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PROFESSORES 
REFLEXIVOS EM UMA 
ESCOLA REFLEXIVA
Isabel Alarcão
Prof. Vinícius Reccanello de Almeida
ALUNOS, PROFESSORES E ESCOLA FACE À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
1. A sociedade da informação em que vivemos
a. Sociedade atual: muita distribuição de informações. Grande influência da mídia (era da informação,
da comunicação).
b. Mensagens veiculadas: apresentam valores positivos e negativos, de difícil discernimento para
aqueles que não desenvolveram grande espírito crítico.
c. Morin (2000): Conhecimento pertinente é o conhecimento que é capaz de situar qualquer
informação em seu contexto e, se possível, no conjunto em que está inscrita.
d. Escola, professor e aluno
I. Escola: não detém o monopólio do saber. Deve ser um sistema aberto, pensante e flexível.
II. Professor: não é o único transmissor do saber. Tem de aceitar situar-se nas suas novas
circunstâncias;
III. Aluno: não é mais o receptáculo a deixar-se rechear de conteúdos. Deve aprender a gerir e a
relacionar informações para as transformar no seu conhecimento e no seu saber.
e. Morin: A informação, se não for organizada, não se constitui em conhecimento, não é saber, e não se
traduz em poder.
2. As novas competências exigidas pela sociedade da informação e da comunicação, do conhecimento
e da aprendizagem
a. Mudança: O valor não está hoje na capacidade de seguir instruções dadas por outros para fazer
funcionar as máquinas, mas sim na capacidade de transformar em conhecimento a informação a
que, graças às máquinas, temos um rápido acesso. As novas máquinas são hoje apenas uma
extensão do cérebro.
b. 1990 – Noção de competência: Incluía não só conhecimentos, mas capacidades, experiência,
contatos, valores e poder.
c. Empowerment pessoal: Não se resume meramente à obtenção de mais poder e mais direitos, mas
traduz-se na capacidade real para exercer esse poder na construção de uma cidadania participativa.
d. Importante: Cada cidadão deve estar preparado para encontrar a informação necessária, para
decidir sobre a sua relevância e para avaliar da sua fidedignidade. Sem o saber que lhe permite
aceder à informação e ter um pensamento independente e crítico, ele pode ser manipulado e
infloexcluído.
e. Perrenoud – Competência: É a capacidade de utilizar os saberes para agir em situação, constituindo-
se assim como uma mais-valia relativamente aos saberes. Ter competência é saber mobilizar os
saberes. A competência não existe, portanto, sem os conhecimentos.
f. Competências e economia: Os bons empresários de hoje não querem pessoas adaptadas, mas
pessoas capazes de se adaptarem. Pessoas capazes.
g. Problema: Tem a ver com a formação de base que deve proporcionar-se às pessoas para que sejam
capazes de se adaptar à realidade por vontade e convicção próprias quando e nas circunstâncias em
que assim o entenderem, mas sem se deixarem manipular e fazendo ouvir a sua voz crítica sempre
que necessário.
h. Competência da compreensão: Assenta na capacidade de escutar, de observar e de pensar, mas
também na capacidade de utilizar as várias linguagens que permitem ao ser humano estabelecer
com os outros e com o mundo mecanismos de interação e de intercompreensão.
3. A competência para lidar com a informação na sociedade da aprendizagem
a. É preciso saber o que procurar e onde procurar.
b. É preciso distinguir entre o que é relevante e irrelevante, sério e fraudulento ... Para reter o
importante e descartar o que não presta ou não se adapta.
c. A informação tem de ser reorganizada por quem a procura.
d. Ensino-aprendizagem: Exigem-se reestruturações na relação do professor e do aluno com o saber
disponível e com o uso que se faz desse saber.
e. Ainda, são necessários: Acessibilidade a fontes de informação a todos os alunos e promoção do
trabalho colaborativo entre os alunos.
4. Os alunos na sociedade da aprendizagem
a. O aluno é ser aprendente.
b. O aluno tem de se assumir como um ser que observa o mundo e se observa a si, se questiona e
procura atribuir sentido aos objetos, aos acontecimentos e às interações.
c. O aluno tem que descobrir o prazer de ser uma mente ativa e não meramente receptiva.
d. Demo: Sala de aula, hoje, como espaço onde se procura e se produz conhecimento.
e. Importante que as atividades didáticas contenham: a) uma tomada de consciência do que sabem ou
precisam saber para realizar a atividade; b) pesquisa pessoal; c) trabalho colaborativo; d)
sistematização orientada; e) reflexão individual e partilhada sobre a tarefa realizada; f) apoio do
professor como uma das fontes de saber e de regulação da aprendizagem.
f. Aspecto difícil de ultrapassar: a dificuldade inicial de envolver os alunos na reflexão, habituados
como estão a reproduzirem o que o professor lhes transmite “pronto-a-vestir”.
g. Canário (1998) – Necessário: Favorecer uma alteração qualitativa na lógica do funcionamento da
instituição escolar, passando de uma lógica de acumulação para uma lógica de produção de saberes.
5. Os professores na sociedade da aprendizagem
a. Competências que o professor tem de desenvolver hoje: Criar, estruturar e dinamizar situações de
aprendizagem e estimular a aprendizagem e a autoconfiança nas capacidades individuais para
aprender.
b. Na era da informação, o professor é o timoneiro na viagem da aprendizagem em direção ao
conhecimento.
c. Conhecimento: Está na escola, lugar privilegiado para as iniciações, as sistematizações, o
estabelecimento de relações estruturantes, as discussões críticas e as avaliações informadas. Os
professores.
d. O grande desafio para os professores vai ser ajudar a desenvolver nos alunos, futuros cidadãos, a
capacidade de trabalho autônomo e colaborativo, mas também o espírito crítico. Mas cuidado! O
espírito crítico não se desenvolve através de monólogos expositivos.
6. A escola na sociedade da aprendizagem
a. Criar condições para os alunos aprenderem a aprender, seguindo seus ritmos, interesses,
necessidades etc.
b. Mudanças estruturais: área de lazer para leitura e cinema; área de informática; biblioteca; centro de
recursos com diversos materiais.
c. Formação docente: a) conhecimento dos princípios da psicologia; b) desenvolvimento de materiais
promotores da autonomia; c) formação para uma tutoria libertadora e não transmissiva.
d. O princípio da qualidade deve se sobrepor ao da quantidade.
e. Transformação: somente as escolas se podem transformar a si próprias. Por dentro. Com as pessoas
que a constitutem.
f. Escola reflexiva: organização que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão local e na
sua organização, e se confronta com o desenrolar da sua atividade em um processo heurístico
simultaneamente avaliativo e formativo.
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR REFLEXIVO
7. Em se baseia a noção de professor reflexivo? Na consciência da capacidade de pensamento e
reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não como mero reprodutor de ideias e
práticas que lhe são exteriores.
8. Como se explica o fascínio que atraiu?
a. Desafios hoje: a) crise de confiança na competência de alguns profissionais; b) a reação perante a
tecnocracia instalada; c) a relatividade inerente ao espírito pós-moderno; d) o valor hoje atribuído à
epistemologia da prática; e) a fragilidade do papel que os professores normalmente assumem no
desenvolvimento das reformas curriculares; etc.
b. Necessidade de formação do Professor reflexivo: relação com a) a valorização da escola e de seus
profissionais nos processos de democratização da sociedade brasileira; b) a contribuição do saber
escolar na formação da cidadania; c) a organização da escola, os currículos, os espaços e os tempos
de ensinar e aprender; d) o projeto político-pedagógico; e) o trabalho coletivo; f) as condições de
trabalho, de estudo, de planejamento; etc.
9. Por que a atual desilusão? É necessário reconhecer as dificuldades pessoais e institucionais para pôr
em ação, de uma forma sistemática e não apenas pontual, programas de formação (inicial e
continuada) de natureza reflexiva.
10. Qual a relação entre oprofessor reflexivo e a escola reflexiva? O professor não pode agir
isoladamente na sua escola. É nesse local que ele, com outros colegas, constrói a profissionalidade.
A escol tem de se pensar a si própria, na sua missão e no modo como se organiza para a cumprir.
Tem, também ela, de ser reflexiva.
11. Como formar professores reflexivos para uma escola reflexiva?
a. Capacidade reflexiva: É inata no ser humano e necessita de contextos que favoreçam o seu
desenvolvimento, contextos de liberdade e responsabilidade.
b. Contextos formativos com base na experiência: Nesses contextos, a expressão e o diálogo assumem
papel de enorme relevância.
c. A reflexão, para ser eficaz, precisa de ser sistemática nas suas interrogações e estruturante dos
saberes dela resultantes. A metodologia de pesquisa-ação apresenta-se com potencialidades para
servir a esse objetivo.
12. Pesquisa-ação: características:
a. a contribuição para a mudança;
b. o caráter participativo, motivador e apoiante do grupo;
c. o impulso democrático.
13. O que é pesquisa-ação? É uma aplicação da metodologia científica à clarificação e à resolução dos
problemas práticos. É também um processo de mudança pessoal e social planejada.
14. Três construções teóricas para compreender o papel e o valor da pesquisa-formação-ação no
desenvolvimento individual e coletivo dos professores e da escola. São elas:
a. a pesquisa-ação;
b. a aprendizagem experiencial;
c. a abordagem reflexiva.
15. A pesquisa-ação, a aprendizagem experiencial e a abordagem reflexiva
a. Pesquisa-ação: É uma metodologia de intervenção social cientificamente apoiada e desenrola-se
segundo ciclos de planificação, ação, observação, reflexão e problema.
b. As 4 fases do processo de aprendizagem (Modelo de Kolb): I. Experiência concreta. II. Observação
reflexiva. III. Conceptualização. IV. Experimentação ativa
c. Perspectiva reflexiva de caráter schöniano: Encontram-se nele os componentes da reflexão para a
ação, sobre a ação e na ação.
I. Reflexão na ação: acompanha a ação em curso e pressupõe uma conversa com ela. Refletimos no
decurso da própria ação, sem a interrompermos.
II. Reflexão sobre a ação: pressupõe um distanciamento da ação. Reconstruímos mentalmente a ação
para tentar analisa-la retrospectivamente.
d. Meta-reflexão: importante para que a dimensão formadora atinja um alto grau formativo e um valor
epistêmico, resultando em aquisição de conhecimentos a disponibilizar em situações futuras.
16. Outras estratégias em complementaridade com a pesquisa-ação:
a. Análise de casos: São descrições, devidamente contextualizadas, que revelam conhecimento sobre
algo que, normalmente, é complexo e sujeito a interpretações.
b. As narrativas: Revelam o modo como os seres humanos experenciam o mundo. Serão um tanto mais
ricas quanto mais elementos significativos se registrarem. Para serem compreensíveis, é importante
registrarem-se não apenas os fatos, mas também o contexto físico, social e emocional do momento.
c. A elaboração de portfólios reveladores do processo de desenvolvimento seguido: Portfólio é o
conjunto coerente de documentação refletidamente selecionada, significativamente comentada e
sistematicamente organizada e contextualizada no tempo, reveladora do percurso profissional.
d. O questionamento dos outros atores educativos
e. O confronto de opiniões e abordagens
f. Os grupos de discussão ou círculos de estudo
g. A auto-observação
h. A supervisão colaborativa
i. As perguntas pedagógicas: As perguntas, para merecerem a designação de pedagógicas, têm de ter
uma intencionalidade formativa.
CONTRIBUTOS DA SUPERVISÃO PEDAGÓGICA PARA A CONSTRUÇÃO REFLEXIVA DO
CONHECIMENTO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES
17. Conhecimento profissional dos professores
a. Conhecimento científico-pedagógico: compreensão do modo como se organiza o conteúdo ou conteúdos disciplinares.
b. Conhecimento do conteúdo disciplinar: compreensão profunda do domínio da matéria e no que diz respeito aos
conceitos e temas que a constituem.
c. Conhecimento pedagógico em geral: domínio dos princípios pedagógicos genéricos comuns às várias disciplinas e que se
manifestam na maneira como o professor organiza e gere as atividades de sala de aula.
d. Conhecimento do currículo: compreensão do conjunto das áreas disciplinares e não disciplinares que integram a
organização das atividades formativas de um determinado nível de ensino, bem como a estrutura dos programas.
e. Conhecimento do aluno e das suas características: compreensão do passado e do presente do aluno, da sua história de
aprendizagem, do seu nível de desenvolvimento.
f. Conhecimento dos contextos: a atividade docente é uma atividade psicossocial que se desenvolve em contextos espaciais,
temporais, sociais, organizativos com valor educativo e em que cada circunstância tem aspectos singulares e únicos.
g. Conhecimento dos fins educativos: os contextos vão-se desdobrando até ao macrocontexto instituído pela cultura
educativa da sociedade tornada explícita na definição dos fins e objetivos educativos.
h. Conhecimento de si mesmo: conhecimento do que é, do que faz, do que pensa e do que diz (autoconhecimento, que
abrange a dimensão metacognitiva).
i. Conhecimento da sua filiação profissional: pois o professor se integra numa comunidade profissional.
18. Supervisão pedagógica – destaques da autora:
a. Atividade cuja finalidade visa o desenvolvimento profissional dos professores (na dimensão do
conhecimento e da ação).
b. Tem um valor que transcende a formação do professor para atingir a formação dos alunos, e vida na
escola, a educação.
c. Atividade de natureza psicossocial, de construção intra e interpessoal.
d. Joga-se na interação entre o pensamento e a ação, com o objetivo de dar sentido ao vivido e ao
conhecido, isto é, de compreender melhor para melhor agir.
e. O contexto formativo da supervisão deve propiciar o desenvolvimento de capacidades, atitudes e
conhecimentos e o contributo destes para a competência profissional.
f. Uma de suas funções é a avaliação com predomínio da função formativa.
g. A gestão de situações formativas, no contexto da supervisão, implica capacidades humanas e
técnico-profissionais específicas.
h. O desempenho da função da supervisão pressupõe pré-requisitos e formação especializada.
GERIR UMA ESCOLA REFLEXIVA
19. Aspectos gerais
a. Papel do Professor na escola reflexiva
b. Construção coletiva de conhecimento
c. Escola como organismo vivo
20. Pensando sobre a essência da escola
a. Situada entre o macrocosmos da sociedade e o microcosmos da sala de aula, a escola situa-se no
mesocosmos e estabelece a interface entre a sociedade adulta e as crianças e jovens em
desenvolvimento. Como sistema local de aprendizagem, situa-se num território específico,
desenvolve sua dinâmica própria, sem contudo perder a ligação que a prende ao grande sistema de
educação nacional e internacional.
21. A escola como eu gostaria que ela fosse
a. comunidade dotada de pensamento e vida próprios;
b. contextualizada na cultura local e integrada no contexto nacional e global mais abrangente;
c. não uma escola burocratizada;
d. que conceba, projete, atue e reflita em vez de apenas executar o que outros pensaram para ela;
e. que tem ambição estratégica e olha para o futuro;
f. que analise, desconstrua e refaça as suas opções e a sua ação curricular e que saiba criar suas
próprias regras;
g. ainda, que ciente da sua autonomia responsável, saiba prestar contas da sua atuação, justificar os
seus resultados e autoavaliar-se para definir o seu desenvolvimento;
h. que se alimente do saber, da produção e da reflexão dos seus profissionais, os professores que, por
isso mesmo, não se sentem meros assalariados;
i. uma escola em onde tudo gira à volta da sua missão: educar as novas gerações;
j. uma escola com cara e não apenas uma escola anônima.
22. Como cheguei ao conceito de escola reflexiva
a. Organização que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua organização e
se confrontacom o desenrolar da sua atividade num processo heurístico simultaneamente
avaliativo e formativo.
b. Schön – Profissionalidade: Assenta numa atuação inteligente e flexível, situada e reativa, produto de
uma mistura integrada de ciência, técnica e arte (...). É um saber-fazer sólido, teórico e prático,
inteligente e criativo que permite ao profissional agir em contextos instáveis, indeterminados e
complexos (...).
c. Senge – Organização aprendente: Uma organização que está continuamente expandindo a sua
capacidade de criar o futuro.
23. Escola, comunidade com projeto
a. Projeto educativo: instrumento da construção da autonomia.
b. Macedo (1995): Projeto educativo da escola é o cerne da política da escola – política distinta e original de
cada comunidade educativa, definida na gestão de tensões positivas, princípios, normas nacionais e objetivos,
necessidades, recursos e modos de funcionamento específicos de cada escola.
c. O projeto se deve centrar no modo como a escola se organiza para criar as condições de aprendizagem e
desenvolvimento inerentes ao currículo.
24. Currículo no centro do projeto da escola
a. Currículo: Conjunto de aprendizagens proporcionadas pela escola e consideradas socialmente necessárias num
dado tempo e contexto.
b. Roldão (2000): É o currículo que legitima a escola, como instituição a quem a sociedade remete a “passagem”
sistemática (das) aprendizagens tidas como necessárias.
c. Roldão (2001): Princípios que orientam a organização da escola: 1. homogeneidade; 2. segmentação; 3.
sequencialidade; 4. conformidade.
d. Tavares (1996): As sociedades modernas e pós-modernas rejeitam as formas tradicionais e clássicas de aprender e
querem aprender optando por modalidades menos estruturadas e mais pessoais que atendam aos níveis de
desenvolvimento, aos ritmos, aos estilos, às características de cada pessoa e aos seus contextos.
25. Gerir uma escola reflexiva é gerir uma escola com projeto
a. Gestão da escola reflexiva: participada, determinada, coerente, desafiadora e exigente, interativa,
flexível e resiliente face às situações, avaliadora, formadora.
b. Zabalza (1992): Escola eficaz:
I. liderança efetiva e orientada no sentido da melhoria da educação;
II. clima de escola ordenado e disciplinado;
III. articulação e organização curriculares consensualizadas sobre objetivos a atingir e procedimentos para
os alcançar;
IV. coordenação entre os níveis;
V. organização dos recursos;
VI. participação das famílias;
VII. continuidade, promoção e oportunidades de formação para os professores;
VIII. sentimento de vinculação à escola;
IX. expectativas de êxito generalizado.
Assinale a única alternativa que não corresponde ao pensamento de Isabel Alarcão apresentado em seu
livro “Escola reflexiva e nova racionalidade" (Porto Alegre: Artmed, 2001).
a) As pessoas são fundamentais na organização escola e, portanto, devem protagonizar a ação que
nela ocorre.
b) Uma escola aprendente é qualificante para os que nela trabalham, contribuindo para o
desenvolvimento profissional dos docentes.
c) Uma escola reflexiva pressupõe uma gestão democrática, aberta à participação e ao diálogo.
d) A complexidade dos problemas hoje colocados à escola exige uma capacidade de leitura dos
acontecimentos e sua interpretação com vistas a encontrar a solução mais adequada.
e) A escola figura como um espaço de preparação do aluno para uma cidadania futura, considerando
sua inserção na sociedade.
QUESTÃO 01
Alarcão, ao analisar diferentes abordagens supervisoras, aponta algumas tendências que podem
contribuir para a (re)definição do papel do Coordenador Pedagógico, EXCETO:
a) A escola deve ser compreendida num cenário mais amplo, no interior da comunidade, da sociedade,
com todas as suas contradições.
b) A integração entre teoria e prática acontece quando a prática auxilia a pensar a teoria, e a teoria
serve como emperramento da prática.
c) A escola é um local de influência sobre os professores, mas também local de influência dos
professores.
d) As práticas de construção do conhecimento junto aos alunos e aos próprios professores devem ser
estimuladas na escola.
e) O ambiente escolar deve ser emancipatório e de incentivo ao aprendizado, com base na concepção
do professor como intelectual e fazendo parte de um coletivo responsável.
QUESTÃO 02
Alarcão (2010) sustenta a ideia de que a escola tem que se repensar e, dessa maneira, tornar-se o que
ela denomina “escola reflexiva”. Com o mesmo enfoque, Alarcão também propõe que o professor seja
“um profissional reflexivo”. Em que se baseia essa noção de professor reflexivo?
A) É o produto da mistura integrada de ciência, técnica e arte.
B) Na responsabilidade de procurar construir, individualmente dentro do ambiente escolar, a sua
profissionalidade para a docência.
C) Em trabalhar de forma exclusiva e permanente, dialogando consigo mesmo.
D) Na resolução das diversas situações que surgirem em sala de aula de forma rápida e eficiente.
E) Na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que é característica do ser humano e que o
faz criativo e não um mero reprodutor de ideias e práticas que são exteriores a ele.
QUESTÃO 03
Para Alarcão (2004), o supervisor pedagógico pode ajudar a construir o conhecimento pedagógico
através da:
I. Sua presença e atuação.
II. Monitoração avaliativa de situações e desempenhos.
III. Ação cuja finalidade visa exclusivamente o desenvolvimento profissional do professor na dimensão
de conhecimento.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
QUESTÃO 04
Existem diferentes conceitos de supervisão que se originam de diferentes concepções. Alarcão
apresenta abordagens diversas em relação à supervisão, mostrando com clareza as características de
cada uma. Assinale a alternativa que apresenta uma abordagem de Alarcão.
A) Modelo organizativo onde a supervisão se responsabiliza pela organização do trabalho docente.
B) Modelo avaliativo onde o foco é julgar o trabalho docente.
C) Supervisão formativa que auxilia e complementa a formação docente.
D) Supervisão clínica que considera a sala de aula como um espaço onde se observa, diagnostica e
experimenta.
E) Supervisão responsável que coloca a supervisão escolar como a responsável central dos resultados
pedagógicos da escola.
QUESTÃO 05
No desenvolvimento de suas ideias a respeito da sociedade da informação, Alarcão se apoia em
afirmações de vários estudiosos, como Perrenoud, Morin, Raposo, entre outros. Estabeleça a relação
entre os autores e suas ideias.
QUESTÃO 06
1. Perrenoud a) valorização do conhecimento X alienação, manipulação, injustiça.
2. Morin b) só o pensamento organiza o conhecimento
3. Raposo c) competência é a capacidade de utilizar os saberes para agir em diferentes situações.
Assinale a alternativa que apresenta a relação correta.
(A) 1 – a; 2 – b; 3 – c.
(B) 1 – b; 2 – c; 3 – a.
(C) 1 – c; 2 – a; 3 – b.
(D) 1 – c; 2 – b; 3 – a.
(E) 1 – b; 2 – a; 3 – c.
Para Alarcão (2010), gerir uma escola reflexiva diz respeito a nortear-se pelo projeto de escola, tomando
decisões adequadas no momento certo. Para tanto, há que se garantir a
(A) especialização do corpo docente.
(B) organização financeira da instituição.
(C) ação eficiente do gestor.
(D) adoção do currículo nacional.
(E) construção coletiva do projeto
QUESTÃO 07
1. E
2. B
3. E
4. B
5. C
6. D
7. E
GABARITO

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