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UFF – Universidade Federal Fluminense Disciplina: Memória Social e Patrimônio Cultural Aluno: Eduardo da Conceição Souto Matrícula: 118001049 Favela da Catacumba: Análise das Dinâmicas de Memória Social e Patrimônio Cultural INTRODUÇÃO Atualmente, quem passa pela Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos bairros com o m2 mais valorizado do estado do Rio de Janeiro, e se depara e admira o Parque da Catacumba, talvez não se lembre – ou se quer imagine – que ali, até a década de 70, encontrava-se uma favela, a Favela da Catacumba. O objetivo e o foco do texto se dão no conflito entre a memória institucional de como ocorreu e o que levou o desmanche da favela da Catacumba em contraste com a versão dos jornais da época e de uma entrevista de uma ex-moradora. No primeiro ponto, busca-se resgatar a história da favela da Catacumba e de sua remoção. Para a história institucional, utilizou-se dados da página, do portal e do site do atual Parque da Catacumba, como também, placas de informações presentes na localidade de onde, hoje, se encontra o Parque. Enquanto a história do desmanche foi pesquisada em acervos, tais como: Acervo do Jornal do Brasil, Acervo O Globo e autores de literatura histórica referente ao acontecido, tal como uma entrevista antiga dada ao Periódico Eletrônico “Fórum Ambiental da Alta Paulista”, tendo em vista a dificuldade em encontrar moradores da época. Em um segundo momento, visa-se abordar aspectos de memória social e de patrimônio cultural ao longo do período em que o Parque da Catacumba ainda era uma favela. Em relação à memória, através de autores como Maurice Halbwachs, será abordado como os moradores daquela comunidade preservam uma memória coletiva e, a partir de Michael Pollak, abordar o conflito de memórias oficiais e subterrâneas e a questão de memórias vividas por tabela. Já as ideias de Pierre Nora contribuem para a formação de uma ideia sobre a favela da Catacumba como um lugar de memória. No tocante ao patrimônio, as relações e ideias são baseadas na obra Antropologia dos Objetos: coleções, museus e patrimônios, do Reginaldo Gonçalves, no qual é analisado se a favela da Catacumba entra, de fato, em uma posição de patrimônio. A CATACUMBA Segundo diferentes fontes, como a página Parque da Catacumba, o portal Rio Cidade Maravilhosa e o site Lagoa Aventuras, conta a lenda que eram naquelas encostas que os índios enterravam os mortos antes da chegada dos portugueses ao Brasil, tratando o local como um cemitério. No entanto, não há indícios ou registros que comprovem este fato, sequer foram encontrados vestígios. Apesar de não existir comprovação, o nome “pegou” e “Catacumba” perpetua até os dias de hoje. De acordo com a página institucional, alguns livros e arquivos da Biblioteca do Serviço Social do Município do Rio de Janeiro indiciam que, ao longo do século XIX, uma chácara ocupou o terreno da Catacumba, sendo conhecida como Chácara da Catacumba. A antiga proprietária, Baronesa da Lagoa Rodrigo de Freitas, teria deixado em testamento suas terras para seus ex-escravizados, que passaram a ocupá-las após sua morte. Por volta de 1925, a Chácara da Catacumba foi dividida pelo Estado em 32 lotes. Posteriormente, na década de 30, os primeiros barracos começaram a ser erguidos, mas tendo uma explosão demográfica somente na década seguinte, decorrente da chegada de uma leva de migrantes vindo, principalmente, do Maranhão, tornando-se então uma grande favela. Em agosto de 1967, na edição única dos dias 6 e 7 , em seu jornal, o Jornal do Brasil descreve o cotidiano da favela: “Às cinco horas da manhã, a Catacumba começa a despejar seus moradores. Copeiras, cozinheiras e babás descem as escadarias, saindo para as ‘casas das madames.’ Trabalhadores (grande número de operários em construção) formam filas nos dois pontos de ônibus ou caminham a pé, em direção de Copacabana, Ipanema e Leblon. Um pouco mais tarde, o pessoal que desce o morro já tem outro aspecto: é a hora dos funcionários públicos, das crianças que vão para a escola e da grande movimentação das lavadeiras, que saem de casa cedo, para aproveitar o sol fraco da manhã, para a lavagem e, depois, o sol mais forte, para secar a roupa.” (JORNAL DO BRASIL, 1967) Ainda na década de 60, o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, iniciou um processo de desmanche das favelas, removendo seus habitantes para “conjuntos habitacionais”, como Vila Kennedy e Cidade de Deus. Foi no governo de seu sucessor, Negrão de Lima, que, em 1970, a favela da Catacumba foi removida. A Catacumba, segundo justificativa para a ação na época, era uma favela sem nenhum modo de ser urbanizada e de alto risco de desabamentos. Contando com mais de dois mil barracos, onde viviam mais de dez mil pessoas. A Catacumba, junto com as outras favelas do entorno da Lagoa, contribuía com o esgoto in natura que era despejado diretamente na Lagoa Rodrigo de Freitas. Além das péssimas condições, falta de saneamento básico e serviço de água potável, para a esmagadora maioria dos moradores, o dia começava cedo nas bicas públicas que existiam já perto do asfalto. A maioria das famílias ali instaladas foram removidas para conjuntos habitacionais como o do Quitungo da Penha, assim como Vila Kennedy e Cidade de Deus. Além da remoção à força e contra suas vontades, aqueles moradores ainda perderam a proximidade de suas escolas e trabalhos. Com a remoção da favela, o local foi batizado por Negrão de Lima como “Parque Carlos Lacerda”, em homenagem ao seu antecessor. E para evitar possíveis novas ocupações, o local passou por um processo de reflorestamento e contenção de encostas. O reflorestamento utilizava, principalmente, árvores primárias e a natureza encarregou-se do resto. O Parque, então reflorestado, teve sua inauguração em 1979, pelo prefeito Marcos Tamoyo. Foi assim que nasceu o Parque Natural Municipal da Catacumba. Recentemente, em 2008, através das secretarias de Meio Ambiente e Turismo, a prefeitura iniciou um projeto de abertura dos Parques Municipais para atividades de ecoturismo e turismo de aventura. O Parque da Catacumba era um deles, o que o levou a ter instalações em sua área de equipamentos de turismo de aventura e belas esculturas. Hoje, é o parque mais importante de esculturas ao ar livre existente na cidade do Rio de Janeiro. MEMÓRIAS: UM CONFLITO ARDENTE O parque não apresenta um alojamento institucional, um local físico com funcionários. Nas idas à campo, encontrei apenas seguranças e inspetores do ecoturismo e do turismo aventura, onde são realizadas atividades como arvorismo. A própria trilha não apresenta guias. As únicas coisas, no local, que contam a história do Parque são placas, entretanto seus conteúdos são bem genéricos e só endossam o que é possível de se encontrar online. Logo, o único material referente a história institucional foi retirado somente das páginas e sites da Internet, os relatos de funcionários, desses já mencionados, quando questionados sobre o conhecimento a respeito do parque, todos responderam vagamente e que só conheciam em relação a história da Catacumba enquanto Parque. De acordo com as três fontes onlines utilizadas ligadas ao local, ambas retratam a história da Catacumba como discorrida no item anterior. A remoção da favela é vista como um desmanche e este se dá por conta de não haver nenhum modo de ser urbanizada e por apresentar alto risco de desabamentos. Entretanto, os motivos que levaram a favela ao seu desmanche não se deu por cuidado aos moradores e porque a região não poderia ser urbanizada, deixando-a na mesma situação de precariedade e insalubridade. Com a abertura do Túnel Rebouças e o loteamento da região em outubro de 1967, houve uma forte valorização da regiãoe, consequentemente, era preciso uma “limpeza social”, ou melhor, “desmanche”, nas favelas encontradas nas redondezas. Na edição do dia 4 de outubro de 1967 – dia após a inauguração do Túnel Rebouças – em sua edição, o Jornal do Brasil registrou o discurso de Negrão de Lima dado em entrevista na hora da inauguração: “A inauguração que hoje fizemos foi de uma passagem na via que consideramos mais preparada e visa a aliviar o tráfego do Catumbi para Laranjeiras, porque consideramos que muitas pessoas que moram ou tem seus escritórios, indústrias ou comércios na Zona Norte, encontrarão neste túnel um excelente meio de chegar mais cedo ao trabalho.” (LIMA, 1967). Nas palavras do governador já estava explícito, a área da Lagoa era para moradores com escritórios, indústrias ou comércios. Intencional ou não, houve a valorização e com isso, os conflitos. Não poderia ter uma favela às margens da Lagoa, lugar do maior túnel urbano da época e de progressiva valorização. No embate entre o governador querendo empregar suas políticas de desmanche e a favela impondo sua resistência, as condições precárias de saneamento, energia e abastecimento, propiciavam à favela um palco de incêndios. Foi no mesmo período de 67 que começaram os primeiros incidentes. Noticiado pelo O Globo, o primeiro incêndio na Catacumba foi parar na primeira capa com a manchete “Fogo varreu a Catacumba deixando mil desabrigados”. Em nota, seguia: “Cerca de mil pessoas assistiram, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, ao incêndio que destruiu mais de cem barracos na Favela da Catacumba, provocando pânico entre os moradores e desabrigando centenas de pessoas.” (O GLOBO, 1967.) Diante da catástrofe, Negrão de Lima sugeriu três alternativas aos desabrigados: àqueles com melhor condição financeira, poderiam financiar um imóvel em um dos conjuntos habitacionais, como a Cidade de Deus e a Vila Kennedy; a segunda, casas pertencentes ao Estado foram ofertadas, localizadas em Campo Grande, para aluguel; por último, o Estado disponibilizou auxílio para a construção de casas de alvenaria no mesmo local (BARROS, 2017). Segundo dados do O Globo, 36 das 70 famílias que haviam perdido tudo no incêndio decidiram ficar (O GLOBO, 1967). Pouco mais de um ano, em 1968 e, novamente, em 1969, outros dois grandes incêndios foram enfraquecendo ainda mais a resistência da favela. Este último incêndio, destruiu por volta de mil barracos, acelerando a desocupação da área. Das famílias da Catacumba, pouco mais da maioria foram transferidas para o conjunto habitacional do Quitungo, segundo Valladares (1980). Em entrevista semi-estruturada ao Periódico Eletrônico “Fórum Ambiental da Alta Paulista”, em 2011, Maria, de 75 na época da entrevista, ex-moradora da favela da Catacumba no período do desmanche, através de seus relatos, ajuda com a construção e o resgate daquela memória. Questionada sobre as recordações da remoção, Maria explica aquele dia que ficou registrado em sua memória: “Subiram aquelas moças, aqueles moços, aí chegavam na porta da gente: ‘não, vocês não vão pagar nada, vai pagar só CR$1,20 – naquela época – não vai pagar mais nada que isso’. Era o que eles falavam, mas eu não acreditava, eu falava: ‘isso é mentira, duvido, eles não vão tirar a gente.’ Aí quando é um dia, o pai dos meus filhos que trabalhava em dirigir ônibus, acordou cedo, ele me acordou pra ver uma coisa… aí quando acordei e saí do lado de fora da casa e olhei pra baixo, era bombeiro, era polícia, era assistente social, eu falei: ‘gente, o que é isso?’”. (MARIA, 2011.) O relato de Maria é referente ao último incêndio, em 1969. É questionável o porquê de tais incêndios não serem registrados nas histórias institucionais do Parque da Catacumba. Com exceção do primeiro, em 67, os outros dois incêndios ocorreram de madrugada e não houve nenhum esclarecimento sobre o que os causaram. Há boatos de que os incêndios foram criminosos e por parte do governo do Estado para facilitar o desmanche, mas são versões apenas de fontes extra-oficiais. Em seguida, ao ser perguntada se sabia o que levou ao desmanche, Maria responde: “Teve uma época que era a pedra, era a pedra, eu morava bem perto da pedra, a tal pedra que ia rolar, que a pedra tá ainda lá, até hoje. Foi aquela confusão, eu falava ‘se vai rolar, eu sou uma que vou morrer primeiro, vocês morrem depois’, aí nada. É que subiam uns americanos lá, sempre subiam os americanos, aquelas americanas achava aquilo bonito, lá de cima via o Miguel Couto, os cavalos correndo, o jóquei, tinha que ver, o Cristo a gente via frente a frente, aí eles achavam muito lindo.” (MARIA, 2011.) Dos relatos de Maria, é possível perceber o interesse turístico com a área, antes mesmo de seu desmanche. Em 1970, a favela da Catacumba enfim teve seu desfecho. Questionavelmente, o local foi batizado como Parque Carlos Lacerda e detinha todas as especificações dentro dos padrões para urbanização e reflorestamento. Eventualmente, em 1979 foi inaugurado como Parque Natural Municipal da Catacumba. Maria e Marta, assim como muitos outros, foram despachados. Até 2011, Maria estava vivendo em Mangueirinha, uma favela na área ao redor ao Quitungo. De acordo com Michael Pollak, em Memória, Esquecimento e Silêncio, por conta desta conduta, ao privilegiar a construção de uma memória institucional, uma Memória Oficial que amenize a culpa dos verdadeiros culpados, a história dos excluídos, dos marginalizados e das minorias (neste caso, os moradores que sofreram com o árduo episódio de desmanche) regressa à posição de memórias subterrâneas, que “como parte integrante das culturas minoritárias e dominadas, apenas se opõem à Memória Oficial." (POLLAK, 1989, p. 4). Todavia, estes acervos e os relatos como os de Maria, são resquícios de uma memória, hoje, mais presente na sociedade da oralidade (o caso dos antigos moradores), já que, além deles, são apenas os antigos jornais que ainda comportam os detalhes dos incidentes e não são de fácil acesso. Para Halbwachs, em A Memória Coletiva, “memória é uma função social e uma forma de desenvolvimento histórico”, ou seja, quanto mais socializado, mais se é capaz de lembrar, pois memória é aquilo que ainda é vivo na consciência do grupo para o indivíduo - a memória coletiva. (HALBWACHS, 2004.) Portanto, apesar de sofrer com a imposição da memória oficial, a reparação do “dever- memória” e as políticas de esquecimento (POLLAK, 1989), a memória coletiva ainda estará naqueles moradores, como Maria e, a partir da oralidade, as futuras gerações ainda assim poderão reconstruir essas memórias e vivenciá-las, mesmo que apenas por tabela. Em seu outro trabalho, Memória e Identidade Social, Pollak ressalta que, em relação aos elementos constitutivos da memória, “em primeiro lugar, são os acontecimentos vividos pessoalmente. Em segundo, são os acontecimentos que eu chamaria de ‘vividos por tabela’, ou seja, acontecimentos vividos pelo grupo ou pela coletividade a qual o indivíduo pertence.” (POLLAK, 1992, p. 201). Por conseguinte, é possível explicitar que a oralidade desenvolvida por esses antigos moradores é, de fato, um elemento constitutivo da memória da Catacumba. A CATACUMBA E A IDEIA DE PATRIMÔNIO A favela da Catacumba, refletindo a identidade de seus moradores, não representa apenas a forma e a estrutura, os barracos, becos e vielas, mas também o significado e a memória onde aqueles moradores eram agentes ativos em suas próprias histórias. Uma comunidade, zona periférica, a favela, sempre foi e sempre será um palco de criatividade e de interculturalidade. A favela da Catacumba não é um exceção. O que endossa isso é a diversidade de gente de diferentes lugares que moraram lá. Como já citado, inicialmente, os primeiros habitantesforam os ex-escravizados da Baronesa da Lagoa Rodrigo de Freitas e, posteriormente, muitos migrantes de diversos lugares do país. Para Pierre Nora, em Entre Memória e História: A Problemática dos Lugares, o autor aborda o termo “lugares de memória” e o conceitua como um fato ou momento que se faz necessário demarcar para que não seja esquecido, podendo ser tangível ou intangível, simbólico ou funcional (NORA, 2010). Neste conceito, encontra-se monumentos, datas, arquivos, dentre outras coisas mais. E assim, o que define um lugar de memória é a “vontade de memória”, algo que garanta a origem e a identidade deste. Logo, a oralidade dos antigos moradores e os arquivos de acervos incorporam a favela da Catacumba como um lugar de memória. Com a nova construção da qualificação “patrimônio imaterial” ou “intangível”, abrangeu-se novas categorias para avaliação de um patrimônio, como lugares, festas, religiões, música, dança, culinária, entre outros. Como sugere Reginaldo Gonçalves, em Antropologia dos Objetos, “a ênfase recai menos nos aspectos materiais e mais nos aspectos ideais e valorativos dessas formas de vida.” (GONÇALVES, 2007, p. 111). A Catacumba apresentava sua arquitetura, sua música, suas religiões e rituais, regras jurídicas e moralidade, questões que remetem às concepções de um patrimônio imaterial e “nesta concepção, a ênfase está nas relações sociais, ou mesmo nas relações simbólicas, mas não nos objetos.” (GONÇALVES, 2007, p. 114). Contudo, apesar de ser possível uma preservação – por meio do registro e do acompanhamento de sua existência social – de exemplos como a favela da Catacumba, esta não pode ser mais, por conta das políticas de apagamento. O que resta, são poucos registros em acervos e a memória dos antigos moradores, o que ainda a torna um lugar de memória. Talvez, por meio desse último registro, ainda seja possível uma propagação daquela memória, tornando novas favelas, novas Catacumbas e seu exemplo de resistência social e cultural. Já que, “o patrimônio é usado não apenas para simbolizar, representar ou comunicar: ele é bom para agir (...) entre mortos e vivos, passado e presente. Ele, de certo modo, constrói, forma as pessoas.” (GONÇALVES, 2007, p. 114). CONSIDERAÇÕES FINAIS Por se tratar de um período antigo e por este período estar dentro do período ditatório regido no passado do país, houve uma dificuldade considerável em encontrar as fontes para contrastar ambos os lados da história da favela da Catacumba, já que ocorreu um processo de apagamento de memória e, podendo assim dizer, censura, para acobertamento. Também, por se tratar de um período de 51 anos de diferença entre 1967 e 2018, não foi possível o contato com nenhum morador da época, tendo a única entrevista apresentada, uma realizada por terceiros. O site, o portal e a página online, assim como as placas encontradas no Parque, apresentaram o mesmo conteúdo basicamente, ambos com visões institucionais e bem rasas a respeito da história da Catacumba, tanto enquanto Parque, quanto Favela ou enquanto Chácara. As visitas à campo também não foram muito contributivas para o trabalho por não haver um alojamento institucional no local ou a presença de funcionários para maiores informações. Em relação aos conflitos, os objetivos em abordar os temas de memória coletiva e memórias oficiais e subterrâneas foram alcançados, tal como a proposta de analisar a conjuntura da questão e chegar a uma resposta em se tratando de patrimônio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRUTI, José Maurício P. Andion. 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