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CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO Professora: Me. Marcia Pappa Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Rossana Costa Giani Editoração Flávia Thaís Pedroso DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; PAPPA, Marcia. Planejamento e Controle da Produção. Marcia Pappa. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 41 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gestão 2. Produção 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 338 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| FINALIDADE DO CONTROLE DA PRODUÇÃO 15| MÉTODOS DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 26| EFICIÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Conceituar a etapa de controle da produção. • Apresentar técnicas de controle e acompanhamento da produção. • Explicar o conceito de eficiência produtiva. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Finalidade do Controle da Produção • Métodos de Acompanhamento e Controle da Produção • Eficiência do Processo Produtivo CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO INTRODUÇÃO introdução Caro(a) aluno(a), neste estudo, você irá estudar assuntos relacionados ao controle da produção. Será que as indústrias conseguem fazer o controle das ações planejadas? Qual a importância dessa etapa para as demais ações a serem realizadas? Os gestores estão preparados para acompanhar e controlar os processos produtivos? É nesse contexto que os assuntos serão abordados. Será apresentada a finalidade do controle da produção e também alguns métodos para controlar as rotinas produtivas, pois o controle é fundamental para que, se houver algum desvio do que foi planejado, o gestor consiga tomar as decisões a tempo. Um dos métodos de controle é o gráfico de Gantt, pois, além de estabelecer as etapas e prazos a serem cumpridos, o gestor consegue fazer um cruzamento das informações entre o que foi planejado e o que realmente está sendo executado. As ferramentas estatísticas também serão apresentadas, fornecendo informações referentes a cada uma e como elas podem ser utilizadas nas etapas produtivas. A eficiência do processo produtivo também é assunto bastante interessante, pois de nada adianta o planejamento e a programação da produção estarem sendo realizadas se o processo não é eficiente, e controlar as ações é fator essencial para estabelecer um padrão e conseguir sempre melhorar. Está preparado e motivado para conhecer um pouco mais a respeito do controle da produção? Então vamos lá! Bons estudos! Pós-Universo 6 Finalidade do Controle da Produção Pós-Universo 7 Você já deve ter escutado o ditado popular: “O seguro morreu de velho”. Pois é! Vamos aplicar ao conceito de controle da produção. De nada adianta planejar se, no momento da execução das atividades planejadas, não houver acompanhamento e controle, ou seja, é melhor ficar bem atento e se precaver para não ter surpresas posteriormente. Sendo assim, o controle da produção tem a função de alinhar as ações planejadas com as operações que serão desenvolvidas no chão de fábrica. Segundo Tubino (2007), o acompanhamento e controle da produção oferecem suporte às atividades produtivas a fim de garantir que todas as atividades planejadas realmente sejam executadas. A Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais (IOMG) é uma autarquia responsável pela publicação do diário oficial de Minas Gerais e pela produção de impressos, documentos técnicos e publicações em geral para os órgãos e entidades do Governo do Estado de Minas Gerais e para terceiros. Com objetivo de construir indicadores para serem utilizados como parâmetros de controle no processo produtivo, planilhas foram repassadas aos setores da empresa, o que lhes possibilitou a observação de variáveis diversas para cada ordem de serviço trabalhada em cada um dos setores. Dentre as variáveis, são comuns a todos os setores o número da ordem de serviço (OS), sua data e o horário de entrada e saída em cada setor, e as observações. O número da OS é utilizado para que se tenha o registro e o acompanhamento de cada serviço em todos os processos pelos quais ele passa. Já as datas e horários de entrada e saída permitem que seja mensurado o tempo de processamento total de cada produto. E no que diz respeito ao campo de observações, ele é utilizado para que qualquer informação adicional seja registrada. Os indicadores foram definidos com base nos trabalhos publicados e nas informações coletadas junto aos gerentes setoriais da empresa. Fonte: adaptado Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009). saiba mais Pós-Universo 8 Vimos no saiba mais apresentado que o controle da produção traz inúmeras informações do processo. Vamos agora basicamente conhecer, de acordo com Correa e Correa (2007), as funções relacionadas à etapa de controle dos processos produtivos. Após a análise das ordens de produção que devem ser emitidas, o PCP faz a programação e liberação para produção. Automaticamente devem ser acompanhadas para garantir que serão produzidas no tempo estimado, com o padrão de qualidade estabelecido e com os custos operacionais definidos no planejamento. É função da etapa de controle da produção estar informada das quantidades de estoque em processo. Essas são coletadas no chão de fábrica e repassadas ao departamento de PCP. O acompanhamento do processo produtivo é fundamental para que as informações estejam atualizadas e, em algumas empresas, é utilizada a tecnologia para coletar esses dados, por exemplo, etiquetas inteligentes RFID, leitores de código de barras ou até mesmo a inserção dos dados em softwares de controle da produção (Quadro 1). Quadro 1 - Exemplo de Controle do Processo Produtivo Ordem Serviço Código Produto Data Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 212 01.00023 Planejado 01/10 07/10 11/10 18/10 Realizado 01/10 09/10 13/10 215 01.00028 Planejado 05/10 06/10 11/10 13/10 Realizado 06/10 08/10 223 01.00047 Planejado 03/11 09/11 18/11 25/11 Realizado 02/11 Fonte: Pappa (2013). Pós-Universo 9 A comunicação entre o chão de fábrica e o setor de PCP a respeito da situação exata de cada ordem de produção é fundamental, pois assim a organização tem a ideia exata de como está seu processo e também estará preparada para imprevistos que possam acontecer. Quando falamos de imprevisto, o autor Tubino (2000) relata que eles devem alterar minimamente o planejamento pré-realizado; as ações devem acontecer de forma imediata para sanar possíveis problemas que possam afetar e alterar o planejamento. Também é função do controle da produção fornecer informações referentes à capacidade produtiva. Dessa maneira, deverá ter informações atualizadas das ordens de produção que estão sendo finalizadas bem como possíveis retrabalhos que serão necessários. O controle das ordens de produção deve ser feito em cada etapa do processo, ou seja, acompanhando as entradas e saídas de cada etapa produtiva, a fim de gerar informações delead time e também aquelas relacionadas ao custo do processo. E por fim, a mensuração da eficiência dos operadores ou processos também deve ser feita nesse momento, a fim de fornecer informações para o PCP da situação real do chão de fábrica, pois, além do acompanhamento da eficiência diária, há indústrias que pagam aos colaboradores prêmio de produção baseados na eficiência individual e do grupo de trabalho. Segundo Tubino (2007), os gestores devem ter a visão geral do funcionamento do PCP para que assim consigam compreender o momento da tomada de decisão de cada processo, identificando desvios, buscando ações corretivas, comparando o programado com o realizado e preparando relatórios para os demais setores da organização (Figura 1). Pós-Universo 10 Plano mestre de produção Controle de prioridades Relatórios para gestão Programação de ordens Listas de engenharia e manufatura Planejamento detalhado de materiais (MRP) Liberação de ordens Conjunto de documentos Lista de liberação de ordens Fábrica Matérias-primas e componentes Estação de trabalho Material em Processo Produtos acabados Sistema de coleta de dados de chão de fábrica Acompanhamento de ordens Figura 1: Fases do Sistema de Controle de Produção no Chão de Fábrica Fonte: Groover (2000 apud FAVARETTO; VIEIRA, 2006, p. 3). A partir do plano mestre da produção são constadas as diretrizes que o setor de PCP deve seguir. A partir da liberação das ordens de produção para o setor produtivo, é iniciado também o acompanhamento e controle dos processos, sendo que muitas indústrias utilizam softwares para que essa rotina seja mais automatizada. Pós-Universo 11 A etapa de acompanhamento e controle da produção tem início com a emissão das ordens de fabricação e finaliza-se com a chegada desses produtos no setor de expedição, prontos e embalados para serem enviados aos clientes. Isto porque, na elaboração do plano de produção, constam as metas e, no plano mestre de produção, consta o planejamento dos meios para se atingir essa meta e, na etapa de acompanhamento e controle de produção, são seguidos esses parâmetros para garantir a eficiência do processo como um todo (TUBINO, 2007). O controle da produção se relaciona com as ordens de fabricação emitidas pelo PCP, com o monitoramento dessas ordens nos variados processos produtivos, com o acompanhamento da qualidade e também com o acompanhamento do custo do processo. reflita Segundo Martins e Laugeni (2005), esse acompanhamento deve acontecer em todas as etapas do processo, pois envolve a questão da velocidade das decisões, e quando a empresa acompanha essas rotinas e prepara os colaboradores para tomada de decisão, apresenta um diferencial frente ao mercado. O acompanhamento das rotinas de trabalho no setor produtivo gera um feedback aos demais setores da organização e principalmente gera dados para que o setor de PCP consiga tomar decisões mais acertadas. Temos como exemplos dessas decisões a liberação de ordens de serviço a fim de que não aconteça ociosidade; a avaliação dos gargalos; o cancelamento de ordens liberadas ou a postergação das mesmas; análise de atrasos; e aumento ou diminuição de quantidades de produtos a serem produzidos. Pós-Universo 12 Segundo Tubino (2007), essa questão da velocidade que se deve ter para tomar as decisões no chão de fábrica e dar um feedback para o PCP está relacionada ao tipo de processo produtivo adotado pela indústria. Temos como exemplo: • Em processos contínuos ou de produção em massa em que o volume de produção é alto, a coleta de dados deve ser em tempo real, pois, caso contrário, se ocorrer demora na atualização das informações, os desvios podem ser grandes. • Nos processos por projeto, esse feedback é um pouco mais lento, pois é o tempo de produção do produto e a quantidade que ditarão o ritmo do controle da produção. • Já para os processos repetitivos em lote, o que irá nortear o controle e a geração das informações é o tamanho do lote, podendo ter informações diárias e semanais. Quando a organização consegue entender o seu processo produtivo e também acompanhar esse processo, automaticamente ela tem informações internas de forma mais rápida e, consequentemente, apresenta vantagens frente a seus concorrentes, que, de acordo com Slack (2002), são qualidade, confiabilidade, velocidade, flexibilidade e custo. A velocidade na tomada de decisão nas indústrias depende da forma com que a empresa trabalha, ou seja, do tipo do processo produtivo. atenção Pós-Universo 13 O acompanhamento e controle do processo produtivo proporciona ao gestor estabelecer indicadores que demonstram como o processo está se comportando no decorrer do tempo e, de acordo com Favaretto e Vieira (2006), é possível fazer a seguinte relação (Quadro 2): Quadro 2 - Indicadores produtivos Itens de Controle Grandezas Produção realizada Produção planejada Refugo Quantidade (unidades) Quantidade produzida Quantidade planejada para produção Quantidade de refugos Tempo (horas) Tempo gasto com a produção Tempo planejado Não se aplica Custo (R$) Custo da produção realizada Custo de produção planejado Custo dos refugos gerados Ocorrência (Contagem das ocorrências) Contagem de ordens, lotes e operações realizadas na produção Não se aplica Não se aplica Fonte: Favareto e Vieira (2006, on-line). De acordo com as grandezas preestabelecidas no setor de PCP, é possível rastrear o processo produtivo a fim de identificar problemas ou melhorias objetivando a eficiência. Pós-Universo 14 A Força Aérea Brasileira (FAB) retoma as origens e se rende ao sistema de identificação para inaugurar o primeiro armazém automatizado do País e desafogar a central de distribuição de itens reembolsáveis, afetada por um intenso gargalo logístico. O capitão-intendente e assessor de Tecnologia da Informação, Robson Teles Peixoto, revela que, entre 2007 e 2010, a demanda cresceu de 120 mil pedidos anuais para 220 mil. Por isso, a intendência passou a planejar uma resolução capaz de otimizar os processos. Assim, a movimentação do estoque, feita por robôs e transelevadores (bastante comuns em frigoríficos, para prevenir a contaminação pelo manuseio de carnes e evitar a exposição excessiva de funcionários às baixas temperaturas dos freezers), foi aliada à radiofrequência, ainda embrionária no País, mas muito utilizada pelo setor têxtil. O casamento, inédito no Brasil, foi colocado em prática no final do ano passado com um investimento de R$ 2,3 milhões e já começa a surtir os efeitos esperados, reduzindo o tempo de atendimento para 15 dias. Fonte: Vigna (2012, on-line). fatos e dados Dessa forma, é fundamental o controle da produção para que os gestores consigam acompanhar as tarefas que estão sendo realizadas e tomar decisões quando imprevistos acontecem ou quando as ações estão fugindo do planejamento. Pós-Universo 15 Métodos de Acompanhamento e Controle da Produção Pós-Universo 16 Temos acompanhado que o mercado está cada vez mais exigente e a concorrência mais global, sendo assim, as indústrias devem estar preparadas para o atendimento das necessidades dos seus clientes e ter um diferencial frente aos seus concorrentes. Segundo Tubino (2007), essa globalização está fazendo com que as empresas repensem seus processos produtivos de forma a ter mais agilidade e confiabilidade. As técnicas de controle estão cada vez mais presentes no chão de fábrica, por exemplo, o just in time (JIT) voltado para questões estruturais, o controle de qualidade total (TQC) voltado para identificação e resolução de problemas e também o controle de entradas e saídas dos processos. Uma das formas de controlar o processo produtivo e, ao mesmo tempo, acompanhar as ações planejadas é a utilização do gráfico de Gantt (Figura 2). Esse método foi desenvolvido por Henry Gantt em 1910, e foi estruturado para programare controlar as atividades que deveriam ser desenvolvidas na construção de navios. Desde a sua criação até os dias atuais, esse método não teve muitas mudanças, inicialmente era utilizado para fase de projetos e hoje em dia utilizamos também para a fase de fabricação (CORREA; CORREA, 2007). Identificação 1 2 3 4 5 Criação do Produto Ficha Técnica Ficha de Processos Planejamento de Compras Planejamento da Produção 06/12/2014 06/01/2014 06/01/2014 06/01/2014 06/01/2014 06/01/2014 10/01/2014 13/01/2014 15/01/2014 31/01/2014 22d 5d 6d 8d 20d Nome da Tarefa Início Término Duração 5 jan 2014 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 12 jan 2014 Figura 2: Modelo de Gráfico de Gantt Fonte: Pappa (2013). Conforme vimos na figura 2, o gráfico de Gantt pode ser utilizado nas indústrias desde a etapa de criação dos produtos até a entrega dos pedidos aos clientes, planejando e acompanhando todas as ações de uma forma mais eficiente. Para construção do gráfico de Gantt, se faz necessário estabelecer as tarefas a serem planejadas; essas podem ser acompanhadas diariamente, semanalmente ou mensalmente. Pós-Universo 17 O gráfico de Gantt é utilizado como ferramenta de planejamento das tarefas a serem realizadas, servindo ainda para acompanhar a realização dessas tarefas, permitindo a comparação entre o previsto e realizado. Para saber mais a respeito do gráfico de Gantt, acesse o link: <http:// pt.smartsheet.com/Gest%C3%A3o-de-Projetos-on-line>. saiba mais Outro método de controle, segundo Correa e Correa (2007), é o controle de entrada e saída das ordens de serviço em cada fase produtiva. Tem como objetivo acompanhar as atividades que estão sendo realizadas em cada posto de trabalho, de forma a manter o estoque em processo em quantidades satisfatórias, nem tão altos formando gargalos e nem tão baixos de modo que os colaboradores ou máquinas fiquem ociosos. As informações geradas desse controle podem ser agrupadas em relatórios, conforme quadro 3: Quadro 3 - Exemplo de controle de entradas e saídas dos centros de trabalho Centro de Trabalho Semana 1 2 3 4 Entrada Planejada 1000 1200 1300 1100 Real 1100 1000 1200 1100 Desvio 100 200 100 0 Saída Planejada 1100 1000 1200 1100 Real 1000 1000 1100 1000 Desvio 100 0 100 100 Fonte: Pappa (2013). Pós-Universo 18 Na análise dessas informações, é possível que o gestor consiga controlar as rotinas do chão de fábrica, por exemplo: • Lead time do processo. • Tempo de produção dos produtos. • Identificação dos desvios entre o planejado e o executado. • Quantidades produzidas diária, semanal e mensalmente. • Alinhamento da programação e liberação das ordens de fabricação de acordo com as quantidades que estão sendo produzidas. • Acompanhamento da eficiência do processo produtivo. O acompanhamento e controle da produção também avalia a qualidade do processo como um todo, aplicando técnicas que dão subsídios para identificação do padrão em que se encontra o processo. Na etapa de controle do processo produtivo, além do acompanhamento dos produtos que estão sendo produzidos em cada etapa, é controlada também a qualidade do processo. atenção Falando um pouco mais a respeito da qualidade, segundo Slack (2002), a qualidade de um produto ou serviço é aquela que atende aos requisitos de forma confiável, padronizada, no custo e no prazo predefinido. E uma forma de acompanhar a qualidade do processo é aplicando as ferramentas da qualidade, que dão auxílio na tomada de decisão e podem ser utilizadas a fim de coletar, processar e fornecer informações, facilitando aos gestores a escolha da melhor decisão (WERKEMA, 1995). Vamos agora conhecer as ferramentas da Qualidade que auxiliam no processo de tomada de decisão. Pós-Universo 19 De acordo com Werkema (1995), as folhas de verificação são utilizadas para coletar dados do processo produtivo de forma organizada, permitindo posteriormente rápida identificação e interpretação dos resultados. Os dados coletados podem ser referentes aos itens não conforme, inspeção de qualidade, localização de defeitos no produto ou monitoramento do processo produtivo. Folha de Verificação Produto: Tipo de Defeito Contagem Total Operador: Data: Risco: Mancha: Matéria-Prima: Fio Solto: Outros: Observações: Figura 3: Folha de Verificação para Localização de Defeitos no Produto Final Fonte: Pappa (2013). Pós-Universo 20 A estratificação pode ser entendida como um método para separar o todo heterogêneo em subgrupos homogêneos (VIEIRA, 1999). Vamos exemplificar com uma empresa embaladora de feijão. Imagine que a empresa trabalha com três fornecedores diferentes, podendo existir diferenças entre eles, por exemplo, a característica do tamanho. Dessa forma, define-se o padrão de tamanho por amostras e, utilizando- se a estratificação, é possível fazer essa separação (Figura 4). DUREZA BRINEL DE MOLAS Tempo D ur ez a (H B ) 450 440 430 420 410 400 390 380 370 360 350 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C Figura 4: Modelo de Estratificação Fonte: SlideShare (online). Pós-Universo 21 Segundo Miguel (2001), o diagrama de Pareto ou curva ABC é utilizado para fornecer informações referentes aos dados coletados do processo produtivo. Esses dados são ordenados em virtude de sua importância no impacto ou solução dos problemas, que podem ser referentes a defeitos ou não conformidades. Essa ordenação dos dados no gráfico obedece à seguinte regra: o gráfico é dividido em regiões que são denominadas A: 20% problemas mais críticos, B: 50% dos problemas apresentam soluções viáveis e 20% críticos, C: problemas menos graves (Figura 5). Diagrama de Pareto para Priorização de Defeitos 1000 500 0 Defect Pe rc en t Co un t Count Percent Cum % 0 20 40 60 80 100 597 46,5 46,5 204 15,9 62,3 202 15,7 78,1 191 14,9 92,9 91 7,1 100,0 Etiq ueta Erra da Cava - Po ntos Solt os Sem Etiq ueta Barr a - P onto s So ltos Defe ito n o Te cido Figura 5: Diagrama de Pareto Fonte: Pappa (2004). Pós-Universo 22 O diagrama de causa e efeito ou diagrama de Ishikawa, segundo Paladini (2000), é representado por um diagrama que reúne seis fatores ou causas observadas no processo, são elas: máquina, mão de obra, medida, matéria-prima, método e meio ambiente (Figura 6). Manuseio Incorreto Temperatura Pedido em Excesso Falta média de Vendas Previsão de Vendas Incorreta Falta de Controle Estatístico Falta Treinamento Manuseio Incorreto Cuidados no Transporte Embalagem Danificada Retrabalho Retorno do Excesso Falta de Controle Estatístico Exposição do Produto Preço não Competitivo Prazo de Validade VencidoFalta de controle das datas de vencimento Falta de Marketing Falta de Fidelidade Preço similar do leite longa vida Recipiente de Transporte Mercado Produto Retorno do Leite Embalado Distribuidor Vendedores Figura 6: Exemplo de diagrama de Causa e Efeito Fonte: Campão et al. (2011, on-line). De acordo com Vieira (1999), o diagrama de causa e efeito é uma ferramenta utilizada para apresentar a relação que existe entre um processo e os fatores do processo que possam afetar o resultado do trabalho. A sua produção pode ser realizada através de um “brainstorming”, expressão conhecida como tempestade de ideias, que segue uma filosofia de que um número maior de pessoas gera um número maior de ideias que podem melhorar e otimizar o estudo realizado. Pós-Universo 23 Já o histograma é uma forma gráfica para apresentar os dados coletados do processo, ele é obtido de uma amostra que serve como base para tomada de decisão, geralmente utilizado pelos gestores para análises mais rápidas e objetivas (KUME, 1993), conforme a figura 7. 10 0 20 30 40 50 60 33,5 39,5 45,5 51,5 57,5 Peso (g) 63,5 69,5 75,5 81,5 87,5 Figura 7: Histograma Fonte: Andrade et al. (online). Pós-Universo 24 SegundoMiguel (2001), o diagrama de dispersão ou diagrama de correlação é um gráfico utilizado para investigar possível correlação entre duas variáveis, uma de entrada e outra de saída, sendo aplicado após a regressão linear (Figura 8). GRÁFICO DE DISPERSÃO 385 185 1.00 6.00 11.00 16.00 21.00 SA LÁ RI O NÍVEL 26.00 31.00 36.00 41.00 585 785 985 1185 1385 Figura 8: Diagrama de Dispersão Fonte: Andrade et al. (online). Pós-Universo 25 O gráfico de controle ou cartas de controle é um gráfico que representa e registra tendências de desempenho sequencial e temporal de um processo. Se todos os valores registrados estivem dentro do limite, então o sistema estará sob controle, se algum ponto estiver fora das linhas, o sistema estará fora de controle (MIGUEL, 2001) (Figura 9). MÉDIA: 92,4455 - DESVIO PADRÃO: 9,84124 - N:1 V al or es d a ta xa d e gl ic os e 121,969 92,4455 62,9217 1 20 40 de 1 de maio a 18 de agosto Dias 60 80 100 Figura 9: Gráfico de Controle Fonte: Andrade et al. (online). Para um bom acompanhamento e controle da produção, se faz necessário o conhecimento do processo bem como o conhecimento das técnicas existentes. Lembre-se de que nada adianta planejar se no momento da execução não tiver controle. Pós-Universo 26 Eficiência do Processo Produtivo Pós-Universo 27 Suponha que uma determinada indústria tem que produzir 600 ventiladores no dia, o PCP emitiu a ordem de produção e os processos foram iniciados. No final do dia, foi constatado, por meio do controle dos processos, que foi produzido esse número. Mas será que a indústria foi eficiente? Teve eficácia em todas as etapas produtivas? Essas são questões que não devem sair da mente dos gestores. Mas, afinal, o que significam esses termos? Eficácia Esse termo se refere ao alcance dos objetivos preestabelecidos. No exemplo acima, a empresa foi eficaz, pois conseguiu produzir a quantidade preestabelecida, já a eficiência diz respeito à máxima utilização dos recursos, ou seja, melhor utilização das matérias-primas, mão de obra, máquinas e equipamentos sem ter desperdícios. Dessa forma, quando a indústria é eficiente utiliza melhor seus recursos e tem um custo menor do processo. Nas indústrias, esse conceito é muito buscado, é item que merece uma atenção especial por parte dos gestores, pois essa informação proporciona uma melhor análise da situação real do chão de fábrica. De acordo com Martins e Laugeni (2005), a eficiência do processo produtivo pode ser obtida aplicando o método da cronometragem das operações. Esse método foi encontrado nos primeiros relatos de estudos de Taylor e continua sendo utilizado até hoje para medir a eficiência dos colaboradores e grupos de trabalho. A história da evolução industrial nos mostra que tivemos um casal que foi precursor nessa área, o casal Gilbreth, em 1881. Seus estudos eram voltados para valorização do ser humano como parte fundamental no processo produtivo, e medir sua eficiência era algo mais justo tanto para eles quanto para a empresa. De acordo com Taylor (1995), a medida de produtividade nas indústrias tem como resultados a escolha da melhor maneira de realizar um trabalho, a carga de trabalho em um dia, definição do padrão de trabalho, definição do tempo padrão para realização dos processos e também o estabelecimento de prêmios de produção para os colaboradores. Pós-Universo 28 Para que os objetivos estratégicos da empresa sejam alcançados, os objetivos da manufatura precisam estar de acordo com os itens custo, qualidade, prazo e atendimento da necessidade do cliente. Slack (2002). reflita Para se chegar a resultados de eficiência do processo, é preciso medir o tempo das operações de fabricação e, para fazer essa medição, utilizamos a técnica de cronometragem. De acordo com Martins e Laugeni (2005), a cronometragem é uma técnica que permite o estudo dos tempos padrão de produção, e esses tempos são importantes para algumas tomadas de decisão, entre elas: Estabelecimento de padrões de trabalho Cálculo do custo padrão Estudo de balanceamento das linhas produtivas Figura 10: Tomadas de decisão Fonte: o autor. Pós-Universo 29 A cronometragem é uma técnica que, para ser bem aplicada na linha de produção, precisa ser compreendida pelo colaborador que irá desempenhar essa função. Deve também ser considerado que é uma técnica realizada in loco, exigindo preparação prévia do profissional que irá fazer a medição e utilização de equipamentos adequados. Todo esse preparo é fundamental para que não cause tumulto e stress no momento da medição. Os tempos de produção sofrem influência da infraestrutura da empresa, dos funcionários, das especificações do produto e do grau de automatização da linha produtiva, pois nesse caso os produtos passam pelas máquinas com pouca interferência humana (MICHELINO, 1964). No caso do alto contato de pessoas para a produção dos produtos, torna-se mais complexo o detalhamento das operações como também a cronometragem das operações. Aplicação Prática Em uma indústria de vestuário, por mais que tenhamos máquinas de costura, são pessoas que estão trabalhando nessas máquinas, cada um com seu ritmo, e esse fator acaba influenciando no processo de medição do tempo. Antes que o cronometrista – que irá medir o tempo no chão de fábrica – comece a fazer a medição, é necessária a definição da ficha de processos, ou ficha de operações, do produto. Essa ficha corresponde ao momento de dividir a operação em elementos, e o ideal é que essa ficha seja preenchida pelo setor de engenharia do produto (Quadro 4). Quadro 4 - Modelo de Ficha de Processos Código Operação Máquina Tempo Padrão 1 Corte das partes Corte 1,00 2 Costurar as partes Reta 2,10 3 Acabamento Manual 1,10 4 Embalagem Manual 2,20 Total 6,40 minutos Fonte: Pappa (2013). Pós-Universo 30 Para que seja possível chegar à unidade de tempo padrão, os processos são cronometrados a fim de identificar os tempos produtivos. Nesse momento, o profissional que está fazendo esse trabalho também avalia os movimentos necessários e desnecessários que envolvem a operação. Proponho agora uma reflexão: suponha que você está assistindo a um programa na televisão sentado no sofá da sala. Chega uma visita em sua casa e toca a campainha, quais são as ações que você terá que realizar a partir desse momento? • Primeiramente acredito que você irá se levantar do sofá. • Irá caminhar até a porta, a abrirá e verificará quem é a pessoa que está tocando a campainha. • Vai até o portão receber essa visita. • Entram novamente em casa e todos se acomodam. Na indústria, essas ações correspondem à etapa de separação da operação de fabricação em elementos, e cada uma dessas ações serão acompanhadas, medidas e o tempo de cada uma delas é inserido na ficha de processos. A partir da ficha de operações pronta e estando o cronometrista preparado para medição, basta escolher o método de trabalho que melhor se adéque à realidade da indústria. Os equipamentos mais utilizados para medição do tempo são: • Relógio: Para acompanhamento dos tempos dos processos. • Filmadora: Para avaliar a movimentação que está presente no processo cronometrado. • Ficha: Permite anotar os tempos medidos para posterior cálculo e análises. • Recursos tecnológicos: Já temos disponível a tecnologia que, através de alguns softwares, fazem a integração entre as ferramentas do sistema com coletores no chão de fábrica, por exemplo, palm top ou leitores de rádio frequência; quando esses equipamentos são utilizados, não se faz necessário o uso do cronômetro e da ficha de observação, pois o próprio coletor – que funciona como cronômetro – estabelece o envio dos dados medidos para o software. Pós-Universo 31 A cronometragem é uma técnica que permite a medição do tempo dos processos e, juntamente com análise da movimentação e tempos desnecessários, entra a cronoanálise,formando o estudo de tempos e métodos. Entre os movimentos a serem analisados, de acordo com Martins e Laugeni (2005), podemos destacar: ALCANÇAR DESMONTAR SOLTAR POSICIONAR AGARRAR GIRAR MOVIMENTAR MOVIMENTOS Figura 12: Análise dos Movimentos Fonte: Martins e Laugeni (2005) No processo de medição do tempo, deve ser avaliado se a leitura será contínua ou parcial. A leitura contínua é sem interrupções e, de acordo com a operação que está sendo medida, determina-se o número de ciclos que serão cronometrados e o cronômetro só para no momento do término de todo ciclo, por isso é aconselhável para medições de tempos muito curtos. Já nas leituras parciais, o cronômetro é iniciado e finalizado a cada operação cronometrada, exigindo maior concentração do cronometrista. Pós-Universo 32 Segundo Martins e Laugeni (2005), no dia a dia das indústrias que trabalham com o controle de eficiência, são realizadas de 10 a 20 cronometragens da mesma operação ou elementos, mas também existem fórmulas estatísticas que informam a quantidade exata de ciclos a serem realizados. No momento da medição, também é avaliada a velocidade com que o operador está realizando determinada operação. Essa avaliação não tem um padrão preestabelecido, depende da observação do cronometrista, por isso a necessidade da preparação prévia. De acordo com Tubino (2007), para determinação do tempo padrão de cada operação, são avaliadas as tolerâncias que serão inclusas nos tempos observados, sendo geralmente utilizado o seguinte padrão: • Tolerância pessoal: 5%. • Tolerância devido à fadiga: 5%. • Tolerância para esperas fora do controle: pode variar entre 5% a 8% (estimativa). Além da tolerância empregada no tempo padrão, as questões estruturais e ergonômicas também acabam influenciando nos números. Segundo Martins e Laugeni (2005), existem condições padronizadas para o local de trabalho, por exemplo, a temperatura deve estar compreendida entre 20 e 24° C, a umidade relativa do ar entre 40 e 60%, o ruído até 80 decibéis e a iluminação de no mínimo 300 lux e no máximo 2000lux, pois acima desse número pode causar fadiga visual. Para determinação do tempo padrão, devem ser seguidos os seguintes passos: Passo 1 Tempo cronometrado (TC): é obtido fazendo a média dos tempos que foram cronometrados. Passo 2 Tempo Normal (TN): TC x velocidade do operador Passo 3 Tempo Padrão (TP): TN + tolerância Pós-Universo 33 Para uma melhor organização dos dados coletados no chão de fábrica, o PCP pode utilizar planilhas ou softwares que dão suporte para esse acompanhamento (quadro 5). Quadro 5 - Exemplo de Ficha de Cronometragem Cód. Operação Máquina T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 MÉDIA TO TN (TO x ritmo) TP (TN + tol) Fonte: Pappa (2013). A partir da determinação do tempo padrão dos produtos produzidos, é possível acompanhar e controlar a eficiência do processo produtivo, ou seja, com a informação do tempo padrão para fabricação de um determinado produto, é possível calcular a quantidade de unidades que a fábrica tem capacidade para produzir por dia e assim fazer a comparação com a quantidade que realmente foi produzida de cada produto. O tempo padrão é utilizado nas indústrias para estabelecimento de metas produtivas, podendo também servir como base do balanceamento das unidades de produção. quadro resumo atividades de estudo 1. O controle da produção tem a finalidade de alinhar as ações planejadas às ações que estão sendo realizadas. Com base nessa informação, marque a alternativa correta: a) As ordens de montagem não são acompanhadas, somente as ordens de produção. b) Em indústrias de grande porte, o controle do processo é inexistente. c) O PCP define os indicadores para que o controle seja eficiente. d) O controle pode ser feito somente no almoxarifado, ou seja, controle de estoque. 2. Os métodos de controle, quando aplicados de forma eficiente no processo industrial, são bons aliados para que o gestor consiga acompanhá-lo de forma online. Diante disso, assinale a alternativa correta: a) O gráfico de Gantt é utilizado apenas para o planejamento das ações. b) As ferramentas estatísticas são utilizadas para controle de qualidade do processo. c) É atividade do controle do processo emitir as ordens de produção. d) A programação da produção não influencia nas atividades de controle da produção. 3. A eficiência do processo produtivo é um fator bastante discutido nos processos industriais e algo a ser aprimorado nas indústrias. Diante disso, assinale a alternativa correta: a) A eficiência está relacionada ao uso dos recursos de forma otimizada. b) O custo não é avaliado no quesito eficiência. c) A qualidade é fator desconsiderado quando o assunto é eficiência. d) Os colaboradores não são levados em consideração nessa medição. resumo A etapa do controle da produção tem como objetivo acompanhar se as ações estão sendo executadas conforme foram planejadas. O chão de fábrica fornece informações referentes ao processo produtivo, para que o PCP consiga avaliar e tomar as devidas decisões. No controle do processo, indicadores são acompanhados, por exemplo: prazo de entrada e saída de cada etapa produtiva, tempo de produção, qualidade do produto e do processo, custo, eficiência, lead time, ociosidade ou gargalos na produção. Essa etapa tem início a partir da emissão das ordens de fabricação, passando por todos os processos e sendo finalizada quando o produto já está embalado e pronto para ser despachado ao cliente. Para que seja possível esse acompanhamento, métodos e metodologias são aplicados para que seja possível coletar informações do processo, por exemplo, a aplicação das ferramentas estatísticas para medir e acompanhar a qualidade. Ser eficiente é ser competitivo e estar à frente da concorrência, por isso as indústrias estão buscando a aplicação de técnicas que possibilitam essa medição. Dessa maneira, a eficiência dos colaboradores e da unidade de fabricação é fator fundamental para a competitividade no mercado. material complementar Administração da Produção Autores: Nigel Slack, Stuart Chambers e Robert Johnston Editora: Atlas Sinopse: esse moderno livro-texto fornece um caminho lógico nas atividades de administração da produção e um entendimento do contexto estratégico em que os gerentes de produção trabalham. Está estruturado em torno do modelo de programação, planejamento e controle, mas sem isolar as atividades de planejamento das de controle. As possibilidades de melhoria de produção são apresentadas separadamente para refletir a responsabilidade dos gerentes de produção quanto à melhoria contínua do desempenho de suas operações. A produção de serviços é tratada com o mesmo nível de profundidade da produção de bens. Princípios da Administração Científica Autor: Frederick Winslow Taylor Editora: Atlas Sinopse: o livro propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos, com a decomposição do trabalho em operações, analisando e testando cientificamente esse método de melhor utilização da mão de obra e recursos definindo uma metodologia a ser seguida por todos os operários com a padronização do método e das ferramentas. material complementar Tempos Modernos Diretor: Charles Chaplin Ano: 1936 Sinopse: um operário de uma linha de montagem que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório, ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente, uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe, e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir,pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar. Comentário: esse filme retrata a vida do trabalhador das fábricas no início da revolução industrial, nesse tempo os trabalhadores tinham que ser eficientes a qualquer custo, sem paradas e nem descansos. A eficiência vinha em primeiro lugar. Nas indústrias atuais, será que esse cenário apresentou mudanças? referências ANDRADE, E; ABREU, M. da L.; SILVA, T.; CUNHA, V. Ferramentas de Qualidade. Disponível em: <http://max.uma.pt/~a2010607/microsoft_word_ferramentas_da_qualidade.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2014. CAMPÃO, C. A. de L.; GODOY, L. P.; LORENZETT, D. B.; GODOY, T. P. Análise dos custos da qualidade: um estudo de caso em uma empresa alimentícia. Disponível em: <http://www.revistaespacios. com/a12v33n03/123303261.html>. Acesso em: 2 ago. 2014. CORREA, H.; CORREA, A. Administração de Produção e Operações. São Paulo: Atlas, 2007. FAVARETTO, F.; VIEIRA, G. E. Indicadores de controle da produção para suporte da estratégia de manufatura. Artigo III Simpep. Bauru, 2006. Disponível em: <http://www.simpep.feb.unesp. br/anais/anais_13/artigos/454.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2014. GROOVER, M. P. Automation, production systems, and computer-integrated manufacturing.In: FAVARETTO, F.; VIEIRA, G. E. Indicadores de controle da produção para suporte da estratégia de manufatura. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006. Disponível em: <http:// www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/454.pdf>. Acesso em 9 mai. 2018. KRAJEWSKI, L. RITZMAN, L. MALHOTRA, M. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pearson, 2009. KUME, H. Métodos Estatísticos para Melhoria da Qualidade. São Paulo: Editora Gente, 1993. MARTINS, P, LAUGENI, F. Administração da Produção. São Paulo: Editora Saraiva, 2005. MICHELINO, G. Estudo de Tempos para Supervisores. Publicações Educacionais. 1964. MIGUEL, P. A. C. Qualidade: Enfoques e Ferramentas. São Paulo: Artliber Editora, 2001. PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000. SLACK, N. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002. SLIDESHARE. Ferramentas da Qualidade. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/vcslgoncalves/7- ferramentas-da-qualidade>. Acesso em 9 mai. 2018. SMARTSHEET. Gestão de Projetos on-line com gráfico de Gantt interativo. Disponível em: <https:// pt.smartsheet.com/c/Gest%C3%A3o-de-Projetos-on-line>. Acesso em 9 mai. 2018. referências TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 2000. TUBINO, Dalvio F. Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2007. VIEIRA, S. Estatística para Qualidade: como avaliar com precisão a qualidade em produto e serviços. Rio de Janeiro: Campos, 1999. VIGNA, R. Força Aérea soma ganhos com RFID e utilização de robôs e transelevadores. Publicado em 15/03/2012. Disponível em: <http://www.intelog.com.br/site/default. asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=609211&Template=../artigosnoticias/user_ exibir.asp&ID=215815&Titulo=For%E7a%20A%E9rea%20soma%20ganhos%20com%20RFID%20 e%20utiliza%E7%E3o%20de%20rob%F4s%20e%20transelevadores>. Acesso em: 1 ago. 2014. WERKEMA, M. C. C. Ferramentas estatísticas básicas para o gerenciamento de processos. Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1995. resolução de exercícios 1. c) O PCP define os indicadores para que o controle seja eficiente. 2. b) As ferramentas estatísticas são utilizadas para controle de qualidade do processo. 3. a) A eficiência está relacionada ao uso dos recursos de forma otimizada.
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