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Biologia das Abelhas Classificação Zoológica das Abelhas Reino: Animal Phylum ou Sub-Reino: Arthopoda Classe: Insecta Subclasse: Pterygota Ordem: Hymenoptera Subordem: Apocrita Superfamília: Apoidea Subfamília: Apinae Tribo: Apini Gênero: Apis Espécie: Mellífera Subespécie: scutelata (andasonii) Origem e História evolutiva das abelhas: Apis mellífera Abelhas Primeiras abelhas- 100 milhões de anos ( fósseis- 40 milhões de anos) Surgimento das angiospermas 65% das plantas que possuem flores são polinizadas por insetos e 20% dos insetos dependem das flores como fonte de alimento, pelo menos durante uma fase do seu desenvolvimento. Origem e História evolutiva das abelhas: Apis mellífera Vespas(Caçadoras-carnívoras) No processo evolutivo modificação do hábito alimentar (néctar e pólen) Coletoras de pólen Surgimento de Estruturas p/ coleta de pólen e néctar Super Família: Apoidea ordem: hymenoptera Classificação Zoológica das Abelhas As ordens mais numerosas em número de espécies são: -Coleoptera: 227 mil espécies -Lepidoptera: 112 mil espécies -Hymenoptera: >120 mil espécies (asas membranosas) Fazem parte dos hymenopteras Vespas, formigas e abelhas Classificação Zoológica das Abelhas Superfamília das Abelhas- Apoidea - >20.000 espécies - 9 famílias (Colletdae, Andrenidae, Oxaeidae, Malictidae, Mellitidae, Magachilidae, Fideliidae, Anthophoridae e Apidae) Níveis de organização das abelhas segundos seus hábitos ou por conveniência bionômica: -Solitárias: vivem sozinhas e as fêmeas morrem antes dos filhos atingirem a fase adulta, constrõem seus ninhos no chão, em fendas de pedras e árvores etc. -Parasitas: Parasita outra abelha e utiliza-se apenas do trabalho e do alimento que o hospedeiro armazenou. -Sociais: vivem em enxames, em um grande número de indivíduos no mesmo ninho, havendo divisão de trabalho e separação de castas. (5% das abelhas) Organização social das Abelhas Gênero Apis Electrapis Surgimento: 30 –40 milhões de anos Gênero Apis Características: •Construção de favos verticais, com células hexagonais e construídas exclusivamente com cera própria; ninho sem proteção especial. •Células usadas repetidamente; multifuncionais •Comportamento de agrupamento •Alimentação progressiva das larvas •Comunicação e recrutamento por “dança” •Resfriamento do ninho utilizando a evaporação de água Abelha anã (A. florea) Gênero Apis 10 espécies Abelha comum (A. mellífera) Abelha gigante (A. dorsata e A. laboriosa) Abelha índica (A. cerana) Cinco das espécies mais conhecidas são: -Todas as abelhas coletam néctar e pólen, são tratadas por “abelhas de mel”, constroem favos de cera e possuem aspectos de sua biologia semelhantes. - A Apis florea e A. dorsata costrõem um único favo, exposto e normalmente sob um galho de uma árvore. São encontradas apenas em regiões tropicais. - A Apis cerana e a A. mellífera nidificam em cavidades e estão presentes tanto em áreas tropicais como temperadas. Gênero Apis Gênero Apis - Apis florea Ninhos de Apis florea (Índia, Ceilão, Tailândia, Bornéu), ninhos pequenos com cerca de 5 mil operárias Gênero Apis - Apis florea - Conhecida com abelha anã; - Tipicamente encontrada nas densas florestas asiáticas - Sobrevive em ambientes com altas temperaturas no verão, onde nenhuma outra espécie de Apis é encontrada. - Dança na horizontal e não precisa ver o sol. - Protege o ninho com resina nos galhos em torno do ninho. Gênero Apis - Apis florea Gênero Apis - Apis dorsata Ninhos de Apis dorsata (Índia, Ceilão, Tailândia, Bornéu), possui cerca de 20 mil operárias e produz até 50 kg de mel Gênero Apis - Apis dorsata Ninhos de Apis dorsata (Índia, Ceilão, Tailândia, Bornéu), possui cerca de 20 mil operárias e produz até 50 kg de mel Gênero Apis - Apis dorsata - Produzem um único favo, que pode chegar a mais de 1,5m - Lancetas do ferrão são as maiores do gênero. - Dançam na vertical, mas precisam ver o sol para iniciar a comunicação - Vivem nas chamadas “bee trees” Gênero Apis - Apis dorsata Gênero Apis - Apis dorsata Gênero Apis - Apis laboriosa - Apis laboriosa , abelha do Himalaia , é a maior dentre as Apis - adultos podem medir até 3,0 cm. - Limitada ao Himalaia, só é encontrada nas regiões montanhosas do Butão, na China - província de Yunna, Índia e Nepal. Abelhas bem adaptadas a estas condições e com pouco fluxo gênico com as A. dorsatas. - Geralmente os ninhos estão em altitudes entre 2.500 e 3.000 m, construídos em grandes penhascos nas faces sul-ocidentais. As abelhas forrageiam em altitudes de até 4.100 m e em um ninho é possível se obter até 60 kg de mel. Gênero Apis - Apis laboriosa Gênero Apis - Apis laboriosa Gênero Apis - Apis laboriosa Gênero Apis - Apis laboriosa Gênero Apis - Apis cerana Ocupa os mais variados ambientes no continente asiático, principalmente as regiões sul e sudeste (China, Índia, Japão, Malásia, Nepal, Bangladesh e Papua Nova Guine). Gênero Apis - Apis cerana - Possui oito subespécies. - As frestas no ninho não são vedadas. - Não faz uso aparente de própolis. - Geralmente mansas, defendem o ninho em grupo quando ameaçadas. - Lancetas do ferrão reduzidas. - Defesa do ninho é feita principalmente com as mandíbulas. - É utilizada na criação racional - apicultura Gênero Apis - Apis mellifera De origem do continente Africano, sua presença se estende até a Europa e a euro-ásia. É a abelha utilizada na apicultura mundialmente. Gênero Apis - Apis mellifera De origem do continente Africano, sua presença se estende até a Europa e a euro-ásia. Essa abelha se diferenciou em raças geográficas sendo hoje reconhecidas 28 subespécies, resultado do isolamento e adaptações às regiões onde se desenvolveram; O cruzamento entre todas as raças resultam em indivíduos férteis, embora adaptações reprodutivas possam torna-los improváveis Foi introduzida na América do Norte no início dos anos de 1600 e no Brasil em 1839; É a abelha utilizada mundialmente na apicultura para produção de mel, pólen, cera, própolis, geleia real, apitoxina e, também, na polinização de culturas. Apis mellifera Distribuição Apis mellifera Distribuição As raças de Apis mellifera diferem em: Tamanho do corpo: grande e pequenas Cor do corpo: de amarelo até uma coloração escura Tamanho dos pêlos: Todas apresentam densa cobertura pilosa, umas com pêlos longos (0,5 mm) outra s com pêlos curtos (0,2 - 0,3 mm) Enervação das asas A estrutura dos ninhos de Apis mellifera Estrutura do Ninho - O ninho é composto por vários favos, confeccionados com cera produzidas pelas glândulas ceríferas das abelhas operárias; - São construídos nos mais diferentes locais, preferencialmente em cavidades como ocos de pau, fenda de pedras, ou mesmo em ambientes abertos como marquises de prédios, galhos de árvores etc. Estrutura do Ninho Estrutura do Ninho - A Apis mellífera, constroem vários favos paralelos na posição vertical - O número de favos e seu tamanho está relacionado com o tamanho do exame e o local do ninho - Os favos são construídos paralelamente, com aproximadamente 0,95cm de distância entre eles, sempre fixados pela parte superior ao local de nidificação Estrutura do Ninho Ninhos de Apis mellifera Estrutura do Ninho - O favo é composto por várias células hexagonais (alvéolos), usados para receber as crias e alimento Estrutura do Ninho - Geralmente são formados por células de operárias, menores e menos profundas que as de zangões - Células de operárias medem ≈ 4,9 mm de diâmetro - Células de zangão medem ≈ 6,3 mm de diâmetro - Espessura das paredes ≈ 0,073 mm - Ângulo entreas paredes 120º - No ninho as crias encontram-se na parte central, enquanto os alimentos (mel e pólen) são estocados na periferia e na parte superior e inferior dos favos centrais - A área ocupada pelas abelhas no ninho varia em função da época do ano – disponibilidade de alimento - A água não é estocada no interior da colméia - A própolis é utilizada para calafetar o ninho, fechando aberturas, sendo coletados quando necessário. Estrutura do Ninho Castas e divisão do trabalho Tipos de indivíduos • Rainha • Operárias • Zangões Composição de uma colônia de abelhas • 1 rainha • 300 zangões • 30.000 operárias jovens • 30.000 operárias velhas • 9.000 larvas • 6.000 ovos • 20.000 pupas Os Ocupantes do Ninho Os Ocupantes do Ninho -Rainha - Mãe de todos os indivíduos. - Substância da Rainha (coesão das abelhas,atração dos zangões, inibição da produção de uma nova rainha e também do desenvolvimento ovariano das operárias). - Uma colmeia= Uma rainha X Os Ocupantes do Ninho - Vôos entre 13 e 17 horas, 8 a 20 metros do solo, do 9 a 12 dias de idade - 5 a seis dias após a fecundação, inicia-se a postura de 1 ovo/ célula podendo pôr de 1500 a 2000 ovos/dia - Sistema reprodutivo= operárias possuindo no entanto, de 150 a 180 ovaríolos produzindo ovos contra 2 a 12 das operárias - Pode viver até 5 anos, mas em nossas condições vive 1 ano -Rainha Os Ocupantes do Ninho - Zangão -Maiores que as operárias -Não possuem estruturas específicas para o trabalho e sua função na colméia é fecundar a rainha -Atingem a maturidade sexual aos 12 dias e após fecundar a rainha morrem Os Ocupantes do Ninho -Operária -Responsáveis por todas as tarefas dentro da colméias -Vivem em épocas de grande atividade de trabalho cerca de 35 dias (média 38 a 42) -Podem pôr ovos (não fecundados)- Zanganeira Quadro- Divisão do Trabalho Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento Ovo Larva Pupa Desenvolvimento Ovo Desenvolvimento Larva Desenvolvimento Pupa Desenvolvimento Anatomia Externa Exoesqueleto - Carapaça dura revestida por pelos Anatomia Externa • Cutícula é a parte externa e dura do exoesqueleto, possui na sua composição quitina e esclerotina, substâncias secretadas pelas células da epiderme. • A cutícula forma as paredes do corpo e ainda braços, tendões, peças bucais, nervuras das asas, ferrão, pelos e espinhos, paredes das traqueias, das membranas do trato genital e de algumas partes do aparelho digestivo Anatomia Externa Exoesqueleto -As placas cuticulares são divididas por sulcos e suturas -As suturas são linhas de fusão entre segmentos ou placas Anatomia Externa Exoesqueleto -Os apêndices locomotores, peças bucais e antenas são articulados por processos ou escleritos -Os segmentos do abdome são ligados por membranas e músculos Anatomia Externa Corpo segmentado Anatomia Externa-Cabeça Olhos (compostos e simples) Antenas Aparelho bucal (Mandíbulas e língua) Anatomia Externa-Cabeça Olhos (compostos e simples) Antenas Aparelho bucal (Mandíbulas e língua) Anatomia Externa-Cabeça Olhos -Compostos (omatídeos) Rainhas 3.000 – 4.000 Operárias 4.000 – 6.900 Zangão 7.000 – 8.600 -Simples (ocelos em nº de três) Anatomia Externa-Cabeça Zangão 7.000 – 8.600 Rainhas 3.000 – 4.000 Operárias 4.000 – 6.900 Anatomia Externa-Cabeça Antenas -Escapo, pedicelo e flagelo Flagelo formado por diversos artículos (11 no zangão e 10 nas fêmeas) Na antena estão estruturas relacionadas ao tato, cheiro e possivelmente audição. Anatomia Externa-Cabeça Aparelho Bucal Anatomia Externa-Cabeça Aparelho Bucal Anatomia Externa-Tórax Anatomia Externa-Tórax Anatomia Externa-Tórax Anatomia Externa-Tórax Anatomia Externa-Tórax h=hámulos f=bainha W2=asa anterior W3=asa posterior f h Anatomia Externa- Abdome Tergos Esterno Anatomia Externa- Abdome Anatomia Externa- Abdome Anatomia Externa Anatomia Externa- Abdome Aparelho Digestivo Anatomia - Interna Partes do Ap . Digestivo: Boca; Faringe; Esôfago; Estômago ou papo; Proventrículo; Ventrículo; Intestino delgado; Intestino Grosso ou reto; Anus. Partes do Ap . Digestivo: Boca; Faringe; Esôfago; Estômago ou papo; Proventrículo; Ventrículo; Intestino delgado; Intestino Grosso ou reto; Anus. Aparelho Digestivo Anatomia - Interna Partes do Ap . Digestivo: Faringe; Esôfago; Estômago ou papo; Proventrículo; Ventrículo; Intestino delgado; Intestino Grosso ou reto; Partes do Ap . Digestivo: Faringe; Esôfago; Estômago ou papo; Proventrículo; Ventrículo; Intestino delgado; Intestino Grosso ou reto; Aparelho Digestivo Anatomia - Interna Sistema Circulatório Anatomia - Interna Aorta Coração Diafragma dorsal Diafragma ventral Vesícula pulsativa Coração (5 válvulas - óstias);Aorta; Diafragmas dorsal e ventral; Vesícula pulsativa e vasos das antenas Coração (5 válvulas - óstias);Aorta; Diafragmas dorsal e ventral; Vesícula pulsativa e vasos das antenas óstia Sistema Nervoso Anatomia - Interna Cérebro; Glânglio subesofageano (órgãos de alimentação); Cadeia nervosa ventral (formada por 7 pares de glânglios); - 2 toraxicos (pernas e asas) - 5 abdominais Cérebro; Glânglio subesofageano (órgãos de alimentação); Cadeia nervosa ventral (formada por 7 pares de glânglios); - 2 toraxicos (pernas e asas) - 5 abdominais Sistema Respiratório Anatomia - Interna Sacos aéreos, que se contraem sob pressão do sangue quando há contração abdominal; Traqueias e traqueolas, por onde o ar é distribuído até os tecidos; Espiráculos – 9 orifícios na lateral do corpo da abelha por onde entra o ar. Sacos aéreos, que se contraem sob pressão do sangue quando há contração abdominal; Traqueias e traqueolas, por onde o ar é distribuído até os tecidos; Espiráculos – 9 orifícios na lateral do corpo da abelha por onde entra o ar. Sistema Reprodutor Feminino Anatomia - Abdome Sistema Reprodutor Masculino Anatomia - Abdome 2 Testículos Conduto Deferente Vesícula Seminal Conduto Ejaculador 2 Testículos Conduto Deferente Vesícula Seminal Conduto Ejaculador Anatomia – Sistema Glandular Sistema Glandular • Glândula Hipofaringeana - produz a Geleia Real • Gl. Salivar da cabeça e Gl. Salivar do tórax - produzem Enzimas Digestivas • Gl. Mandibulares nas operárias - produzem Substância Moldadora da Cera e substâncias que compõem a geleia real • Gl. Mandibulares na rainha - produzem Substância de Rainha (responsável pela agregação do enxame e por evitar a postura pelas operárias) • Gl. Cerígenas - produzem Cera • Gl. de Nasanov - Glândula do cheiro - produzem Substância de Alarme e de Orientação para campeiras. Anatomia – Sistema Glandular Anatomia – Diferenças estruturais entre castas Anatomia – Feromônios Produzidos pelo gênero Apis
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