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O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM
BIEGING, Camila
HOKI, Érica de Assis Pereira
Resumo: 
Palavras-chaves: 
INTRODUÇÃO
No presente artigo cientifico vamos abordar o tema “O Lúdico como ferramenta de aprendizagem”. A escolha desse tema se deu devido ao fato de que é uma área que trata do planejamento educacional e do processo de ensino aprendizagem das crianças. Para a escolha do seguinte tema e problemática levamos em consideração que na educação infantil a principal forma de se chegar à aprendizagem e ao conhecimento é por meio do lúdico. Porem ao realizarmos os estágios anteriores verificamos que nem sempre esse processo acontece de maneira correta nos Centros de educação infantil. Sendo assim, tivemos por objetivo buscar através desta problemática realizar um aprofundamento teórico maior a respeito do tema com pesquisas bibliográficas, para podermos entender melhor como o brincar acontece dentro das instituições de ensino.
De acordo com Melo (2011), ensinar através do lúdico é ver como o brincar na escola, pode ser diferenciado dependendo do contexto e da situação. Desta maneira, o brincar é uma ferramenta a mais que o educador pode lançar mão para oferecer o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, proporcionando um ambiente escolar planejado e enriquecido, que possibilite a vivencia de emoções, os processos de descoberta, a curiosidade e o encantamento, os quais favorecem as bases para a construção do conhecimento.
Sabemos através do conhecimento teórico que a ludicidade tem uma grande importância durante o processo de ensino aprendizagem. Verificamos que as atividades lúdicas ocorrem principalmente na educação infantil, pois é quando ocorre o desenvolvimento da criança. É na brincadeira que ela expressa suas emoções, seus desejos, seus sentimentos e age de forma natural no espaço. Os jogos, brinquedos e as brincadeiras proporcionam uma variedade de experiências lúdicas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social das crianças.
Constatamos que desde os primeiros dias de vida dos seres humanos são baseados por descobertas e aprendizagens que se dão da interação com o meio. Podemos identificar que o lúdico desde as primeiras etapas da vida da criança auxilia no seu desenvolvimento, pois é através brincadeiras que ela expressa suas emoções, desejos e sentimentos e acabam proporcionando uma serie de experiências lúdicas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, social, motor e emocional das crianças.
Pesquisamos também que o brincar na educação é a forma mais rápida que se leva ao conhecimento. Porem para se chegar a um conhecimento completo é necessário que as brincadeiras sejam pensadas e planejadas dentro da sistematização do ensino. Sendo assim, ao proporcionar um momento lúdico às crianças, estamos permitindo que ela vivencie sua autonomia, o entretenimento, o prazer e o convívio com o mundo externo.
E por fim, conheceremos a importância que o professor tem no processo de aprendizagem por meio da ludicidade. Devemos destacar que é importantíssimo ter educadores preparados, orientados e comprometidos que estão sempre em busca de metodologias de ensino para melhorar a qualidade de ensino deixando-o mais atrativo e prazeroso.
1.0 BREVE ANÁLISE TEÓRICA
1.1 O Lúdico no desenvolvimento da criança
Os primeiros anos da vida dos seres humanos são marcados por descobertas, experiência e aprendizagens, que se dão por meio de interações com o meio e com o outro. Sendo assim, cuidar orientar e educar são ações que se complementam para promover um crescimento saudável, e com esta visão a escola recebe um papel importante no desenvolvimento cognitivo e social. (MELO, 2011).
Para Melo (2011), o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pela escola. É na brincadeira que ela expressa suas emoções, seus desejos, seus sentimentos e age de uma forma natural no espaço. As brincadeiras, os jogos e os brinquedos proporcionam uma variedade de experiências lúdicas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional das crianças.
Na criança o jogo se manifesta, inicialmente com atitudes espontâneas e egocêntricas, pois ela acredita que tudo acontece por causa dela, e se considera o centro das atenções. Os jogos à medida que a criança se desenvolve se tornam mais significativos, pois é a partir da manipulação de vários e diferentes materiais que a rodeiam e que servem de estimulo, ela passa a reconstruir suas ações. (MELO, 2011).
Ensinar através do lúdico é ver como o brincar na escola, pode ser diferenciado dependendo do contexto e da situação. Desta maneira, o brincar é uma ferramenta a mais que o educador pode lançar mão para oferecer o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, proporcionando um ambiente escolar planejado, e enriquecido, que possibilite a vivência de emoções, os processos de descoberta, a curiosidade e o encantamento, os quais favorecem as bases para a construção do conhecimento. (SANTOS, 2010).
Santos (2010), fala que os professores em sua grande maioria têm a intenção de fazer um trabalho pedagógico mais eficiente. Sendo assim, se têm buscado alternativas para tornar o ensino mais atraente e que proporcione uma aprendizagem significativa pela via do prazer, do afeto, do amor e do despertar das emoções, pois a falta de concentração dos alunos, o desinteresse pelas aulas, à indisciplina, a ansiedade, a falta de capacidade de memorização, de lógica e de apropriação dos conteúdos, tem sido a tônica das discussões escolares. Os educadores já perceberam que a atividade lúdica é uma das mais educativas atividades humanas e não serve somente para aprender os conteúdos escolares, mais também para afiar as habilidades e educar as pessoas a serem mais humanas.
Segundo Santos (2010, p. 12):
Diz-se, também que brincar é a primeira conduta inteligente do ser humano. Quando a criança nasce, suas brincadeiras tornam-se tão essenciais como o sono e a alimentação. Portanto, na escola, a criança precisa continuar brincando para que seu desenvolvimento e crescimento físico, intelectual, afetivo e social possam evoluir e se associar a construção do conhecimento de si mesma, do outro e do mundo; enfim, do campo de possibilidades que a vida lhe reserva.
Com base nestas informações, pode-se dizer que o brincar e o jogo são manifestações humanas carregadas de magia, encantamento, satisfação pessoal e prazer.
As salas de aula não são como nos tempos antigos. Com as tecnologias atuais os alunos têm a sua disposição uma infinidade de atrações e divertimentos. Sendo assim, é necessário que a escola e o professor procurem adequar-se às novidades, inserindo brincadeiras e preparar aulas dinâmicas, resgatando as antigas brincadeiras e valorizando o brinquedo como um recurso pedagógico para o desenvolvimento da aprendizagem. Através dessas brincadeiras é possível trabalhar de forma mais dinâmica e atrativa os conteúdos que fazem parte do cotidiano escolar. O aluno deve ser levado a investigar, a observar, a tirar conclusões em todas as situações de aprendizagem. (MELO, 2011).
De acordo com Melo (2011, p. 55):
[…] O uso de jogos, brinquedos e brincadeiras, aliados ao ensino dos conteúdos escolares, e mediados por um professor preocupado com a transformação, compreensão e efetiva aprendizagem, além de tornar as aulas mais produtivas e divertidas, ainda contribui para o desenvolvimento da criticidade, concentração, criatividade e cooperação entre os alunos, atuando como estimulador do desenvolvimento do raciocínio.
Sendo assim, aprender com prazer torna a criança criativa, ajuda na convivência com os colegas e testa suas habilidades e inteligência.
De certa forma, a brincadeira é uma maneira de aproximar o professor do aluno, afinal não é somente a criança que gosta de brincar, qualquer pessoa encontra no jogo uma diversão. Cabe ao professor preparar brincadeiras que além de divertir os alunos ajudem nas dificuldades de aprendizagem. (MELO, 2011).
É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeiraas crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se devem confundir situações nas quais se objetivam determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explicitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão. (BRASIL, 1998, p. 29 apud MELO, 2011, p. 63)
Ao professor deve-se a tarefa de planejar e propor atividades de aprendizagem, tendo sempre uma intenção educacional, pois a ação do educador deve ser refletida, planejada e executada.
Melo (2011) nos diz que, o lúdico torna o momento de ensino algo agradável, prazeroso, divertido e ao mesmo tempo rico em conhecimento. A ludicidade é um mundo em que a criança está em constante exercício. Para Macedo, Petty e Passos (2005, p. 13), “[...] o brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade das crianças quando não estão dedicadas ás suas necessidades de sobrevivência (repouso, alimentação, etc.) [...]”.
Segundo Melo (2011), não é difícil comprovar que se aprende brincado, quando estamos em contato direto com a Educação Infantil. É nesse ambiente de aprendizagem que percebemos o quanto é eficiente e ao mesmo tempo desafiador o uso de atividades lúdicas como aliados do desenvolvimento cognitivo, físico e emocional das crianças. Isso ocorre, pois, as experiências lúdicas, podem transformar a aprendizagem em momentos prazerosos e significativos. A criança em idade pré-escolar se dedica em grande parte do seu tempo ao brincar, e desta forma ela desenvolve sua linguagem e narrativa, sua percepção e passa a ter compreensão de si própria e do outro em suas relações. Brincando a criança aprende e elabora mentalmente as normas sociais de comportamento, os hábitos determinados pela cultura e conhece os eventos e fenômenos que ocorrem a sua volta.
Por isso, é interessante conhecermos os efeitos que as atividades lúdicas produzem no desenvolvimento da criança, para entendermos melhor como o brincar que é uma forma de divertimento pode se transformar em uma maneira de transmissão de conhecimento.
1.2 A importância do professor na ludicidade
O universo infantil está cada vez mais presente em cada um de nós. As experiências vivenciadas na infância deixam marcas para a vida toda. Essas marcas podem ser positivas ou negativas, variando proporcionalmente de acordo com as vivencias e estímulos recebidos. De acordo com Melo (2011), ensinar conteúdos de forma lúdica é possibilitar o aprender, pois permite o desenvolvimento da socialização, fazendo amigos, aprendendo a compartilhar, a escolher, a assumir lideranças e expressar opiniões.
Segundo Melo (2011, p.53),
Brincando e fazendo de conta, a criança entra em contato com mundo que a cerca. Os educadores tem o dever de assegurar a sobrevivência dos sonhos e promover a construção do conhecimento alicerçado ao prazer de viver, a alegria de descobrir o novo. Portanto, é papel do professor proporcionar atividades lúdicas que contribuam para o desenvolvimento cognitivo da criança na Educação Infantil.
Hoje, o processo de ensino aprendizagem necessita cada vez mais de atenção. Não podemos ficar na situação, o professor faz de conta que ensina e os alunos fingem que aprendem. Melo (2011), nos diz que necessitamos de professores que reflitam sobre as práticas e metodologias utilizadas em sala de aula. Não é possível que ainda existam profissionais da educação que continuem insistindo em práticas evasivas e que levam o aluno ao princípio da decoreba. A educação está carente de profissionalismo que chamem o aluno para a construção do conhecimento, que o instiguem a desbravar o mundo do saber, da curiosidade, estimulem a criatividade e a atenção. Profissionais comprometidos estão sempre em busca de novas metodologias de trabalho para melhorar a qualidade do ensino e deixa-lo atrativo, prazeroso, equilibrando a pratica com a teoria.
O professor não deve ser uma peça estática em sala de aula, preocupado apenas com o repasse de informações, mais sim um mediador de aprendizagem, que está aberto a inovações, se mostrando capaz, eficaz, comprometido, espontâneo e criativo no seu fazer educacional, fazendo a diferença no ensino. (MELO, 2011).
Como docentes, temos a tarefa de educar para a vida em sociedade e mediar conhecimentos. Não basta termos um ambiente adequado para a aprendizagem, com muita riqueza e diversidade de materiais, se não tivermos professores e educadores preparados para essa nova concepção de escola. Além de formação acadêmica, com o conhecimento e o domínio especifico que a profissão requer, os professores devem ser líderes a fim de conduzir o processo de construção do conhecimento. Devem incentivar o gosto e a paixão pela busca do conhecimento, estar atentos a toda interferência externa e interna – com o relacionamento entre alunos –, buscando sempre novas possibilidades de crescimento e enriquecimento do processo de aprendizagem. (MELO, 2011, p. 55).
Sendo assim, o uso dos jogos, brincadeiras e brinquedos aliados ao ensino dos conteúdos escolares, orientados por um professor preocupado com a transformação e a busca de aprendizagem, além de tornar as aulas mais produtivas e divertidas, ainda contribui para desenvolvimento da criticidade, concentração, criatividade e cooperação entre os alunos.
As brincadeiras de faz de conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc. propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica. É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e construir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais de que dispõem. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p. 28 apud MELO, 2011, p. 55).
Aprender com prazer torna a criança criativa, ajuda na convivência com os colegas e testa suas habilidades, inteligência e linguagem. Também faz com que a criança descarregue suas energias muitas vezes reprimidas no dia a dia da sala de aula, onde ela permanece em sua cadeira, ou ainda no seu lugar ou fila. (MELO, 2011).
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.29) apud Melo (2011, p. 59):
A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar, permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brinca ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
Sendo assim, a brincadeira é uma forma de aproximar o professor do aluno, pois não é somente as crianças que encontram no brincar o lazer, qualquer pessoa encontra no jogo uma diversão. Cabe ao professor elaborar brincadeiras que além de divertir os alunos, ajudem nas dificuldades deaprendizagem.
Segundo o Referencial Curricular Nacional a Educação Infantil (1998, p. 29) apud Melo (2011, p. 63):
É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea ou imaginativa. Nessa perspectiva não se devem confundir situações nas quais se objetivam determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explicitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.
Desta maneira, cabe ao professor planejar e propor atividades de aprendizagem, com uma consciência de que o projeto que está propondo aos alunos esteja planejado e, após executado e avaliado percebamos que os objetivos foram alcançados.
Segundo Steuck e Pianezzer (2013), o educador infantil deve ser consciente da importância de seu papel na vida das pequenas crianças, conhece-las profundamente, estabelecer laços de afetividade com elas, e principalmente, estar ciente das etapas que compõem o desenvolvimento infantil. Dessa forma planejará suas ações voltadas para as Múltiplas Linguagens e nos Eixos Norteadores possibilitando assim, o desenvolvimento integral das crianças.
Por fim, de acordo com Melo (2011), a brincadeira e o brinquedo, por mais simples que sejam, colaboram para a aprendizagem do aluno, principalmente porque não representam nenhuma obrigação imposta para o aluno, mais sim como algo desafiador, tornando-o habilidoso. É importantíssimo, para ajudar o aluno a lidar com momentos de tensão e estimular a cooperação.
2.0 Análises dos dados
O presente artigo tem como principal tema “O lúdico como ferramenta de aprendizagem”. Verificamos que o brincar na educação é a forma mais rápida que se leva ao conhecimento. Porem para se chegar a um conhecimento completo é necessário que as brincadeiras sejam pensadas e planejadas dentro da sistematização do ensino. Sendo assim, se chegou a seguinte problemática: Como o brincar acontece dentro das escolas de Educação Infantil?
Para a escolha do seguinte tema e problemática levamos em consideração que na educação infantil a principal forma de se chegar à aprendizagem e ao conhecimento é por meio do lúdico. Porem ao realizarmos os estágios anteriores verificamos que nem sempre esse processo acontece de maneira correta nos Centros de educação infantil. Sendo assim, tivemos por objetivo buscar através desta problemática realizar um aprofundamento teórico maior a respeito do tema com pesquisas, para conseguirmos entender como o brincar funciona dentro das escolas.
Para Rampazzo (2005, p. 49) pesquisa é: 
A pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e critico que permite descobrir novos fatos ou dados, soluções ou leis, em qualquer área do conhecimento. Dessa forma, a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método cientifico. Podemos, assim, identificar os três elementos que caracterizam a pesquisa:
a)	O levantamento de algum problema;
b)	A solução á qual se chega;
c)	Os meios escolhidos para chegar a essa solução, a saber, os instrumentos científicos e os procedimentos adequados.
Para Rampazzo (2005, p. 53) pesquisa bibliográfica é:
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas, publicadas (em livros, revistas, etc.). Pode ser realizada independentemente, ou como parte de outros tipos de pesquisa. Qualquer espécie de pesquisa, em qualquer área, supõe e exige uma pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação da questão, quer para fundamentação teórica, ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.
Para podermos compreender melhor o que o brincar e o lúdico significam no desenvolvimento das crianças, iremos conhecer alguns autores renomados para dar um aprofundamento teórico maior ao artigo. Iremos através destes autores ter uma visão maior e mais ampla sobre o que é o lúdico e sua importância dentro das instituições de ensino.
Iniciaremos com a Pedagogia Montessori, de Maria Montessori. Essa teoria tem por princípios a liberdade, a disciplina e a responsabilidade. Nela as crianças aprendem utilizando materiais didáticos especialmente elaborados para desenvolver os aspectos motores, intelectuais, racionais ou sensoriais. Além disso, a criança tem a liberdade de escolher o material didático com o qual irá trabalhar. Por isso, os materiais didáticos elaborados por Montessori são desenvolvidos para atrair a atenção das crianças, desenvolvendo nelas a curiosidade por aprender e buscar o conhecimento.
Nesta teoria, o professor é aquele que avalia o desenvolvimento e o comportamento das crianças, estimulando a busca pelo saber de forma criativa, lúdica e prazerosa, guiando as crianças durante a sua caminhada em busca do conhecimento, ajudando a tirar duvidas e respondendo aos questionamentos que surgem durante as aulas. O professor é um grande observador da aprendizagem e do comportamento das crianças. (STEUCK, PIANEZZER, 2013)
Na teoria de Vygotsky, a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Segundo o autor, é na interação com o brinquedo que a criança se comporta de forma mais avançada que nas atividades da vida real, tanto pela vivencia de uma situação imaginaria, quanto pela capacidade de subordinação às regras. Dessa forma, compreendermos que os jogos e as brincadeiras são ações indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual. É por meio deles, que a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e contribuir de maneira efetiva na construção do mundo. (BAUMGARTNER, SILVEIRA, 2010)
A respeito do lúdico, Vygotsky aponta que ele preenche as necessidades da criança. A tendência de uma criança muito pequena é satisfazer seus desejos imediatamente. Na fase escolar, surge uma gama de desejos e o brinquedo parece ser inventado quando a criança começa a experimentar desejos não possíveis de realização imediata. Para resolver essa tensão, a criança se envolve num mundo imaginário. Os estudos de Vygostky nos levam a refletir sobre o significado do jogo simbólico e do brinquedo na infância, do ponto de vista do seu valor no desenvolvimento da criança, e na construção da personalidade que envolve um intercambio do cognitivo e afetivo. Por meio do lúdico desenvolvem-se as relações interpessoais, o conhecimento lógico- matemático, a representação do mundo, a linguagem e também a leitura e a escrita. (BAUMGARTNER, SILVEIRA, 2010)
Piaget em sua teoria defende que a escola utilize métodos ativos, frutos do trabalho espontâneo, orientado por perguntas anteriormente planejadas, frutos do trabalho de redescoberta e reconstrução das verdades, sem recebe-las prontas. Para ele a inteligência só é possível de ser desenvolvida porque existem os conhecimentos prévios que podem ser ampliados. É assim que todos nós nos desenvolvemos. Cada conhecimento é agregado e passa a tornar-se conhecimento prévio quando tivermos um novo desafio pela frente. Nossas estruturas mentais se modificam, se reestruturam para que possamos compreender a nova realidade. (STEUCK, PIANEZZER, 2013)
Jean Piaget, dividiu a estrutura do jogo infantil em três categorias: o jogo de exercício sensório-motor, o jogo simbólico e o jogo de regras. Piaget nos diz que no jogo do exercício sensório-motor, a criança nos primeiros meses de vida, já demonstra um impulso lúdico, que consiste no surgimento do reflexo através da repetição de gestos e movimentos simples, e pelo prazer que sente em esticar e encolher as pernas, observar as mãos em movimento, chupar o dedo do pé, manipulare tocar em objetos pequenos, isto é, exercitar várias vezes seus movimentos para aprimora-los. São atividades que relacionam som e gestos. A criança pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouve ou canta. Esses movimentos favorecem o desenvolvimento e o domínio da motricidade. Nesta fase do desenvolvimento, o estimulo dos pais e dos professores na Educação Infantil é fundamental para a vivência de novas descobertas. É importante presentar para a criança o máximo possível de experiências, para que ela possa aguçar todos os seus sentidos em diferentes atividades. Cabe ao adulto, tanto pais com professores, enriquecer ao máximo o universo da criança através de diversos materiais, explorando as brincadeiras, sons, texturas, cheiros, objetos visuais. Esses materiais podem ser extraídos de um universo simples, do nosso dia a dia, como por exemplo: caixas vazias de leite, onde depois de lavadas o professor pode dar á criança para brincar, empilhar, bater, abrir, fechar, encaixar, sendo assim, são materiais simples que poderão proporcionar a criança uma riqueza de vivencias fundamental nesse processo.
No jogo simbólico, que segue a faixa etária do segundo ao sexto ano de vida, Piaget nos fala que é neste estágio que a criança se desenvolve a partir da assimilação do real, isto é, através de representações, da imaginação, do mundo do faz de conta. É comum nesta fase a criança utilizar objetos, como por exemplo, um cabo de vassoura, para transforma-lo num cavalo e ela o cavalheiro, ou ainda amassar um pedaço de pano no pescoço ela é capaz de virar um super-herói. É interessante ver as crianças brincando nesta fase, pois, elas demonstram através das brincadeiras a forma como elas vivem. É comum neste estágio, as crianças não conseguirem seguir regras, por mais simples que elas pareçam. Vale ressaltar que elas não fazem isso por desobediência, mais sim é porque elas muitas vezes não conseguem se lembrar das regras. 
É comum neste estágio as crianças optarem por atividades repetitivas. É interessante expormos que é constante a vontade de assistirem muitas vezes o mesmo filme infantil ou desenho. É importante nesta fase o professor ter consciência das atividades, histórias, dos filmes, das brincadeiras que ele escolherá para trabalhar com seus alunos, pois como citado anteriormente elas acabam repetindo o que já foi vivenciado.
A terceira categoria da estrutura dos jogos, se manifesta entre os sete aos doze anos. Piaget nesta fase nos diz que a categoria do jogo de regras, como o próprio nome nos informa é onde o fato de ganhar ou perder acaba tomando proporções bem definidas, sendo assim é necessário despertar nas crianças o espirito de cooperação, criar mecanismos de preparação para competição sadia, na qual impera o respeito, a participação e a orientação dos pais e professores é de alta importância. É nesta fase que a criança deixa de lado o egocentrismo, presente nos mais novos, para adquirir um espirito de relações interindividuais e de cooperação.
É importante nesta fase, oferecer atividades que envolvam a música, a corporeidade, a dramatização evidenciando o trabalho em grupo e a sua organização. Participar de atividades escolares que integrem a criança de forma lúdica é uma maneira de valorizar e ao mesmo tempo um estimulo para novas conquistas. (MELO, 2011)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim deste artigo, concluímos que, a ludicidade é de extrema importância para o desenvolvimento mental, social, psicológico, afetivo e cognitivo da criança. Através das atividades lúdicas a criança é livre para criar seu mundo simbólico e é estimulada á fantasia e a imaginação.
Utilizar o lúdico no processo de aprendizagem é uma maneira de possibilitar ao aluno o aprender, de uma maneira simples, clara e precisa. O brincar e a brincadeira no contexto escolar, é uma forma de aprendizagem, que tem como pressuposto fornecer subsídios para o desenvolvimento da criança e para a construção de conhecimento.
Vimos também que as atividades lúdicas ocorrem principalmente na educação infantil, pois é quando ocorre o desenvolvimento da criança. É na brincadeira que ela expressa suas emoções, seus desejos, seus sentimentos e age de forma natural no espaço. Os jogos, brinquedos e as brincadeiras proporcionam uma variedade de experiências lúdicas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social das crianças.
Tivemos a oportunidade neste Trabalho de Graduação conhecer as leis referentes ao ensino da educação infantil, a origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras, sua influência no desenvolvimento infantil e a importância do educador neste processo. Perceber a relação que existe entre o lúdico e a afetividade. Analisar o papel da escola e do professor no desenvolvimento das atividades lúdicas, auxiliando no processo cognitivo da educação. Conhecer os efeitos que as atividades lúdicas produzem no desenvolvimento da criança. E principalmente perceber que a ludicidade é uma aliada no processo de ensino aprendizagem na educação infantil.
REFERÊNCIAS
BAUMGARTNER, Cinara Marli da Cunha. SILVEIRA, Tatiana dos Santos. Arte e ludicidade na educação infantil e anos iniciais. Indaial: Ed Grupo UNIASSELVI, 2010.
MELO, Fabiana Carlonera Malinverni. Lúdico e musicalização na educação infantil. Indaial: Ed Grupo UNIASSELVI, 2011.
RAMPAZZO, Lino. Metodologia Cientifica. 3 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O brincar na escola. Petrópolis: Vozes, 2010
STEUCK, Cristina Danna. PIANEZZER, Lúcia Cristiane Moratelli. Pedagogia da educação infantil. Indaial: Ed Grupo UNIASSELVI, 2013.

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