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TCC - software eberick e cipercad

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UNINASSAU RECIFE - GRAÇAS
ENGENHARIA CIVIL
MATEUS NASCIMENTO DA SILVA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CÁLCULO ESTRUTURAL UTILIZANDO OS SOFTWARES EBERICK E CYPECAD PARA
COMPARAÇÃO DE QUAL SE OBTEVE MENOR CONSUMO DE AÇO GERAL E FUNDAÇÕES MAIS
ECONÔMICAS.
Recife
2018
MATEUS NASCIMENTO DA SILVA
CÁLCULO ESTRUTURAL UTILIZANDO OS SOFTWARES EBERICK E CYPECAD PARA
COMPARAÇÃO DE QUAL SE OBTEVE MENOR CONSUMO DE AÇO GERAL E FUNDAÇÕES MAIS
ECONÔMICAS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para conclusão do curso de ENGENHARIA
CIVIL da UNINASSAU RECIFE - GRAÇAS
Recife
2018
Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL
S586
Silva, Mateus Nascimento da. 
 Cálculo Estrutural Utilizando os Softwares Eberick e
Cypecad Para Comparação de Qual se Obteve Menor
Consumo de Aço Geral e Fundações Mais Econômicas. /
Mateus Nascimento da Silva. - uninassau recife: Recife -
2018
 37 f. : il
 TCC (Curso de Engenharia Civil) - Uninassau Recife -
Graças - Orientador(es): Esp. Pryscilla de Barros Goncalves
 1. Aço. 2. Análise. 3. Concreto Armado. 4. Estrutura. 5.
Software Estrutural. 6. Analysis. 7. Reinforced Concrete. 8.
Steel. 9. Structural Software. 10. Structure. 
I.Título 
II.Esp. Pryscilla de Barros Goncalves
uninassau recife - REC CDU - 536.7
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta monografia à minha mãe, que de todo esforço 
me fez chegar até aqui. Aos meus professores que em 
meio a tantas dificuldades, não mediram esforços para me 
aconselhar, ensinar e corrigir. Ao meu ilustríssimo 
professor Dr. Marcos Luiz Crispino, que mostrou o 
verdadeiro significado da engenharia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
À minha mãe Janilda Pereira do Nascimento, que sempre foi meu braço forte durante 
todo o curso de Engenharia Civil a qual não poderia ter chegado até aqui sem sua 
grandiosa ajuda. Aos meus grandes amigos de curso, que sempre estiveram comigo, 
apoiando e motivando, dos quais levarei em meu coração para toda a vida. Aos meus 
ilustríssimos professores, que me ensinaram não somente sobre a engenharia, cálculo 
Newtoniano e demais disciplinas com seus profundos significados, mas também sobre 
a vida. À minha falecida avó, que durante esses quase 5 anos de curso esteve comigo 
lado a lado em cada batalha, e sei que estará feliz com esta conquista onde quer que 
ela esteja. Ao meu grandioso Professor Dr. Marcos Luiz Crispino, que foi um professor 
diferenciado e me mostrou o quão grande é a engenharia, a física e a matemática, o 
qual levarei em minha mente para toda minha vida. À Deus todo poderoso, criador do 
céu e da terra e das ciências, O qual minha fé me permite dizer que Ele tinha este 
plano maravilhoso para minha vida e que sempre em tempos de tristeza confortou 
meu coração e minha alma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A essência da matemática é a sua liberdade. ” 
 Georg Cantor 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O projeto estrutural em concreto armado sempre foi uma tarefa árdua e demorada 
para ser calculada sem o uso de softwares no passado. O surgimento dos 
computadores e dos softwares de cálculo estrutural em concreto armado, provocaram 
um enorme impacto na engenharia de estruturas, proporcionando aos engenheiros 
especializados na área, a possibilidade de modelar e calcular estruturas mais 
complexas, com mais rapidez e segurança. No Brasil, os softwares consagrados nesta 
área são: TQS, Eberick e CypeCad. O TQS e o Eberick são softwares puramente 
brasileiros, enquanto o CypeCad é um software espanhol que segue a principal norma 
brasileira para estruturas de concreto armado: ABNT NBR 6118 (Projeto de estruturas 
de concreto-Procedimento). Contudo, esses softwares têm apresentado 
superdimensionamento em alguns elementos estruturais, o que faz do objetivo deste 
trabalho comparar os resultados de uma estrutura em concreto armado, calculada em 
dois softwares (Eberick e CypeCad), de modo que as únicas comparações, serão a 
respeito de qual software apresenta um menor consumo geral de aço na 
superestrutura e fundação, assim como menores dimensões das fundações em 
planta, e mostrar qual obteve resultado de menor consumo de aço geral, assim como 
fundações mais econômicas. 
 
Palavras Chave: Análise, Estrutura, Software Estrutural, Concreto Armado, Aço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The structural project in reinforced concrete it was always a very hard work and it used 
to spend too much time in the past to calculate without no software. When the 
computers and the structural reinforced concrete softwares were created it impacted 
the structural engineering opening the doors for the specialized engineers in this area 
for an easier way to model and calculate more complex structures in a short time and 
safely. In Brazil the most used softwares in structural engeneering are TQS, Eberick 
and CypeCad. TQS and Eberick are pure brazilians softwares and CypeCad it is a 
spanish software that fallows the main brazilian standardization for structural 
reinforced concrete: ABNT NBR 6118 (Design of concrete structures – Procedure). 
However these softwares have showed some oversized parts of the structure of which 
makes the main intension of this work to compare the results of reinforced concrete 
Structure that will be calculated in two softwares (Eberick and CypeCad) and the only 
comparations will be which software shows the lowest general consumption of steel in 
the superstructure and foundation and the lowest dimensions of the foundations in the 
project and to show which one had the better result of lowest general consumption of 
steel and more economic foundations. 
 
Key-words: Analysis, Structure, Structural Software, Reinforced Concrete, Steel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1- Fachada da residência-Cortesia arquiteta Alessandra Alves. 22 
Figura 2- Plano de Sondagem – Cortesia da empresa GEOSOND. 23 
Figura 3- Estimativa da Tensão Admissível do Solo – Empresa 
AR4ENGENHARIA. 
24 
Figura 4 – Modelagem Estrutural realizada no eberick. 
Figura 5 – Modelagem Estrutural realizada no CypeCad. 
 
 
 
26 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Cargas lançadas nas lajes. 25 
Tabela 2- Resumo de Aço e Volume de Concreto dos Elementos 
Estruturais. 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1- Dimensões das sapatas em planta nos dois Softwares. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
MEF – Método dos Elementos Finitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO 13 
2. OBJETIVOS 15 
2.1. Objetivo Geral 15 
2.2. Objetivos Específicos 15 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 16 
3.1. Método dos elementos finitos 16 
3.2. Método e análise 17 
3.3. Importância da sondagem 18 
3.4. Estrutura em concreto armado 
3.5. Programas Eberick e CypeCad 
3.6. Concepção Estrutural 
19 
19 
20 
4. METODOLOGIA 
4.1. Coleta de informações 
4.2. Análise das informações 
5.RESULTADOS E DISCURSÕES 
5.1. Comparação do consumo de aço 
22 
22 
24 
27 
27 
5.2. Dimensões das sapatas isoladas 28 
6. CONCLUSÕES 30 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32 
ANEXO 1 
ANEXO 2 
ANEXO 3 
ANEXO 4 
ANEXO 5 
33 
3435 
36 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Os softwares de cálculo estrutural têm apresentado superdimensionamento para 
alguns elementos estruturais e com isso gerado um maior consumo de aço geral na 
estrutura. Tomando como base dois softwares (CypeCad e Eberick) para dimensionar 
uma estrutura de dois pavimentos, este trabalho tem como objetivo principal mostrar, 
depois de uma análise bem cuidadosa, qual dos dois softwares apresentou menor 
consumo de aço geral para a estrutura, e fundações mais econômicas em termos de 
suas dimensões em planta e consumo de aço, de modo que serão feitas duas 
comparações: a primeira será uma comparação do consumo de aço geral, ou seja, 
considerando toda a estrutura(infraestrutura e superestrutura), e a segunda levará em 
conta somente as fundações, de modo que o critério neste segundo caso será qual 
software apresentou fundações com menor consumo de aço e menores dimensões 
em planta. 
 
Para isso, foram levantados alguns dados como: sondagem do terreno onde será 
executado a estrutura, e a escolha do tipo de fundação, assim como uma metodologia 
simples e direta para prosseguir com as análises de cálculo estrutural. A fundação 
escolhida foi do tipo sapata isolada, e com uma profundidade de assentamento da 
base de -1,50m do nível do terreno natural. A sondagem foi realizada por uma 
empresa especializada, e após recebimento da documentação geológica-geotécnica 
foi estimada uma tensão admissível do solo que serviu de base para o 
dimensionamento das fundações em ambos os softwares. 
 
Para tentar chegar a resultados honestos e confiáveis do ponto de vista estrutural, em 
ambos os softwares, os elementos estruturais foram lançados com a mesma seção 
transversal e submetidos aos mesmos carregamentos. A fundação em ambos os 
softwares foi lançada com a mesma profundidade e assentadas em solo de mesmos 
parâmetros geotécnicos, que teve como principal parâmetro a tensão admissível. As 
pré-configurações de ambos os softwares foram padronizadas de modo que os 
elementos estruturais ficassem com o mesmo Fck (resistência característica à 
compressão), e mesmo coeficiente de engastamento, mesmo índice de esbeltez dos 
pilares e mesmos cobrimentos para uma classe de agressividade considerada 
moderada, de modo que foi respeitado as limitações de cada software. Isso foi 
 
 
 
 
 
necessário, pois sem essas configurações e uma estratégia de igualar os 
carregamentos e seções transversais para assim começar um pré-lançamento e 
modelagem estrutural, haveria a possibilidade de obter na extração do documento de 
resumo de materiais, valores muito diferentes e fora da realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivo Geral 
 
Comparar os resultados de uma estrutura de dois pavimentos projetada em dois 
softwares de cálculo estrutural (Eberick e CypeCad), e mostrar de forma simples e 
direta qual dos dois apresentou menor consumo de aço geral para estrutura e 
fundações mais econômicas em termos de dimensões e consumo de aço. 
 
2.2. Objetivos Específicos 
 
 Descrever o projeto que será analisado nos softwares e os principais 
parâmetros. 
 
 Discutir os métodos de cálculo utilizados pelos softwares e os dados de 
entrada. 
 
 Modelar e processar a estrutura para extração de dados do consumo de aço. 
 
 Analisar os dados extraídos de ambos os softwares. 
 
 Comparar qual software apresentou menor consumo de aço geral e fundação 
mais econômica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3.1. Método dos elementos finitos 
O MEF (Método dos Elementos Finitos), tornou-se o principal método de cálculo que 
hoje é aplicado como modelo para realizar análise estrutural pelos softwares hoje 
existentes no mercado e por isso merece devida atenção. 
Para Hutton (2004), o MEF é um método computacional utilizado para encontrar 
soluções aproximadas utilizando um artifício de resolver o problema de análise em um 
sólido de geometria mais complexa através da solução das suas partes. 
De acordo com Azevedo (2003), o método possibilita a obtenção das tensões, 
deformações e deslocamentos em um sólido de geometria qualquer submetido a 
esforços externos. 
A compreensão mais básica sobre o MEF, pode ser entendido segundo a equação 1: 
 
 Equação (1). 
 
 
 Fonte: Azevedo, 2003. 
 
Basicamente, o significado por trás da equação (1) é que: para uma estrutura de 
geometria complexa, pode-se dividir esta geometria mais complexa em vários 
elementos finitos, onde os elementos que foram divididos e que formam uma malha 
entre si ligados por nós, serão submetidos a análises individuais, de modo que 
prevendo o comportamento de cada elemento individual, é possível somar todos 
esses elementos e chegar à um resultado aproximado do comportamento da 
estrutura. 
Para Filho (2013), pode-se entender a ideia do MEF, como tentar entender algo Maior, 
através do entendimento das partes que o compõem. Uma vez dito isso, é certo que 
o projetista em mãos destes resultados obtidos pela análise, através do MEF, poderá 
em seu projeto fazer alterações nos elementos estruturas que compõem a estrutura, 
assim como os materiais que a constituem, para melhorar a estrutura como um todo 
e conhecer o comportamento estrutural como: deformações, resistência e 
durabilidade. 
 
 
 
 
 
Segundo Azevedo (2003) não se sabe exatamente uma data exata do surgimento do 
MEF, mas entre diversos autores é dito que a primeira vez que foi citado o termo 
“Elementos Finitos” em uma publicação foi em torno de 1960 em um artigo publicado 
por Ray Clough. 
Devido ao grande avanço no desenvolvimento do MEF, utilizado por softwares de 
análise estrutural, possibilitou os softwares analisar estruturas de geometrias 
complexas, com materiais diversos e submetidos a quaisquer tipos de carregamentos. 
Hoje basicamente, todos os tipos de estruturas na engenharia civil, são analisados 
pelo MEF, como: Edifícios, barragens, pontes etc., de modo que os métodos antigos 
da mecânica clássica hoje já não são mais utilizados, tendo sua explicação e aplicação 
puramente teórica. 
 
3.2 Método e análise 
Ambos os softwares CypeCad e Eberick utilizam o mesmo método para o processo 
de análise estrutural. De acordo com Vargas e Souza (2014), o processo que ambos 
realizam, consiste na formulação matricial utilizando o chamado método dos 
deslocamentos, que também para Vargas e Souza (2014 apud Martha 1994), o 
método dos deslocamentos em sua formulação matricial pode ser entendido como o 
próprio método dos elementos finitos. 
Para se comparar e analisar os resultados de qual software apresentará menor 
consumo de aço geral e fundações mais econômicas, se faz necessário e 
indispensável, que a estrutura a ser analisada em ambos os softwares, sejam 
submetidas aos mesmos carregamentos, tipos de materiais, parâmetros de solo, e 
mesmas seções transversais de seus elementos estruturais que compõem o pórtico 
espacial que formam a estrutura. Isso é importante para que assim não haja uma 
manipulação causada por erros de entrada de dados levando a resultados 
extremamente errôneos os quais não condizem com a realidade e não se faria 
possível uma comparação satisfatória. 
Em ambos os softwares não é possível lançar as dimensões das sapatas antes que 
seja feito uma primeira análise de cálculo nos mesmos, podendo apenas alterar as 
dimensões após essa primeira análise. 
Segundo (NBR 6118, 2007, p. 66), “ A seção transversal de pilares e pilares-parede 
maciços, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 
 
 
 
 
 
19 cm.”. Seguindo essas prescrições os pilares foram lançados, lembrando que 
mesmo os pilares lançados com dimensões menores que 19 cm,ambos os softwares 
seguem as recomendações de multiplicar as ações por um coeficiente de segurança 
segundo o item 13.2.3 da NBR 6118/2007. 
 
3.3. Importância da sondagem 
Todo bom projeto estrutural, começa com uma investigação detalhada do solo onde 
será executada a construção da estrutura. Esta investigação e obtenção de 
informações com relação as características do solo, são feitas através de sondagem 
para se obter e registrar os dados em uma documentação geológica e geotécnica. 
Para Queiroz (2009), conhecer a geologia e geotecnia do solo onde será realizada a 
construção de uma edificação é de extrema importância, pois permite ao engenheiro 
conhecer o comportamento e características do solo onde será apoiado os elementos 
de fundação, os quais transmitem ao solo todas as cargas da superestrutura, como: 
pilares, vigas e lajes. 
De acordo com Caputo (1988), iniciar uma obra de engenharia sem conhecer 
detalhadamente o tipo de solo, que servirá de base para as fundações, representa um 
risco enorme, com a possibilidade de levar a estrutura ao colapso. Desta forma, 
conhecer o tipo de solo tão quanto possível for e seus parâmetros geológicos e 
geotécnicos é indispensável, e permite ao projetista escolher o tipo de fundação que 
será utilizada no projeto. Para o projeto deste trabalho em questão não foi diferente. 
Vale por tanto deixar registrado o que nos diz a NBR 8036/1938 - (Programação de 
sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios), para 
tomar como base mais adiante, de modo que esta norma especifica que: 
 
As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200 m² de 
área da projeção em planta do edifício, em até 1200 m² de área. Entre 
1200 m² e 2400 m², deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m² 
que excederem de 1200 m². Acima de 2400 m² o número de 
sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da 
construção. Em quais quer circunstâncias o número mínimo de 
sondagens deve ser: 
a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m²; 
b) três para área entre 200 m² e 400 m². (NBR 8036, 1938, p. 1). 
 
 
 
 
 
3.4. Estrutura em concreto armado 
É preciso esclarecer o porquê da escolha de uma estrutura em concreto armado e não 
de outro tipo de material para este projeto. A principal razão se deve a importância 
deste poderoso material de construção na história da humanidade e a sua qualidade. 
De acordo com Bauer (2000), no passado, para a construção de diversas edificações 
era utilizado o barro ou a pedra, entretanto com o decorrer da história foi preciso 
encontrar um material mais resistente, para vencer grandes vãos, e mais fácil de 
moldar assim como é o barro. 
Segundo Bastos (2004), a necessidade de ter um material mais resistente, pode ter 
levado ao surgimento do concreto armado que une as boas características do 
concreto e do aço que são: resistência a compressão e tração. 
São necessárias tais considerações, pois o comportamento, durabilidade e resistência 
de uma estrutura não depende só da sua concepção estrutural e dimensões dos 
elementos da estrutura, mas principalmente dos materiais empregados. De acordo 
com Hibbler (2010), o dimensionamento dos elementos estruturais, não se dá 
exclusivamente devido aos carregamentos os quais eles estão submetidos, mas 
dependem intrinsicamente dos materiais que os compõem. 
 A união do concreto mais o aço, dando origem ao concreto armado, foi um grande 
avanço para a engenharia civil, possibilitando o projeto e construção de estruturas que 
não poderiam antes ser realizadas no passado, sendo de fácil confecção e 
possibilidade de diversos tipos de geometrias e curvas, adquirindo elevada resistência 
durante e após o processo de cura. 
 
3.5 Programas Eberick e CypeCad 
Desenvolvido na Espanha e adaptado para seguir as normas técnicas brasileiras, o 
software CypeCad tem um grande suporte técnico no Brasil e tem sido ao longo dos 
anos, adotado por muitos engenheiros brasileiros para projetar estruturas monolíticas 
de concreto armado. Além de estruturas de concreto armado o software possibilita o 
projeto de estruturas em concreto pré-moldado, protendido e misto de concreto e aço. 
De acordo com Manual do Usuário (2015), o software possibilita gerar uma 
discretização automática da estrutura, a extração de peças desenhadas e detalhadas 
bem como relação de materiais, e as ações verticais e horizontais a qual a estrutura 
está sujeita. O software também possui sua própria plataforma CAD (Computer Aided 
 
 
 
 
 
Design- Desenho Assistido por Computador), que através de sua interface, possibilita 
ter uma interação gráfica mais fácil, dinâmica e que proporciona uma maior rapidez 
assim como resultados satisfatórios no projeto da estrutura. 
No Brasil é muito utilizado principalmente em projetos de estruturas em concreto 
armado, já que foi adaptado para seguir a principal norma Brasileira para este tipo 
específico de estrutura a NBR 6118. 
O programa Eberick é um software desenvolvido no Brasil pela Altoqi, e assim como 
o CypeCad, tem sido amplamente difundido entre os engenheiros como um ótimo 
software para projetos de estruturas de concreto armado. Possuindo também sua 
própria plataforma CAD, que assim como a do CypeCad, é bem dinâmica e intuitiva, 
permitindo uma modelagem estrutural de fácil lançamento, análise, detalhamento e 
extração dos desenhos técnicos finais e resumo de materiais. 
De acordo com Santos (2009), os sistemas de plataforma CAD, têm ajudado bastante 
no desenvolvimento da engenharia de estruturas, permitindo que projetos antes 
demorados e complexos para serem desenvolvidos a mão, possam hoje ser 
desenvolvidos com maior rapidez e segurança, permitindo além de uma modelagem 
e concepção estrutural em 3D, também a realização de análises, cálculo e 
detalhamentos para obtenção dos desenhos de projetos finais e quantitativos de 
materiais. 
 O Eberick permite o lançamento de elementos estruturais em concreto armado como: 
vigas, pilares, lajes e fundações formando um pórtico 3D e possibilitando além de uma 
análise estrutural, a verificação das deformações e flechas excessivas nos elementos 
estruturais. 
 
3.6. Concepção estrutural 
A concepção estrutural não é um trabalho fácil, mesmo utilizando softwares 
sofisticados que hoje existem no mercado. Como o concreto, por ser um material 
maleável em sua confecção e lançamento, possibilitando assumir qualquer forma de 
sua fôrma, possibilitou aos arquitetos terem mais ousadia e criarem arquiteturas mais 
complexas, o que também é complexo para conceber em termos de modelagem 
estrutural e cálculo. 
De acordo com Sussekind (1981), a formação de uma estrutura se dá pelo conjunto 
de elementos estruturais, que juntos têm a função de resistir aos esforços externos 
 
 
 
 
 
que provocam também as tensões internas, e transmitir esses esforços mantendo a 
estrutura estável e segura. 
Para Barbosa (2008), conceber uma estrutura consiste em engenhar uma maneira de 
fazer com que os elementos estruturais possam ser dispostos de forma que possam 
trabalhar juntos para absorver, resistir e transmitir os esforços solicitantes e manter a 
estética da estrutura, segurança e a sua durabilidade sem desrespeitar o projeto 
arquitetônico. 
Segundo Albuquerque (1999), o projeto estrutural ao ser concebido, não deve 
somente priorizar a questão do dimensionamento, esforços e materiais, mas também 
tentar ser fiel tanto quanto possível ao projeto de arquitetura, e cabe ao engenheiro 
calculista ter uma sensibilidade de custo, para não superdimensionar as estruturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
 
4.1. Coleta de informações 
O projeto a ser analisado para comparar qual software irá apresentar menor 
consumo de aço geral e fundações mais econômicas, consiste em uma residência 
unifamiliar de dois pavimentos em concretoarmado situada na cidade de 
Camaragibe-PE. A estrutura está elevada 0,45 m acima do terreno natural e a altura 
entre o pavimento térreo e o pavimento primeiro andar é de 3 m, a altura entre o 
pavimento primeiro andar e a cobertura também é de 3 m. A altura entre a cobertura 
e a base da estrutura de apoio onde será posta a caixa d’água de 2000L é de 1,35 
m, e a altura entre esta estrutura de apoio até a estrutura de fechamento da caixa 
d’água é de 1,55 m, totalizando uma altura de 9,35 m. A figura 1 mostra a fachada 
da residência e o anexo 1 mostra seu corte arquitetônico. Para todo caso fica em 
resumo que: 
1. FUNDAÇÃO DO TIPO SAPATA ISOLADA: -1,50 m 
2. PAVIMENTO TÉRREO: 0,45 m 
3. PAVIMENTO SUPERIOR: 3,45 m 
4. PAVIMENTO COBERTURA: 6,45 m 
5. BASE CAIXA D’ÁGUA: 7,8 m 
6. FECHAMENTO CAIXA D’ÁGUA: 9,35 m 
Figura1 – Fachada da residência - Cortesia arquiteta Alessandra Alves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Arquiteta Alessandra Alves. 
 
 
 
 
 
Como já mencionado, um bom projeto estrutural sempre se inicia com uma 
investigação geológica e geotécnica do solo, e para este projeto não foi diferente. 
Como a área do terreno deste projeto em questão com base no projeto arquitetônico 
é de 660 m², com área construída total de 315,87 m² (Térreo + Superior) e tomando 
como base o que foi dito a cima pela NBR 8036/1938 no início deste trabalho, e tendo 
em vista que a área do pavimento térreo é de 178,45 m², a norma prescreve no mínimo 
2 furos para área de projeção em planta de até 200 m², conforme o item a). 
Como a área de projeção do térreo em planta está neste limite, foram realizados dois 
furos no terreno onde será construída a residência, como é possível ver na Figura 2, 
 
Figura 2 – Plano de Sondagem – Cortesia da empresa GEOSOND. 
 
 Fonte: Empresa GEOSOND 
 
Assim, sendo feitos os furos de sondagem, que foi uma sondagem a percussão, por 
empresa especializada, que para este projeto foi realizado pela empresa GEOSOND, 
foi obtido a documentação com o perfil geológico e geotécnico do terreno, contendo 
as informações como: tipos de solos, profundidade e espessura das camadas de solo, 
profundidade do nível de água (lençol freático), número de golpes realizados no solo 
e a resistência a penetração a cada profundidade alcançada, conforme os ANEXOS 
2,3 4 e 5. 
Devido às limitações das versões dos programas utilizados neste trabalho, a versão 
adotada para a norma de concreto armado que será configurada em ambos os 
softwares será a NBR 6118/2007 – (Projeto de estruturas de concreto-Procedimento). 
 
 
 
 
 
A NBR 6122/2010 – (Projeto e execução de fundações) e a NBR 6120/1980 – (Cargas 
para o cálculo de edificações), serão utilizadas como normas de apoio. É importante 
mencionar as normas que serão seguidas, pois são elas que dão as orientações ao 
projetista para que se tome decisões e estabeleça um padrão a seguir para garantir o 
projeto com segurança e durabilidade. 
 
4.2. Análise das informações 
Uma vez em posse da documentação geológica-geotécnica, foi calculada uma tensão 
admissível aproximada do solo, cuja taxa de trabalho foi estimada em 1,5 kgf/cm², 
conforme a figura 3, a qual servirá de ponto de partida para uma primeira pré-
configuração de entrada de dados nos softwares Eberick e CypeCad e dar início ao 
projeto estrutural: 
 
Figura 3 – Estimativa da Tensão Admissível do Solo – Empresa AR4ENGENHARIA. 
 
 Fonte: Empresa AR4ENGENHARIA. 
 
Em ambos os softwares a entrada da máscara que serve de base para o lançamento 
dos elementos estruturais que compõem e formarão o pórtico espacial da estrutura, 
foi lançada em arquivo DWG e DXF na própria plataforma CAD de cada programa, 
onde foi ajustado tanto a escala do arquivo base, quanto o seu ponto de origem. 
Também foi preciso entrar com as informações de todas as cotas da estrutura em 
questão com base no corte da arquitetura, assim como definir a profundidade da 
fundação e os parâmetros geológicos geotécnicos do solo, obtidos através da 
sondagem que foi realizada no terreno. Como dito, foi definido que para este projeto 
 
 
 
 
 
a fundação escolhida foi uma fundação direta rasa do tipo sapata isolada com 
profundidade de assentamento da base das sapatas de -1,50 m partindo do nível do 
solo e essa informação também foi definida em cada software. 
 
O Fck (resistência característica do concreto à compressão) que foi adotada para os 
elementos estruturais como vigas, lajes e pilares, assim como para as sapatas 
isoladas, foi definido como sendo de 25 MPA. Vale também deixar registrado que o 
tipo de laje a ser utilizada no projeto será do tipo maciça e as cargas que foram 
lançadas para as lajes foram definidas conforme a NBR 6120/1980, de acordo com a 
tabela 1: 
 
Tabela 1: Cargas lançadas nas lajes. 
 
PAVIMENTOS 
TIPO DE 
EDIFICAÇÃO 
SOBRECARGA 
(kN/m²) 
CARGA 
PERMANENTE 
(kN/m²) 
ESPESSURA 
(cm) 
 
BASE CX 
D'ÁGUA RESIDÊNCIAL 4 0,5 12 
 
PAVIMENTO 
SUPERIOR RESIDÊNCIAL 1,5 2 12 
 
PAVIMENTO 
COBERTURA RESIDÊNCIAL 0,5 1,5 10 
Fonte: Autor, 2018. 
 
A carga extra de 4 kN/m² indicado na tabela 1, está simulando o peso de uma caixa 
d’água de 2000L na laje que servirá de base para ela, com área 5 m². Para as cargas 
lineares de parede que serão lançadas nas vigas dos pavimentos térreo e pavimento 
superior, será utilizado como base um tijolo do tipo furado que conforme a NBR 
6120/1980, o peso específico é de 13 kN/m3. Este lançamento de cargas lineares é 
feito multiplicando o peso específico (kN/m³) X a espessura de cada viga (m) X a altura 
das paredes (m) obtendo uma carga linear em (kN/m). 
A tensão admissível do solo, que será usado em ambos os softwares e também já foi 
citada acima, de modo que foi obtido através de sondagem a percussão, será de 1,5 
kgf/cm² que é aproximadamente 0,15MPA. 
Assim, com base em todas essas informações, foram realizadas as modelagens da 
estrutura nos softwares Eberick e CypeCad, conforme as figuras 4 e 5. 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Modelagem Estrutural Figura 5 – Modelagem Estrutural 
realizada no Eberick. realizada no CypeCad. 
Fonte: Autor, 2018. Fonte: Autor, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. RESULTADOS E DISCURSÕES 
 
5.1. Comparação do consumo de Aço 
Uma vez que, além de realizar a análise estrutural, ambos os softwares permitem 
gerar relatórios com os quantitativos de materiais: volume de concreto, área de forma, 
consumo de aço e taxa de aço (Consumo de aço dividido pelo volume de concreto), 
estes relatórios servirão de base para definir qual dos softwares obteve menor 
consumo geral de aço, assim como fundações mais econômicas. Os resultados 
obtidos nos relatórios de matérias após análise, podem ser vistos conforme a Tabela 
2. 
 
Tabela 2 – Resumo de Aço e Volume de Concreto dos Elementos Estruturais. 
RESUMO DE AÇO E VOLUMO DE CONCRETO 
SOFTWARE ELEMENTOS 
ESTRUTURAIS 
VOLUME DE 
CONCRETO (M³) 
PESO DO AÇO 
+10% (KG) 
TAXA DE 
AÇO 
(KG/M³) 
CYPECAD 
VIGAS 29,18 1853,34 63,51 
LAJES 31,37 1933,00 61,62 
PILARES 7,10 1598,5 225,14 
SAPATAS 10,99 466,75 42,47 
TOTAL 78,64 5851,59 392,74 
EBERICK 
VIGAS 27,6 1758,1 63,70 
LAJES 31,40 1060,00 33,76 
PILARES 8,30 1629,00 196,27 
SAPATAS 10,40 480,10 46,16 
TOTAL 77,70 4927,2 339,89 
Fonte: Autor, 2018. 
 
Ainda conforme a tabela 1, percebe-se que o Software CypeCad teve uma 
porcentagem geral em peso de aço de 18,76% a mais que o software Eberick, e uma 
taxa de aço geral de 15,55% a mais do que o obtido no programa Eberick. No caso 
das vigas, e lajes o CypeCad apresentou uma porcentagem a mais em peso de aço 
de 5,42% e 82,36% respectivamente, já com relação à taxa de aço nas vigas, foiapresentado pelo CypeCad uma taxa um pouco menor do que foi obtida no software 
Eberick de 0,29%. Com relação as lajes, no CypeCad foi bem mais significativa a taxa 
 
 
 
 
 
de aço do que no software eberick, com uma porcentagem da taxa de aço a mais de 
82,52%. A porcentagem de aço em peso dos pilares no Eberick foi 1,91% a mais do 
que no CypeCad, de modo que a taxa de aço dos pilares no CypeCad foi de 14,71% 
a mais do que no Eberick. 
5.2. Dimensões das sapatas isoladas 
Uma vez que se fala em fundações mais econômicas, e já foi pré-definido que a 
fundação utilizada neste projeto é uma fundação rasa-direta do tipo sapata isolada, 
será tomado como critério para determinar qual software a fundação foi dimensionada 
de maneira mais econômica, tendo como base o volume geral de aço dados pela 
Tabela 2, e as dimensões em planta conforme o com o Quadro 1, visto que não será 
levado em consideração o volume de concreto. 
 
Quadro 1 – Dimensões das sapatas em planta nos dois Softwares. 
SAPATAS DO PROJETO -DIMENSÃO EM PLANTA (CM) 
SAPATAS EBERICK CYPECAD 
ÁREA-EBERICK (cm²) 
ÁREA-CYPECAD (cm²) 
S1 90 105 100 100 9450 10000 
S2 105 125 110 110 13125 12100 
S3 105 120 100 100 12600 10000 
S4 140 150 120 120 21000 14400 
S5 100 110 100 100 11000 10000 
S6 130 145 140 140 18850 19600 
S7 170 200 180 180 34000 32400 
S8 100 115 100 100 11500 10000 
S9 135 155 145 145 20925 21025 
S10 155 180 160 160 27900 25600 
S11 105 120 100 100 12600 10000 
S12 125 140 130 130 17500 16900 
S13 110 125 110 110 13750 12100 
S14 120 125 130 130 15000 16900 
S15 125 145 135 135 18125 18225 
S16 160 195 160 160 31200 25600 
S17 135 135 130 130 18225 16900 
S18 95 100 110 110 9500 12100 
S19 110 125 110 110 13750 12100 
S20 85 85 90 90 7225 8100 
S21 105 125 100 100 13125 10000 
S22 100 120 100 100 12000 10000 
S23 80 95 100 100 7600 10000 
Fonte: Autor, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CONCLUSÕES 
 
Foi posto desde de o início que o objetivo principal deste trabalho, até mesmo pelo 
seu título bem restringido, seria comparar uma estrutura lançada em dois softwares, 
para que através das análises de cálculo estrutural realizadas por ambos os 
programas, fosse possível saber qual apresentaria o menor consumo de aço e 
fundações mais econômicas, após uma análise cuidadosa, respeitando os limites 
impostos pela NBR 6118/2007, de modo que a estrutura foi lançada sobre as mesmas 
condições de carregamento, tensão admissível de solo, seções transversais dos 
elementos estruturais, índices de esbeltez e engastamento. 
 
Uma vez que os programas realizaram as análises estruturais, e chegado à um 
dimensionamento satisfatório dos elementos que compõem a estrutura, assim como 
suas deformações, as quais foram verificadas com bastante cuidado, foi possível fazer 
uma extração do quantitativo de materiais tanto no CypeCad, como no Eberick. 
Como posto acima, verificar qual programa apresentou menor consumo de aço geral 
para a estrutura e fundações mais econômicas é o objetivo, visto que para este 
trabalho foi afirmado que será considerado um critério para definir qual apresentou 
fundações mais econômicas, e este critério será baseado no consumo de aço geral e 
na quantidade de sapatas que apresentaram menor dimensão em planta. 
 
De acordo com a Tabela 1, verifica-se que o software CypeCad apresentou um 
consumo de aço total em peso e em taxa maior do que o software Eberick de 18,76% 
em peso e uma taxa de aço a mais do que o Eberick de 15,55%. 
 
Retomando à mesma Tabela 1, para verificação de qual programa apresentou sapatas 
mais econômicas, percebe-se que o Eberick apresentou um consumo de aço em peso 
a mais que o CypeCad de 2,86% e uma taxa a mais de 8,69%. Como dito que seria 
levado como critério a quantidade de sapatas de menor dimensão em planta, de 
acordo com o Quadro 1 o software Eberick apresentou 7 sapatas com maiores 
dimensões em planta do que o Software CypeCad. 
Em conclusão, considerando toda a estrutura incluindo as fundações, foi constatado 
que o Eberick Apresentou menor consumo de aço, que em peso foi de 18,76% a 
 
 
 
 
 
menos que o Software CypeCad e em taxa foi de 15,55% a menos do que o CypeCad. 
Contudo, se for restringido a comparação somente com relação à fundação, foi 
constatado que o programa Eberick apresentou maior consumo de aço em peso e em 
taxa de 2,86% e 8,69%, respectivamente do que o programa CypeCad, apresentando 
ainda dimensões de sapatas maiores, com 7 sapatas a mais com dimensões em 
planta, maiores do que as apresentadas pelo CypeCad. 
 
Assim, comparando toda a estrutura, o Eberick tem menor consumo geral de aço, mas 
se comparado somente as fundações, o programa CypeCad apresentou um resultado 
mais econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto 
de estruturas de concreto - Procedimento. P. 66, Jun. 2007 
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8036: 
Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para 
fundações de edifícios. Rio de Janeiro, 2004 
AZEVEDO, A.F.M. Método dos elementos finitos. 1 ed, Portugal, p. 4-10, Abr. 2003. 
ALBUQUERQUE.A.T. Análise de alternativas estruturais para edifícios em 
concreto armado. São Carlos, p. 1, 1999. 
BASTOS. P.S.S. Fundamentos do concreto armado. p. 1, Ago. 2006. 
BAUER, L.A.F. Materiais de construção. 5 ed., Rio de Janeiro, LTC, v.1, p. 2, 2000. 
BARBOZA, M.R. Concepção e análise de estruturas de edifício em concreto 
armado. São Paulo, p. 8, Ago., 2008. 
BASTOS, P.S.S. Pilares de concreto armado. São Paulo, p. 13, Jun. 2005. 
CAPUTO, P.C. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro, LTC, 
v 1, p. 5-6, Dez.1988. 
FILHO, A.A. Elementos finitos a base da tecnologia cae. 6 ed, São Paulo, Érica, p. 
22, 2013. 
HIBBLER, R.C. Resistência dos Materiais. 7 ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 
p. 2, 2010. 
Hutton. D.V. Fundamentals of finite elemento analysis. 1 ed., New York, McGraw-
Hill, p. 1, 2004. 
MULTIPLUS SOFTWARES TÉCNICOS. Manual do usuário. São Paulo, p. 6. 2015. 
QUEIROZ, R.C. Geologia e geotecnia básica para engenharia civil. 1 ed., São 
Paulo, Blucher, p. 17-32, 2016. 
SANTOS, S.L. Concepção e desenvolvimento de uma interface gráfica para 
interação tridimensional. Porto Alegre, p. 12-13, Mai. 2009. 
SUSSEKIND. J.C. Curso de análise estrutural, 6 ed., Rio de Janeiro, GLOBO, v.1, 
p1, 1981. 
SOUZA, R.S; VARGAS, A. Análise comparativa entre dois softwares comerciais 
para dimensionamento de estruturas em concreto armado. p. 1-18, Jan. 2014 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 1- CORTE DA ARQUITETURA DA RESIDÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 2- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO A PERCUSSÃO-SP01-01-
CORTESIA EMPRESA – GEOSOND. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 3- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO A PERCUSSÃO-SP01-02-
CORTESIA EMPRESA – GEOSOND. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 4- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO A PERCUSSÃO-SP02-01-
CORTESIA EMPRESA – GEOSOND 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 5- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO A PERCUSSÃO-SP02-02-
CORTESIA EMPRESA – GEOSOND

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