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protocolo Enfermagem Obstétrica 2018

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2018
Protocolo Assistencial da
Enfermagem Obstétrica da
Secretaria Municipal SMS/RJ
2
PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA DA
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Equipe de Elaboração
HMAF Alexandra Celento Vasconcellos da Silva 
HMLJ/MLD Andrea Cristina da S. Veloso 
HMCD Avany Maura Gonçalves de Oliveira 
HMHP Carla Cristina Rodrigues Lopes 
CPDCF Celia Regina Boaventura Alves 
HMMR Claudia Fabiane dos Santos Salu 
HMCD Elaine Maia da Silva Beruthe 
CPDCF Edymara Tatagiba Medina 
CPDCF/HMAF Inaiá de Santana Mattos 
CPDCF Leila Gomes Ferreira de Azevedo 
CPDCF Marcella Cristina de Souza Pereira 
HMAF Marcia Villela Bittencourt 
HMAF/CPDCF Maria de Fatima da Silva 
MLD Maria Nunes Oliveira 
MLD/HMC Natalia da Silva Corrêa 
HMAF Patricia Santos Barbastefano 
CPDCF Rosana Figueiredo Pires 
CPDCF Sheila Cruz Santos 
MLD/CPDCF Tatiana Nascimento 
HMCD Wania Maria A. Ramos 
HMAF/HMMR/CEP 28 Zuleide Alzira de S. Aguiar 
 Equipe de Atualização
HMAF Almir Ferreira da Silva
HUPE/UERJ Ana Carolina R. Araújo
HMAS/HMMR Ana Paula Bessa Santos
HMFM Andrea Bastos
MLD Andrea Cristina da Silva Veloso
HMMR Anna Christina de Almeida Porreca
CPDCF Ariana S. Rodrigues Santos
SUBHUE/SHPM Andreza Cristina S. de Oliveira
HMCD Avany Maura Gonçalves de Oliveira
HMAS Carla Cristina Lima de Castilho
CPDCF Carla da Silva Conceição
HMHP Claudia Conceição Coelho do Nascimento
SMS/UERJ Daniele Fonseca dos Santos
UERJ Edymara Tatagiba Medina
HMCD Elaine Maia da Silva Beruthe Lourenço
CPDCF Fabiane Azevedo de Assis
HMCD Flavia Dantas
MLD Flavia Dias Gasbarro
HMAS Franciele Machado Cunha
UFF Helen Campos Ferreira
3
HMAF/CPDCF Inaia de Santana Mattos
UERJ Keitty Kunstmann Hippertt
UFF Larissa Valente
HMAF Luciana Lessa Dias
HMCD Lizie Christiane Marins Bezerra
HMMR Marcella Cristina de. Souza Pereira
HMHP Marcia Villela Bittencourt
HMFM Marcio Santos Barbosa
CPDCF Maria de Fatima da Silva
HMMR Mariana S. Schroeter
CPDCF Natalia da Silva Correa
HMFM Patricia Salles Damasceno
SUBHUE/SHPM Patricia Santos Barbastefano
CPDCF Tatiana dos Santos Nascimento
HMMR/HMMABH Stephanea Marcelli Boaventura Soares
HMMABH Viviane Mendes
CPDCF / CEP28 Zuleide Alzira de Santana Aguiar
 
4
CONTEXTUALIZAÇÃO:
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a assistência obstétrica deve
ter como objetivo mãe e criança saudáveis, com o mínimo de intervenções e
compatíveis com a segurança. Nessa perspectiva deve haver uma razão válida para se
interferir no parto normal.
O Ministério da Saúde vem financiando e estimulando a qualificação da
enfermagem obstétrica, para acolher as escolhas da mulher no processo de parto e
nascimento, por meio de uma cuidadosa avaliação de suas condições clínicas e
obstétricas, como parte da estratégia da Rede Cegonha, para ampliar e qualificar a
assistência prestada às gestantes e aos bebês no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a OMS o cuidado oferecido pelas Enfermeiras Obstétricas em
Centros Obstétricos de maternidades diminue o uso das intervenções obstétricas,
melhoram os indicadores de morbimortalidade materna e perinatal e aumentam a
satisfação da mulher com a experiência vivida, indicando a segurança e a viabilidade
da atenção ao parto e nascimento nestes locais de nascimento. O modelo
humanizado privilegia o bem-estar da mulher e de seu bebê, buscando ser o menos
invasivo possível, considerando tanto os processos fisiológicos, quanto os psicológicos
e o contexto sociocultural. Faz uso da tecnologia de forma apropriada, sendo que a
assistência se caracteriza pelo acompanhamento contínuo do processo de parturição.
Garante às mulheres e às crianças vivenciar a experiência da gravidez, do parto e do
nascimento com segurança, dignidade e beleza (BRASIL, 2012).
O desafio que persiste não é, pois, tecnológico, mas sim estratégico e
organizacional, onde profissionais de diferentes categorias e saberes possam t
rabalhar de forma integrada e estabelecer o cuidado adequado para cada mulher.
O presente documento apresenta as diretrizes para a assistência de enfermagem
obstétrica nos Centros Obstétricos das Maternidades da rede Municipal de Saúde e
5
deve ser usado em conjunto com outras publicações, que incluem os Documentos
Técnicos do Ministério da Saúde e Áreas Técnicas de Saúde.
 CONSIDERANDO que o enfermeiro é um profissional autônomo, legalmente
habilitado por lei para exercer suas atividades laborais, conforme o disposto no Artigo
Art. 5 da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, inciso
XIII – “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer”;
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso, I, alínea “a”, “b” e
“c” da Lei nº 7.498/86, que regulamenta a profissão do Enfermeiro, assim como
estabelece que a direção, organização e planejamento, coordenação, execução e
avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem são atividades exercidas de forma
privativa pelo Enfermeiro nos serviços de saúde, no âmbito do SUS e no sistema
privado de saúde.
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso II, alínea “c” da Lei nº
7.498/86 que regulamenta a Prescrição pelo enfermeiro de medicamentos estabelecidos
em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso II, alínea “g”, “h” e “i” da Lei nº
7.498/86, que regulamenta o Enfermeiro como integrante da equipe de saúde, na
assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; acompanhamento da
evolução e do trabalho de parto; execução do parto sem distocia;
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, parágrafo único, alínea “a”, “b” e
“c” da Lei nº 7.498/86, parágrafo único, que regulamenta que as profissionais referidas
no inciso II do art. 6º desta lei,( o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei ) incumbe ainda: “assistência à
parturiente e ao parto normal; identificação das distocias obstétricas e tomada de
providências até a chegada do médico; realização de episiotomia e episiorrafia e
aplicação de anestesia local, quando necessária.”. 
CONSIDERANDO O Decreto no 94.406 de 08 de junho de 1987, que define as
atribuições do enfermeiro obstetra
CONSIDERANDO a Resolução COFEN nº0544/2017 que dispõe sobre a
Consulta de Enfermagem em seu Art. 1º - determina que em todos os níveis de
assistência à saúde, seja em instituição pública ou privada, a consulta de
Enfermagem deve ser obrigatoriamente desenvolvida na Assistência de Enfermagem.
 CONSIDERANDO a Resoluçao COFEN Nº 564/2017 que aprova o novo Código
de Ética dos Profissionais de Enfermagem, onde considera que a Enfermagem tem como
responsabilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças
e o alívio do sofrimento; princípios fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos
6
humanos é inerente ao exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa à vida, à
saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser
tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença religiosa, cultura,
incapacidade, deficiência, doença, identidadede gênero, orientação sexual, nacionalidade,
convicção política, raça ou condição social. Em seus princípios fundamentais versa que “O
cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e nas
ciências humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social e
cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar e pesquisar.” Além de a Enfermagem ser
comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos
socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, família e coletividade.
CONSIDERANDO a Resolução COFEN nº195/1997 que disciplina no Art.
1º, o procedimento de que o Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e
complementares quando no exercício de suas atividades profissionais;
CONSIDERANDO o disposto na Portaria Nº 2.815/GM de 29 DE MAIO DE
1998, que Inclui na Tabela do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema
Único de Saúde (SIH/SUS) o Grupo de Procedimento e os Procedimento: 35.150.01-7 -
Parto Normal Sem Distocia Realizado Por Enfermeiro Obstetra e 35.080.01.9 - Parto
Normal Sem Distocia Realizado Por Enfermeiro Obstetra;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução COFEN nº 0477/2015 sobre a
atuação dos profissionais Enfermeiros na Assistência à Mulher no Ciclo
Gravídico Puerperal que estabelece em seu Art. 1º - A realização de Parto Normal sem
Distócia é da competência de enfermeiros, e dos portadores de Diploma, Certificado de
Obstetriz ou Enfermeiro Obstetra, bem como Especialistas em Enfermagem Obstétrica
e na Saúde da Mulher; Art. 2º - Compete ainda aos profissionais referidos no
artigo anterior: Assistência a gestante, parturiente e puérpera; Acompanhamento do
trabalho de parto; Execução e assistência Obstétrica em situação de emergência. Art.
3º - Ao Enfermeiro Obstetra, Obstetriz, Especialistas em Enfermagem Obstétrica e
Assistência em Saúde da Mulher, além das atividades constantes do Art. 2º, compete
ainda: Assistência a parturiente e ao parto normal; Identificação de distócias obstétricas
e tomada de todas as providências necessárias, até a chegada do médico, devendo
intervir, de conformidade com sua capacitação técnico-científica, adotando os
procedimentos que entender imprescindíveis, para garantir a segurança do binômio
mãe/filho; Realização da episiotomia, episorrafia e aplicação de anestesia local
quando couber; Emissão de Laudo de Enfermagem para autorização de Internação
Hospitalar, constante do Anexo da Portaria SAS/MS-163/98; Acompanhamento do
cliente sob seus cuidados, da internação até a alta;
 CONSIDERANDO o disposto na Portaria nº 985/GM, de 05/08/1999, que
instituiu os Centros de Parto Normal no âmbito do SUS – Sistema Único de Saúde.
 CONSIDERANDO o que fora contemplado no “Pacto Nacional pela Redução
da Mortalidade Materna e Neonatal”, firmado no ano de 2004;
7
CONSIDERANDO o disposto na Resolução SMS Nº 1041 DE 11 DE
FEVEREIRO DE 2004, que institui o Protocolo de Assistência da Casa De Parto
David Capistrano Filho
CONSIDERANDO o disposto na PORTARIA Nº 743, DE 20 DE DEZEMBRO
DE 2005 que regulamenta o modelo de laudo de AIH e dá outras providencias;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução-RDC N-36, de 3 de Junho 
de 2008, que dispõe sobre “Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços 
de Atenção Obstétrica e Neonatal”, quando no ANEXO I, item 3.7, estabelece, como 
definição sobre os profissionais recursos de saúde necessários para esse funcionamento 
Profissional legalmente habilitado, profissional com formação superior inscrito no 
respectivo Conselho de Classe, com suas competências atribuídas por lei. Define que o 
Serviço Técnico Obstétrico e Neonatal deve ter um responsável técnico (RT) e um 
substituto, legalmente habilitados pelo seu conselho de classe;
CONSIDERANDO o disposto nas Diretrizes Assistenciais da Enfermagem
obstétrica da Secretaria Municipal de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro em 2010;
CONSIDERANDO a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que
institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha;
CONSIDERANDO a Portaria Nº 904, DE 29 DE MAIO DE 2013 (11 de
07/01/2015) que Estabelece as diretrizes para implantação e habilitação de Centro
de Parto Normal (CPN), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para o
atendimento à mulher e ao recém-nascido no momento do parto e do nascimento, em
conformidade com o Componente PARTO E NASCIMENTO da Rede Cegonha, e
dispõe sobre os respectivos incentivos financeiros de investimento, custeio e custeio
mensal.
CONSIDERANDO as revisões sistemáticas e evidências científicas sobre as
práticas assistenciais que promovem a fisiologia e a normalidade do processo de parto
e nascimento, demonstrando os benefícios à mulher e ao bebê na assistência ao parto
de risco habitual pela enfermeira obstetra ou obstetriz ("Hatem M", "Sandall J",
"Devane D", "Soltani H", "Gates S" - Cochrane Database of Systematic Reviews 2008;
- Issue 4, Art. No.: (CONITEC 2017)
CONSIDERANDO a necessidade de organização da atenção ao parto e ao
nascimento em diferentes níveis de complexidade e de superação do
modelo biologicista e medicalizante;
O protocolo assistencial de enfermagem obstétrica dos
Centros Obstétricos das Maternidades Municipais do Rio de
Janeiro.
8
Cuidado à mulher durante o trabalho de parto (TP)
1-Diagnóstico de Trabalho de Parto (TP)
Presença de contrações uterinas em intervalos regulares, que aumentam
progressivamente em termos de frequência e intensidade, com o passar do tempo e são
concomitantes ao apagamento (esvaecimento) e dilatação progressivos do colo uterino.
No início da fase ativa do TP a dilatação do colo uterino é aproximadamente seis
centímetros.
2-Avaliação da evolução do trabalho de parto
A avaliação da evolução do trabalho de parto e da vitalidade fetal é feita
por meio da observação das atitudes da mulher e do monitoramento dos seguintes
parâmetros: contrações uterinas, progressão da dilatação cervical, da descida do bebê
no canal de parto e ausculta intermitente de batimentos cardíacos fetais.
A primeira fase do trabalho de parto tem em geral a duração de 8 horas no
nascimento do primeiro bebê, e é improvável que dure mais que 18 horas. Para a
mulher que já teve um bebê, a primeira fase dura cerca de 5 horas e geralmente não
mais que 12 horas. No entanto, há dificuldade em estabelecer claramente o início
do trabalho de parto (NICE, 2007).
 O uso do Partograma
O Partograma é a representação gráfica do acompanhamento do trabalho
de parto, onde cada quadriculado representa intervalo de uma hora e deve ter o inicio
do registro na fase ativa do mesmo (BRASIL, 2001). Permite que o profissional avalie
a evolução do processo de nascimento, e permite com isso, um manejo correto
nos desvios da normalidade e encaminhamento oportuno para o hospital de referência.
Este instrumento é baseado nos seguintes princípios: a fase ativa do trabalho de
parto se inicia aos seis centímetros de dilatação cervical e os exames vaginais devem
ser efetuados tão menos frequentemente quanto compatível com a prática segura. A
observação do comportamento da parturiente, das perdas vaginais e a descida do foco
(melhor ponto de ausculta dos batimentos cardíacos fetais) no ventre materno também
permitem avaliar a progressão do trabalho de parto.
9
O profissional deve considerar as variações individuais da normalidade ao
avaliar a progressão do trabalho de parto, bem como variáveis como paridade,
variedade de posição e fetal, condição das membranas amnióticas e movimentação
materna, entre outras. Estas podem influenciar a duração do trabalho de parto. A
condição de vitalidade fetal sempre deve ser avaliada concomitantemente à evolução
do trabalho de parto.
 Exame vaginal
Os profissionais de saúde que realizam exames vaginais devem ter certeza
de que este é realmente necessário e irá adicionar informaçõesimportantes para o
processo
de tomada de decisão em relação ao cuidado. Antes da realização deste exame, o
profissional deve garantir o consentimento da mulher, sua privacidade, dignidade
e conforto, explicar o motivo do exame e seus achados. A realização brusca e
freqüente deste exame pode ocasionar dor e constrangimento para as mulheres, além
de aumentar o risco de infecção puerperal. O registro adequado do exame vaginal
deverá ser feito em todas as ocasiões, de maneira a evitar que seja feito
desnecessariamente por vários membros da equipe.
 Amniotomia
Em mulheres que apresentam trabalho de parto com progressão normal, a
amniotomia (rotura artificial das membranas amnióticas) não deve ser realizada
de maneira rotineira no cuidado à mulher durante o trabalho de parto (Smyth et al.,
2008).
 Ausculta fetal
A ausculta inicial dos batimentos cardíacos fetais é recomendada no primeiro
contato com a mulher e nas avaliações subsequentes. Deve ser feita de 30 em 30
minutos na fase ativa do parto (CONITEC 2017). Situações em que se detectam
alterações na frequência cardíaca fetal podem requerer uma ausculta mais prolongada,
para melhor avaliação da vitalidade fetal ou a realização de uma cardiotocografia.
 Oferecimento de aporte calórico/Dieta
10
A ingestão alimentar e líquidos é uma prática que deve ser encorajada de acordo
com as preferências da mulher, em condições de risco habitual (Ministério da
Saúde,
2001), pois o trabalho de parto requer considerável gasto calórico e a reposição
energética é fundamental, para assegurar o bem estar fetal e materno. Estudo de meta-
análise e revisão sistemática com parturientes de baixo risco para a necessidade de
anestesia concluiu que não há necessidade de restrição de líquidos ou alimentos para
essas mulheres durante o TP (Singata et al. 2012) (HOFMEYR, 2005).
Por este motivo, não é necessária a cateterização intravenosa de rotina, visto
que a mesma restringe os movimentos da mulher e pode se associar à administração de
soluções glicosadas, que podem levar ao hiperinsulinismo e acidemia metabólica nos
recém-nascidos (OMS, 1996).
3- Tecnologias de cuidado utilizadas durante o trabalho de parto
Estas práticas têm a finalidade de oferecer conforto à mulher, promover o alívio
da dor e favorecer a evolução do trabalho de parto. Entre elas, incluem-se massagens,
presença de acompanhante, dieta, banho de aspersão ou banheira, exercícios
respiratórios, uso de bola suíça, livre movimentação. Todas essas práticas podem ser
utilizadas pela(o) enfermeira(o) obstetra, de acordo com as preferências da mulher.
(Vide quadro em anexo I)
4- Cuidado à mulher no momento do parto
O segundo estágio do parto se caracteriza pela presença de dilatação
completa do colo uterino. Tem um período variável, podendo se estender por 2h ou
mais, desde que os parâmetros de vitalidade fetal, moldagem do pólo cefálico e
ausência de alterações clínicas continuem dentro dos padrões de normalidade.
A OMS e o Ministério da Saúde recomendam que a mulher escolha livremente
sua posição no parto (Gupta et al., 2012) (OMS, 1996) e cabe a enfermeira obstetra
oferecer as várias posições possíveis e estimular que a mesma perceba suas
necessidades (OMS, 1996). A posição supina (em decúbito dorsal horizontal) deve ser
evitada, devido à compressão da aorta abdominal e veia cava inferior, que pode resultar
em hipotensão materna e menor fluxo sanguíneo placentário.
11
5-Uso de Medicações no Centro Obstétrico (Anexo II)
6-Praticas Integrativas e Complementares (Anexo III)
Critérios para assistência da enfermeira obstetra nos Centros
Obstétricos das maternidades da Rede Municipal de Saúde:
1. Gestante de risco habitual com idade gestacional a partir de 37 com os 
seguintes parâmetros:
o Gestação única;
o Apresentação cefálica fletida;
o BCF dentro da normalidade (entre 110 bmp e 160 bmp, sem 
desacelerações após a contração) (NICE, 2007; Cunningham et al., 2010).
2. Gestante com ou sem pré-natal, com os exames dentro da normalidade.
3. Gestantes com intercorrências clínicas ou obstétricas, atuais ou pregressas, com 
o cuidado compartilhado com a equipe médica, como:
o Oligodramnia moderada, sem alterações de vitalidade fetal.
o Gestante com mais de 24 horas de Amniorrexe, em uso de antibioticoterapia
(ATB), com evolução do trabalho de parto e parâmetros clínicos estáveis;
o Gestante com infecção do trato urinário (ITU) baixa em tratamento com 
ATB, após 24 horas,exceto histórias de ITU de repetição (03 episódios ou 
mais, na gestação atual);
o Líquido amniótico meconial fluido, sem alteração da vitalidade fetal;
o Gestante em trabalho de parto com cesariana anterior há 2 anos ou mais.
o Gestante em indução.
4. Sífilis na gestação.
5. Gestantes classificadas de alto risco obstétrico: a assistência à gestante de alto
risco pela enfermagem obstétrica tem como objetivo acolher e apoiar a mulher
no trabalho de parto, em parceria com a equipe médica, oferecendo uma
assistência efetiva e segura nas diferentes indicações clínicas e obstétricas, com
enfoque na vigilância, controle e redução dos agravos à saúde materna e fetal. O
parto será assistido pela equipe médica. É considerado alto risco obstétrico:
HIG, HAC, cardiopatias, nefropatias, diabetes, prematuridade, gemelaridade,
12
apresentações anômalas, placenta prévia, anemia grave, endocrinopatias,
hemopatias, isoimunização, sofrimento fetal e malformação confirmada, doenças
infecciosas na gestação (rubéola, toxoplasmose, hepatites, HIV/AIDS,
corioamnionite)
6 - Pós-parto Imediato
O pós-parto imediato também chamado de Período de Greenberg, primeira hora pós-parto 
ou quarto período do parto. Não há na literatura consenso sobre sua duração exata, 
entretanto, inicia-se após a dequitação da placenta e estende-se pelas primeiras horas pós-
parto. Para alguns, a primeira hora, para outros, até segunda hora após o parto. (Brasil, 
2004)
É importante que este período seja passado no centro obstétrico ou na sala PPP (pré-parto, 
parto e pós-parto), pois este é propício para intercorrências, principalmente a hemorragia 
pós-parto. Passado este período inicial, estando a puérpera equilibrada 
hemodinamicamente e formado o globo de segurança de Pinard (útero ao nível da cicatriz 
umbilical e firmente contraído), pod
encaminhada ao alojamento conjunto, após serem seus sinais vitais avaliados e anotados. 
(Brasil, 2004)
Além disso, este curto período em que a mulher permanecerá sob vigilância na unidade 
onde o parto ocorreu, constitui ótima oportunidade para um cuidado individualizado dos 
profissionais de saúde no tocante às orientações sobre o período puerperal, cuidados, 
amamentação precoce, contato com o recém-nascido.
e outros assuntos correlatos, desde que a mulher esteja em boas condições. As salas de 
PPP são ideais para o controle da mulher durante este período. (Brasil, 2004)
No que se refere aos cuidados no puerpério imediato:
1) Realizar as seguintes observações da mulher logo após o parto:
- Temperatura, pulso e pressão arterial;
- Lóquios e contrações uterinas;
- Examinar a placenta e membranas: avaliar suas condições, estrutura, integridade e vasos 
umbilicais;
- Avaliação precoce das condições emocionais da mulher em resposta ao trabalho de parto 
e parto;
- Micção bem sucedida.
- Solicitar assistência de médico obstetra, se qualquer das seguintes situações forem 
atingidas:
· pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo;
PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medida;
· PA sistólica ≥ 140 mmHg OU diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas consecutivas com 30 
minutos de intervalo;
· proteinúria de fita 2++ ou mais e uma única medida de PA sistólica ≥ 140 mmHg ou 
diastólica ≥ 90 mmHg;
· temperatura de 38°C ou mais em uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2 ocasiões 
consecutivas com 1 hora de intervalo;
13
· bexiga palpável e ausência de micção noperíodo;
· emergência obstétrica – hemorragia pós-parto (iniciar protocolo da SMS), convulsão ou 
colapso materno;
· placenta retida ou incompleta;
· lacerações perineais de terceiro e quarto graus ou outro trauma perineal complicado.
- Cuidados com o períneo: Antes de avaliar trauma genital, explicar à mulher o que será 
realizado e porquê, ofereça analgesia adequada, assegurar boa iluminação, posicionar a 
mulher de maneira confortável e com boa exposição das estruturas genitais;
- Realizar o exame inicial de maneira gentil e sensível. Isto pode ser feito imediatamente 
após o parto;
- Na avaliação sistemática do trauma genital: Explicar novamente o que será realizado e 
porque; Providenciar analgesia local ou regional efetiva; Avaliar visualmente toda a 
extensão do trauma, incluindo as estruturas envolvidas, o ápice da lesão e o sangramento;
Na suspeita de qualquer lesão da musculatura perineal, realizar exame retal para verificar 
se ocorreu algum dano ao esfíncter anal externo e interno.
- Se for identificado trauma perineal, uma avaliação sistemática deve ser realizada, 
incluindo um exame retal;
- Assegurar que o momento para essa avaliação sistemática não interfira na relação mãe-
filho exceto se houver sangramento que requeira medidas de urgência;
- Documentar a avaliação sistemática e os seus resultados de forma detalhada;
- Dar a informação à mulher sobre a extensão do trauma, o alívio da dor, dieta, higiene e a 
importância dos exercícios do assoalho pélvico.
- Ajudar a mulher a adotar uma posição que permita uma visualização adequada do grau 
do trauma e para o reparo;
- Manter essa posição apenas pelo tempo necessário para a avaliação sistemática e reparo 
do períneo.
- Documentar a avaliação sistemática e os seus resultados.
- As enfermeiras obstétricas envolvidas na assistência ao parto devem estar 
adequadamente treinadas na avaliação e reparo do trauma genital, certificando-se que 
essas habilidades sejam mantidas.
- Aconselhar a mulher que, no caso de trauma de primeiro grau, a ferida pode ser suturada,
a fim de melhorar a cicatrização, a menos que as bordas da pele estejam bem apostas.
- Aconselhar a mulher que, no caso de um trauma de segundo grau, o músculo pode ser 
suturado, a fim de melhorar a cicatrização.
- Durante o reparo perineal: assegurar analgesia efetiva com a infiltração de até 20 ml de 
lidocaína 1%;
- Se a mulher relatar alívio inadequado da dor, a qualquer momento, levar isso em 
consideração imediatamente e providenciar método mais eficaz de alívio.
- Não há necessidade de sutura da pele se as suas bordas se apõem após a sutura do 
músculo, em trauma de segundo grau ou episiotomia.
- Se houver necessidade de sutura da pele, utilizar uma técnica subcutânea contínua.
- Realizar a reparação perineal usando uma técnica de sutura contínua para a camada de 
parede vaginal e músculo.
14
- Recomenda-se a utilização de material de sutura sintética absorvível para suturar o 
períneo.
- Observar os princípios básicos seguintes ao realizar reparos perineais: Realize a 
reparação do trauma perineal utilizando técnicas assépticas. Verifique os equipamentos e 
conte as compressas, gazes e agulhas antes e depois do procedimento. (Brasil, Diretrizes 
Nacionais de Assistência ao parto normal, 2017)
Assistência ao Terceiro Período do Parto
O terceiro período do parto é o momento desde o nascimento até a expulsão
da placenta e membranas (delivramento).
Conduta expectante, ativa e mista
O manejo deste período pode acontecer de forma expectante (manejo
fisiológico), ativa ou mista.
- Manejo expectante
Nesse caso, após o nascimento do bebê, realiza-se o clampeamento oportuno
do cordão umbilical e aguarda-se o delivramento espontâneo, sem uso de
intervenções, como administração de uterotônicos, por exemplo.
- Manejo ativo
Envolve um conjunto de intervenções, incluindo o uso de uterotônicos logo
após o nascimento (preferencialmente ocitocina 10UI IM ou EV, nesse ultimo caso se
a parturiente já estiver puncionada), clampeamento e secção do cordão umbilical,
tração controlada do cordão e massagem do fundo uterino (Cochrane, 2015).
- Manejo misto
A condução mista consiste no uso de algumas das intervenções, como a
administração de uterotônicos, porém sem a realização de clampeamento precoce do
cordão umbilical e massagem do fundo uterino.
De acordo com a OMS (2014), nos casos em que há a presença de profissional
qualificado para assistência ao parto, o manejo do terceiro período deve envolver:
Conduta Observação
Grau de
recomendação/
evidência
15
Uterotônicos Prática essencial para a prevenção da
hemorragia pós-parto. Recomendada
para t odo s os partos.
A ocitocina (10UI, IM ou EV) é o
fármaco uterotônico recomendado, porém
nos casos em que não estiver disponível, é
recomendado o uso de outros
uterotônicos injetáveis
(ergometrina/metilergometrina)** ou
misoprostol oral (600μg).
** Não recomendado para gestantes 
hipertensas
***há evidências insuficientes para
recomendar o uso da injeção de
ocitocina na veia intraumbilical como
tratamento para a placenta retida.
Recomendação 
forte, evidência
de qualidade 
moderada.
Clampeamento 
oportuno
(tardio) do 
cordão umbilical
Realizado 1 a 3 minutos após o 
nascimento.
Recomendado para t o d o s os 
nascimentos.
Recomendação 
forte, evidência 
de qualidade
moderada.
Massagem uterina
contínua
Não é recomendada de rotina nos 
casos em que a mulher recebeu
uterotônico profilático.
Porém a avaliação cotidiana do tônus 
uterino continua sendo uma parte vital
da tomada de decisão e deve ser
praticada durante a terceira fase do 
parto.
Recomendação 
fraca, evidência
de qualidade 
baixa.
Tração controlada 
do cordão 
umbilical
Prática condicionada às preferências da
mulher e do provedor de cuidados, caso
considerem importante uma pequena
redução na perda de sangue e na duração da
terceira fase.
Recomendação 
fraca, evidência 
de qualidade 
alta.
É importante ressaltar que a mulher deve ser orientada quanto aos riscos e
benefícios de cada manejo, podendo fazer a sua escolha de forma consciente. Mulheres
que preferem uma abordagem menos intervencionista no manejo do terceiro estágio
do trabalho de parto podem ser asseguradas de que, com o uso de um agente
uterotônico, a tração controlada do cordão [de forma rotineira], pode ser omitida do
pacote de manejo ativo, sem aumento do risco para hemorragia pós-parto severa, mas
com possibilidade de aumento no risco para remoção manual da placenta. (Cochrane,
2015)
6.2 – Tempo de condução
Na conduta ativa o terceiro período do parto é considerado prolongado quando
não acontece o delivramento em até 30 minutos. No caso do manejo fisiológico este
período prolonga-se até 60 minutos.
16
Deve-se manter observação rigorosa da mulher, avaliação da perda sanguínea,
tônus uterino, coloração de pele e mucosas, respiração e sensação de bem estar.
Faz-se necessário mudar do manejo expectante para o ativo se ocorrer
hemorragia ou se a placenta não dequitar em até 1 hora após o parto (Conitec,
2017).
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22
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Anexo I:
Quadro de Tecnologias de Cuidado Não- Invasivas de Enfermagem 
Obstétrica
TECNOLOGIA INDICAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO
Movimentos
respiratórios
Auxiliar na centralização
da mulher.
Ativa os receptores corticofugais promovendo
uma
ação condicionada: contração-respiração.
Deambulação
Ativar o trabalho de parto;
Descida e rotação fetal.
A mulher deve escolher a posição que preferir durante
o trabalho de parto, embora a necessidade de
estimular o parto com ocitocina é menor em mulheres
que deambulam durante o trabalho de parto, em
comparação com aquelas que permanecem no leito.
Durante a contração as paredes uterinas encurtam-se
e impulsionam o feto para baixo. Os ligamentos
redondos que também contraem junto com a
contração uterina tracionam o fundo uterino para
diante, colocando o eixo longitudinal da matriz no
eixo da escavação pélvica e para baixo, aproximando
o fundo da pelve. Por esse motivo, durante a
contração uterina, a melhor posição para a mulher é
a
vertical, com o corpo inclinado para diante. (Balaskas,
1991).
Estudos apontam que reduz a duração do TP em
aproximadamente 01h, diminuem a necessidade de
intervenção no TP, não mostrou efeitos negativos
sobre a mãe e o bem-estar dos bebês. (Lawrence A
et al, 2009).
Bola Suiça
Massagem perineal; 
Descida e rotação do feto.
Alongar e fortalecer a musculatura perineal, aliviar
tensões, ativar a circulação sanguínea e desfazer
pontos de tensão, trabalha cintura pélvica e movimenta
todos os músculos.
Ativa o trabalho de parto, por possuir uma base de
sustentação instável, a gravidade atua sobre o corpo,
isso requer um contrapeso, recrutando os músculos
mais profundos até que alcance uma estabilização
necessária para mantê-lo equilibrado sobre a bola
suíça, com a busca do equilíbrio sobre a bola a
mulher desfoca da sensação da dor da contração. Com
o uso
da bola, mantém-se uma postura de sustentação
estável e dá ao corpo flexibilidade (Craig, 2004).
23
Bamboleio
Descida e rotação do feto;
Deslocamento do bebê
dentro da pelve;
Ativar o trabalho de parto;
Liberação de endorfinas.
Quando a mulher deixa-se guiar pelo seu instinto,
procura movimentar-se, seguindo o ritmo das
contrações, movendo a pelve para frente e para
traz,
de um lado para o outro ou em movimentos
circulares. Estes movimentos servem para facilitar o
encaixe, a
descida e a rotação do feto, no canal de parto
(Balaskas, 1991). Para Odent (2000), quando a mulher
usa o córtex primitivo, esses movimentos afloram com
24
Rebozo
Ativar o trabalho de parto;
Correção de posições
posteriores ou direita
persistentes e
assinclitismos.
Movimenta o feto na pelve, auxiliando no movimento
de rotação e retificação do assinclitismo persistente.
Genupeitoral
Posições posteriores ou
direita persistentes;
Edema de colo.
Diminui a força da gravidade, amplia os diâmetros da
pelve, facilitando a rotação e diminuindo a
pressão sobre o colo uterino.
Cócoras 
sustentado
Descida e rotação do feto;
Assinclitismo persistente;
Hipossistolia.
Aumenta diâmetros da pelve em 25%de acordo com
Gardosi (2000), amplia a saída da bacia; Possibilita a
ação da gravidade; Pode aliviar a dor nas costas;
Facilita a rotação e a descida; Necessita de menos
esforços expulsivos; Vantagens mecânicas- o tronco
empurra o fundo uterino; aumenta a pressão no
períneo; Aumenta a sensação de bem estar, por se
sentir amparada por alguém e na posição suspensa,
os membros inferiores são menos comprimidos,
favorecendo a circulação venosa (GERMAIN,2005).
Banco/ vaso
Descida e rotação do feto;
Assinclitismopersistente;
Distócia emocional.
Aumenta diâmetros da pelve em 25% de acordo com
Gardosi (2000).
Pode relaxar o períneo para puxos mais
eficazes. Boa posição para descansar.
Vantagem pela força da gravidade.
Ambiente
acolhedor
Ansiedade e insegurança;
Distócia emocional;
Diminuir tensão e medo e
sensação
de dor excessiva.
Ativa o córtex primitivo; Libera ocitocina e
endorfinas e aumenta a segurança da mulher e família.
Massagem
Acelera trabalho de parto;
Distócia emocional.
Ativa o córtex primitivo; Libera ocitocina e
endorfinas, ativa os mecanorreceptores atuando no
portal da dor, libera os músculos tensionados e
permite troca de calor.
Alimentação /
líquidos
Desejo da mulher Produz energia, hidratação e fornece glicose ao feto.
Banho de imersão
ou chuveiro
Medo, ansiedade
Diminuir sensação de dor
excessiva;
Acelera trabalho de parto;
Distócia emocional.
Odent (2000) fala sobre o efeito misterioso da água
sobre as travas neocorticais, removendo-as. Estas
travas são ativadas em qualquer situação na qual
são liberados altos níveis de adrenalina como medo,
stress, entre outros.
As duchas quentes têm efeito calmante, aliviam
dores e nevralgias. é de consenso que a melhor hora
para se entrar na água é quando se atinge a metade do
trabalho de parto, ou seja, com a dilatação de 5 cm e
25
contrações mais intensas. Ao entrar na água, a mulher
se descobre capaz de render-se às necessidades
instintivas e primitivas do seu corpo. A maioria das
mulheres diz que a percepção da dor se altera (portal
da dor) e se torna mais fácil aceitar a intensidade
das contrações. (Balaskas,1991; Odent ,1982;
Earnig,1996).
Crioterapia Reduz edema: colo,
períneo e vulva.
Diminuição do fluxo sanguíneo local; lentificação
da
transmissão de impulsos dos neurônios aferentes
levando a diminuição das sensações
(dormência), diminuição da temperatura na pele
e músculo
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M,
Kierse M, eds. Oxford University Press: Oxford,
1989). O saco de gelo deve ser aplicado por períodos
de 15 a
20 minutos e várias vezes ao dia (3 em 3 horas, porPuxo lateral Distócia emocional Quando a mulher trava a saída do bebê, por medo do
nascimento. Solicitar que empurre o pé, estando na
posição lateral, enquanto o profissional faz pressão
ao contrário. Isto permite que ela empurre o feto pelo
canal do parto.
Ampliação do
diâmetro da
cintura pélvica
Assinclitismo persistente;
Período pélvico
prolongado Presença de
bossa/moldagem excessiva
do polo cefálico
Amplia os diâmetros da pelve, com a pressão sobre a
crista ilíaca no momento da contração. Aumentar a
mobilidade entre os ossos da pelve.
Decúbito lateral
com as pernas
flexionadas
Assinclitismo persistente;
Período pélvico
prolongado; Presença de
bossa/moldagem excessiva
do polo cefálico.
Amplia os diâmetros da pelve e facilita a passagem do
pólo cefálico. Diminui a sensação dolorosa. Permite a
proteção perineal.
Hands off Redução das lacerações.
Não indicar o puxo voluntário.
Banqueta meia lua
Auxiliar na descida e
rotação do feto.
Amplia os diâmetros da pelve e facilita a passagem 
do polo cefálico, diminui a sensação dolorosa, 
permite a
sensação de controle da mulher com seu processo de 
parturição. Não deve ser estimulado antes de 
dilatação
avançada por risco de edema no colo.
26
Cavalinho
(assento ativo)
Auxilia rotação e descida
do feto; reduz edema de
colo; Assinclitismo
persistente.
Amplia os diâmetros da pelve, libera o sacro e cóccix;
Auxilia a rotação do bebê na posição occipito
posteriores (OP); descompressão do colo pelo
polo cefálico durante as contrações.
Diminui a sensação dolorosa.
Aromaterapia
Estimular produção de
substâncias relaxantes,
estimulantes e sedativas.
Utiliza os princípios ativos dos óleos essenciais no
trabalho de parto, vislumbrando a aromaterapia como
ciência.
Spinning baby Estimular a flexibilidade da
pelve, facilitar a descida do
feto, identificar e corrigir
desvios de progressão
associados ao
posicionamento do feto na
pelve.
Conjunto de exercícios e posturas amparados no
conhecimento da anatomia e fisiologia do parto, que
favorecem a consciência corporal, alongamento e
relaxamento dos ligamentos e musculos da pelve.
Quando indicado, promovem a correção de
assinclitismo e deflexões e/ ou alinhamento do padrão
contrátil com o estágio do parto, favorecendo também a
progressão do esvaecimento e da dilatação cervical.
Podem ser associados ao uso do rebozo e da bola suiça.
Uso da música
Obs: seu uso deve
ser privativo e
subjetivo sob
controle de poluição
sonora e decíbeis.
Exerce influência sobre 
aspectos 
neurocognitivos, 
emocionais, psíquicos e
de acordo com Castro 
(2009), a música, quando
utilizada no momento do 
parto, por sua capacidade
de suscitar emoções, 
pode auxiliar a evitar 
emoções negativas por 
parte das pacientes tais 
como: raiva, tristeza, 
medo e fadiga. 
Seu uso evidencia uma 
sensação de paz, alegria, 
tranquilidade, 
descontração e bem-
estar; ajuda a reduzir o 
estresse e a tensão, 
induzindo ao 
relaxamento (GATTI E 
SILVA, 2007).
A música cria uma semiologia sonora, estimula a 
glândula pituitária a aumentar os níveis séricos de 
serotonina, neurotransmissor responsável pela 
promoção do relaxamento psicológico e bem-estar, 
aumenta os níveis de acetilcolina que diminui a Tensão 
arterial, a frequência cardíaca e respiratória e diminui os
níveis séricos de catecolaminas o que produz uma 
diminuição da função do córtex frontal direito que 
permite controlar estados severos de dor (CRUZ et al, 
2003); (PEREIRA E BENTO, 2012); (GUIDA, LIMA 
E PEREIRA, 2013)
27
POSIÇÕES PARA O PERÍODO EXPULSIVO
TECNOLOGIA INDICAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO
1-Verticalizada Metrossístoles
esparsas.
Possibilita massagens nas costas; Propicia a ação
da
gravidade; Melhor oxigenação do
feto.
Potencializa a ação da gravidade na descida do feto;
Encurta o ângulo de descida e amplia os diâmetros da
pelve em 25%; Libera o sacro e cóccix; Promove
contrações menos dolorosas e mais eficazes; Feto
alinhado com o eixo da pelve.
Pode aumentar a necessidade do puxo no 2º2-Semi-vertical Desejo da Mulher O mesmo que a verticalizada, porém libera menos o
sacro e cóccix; Possibilita exames vaginais.
3-Lateral 2º estagio acelerado
Posição muito favorável para descansar; Reduz
a
pressão nos grandes vasos; Possibilita maior aporte
sanguíneo e de oxigênio para o feto; permite o
movimento do sacro no 2º estágio; Favorece a
progressão do feto sem traumas; Útil para reduzir um
2º estágio muito acelerado; favorece a proteção
perineal, evitando as lacerações, pois facilita a
moldagem da cabeça ao períneo; Alivia a pressão nas
hemorróidas.
4-Cócoras
Dificuldade na 
descida do feto.
Pode aliviar a dor nas costas; Possibilita a ação
da
gravidade; Amplia a saída da bacia; Necessita de
menos esforços expulsivos; Facilita a rotação e a
descida; Vantagens mecânicas- o tronco empurra o
fundo uterino; Aumenta a sensação de bem estar,
por se sentir amparada.
5-Quatro apoios
Queixa de dor
lombar;
Posições posteriores
persistentes;
Distocia de ombro.
Alivia a dor nas costas; Auxilia a rotação do bebê
na
posição occipto posteriores (OP); Permite balançar
a
pelve e movimentos corporais; Permite exames
vaginais; Alivia a pressão nas hemorroidas; Facilita o
desprendimento das espáduas.
6-De pé
Dinâmica uterina
irregular;
Queixa intensa de dor
nas contrações.
Vantagem da ação da gravidade durante e entre as
contrações; Contrações menos dolorosas e mais
eficazes; Alinhamento do feto com o eixo da pelve 
pode aumentar a sensação de puxo no 2º estágio.
Na posição de pé, o peso da mulher repousa sobre as 
duas cabeças do fêmur, permitindo que a pressão no 
acetábulo provoque aumento de 01 cm do diâmetro 
transverso da saída da pelve.
28
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO
TECNOLOGIA FUNDAMENTAÇÃO
Ambiente na penumbra
Segundo Odent (2004), o ambiente em penumbra respeita
a
fisiologiado recem-nascido (RN). Segundo o Manual
de Neonatalogia (2001), a penumbra pode contribuir para a
eficácia na amamentação do RN na primeira hora de
vida, por estar relacionada a maior
privacidade,tranquilidade, estabelecimento do vínculo e
consequentemente diminuição de tempo entre as mamadas e
ao ganho de peso no período pós-natal (Saraiva, 2004).
Respeito ao período sensível
A existência de um período sensível, imediatamente após
o
parto, foi evidenciada em estudo de Gaspareto e Bussat
(1994) e durante esta fase, um contato intenso e ininterrupto
da mãe com o seu bebê proporcionam a receptividade mais
precoce da mãe e sua adaptação, dando prosseguimento ao
vínculo que começou a ser estabelecido já na vida
intra- uterina. Outros benefícios deste contato inicial
incluem o fato de a amamentação ocorrer mais cedo e o
estreitamento da atração emocional.
Avaliação da vitalidade do RN
Segundo a Resolução 371 de 07 de Maio de 2014, Art. 4º
Para o RN a termo com ritmo respiratório normal, tônus
normal e sem líquido meconial, recomenda-se:
I - assegurar o contato pele a pele imediato e contínuo,
colocando o RN sobre o abdômen ou tórax da mãe de acordo
com sua vontade, de bruços e cobri-lo com uma coberta seca e
aquecida, Verificar a temperatura do ambiente que deverá está
em torno de 26 graus para evitar a perda de calor;
II - proceder ao clampeamento do cordão umbilical, após
cessadas suas pulsações (aproximadamente de 1 a 3 minutos),
exceto em casos de mães isoimunizadas ou HIV HTLV
positivas, nesses casos o clampeamento deve ser imediato;
III - estimular o aleitamento materno na primeira hora de vida,
exceto em casos de mães HIV ou HTLV positivas;
IV - postergar os procedimentos de rotina do recém-nascido
nessa primeira hora de vida. Entende-se como procedimentos
de rotina: exame físico, pesagem e outras medidas
antropométricas, profilaxia da oftalmia neonatal e vacinação,
entre outros procedimentos;
29
Três metanálises, que incluíram estudos com nascidos a
termo, concluíram que o clampeamento tardio do cordão
umbilical é benéfico com relação aos índices hematológicos
na idade de 3-6 meses. Com base nesses estudos, recomenda-
se que o RN a termo, saudável e com boa vitalidade ao
nascer seja posicionado no nível da placenta por um a três
minutos, antes do clampeamento do cordão umbilical.
O contato pele a pele com a mãe imediatamente após o
nascimento, em temperatura ambiente de 26ºC, reduz o risco
de hipotermia em recém-nascidos de termo, com boa
vitalidade, desde que cobertos com campos pré-aquecidos.
Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação. A
Organização Mundial de Saúde recomenda que o
aleitamento materno seja iniciado na primeira meia hora de
vida, pois se associa a um maior período de amamentação,
melhor interação mãe-bebê e menor risco de hemorragia.
Contato pele a pele
Os bebês interagem mais com suas mães, ficam mais
aquecidos e choram menos, quando colocados no colo da
mãe; são mais amamentados e amamentaram por mais
tempo, quando tiveram contato pele a pele precoce;
possivelmente tiveram mais chances de ter um bom
relacionamento inicial com suas mães, mas isso foi difícil
de medir (Moore ER, Anderson GC, Bergman N, 2007).
Touca
A colocação da touca no RN, logo após o desprendimento do
pólo cefálico, ainda no canal de parto, evita a perda de 
calor atráves no couro cabeludo, diminuindo os riscos de 
hipotermia do recém-nascido (Manual Merck, 2009).
Clampeamento oportuno/tardio
Clampeamento oportuno do cordão aumenta a média
neonatal
do hematócrito venoso dentro de uma faixa fisiológica; Nem
diferenças significativas nem efeitos nocivos foram
observados entre os grupos; Além disso, esta intervenção
parece reduzir a taxa de anemia neonatal; Esta prática tem se
mostrada segura e deve ser implementada para aumentar o
armazenamento de ferro neonatal ao nascimento
(Cernadas JM, 2006).
Estimulo a amamentação na 1ª
hora de vida
A amamentação exclusiva durante os 06 primeiros meses de
vida, seguida do aleitamento materno continuado dos 6 aos
11 meses de idade, foi a intervenção isolada mais efetiva
para prevenir mortalidade infantil, estimando que ela previna
13% de todas as mortes em menores de cinco anos (Chaparro
CM, Lutter C, 2007).
30
Anexo II
Medicações que podem ser prescritas e administradas pela enfermeira obstetra 
no trabalho de parto e parto:
Medicação Forma de Administração Indicação
Ocitocina
- 05UI em 500 ml de Solução
Ringer com Lactato,
- 10UI intramuscular, após o
desprendimento do ombro do RN,
- 15 UI em 500ml de SG 5%, EV
- Coordenar as contrações durante o período
expulsivo, quando necessário;
- Como profilaxia de hemorragia pós-parto;
- Nos casos de hemorragia pós-parto, até a 
chegada do médico plantonista.
Dipirona
- 01 comprimido ou 40 gotas, VO,
até de 6/6hs, SOS.
- 01 ampola EV ou IM
- Em caso de dor no puerpério;
- Em caso de febre no puerpério.
Paracetamol
- 01 comprimido ou 40 gotas, VO,
até de 6/6hs, SOS.
- Em caso de dor, no período puerperal.
Lidocaína a 2% sem
vasoconstrictor -ampola, gel, spray
- Anestesia local em caso de ráfia de lacerações do
períneio;
- Anestesia local antes da realização da 
episiotomia, se necessário.
Hioscina/
butilescopolamina
- 01 comprimido VO
- 01 ampola diluída em glicose a
25% EV
- Em caso de cólicas.
Soro Glicosado 5% - Solução injetável Reposição hídrica.
Soro fisiológico a
0,9%
- Solução injetável Expansão ou reidratação, reposição de eletrólitos.
Soro Ringer com
Lactato
- Solução injetável Expansão ou reidratação, reposição de eletrólitos.
Sulfato ferroso
- Comprimido com 40 mg de ferro
elementar
Prevenção e tratamento de anemia ferropriva no
período puerperal.
ANEXO III
31
Prática Integrativas e Complementares
As Práticas Integrativas e Complementares estão presentes na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de
Janeiro desde 1992. Compreende-se que elas também podem ser praticadas na obstetrícia por aquelas
enfermeiras obstétricas que já possuem expertise em alguma das seguintes práticas: Acupuntura, Moxabustão,
Auriculoterapia, Do-In. Essas práticas pertencem a milenar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) que visa
o equilíbrio dinâmico entre o yin e yang.
Para a MTC a Mulher é um Ser com mais energia (Qi) e menos sangue (Xue). Durante a gravidez ela precisa
aumentar o Xue, e isso está relacionado aos órgãos Fígado, Rim, Baço e Estômago. A mulher grávida
acumulará o Xue e dessa forma a gestação depende de um equilíbrio complexo e instável entre: Xue e Qi
materno; Xue e Qi fetal; mãe e feto. Por serem instáveis, é importante executar essas práticas com
profissionais devidamente qualificados, pois existe contraindicações para cada fase da gestação.
Na obstetrícia, essas práticas podem ser usadas para diversos tratamentos no pré-natal, no parto e no
puerpério. Elas podem tratar desconfortos na gravidez como náuseas, cólicas, edema e lombalgia. Também
pode posicionar melhor o feto no útero, promovendo a mudança do feto pélvico ou transverso para cefálico
(FOCKS, 2008). Pode induzir o trabalho de parto, acelerar o trabalho de parto, reduzir a sensação de dor e
prevenir aumento de pressão arterial. E no puerpério pode promover a lactação, e restabelecer o equilíbrio
energético e psíquico (AUTEROCHE, et al, 1987).
Referências:
FOCKS, C. Guia prático de acupuntura: localização de pontos e técnicas de punção. Ulrich März. Tradução 
Reinaldo Guarany. Barueri, SP: Manole, 2008.
AUTEROCHE, B. et al. Acupuntura em Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo: Organização Andrei Editora 
LTDA, 1987.
32
	RESOLUÇÃO Nº 36, DE 3 DE JUNHO DE 2008: Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal.

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