
a 
(H
B
)
450
440
430
420
410
400
390
380
370
360
350
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C
Figura 4: Modelo de Estratificação
Fonte: SlideShare (online).
Pós-Universo 21
Segundo Miguel (2001), o diagrama de Pareto ou curva ABC é utilizado para fornecer 
informações referentes aos dados coletados do processo produtivo. Esses dados são 
ordenados em virtude de sua importância no impacto ou solução dos problemas, 
que podem ser referentes a defeitos ou não conformidades. Essa ordenação dos 
dados no gráfico obedece à seguinte regra: o gráfico é dividido em regiões que são 
denominadas A: 20% problemas mais críticos, B: 50% dos problemas apresentam 
soluções viáveis e 20% críticos, C: problemas menos graves (Figura 5).
Diagrama de Pareto para Priorização de Defeitos
1000
500
0
Defect
Pe
rc
en
t
Co
un
t
Count
Percent
Cum %
0
20
40
60
80
100
597
46,5
46,5
204
15,9
62,3
202
15,7
78,1
191
14,9
92,9
91
7,1
100,0
Etiq
ueta
 Erra
da
Cava
 - Po
ntos
 Solt
os
Sem
 Etiq
ueta
Barr
a - P
onto
s So
ltos
Defe
ito n
o Te
cido
Figura 5: Diagrama de Pareto
Fonte: Pappa (2004).
Pós-Universo 22
O diagrama de causa e efeito ou diagrama de Ishikawa, segundo Paladini (2000), 
é representado por um diagrama que reúne seis fatores ou causas observadas no 
processo, são elas: máquina, mão de obra, medida, matéria-prima, método e meio 
ambiente (Figura 6).
Manuseio
Incorreto
Temperatura 
Pedido em
Excesso
Falta média de Vendas
Previsão de Vendas Incorreta
Falta de Controle Estatístico
Falta Treinamento
Manuseio Incorreto
Cuidados
no Transporte
Embalagem
Danificada
Retrabalho
Retorno do
Excesso
Falta de Controle Estatístico
Exposição do
Produto
Preço não
Competitivo
Prazo de
Validade
VencidoFalta de controle das
datas de vencimento
Falta de 
Marketing
Falta de 
Fidelidade
Preço similar do
leite longa vida
Recipiente de
Transporte
Mercado Produto
Retorno
do Leite
Embalado
Distribuidor Vendedores
Figura 6: Exemplo de diagrama de Causa e Efeito
Fonte: Campão et al. (2011, on-line).
De acordo com Vieira (1999), o diagrama de causa e efeito é uma ferramenta utilizada 
para apresentar a relação que existe entre um processo e os fatores do processo que 
possam afetar o resultado do trabalho. A sua produção pode ser realizada através de 
um “brainstorming”, expressão conhecida como tempestade de ideias, que segue 
uma filosofia de que um número maior de pessoas gera um número maior de ideias 
que podem melhorar e otimizar o estudo realizado. 
Pós-Universo 23
Já o histograma é uma forma gráfica para apresentar os dados coletados do 
processo, ele é obtido de uma amostra que serve como base para tomada de decisão, 
geralmente utilizado pelos gestores para análises mais rápidas e objetivas (KUME, 
1993), conforme a figura 7.
10
0
20
30
40
50
60
33,5 39,5 45,5 51,5 57,5
Peso (g)
63,5 69,5 75,5 81,5 87,5
Figura 7: Histograma
Fonte: Andrade et al. (online).
Pós-Universo 24
SegundoMiguel (2001), o diagrama de dispersão ou diagrama de correlação é 
um gráfico utilizado para investigar possível correlação entre duas variáveis, uma de 
entrada e outra de saída, sendo aplicado após a regressão linear (Figura 8).
GRÁFICO DE DISPERSÃO
385
185
1.00 6.00 11.00 16.00 21.00
SA
LÁ
RI
O
NÍVEL
26.00 31.00 36.00 41.00
585
785
985
1185
1385
Figura 8: Diagrama de Dispersão
Fonte: Andrade et al. (online).
Pós-Universo 25
O gráfico de controle ou cartas de controle é um gráfico que representa e registra 
tendências de desempenho sequencial e temporal de um processo. Se todos os 
valores registrados estivem dentro do limite, então o sistema estará sob controle, se 
algum ponto estiver fora das linhas, o sistema estará fora de controle (MIGUEL, 2001) 
(Figura 9).
MÉDIA: 92,4455 - DESVIO PADRÃO: 9,84124 - N:1
V
al
or
es
 d
a 
ta
xa
 d
e 
gl
ic
os
e
121,969
92,4455
62,9217
1 20 40
de 1 de maio a 18 de agosto
Dias
60 80 100
Figura 9: Gráfico de Controle
Fonte: Andrade et al. (online).
Para um bom acompanhamento e controle da produção, se faz necessário o 
conhecimento do processo bem como o conhecimento das técnicas existentes. 
Lembre-se de que nada adianta planejar se no momento da execução não tiver 
controle.
Pós-Universo 26
Eficiência do
Processo Produtivo
Pós-Universo 27
Suponha que uma determinada indústria tem que produzir 600 ventiladores no dia, 
o PCP emitiu a ordem de produção e os processos foram iniciados. No final do dia, 
foi constatado, por meio do controle dos processos, que foi produzido esse número. 
Mas será que a indústria foi eficiente? Teve eficácia em todas as etapas produtivas?
Essas são questões que não devem sair da mente dos gestores. Mas, afinal, o que 
significam esses termos?
Eficácia
Esse termo se refere ao alcance dos objetivos preestabelecidos. No exemplo acima, 
a empresa foi eficaz, pois conseguiu produzir a quantidade preestabelecida, já a 
eficiência diz respeito à máxima utilização dos recursos, ou seja, melhor utilização 
das matérias-primas, mão de obra, máquinas e equipamentos sem ter desperdícios. 
Dessa forma, quando a indústria é eficiente utiliza melhor seus recursos e tem um 
custo menor do processo. 
Nas indústrias, esse conceito é muito buscado, é item que merece uma atenção 
especial por parte dos gestores, pois essa informação proporciona uma melhor análise 
da situação real do chão de fábrica.
De acordo com Martins e Laugeni (2005), a eficiência do processo produtivo pode 
ser obtida aplicando o método da cronometragem das operações. Esse método foi 
encontrado nos primeiros relatos de estudos de Taylor e continua sendo utilizado 
até hoje para medir a eficiência dos colaboradores e grupos de trabalho.
A história da evolução industrial nos mostra que tivemos um casal que foi precursor 
nessa área, o casal Gilbreth, em 1881. Seus estudos eram voltados para valorização do 
ser humano como parte fundamental no processo produtivo, e medir sua eficiência 
era algo mais justo tanto para eles quanto para a empresa.
De acordo com Taylor (1995), a medida de produtividade nas indústrias tem 
como resultados a escolha da melhor maneira de realizar um trabalho, a carga de 
trabalho em um dia, definição do padrão de trabalho, definição do tempo padrão 
para realização dos processos e também o estabelecimento de prêmios de produção 
para os colaboradores.
Pós-Universo 28
Para que os objetivos estratégicos da empresa sejam alcançados, os objetivos 
da manufatura precisam estar de acordo com os itens custo, qualidade, prazo 
e atendimento da necessidade do cliente.
Slack (2002).
reflita
Para se chegar a resultados de eficiência do processo, é preciso medir o tempo das 
operações de fabricação e, para fazer essa medição, utilizamos a técnica de 
cronometragem. 
De acordo com Martins e Laugeni (2005), a cronometragem é uma técnica que 
permite o estudo dos tempos padrão de produção, e esses tempos são importantes 
para algumas tomadas de decisão, entre elas:
Estabelecimento de 
padrões de trabalho
Cálculo do 
custo padrão
Estudo de balanceamento
das linhas produtivas
Figura 10: Tomadas de decisão
Fonte: o autor.
Pós-Universo 29
A cronometragem é uma técnica que, para ser bem aplicada na linha de produção, 
precisa ser compreendida pelo colaborador que irá desempenhar essa função. Deve 
também ser considerado que é uma técnica realizada in loco, exigindo preparação 
prévia do profissional que irá fazer a medição e utilização de equipamentos adequados. 
Todo esse preparo é fundamental para que não cause tumulto e stress no momento 
da medição.
Os tempos de produção sofrem influência da infraestrutura da empresa, dos 
funcionários, das especificações do produto e do grau de automatização da linha 
produtiva, pois nesse caso os produtos passam pelas máquinas com pouca interferência 
humana (MICHELINO, 1964).
No caso do alto contato de pessoas para a produção dos produtos, torna-se 
mais complexo o detalhamento das operações como também a cronometragem 
das operações. 
Aplicação Prática
Em uma indústria de vestuário, por mais que tenhamos máquinas de costura, são 
pessoas que estão trabalhando nessas máquinas, cada um com seu ritmo, e esse 
fator acaba influenciando no processo de medição do tempo.
Antes que o cronometrista – que irá medir o tempo no chão de fábrica – comece a 
fazer a medição, é necessária a definição da ficha de processos, ou ficha de operações, 
do produto. Essa ficha corresponde ao momento de dividir a operação em elementos, 
e o ideal é que essa ficha seja preenchida pelo setor de engenharia do produto 
(Quadro 4).
Quadro 4 - Modelo de Ficha de Processos
Código Operação Máquina Tempo Padrão
1 Corte das partes Corte 1,00
2 Costurar as partes Reta 2,10
3 Acabamento Manual 1,10
4 Embalagem Manual 2,20
Total 6,40 minutos
Fonte: Pappa (2013).
Pós-Universo 30
Para que seja possível chegar à unidade de tempo padrão, os processos são 
cronometrados a fim de identificar os tempos produtivos. Nesse momento, o 
profissional que está fazendo esse trabalho também avalia os movimentos necessários 
e desnecessários que envolvem a operação.
Proponho agora uma reflexão: suponha que você está assistindo a um programa 
na televisão sentado no sofá da sala. Chega uma visita em sua casa e toca a campainha, 
quais são as ações que você terá que realizar a partir desse momento?
 • Primeiramente acredito que você irá se levantar do sofá.
 • Irá caminhar até a porta, a abrirá e verificará quem é a pessoa que está 
tocando a campainha.
 • Vai até o portão receber essa visita.
 • Entram novamente em casa e todos se acomodam.
Na indústria, essas ações correspondem à etapa de separação da operação de 
fabricação em elementos, e cada uma dessas ações serão acompanhadas, medidas 
e o tempo de cada uma delas é inserido na ficha de processos.
A partir da ficha de operações pronta e estando o cronometrista preparado para 
medição, basta escolher o método de trabalho que melhor se adéque à realidade da 
indústria. Os equipamentos mais utilizados para medição do tempo são:
 • Relógio: Para acompanhamento dos tempos dos processos.
 • Filmadora: Para avaliar a movimentação que está presente no processo 
cronometrado.
 • Ficha: Permite anotar os tempos medidos para posterior cálculo e análises.
 • Recursos tecnológicos: Já temos disponível a tecnologia que, através de 
alguns softwares, fazem a integração entre as ferramentas do sistema com 
coletores no chão de fábrica, por exemplo, palm top ou leitores de rádio 
frequência; quando esses equipamentos são utilizados, não se faz necessário 
o uso do cronômetro e da ficha de observação, pois o próprio coletor – 
que funciona como cronômetro – estabelece o envio dos dados medidos 
para o software.
Pós-Universo 31
A cronometragem é uma técnica que permite a medição do tempo dos processos 
e, juntamente com análise da movimentação e tempos desnecessários, entra a 
cronoanálise,formando o estudo de tempos e métodos. Entre os movimentos a 
serem analisados, de acordo com Martins e Laugeni (2005), podemos destacar:
ALCANÇAR
DESMONTAR
SOLTAR
POSICIONAR AGARRAR
GIRAR
MOVIMENTAR
MOVIMENTOS
Figura 12: Análise dos Movimentos
Fonte: Martins e Laugeni (2005)
No processo de medição do tempo, deve ser avaliado se a leitura será contínua ou 
parcial. A leitura contínua é sem interrupções e, de acordo com a operação que 
está sendo medida, determina-se o número de ciclos que serão cronometrados e o 
cronômetro só para no momento do término de todo ciclo, por isso é aconselhável 
para medições de tempos muito curtos. Já nas leituras parciais, o cronômetro é 
iniciado e finalizado a cada operação cronometrada, exigindo maior concentração 
do cronometrista.
Pós-Universo 32
Segundo Martins e Laugeni (2005), no dia a dia das indústrias que trabalham 
com o controle de eficiência, são realizadas de 10 a 20 cronometragens da mesma 
operação ou elementos, mas também existem fórmulas estatísticas que informam a 
quantidade exata de ciclos a serem realizados.
No momento da medição, também é avaliada a velocidade com que o operador está 
realizando determinada operação. Essa avaliação não tem um padrão preestabelecido, 
depende da observação do cronometrista, por isso a necessidade da preparação 
prévia.
De acordo com Tubino (2007), para determinação do tempo padrão de cada 
operação, são avaliadas as tolerâncias que serão inclusas nos tempos observados, 
sendo geralmente utilizado o seguinte padrão:
 • Tolerância pessoal: 5%.
 • Tolerância devido à fadiga: 5%.
 • Tolerância para esperas fora do controle: pode variar entre 5% a 8% (estimativa).
Além da tolerância empregada no tempo padrão, as questões estruturais e ergonômicas 
também acabam influenciando nos números. Segundo Martins e Laugeni (2005), 
existem condições padronizadas para o local de trabalho, por exemplo, a temperatura 
deve estar compreendida entre 20 e 24° C, a umidade relativa do ar entre 40 e 60%, 
o ruído até 80 decibéis e a iluminação de no mínimo 300 lux e no máximo 2000lux, 
pois acima desse número pode causar fadiga visual.
Para determinação do tempo padrão, devem ser seguidos os seguintes passos:
Passo 1
Tempo cronometrado (TC): é obtido fazendo a média dos tempos que foram 
cronometrados.
Passo 2
Tempo Normal (TN): TC x velocidade do operador
Passo 3
Tempo Padrão (TP): TN + tolerância
Pós-Universo 33
Para uma melhor organização dos dados coletados no chão de fábrica, o PCP pode 
utilizar planilhas ou softwares que dão suporte para esse acompanhamento (quadro 5). 
Quadro 5 - Exemplo de Ficha de Cronometragem
Cód. Operação Máquina T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10
MÉDIA 
TO
TN 
(TO x 
ritmo)
TP 
(TN + 
tol)
Fonte: Pappa (2013).
A partir da determinação do tempo padrão dos produtos produzidos, é possível 
acompanhar e controlar a eficiência do processo produtivo, ou seja, com a informação 
do tempo padrão para fabricação de um determinado produto, é possível calcular a 
quantidade de unidades que a fábrica tem capacidade para produzir por dia e assim 
fazer a comparação com a quantidade que realmente foi produzida de cada produto.
O tempo padrão é utilizado nas indústrias para estabelecimento de metas 
produtivas, podendo também servir como base do balanceamento das 
unidades de produção.
quadro resumo
atividades de estudo
1. O controle da produção tem a finalidade de alinhar as ações planejadas às ações que 
estão sendo realizadas. Com base nessa informação, marque a alternativa correta:
a) As ordens de montagem não são acompanhadas, somente as ordens de produção.
b) Em indústrias de grande porte, o controle do processo é inexistente.
c) O PCP define os indicadores para que o controle seja eficiente.
d) O controle pode ser feito somente no almoxarifado, ou seja, controle de estoque.
2. Os métodos de controle, quando aplicados de forma eficiente no processo industrial, 
são bons aliados para que o gestor consiga acompanhá-lo de forma online. Diante 
disso, assinale a alternativa correta:
a) O gráfico de Gantt é utilizado apenas para o planejamento das ações.
b) As ferramentas estatísticas são utilizadas para controle de qualidade do processo.
c) É atividade do controle do processo emitir as ordens de produção.
d) A programação da produção não influencia nas atividades de controle da produção.
3. A eficiência do processo produtivo é um fator bastante discutido nos processos 
industriais e algo a ser aprimorado nas indústrias. Diante disso, assinale a alternativa 
correta:
a) A eficiência está relacionada ao uso dos recursos de forma otimizada.
b) O custo não é avaliado no quesito eficiência.
c) A qualidade é fator desconsiderado quando o assunto é eficiência.
d) Os colaboradores não são levados em consideração nessa medição.
resumo
A etapa do controle da produção tem como objetivo acompanhar se as ações estão sendo 
executadas conforme foram planejadas. O chão de fábrica fornece informações referentes ao 
processo produtivo, para que o PCP consiga avaliar e tomar as devidas decisões.
No controle do processo, indicadores são acompanhados, por exemplo: prazo de entrada e 
saída de cada etapa produtiva, tempo de produção, qualidade do produto e do processo, custo, 
eficiência, lead time, ociosidade ou gargalos na produção.
Essa etapa tem início a partir da emissão das ordens de fabricação, passando por todos os processos 
e sendo finalizada quando o produto já está embalado e pronto para ser despachado ao cliente.
Para que seja possível esse acompanhamento, métodos e metodologias são aplicados para que 
seja possível coletar informações do processo, por exemplo, a aplicação das ferramentas estatísticas 
para medir e acompanhar a qualidade.
Ser eficiente é ser competitivo e estar à frente da concorrência, por isso as indústrias estão 
buscando a aplicação de técnicas que possibilitam essa medição. Dessa maneira, a eficiência dos 
colaboradores e da unidade de fabricação é fator fundamental para a competitividade no mercado.
material complementar
Administração da Produção
Autores: Nigel Slack, Stuart Chambers e Robert Johnston
Editora: Atlas
Sinopse: esse moderno livro-texto fornece um caminho lógico nas 
atividades de administração da produção e um entendimento do contexto 
estratégico em que os gerentes de produção trabalham. Está estruturado 
em torno do modelo de programação, planejamento e controle, mas 
sem isolar as atividades de planejamento das de controle. As possibilidades de melhoria de 
produção são apresentadas separadamente para refletir a responsabilidade dos gerentes de 
produção quanto à melhoria contínua do desempenho de suas operações. A produção de 
serviços é tratada com o mesmo nível de profundidade da produção de bens.
Princípios da Administração Científica
Autor: Frederick Winslow Taylor
Editora: Atlas
Sinopse: o livro propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo 
dos tempos e movimentos, com a decomposição do trabalho em 
operações, analisando e testando cientificamente esse método de 
melhor utilização da mão de obra e recursos definindo uma metodologia 
a ser seguida por todos os operários com a padronização do método e das ferramentas.
material complementar
Tempos Modernos
Diretor: Charles Chaplin
Ano: 1936
Sinopse: um operário de uma linha de montagem que testou uma 
“máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço é levado à loucura 
pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em 
um sanatório, ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. 
Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e 
equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de 
operários em protesto. Simultaneamente, uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs 
famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe, e o pai delas está desempregado, 
mas o pior ainda está por vir,pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas 
enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar. 
Comentário: esse filme retrata a vida do trabalhador das fábricas no início da revolução 
industrial, nesse tempo os trabalhadores tinham que ser eficientes a qualquer custo, sem 
paradas e nem descansos. A eficiência vinha em primeiro lugar. Nas indústrias atuais, será 
que esse cenário apresentou mudanças?
referências
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<http://max.uma.pt/~a2010607/microsoft_word_ferramentas_da_qualidade.pdf>. Acesso em: 
2 ago. 2014. 
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um estudo de caso em uma empresa alimentícia. Disponível em: <http://www.revistaespacios.
com/a12v33n03/123303261.html>. Acesso em: 2 ago. 2014. 
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FAVARETTO, F.; VIEIRA, G. E. Indicadores de controle da produção para suporte da estratégia de 
manufatura. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006. Disponível em: <http://
www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/454.pdf>. Acesso em 9 mai. 2018.
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WERKEMA, M. C. C. Ferramentas estatísticas básicas para o gerenciamento de processos. 
Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1995.
resolução de exercícios
1. c) O PCP define os indicadores para que o controle seja eficiente.
2. b) As ferramentas estatísticas são utilizadas para controle de qualidade do processo.
3. a) A eficiência está relacionada ao uso dos recursos de forma otimizada.

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