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Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico 
Autor(es): 
Gilberto Sarfati
Ano: 
2011
Artigo em foco: Estágios de Desenvolvimento Econômico e Políticas Públicas de Empreendedorismo e de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) em Perspectiva Comparada: os casos do Brasil, do Canadá, do Chile, da Irlanda e da Itália.
 
Enquanto nos países desenvolvidos, as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) representam cerca de 50% no Produto Interno Bruto (PIB) e são responsáveis por 60% da força de trabalho, em países emergentes o peso é bem menor, com uma participação de pouco mais de 10% do PIB e por cerca de 30% dos empregos. Para Gilberto Sarfati, as diferenças evidenciam a importância da atividade empreendedora no desenvolvimento econômico e o desafio para qualquer país é estimular este tipo de atividade.
 
No artigo “Estágios de Desenvolvimento Econômico e Políticas Públicas de Empreendedorismo e de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) em Perspectiva Comparada: os casos do Brasil, do Canadá, do Chile, da Irlanda e da Itália”, Sarfati apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em cinco países baseada em dados de fontes oficiais (governamentais e multilaterais) e em resultados de pesquisas realizadas por instituições independentes. Também foram conduzidas 40 entrevistas com autoridades e acadêmicos de cada país.
 
O estudo comparativo permitiu avaliar quais são os pontos fortes e fracos das políticas públicas de cada país, que foram selecionados conforme seu peso regional, tamanho da economia e estágio de desenvolvimento da atividade empreendedora.
 
Antes de mapear as políticas públicas dos países, Sarfati discute o referencial teórico por meio de duas questões fundamentais. A primeira é saber qual o impacto do empreendedorismo sobre o desenvolvimento econômico. Muitas pesquisas que abordaram o tema chegaram a conclusões diferentes. Provavelmente porque ser um empreendedor de alto impacto, um empreendedor gazela, não é a mesma coisa que ser um trabalhador por conta própria, ou empreendedor por estilo de vida. Enquanto o empreendedor estilo de vida possui uma empresa para satisfazer suas necessidades mínimas, e até gera empregos, o empreendedor está em uma atividade de crescimento acelerado, que gera postos de trabalho e agrega mais valor econômico.
 
A segunda questão se refere à necessidade e ao escopo de políticas públicas de fomento ao empreendedorismo, quando é preciso diferenciar os instrumentos de incentivos das MPMEs daqueles voltados para empreendedorismo. As políticas públicas para as MPMEs são as “que apoiam o empreendedor estilo de vida, o que pode ser justificado por diversas razões como efeitos macroeconômicos positivos de criação de empregos ou mesmo compensação por efeitos microeconômicos colaterais de economias de escala.” Já o fomento ao empreendedorismo é voltado para os indivíduos altamente inovadores, cuja expansão dos negócios tem impacto sobre o crescimento da economia, e leva a produtos e serviços com maior valor agregado.
 
Para estabelecer a relação entre visões de políticas públicas com as etapas de desenvolvimento, Safarti incorpora a sugestão de classificação dos estágios de uma economia de Michael Porter em “The Competitive Advantage of Nations”. O primeiro é o estágio de fatores, marcado por uma economia agrícola e empreendedores estilo de vida. O segundo é o estágio de eficiência, no qual o país tem que explorar economias de escala, o que favorece a concentração industrial. O último é o estágio movido a inovação, no qual a economia passa a ser caracterizada por atividades intensivas em conhecimento.
 
No mapeamento de cada país, as políticas que afetam o empreendedorismo e as MPMEs foram classificadas como políticas regulatórias (regras de entrada e saída de negócios, regras trabalhistas e sociais, regras de propriedade, regras tributárias, regras de propriedade intelectual, regras de falência e regras que afetem a liquidez e disponibilidade de capital) e políticas de estímulo (promoção de cultura e educação empreendedora, incentivos à inovação e programas de fomento à internacionalização).
 
Sarfati conclui que as políticas públicas são compatíveis com o estágio de desenvolvimento econômico em quatro países. A exceção foi a Itália, o que levou o pesquisador a questionar: “seria no caso da Itália ou talvez outros países, irrelevante a necessidade de políticas públicas de promoção ao empreendedorismo e as MPMEs? Ou por outro lado, será que a ausência destas políticas podem a médio e longo prazo levar a Itália a regredir no estágio de desenvolvimento econômico?”
 
A pesquisa também apurou que na Irlanda e no Canadá, a ideia do empreendedor gazela está presente no discurso público. Em relação ao Chile, o artigo destaca que o país não possui política de empreendedorismo, mesmo que seja um país na transição do estágio de eficiência para inovação. “Assim como no caso da Itália caberia perguntar: seria possível transitar para uma economia de inovação sem uma política de empreendedorismo?”
 
Sobre o Brasil, uma das conclusões do autor é que a opção do governo pelos Arranjos Produtivos Locais (APLs) parece não “carregar em si empreendedores gazelas. Portanto cabe ainda perguntar: seria a escolha de apoio a todas os APLs incompatível com uma política de empreendedorismo?"
 
Entre em contato com o professor Gilberto Sarfati.
 
Conheça as pesquisas realizadas pelo professor Gilberto Sarfati.
 
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