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TCC - Software BIM

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UNINASSAU RECIFE - GRAÇAS
ENGENHARIA CIVIL
LEONARDO DOS SANTOS OLIVEIRA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTRUTURA EM ALVENARIA CONVENCIONAL COM UM SOFTWARE
EM BIM
Recife
2019
LEONARDO DOS SANTOS OLIVEIRA
DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTRUTURA EM ALVENARIA CONVENCIONAL COM UM SOFTWARE
EM BIM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para conclusão do curso de ENGENHARIA
CIVIL da UNINASSAU RECIFE - GRAÇAS
Recife
2019
Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL
O48d
Oliveira, Leonardo dos Santos. 
 Dimensionamento de Uma Estrutura em Alvenaria
Convencional Com um Software em Bim / Leonardo dos
Santos Oliveira. - UNINASSAU RECIFE: Recife - 2019
 57 f. : il
 TCC (Curso de Engenharia Civil) - Uninassau Recife -
Graças - Orientador(es): Esp. Josinaldo Oliveira dos Santos
 1. Cálculos. 2. Construção. 3. Programa. 4. Projeto. 5.
Tecnologia. 6. Calculations. 7. Construction. 8. Design. 9.
Program. 10. Technology. 
I.Título 
II.Esp. Josinaldo Oliveira dos Santos
UNINASSAU RECIFE - REC CDU - 62
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este relatório a Deus, que sempre me protege e me 
ilumina e aos meus pais que, desde a minha infância, têm 
dado grande incentivo ao meu desenvolvimento intelectual, 
ao meu irmão, por estar desenvolvendo o que eu aprendi 
ao ensiná-lo e a minha namorada, que me motiva e me 
alegra, com a sua presença. Sem vocês eu não teria 
compreendido a importância do saber e principalmente da 
vida. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus por ter me dado tudo que precisei para chegar até aqui, a minha 
mãe Iracema Delfina dos Santos Oliveira e meu pai João da Costa Oliveira que me 
deram amor, que sempre me apoiaram, que me consolaram quando eu não chegava 
num bom dia e estiveram sempre presentes na minha vida, sem eles nada disso seria 
possível. Agradeço a minha namorada Paula Fernanda Vieira de Oliveira, que esteve 
comigo em toda a construção de trabalho, me ajudando a corrigir o texto, e me 
passando a calma, a tranquilidade que eu precisava para concluir esse desafio, e o 
seu amor que me faz querer vencer na vida, para que possamos formar a nossa 
família. Meu irmão Gustavo dos Santos Oliveira, que apesar de ser mais novo, e de 
não saber, me ajudou a ser quem eu sou. Meus professores também não podem ser 
esquecidos, pois estou chegando aqui pelos conhecimentos adquiridos em sala de 
aula, represento todos ao citar meus orientadores Josinaldo Oliveira dos Santos e 
Andréa Baltar, que além de me passarem conhecimentos, ajudaram na elaboração e 
corrigiram meus erros, ao longo desse estudo, aos vários amigos que fiz na faculdade, 
a todos meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O grande segredo para a 
plenitude é muito simples: 
compartilhar.” 
Sócrates 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Com o passar dos anos e com a evolução tecnológica o sistema construtivo de 
alvenaria convencional ficou ultrapassado, outros sistemas apareceram trazendo 
inovações e praticidades, apresentados neste trabalho, entretanto, também foi 
mostrado que esse avanço da tecnologia chegou para a alvenaria convencional, com 
a utilização do BIM. Esse estudo mostra como é um projeto estrutural dimensionado 
através de um software, e os ganhos obtidos com essa ferramenta para o projetista. 
Mesmo com todo esse avanço, respeitar as normas e trabalhar com elas é, e sempre 
vai ser imprescindível. Por isso esse trabalho foi produzido com base na NBR 6118, a 
principal norma de dimensionamento estrutural, e os cálculos foram descritos, 
explicados e aplicados, com a seguinte ordem: lajes, vigas, pilares e fundações, que 
não por acaso é a mesma ordem de carregamento da estrutura. O projeto tem o 
objetivo de mostrar que é possível otimizar a construção de uma casa e diminuir a 
quantidade de materiais perdidos na execução, e reduzir o valor construção. Foram 
elaborados quadros mostrando os cálculos e os resultados de cada elemento 
estrutural, onde foi possível controlar e impedir fissurações excessivas e 
deslocamentos que poderiam causar rupturas em alguns elementos. A armadura 
longitudinal da viga, foi reforçada para suportar o vão da estrutura, já a armadura 
transversal do pilar teve seu espaçamento reduzido para evitar a flambagem, e assim 
ficaram dispostas as armaduras de cada um, sendo possível uma maior agilidade por 
meio do Eberick, o software utilizado nesse estudo. O programa também disponibiliza 
o orçamento, e com isso mostra o tanto que esse sistema construtivo ganhou com 
essa tecnologia, porém, o projetista é fundamental para que tudo se realize, fazendo 
a adequada análise dos dados fornecidos, lançando e modificando cargas, e 
elementos, quando necessário for, continuando com a total responsabilidade sobre a 
estrutura. 
 
Palavras-chaves: projeto, tecnologia, construção, Eberick 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
With the passing of the years and with the technological evolution the constructive 
system of conventional masonry was outdated, other systems appeared bringing 
innovations and practices, presented in this work, however, it was also shown that this 
advancement of Technology has arrived for conventional masonry with the use of BIM. 
This study shows how a structural project is scaled through software, and gains 
obtained from this tool for the designer. Even with all this advancement, respecting the 
norms and working with them is, and always will be indispensable. For this reason this 
work was produced based on NBR 6118, the main structural sizing standard, and the 
calculations were described, explained and applied, with the following order: slabs, 
beams, pillars and foundations, which is not by chance the same order of Loading of 
the structure. The project aims to show that it is possible to optimize the construction 
of a house and decrease the amount of materials lost in the execution, and reduce the 
construction value. Tables were elaborated showing the calculations and results of 
each structural element, where it was possible to control and prevent excessive cracks 
and displacements that could cause ruptures in some elements. The longitudinal 
reinforcement of the girder, was reinforced to withstand the span of the structure, the 
transverse reinforcement of the pillar had its spacing reduced to avoid buckling, and 
thus were arranged the armor of each one, being possible greater agility through the 
Eberick, the software used in this study. The program also offers the budget, and with 
this shows how much this constructive system has gained with this technology, 
however, the designer is fundamental for everything to be done, making the proper 
analysis of the data provided, launching and modifying Loads, and elements, when 
necessary, continuing with full responsibility for the structure. . 
 
Key-words: Design, technology, construction, Eberick 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01- Modelo em 3D dos elementos estruturais da construção............... 23 
Figura 02- Local do Projeto............................................................................. 23 
Figura 03- Apoios dos vãos............................................................................ 
Figura 04- Área de Operação do Eberick........................................................ 
Figura 05- Vista isométrica da laje do projeto................................................. 
Figura 06- Vigota pré-moldada....................................................................... 
Figura 07- Armadura detalhada da V1............................................................ 
Figura 08- Armadura transversal da V1..........................................................Figura 09- Armação dos pilares com seção 20 x 30 cm.................................. 
Figura 10- Armadura da sapata...................................................................... 
24 
37 
39 
40 
41 
44 
46 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01 – Detalhamento de cálculo das lajes..................................... 37 
Quadro 02 – Resultados de armaduras da laje e de flecha....................... 38 
Quadro 03 – Composição da vigota pré-moldada..................................... 39 
Quadro 04 – Dimensionamento da armadura positiva da V1.................... 
Quadro 05 – Dimensionamento da armadura negativa da V1.................. 
Quadro 06 – Dimensionamento da armadura transversal da V1............... 
Quadro 07 – Cálculo da armadura longitudinal de P1............................... 
Quadro 08 – Detalhamento da armação longitudinal de P1...................... 
Quadro 09 – Detalhamento da armadura transversal de P1..................... 
Quadro 10 – Dimensionamento das sapatas............................................ 
Quadro 11 – Relação de carga por área................................................... 
Quadro 12 – Índices de consumo de materiais......................................... 
Quadro 13 – Resumo de custos de toda estrutura.................................... 
 
 
41 
42 
43 
44 
45 
46 
48 
50 
50 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS 
 
ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
BIM – Building Information Model 
CEB – Comite Europeen du Beton 
 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
NBR – Norma Brasileira 
RMR – Região Metropolitana do Recife 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO.................................................................................................. 12 
2. OBJETIVOS..................................................................................................... 13 
2.1. Objetivo Geral............................................................................................... 13 
2.2. Objetivos Específicos................................................................................... 13 
3. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................. 14 
3.1. Sistemas Estruturais no Brasil...................................................................... 
3.1.1. Alvenaria Estrutural................................................................................... 
3.1.2. Parede de Concreto.................................................................................. 
3.1.3. Alvenaria Convencional............................................................................. 
14 
14 
14 
15 
3.2. Elementos Estruturais da Alvenaria Convencional....................................... 
3.2.1. Lajes.......................................................................................................... 
3.2.1.1. Lajes Maciças......................................................................................... 
3.2.1.2. Lajes Nervuradas................................................................................... 
3.2.1.3. Lajes Treliças......................................................................................... 
3.2.2. Vigas.......................................................................................................... 
3.2.3. Pilares........................................................................................................ 
3.2.4. Fundações: Sapatas.................................................................................. 
3.2.5. Concreto Armado...................................................................................... 
16 
16 
17 
18 
18 
19 
19 
20 
21 
3.3. BIM – Building Information Model................................................................. 21 
4- METODOLOGIA.............................................................................................. 23 
4.1. Estrutura....................................................................................................... 
4.1.1. Local do Estudo......................................................................................... 
23 
23 
4.2. Coleta de Informações................................................................................. 24 
4.3. Cálculo Estrutural......................................................................................... 
4.3.1. Equações para o Cálculo das Lajes.......................................................... 
4.3.2. Equações para o Cálculo das Vigas.......................................................... 
4.3.3. Equações para o Cálculo dos Pilares........................................................ 
4.3.4. Equações para o Cálculo das Sapatas..................................................... 
24 
25 
26 
30 
34 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 36 
5.1. Dimensionamento das Lajes........................................................................ 36 
 
 
 
 
 
5.2. Dimensionamento das Vigas........................................................................ 
5.3. Dimensionamento dos Pilares...................................................................... 
5.4. Dimensionamento das Sapatas.................................................................... 
5.5. Análise de Custos e de Estrutura do Projeto................................................ 
40 
44 
47 
49 
6. CONCLUSÕES................................................................................................ 53 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 55 
 
 
12 
___________________________________________________________________________ 
1. INTRODUÇÃO 
 
O sistema estrutural de concreto armado é um dos métodos mais utilizados na 
construção civil no Brasil. Responsáveis por dar sustentação a casa, as cargas da 
edificação são dimensionadas de cima para baixo, começando pelo cálculo da laje, 
ela leva em consideração todo o carregamento superior que existe. Logo após a laje, 
vem as vigas, barras horizontais, seu dimensionamento consiste nas cargas da laje e 
do seu peso próprio. Recebendo essas cargas estão os pilares, barras verticais, que 
assim como as vigas, tem seu cálculo utilizando a carga superior e o seu peso próprio. 
Todo o peso da estrutura é direcionado para as fundações, que por consequência 
levam e distribuem as cargas para o solo. 
 
Nesse trabalho será apresentado e analisado os esforços de uma estrutura em 
concreto armado, o desenvolvimento dos cálculos, e os resultados de cada elemento, 
de um projeto residencial desse tipo, que são laje, viga, pilar e sapata, e foram 
dimensionados para suportar cargas futuras, para uma possível expansão de 
pavimentos, obedecendo a norma de dimensionamento de uma estrutura, a NBR 
6118. Um orçamento será produzido para fomentar esse trabalho, e deixar 
especificado o custo de cada componente da construção. 
 
Alguns softwares foram utilizados, AutoCad para a elaboração da planta baixa da 
casa, e o Eberick para o dimensionar e apontar possíveis erros dos cálculos e 
mostrando o comportamento dos elementos da estrutura. Esse estudo indica se a 
alvenaria convencional, conhecida por ser um sistema estrutural que gera muitos 
desperdícios e demora na sua execução, pode mudar esse cenário com a ajuda de 
tecnologia em BIM, diminuindo o desperdício e otimizando o tempo de execução, além 
de obter um ganho financeiro no projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivo Geral 
Apresentar um projeto estrutural, com seus elementos dimensionado através de um 
software em BIM e mostrar a eficiência que é obtidapor essa nova tecnologia. 
 
2.2. Objetivos Específicos 
 
 Descrever os cálculos para o sistema estrutural utilizado 
 Analisar os cálculos aplicados na estrutura do projeto 
 Avaliar a eficiência econômica do projeto 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1. Sistemas Estruturais no Brasil 
Na construção civil, já existem diversos sistemas construtivos, para a realização de 
uma edificação. No Brasil novas tecnologias estão se apresentando para o mercado 
e algumas delas já começaram a ser utilizadas, porem o método que mais utiliza-se é 
a alvenaria convencional. Entre os diversos sistemas construtivos, os que 
predominam no mercado brasileiro são: alvenaria convencional, alvenaria estrutural, 
wood frame, steel frame e paredes de concreto. 
 
3.1.1. Alvenaria Estrutural 
A alvenaria é um sistema de construção que emprega peças fabricadas de tamanhos 
e peso que as fazem manejáveis, que se juntam por argamassa, chegando a se tornar 
um conjunto monolítico (KALIL, 2007). 
 
Esse tipo de construção pode ser chamado também de alvenaria autoportante, porque 
são designadas a absorver as forças das lajes e a sobrecarga, além do seu peso 
próprio. A estrutura é produzida concomitantemente com as paredes de vedação, 
neste sistema, porque elas desenvolvem diversas atividades ao mesmo tempo, com 
por exemplo: divisas de espaços, estrutural, isolante térmico, isolante acústico, além 
de proteção contra o fogo (HENDRY, 1990). 
 
Fundamentalmente na alvenaria estrutural as paredes são unidades estruturais, 
necessitando assim, suportar às cargas como seriam feitos pelos pilares e vigas 
empregados em concreto armado, madeira ou aço. Desta forma, o projeto imaginado 
leva em consideração a subdivisão das paredes de forma que todas elas atuem como 
elemento estabilizador da parede subsequente (SABBTINI, 1989). 
 
3.1.2. Parede de Concreto 
Parede de concreto é um sistema construtivo que consiste em ser um método que 
utiliza fôrmas preparadas no local da obra e na sequência preenchidas com concreto, 
tendo as instalações elétricas e hidráulicas devidamente embutidas. A vedação e 
estrutura formam um único elemento, com isso é constituído a principal característica 
do sistema construtivo (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema é aconselhado para empreendimentos que têm elevada repetitividade e 
podem ser empregados em construções de pequeno, médio e alto padrão, isso se 
deve a sua grande multifuncionalidade. A escolha é definida após uma análise 
criteriosa de gastos, que acaba levando em consideração todos os aspectos tais como 
mão de obra e prazo de construção com seus passivos. É capaz de serem utilizados 
em edificações de casas populares, de sobrados, construções em até seis andares, 
edifícios que com somente esforços de compressão chegam a nove pavimentos, mas 
já consegue chegar a exemplos de utilização em edifícios de até 30 pavimentos 
(ABCP, 2007). 
 
O sistema construtivo parede de concreto é em sua totalidade sistematizado, porque 
é fundamentado integralmente em concepções de industrialização de produtos e 
equipamentos, mecanização, modulação, administração tecnológica e versatilidade. 
Por esses fatores transforma-se em uma linha de montagem, a obra a ser executada, 
como é visto na indústria automobilística (ABCP, 2007). 
 
Dessa maneira torna-se possível obter um produto homogêneo, independentemente 
do distrito do país e da mão de obra a ser aproveitada, sendo para as empresas que 
estão localizadas em vários estados, se transformando em um diferencial 
(CICHINELLI, 2009) 
 
3.1.3. Alvenaria Convencional 
O sistema construtivo de alvenaria convencional, ou só convencional, é formado por 
pilares, vigas e lajes de concreto armado, e os espaços vazios serão preenchidos com 
tijolos cerâmicos para a vedação, as paredes. O peso da estrutura, neste tipo de 
construção, é dividido nas lajes, vigas, pilares e fundações, e por esse motivo, as 
paredes são não portantes, como são conhecidas. Na execução de elementos como 
pilares e vigas são utilizados aço estrutural e as formas em madeira. Depois das 
paredes serem construídas, se faz necessário rasgá-las para o embutimento das 
instalações elétricas e hidráulicas. O estágio de revestimento, caracterizada pela 
realização do chapisco, as massas grossa e fina (emboço e reboco, respectivamente) 
e pintura, deve ter início logo em sequência (VASQUES, 2014). 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
A construção em concreto armado, alvenaria convencional, é seguramente a mais 
utilizada no Brasil. Sendo utilizadas barras de aço, que são as armaduras, colocadas 
no concreto moldado in loco, em formas de madeira, e esse sistema proporciona a 
obtenção de construções aptas a suportar a qualquer tipo de força. Porém, para que 
as obras sejam bem elaboradas, é fundamental que elas passem, convenientemente, 
nas mãos de Engenheiro para serem calculadas; especialista esse, que elaborará o 
projeto estrutural (RAMALHO, 2007). 
 
É no processo de elaboração do projeto que serão definidas, em função das forças a 
que estará sujeitado o edifício, como: as dimensões de lajes, vigas e pilares, as 
equivalentes armaduras, bem como a constituição do concreto que será utilizado. É 
importante ficar em alerta para os perigos consequentes da execução empírica ou 
inapropriada de estrutura em concreto armado (BASTOS, 2006). 
 
Fazer um estudo criterioso das formas de madeira, é um motivo importante, também, 
a partir de um ponto de vista ecológico e econômico. Deve-se procurar a todo 
momento uma quantidade ótima de reutilizações delas, não obstante, sem 
comprometer a qualidade final da edificação (SOUZA, 2014). 
 
3.2. Elementos Estruturais da Alvenaria Convencional 
Na alvenaria convencional, é utilizado a estruturação mais conhecida no Brasil, com 
laje, viga, pilar e fundação. No planejamento, quando se estar dimensionando a 
construção, a sequência de cálculo começa com as lajes, com seu peso e todas as 
ações que podem estar atuando sobre ela; vigas, que recebem os pesos presentes 
nas lajes e o seu próprio; pilares, que, também, deve ter considerado o seu peso 
próprio e as cargas que as vigas distribuem, através das suas reações; além das 
fundações, que são dimensionadas depois de receber o peso da estrutura. É no 
projeto que será determinado os tipos de lajes, vigas, pilares e fundações que serão 
executadas na obra. Esses elementos e suas variações serão detalhados a seguir. 
 
3.2.1. Lajes 
As lajes, elementos que fazem parte do sistema estrutural de alvenaria convencional, 
são laminares e planas, solicitados em predominância por cargas normais ao seu 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
plano médio. São elas que formam os pisos dos edifícios correntes de concreto 
armado. Nesse tipo de estrutura, as laminares planas, predominam duas dimensões, 
largura e comprimento, sobre a terceira que é a espessura. As vigas são 
representadas pelos seus eixos, e não é diferente quando tratamos das lajes, que são 
representadas pelo seu plano médio. O que torna as lajes diferenciadas, são sua 
vinculação, a relação entre os lados e a forma. Nas construções correntes, 
comumente, as lajes têm forma retangular, porém podem ter forma em L ou 
trapezoidal (FILHO, 2014). 
 
3.2.1.1. Lajes Maciças 
Laje maciça é aquela na qual a totalidade da espessura é constituída por concreto, 
incluindo armaduras longitudinais de flexão e ocasionalmente armaduras transversais, 
e sustentada em paredes ou vigas ao longo das bordas. Também são consideradas 
lajes maciças de concreto, laje lisa e laje cogumelo, entretanto, nesses tipos as cargas 
e outras ações são transportadas diretamente para os pilares, sem a necessidade do 
suporte de apoios nas bordas. No Brasil, tradicionalmente, é habitual chamar laje 
apoiada nas bordas como “laje maciça”. Nos edifícios de vários pavimentos, em 
pontes e em outras construções de grande porte,as lajes maciças são as mais 
utilizadas, entre os diversos tipos de lajes que existem. Normalmente as espessuras 
das lajes maciças de concreto variam de 7 cm a 15 cm, são reproduzidas para os mais 
diversos tipos de construção, como edifícios de vários pavimentos (comerciais, 
residenciais, etc.), escadas, muros de arrimo, reservatórios, construções de grande 
porte, por exemplo, escolas, industrias, hospitais, entre outros (BASTOS, 2015). 
 
Normalmente a espessura das lajes maciças é encontrada entre L/40 e L/60 do menor 
comprimento de vão, sempre obedecendo os limites mínimos determinados na NBR 
6118/2014. Neste caso, o pré-dimensionamento é necessário as dimensões do 
pavimento, especialmente na outra direção, e dos carregamentos sobre a laje. Para 
efeito de cálculo, a espessura da laje é considerada satisfatória se estiver entre esse 
intervalo. Para a definição dos apoios das lajes, deve-se considerar o comprimento 
dos vãos. A laje será considerada como apoiada em duas direções, quando a relação 
entre o maior e o menor vão estiver inferior ou igual a dois. Posto isto, as armaduras 
que suportarão aos esforços de flexão serão utilizadas nas duas direções. Quando 
essa relação for superior a dois, a laje será considerada como apoiada e armada 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
somente em uma direção (SANTOS, 2009). 
 
3.2.1.2. Lajes Nervuradas 
A laje nervurada pode ser definida como as lajes moldadas na obra ou com nervuras 
pré-moldadas, cuja área de tração para momentos positivos encontra-se situada nas 
nervuras tal qual pode ser incluído material inerte. Não deve ser considerada a 
resistência do material inerte, ou seja, não altera a resistência da laje nervurada. 
Outros são os materiais que possibilitam a fundamental rigidez e resistência, como as 
nervuras, unidas e solidarizadas pela mesa (NBR 6118). 
 
Na construção com o concreto armado, o concreto é encarregado pela absorção dos 
esforços de compressão na flexão, enquanto é do aço a responsabilidade de suportar 
aos esforços de tração. Ainda que o concreto suporte a esforços de tração, no 
dimensionamento de estruturas essa resistência é ignorada, pelo motivo desta ser 
pequena, se for comparada à resistência do aço. Consequentemente, em estruturas 
de concreto sujeitas à flexão, em que agem momentos positivos, o concreto que existe 
na região abaixo da linha central, a linha neutra, não tem como função suportar aos 
esforços de tração. Assim surgiu a possibilidade de diminuir o concreto que existe 
nesta região, fazendo reduzir o peso próprio da estrutura (DIAS, 2003). 
 
A solução encontrada é utilizada nas lajes nervuradas, que são lajes constituídas por 
nervuras contendo, ou não, material inerte no meio delas, com uma cobertura de 
concreto, chamada mesa, de espessura relativamente fina por cima. Há vários 
produtores que desenvolveram fôrmas para a aplicação deste tipo de laje, 
possibilitando o emprego desta conclusão estrutural para vãos grandes, já que a 
remoção do concreto dispensável na flexão deixou-se aumentar a espessura das lajes 
sem desenvolver proporcionalmente o peso próprio da estrutura (SANTOS, 2009). 
 
3.2.1.3. Lajes Treliças 
As lajes treliças é uma opção mais econômica, em relação as lajes maciças de 
concreto. Elas possibilitam ganhar maiores vãos com menor peso próprio, e redução, 
durante a sua execução, de mão de obra. Nesse tipo de laje a armadura das nervuras 
tem a forma de uma treliça espacial. Os banzos inferior e superior, são constituídos 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
por duas barras e por uma barra, respectivamente. Eles são ligados por barras 
diagonais inclinadas, sendo soldadas por eletro fusão. Possibilitam ao conjunto uma 
boa rigidez, melhoram o transporte e manuseios das vigotas já produzidas, e 
aumentam a resistência aos esforços cortantes (BASTOS, 2015). 
 
São constituídas com a utilização de elementos pré-fabricados do tipo treliças, as lajes 
pré-moldadas treliçadas. Ela tem em sua formação nervuras principais resistentes, por 
materiais leves de enchimento colocados entre as vigotas e por uma capa de cima em 
concreto, que em companhia com as nervuras principais vai formar a seção 
transversal que suporta à flexão. A estrutura resultante é muito rígida, e isso ocorre 
por causa da perfeita solidarização entre o elemento treliçado e o concreto lançado 
na construção (CAIXETA, 1998) 
 
3.2.2. Vigas 
Por definição na NBR 6118/2014, vigas são elementos lineares em que a flexão é 
preponderante. As vigas são consideradas como barras e são geralmente retas e 
horizontais, com a finalidade de receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes 
de alvenaria, e algumas vezes de pilares. A determinação das vigas é simplesmente 
vencer vãos e transmitir as ações que estão atuando nelas para o apoio, usualmente 
os pilares. 
 
As cargas, que podem ser concentradas ou distribuídas, são normalmente 
perpendiculares ao seu eixo longitudinal. Existe a possibilidade de receber forças 
normais de tração ou de compressão, na direção do eixo longitudinal. Assim como as 
lajes e os pilares, as vigas também são um elemento estrutural de contraventamento 
encarregado por proporcionar a estabilidade global das construções às cargas 
verticais e horizontais. Os estribos, chamados de armadura transversal, e as barras 
longitudinais, chamadas de armadura longitudinal, são geralmente a composição das 
armaduras das vigas (BASTOS, 2006). 
 
3.2.3. Pilares 
Os pilares são normalmente dispostos na vertical, elementos lineares de eixo reto em 
que as forças normais de compressão são preponderantes. Tem por finalidade a 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
transmissão das ações para as fundações, embora também podem transmitir para 
outros componentes de apoio. As cargas são oriundas geralmente das vigas, como 
também podem vir das lajes (NBR 6118, 2014). 
 
São os elementos estruturais de maior importância nas construções em concreto 
armado, tanto no aspecto de segurança como no ponto de vista da capacidade 
resistente das estruturas. Além de transmitir as ações verticais para os componentes 
de fundação, os pilares podem participar do sistema de contraventamento incumbido 
por assegurar a estabilidade global dos edifícios às cargas verticais e horizontais 
(Bastos, 2006). 
 
A escolha e a disposição devem obedecer a função estrutural também às condições 
de execução, especialmente com relação ao lançamento e adensamento do concreto. 
Para impedir a divisão dos agregados e a ocorrência de vazios dentro do pilar, os 
espaços deverão permitir a introdução do vibrador (NBR 6118, 2014). 
 
As armaduras longitudinais têm a função de reduzir as deformações do pilar, 
principalmente as decorrentes da retração e da fluência. Além disso, contribuem para 
resistir à compressão, diminuindo a seção do pilar, também suportando às tensões de 
tração (PINHEIRO, 2007). 
 
3.2.4. Fundações: Sapatas 
A sapata é estabelecida como elemento de fundação superficial, de concreto armado, 
calculada de modo que as tensões de tração nela encontrada, seja suportada pelo 
emprego de armadura especialmente disposta para esse fim (NBR 6122, 2010). 
Também definida como o elemento estrutural de volume usado para transmitir ao 
terreno os carregamentos de fundação, no caso de fundação direta (NBR 6118, 2014). 
 
As sapatas recebem as cargas dos pilares e as transferem diretamente para o solo. 
Elas podem ser classificadas como localizadas ou isoladas, conjuntas ou corridas. 
Quando isoladas elas servem para de apoio para apenas um pilar, já quando 
conjuntas servem para transmitir simultaneamente o carregamento de dois ou mais 
pilares e, por fim, as sapatas corridas, que ganham esta nomenclatura, pois são 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
dispostas ao longo de todo o comprimento do elemento estrutural que lhe aplica a 
carga, costumeiramente são paredes de alvenaria ou de concreto. São comuns em 
estruturas de pequeno porte, ondeo solo suporta tranquilamente cargas em baixas 
profundidades (BASTOS, 2006). 
 
A sapata isolada é a mais usual nas edificações, e suas formas podem ser, em planta, 
muito variadas, porém a retangular é a mais encontrada, por causa dos pilares, que 
em grande maioria tem seções retangulares (BASTOS, 2016). 
 
3.2.5. Concreto Armado 
Concreto armado é a junção do concreto simples com uma armadura, normalmente 
constituída por barras de aço. Unidos os dois materiais devem suportar solidariamente 
aos esforços solicitantes. A aderência que eles têm é que dar a garantia para essa 
solidariedade. Como material de estrutura, o concreto dispõe de várias vantagens 
quando comparado a outros materiais. Suas principais propriedades mecânicas são a 
resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade (PINHEIRO, 
2007). 
 
3.3. BIM – Building Information Model 
O BIM é um processo fundamentado em modelos digitais, integrados, compartilhados 
e interoperáveis, definidos como Building Information Moldels, podendo o Building 
Information Modeling ser determinado como um método que possibilita a gestão da 
informação, enquanto o Building Information Model é o grupo de modelos 
compartilhados de maneira digital, tridimensional e sistematicamente ricos, que unidos 
constituem a espinha dorsal do projeto (MANZIONE, 2011). 
 
As metodologias idealizadas pelo BIM são um gênero de base de dados onde são 
acondicionados tanto os elementos geométricos como os textuais de cada material 
construtivo utilizado no projeto. Este conjunto permite automática criação de plantas, 
perspectivas, cortes e quantitativos, levando aos engenheiros e arquitetos resoluções 
projetuais, não sendo mais soluções nos desenhos técnicos (BIRX, 2006). 
 
O BIM ainda pode ser definido como uma simulação inteligente de arquitetura, 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
possuindo seis propriedades principais para sua integrada implantação, ser: digital, 
abrangente, espacial, durável, mensurável e acessível (CAMPBELL, 2006). 
 
Também, o BIM é um método de trabalho que faz a integração entre arquitetos, 
engenheiros e construtores na criação de um modelo virtual preciso, que produz uma 
base de dados que contém tanto subsídios necessários para orçamento como 
informações topológicas, previsão de insumos e ações em todas as fases da 
construção (EASTMAN, 2008). 
 
Ainda pode ser a representação digital das características funcionais e físicas de uma 
estrutura, que possibilita a integração de maneira sistêmica e transversal às diversas 
fases do ciclo de vida de uma construção com o gerenciamento de todas as 
informações existentes em projeto, criando uma base confiável para deliberações 
durante o seu ciclo de vida, estabelecido como existente desde o começo da primeira 
idealização até à demolição (Building smart, 2018). 
 
A área compartilhada do Eberick privilegia sua usabilidade, transformando o acesso 
aos recursos do programa intuitivo e possibilitando que o projetista concentre todo seu 
esforço na criação do projeto. Sua organização por guias permite que qualquer 
comando seja encontrado, convertendo o desenvolvimento de seu projeto uma 
experiência aprazível (FRANCESCHI, 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
4.1. Estrutura 
A estrutura é de concreto armado e contém um pavimento térreo e uma cobertura. 
Com 3,40 m de pé direito, altura do chão até o teto, e 1,50 m de fundação, possui 
elementos estruturais bem definidos, figura 01. Ao todo a construção tem 105 m2 de 
área útil, possuindo no térreo 7 vigas, 12 sapatas e 12 pilares, e na cobertura 7 vigas, 
6 lajes e 12 pilares, como pode ser observado na figura 02. O dimensionamento 
ocorreu através do software Eberick-2018, e contou com suporte da Altoqi para a 
elaboração dos quadros e de algumas figuras. 
 
Figura 01 – Modelo em 3D dos elementos estruturais da construção 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALTOQI, 2019 
 
4.1.1. Local de Estudo 
O projeto dessa residência, que possui uma área total de 200 m2 e uma área útil de 
105 m2, e fica localizada no bairro de Caetés I em Abreu e Lima, PE, figura 02. 
 
Figura 02 – Local do projeto 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2. Coleta de Informações 
Foi utilizado nesse trabalho um software de cálculo estrutural em BIM, Eberick, para 
dimensionar a estrutura de uma residência em concreto armado. A obra foi pensada 
e projetada em alvenaria convencional, contendo a sequência estrutural de lajes, 
vigas, pilares e sapatas, e está toda em acordo com a NBR 6118/2014 a mais atual. 
Nesse estudo será demonstrado o comportamento da estrutura projetado, tabelas e 
quadros contendo informações sobre os materiais da construção. Alguns conceitos 
foram aplicados, a partir de artigos científicos, monografias e livros. 
 
4.3. Cálculo Estrutural 
As fórmulas utilizadas para o dimensionamento encontram-se nas diversas NBRs, 
com a principal sendo a 6118/2014, e por elas o software calculou toda a estrutura. A 
estrutura contém laje do tipo pré-moldadas (vigotas), vigas, pilares e sapatas, toda a 
construção em concreto armado. 
 
O projeto da residência de um pavimento térreo de 105 m2, tem a laje dividida em seis 
áreas, todas armadas em duas direções, engastadas umas nas outras. O vão efetivo, 
segundo o tópico 14.7.2.2 da NBR 6118/2014, quando os apoios puderem ser 
encarados como suficientemente rígidos, em relação à translação vertical, deve ser 
calculado pela fórmula que vem na sequência: 
 
lef = l0 + a1 + a2 
 
com a1 sendo igual ao mínimo valor entre t1/2 e 0,3h e a2 igual ao menor valor entre 
t2/2 e 0,3h, segundo a figura 03. 
 
Figura 03 – Apoios dos vãos 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BASTOS, 2006 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.1. Equações para o Cálculo das Lajes 
Para as cargas na laje, o carregamento, de um modo geral, é considerado como 
uniformemente distribuído. 
 
p = g + q 
 
onde: 
g – é a parcela permanente das cargas que agem sobre a laje; 
q – é a parte variável das cargas que agem sobre a laje. 
O carregamento p tem a unidade em kN/m2. 
 
Os valores das cargas a serem considerados no dimensionamento de edificações são 
encontrados na NBR 6120/1980. Ainda segundo a norma 6118/2014, as lajes devem 
ter uma espessura tal que respeitem a verificação de estado limite de serviço de 
deformações excessivas. Então, é sugerido o seguinte processo para definir a 
espessura de uma laje, que esteja sujeitada com exclusividade a cargas 
uniformemente distribuídas: determinar a espessura da laje como sendo o menor 
valor; fazer a disposição de cargas para a laje, demonstrando os valores de carga 
variável e permanente; estabelecer o número da carga de serviço, que corresponde à 
combinação quase permanente de serviço: 
 
pd,ser = Ʃgik +Ʃψ2j qj,k 
 
O Ieq, momento de inércia da seção, é capaz de ser determinado da seguinte maneira: 
se ma ≤ mr → Ieq = Ic 
se ma ˃ mr → Ieq = 0,30 Ic 
 
em que, 
ma é o momento fletor na seção crítica, para as lajes biapoiadas ou contínuas é o 
momento máximo no vão e momento no apoio para as lajes em balanço, para a 
conjugação quase permanente de serviço; 
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto; 
mr é o momento de fissuração da laje, e calculado por: 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
mr = 0,25 fctm b h2 
 
No qual, o valor de fctm é conseguido das seguintes fórmulas: 
- para concretos de classes até C50: 
 
fctm = fck2/3 
 
- para concretos de classes de C55 até C90: 
 
fctm = 2,12 ln (1+0,11 fck) 
 
sendo fctm e fck expressos em MPa. 
Deve ser calculada, a flecha imediata, utilizando o módulo de elasticidade secante do 
concreto: 
 
Ecs = αi . Eci 
tendo: 
 
αi = 0,8 + 0,2 ≤ 1,0 
 
e onde, Eci é o módulo de deformação tangente inicial, que pode ser calculado pelas 
expressões: 
 
Eci = αE . 5600 fck1/2, para fck de 20 MPa a 50 MPa 
Eci = 21,5.103. αE (fck/10 + 1,25)1/3, para fck de 55 MPa a 90 MPa 
 
sendo, Eci e fck são dados em MPa. 
E assim o cálculo da laje é desenvolvido. 
 
4.3.2. Equações para o Cálculo das Vigas 
Para o dimensionamento das vigas, deve-se seguir um roteiro, e de acordo com os 
dados da NBR 6118/2014, temos o seguinte: 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
O primeiro passo das vigas, no projeto, fundamenta-se em identificar os dados iniciais. 
Começando com as classes do concreto e do aço e o cobrimento, e logo após temos: 
a forma estrutural do tabuleiro, com os dados preliminares em planta; altura do pé 
direito; reações de apoio das lajes; e as dimensões das seções transversais das vigas, 
conseguidas em um pré-dimensionamento. 
 
Na sequência, devem levar em consideração o esquema estático, vãos e dimensões 
da seção transversal. Elas não devem apresentar largura menor que 12 cm. Limite 
esse que pode ser reduzido, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos 
excepcionais, tendo que respeitar obrigatoriamente respeitadas as seguintes 
condições (item 13.2.2 da NBR 6118/204): alojamento das armaduras e suas 
interseções com as armaduras de outros materiais estruturais, respeitando os 
espaçamentos e coberturas estabelecidos nessa Norma; e segundo a NBR 14931, o 
lançamento e vibração do concreto de acordo com essa norma. A efeito arquitetônico, 
sempre que possível, a largura das vigas deve ser escolhida de tal forma que elas 
fiquem embutidas nas paredes. 
 
As vigas não podem adentrar os espaços de janelas e de portas. Deve ser 
considerado uma abertura de portas com 2,20m de altura. Simplificando o 
cimbramento, normalmente, procura-se padronizar as alturas das vigas, não adotando 
mais de duas alturas diferentes no projeto, pois se aumentar a quantidade de alturas 
pode, eventualmente, constituir a necessidade de armadura dupla, em algumas partes 
das vigas. Devem ter as flechas verificadas ultimamente, os tramos com mais 
carregamentos, e principalmente os de maiores vãos. 
 
Para o cálculo devem ser considerado as cargas nas vigas, que são: peso próprio, 
reações de paredes e peso de paredes. Em algumas situações, as vigas podem vir a 
receber cargas de outras vigas, e receber de pilares, nos casos de vigas de transição 
ou em vigas de fundação. Excetuando-se as cargas originárias de outras vigas ou de 
pilares, que são pontuais, as outras cargas podem ser consideradas uniformemente 
distribuídas. 
 
Antes de fazer a demonstração do cálculo das armaduras, é muito importante verificar 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
se a seção transversal é satisfatória para resistir aos esforços de cisalhamento e de 
flexão. 
Momento fletor é o momento limite para a armadura simples, e é dado por: 
 
Md,lim = 
 
,
 
 
Para usar armadura simples, Md,máx ≤ Md,lim, e para usar a armadura dupla, 
Md,máx ˃ Md,lim. 
 
Já a força cortante máxima Vsd, na frente dos apoios, não deve extrapolar a força 
cortante última VRd2, referente à ruína das bielas que estão em compressão de 
concreto, dada pelo item 17.4.2.2 da NBR 6118/2014: 
 
VRd2 = 0,27 αV2 fcd bw d 
onde, 
αV2 = (1 - ), fck em MPa ou αV2 = (1 - ), fck em kN/cm2 
 
em que: 
fcd é a resistência de cálculo do concreto; 
bw é a menor largura da seção da viga, compreendida ao longo da altura útil; 
d é a altura útil da seção da viga, que é igual à distância da borda comprimida ao 
centro de gravidade da armadura de tração. 
 
Dando seguimento as fórmulas utilizadas pelo software para os cálculos das vigas do 
projeto, de acordo com a NBR 6118/2014, e com elas biapoiadas, temos o seguinte 
cálculo dos esforços: 
 
Mk = pl2/8 
 
sendo, 
Mk, o momento máximo; 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
p, a carga distribuída; 
l, o comprimento da viga. 
Continuando com os cálculos, temos: 
 
Vk = pl/2 
 
onde, 
Vk é a força cortante. 
Logo em sequência, temos os valores majorados do momento e da força cortante: 
 
Md,máx = γf Mk 
Vd,eixo = γf Vk 
 
Com o valor de γf é 1,4 (adimensional) 
Nas faces dos apoios tem-se: 
 
Vd,face = Vd,eixo – pd . t/2 
 
e para a altura da seção as fórmulas utilizadas são as seguintes: 
 
d’ = h – d = c + øt +øl/2 
 
d’ que é a menor distância do centroide da armadura para a extremidade do concreto, 
 
d = h – d’ 
 
onde d é a maior distância do centroide de armadura para a extremidade do concreto. 
E por fim, o software detalha a armadura, que é encontrada através dessa equação: 
 
As = 
 . 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.3. Equações para o Cálculo dos Pilares 
No tipo de estrutura, que está proposta no projeto, compostas por lajes, vigas e pilares, 
o trajeto das cargas inicia nas lajes, que delas vão para as vigas e, logo após, para os 
pilares, que as transportam até a fundação. Os pilares são encarregados por receber 
os pesos dos pavimentos superiores, acrescentar as reações das vigas em cada 
andar, se houver, e encaminhar esses esforços até as fundações. 
 
Com a finalidade de evitar um desempenho inapropriado e proporcionar boas 
condições de execução, a NBR 6118/2014, em seu item 13.2.3, determina que a 
seção transversal dos pilares, independentemente da forma, ela não deve 
compreender dimensão menor que 19 cm. Permite-se a consideração de dimensões 
entre 19 cm e 12 com, para casos especiais, no entanto, quando for feito o 
dimensionamento deve multiplicar as ações por γn, que é um coeficiente adicional. 
Então, esse fator γn deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nos pilares. 
 
Nos casos em que a maior dimensão da seção transversal não ultrapasse cinco vezes 
a menor, h ≤ 5b, todas as orientações referentes aos pilares são válidas. Porém, 
quando esta recomendação não for atendida, o pilar de ser tratado como pilar-parede, 
de acordo com a NBR6118/2014, em seu item 18.5. E em qualquer caso, não se 
permite pilar com seção transversal com a área menor do que 360 cm2. 
De acordo com a NBR 6118/2014, em seu item 15.6, o comprimento equivalente le do 
pilar, suposto vinculado nas duas extremidades. 
 
 𝑙 ≤
𝑙 + ℎ
𝑙
 
 
em que, 
l0, é a distância entre as faces internas dos componentes estruturais, supostos 
horizontais, que ligam o pilar; 
h, é a altura da seção transversal do pilar, tendo sua medição no plano da estrutura; 
l, é o espaço entre os eixos dos elementos estruturais em que o pilar está vinculado. 
Caso o pilar esteja engastado na base e livre no topo, le = 2l. 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice de esbeltez, λ, é definido assim, de acordo com a norma: 
 
λ = 
sendo, 
i, o raio de giração. 
 
Ainda segundo a norma, deve ser encontrado o raio de giração para o índice de 
esbeltez, e ele é definido a partir da seguinte fórmula: 
 
𝑖 =
𝐼
𝐴
 
onde, 
I é o momento de inércia; 
A é a área da seção. 
 
E para a seção retangular temos o seguinte raio de giração: 
 
i = 
√
 
 
com h sendo a dimensão do pilar na direção considerada. 
 
Continuando o roteiro de cálculo do pilar, encontrado na NBR 6118/2014, tem o 
esforço solicitante, Nd, que é definido da seguinte maneira: 
 
Nd = γM . γf . Nk 
 
com os termos significando: 
γM é o coeficiente de majoração das resistências; 
γf é o coeficiente de majoração das ações; 
Nk é a força normal característica do projeto. 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
O momento fletor mínimo, que de acordo com a norma, trata do efeito das 
imperfeições nos pilares, que pode ser substituído em estruturas reticuladas, levando 
em consideração tal momento, é dado por: 
 
M1d,min = Nd (0,015 + 0,03h) 
 
em que, 
h é a altura total da seção transversal na direção considerada, em metros. 
 
A esbeltez limite vem logo após, no roteiro de cálculo, pois ela corresponde ao valor 
da esbeltez que começa nos efeitos de 2ª ordem, quando eles iniciam uma redução 
da capacidade de resistência do pilar. Os esforços locais de 2ª ordem em 
componentes isolados podem ser desconsiderados quando o índice de esbeltez, λ,tiver um valor menor do que o limite λ1, que varia entre 35 e 90, é calculado pelas 
fórmulas: 
λ1 = 
, .
 
sendo, 
e1, o valor da excentricidade de 1ª ordem; 
αb é um coeficiente que, pode variar, deve ser encontrado a partir das seguintes 
situações, para pilares biapoiados sem forças transversais, temos: 
 
𝛼 = 0,60 + 0,40
𝑀
𝑀
 
onde, 
MA é o momento fletor de 1ª ordem no extremo A do pilar; 
MB é o momento fletor de 1ª ordem no extremo B do pilar; 
o valor de αb varia de 0,40 até 1,00. 
e para pilares biapoiados com cargas transversais significativas, ao longo da altura: 
 
αb = 1 
 
Dando continuidade, é hora de escolher a disposição das armaduras, e devem atender 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
não só à função estrutural, mas também às possibilidades de execução, 
particularmente com associação ao lançamento e adensamento do concreto. Para ser 
calculado é preciso que se encontre o momento total, e verificar se atende as 
verificações do cálculo, e tem-se a partir dessa equação: 
 
𝑀 , = 𝛼 𝑀 , + 𝑁 .
𝑙
10
1
𝑟
≥ 𝑀 , 
 
em que é encontrado as excentricidades de 1ª e de 2ª ordem, através de fatores dessa 
equação. 
 
Para a determinação do aço da armadura longitudinal que será utilizado no projeto, é 
encontrado a área bruta do concreto, Ac, em seguida a área de aço, As, mínima e 
máxima e por fim, o número de barras que será utilizado. O roteiro chega as seguintes 
equações: 
Área bruta de concreto 
 
𝐴 = 
𝑁
0,85. 𝑓 + 𝜌𝜎
,
 
 
sendo, 
Nd a carga majorada; 
fcd a resistência de cálculo do projeto; 
ρ a taxa de aço. 
 
Área de aço 
As,min = 0,4%.Ac 
As,max = 8%.Ac 
 
Número de barras 
𝑛 = 
𝐴
𝐴ø
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
em que Aø é a área da bitola do aço. 
 
4.3.4. Equações para o Cálculo das Sapatas 
São elementos de fundação executados em concreto armado, de altura reduzida em 
relação às dimensões da base e que se caracterizam principalmente por trabalhar na 
flexão. Para dimensioná-las é importante saber que seus lados devem ter, 
proporcionalmente, os mesmos lados do pilar que agirá nela. Por tanto temos: 
 
a - b = a0 - b0 
 
com, 
a0 e b0 sendo os lados do pilar; 
a e b sendo os lados da sapata. 
 
Tendo a informação anterior é possível calcular a sapata. Começando pela a área da 
base, com a seguinte fórmula: 
 
𝐴 = 
𝑁
𝜎
 
 
Nd é a carga do pilar; 
σadm é a tensão admissível do solo. 
 
O próximo passo no dimensionamento é saber a altura útil da sapata e ela é 
encontrada assim: 
 
𝑑 ≥
⎩
⎪⎪
⎨
⎪⎪
⎧
𝑎 − 𝑎
4
𝑏 − 𝑏
4
1,44.
𝑁
𝜎
 ; 𝜎 = 0,85.
𝑓
1,96
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
fck é a resistência característica do concreto. 
 
Sua altura é encontrada depois de somada a altura útil com o cobrimento, desta forma: 
 
H = d + c 
 
d é a altura útil da sapata; 
c é o cobrimento. 
 
Por fim são encontradas as trações Tx e Ty, para que elas sejam aplicadas na fórmula da área 
de aço e assim eles terem seu diâmetro escolhido, conforme o projeto e a NBR 6118/2014. 
As equações são mostradas assim, para Tx e Ty: 
 
𝑇 = 
𝑃(𝑎 − 𝑎 )
8𝑑
 ; 𝑇 = 
𝑃(𝑏 − 𝑏 )
8𝑑
 
 
onde P é a carga do pilar. 
 
E a área de aço, As, é conhecida da seguinte forma: 
 
𝐴 =
1,61𝑇
𝑓
 ; 𝐴 = 
1,61𝑇
𝑓
 
 
com fyk sendo a tensão de escoamento do aço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
5.1. Dimensionamento das Lajes 
A laje dimensionada no projeto, pelo software Eberick, teve um bom comportamento, 
na figura 04. Ao todo o projeto possui 6 lajes, dimensionada com vigotas pré-
moldadas, pois corrigiu o problema de cisalhamento, que a treliça estava 
apresentando. Os blocos são de EPS, eles ajudam a diminuir o peso da estrutura, que 
contém 13 cm de espessura. O bw é a largura da vigota pré-moldada, sendo uniforme 
em todas as lajes, contendo 9 cm, h é a altura ou espessura da laje, citado antes, com 
13 cm. A estrutura da laje tem, ainda, um espaçamento entre as vigotas, bf, de 39 cm 
e uma espessura de capa de concreto, hf, de 5 cm. Esses dados são vistos no quadro 
01. 
 
De acordo com a NBR 14859-1/2002, em seu item 4.1.3, a altura da vigota pré-
moldada não pode ser inferior a 7 cm e a capa de concreto, que é a cobertura da laje 
com concreto, não inferior a 4 cm, então o quadro 01, está mostrando que a laje 
analisada, L1, encontra-se atendendo os limites necessários para a sua execução. As 
outras lajes seguem o mesmo padrão de altura e largura. Ainda segundo a mesma 
norma, o intereixo, bf, distância entre eixos de vigotas pré-moldadas, entre as quais 
serão montados os elementos de enchimento, não deve ser menor que 33 cm. Então 
podemos observar que L1 atende a norma. Já segundo a NBR 6118/2014, item 13,4,2, 
o limite máximo de fissuração não pode exceder 0,2 mm. No quadro 01, é visto que a 
fissura máxima atingida é de 0,09 mm, por tanto dentro da norma. 
 
 
Ainda no quadro 01, é verificado o cisalhamento, onde na NBR 6118/2014, no ponto 
19.4.1, é dito que podem prescindir de armadura transversal para resistir as forças de 
tração oriundos da força cortante, quando a força cortante de cálculo a uma distância 
da face de apoio, obedecer a expressão: vsd ≤ vrd1. Separando L1 para a verificação 
da estrutura, temos vsd = 0,42 tf/N e vrd2 = 0,67 tf/N, dispensando a armadura de 
cisalhamento que atende a norma. 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 04 – Área de operação do Eberick 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 01 – Detalhamento de cálculo das lajes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
No quadro 02, com uma variação de 0,92 cm na laje 4, L4, a flecha atendeu todos os 
critérios estabelecidos pela norma, porque de acordo com a NBR 6118/2014, no tópico 
13.3, o deslocamento limite para a laje é de l/250, e como é visto no quadro 03, o 
maior comprimento de laje encontra-se nas L4, L5 e L6, com comprimento de 3,35 m, 
deixando a estrutura com flecha admissível de 1,34 cm. No quadro 02, é possível 
observar todas as flechas. O limite da flecha é utilizado para evitar vibrações 
indesejáveis ou efeito visual desagradável. 
 
Quadro 02 – Resultados de armaduras da laje e de flecha 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
O software além de gerar o detalhamento de cálculo e de armação, ele desenvolve as 
plantas de formas e alguns desenhos, mostrando como deve ser montado o elemento 
estrutural analisado. A vista frontal e isométrica ajuda no momento da execução do 
projeto, para obter o mínimo de perdas e ter um ganho no tempo da obra. Na figura 
05 é possível observar, as armaduras de distribuição da laje e como fica o aço 
calculado na estrutura. 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 05 – Vista isometrica da laje do projeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No quadro 03, as quantidades de vigotas pré-moldadas que serão necessárias para a 
execução do projeto, e o comprimento dos aços totais utilizados, já com os ganchos 
que cada uma deverá ter. Podemos ver os aços, que também foram mostrados em 
tabelas anteriores e como ficam a disposição deles na vigota, apresentado na figura 
06. 
 
Quadro 03 – Composição da vigota pré-moldada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 06 – Vigota pré-moldada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALTOQI, 2019 
 
5.2. Dimensionamento das Vigas 
As vigas recebem as cargas da laje e com o seu peso próprio, tem mais ações agindo 
sobre elas. Toda a estrutura tem o mesmo fck de 25 MPa, já que a classe de 
agressividade da região, de acordo com a NBR 6118/2014, é a II, construção em áreas 
urbanas. Por ser muito detalhado, foi analisado a viga 1, V1, representando todas as 
vigas. Ainda segundo a norma, em seu item 13.2.2, diz que a seção transversal das 
vigas não pode apresentar largura menor que 12 cm e o das vigas-paredemenor que 
15 cm. O bw, a largura da viga, tem 20 cm e o h, sua altura, tem 40 cm, em todas elas, 
por tanto elas atendem os critérios da norma. 
 
No quadro 04, é possível ver o momento na flexão da armadura positiva, Md, são 
importantes para analisar o comportamento das flechas ao longo da viga, ainda no 
dimensionamento, deve-se tentar diminuir o momento nos trechos, para deixá-la o 
mais uniforme possível, e impedindo que aconteça uma grande diferença nos 
deslocamentos da viga. A área de aço, As, tem a dimensão necessária para combater 
os momentos positivos e manter a estabilidade da V1, sendo possível deixá-las com 
mesmas bitolas e barras, e isso acontece porque eles têm um momento parecido 
fazendo com que a área de aço seja a mesma. Analisando o trecho 1, observa-se que 
o Md com 2065 kdf.m que deixa a viga com um deslocamento de 0,24 cm. Esse é o 
maior momento fletor em toda a viga, e como foi apresentado anteriormente, de 
acordo com a NBR 6118/2014, a flecha admissível é de l/250, chegando a, 
aproximadamente, 2 cm, já que o vão, l, tem 5 metros, deixando possível a afirmação 
de que esse elemento estrutural está estável. 
 
Determinou-se através do cálculo no software, que a área de aço da armadura positiva 
 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
foi de 1,35 cm2 e uma altura útil, d, de 36,10 cm, chegando a uma armação de 3 barras 
de aço com 8 mm, podendo ser observado na figura 07. 
 
Figura 07 – Armadura detalhada da V1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
Quadro 04 – Dimensionamento da armadura positiva da V1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na armadura negativa, na flexão, foi encontrada um momento de 1423 kgf.m, em seu 
primeiro nó, chegando a uma área de aço de 0,92 cm2. Essa armação é para combater 
o esforço causado pelo momento fletor negativo na V1, que possui valores diferentes 
em cada nó existente. Chegando ao final do trecho 1, tem-se uma área de aço um 
pouco maior, atingindo 1,20 cm2. Foi tentado diminuir o momento negativo para que 
as áreas de aço, tivessem um valor próximo, como não foi possível, a solução foi 
aumentar as armaduras encontradas nos nós 2 e 3, deixando-as com 3 barras de 10 
mm e 4 barras de 8 mm, respectivamente. A segurança da estrutura não foi 
comprometida, podendo tranquilamente receber esforços futuros. No quadro 05 é 
possível ser observado os dados apresentados. 
 
Quadro 05 – Dimensionamento da armadura negativa da V1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
As vigas possuem armaduras longitudinais, que foram apresentadas até agora, e 
transversais. As armações transversais são os estribos, como são conhecidas, 
responsável por combater os esforços de cisalhamento, que são forças que podem 
causar a fissuração do elemento estrutural. Para elas foi desenvolvido o quadro 06, 
que atendem os critérios estabelecidos pela NBR 6118/2014, item 17.4, que fala do 
estado limite último de elementos lineares sujeito a força cortante, e onde foi 
apresentado dados que encerram o dimensionamento da viga, essas. Como pode ser 
visto, a força mínima aplicada é de 2,92 tf, a área de aço para as armaduras 
transversais foi de 2,05 cm2 e com esses valores, é chegado numa escolha do 
diâmetro do aço, utilizando de 5 mm com 20 cm de espaçamento entre os estribos, 
que aparece na figura 08, assim obedecendo a norma e suportando os esforços de 
cisalhamento, combatendo a fissuração. 
 
Quadro 06 – Dimensionamento da armadura transversal da V1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 08 – Armadura transversal da V1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
5.3. Dimensionamento dos Pilares 
Para o estudo dos pilares da estrutura, foi escolhido o pilar 1, P1, pois ele tem a 
mesma seção dos outros. Com 3,40 m de altura o P1 tem o Nd máximo de 4,09 tf e Nd 
mínimo de 1,95 tf. Ainda nos esforços o pilar tem um momento no topo de 1114 kgf.m 
como máximo, e esbeltez de 58,82 cm, ambos na direção B, e de 175 kgf.m como 
máximo, e esbeltez de 39,21 cm na direção H, segundo o quadro 07. Esses valores 
apresentados aparecem porque P1, é um pilar de canto, tendo excentricidade em 
duas direções, b e h. O pilar é considerado de esbeltez média, que considera os 
efeitos de 2ª ordem, que é quando o pilar começa a perder sua resistência. O cálculo 
foi desenvolvido pelo método do pilar com rigidez aproximada, que é permitida para 
esse pilar, porque possui seção retangular constante, armadura simétrica e constante 
ao longo do comprimento. 
 
Quadro 07 – Cálculo da armadura longitudinal de P1 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
As armaduras longitudinais ajudam a estrutura a resistir à compressão, reduzindo a 
seção do pilar, e resistem às tensões de tração. Ainda, tem função de reduzir as 
deformações do pilar, em especial as resultantes da retração e da fluência. Segundo 
a NBR 6118/2014, em seu item 18.4.2.1, o diâmetro das barras longitudinais não deve 
ser inferior a 10 mm e nem passar de 1/8 da menor dimensão da seção transversal. 
Como existe uma viga passando no pilar, acontece um travamento no pilar, diminuindo 
o momento de segunda ordem, M,2d, visto no quadro 08, com um valor de 115 kgf.m. 
Por ter uma área de aço com valor de 3,14 cm2 foi definido uma armadura total de 4 
barras de aço com 10 mm de diâmetro, atendendo a norma citada acima, e deixando 
a estrutura segura. Outro fator importante analisado, foi o custo, que com a utilização 
das barras determinadas, ele foi admitido para os demais pilares que possuem as 
mesmas seções, ou seja, com um pilar teve uma diminuição pequena no valor, mas 
multiplicado por oito, esse valor se tornou considerável. 
 
Quadro 08 – Detalhamento da armação longitudinal de P1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
De acordo com a NBR 6118/2014, tópico 18.4.3, a armadura transversal de pilares 
deve ser colocada em toda sua altura, sendo constituída por estribos e quando preciso 
for, grampos suplementares, e tendo a obrigatoriedade de ser colocada na região de 
cruzamentos com vigas e lajes. Essa armação tem função de garantir o 
posicionamento e impedir a flambagem das barras longitudinais, além de confinar o 
concreto e resultar em uma peça mais resistente. Ainda segundo a NBR 6118/2014, 
o diâmetro dos estribos dos pilares não pode ser inferior a 5mm e nem 1/4 da barra 
do diâmetro da barra isolada. Com isso nas forças de cisalhamento, quadro 09, foi 
 
46 
 
 
 
 
 
 
 
 
possível observar que em H teve uma carga maior do que em B, mas ambos possuem 
um Asw,min iguais. Então foram necessários deixar o espaçamento entre estribos com 
12 cm, e utilizar um ferro com a bitola de 5 mm. Na figura 09, observa-se as duas 
armaduras, tanto a longitudinal como a transversal, e a quantidade de peças utilizadas 
no pilar estudado. 
 
Quadro 09 – Detalhamento da armadura transversal de P1 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
Figura 09 – Armação dos pilares com seção 20 x 30 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.4. Dimensionamentos das Sapatas 
As ações que normalmente acontecem nas sapatas são a força normal, os momentos 
fletores, em uma ou em duas direções, e a força horizontal, já o limite para a sapata 
retangular, define que a dimensão maior da base não supere cinco vezes a largura. 
Para sapata sob pilar de edifício de vários pavimentos existe a recomendação de que 
a dimensão mínima em planta seja de 80 cm. Segundo a NBR 6122/1996, item 7.7.1, 
a menor dimensão da sapata não deve ser menor que 60 cm. O centro de gravidade 
do pilar deve ficar no mesmo ponto do centro de gravidade da base da sapata, para 
qualquer tipo de forma do pilar. A tensão ou pressão de apoioque a área da base de 
uma sapata exerce no solo é o fator mais importante relativo à interface base-solo. De 
acordo com a CEB-70, norma que pode ser considerada no projeto, para a sapata ser 
considerada rígida, o ângulo de atrito deve ficar compreendido entre os limites, 26,6º 
e 56,3º. 
 
As sapatas recebem as cargas dos pilares, por isso se for bem desenvolvida, a 
estrutura suportara bem a ação do tempo. Para o cálculo desse elemento estrutural 
levou em consideração dados automáticos do software para o solo, já que é 
necessário sondagens para obter esses valores com exatidão, então a tensão 
admissível é de 1,5 kgf/cm2, e o solo, coesivo, tem um valor de 0,5 kgf/cm2, e os dados 
das normas citadas no início. A fundação do projeto tem uma profundidade de 1,50 
m, que pode ser mudada após uma sondagem. Na sapata 1, ou simplesmente S1, 
tem momento de 1984,79 kgf.m e carga de 4,14 tf, para uma seção de 60 x 70 cm e 
altura de 25 cm. Com esses dados apresentados pelo quadro 10, foi visto a quantidade 
de armação necessária para essa sapata, na direção B, 8 barras, na direção H, 7 
barras, ambas com aço de 6,3 mm e 8 cm de espaçamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 10 – Dimensionamento das sapatas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
A NBR 6118, em seu ponto 22.6.4.1.1, diz que a armadura de flexão deve ser 
uniformemente distribuída ao longo da largura da sapata, estendendo-se 
integralmente de face a face da sapata e terminando em gancho nas duas 
extremidades. É o que podemos observar na figura 10, sendo possível analisar que 
as sapatas dos pilares de canto são iguais, isso acontece por conta da similaridade 
dos pilares e das cargas que eles transferem para ela. Observa-se os 16 cm de 
ancoragem que foi pedido pelo dimensionamento dessa estrutura, atendendo a 
norma. 
 
 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Armadura da sapata 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
5.5. Análise de Custos e de Estrutura do Projeto 
No Brasil, a alvenaria convencional é o sistema construtivo mais utilizado, isso 
acontece por causa do seu custo. Contratar alguém para esse tipo de obra é, 
relativamente, mais fácil que os demais sistemas, já que conta com uma grande 
quantidade de mão de obra e de materiais. Nesse projeto não foi diferente do que 
acontece no país, porém, com implementação de softwares em BIM, temos a 
possibilidade de otimizar o tempo de execução do projeto e da construção. Segundo 
o quadro 11, a estrutura tem um peso total de 85,82 tf para uma área de construção 
100,64 m2, chegando a um carregamento de 852,75 kgf/m2. Esse resultado foi 
alcançado devido a um dimensionamento maior nos pilares e, principalmente, nas 
vigas, que foram projetados para suportar mais alguns pavimentos, sem precisar de 
reforço futuro. O peso na laje, também foi alto, por ela ser pré-moldada e ter uma área 
 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
maior de cobertura, recebendo mais concreto que os outros elementos, contudo já era 
esperado uma grande carga. 
 
Quadro 11 – Relação de carga por área 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
No quadro 12, podemos ver o consumo de concreto, forma e aço, e com esses dados 
poder atestar a afirmação anterior, que as vigas possuem um maior peso na estrutura. 
Nas vigas são consumidos mais da metade do concreto utilizado na construção dos 
elementos, o mesmo acontece com a forma. O gasto de concreto na viga e em toda 
estrutura são de 0,12 m3/m2 e 0,22 m3/m2, respectivamente. Então, se houvesse 
algum problema com sobrecarga na estrutura, seria necessário alterar a seção das 
vigas, mas com o devido cuidado para não mudar o equilíbrio do projeto. 
 
Quadro 12 – Índices de consumo de materiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
O software auxilia, também, na elaboração do orçamento, constituindo-se num 
facilitador para o calculista. No programa o engenheiro lança um valor para o metro 
quadrado do aço, concreto e forma, e esses valores que no quadro 13, está detalhado 
por elementos e por pavimento. O cálculo é feito a partir da soma dos materiais com 
a execução, podendo a passar para o contratante um custo total de projeto e 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
orçamento, porém, seguindo a mesma lógica da redução de peso da estrutura, 
reduzindo a seção das vigas, o mesmo aconteceria no valor da construção. As vigas 
são responsáveis por R$ 24471,47, um pouco mais de 50% do valor total do projeto. 
O projeto está orçado em R$ 48422,48, um preço que está adequado ao mercado, e 
se tornando um bom investimento. 
 
Quadro 13 – Resumo de custos de toda estrutura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O AUTOR, 2019 
 
Com essas novas tecnologias podemos otimizar os projetos, e gerar um desperdício 
mínimo de materiais. A princípio a intenção era fazer o projeto completo, estrutural, 
hidráulico e elétrico, mas não pude ter acesso aos demais softwares, pois a única 
versão demonstrativa da empresa é o Eberick. Na versão paga, é possível fazer tudo 
 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
e entregar para o contratante com tudo que ele precisa comprar, caso faça um 
orçamento próprio. 
 
Sistemas estruturais que, por exemplo, utilizam blocos cerâmicos, como a alvenaria 
convencional, são produzidos de forma lenta e necessita de uma mão de obra em 
maior volume. Esse método mostra algumas características que não tem muitas 
vantagens, como o maior desperdício de material utilizado na construção, falta de 
uniformização na execução do trabalho, pouca fiscalização e baixa qualidade dos 
serviços prestados (SANTIAGO, 2010). 
 
Com o avanço da tecnologia, com a necessidade de se qualificar para executar 
trabalhos, aumento das exigências por parte do governo, o sistema construtivo 
convencional tem melhorado, em todos esses pontos tocados por Santiago, 2010. As 
novas tecnologias permitem a diminuição dos desperdícios dos materiais em obras, 
além de reduzir o retrabalho. Apesar de estar a bastante tempo em nosso país, o 
sistema convencional ainda tem muito a evoluir, com novos materiais, novas 
tecnologias como o BIM e uma possível padronização no trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CONCLUSÕES 
O sistema construtivo convencional esteve parado por algum tempo no Brasil, mas 
com o avanço das tecnologias, esse tipo de construção, vem mantendo sua 
valorização no mercado. Ao dimensionar essa estrutura foi possível observar o bom 
comportamento entre o concreto e o aço, como ambos estão protegendo a estrutura, 
pode-se ser visto ainda, como o sistema trabalha todo em conjunto, com um elemento 
tendo uma total influência sobre o outro. 
 
No dimensionamento da estrutura, algumas mudanças tiveram que acontecer, para 
atender a norma de cálculo estrutural NBR 6118/2014. A laje em vigotas pré-moldadas 
atendeu bem as solicitações e combateram o cisalhamento, fissuração, que estava 
acontecendo na laje treliçada e tiveram um bom comportamento quanto ao seu 
deslocamento, a flecha, assegurando o elemento estrutural analisado. As vigas 
tiveram uma seção maior, para poder atender esforços futuros, caso necessário uma 
ampliação da estrutura, além de ter recebido armaduras longitudinais extras para 
combater os momentos na flexão, fazendo com que as flechas atendessem o limite, 
bem abaixo do necessário. Os pilares também tiveram a mesma seção em sua 
maioria, uma boa esbeltez, e armaduras que garantisse que não sofressem 
flambagem, outros cuidados foram tomados, para que eles suportem as cargas 
atuantes, aumentando a seção dos pilares centrais, para poder distribuir os 
carregamentos sem maiores dificuldades. As fundações sapatas receberam todas as 
cargas, com a centrais, assim como os pilares, tendo que aumentar a seção para 
manter a estabilidade da estrutura e deixar a construção com a segurançaque deve 
ter. 
 
Então, atestada a segurança da estrutura, e analisados os custos, se tornou possível 
afirmar que o sistema construtivo convencional, ainda pode ser amplamente 
explorado. As novas tecnologias podem transformar e evoluir esse método 
construtivo, o engenheiro também tem o dever de melhorar e acompanhar esse 
avanço. Outros sistemas têm se destacado por velocidade de construção, mas para 
quem procura uma maior estabilidade e possível modificação, a alvenaria 
convencional é a melhor opção na construção civil. 
 
 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para finalizar destaca-se a importância de uma adequada análise estrutural, para 
evitar possíveis atrasos, danos e poder entregar um projeto que seja mais rápido em 
sua execução e que reduza os custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
 
 
 
 
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