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1 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL BELO HORIZONTE / MG 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3 Tópico I: As Relações Interpessoais ................................................................................ 4 Tópico II: O Dia-A-Dia Na Organização E Suas Dificuldades ........................................... 5 Tópico III: Cultura Organizacional .................................................................................... 7 Tópico IV: Comportamento Organizacional ....................................................................10 Tópico V: Comunicação Humana ....................................................................................12 Tópico VI: Barreiras À Comunicação ..............................................................................13 Tópico VII: Comunicação Organizacional .......................................................................14 Tópico IX: Feedback .........................................................................................................16 Tópico VIII: Compreensão Empática ...............................................................................19 Tópico IX: Inteligência Emocional ...................................................................................20 Tópico X: Importância Das Emoções ..............................................................................20 Tópico XI: Administração De Conflitos ...........................................................................21 Tópico XII: Modelos De Comunicação Para Solução De Divergências.....................23 Tópico XIII: Habilidades Para Ouvir E Responder ...........................................................25 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 3 INTRODUÇÃO http://www.estrategiasact.com.br/wp- content/uploads/2014/03/0.29963911757340556_coaching1.j pg Queridos alunos, é com imenso prazer que lhe apresentamos a apostila de Relacionamento Interpessoal, está é pertencente ao núcleo comum de todas as pós-graduação do IPEMIG. Um dos maiores desafios do século XXI é a capacidade de lidar com pessoas, pois, a cada dia que passa percebe-se que as pessoas estão mais impacientes e incapazes de si entender e entender ao seu próximo. Por isso, essa apostila servirá para você compreender melhor o relacionamento entre as pessoas e assim conviver melhor em seu ambiente pessoal e profissional. E lembre- se: A vida é uma passagem e não sabemos até quando iremos fazer parte dela, por isso é hoje que precisamos aproveitar cada instante da nossa existência, para realizarmos algo de verdadeiro e útil para nós, para o outro, para o mundo. Dúvidas estamos à disposição. Equipe Pedagógica do IPEMIG. http://www.estrategiasact.com.br/wp-content/uploads/2014/03/0.29963911757340556_coaching1.jpg http://www.estrategiasact.com.br/wp-content/uploads/2014/03/0.29963911757340556_coaching1.jpg http://www.estrategiasact.com.br/wp-content/uploads/2014/03/0.29963911757340556_coaching1.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 4 Tópico I: As Relações Interpessoais http://www.acomsistemas.com.br/wp- content/uploads/2015/02/acom-trabalho-de-equipe.jpg Tudo que fazemos na vida, seja no âmbito pessoal ou profissional, requer a interação entre os indivíduos. Isso porque, vivemos em sociedade e se tornaria inviável o fato de vivermos isoladamente, sem que necessitássemos manter contato com os outros. Segundo Tourinho (1982), para que as relações interpessoais sejam estabelecidas dentro de uma organização, faz-se necessário a existência de um contato entre aqueles que nela trabalham, uma percepção entre e sobre os indivíduos. A partir do momento em que percebemos o outro, não apenas em suas características físicas, mas também em seus processos mais íntimos, passamos a nos relacionar com ele de forma positiva ou negativa, baseados em preceitos éticos ou não. O estabelecimento de um contato com o outro indivíduo torna-se então, uma questão de fundamental importância no âmbito das relações interpessoais, isto por que o estabelecimento de um contato empobrecido favorecerá a permanência de relações também empobrecidas e fracas, fato que pode acarretar em emissões de comportamentos antiéticos e hostis para com os outros; enquanto que bons contatos desencadearão, na grande maioria das vezes, relações baseadas em mútuo respeito e cordialidade entre os funcionários. Ainda segundo o autor, dentro de uma organização, as relações estabelecidas entre os funcionários devem ser mediadas da melhor forma possível. Boas relações trazem à tona, maior motivação, melhor produtividade e, consequentemente, um ambiente de trabalho favorável. Francis apud Tourinho (1982), presidente da General Foods, expressa de forma bastante clara e realista essa ideia. Ele nos diz que: “O problema da produtividade individual é principalmente um problema de Relações Humanas”. Os relacionamentos estabelecidos e concretizados dentro das organizações podem assumir diferentes formas e ser classificados da seguinte maneira: Relacionamento Vertical para cima; Relacionamento Horizontal e Relacionamento Vertical para baixo. https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQStQCAiWKb- IFmgz62aUZZ0k6_- H0klb1iBs0D3p8qQiorpXdm Segundo Moscovici (2001), o relacionamento vertical para cima, é compreendido através das relações entre os clientes internos e seus superiores, os quais podem apresentar- se de formas variadas, dentre elas, como uma pessoa generosa ou autoritária, um indivíduo afetuoso ou intolerante e assim por diante. O relacionamento horizontal é compreendido através de um mesmo padrão hierárquico, ou seja, é a interação entre os funcionários da empresa, os chamados “colegas de trabalho”. Os tipos mais comuns são: o complexado, o fraterno, o presunçoso, o falador e o amargurado. E por fim, o relacionamento Vertical para baixo, o qual compreende as relações interpessoais estabelecidas com os http://www.acomsistemas.com.br/wp-content/uploads/2015/02/acom-trabalho-de-equipe.jpg http://www.acomsistemas.com.br/wp-content/uploads/2015/02/acom-trabalho-de-equipe.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 5 subordinados, os quais frequentemente se apresentam como relapsos, bajuladores, revoltados, incapazes ou atenciosos. A partir do exposto, torna-se importante ressaltar que em qualquer tipo de relação interpessoal estabelecida com outros indivíduos, a humanização é uma questão de vital importância, isto é, o respeito, a empatia, a cordialidade, a solidariedade, a mútua ajuda entre os indivíduos que compõem o corpo técnicoda organização, fazem-se necessários para que essas relações sejam consolidadas e fortalecidas com caráter positivo, tornando assim o ambiente de trabalho, um local não mais de discussões, mas sim um ambiente pacífico e tranquilo, onde os funcionários possam estabelecer laços de afetuosidade, fraternidade e principalmente onde, os comportamentos éticos sejam uma constante. Tópico II: O Dia-A-Dia Na Organização E Suas Dificuldades https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQStQCAiWKb- IFmgz62aUZZ0k6_H0klb1iBs0D3p8qQiorpXdm Segundo Moscovici (2000), ao introduzir-se na organização, o indivíduo está cheio de esperanças, tudo é novidade, o interesse pelo trabalho é grande. No início, a pessoa faz planos, sonha com formas de se realizar, idealizando uma carreira invejável, todavia, aos poucos, com o convívio adentro da mesma, vai conhecendo uma realidade diferente, observando que será mais difícil do que imaginou concretizar seus sonhos. As relações interpessoais começam a se corroer, as outras pessoas designam dificuldades, as chefias começam a mostrar seu lado não apoiador como pareciam nos primeiros contatos, ao apresentar-lhe o serviço a ser executado. Desta forma, começam a surgir os obstáculos, atravessando o indivíduo uma fase de perplexidade e insegurança, sem entender as comunicações, as linguagens usadas nas organizações, revelando um fato cercante sobre sua vontade de trabalhar bem, de fazer coisas novas, de tomar iniciativa e obter sucesso. Assim, o indivíduo percebe a complexidade conflitiva e frustrante da vida na organização, diminuindo seu entusiasmo inicial. Isto tudo ocorre, em virtude da qualidade de vida na organização atual deixar muito a desejar. Nas organizações sociais é usado um modelo burocrático, onde o que predomina é o controle sobre as pessoas. O programa de recompensa é o estimulador, o encorajador da competição nas relações interpessoais, propiciando o comportamento de só “olhar para cima” e “parecer o melhor”, no sentido de tentar ocupar uma posição de destaque. ... surge a dúvida: permanecer ou sair da organização? Como em qualquer relação intrapessoal, este é um período de grande tensão, insatisfação e ansiedade, podendo ser acompanhado de insônias, distúrbios gastrointestinais, entre outros sofrimentos psicossomáticos... (MOSCOVICI, 2000, p.4). Agora, depende do indivíduo que presenciar este tipo de situação, decidir qual deverá ser sua postura a partir dos acontecimentos ocorridos, caso deseje continuar na empresa, se irá se acomodar e obedecer aos padrões que regem o funcionamento interno, ou, se irá seguir as regras do jogo (incluindo as menos nobres), a fim de alcançar sucesso pessoal e fazer carreira, mesmo que isto lhe custe a abdicação de certos valores. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 6 http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia- com-habilidade.jpg O meio de obter carreira envolve uma fase de tensão até a decisão. À distância entre as duas opções abarca atitudes e valores, algo além da capacitação profissional. Desta forma, aproveitar a oportunidade, ou criar a oportunidade depende mais de atributos pessoais do que de fatores externos. Então, será necessário saber reconhecer uma oportunidade, para agir no momento certo com atributos da personalidade e da dinâmica pessoal. Segundo Moscovici (2000), a vida no trabalho é considerada composta de cinco fases: o choque da realidade; a socialização e crescimento; a crise do meio da carreira; a aceitação; a pré-aposentadoria. Cada fase possui uma faixa etária da vida do indivíduo, desde 20-25 anos até o final da carreira 65-70 anos. Estas etapas mostradas acima divulgam como o indivíduo vive nas organizações em relação a satisfação, o que será descrito a seguir: de 20- 25 anos o indivíduo deverá estar vivendo a fase do choque da realidade, estando completamente insatisfeito com seu cargo e com a organização, se aguentar esta fase, persistindo em continuar na mesma empresa passará para a fase dos 26-35 anos, onde ele está em fase de socialização e crescimento, começando a se adaptar as dificuldades e encontrando saída para os conflitos interpessoais, estando muito satisfeito com o cargo e com a organização, afinal começou a se ajustar. Todavia, surge a fase de crise do meio da carreira de 36-45 anos, momento em que o indivíduo também se encontra em crise na vida pessoal, posto que vários fatores biológicos, psicológicos, sociais e situacionais convergem para um estado de insatisfação difusa. É um período difícil, de reconhecimento forçado, da inevitável diminuição da capacidade física, perda da juventude (ou chegada da velhice), maior preocupação com a saúde. Isto tudo propicia uma insuficiente satisfação com o cargo e com a organização. Ainda segundo a autora, posteriormente, surge a fase da aceitação, de 46-55 anos, onde o profissional começa a aceitar as mudanças que ocorreram em sua vida, reiniciando a sintonia com o cargo ocupado e com a organização da qual faz parte. Desta forma, o indivíduo poderá atingir a pré- aposentadoria entre 56-65 anos, muito insatisfeito com a organização e, cheio de satisfação com o cargo ocupado todos estes anos de sua vida profissional. Após os dados descritos, observa-se que na maioria das fases, o indivíduo está insatisfeito com a organização e isto se dá, pelo fato de a mesma se preocupar mais com o aumento da produtividade, esquecendo de propiciar qualidade de vida aos trabalhadores. A velocidade do avanço tecnológico geralmente não acompanha a qualidade de vida. A competição está cada vez mais acirrada, é preciso vencer, é preciso ter sucesso, ficar sempre à frente dos outros, em direção ao topo. Nesta corrida contra o tempo, e contra os outros, o indivíduo vai exigindo cada vez mais de si, chegando a comprometer sua saúde e sua produtividade. A ansiedade que acompanha este estado de esforço poderá levar a uma síndrome de stress. Observando o dia-a-dia do indivíduo na organização percebe-se que ninguém se importa com quem é o indivíduo e sim com o que o indivíduo faz. Para Moscovici (2000, p.10), “o Fazer é mais valorizado do que Ser. Geralmente a referência a uma pessoa é em relação ao que faz: “Fulano é engenheiro”. O papel organizacional passa a ser a identidade social e, isto é muito frustrante para o http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com-habilidade.jpg http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com-habilidade.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 7 indivíduo, aumentando sua ansiedade, afinal se trata da perda de sua identidade. Esta valorização do fazer em detrimento do ser está ligada a concepção mecanicista da organização representada pela estrutura burocrática. http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com- habilidade.jpg A organização atual de valores mecanicistas/burocrático, recomenda um ritmo inteiramente ligado ao trabalho, reservando intervalos mínimos, sem levar em consideração as necessidades humanas de interação consigo mesmo e com os outros, e nem as necessidades de atividades espontâneas, ficando o indivíduo com pouca qualidade de vida, posto que o trabalho em excesso é tão maléfico quanto qualquer doença. Desta forma, os dias úteis, o lazer, osexercícios físicos passam a ser inúteis, ficando o indivíduo volúvel a intoxicação pelo trabalho, devido ao excesso de dedicação que pode até se transformar em patológico. Todavia, estes indivíduos muitas vezes são tidos como exemplos asserem imitados, pois trabalham exaustivamente, chegando cedo e saindo após o término do expediente. Segundo Moscovici (2000), estes males modernos, desenvolvem juntamente com o desenvolvimento industrial e tecnológico a prosperidade econômica, o conforto material, a fartura de alimentação elementos essenciais em sociedades competitivas, onde o stress é a variável constante na luta pelo sucesso, na carreira profissional e na vida pessoal. Tópico III: Cultura Organizacional http://seeseuno.es/wp- content/uploads/2011/06/networking.jpg A vida dentro da Organização apresenta para o indivíduo momentos de luz e momentos sombrios. Aquilo que permanece na claridade, geralmente é o que a organização e seus componentes focalizam, acreditam e valorizam; já o lado sombrio, compreende aquilo que eles ignoram e desvalorizam (MOSCOVICI, 2000). A organização, apesar de não admitir, grande parte das vezes, acaba se entregando a sistemas de valores diferentes daqueles que são sustentados dentro do ambiente de trabalho, aceitando a competição, a mútua agressão e violência entre os funcionários; utilizando-se da coerção, através de ameaças, punições e privações. Estes fatores, na realidade, apresentam- se como grandes influenciadores para a não permanência da ética no estabelecimento das relações entre os indivíduos que compõem a Organização e a partir daí, as relações podem se dar através da claridade ou da escuridão. A interação entre as pessoas dentro da organização pode também ser estudada a partir da Cultura Organizacional estabelecida por ela uma vez que, a mesma é formada por pessoas e a Cultura é caracterizada por um sistema de valores, crenças e comportamentos compartilhados, os quais orientam a forma de agir dos seus componentes. http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com-habilidade.jpg http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com-habilidade.jpg http://seeseuno.es/wp-content/uploads/2011/06/networking.jpg http://seeseuno.es/wp-content/uploads/2011/06/networking.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 8 Ainda segundo a autora, cada organização estabelece e molda a sua cultura, por isso as culturas estabelecidas são diferentes umas das outras. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999, p. 196), “Assim como não há duas pessoas com a mesma personalidade, não existem duas culturas organizacionais perfeitamente idênticas”. Entretanto, existem alguns aspectos em comum entre elas, como por exemplo a questão de que toda cultura organizacional é composta de três dimensões: a dimensão material, que compreende o sistema produtivo, ou seja, a estrutura das organização de trabalho, o ambiente físico e os recursos materiais; a dimensão psicossocial ou política, que corresponde a estrutura funcional e de poder, isto é, a relação das pessoas entre si e as relações formais e informais mantidas e, por fim a dimensão ideológica, a qual compreende a relação dos indivíduos com os valores, normas, filosofia e outros elementos afins. As organizações tendem a estabelecer e implantar a sua cultura, a partir da somatória de habilidades apresentadas (técnicas, humanas, políticas e administrativas), e das cargas psicossociais, as quais são provenientes de fatores humanos individuais, de relacionamentos grupais e das relações interpessoais mantidas. Ao se analisar as relações interpessoais na organização, verifica-se as características culturais, posto que, as mesmas mostram o grau de formalidade e de informalidade existentes nos ambientes organizacionais, ocasionando numa maior ou menor flexibilidade nas relações (KANAANE, 1999). A cultura corporativa, como também é chamada a cultura organizacional, é capaz de fornecer respostas para vários eventos que possam vir a ocorrer dentro da empresa e um exemplo disso é que na grande maioria das vezes, oferece respostas que levam soluções para lidar com os comportamentos considerados antiéticos ou para o caso das relações interpessoais serem conduzidas de forma negativa. Para Srour (1998, p. 174), “A cultura é aprendida, transmitida e partilhada. Não decorre de uma herança biológica ou genética, porém, resulta de uma aprendizagem socialmente condicionada”. O processo de integração interna, geralmente começa quando se estabelece uma única identidade para o grupo, ou seja, quando cada conjunto e cada subcultura estabelecem uma única definição de si mesmo; a partir da caracterização dos membros do grupo, este irá tomando as suas características próprias, podendo a partir de então ser situado como rígido ou maleável, cheio de oportunidades ou competitivo e assim por diante. Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), a cultura organizacional é dividida em grupos e para que se tenha uma dimensão e conhecimento da forma como ela funciona, faz-se necessário o conhecimento de cada grupo que a compõe. As subculturas são pequenos grupos de indivíduos que possuem um padrão especial de valores e filosofia. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999, p. 197), “As subculturas são grupos de pessoas com um padrão especial de valores e filosofia...”. As subculturas são inevitáveis em qualquer organização, elas podem se dar de forma harmônica ou gerar conflitos, trazendo, neste caso alguns problemas de integração de esforços produtivos. As pessoas tendem a agrupar-se a partir de características individuais próximas, isto é, a partir do momento em que se assemelham, a facilidade é maior para que elas se tornem uma subcultura. É comum dentro das organizações, que os indivíduos estabeleçam aliança e lealdade com aqueles que lhes são mais próximos, o fato de muitas vezes existirem amigos em comum entre os funcionários, de se ter funcionários nascidos na mesma cidade, que já fizeram cursos juntos entre outros exemplos, acabam formando as culturas de origem. Essas subculturas podem apresentar-se como um impedimento para a integração com os demais. Quando falamos em Cultura Organizacional, nos remetemos a alguns termos e elementos, os quais são indispensáveis para o aprofundamento do assunto, para a definição do tipo de cultura implantada e consequentemente para a forma como as relações interpessoais são estabelecidas. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 9 http://seeseuno.es/wp- content/uploads/2011/06/networking.jpg As Organizações são cheias de histórias e narrativas de eventos que já ocorreram, os quais podem acarretar em reforço dos comportamentos existentes e enfatizar o ajustamento destes comportamentos no ambiente organizacional. Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), talvez uma das histórias de maior importância seja a história da empresa, isso porque, grande parte das vezes, ela contém lições de atos heroicos de quem a fundou. Estes Heróis, geralmente, são pessoas intuitivas, que têm visão e fazem seu próprio tempo, porém, o inverso também é verdadeiro e, ao contrário do que se espera, eles podem apresentar-se como sendo pessoas de difícil convívio e insensíveis, nestes casos, os relacionamentos podem tornar-se negativos e comprometidos.Os Ritos e os Rituais, são elementos mais óbvios da Cultura Organizacional; o primeiro termo refere-se as atividades de natureza expressiva, elaboradas com intuito de reiterar traços característicos de uma cultura; já o segundo termo se caracteriza como sendo o sistema dos ritos. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999, p. 199), “os ritos são atividades padronizadas e repetitivas usadas em épocas especiais para influenciar o comportamento e entendimento dos membros da Organização”. Geralmente, a cultura organizacional de uma empresa especifica o comportamento que seria considerado adequado para que os indivíduos se enquadrem no sistema social da Organização; estes elementos são conhecidos como regras e papéis culturais, os quais aparecem como forma de controle diário e, de certa forma, influenciam nas relações mantidas entre os funcionários. A partir destas regras, os indivíduos são recompensados ou punidos e dependendo da organização, a violação de regras condizentes ao comportamento ético pode acarretar em sérias consequências. A filosofia que a empresa segue, segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), conecta os aspectos relacionados com os objetivos e colaborações. Uma filosofia bem desenvolvida define as fronteiras de forma clara para todos os membros da empresa, mostrando que onde acaba o limite e o espaço de um, começa o do outro; e assim sendo, vai privilegiar o comprometimento ético nas relações estabelecidas. Os tabus organizacionais, cumprem o papel de orientar o comportamento, colocando em nítida evidencia o aspecto disciplinar da Cultura com ênfase no não- permitido. Os tabus geralmente estão ligados a questões que podem abalar o comprometimento das boas relações interpessoais, em que grandes partes das vezes ligam-se a questões discriminatórias que ocorrem no âmbito Organizacional. A comunicação é um elemento importantíssimo quando se dá ênfase as relações interpessoais. Sabemos que as pessoas interagem através da comunicação e por isso ela deve ser estabelecida da forma mais clara possível para que não haja mal entendidos. Ainda segundo o autor, a precisão da linguagem torna-se uma solução plausível para os crônicos problemas de comunicação. Muitas mensagens explícitas encerram outras implícitas, na maioria das vezes, discordantes, as quais exigem habilidade para fugir do conteúdo aparente e decifrar o que está contido mais profundamente no psicológico. Os valores compartilhados dentro da organização, são elementos de vital importância, pois referem-se as noções compartilhadas daquilo que os indivíduos que a compõe têm do que é importante ou acessível para o grupo a que pertencem. Dependendo da forma como esses valores são compartilhados, surgirão comportamentos moralmente aceitos ou não, pois quando eles são compartilhados de forma total entre os indivíduos, as chances de se cometer comportamentos antiéticos decai e consequentemente o clima de harmonia entre os funcionários prevalece. Os valores geram uma identidade corporativa forte e acabam http://seeseuno.es/wp-content/uploads/2011/06/networking.jpg http://seeseuno.es/wp-content/uploads/2011/06/networking.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 10 melhorando o comprometimento coletivo. Todavia, essa situação pode transformar-se numa arma obscura que acaba impedindo a realização de mudanças. Quando uma cultura é fortemente estabelecida e mantida, a mudança torna-se algo de difícil aceitação. As pessoas não estão acostumadas a lidar com elas, repensar seus valores, suas crenças e atitudes e outro fator de grande influência, é que os indivíduos nem sempre estão dispostos a mudar. Não raro, isso acontece quando uma organização adquire outra e as culturas estabelecidas são fortes o suficiente para gerar contraculturas. Estas contraculturas, referem- se a grupos de pessoas que vão de encontro com a cultura que se pretende estabelecer dentro da organização. Esse tipo de comportamento, costuma ser prejudicial, uma vez que acaba impedindo a manutenção de boas relações interpessoais com os novos membros da empresa. Tópico IV: Comportamento Organizacional http://s1.trrsf.com/blogs/195/files/image/Blog-Terra- 17-12.jpg Para que a organização tenha um desenvolvimento saudável é importante o equilíbrio no comportamento dos integrantes da mesma, nas suas ações e reações, sendo de primordial importância tomar conhecimento primeiramente do que é comportamento por definição e posteriormente, qual sua influência nos conflitos que ocorrem dentro das organizações. Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), comportamento é um conjunto de operações materiais e simbólicos, entendido como um processo dialético e significativo em permanente interação, o qual, permite ao indivíduo o surgimento de novas instâncias de comportamento. Comportamento pode ainda ser definido como as reações dos indivíduos e as respostas que este apresenta a dado estímulo, sendo determinado pelo conjunto de características ambientais (adquiridas) e hereditárias (genéticas), com absorção de pressões exercidas no meio ambiente, estando constantemente em estado de adaptação aos determinantes sócio organizacionais. Entender o comportamento na organização é vital, uma vez que, o fator humano está vinculado a toda tarefa realizada sendo um impulsionador do sistema organizacional e da sociedade como um todo. Então, ao considerar o processo de desenvolvimento organizacional, é importante desenvolver nos dirigentes e subordinados a reflexão sobre os valores, normas, padrões estabelecidos e regras presentes na organização. Este agrupamento está associado à educação no sentido de que os indivíduos que fazem parte da organização deverão aprender a essência de suas condutas, dos comportamentos e dos processos cognitivos e emocionais envolvidos em sua ação no contexto socioprofissional. Existe um velho provérbio que diz: “As aparências enganam”, logo, é importante compreender que não se pode trabalhar com dados invisíveis, sendo necessário conhecer os aspectos aparentes e subjacentes do comportamento, e o que eles podem alterar nas ações e reações, a fim de diminuir os conflitos nos agrupamentos organizacionais. Ainda segundo o autor nos aspectos aparentes encontramos os objetivos e as missões a serem cumpridas, os recursos materiais a serem utilizados, a comunicação formal e informal utilizada, as normas explícitas e os valores declarados. Nos aspectos subjacentes temos as emoções, os sentimentos, as atitudes, o mecanismo de defesa e o inconsciente coletivo. http://s1.trrsf.com/blogs/195/files/image/Blog-Terra-17-12.jpg http://s1.trrsf.com/blogs/195/files/image/Blog-Terra-17-12.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 11 http://s1.trrsf.com/blogs/195/files/image/Blog-Terra- 17-12.jpg Destes todos citados acima, vale ressaltar a emoção, posto que, são reações automáticas. O agir impulsivamente geralmente traz resultados negativos. Então, é importante conhecer suas próprias emoções para que se tenha mais capacidade de decisão, saber lidar com a mesma para livrar-se de ansiedades e irritabilidades e, saber reconhecer as emoções nos outros, ou seja, ter empatia, a fim de conseguir reconhecer os sinais sociais que indicam do que os outros precisam ou o que querem. SegundoFritz (1997), existem diferentes concepções do termo comportamento, ou seja, comportamento individual, comportamento grupal e comportamento organizacional. O comportamento individual retrata as reações inerentes ao indivíduo e suas condutas no contexto organizacional. O comportamento grupal refere-se a gama de reações dos indivíduos que compõem um grupo. Vale ressaltar, que as ações emergentes do comportamento grupal retratam as várias influências decorrentes da dinâmica existente, incluindo as pessoas, a interação, o sentimento, as atividades (tarefas), a comunicação e os objetivos. Entretanto, o comportamento organizacional se diferencia dos dois outros citados acima, em virtude, das manifestações emergentes no contexto das organizações, indicando os controles, o processo decisório e os esquemas técnico-administrativo assumidos num dado momento organizacional. É de grande valia ter conhecimento que, embora estes comportamentos apresentem definições distintas, são interdependentes. A estrutura comportamental produz dois tipos de comportamento, o decisório e o oscilatório. O primeiro citado anteriormente remete a movimentação de algo de um lugar para outro, enquanto o segundo remete a movimentação de um lugar para outro, retornando a posição original. Nas organizações observamos que muitas ações movimentam-se de um estado real (a situação atual) para um estado deseja do (objetivos e aspirações). A ação é inicialmente gerada e, então chega ao final, uma vez que o resultado desejado é atingido, ocorrendo um comportamento decisório, ou seja, na organização as ações de cada pessoa contam e contribuem para a energia e talento da empresa toda. A grosso modo, pode-se exemplificar o comportamento decisório como o movimento de um carro de brinquedo, que ao empurrarmos para onde acabar sua força, não retorna ao local inicial. Já o comportamento oscilatório pode ser exemplificado por uma cadeira de embalo, que ao ser empurrada vai para trás, mas retorna à posição inicial. http://www.enora.com.br/wp- content/uploads/2015/09/aa281c212b13eee5b0873fe9d2825 3ad.jpg O sucesso muitas vezes é conduzido ao fracasso, e por isso, dá-se ênfase ao estudo do http://s1.trrsf.com/blogs/195/files/image/Blog-Terra-17-12.jpg http://s1.trrsf.com/blogs/195/files/image/Blog-Terra-17-12.jpg http://www.enora.com.br/wp-content/uploads/2015/09/aa281c212b13eee5b0873fe9d28253ad.jpg http://www.enora.com.br/wp-content/uploads/2015/09/aa281c212b13eee5b0873fe9d28253ad.jpg http://www.enora.com.br/wp-content/uploads/2015/09/aa281c212b13eee5b0873fe9d28253ad.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 12 comportamento nas organizações, ressaltando o mesmo como uma das mais valiosas possibilidades e perspectivas para a implantação de programa de qualidade. Portanto, é importante fazer o indivíduo repensar constantemente seus atos e atitudes, valores e crenças, a fim de contribuir para a ética organizacional, respeitando as regras de interesse comum e interagindo saudavelmente nas relações interpessoais. Tópico V: Comunicação Humana http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a- historia-com-habilidade.jpg Quem nunca ouviu falar sobre as aventuras de Robson Crusoé, um navegante que ficou a ermo numa ilha deserta, cercada de água por todos os lados e sem ter para onde ir? Ao se deparar com a solidão naquele lugar, Crusoé logo sentiu uma grande dificuldade que, talvez, muitos de nós ainda não dedicamos um tempo para reflexão: a necessidade de comunicar-se com alguém. A comunicação, sem dúvida, é o centro de todo relacionamento, seja ele pessoal, profissional, etc. Ela é a chave para o desenvolvimento de uma relação saudável com o outro, uma vez que pode ser considerada a arte do entender e do fazer-se entender. Em poucas palavras, a comunicação é o processo verbal ou não verbal de transmitir uma informação a uma outra pessoa de maneira que ela entenda o que está sendo expresso. A comunicação, portanto, não está limitada à fala, à linguagem oral, mas também é possível por meio de gestos, símbolos, expressões, bem como qualquer outra forma que contenha em si um significado inteligível, compreensível. A comunicação, portanto, ocorre quando, ao emitirmos uma mensagem, nós fazemos entender por uma pessoa e modificamos seu comportamento. Isso é possível através da linguagem, que é a representação do pensamento por meio de sinais que permitam a comunicação e a interação entre as pessoas. Podemos encontrar pelo menos quatro níveis de comunicação: Nível quatro: é uma comunicação altamente superficial, em que os indivíduos apenas se olham ou falam estritamente o necessário, limitando-se, no máximo, a um bom dia ou a uma pequena informação. Nível três: é uma comunicação ainda superficial, mas aqui as pessoas tratam- se com um mínimo de cordialidade e sorrisos. Neste nível os indivíduos ainda não saíram das suas “cascas” para tornar conhecido aos outros o que pensam e sentem, ou seja, a comunicação ainda está limitada. Nível dois: aqui os indivíduos começam a relatar suas ideias e pensamentos, o que marca o início de uma comunicação real. As pessoas estão dispostas a correr o risco de expor suas ideias e soluções próprias, mas ainda não impõem barreiras para a comunicação plena, talvez como mecanismo de defesa e forma de conhecer os outros passo a passo. É o tão conhecido “pé atrás”, mas a comunicação neste nível abre possibilidades para o aprofundamento das relações interpessoais e dos laços de confiança, imprescindíveis na comunicação de nível um. Nível um: é uma comunicação total. As pessoas estão dispostas a compartilhar seus sentimentos, ideias e pensamentos. Esta comunicação está baseada na honestidade e na abertura completa, ou seja, subtende-se que neste nível de comunicação as pessoas possuem um alto grau de conhecimento e confiança umas nas outras, estabelecendo um relacionamento interpessoal http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com-habilidade.jpg http://www.ruadireita.com/info/img/contar-a-historia-com-habilidade.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 13 pleno e baseado no diálogo como forma de solução de problemas e conflitos. A forma de comunicação humana mais utilizada é, sem dúvida, a comunicação verbal. E todo ato de comunicação envolve sempre seis componentes essenciais. São eles: O emissor (ou locutor) – é aquele que diz algo a alguém O receptor (ou interlocutor) – aquele com quem o emissor se comunica A mensagem – tudo o que foi transmitido do emissor ao receptor O código – é o conjunto de sinais convencionados socialmente que permite ao receptor compreender a mensagem (ex: a língua portuguesa e os sinais de trânsito) O canal (ou contato) – é o meio físico que conduz a mensagem ao receptor (ex: o som e o ar) O referente (ou contexto) – é o assunto da mensagem. Todos esses elementos são indispensáveis à comunicação verbal, e podem ser assim esquematizados: O mais importante da atividade comunicativa, como já foi dito, é a compreensão do que se está querendo expressar e, através deste ato, podemos tornar conhecida à nossa maneira de ser, pensar e agir. Isto quer dizer que a forma como nos comunicamos denuncia quem somos na realidade. Através da maneira peculiar como cada um secomunica e pelo fato de cada indivíduo possuir um jeito próprio de ser, a comunicação tende a enfrentar algumas barreiras, as quais surgem da heterogeneidade de pensamentos, sentimentos e ideias. Mas, é preciso saber como lidar com essas barreiras, de forma que a comunicação não fique comprometida e os possíveis conflitos possam ser resolvidos da maneira mais adequada. Tópico VI: Barreiras À Comunicação http://blog.beruby.com/pt/files/2012/03/com unidade-beruby.jpg A comunicação se realiza adequadamente e o seu objetivo é atingido, quando a mensagem for interpretada da mesma maneira pelo comunicador e pelo recebedor da comunicação. Quando se fazem interpretações semelhantes, cada um dos participantes transmite ao outro o seu pensamento e o seu sentimento sobre o objeto da comunicação. Isto não significa que os participantes precisem concordar totalmente com o pensamento sobre o objeto da comunicação. Podem discordar, mas, se um apreende precisamente os pensamentos do outro, a comunicação foi satisfatória. Quando a comunicação se estabelece mal ou não se estabelece entre pessoas ou entre grupos, resultam alguns fenômenos psíquicos chamados BLOQUEIOS, FILTRAGEM E RUÍDOS. Ruído é a interrupção da comunicação através de mecanismos externos, sons estranhos à comunicação, visualizações que comprometem a comunicação, ou mecanismos utilizados pelo locutor, que seja incompreendido pelo interlocutor. A partir do momento em que se elimina o ruído a comunicação tende a se estabelecer. Bloqueio é a interrupção total ou provisória da comunicação e paradoxalmente parecem comprometer menos a evolução da comunicação do que a filtragem. http://blog.beruby.com/pt/files/2012/03/comunidade-beruby.jpg http://blog.beruby.com/pt/files/2012/03/comunidade-beruby.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 14 Filtragem é o mecanismo de seleção, danosa, dos aspectos da comunicação que erroneamente interessam aos interlocutores. Desde que surge um bloqueio, ele obriga os interlocutores a questionar suas comunicações e geralmente lhes permite reatá-las e restabelecê-las em clima mais aberto e em uma base mais autêntica. Desde que cada interlocutor, tenha tomado consciência de que neles, e entre eles, existem obstáculos às suas trocas. Em caso de filtragem, a comunicação tende a acompanhar-se de reticências e de restrições mentais, degradando-se pouco a pouco em mensagens cada vez mais ambíguas e equivocadas. Alguns aspectos podem ser refletidos com a finalidade de minimizar as barreiras na comunicação: Comunicação é sempre uma via de mão dupla: Uma das melhores maneiras de fortalecer a comunicação é desenvolver a habilidade não apenas de falar, mas de ouvir também. Dar a atenção completa, inclusive com os olhos e as expressões faciais. Quando concentramos nossa atenção, mostrando que não estamos apenas escutando com os ouvidos, poderemos nos identificar com o que a outra pessoa está sentindo ou experimentando. Consequentemente, a pessoa que nos fala também nos dará a atenção que desejamos quando formos nós os locutores. É preciso o momento certo para se comunicar: Às vezes passamos por cima dos sentimentos das pessoas, sem observarmos se estão preparadas para ouvirem determinadas coisas ou se aquele momento é adequado para uma conversa mais séria. É preciso boa vontade e discernimento para saber qual a melhor ocasião para que o diálogo seja eficaz. A precipitação ao responder pode ser prejudicial: Esperar o outro terminar de dizer o que pensa, para que então se possa emitir o próprio pensamento, pode ser uma grande arma para resolver uma barreira de comunicação. Às vezes pensamos que sabemos o que o outro vai dizer e, sem vacilar, cortamos o seu momento na conversa. Somente depois descobrimos que não era nada daquilo que iria falar, correndo o risco de criarmos uma barreira ainda maior. É preciso estar aberto à cordialidade: Nunca será demais estarmos dispostos a desejar um bom dia, pedir desculpas, dizer obrigado, pedir por favor... e a sorrir. Às vezes, gestos como estes desarmam mecanismos de defesa e formas de ser não muito dadas ao contato pessoal, ao diálogo e à interação. Colocando-se no lugar do outro, poderemos fazer da comunicação um importante instrumento de fortalecimento das relações interpessoais. Tópico VII: Comunicação Organizacional http://noticias.universia.pt/pt/images/investiga cion/c/co/com/comunicacao-shutterstock.jpg Artigo escrito por Prof. Dr. João José Azevedo Curvello, “Comunicação, Trabalho e Aprendizagem nas Organizações” A aprendizagem, como já vimos, pressupõe uma busca criativa da inovação, ao mesmo tempo em que lida com a memória organizacional e a reconstrói. Pressupõe, também, motivação para aprender. E motivação só é possível se as pessoas se identificam e consideram nobres as missões organizacionais e se orgulham de fazer parte e de lutar pelos objetivos. Se há uma sensação de que é bom trabalhar com essa empresa, pode-se vislumbrar um crescimento conjunto e ilimitado. Se há ética e confiança nessa relação, se não há medos e se há valorização à livre troca de experiências e saberes. Nesse aspecto, é possível perceber que a comunicação organizacional pode se constituir numa instância da aprendizagem pois, se praticada com ética, pode provocar uma tendência favorável à participação dos trabalhadores, dar maior sentido ao trabalho, favorecer a credibilidade da direção (desde que seja transparente), fomentar a http://noticias.universia.pt/pt/images/investigacion/c/co/com/comunicacao-shutterstock.jpg http://noticias.universia.pt/pt/images/investigacion/c/co/com/comunicacao-shutterstock.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 15 responsabilidade e aumentar as possibilidades de melhoria da organização ao favorecer o pensamento criativo entre os empregados para solucionar os problemas da empresa (Ricarte, 1996). Para Ricarte, um dos grandes desafios das próximas décadas será fazer da criatividade o principal foco de gestão de todas as empresas, pois o único caminho para tornar- se uma empresa competitiva é a geração de ideias criativas; a única forma de gerar ideias é atrair para a empresa pessoas criativas; e a melhor maneira de atrair e manter pessoas criativas é proporcionando-lhes um ambiente adequado para trabalhar. Esse ambiente adequado pressupõe liberdade e competência para comunicar. Hoje, uma das principais exigências para o exercício da função gerencial é certamente a habilidade comunicacional. As outras habilidades seriam a predisposição para a mudança e para a inovação; a busca do equilíbrio entre a flexibilidade e a ética, a desordem e a incerteza; a capacidade permanente de aprendizagem; saber fazer e saber ser. Essa habilidade comunicacional, porém, na maioria das empresas, ainda não faz parte da job-description de um executivo. É ainda uma reserva do profissional de comunicação, embora devesse ser encarada como responsabilidade de todos, em todos os níveis. O desenvolvimento dessa habilidade pressupõe, antes de tudo, saber ouvir e lidar com a diferença. É preciso lembrar: sempre apenas metade da mensagem pertence a quem a emite, a outra metade é de quem a escuta e a processa. Lasswell já dizia que quem decodifica a mensagem é aquele que a recebe, por issoa necessidade de se ajustarem os signos e códigos ao repertório de quem vai processá-los. Pode-se afirmar, ainda, que as bases para a construção de um ambiente propício à criatividade, à inovação e à aprendizagem estão na autoestima, na empatia e na afetividade. Sem esses elementos, não se estabelece a comunicação nem o entendimento. Embora durante o texto tenhamos exposto inúmeros obstáculos para o advento dessa nova realidade e que poderiam nos levar a acreditar, tal qual Luhman (1992), na improbabilidade da comunicação, acreditamos que essa é uma utopia pela qual vale a pena lutar. Mas é preciso ter cuidado. Esse ambiente de mudanças, que traz consigo uma radical mudança no processo de troca de informações nas organizações e afeta, também, todo um sistema de comunicação baseado no paradigma da transmissão controlada de informações, favorece o surgimento e a atuação do que chamo de novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas pessoas os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e o comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem rituais de passagem em que se dá outro sentido aos valores abandonados e introduz-se o novo. http://www.ibccoaching.com.br/wp- content/uploads/2013/09/comunicacao.jpg Hoje, não é raro encontrar-se nos corredores das organizações profissionais da mudança cultural, agentes da nova ordem, verdadeiros profetas munidos de fórmulas infalíveis, de cartilhas iluministas, capazes de minar resistências e viabilizar uma nova cultura e que se autodenominam reengenheiros da cultura. Esses profissionais se aproveitam da constatação de que a comunicação é, sim, instrumento essencial da mudança, mas se esquecem de que o que transforma e qualifica é o diálogo, a experiência vivida e praticada, e não a simples transmissão unilateral de http://www.ibccoaching.com.br/wp-content/uploads/2013/09/comunicacao.jpg http://www.ibccoaching.com.br/wp-content/uploads/2013/09/comunicacao.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 16 conceitos, frases feitas e fórmulas acabadas tão próprias da chamada educação bancária descrita por Paulo Freire. E a viabilização do diálogo e da participação tem de ser uma política de comunicação e de RH. A construção e a viabilização dessa política é, desde já, um desafio aos estrategistas de RH e de comunicação, como forma de criar o tal ambiente criativo a que Ricarte de referiu e viabilizar, assim, a construção da organização qualificante, capaz de enfrentar os desafios constantes de um mundo em mutação, incerto e inseguro. Tópico IX: Feedback http://www.unileverhealthinstitute.com.br/assets/po sts/images/03_07_Post_Manifesto(1).jpg Texto adaptado de Carla Isabel Vieira Branco, Elen Sabrina O. de Souza, Luiz Alexandre de Souza Costa e Marcela Ferreira Guimarães AULA 1: O que é Feedback Feedback é um termo muito utilizado na eletrônica que significa realimentação, ou seja uma parcela do sinal da saída de algum circuito eletrônico, sendo aplicado novamente na entrada para que seja novamente aproveitado. Isso pode gerar uma situação desejável ou não, pois em certos casos essa realimentação não é desejada. É o caso do som da microfonia. O Feedback também é utilizado onde é necessário um controle de alguma situação ou objeto, quando poderá ser positivo ou negativo e em função disso, um circuito de controle estabilizará a saída. Nas relações interpessoais que dependem do comportamento humano, o termo Feedback apresenta grande importância por verificar que todo comportamento dirigido requer Feedback negativo, pois sinais do objetivo são necessários para a orientação do comportamento. Na visão de Rosenblueth, Wiener e Bigelow (1943), o comportamento pode ser dividido em dois tipos, os "de Feedback" e "não- Feedback". O comportamento de Feedback poderá ser dividido em duas partes: previsível e não previsível e o comportamento de não feedback ocorre quando não há retorno do objeto no decorrer de determinadas atitudes. O processo de Feedback poderá ser útil na modificação de comportamentos, é comunicação de uma pessoa ou um grupo no sentido de fornecer informações de como essa pessoa está sendo afetada, contribuindo assim para direcionar seus objetivos. Para ser eficaz e contribuir para essas mudanças é necessário que seja: Descritivo ao invés de avaliativo: Quando não há envolvimento emocional, o sujeito se torna menos defensivo, se sentindo à vontade para utilizar as informações de retorno e aplicá-las da melhor forma possível. Específico ao invés de Geral: Em determinado momento que você diz a alguém que ele é "dominador", isso poderá ter menos importância do que demonstrar isso quando ele se comportar assim, em determinada ocasião. Compatível com as necessidades: O Feedback pode ter caráter destrutivo quando apenas as necessidades do comunicador forem levadas em consideração e as do receptor esquecidas. Dirigido: Poderá gerar frustração caso o receptor só reconheça suas falhas, naquilo em que não tem o controle para mudar. Solicitado ao invés de Imposto: Será mais proveitoso quando o receptor indagar algo que os que observam possam responder. http://www.unileverhealthinstitute.com.br/assets/posts/images/03_07_Post_Manifesto http://www.unileverhealthinstitute.com.br/assets/posts/images/03_07_Post_Manifesto RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 17 Oportuno: O Feedback será mais proveitoso logo após um determinado comportamento, onde o sujeito estará mais flexível, mas dependerá de alguns fatores como emocionais e receptividade. Esclarecimento para assegurar comunicação precisa: Um modo de comprovar uma ideia é o receptor repetir o Feedback, para que o transmissor possa se assegurar de que foi bem entendido. Quando em um Grupo de Treinamento, o Feedback poderá ser comparado e compartilhado entre os participantes do grupo. Na prática, é observado a dificuldade de se dar e receber Feedback, que poderá ser comprovado através da observação dos insucessos frequentes na comunicação interpessoal. https://planningit.files.wordpress.com/2012/10/co nflito-comunicacao-ambiente-trabalh.png?w=230&h=230 AULA 2: As dificuldades de dar e receber feedback O Homem sofre grande dificuldade em aceitar as suas limitações, principalmente ter que admiti-las diante de pessoas que ele não confia ou em caso de ambiente de trabalho podem até afetar a sua imagem (status). O receio do que as pessoas podem pensar, o sentimento de invasão de privacidade e/ou medo de não obter o apoio que esperam para suas limitações e necessidades, faz com que elas se fechem, dificultando assim a abertura para a interação e troca de Feedback, tão necessário em uma relação. Quando nós percebemos que estamos contribuindo para o problema e que precisaremos mudar algo em nós mesmos para melhorarmos a validação do Feedback, poderemos agravar o problema, nos fechando (negação) e passando ao outro toda culpa, apontando seus erros e até mesmo agredindo-o A resolução de alguns problemas pode se dá através do reconhecimento de alguns traços da nossa personalidade que até então tentamos disfarçar. Procurando pensar no assunto, poderemos melhorar nossa conduta, contribuindo assim para uma melhor relação e troca de Feedback. Muitas vezes as pessoas não estão preparadas,psicologicamente para receber feedback, sendo assim elas os interpretam mal e se sentem magoadas com a intervenção, pois feedback em nossa cultura, ainda é percebido como uma crítica e implicará em reações emocionais imprevisíveis. Mesmo com toda a dificuldade é muito importante para nós darmos e recebermos feedback, seja ele positivo ou negativo para que possamos avaliar e corrigir os nossos erros e com isso melhorarmos como pessoas. Para superar as dificuldades de dar e receber Feedback, é necessário uma relação de confiança recíproca e o reconhecimento de que Feedback é um processo conjunto, diminuindo assim as barreiras entre o comunicador e o receptor. Devemos aprender a ouvir e expressar nossas opiniões sem reações emocionais defensivas e/ou ofensivas intensas. Todos nós gostamos de dar conselhos, pois de certa forma, isso nos faz sentirmos importantes, porém poderá vir daí o perigo de pensar no Feedback como uma forma de mostrar nossa inteligência e habilidade, não contribuindo assim para a verdadeira utilidade do Feedback para o receptor. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 18 AULA 3: Feedback de Grupo O grupo também tem necessidade de receber informações sobre o seu desempenho. Ele pode precisar saber se há muita rigidez nos procedimentos, se está havendo utilização de pessoas e de recursos, qual o grau de confiança no líder e outras informações sobre o seu nível de maturidade como grupo. Os mesmos problemas envolvidos no feedback individual estão presentes no grupo em maior ou menor grau. Assim, o grupo pode receber feedback de: Membros atuando como participantes- observadores. Membros selecionados para desempenhar uma função específica de observador para o grupo. Consultores externos ou especialistas que vêm para fazer observações, valendo-se de perspectivas mais objetivas. Formulários, questionários, folhas de reação, entrevistas. http://www.ib7.org/_novo/wp- content/uploads/2012/06/conflito.jpg À medida que os membros amadurecem e desenvolvem suas habilidades em dar e receber feedback individual, tornam- se, também, hábeis em dar feedback ao grupo como um todo, sempre que necessário e oportuno. Os resultados individuais também servem de feedback individual: cada membro do grupo recebe um quadro com auto percepção e heteropercepção de seu superior imediato e de três subordinados seus. A sessão de feedback é uma das mais ricas do laboratório de treinamento, tanto a nível individual quanto a nível grupal, permitindo aos membros processarem as informações individuais e grupais, sem defensividade, num clima aberto, de apoio mútuo e com abordagem de resolução de problemas. Alguns aspectos importantes que devem ser considerados dentro de uma organização para facilitar a interação interpessoal, satisfazendo o próprio funcionário, o chefe e a empresa. Fatores que contribuem para que a organização tenha equipes consolidadas ou em formação em que seus participantes tenham tais capacidades: Propor mudanças nas quais acreditam; Discutir as mudanças propostas, procurando compreender suas causas e avaliando as consequências; Encorajar uns aos outros a expressarem suas ideias e seu potencial; Buscar e repassar os conhecimentos; Assumir a responsabilidade pelos resultados que a equipe produz; Identificar e administrar conflitos na equipe, entre equipes, com fornecedores e clientes; Negociar e otimizar recursos; Dar e solicitar feedback; Dar e solicitar apoio; Desenvolver nas pessoas essa difícil habilidade de dar e buscar feedback; Otimizar os resultados da empresa; Ajudar a evitar erros e potencializar acertos; Apoiar a linha de frente a deixar no cliente um gostinho de "quero mais"; Implantar acompanhamento e feedback do desempenho: Definição de resultados a serem atingidos; http://www.ib7.org/_novo/wp-content/uploads/2012/06/conflito.jpg http://www.ib7.org/_novo/wp-content/uploads/2012/06/conflito.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 19 Sistemática de mensuração de resultados; Definição de planos de autodesenvolvimento; Sistemática de feedback; Acompanhar evolução das pessoas: Definir resultados a serem atingidos; Pesquisar periodicamente a satisfação do cliente; Acompanhar planos de autodesenvolvimento; Dar periodicamente feedback aos fornecedores; Rever continuamente os procedimentos para garantir resultados; Tópico VIII: Compreensão Empática http://sucesso.powerminas.com/wp- content/uploads/2010/01/Empatia.jpg A compreensão dos outros, um dos aspectos mais importantes nas relações humanas, é a aptidão de se colocar no lugar do outro, ou seja, ver e perceber com os olhos do outro. A essa aptidão denominamos sensibilidade social ou empatia. Entende-se que empatia é diferente de simpatia, de antipatia ou de apatia. Simpatia você sente em relação ao outro, quando esse outro lhe remonta lembranças, atitudes, ideias que lhe são agradáveis, que lhe atraem. Tem-se simpatia por Maria, sinto-me alegre se ela está alegre, triste se está triste e vibro com seus sucessos. Na atitude empática compreendo como Maria se sente (alegre ou triste) e sua maneira de agir em função desses sentimentos, mas não me envolvo neles. Sou capaz de compreendê-la, mas não de sentir o que ela sente (simpatia). A atitude empática independe da simpatia, não precisamos gostar nem simpatizar com a pessoa, precisamos ter sensibilidade para compreender como a pessoa se sente frente a uma determinada situação ou sentimento. Se você for lidar com pessoas, você deverá: Compreender as pessoas (sensibilidade social, empatia); Ter flexibilidade de ação (comportamento) em função das atitudes e sentimentos que você conseguiu enfatizar. Flexibilidade de comportamento significa que você deve conduzir-se apropriadamente numa situação dada, com determinada pessoa. Veja os casos que seguem: Se Maria – criança de 05 anos me agride; Se Paulo – um adolescente de 13 anos me agride; Se meu pai – um adulto me agride; Se meu chefe – também adulto me agride; Se minha namorada – a quem amo, me agride... ...não posso ter uma reação uniforme para com todos os casos. Se assim agir, não terei flexibilidade de comportamento, me faltou empatia (compreender o comportamento de cada um, com as suas peculiaridades). Isso significa que devo ter um repertório de condutas que varia conforme a situação e a pessoa. http://sucesso.powerminas.com/wp-content/uploads/2010/01/Empatia.jpg http://sucesso.powerminas.com/wp-content/uploads/2010/01/Empatia.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 20 Este tipo de comportamento você poderá desenvolver submetendo-se a um treinamento em sensibilidade social e flexibilidade de comportamento. Você poderá começar a desenvolver sensibilidade social e flexibilidade de comportamento através- de: Melhor conhecimento de si próprio; Melhor compreensão dos outros; Melhor convivência em grupo; Desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais eficiente com os outros. Tópico IX: Inteligência Emocional http://www.peakcursos.com.br/imagens/cursos/Inteligencia_emocional_no_trabalho.jpg AULA 1: O Que É Inteligência Emocional? A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. (Gilberto Vitor) Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades: Auto - Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação. Auto - Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca. Reconhecimento de emoções em outras pessoas. Habilidade em relacionamentos interpessoais. As três primeiras acima se referem à Inteligência Intrapessoal. As duas últimas, a Inteligência Interpessoal. Tópico X: Importância Das Emoções http://www.comofazer.com.br/wp- content/uploads/2012/04/Como-Expressar-seus- Sentimentos.jpeg Sobrevivência: Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. Nossas emoções nos alertam quando as necessidades humanas naturais não são encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sós, nossa necessidade é encontrar outras pessoas. Quando nos sentimos http://www.peakcursos.com.br/imagens/cursos/Inteligencia_emocional_no_trabalho.jpg http://www.peakcursos.com.br/imagens/cursos/Inteligencia_emocional_no_trabalho.jpg http://www.comofazer.com.br/wp-content/uploads/2012/04/Como-Expressar-seus-Sentimentos.jpeg http://www.comofazer.com.br/wp-content/uploads/2012/04/Como-Expressar-seus-Sentimentos.jpeg http://www.comofazer.com.br/wp-content/uploads/2012/04/Como-Expressar-seus-Sentimentos.jpeg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 21 receosos, nossa necessidade é por segurança. Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por aceitação. Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da informação. Nossas emoções nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões simples. Por quê? Porque não sentirá nada sobre suas escolhas. Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental. Comunicação: Nossas emoções ajudam-nos a comunicar com os outros. Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Com o olhar, podemos sinalizar que precisamos de ajuda. Se formos também verbalmente hábeis, juntamente com nossas expressões teremos uma possibilidade maior de melhor expressar nossas emoções. Também é necessário que nós sejamos eficazes para escutar e entender os problemas dos outros. União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir todos os membros da espécie humana. Claramente, as diferenças religiosas, cultural e política não permitem isto, apesar dar emoções serem "universais”. Tópico XI: Administração De Conflitos http://albirio.files.wordpress.com/2011/07/conflitos- familiares.jpg Conflitos fazem parte de nossa vida pessoal e profissional. Trata-se de uma dinâmica inerente a interação com outras pessoas. A questão mais importante é o que fazer quando ele ocorre. A capacidade de administrar divergências de maneira eficaz é um fator decisivo para seu sucesso pessoal e profissional. O conflito é normal e natural e pode ser, ao contrário da primeira impressão, bastante positivo. A capacidade de administrar conflitos é uma pratica interpessoal extremamente importante que precisa ser altamente desenvolvida, principalmente por três motivos: Para gerenciar mudanças – As empresas estão mudando a um ritmo mais acelerado do que nunca, e sejam quais forem as mudanças, elas geralmente anunciam o aparecimento de muitos tipos de conflitos. Para entender diferenças culturais – Os ambientes de trabalho tendem a empregar cada vez mais pessoas culturalmente diferentes (Diversidade). Com isso sua capacidade de entender, aceitar e responder de maneira positiva aos diferentes valores culturais torna-se cada vez mais importante. Para se tornar membro ou líder de equipe – Nos últimos anos passou a ser dado um enfoque muito maior a capacidade de trabalhar em equipe. Sabemos que o trabalho em equipe gera conflitos, portanto, saber lidar com os mesmos se torna totalmente necessário. O conflito é inevitável, a verdadeira questão é como lidar com ele. Nem sempre se pode evitá-lo ou solucioná-lo, mas normalmente é possível administra-lo e chegar a uma conclusão. http://albirio.files.wordpress.com/2011/07/conflitos-familiares.jpg http://albirio.files.wordpress.com/2011/07/conflitos-familiares.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 22 AULA 2: Processo do conflito https://www.tjpe.jus.br/drh/informativo/comunicaRH/2004/Ima gens/Conflitos_1.jpg Estágio 1 – oposição ou incompatibilidade potencial Comunicação Estrutura Variáveis pessoais (valores) Estágio 2 – Cognição e personalização Se as condições do estágio 1 afetam negativamente algo que uma das partes tem interesse o potencial para oposição ou incompatibilidade torna-se realizado. Um conflito percebido pode não estar personalizado. É no grau de sentimento que as partes sentem ansiedade, tensão, frustração e hostilidade. Estão emocionalmente envolvidos. Estágio 3 – Intenções. Decisão de agir de uma determinada maneira. Competição - Você usa todo poder ao seu alcance para fazer com que os outros tenham a mesma opinião que a sua. Capacidade de argumentação, cargo, coerção e sanções econômicas são algumas estratégias aplicadas no enfoque competição. Normalmente, o objetivo é “vencer” o conflito, e não buscar a solução apropriada para todos os envolvidos. Evitação ou Afastamento – Ignorar o conflito, evitar pessoas das quais você discorde. Quando aplicado de forma não afirmativa, indica falta de vontade de cooperar, não reconhecimento da existência do problema ou distanciamento de uma situação ameaçadora. Nenhuma das partes consegue lidar com a questão, quanto mais administrá-la ou resolve-la. Perde-se tantos ganhos pessoais, quanto possíveis contribuições para a relação de trabalho. Acomodação - Você deseja abrir mão de sua posição, aceitando a de outra pessoa. A posição eficaz desse enfoque vem de uma posição afirmativa, ou seja, optar por ele por outras razões que não a timidez ou o medo. Compromisso – satisfação incompleta de ambas as partes. O enfoque acordo envolve negociações, revezamentos, trocas e um alto grau de flexibilidade. Apesar de ganhar parte do que deseja, você também abrirá mão de outro interesse seu. Deve-se estabelecer com antecedência o quanto se pode ceder antes de começar a negociar, ou seja, deve-se estabelecer limites.O acordo é uma tentativa de se chegar a um consenso. Ambas as partes saem ganhando em alguns aspectos da discussão, abrindo mão de outros. Colaboração - A colaboração tenta estabelecer um clima que permitirá a cada pessoa examinar e entender o ponto de vista do outro. Envolve a identificação das áreas onde há divergências e concordâncias, a avaliação de alternativas e escolhas de soluções que contenham todo apoio e comprometimento de ambas as partes. Esse enfoque requer uma atmosfera de confiança e vontade de ser criativo na busca de ações decisivas. Estágio 4 – Comportamento – Quando o conflito se torna visível: declarações, ações e reações. Estágio 5 – Resultados. Podem ser funcionais, se resultarem no aprimoramento do http://www.tjpe.jus.br/drh/informativo/comunicaRH/2004/Imagens/Conflitos_1.jpg http://www.tjpe.jus.br/drh/informativo/comunicaRH/2004/Imagens/Conflitos_1.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 23 grupo ou disfuncionais se atrapalham o desempenho do grupo. Tópico XII: Modelos De Comunicação Para Solução De Divergências http://files.estudantesdeadm.webnode.com.br/200000570- 29aa62b9e6/comoadministrarconflitos-com-dinamicas.jpg Modelo de seis etapas É particularmente útil para identificação e administração de conflitos organizacionais, e em situações de divergência entre líderes e liderados. Esse modelo também serve de orientação para lidar com situações futuras. 1) Definir o conflito – Expresse o que você pensa e especule sobre como a outra parte encara o conflito. Com esse passo você estabelece uma orientação para solucionar as divergências. 2) Analisar a situação: Quem? Quem está envolvido? Identifique todas as partes. O Que? O que aconteceu exatamente? Quais eram as circunstâncias? Onde? Onde ocorreu? O local seria significativo? Quando? Quando isso ocorreu? Já vem ocorrendo a algum tempo? Se afirmativo, porque não foi resolvido antes? Está é uma ocasião adequada para tratar desta questão? Por quê? Por que ocorreu o conflito? Poderia ter sido evitado? Como? Como ocorreu o conflito? O que aconteceu e não deveria ter acontecido? O que não aconteceu e deveria ter acontecido? Analisando a situação, é possível descobrir se o verdadeiro problema é diferente daquele concebido inicialmente. Caso isso fique claro após a análise, conflito deve ser redefinido. 3) Buscar alternativas - Ao administrar as divergências, é preciso buscar uma série de opções. Para evitar um precedente ou possíveis problemas legais, também devem-se considerar questões organizacionais na determinação do enfoque a ser adotado. Essa situação já ocorreu antes? Se sim, o que foi feito? Existe uma política ou procedimento que ajudaria a determinar a solução? Como futuras situações semelhantes podem ser afetadas pela solução adequada? 4) Projetar os resultados de cada alternativa 5) Escolher e concordar com a alternativa – Após examinar as opções e possíveis resultados, selecione a opção mais apropriada. Embora não haja garantia quanto ao êxito da escolha, você deve estar convicto de que chegou a melhor solução para todos os envolvidos, tendo em vista as informações à sua disposição. 6) Implementar e avaliar Modelo DESC É um método direto para tratar de conflito entre duas pessoas. É visto como competitivo, porém pode ser muito eficaz quando outros métodos não tiveram efeito. É mais usado por chefes com funcionários que não querem cooperar, do que entre colegas. Descrever a situação É importante ser muito especifico. Descreva os pontos divergentes ou o comportamento da outra pessoa da maneira http://files.estudantesdeadm.webnode.com.br/200000570-29aa62b9e6/comoadministrarconflitos-com-dinamicas.jpg http://files.estudantesdeadm.webnode.com.br/200000570-29aa62b9e6/comoadministrarconflitos-com-dinamicas.jpg RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 24 mais clara possível. Inclua incidentes específicos e não faça declarações genéricas. Expressar sua opinião Se a pessoa não estiver ciente que está exercendo um impacto negativo, ela sequer pode imaginar que existe um problema. Ao expressar sua opinião o indivíduo passa a saber claramente que o problema não é aceitável tem que ser resolvido. Especificar o que você deseja que aconteça Novamente, seja especifico. Explique porque a mudança é necessária e de que forma é esperado que ocorra. A reação das pessoas costuma ser mais positiva quando elas concordam com o motivo apresentado para mudança em sua ações e comportamentos. Consequências Fale do resultado esperado. Indique as consequências negativas, caso as mudanças não ocorram e por último enfatize os prováveis efeitos positivos a serem atingidos através das alterações solicitadas. Em algumas empresas, como o Wal- Mart , esse método é usado por escrito, e ao final, solicita-se que o funcionário escreva seu plano de ação para melhoria e seu comprometimento em fazer a mudança solicitada. Tanto chefe como funcionário assinam o documento e combinam nova data para verificar o cumprimento das metas. O documento fica arquivado no prontuário do funcionário por um ano e, se não houver mais problemas, o mesmo é eliminado. Modelo da intencionalidade positiva É um modelo eficaz em todos os níveis dentro da organização. Com ênfase na colaboração, o principal ponto nesta abordagem é o conceito de Intencionalidade Positiva, que parte do princípio de que a outra pessoa é bem- intencionada e não está tentando provocar um conflito. Etapas: Acreditar que a outra pessoa está bem intencionada. Tentar identificar uma intenção positiva e declará-la para outra pessoa. Expressar suas opiniões. Confirma essa posição e expressa sua própria preocupação a respeito. Identificar o que você gostaria que acontecesse Propor as mudanças que gostaria que ocorressem, sem ficar na defensiva. A abordagem é firme, mas a escolha de palavras é muito importante. Resultado esperado É importante indicar a possibilidade de um resultado negativo, mas o mais importante é enfatizar as expectativas positivas existentes para ambos. Entendimento mútuo O objetivo é fazer com que o outro concorde com sua proposta. “Será que você poderia fazer isso por algum tempo e ver se funciona para nós dois?” É preciso estar preparado para considerar um acordo ou opções alternativas. Seja qual for o modelo escolhido, é importante lembrar que as coisas não acontecessem exatamente como queremos ou imaginamos. Preparação prévia e flexibilidade ajudam a administrar divergências. Orientações para planejar a abordagem 1) Tente entender o outro (empatia) e imaginar como ela deve reagir em cada etapa. 2) Qual seria o maior ponto de resistência? Como você pode superar esse problema sem causar um conflito maior? 3) Qual a melhor ocasião para abordar essa pessoa? 4) Certifique-se de que incluiu a pergunta “O que está em jogo?” ao elaborar sua abordagem. 5) Faça um esboço dos principais pontos do seu modelo. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 25 Utilização apropriada do enfoque Competição http://estadodedireito.com.br/wp-
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