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1 Eva Carneiro | INTERNATO 2021| GINECOLOGIA Ética em ginecologia e obstetrícia, abortamento legal e abuso sexual PRINCÍPIOS BIOÉTICOS 1. Autonomia 2. Beneficência 3. Não Maleficência 4. Justiça SIGILO MÉDICO Exceções 1. Autorização expressa – por exemplo: atestado com CID 2. Dever legal – doenças de notificação compulsória 3. Risco a terceiros – “homem HIV+ que mantém relações sem proteção” → primeiro orienta ao paciente para que ele mesmo conte, mas se não surtir efeito, o médico pode quebrar o sigilo. VIOLÊNCIA SEXUAL Epidemiologia Violência doméstica Mulheres <20 anos Independe de classe social Conhecido da vítima Atendimento Anamnese – todos os casos de estupro devem ser notificados para a autoridade policial local + boletim de notificação compulsória. Para <18 → Conselho Tutelar Exame Físico – genitália e coleta de esperma em papel-filtro (não é obrigatória a coleta) Laboratório: ✓ Beta-HCG {para saber se ela já estava grávida ou não} ✓ Testes rápidos para: ➢ HIV ➢ Sífilis ➢ Hepatites B e C CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA LEVONORGESTREL 1,5mg – DOSE ÚNICA {pílula do dia seguinte} → ATÉ 120h {5 DIAS} após o ocorrido. PROFILAXIAS PARA IST’S NÃO VIRAIS Penicilina benzatina 2.400.000 UI {sífilis} Azitromicina 1g {clamídia} – VO, dose única Ceftriaxona 500mg {gonococo} – IM, dose única Metronidazol 2g {trichomonas} – VO, dose única PROFILAXIA IST’S VIRAIS INICIAR ATÉ 3 DIAS 2 Eva Carneiro | INTERNATO 2021| GINECOLOGIA Tenofovir 300mg Lamivudina 300mg Dolutegravir* 50mg *Trocar por Raltegravir, se a paciente estiver grávida (beta-HCG +). HEPATITE B Pacientes com esquema vacinal incompleto → Completar Pacientes não vacinadas ou desconhecido → Imunoglobulina + vacina ABORTO LEGAL Legislação vigente: “Não é passível de punição aborto em gestações motivadas por estupro.” Para a interrupção da gestação basta o relato da vítima, não é necessário B.O. ou autorização judicial; Exigências legais Comunicar autoridade policial – Instituição de saúde onde está sendo realizado o atendimento ou o médico; Termo de relato circunstanciado – contendo o relato do que a vítima contar. Parecer técnico – elaborado pelo médico comprovando que a gestação é compatível com a data do estupro; Termo de aprovação – é redigido por 3 profissionais de saúde: (1) médico, (1) enfermeiro e (1) assistente social ou psicóloga; Termo de responsabilidade – assinado pela vítima, alegando que as informações relatadas por ela são verídicas; Termo de consentimento – assinado pela vítima autorizando o procedimento. *Quando a vítima for <18 anos é necessária a assinatura dos pais ou responsáveis. *Quando existe divergência entre os responsáveis legais ou entre eles e a vítima, é necessário acionar o poder público. ATENÇÃO! → Caso o médico não se sinta confortável em realizar o procedimento (por qualquer motivo que seja), o mesmo pode alegar “objeção de consciência” – que é quando o médico não se sente confortável de realizar o procedimento. No entanto, esse médico deve passar o caso para outro médico, garantindo assim o desejo da vítima. Importante salientar que essa alegação é restrita a PESSOAS e não a INSTITUIÇÕES. Casos permitidos para realizar o aborto legal: Estupro Risco de vida → necessita de laudo de 2 médicos (sendo um ginecologista e obstetra e o outro especialista na área da doença da paciente) + consentimento da paciente Anencefalia → laudo de 2 médicos (descrevendo que a USG tem ausência de calota craniana e parênquima cerebral, ainda devendo anexar 2 imagens em cortes sagital e transversal) STEALTHING Prática em que a relação é consentida com preservativo, porém o “parceiro” retira o preservativo durante o ato, é considerado estupro e o direito de aborto legal também é permitido. Tomar por 4 semanas (28 dias)
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