Buscar

Apostila guarda municipal Salvador

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 558 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 558 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 558 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prefeitura Municipal 
do Salvador/BA 
 
Guarda Civil Municipal 
 
 
Língua Portuguesa 
Leitura, compreensão e interpretação de textos. .......................................................................................................... 1 
Estruturação do texto e dos parágrafos. ......................................................................................................................... 5 
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. ................................ 6 
Significação contextual de palavras e expressões. ..................................................................................................... 10 
Equivalência e transformação de estruturas. .............................................................................................................. 15 
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. ................................................................................................. 17 
Emprego de tempos e modos verbais. .......................................................................................................................... 22 
Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 26 
Estrutura e formação de palavras. ................................................................................................................................ 28 
Funções das classes de palavras. ................................................................................................................................... 30 
Flexão nominal e verbal. ................................................................................................................................................. 43 
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ......................................................................................... 48 
Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................................... 51 
Regência nominal e verbal. ............................................................................................................................................. 54 
Ortografia oficial. .............................................................................................................................................................. 59 
Acentuação gráfica. .......................................................................................................................................................... 66 
 
 
Raciocínio Lógico-Matemático 
Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; dedução de novas 
informações das relações fornecidas e avaliação das condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas 
relações .................................................................................................................................................................................. 1 
Compreensão e análise da lógica de uma situação, utilizando as funções intelectuais: raciocínio verbal, 
raciocínio matemático, raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, 
discriminação de elementos ............................................................................................................................................ 16 
Operações com conjuntos ................................................................................................................................................ 30 
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais .................................................. 35 
 
 
Noções de Informática 
Dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados. Impressoras, teclado, mouse, disco rígido, 
pendrives, scanner, plotter, discos ópticos. ..................................................................................................................... 1 
Noções do ambiente Windows. ....................................................................................................................................... 14 
MSOffice (Word, Excel, Powerpoint, Outlook). ............................................................................................................ 24 
LibreOffice (Writer, Calc, Impress, eM Client). ............................................................................................................ 66 
Conceitos relacionados à Internet; correio eletrônico. ............................................................................................ 101 
Noções de sistemas operacionais. ................................................................................................................................ 111 
Ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos; localização, criação, cópia e remoção de arquivos; cópias 
de arquivos para outros dispositivos; ajuda do Windows, lixeira, remoção e recuperação de arquivos e de 
pastas; cópias de segurança/backup, uso dos recursos. .......................................................................................... 116 
 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Legislação Institucional 
Lei Complementar 001/91 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Salvador/BA 
(regime estatutário, regime disciplinar e estágio probatório). Deveres e proibições dos servidores públicos da 
Administração Municipal. ................................................................................................................................................... 1 
Lei Orgânica do Município de Salvador. ........................................................................................................................ 24 
 
 
Conhecimentos Específicos 
I - Noções de Direito Administrativo. Estado, Governo e Administração Pública: conceitos, elementos, poderes, 
natureza, fins e princípios. ................................................................................................................................................. 1 
Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. Invalidação, anulação e revogação. 
Prescrição. ............................................................................................................................................................................. 7 
 Bens públicos: conceito, classificações e regras no Código Civil (do Art. 98 ao Art. 103). ................................. 15 
II - Noções de Direito Constitucional. Dos princípios fundamentais (do Art. 1º ao Art. 4º). .............................. 18 
Dos direitos e garantias fundamentais (do Art. 5º ao Art. 11). ................................................................................ 21 
Da organização do Estado (do Art. 18 ao Art. 31;) ...................................................................................................... 34 
Do Art. 37 ao Art. 41). ...................................................................................................................................................... 45 
Da Segurança Pública (Art. 144, inciso VIII da Constituição Federal de 1988). .................................................... 53 
III - Noções de Direito Penal. Dos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio (Art. 121 ao Art. 183). ........ 57 
Dos crimes contra a Administração Pública (do Art. 312 ao Art. 337-A do Código Penal). ............................... 100 
IV - Noções de Direito Civil. Capacidade jurídica (do Art. 1º ao Art. 10 do Código Civil). ................................. 114 
Bens considerados em si mesmos (do Art. 79 ao Art. 91 do Código Civil). ..........................................................117 
V - Legislação de Trânsito. Código de Trânsito Brasileiro. Sistema Nacional de Trânsito: composição. Registro 
e licenciamento de veículos. Habilitação. Normas gerais de circulação e conduta. Crimes de trânsito. Infrações 
e Penalidades. Sinalização de trânsito, segurança e velocidade. Condutores de veículos: deveres e proibições. 
 ............................................................................................................................................................................................ 119 
VI – Registro, posse e comercialização de armas de fogo; munição; crimes; Sistema Nacional de Armas – 
SINARM (Lei nº 10.826/03). ........................................................................................................................................ 213 
VII - Corregedoria Geral da Guarda Civil de Salvador ............................................................................................... 221 
Regulamento Disciplinar dos servidores do quadro dos profissionais da Guarda Civil Municipal de Salvador 
(Lei Municipal nº 9.273/ 2017). .................................................................................................................................. 227 
Art. 5º, incisos I, VI, VII, VIII e XIV da Lei Federal nº 13.022/ 2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais). 
 ............................................................................................................................................................................................ 230 
Art. 2º, incisos I, II e III e § 2º da Lei Municipal nº 9.070/ 2016 (Estabelece das competências da Guarda Civil 
Municipal). ........................................................................................................................................................................ 231 
 
 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui você vai saber tudo sobre o Conteúdo Extra Online 
 
 
 
Para acessar as vídeoaulas, testes e dicas, digite em seu navegador: 
www.apostilasopcao.com.br/extra 
 
 
 
 
Este conteúdo é apenas um material de apoio e auxílio para seus 
estudos. 
 
 
 
 
Este conteúdo não é elaborado de acordo com Edital da sua Apostila. 
 
 
 
 
Esses testes foram tirados de diversas fontes da internet e não foram 
revisados. 
 
 
 
 
A Apostilas Opção não se responsabiliza por esses conteúdos. 
 
 
 
 
 
AVISO IMPORTANTE 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Apostilas Opção não está vinculada as organizadoras de Concurso 
Público. 
A aquisição não garante sua inscrição ou ingresso na carreira pública. 
 
 
Sua Apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e 
esquematizada. 
 
 
Alterações e Retificações após a divulgação do Edital estarão 
disponíveis em Nosso Site na Versão Digital. 
 
 
Suas dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: 
https://www.apostilasopcao.com.br/contatos.php, com retorno do 
Professor no prazo de até 05 dias úteis. 
 
 
PIRATARIA É CRIME: É proibida a reprodução total ou parcial desta 
apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização. 
 
 
 
AVISO IMPORTANTE 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
LÍNGUA PORTUGUESA 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
 
 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um 
texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações 
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavrasespecíficas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
Leitura, compreensão e 
interpretação de textos. 
 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” fazparte de um recurso de: 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no 
texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em 
outro homem. –, é empregado com sentido: 
 (A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não soframais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
Afogado no Trânsito 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoasnas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
 
1 https://www.algosobre.com.br/redacao/a-unidade-basica-do-texto-estrutura-
do-paragrafo.html 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-
transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
Gabarito 
 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) 
 
 
 
ESTRUTURAÇÃO DOS TEXTOS E DOS PARÁGRAFOS 
 
Os elementos essenciais para a composição de um texto 
são: introdução, desenvolvimento e conclusão1. 
Analisemos cada uma das partes separadamente: 
 
Introdução: apresentação direta e objetiva da ideia 
central do texto. 
Caracteriza-se por ser o parágrafo inicial. 
 
Estruturação do texto e dos 
parágrafos. 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
Desenvolvimento: estruturalmente, é a maior parte 
contida no texto. O desenvolvimento estabelece uma relação 
entre a introdução e a conclusão, pois é nesta etapa que as 
ideias, argumentos e posicionamento do autor vão sendo 
formados e desenvolvidos com o intuito de dirigir a atenção do 
leitor para a conclusão. 
Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e 
capazes de fazer com que o leitor anteceda a conclusão. 
 
Os três principais erros cometidos durante a elaboração do 
desenvolvimento são: 
1. Distanciamento do texto em relação à discussão inicial. 
2. Concentrar-se em apenas um tópico do tema e esquecer 
os demais. 
3. Tecer muitas ideias ou informações e não conseguir 
organizá-las ou relacioná-las, dificultando, assim, a linha de 
entendimento do leitor. 
 
Conclusão: é o ponto de chegada de todas as 
argumentações elencadas no desenvolvimento, ou seja, é o 
fechamento do texto e dos questionamentos propostos pelo 
autor. 
Na elaboração da conclusão deve-se evitar as construções 
padrões como: “Portanto, como já dissemos antes...”, 
“Concluindo...”, “Em conclusão, ...”. 
 
Parágrafo 
 
Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil 
recuo em relação à margem esquerda da folha; 
conceitualmente, o parágrafo completo deve dispor de 
introdução, desenvolvimento e conclusão. 
- Introdução - também denominada de tópico frasal, 
constitui-se pela apresentação da ideia principal, feita de 
maneira sintética de acordo com os objetivos do autor... 
- Desenvolvimento - fundamenta-se na ampliação do 
tópico frasal, atribuído pelas ideias secundárias, com vistas a 
reforçar e conferir credibilidade na discussão. 
- Conclusão - caracteriza-se pela retomada da ideia central 
associando-a aos pressupostos mencionados no 
desenvolvimento, procurando arrematá-los. 
 
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com 
introdução, desenvolvimento e conclusão): 
 
(Ideia-núcleo) A poluição que se verifica principalmente 
nas capitais do país é um problema relevante, para cuja 
solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade. 
 
(Ideia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua 
legislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis 
em vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando 
filtro de controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, 
utilizando menos o transporte individual e aderindo aos 
programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já 
ocorre em São Paulo. 
(Conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um 
desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no 
combate à poluição e apenas onerar as contas públicas. 
 
Questões 
 
01. (TRE/PA - Analista Judiciário - IADES) Segundo 
Reale (1965, p.9), “o direito é realidade universal. Onde quer 
que exista o homem, aí existe o direito como expressão de vida 
e de convivência”. No trecho apresentado, o tópico frasal é 
representado pelo vocábulo. 
(A) realidade. 
(B) homem. 
(C) vida. 
(D) convivência. 
(E) direito. 
 
02. (IF/SC - Professor Português - IF/SC/2017) Leias as 
afirmativas a seguir: 
I. O tópico frasal assemelha-se ao lead do texto jornalístico. 
Pode estar expresso na forma interrogativa e, geralmente, é 
utilizado no começo do parágrafo, contribuindo com o 
desenvolvimento da ideia. 
II. São formas de desenvolvimento de parágrafo: 
exploração de aspectos espaciais, citação de exemplos, 
exposição de ideias análogas ou apresentação de razões, 
causas, consequências e efeitos. 
III. Paralelismo semântico e gramatical são vícios de 
linguagem que configuram problemas de coesão textual. 
IV. No que se refere à coerência textual, a intertextualidade 
é um fator importante. 
 
Assinale a alternativa que apresenta somente as 
afirmativas CORRETAS. 
(A) II, III 
(B) I, II 
(C) I, II, IV 
(D) I, III, IV 
(E) II, IV 
 
Gabarito 
01.E / 02.C 
 
 
 
Pronome 
 
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, 
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três 
pessoas do discurso são: 
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou 
emissor; 
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se 
fala ou receptor; 
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de 
quem se fala ou referente. 
 
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, 
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e 
relativos. 
 
Pronomes Pessoais 
Os pronomes pessoais dividem-se em: 
- Retos - exercem a função de sujeito da oração. 
- Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo 
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição 
ou átonos sem preposição. 
 
 Pessoasdo 
Discurso 
Retos Oblíquos 
Átonos Tônicos 
Singular 1ª pessoa 
2ª pessoa 
3ª pessoa 
eu 
tu 
ele/ela 
me 
te 
se, o, a, 
lhe 
mim, 
comigo 
ti, contigo 
si, ele, 
consigo 
Plural 1ª pessoa 
2ª pessoa 
3ª pessoa 
nós 
vós 
eles/elas 
nos 
vos 
nós, 
conosco 
Articulação do texto: 
pronomes e expressões 
referenciais, nexos, 
operadores sequenciais. 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
se, os, as, 
lhes 
vós, 
convosco 
si, eles, 
consigo 
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª 
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo 
do teatro. 
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os 
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem. 
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª 
pessoa apresentam as formas: 
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: 
Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente. 
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, 
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, 
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao 
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a 
lápis) 
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a 
prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá). 
(eis, nos, vos perdem o S) 
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, 
ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa. 
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, 
terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia 
do contrato. (o S permanece) 
nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural, 
perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido. 
me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos 
transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo 
a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a 
esperança. (sua, dele, dela possessivo) 
 
Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o 
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação 
mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. 
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei. 
/ Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos) 
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos 
por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre 
mim e ti. 
- É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, 
quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu 
relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no 
infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não 
compra, não anda. 
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas 
como complemento de verbos transitivos diretos ao passo 
que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos 
de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga, 
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa 
comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo 
indireto,VTI) 
 
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo 
a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve 
fazer caridade com os mais necessitados. 
- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes 
que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª 
pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo) 
- Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser 
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e 
funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, 
cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com 
elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares. 
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa / 
se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa / 
consigo- complemento, 3ª pessoa). 
- Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de 
Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto 
Direto), assim: 
me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma 
trouxe. 
nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem. 
te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos. 
lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas. 
vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo. 
 
No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to, 
lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais 
sofisticados. 
 
Pronomes de Tratamento 
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da 
pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o 
tratamento será familiar ou cerimonioso. 
 
Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques; 
Vossa Eminência - V.Ema - cardeais; 
Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente, 
oficiais; 
Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades; 
Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores; 
Vossa Santidade - V.S. - Papa; 
Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso. 
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a 
senhora, a senhorita, dona, você. 
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. 
 
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente 
dois fechos: 
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive 
para o presidente da República. 
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia 
ou de hierarquia inferior. 
 
- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada 
quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não 
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) 
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando 
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para 
um congresso. (falando a respeito do cardeal) 
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, 
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª 
pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o 
verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que 
seus ministros o apoiarão. 
 
Pronomes Possessivos 
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas 
da fala. 
 
Masculino Feminino 
Singular Plural Singular Plural 
meu meus minha minhas 
teu teus tua tuas 
seu seus sua suas 
nosso nossos nossa nossas 
vosso vossos vossa vossas 
seu seus sua suas 
 
Emprego dos Pronomes Possessivos 
 
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode 
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse 
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O 
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se 
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No 
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. 
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações 
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus 
trinta anos. 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu 
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma 
alteração fonética da palavra senhor. 
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo 
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e 
anotações. 
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, 
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os 
passos. (os seus passos) 
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes 
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, 
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; 
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te 
preza.” 
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando 
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de 
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada 
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão) 
 
Pronomes Demonstrativos 
Indicam a posição dos seres designados em relação às 
pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. 
Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. 
 
este, esta,isto, estes, estas 
Ex.: 
Não gostei deste livro aqui. 
Neste ano, tenho realizado bons negócios. 
Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química. 
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, 
mas esta é mais oprimida. 
esse, essa, esses, essas 
Ex.: 
Não gostei desse livro que está em tuas mãos. 
Nesse último ano, realizei bons negócios. 
Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa. 
aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas 
Ex.: 
Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe. 
Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano 
realizei bons negócios. 
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, 
mas esta é mais oprimida que aquele. 
 
- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e 
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este 
(e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais 
e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e 
orgulhosos, estas, elegantes e risonhas. 
- dependendo do contexto os demonstrativos também 
servem como palavras de função intensificadora ou 
depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma! 
(=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma 
tranqueira! (=expressão depreciativa) 
- as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de 
então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso, 
a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança. 
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um 
elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o 
incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo. 
 
Pronomes Indefinidos 
São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de 
modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo 
César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis 
em gênero e número; outros são invariáveis. 
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, 
certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer. 
Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, 
nada, cada, mais, menos, demais. 
 
 
Emprego dos Pronomes Indefinidos 
 
- O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um 
substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem 
dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.) 
- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos 
quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando 
colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da 
situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no 
dia certo. (depois do substantivo=adjetivo). 
- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a 
qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser; 
indetermina, generaliza). 
- Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o 
pensamento de outrem. 
- Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer 
negócios. 
 
Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções 
pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem 
ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que 
seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou 
outro / tal qual (=certo). 
 
Pronomes Relativos 
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma 
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da 
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que 
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o 
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso 
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por 
o, a, os, as, qual / quais. 
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e 
invariáveis. 
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, 
cujas, quanto, quantos; 
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. 
 
Emprego dos Pronomes Relativos 
 
- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de 
relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à 
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo 
que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus. 
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome 
demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis 
dizer. (o que = aquilo que). 
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre 
precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a 
quem eu me referi. 
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, 
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e 
o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) 
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, 
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e 
não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa; 
Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as 
pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. 
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é 
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é 
paulista. 
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois 
de si. 
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: 
em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo 
mais barato. (= lugar em que) 
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados 
depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida 
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. 
 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
Pronomes Interrogativos 
São os pronomes em frases interrogativas diretas ou 
indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, 
quanto: 
- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? 
(interrogativa direta, COM o ponto de interrogação) 
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. 
(interrogativa indireta, SEM a interrogação) 
 
Questões 
 
01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal - 
Quadrix/2018) 
 
 
Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras 
classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem, 
como 
(A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo. 
(B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e 
substantivo. 
(C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo. 
(D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome. 
(E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e 
adjetivo. 
 
02. (IF/PA - Auxiliar em Administração - 
FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de 
acordo com as normas da língua-padrão em: 
(A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto 
por ele. 
(B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho 
direito. 
(C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator 
apresentou ontem. 
(D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros 
nos orgulhamos. 
(E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram 
muita sordidez. 
 
03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do 
Trabalho - FCC/2016) 
 
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a 
energia solar 
 
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. 
Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por 
causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das 
maiores usinas de energia solar do mundo. 
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas 
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra 
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e 
poluir menos. Uma aposta no futuro. 
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do 
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do 
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que 
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas 
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É 
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o 
calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores 
de brisa. 
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a 
energia solar”. Disponível 
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html) 
 
Considere as seguintes passagens do texto: 
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi 
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia 
solar do mundo. (1º parágrafo) 
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por 
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo) 
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de 
fora. (3º parágrafo) 
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça 
sombra no outro. (3º parágrafo) 
 
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o 
qual” APENAS em 
(A) I e II. 
(B) II e III. 
(C) I, II e IV. 
(D) I e IV. 
(E) III e IV. 
 
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - 
IDHTEC/2016) 
 
 
O emprego do pronome “aquela” na charge: 
(A) Dá uma conotação irônica à frase. 
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal. 
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere. 
(D) Indica posse do falante. 
(E) Evita a repetição do verbo. 
 
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - 
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo: 
 
“O professor discutiu............mesmos a respeito da 
desavença entre .........e ........ . 
 
Assinale a alternativa que completa corretamente as 
lacunas do texto. 
(A) com nós - eu - ti 
(B) conosco - eu - tu 
(C) conosco - mim - ti 
(D) conosco - mim - tu 
(E) com nós - mim - ti 
 
Gabarito 
01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E 
 
 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
 
 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
O significado das palavras2 é estudado pela semântica, a 
parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras 
como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre 
si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia... 
Compreender essas relações nos proporciona o 
alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para 
uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos 
diversos contextos e intenções comunicativas. 
 
Sinônimos 
 
Trata3 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos 
iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da 
intenção do falante. 
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, 
se levarmos em conta as variações geográficas (aipim = 
macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = 
salsão...). 
Exemplos de sinônimos: 
- Brado, grito, clamor. 
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir. 
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. 
 
Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo 
ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos 
diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de 
significação e certas propriedades que o escritor não pode 
desconhecer. 
Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais 
restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala 
corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da 
linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e 
tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo). 
Exemplos: 
- Adversário e antagonista. 
- Translúcido e diáfano. 
- Semicírculo e hemiciclo. 
- Contraveneno e antídoto. 
- Moral e ética. 
- Colóquio e diálogo. 
- Transformação e metamorfose. 
- Oposição e antítese. 
 
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se 
sinonímia, palavra que também designa o emprego de 
sinônimos. 
 
Antônimos 
 
Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na 
forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente 
ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com 
prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária. 
Exemplos: 
- Ordem e anarquia. 
- Soberba e humildade. 
- Louvar e censurar. 
- Mal e bem. 
 
 
2 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ 
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido 
oposto ou negativo. 
Exemplos: 
- bendizer/maldizer 
- simpático/antipático 
- progredir/regredir 
- concórdia/discórdia 
- explícito/implícito 
- ativo/inativo 
- esperar/desesperar 
 
Questões 
 
01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava 
que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não 
implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada 
participante das novas mídias terá um envolvimento 
gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de 
meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das 
informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa 
pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a 
superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas 
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos 
participar. 
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, 
apenas em número de atualizações nas páginas e na 
capacidade dos usuários de distinguir essas variações como 
relevantes no conjunto virtualmente infinito das 
possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no 
labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a 
habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a 
extrair informações relevantes de um conjunto finito de 
observações e reconhecer a organização geral da rede de que 
participam. 
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes 
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos 
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens 
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem 
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o 
sentimento de pânico experimentados por um número 
crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo 
móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa 
informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir 
os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto 
um veneno para o espírito. 
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. 
Revista USP, no 92. Adaptado) 
 
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho 
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos 
adequados respectivamente em: 
(A) procurar / gostar de / ilustrar 
(B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer 
(C) interferir / propor / embrutecer 
(D) intrometer-se / prezar / esclarecer 
(E) contrapor-se / consolidar / iluminar 
 
02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A 
entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes 
contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; 
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, 
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, 
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o 
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela 
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres 
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os 
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos 
3 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 
1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
Significação contextual de 
palavras e expressões. 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e 
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de 
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com 
efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos 
de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento 
daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e 
sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, 
num longo enxurro de carcaças e molambos... 
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma 
arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: 
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças 
envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, 
escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadrisdesnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos 
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; 
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de 
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e 
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. 
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. 
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) 
 
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de 
sinônimos? 
(A) Armistício – destruição 
(B) Claudicante – manco 
(C) Reveses – infortúnios 
(D) Fealdade – feiura 
(E) Opilados – desnutridos 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.A 
 
Homônimos 
 
 Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas 
com significados diferentes. Exemplos: 
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo). 
- Aço (substantivo) e asso (verbo). 
 
Só o contexto é que determina a significação dos 
homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, 
por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. 
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto 
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: 
 
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes 
no timbre ou na intensidade das vogais. 
- Rego (substantivo) e rego (verbo). 
- Colher (verbo) e colher (substantivo). 
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo). 
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). 
- Para (verbo parar) e para (preposição). 
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). 
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de 
per+o). 
 
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e 
diferentes na escrita. 
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). 
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). 
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de 
consertar). 
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). 
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar 
(acelerar). 
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). 
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). 
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). 
- Paço (palácio) e passo (andar). 
- Hera (trepadeira), era (época), era (verbo). 
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = 
anular). 
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão 
(tempo de uma reunião ou espetáculo). 
 
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na 
pronúncia. 
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). 
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). 
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). 
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). 
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). 
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). 
 
Parônimos 
 
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: 
- coro e couro, 
- cesta e sesta, 
- eminente e iminente, 
- degradar e degredar, 
- cético e séptico, 
- prescrever e proscrever, 
- descrição e discrição, 
- infligir (aplicar) e infringir (transgredir), 
- sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), 
- comprimento e cumprimento, 
- deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, 
divergir, adiar), 
- ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), 
- vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e 
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). 
 
Questões 
01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo – 
FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as 
palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: 
(A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é 
crime! 
(B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente. 
(C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão 
agora expiar seus crimes. 
(D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é 
preciso o bom censo. 
(E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de 
tomate. 
 
02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico 
e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em 
que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: 
(A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem 
gentil). 
(B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). 
(C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se 
senta). 
(D) Nenhuma das alternativas. 
 
03. (TJ/MT – Analista Judiciário – Ciências Contábeis – 
UFMT) Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas, 
seja no modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por 
exemplo, assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada 
uma apresenta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, 
grafias diferentes, denomina-se homônimo heterográfico. 
Assinale a alternativa em que todas as palavras se encontram 
nesse caso. 
(A) taxa, cesta, assento 
(B) conserto, pleito, ótico 
(C) cheque, descrição, manga 
(D) serrar, ratificar, emergir 
Apostila Digital Licenciada para Lucas Andrade Almeida - lucasdesagitario21@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
Gabarito 
 
01.C / 02.A / 03.A 
 
Hiperonímia e Hiponímia 
 
Partindo do princípio de que as palavras estabelecem 
entre si uma relação de significado, observe este enunciado4: 
Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... 
Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação. 
Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”, 
“melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma 
relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao 
observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos 
à conclusão pretendida. Note: 
 
Hiperonímia5 - como o próprio prefixo já nos indica, esta 
palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste 
todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas. 
Palavras e expressões de sentido mais geral. 
 
Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra 
anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada 
item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim, 
essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com 
sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior 
que são as frutas. 
 
Questões 
 
01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da 
vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas 
regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo 
campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da 
Amazônia. 
Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são 
designados como: 
(A) hiperônimos. 
(B) hipônimos. 
(C) cognatos. 
(D) polissêmicos. 
(E) parônimos. 
 
02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de 
proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima 
a palavra “veículo” representa um caso de: 
(A) polissemia; 
(B) antonímia; 
(C) hiponímia; 
(D) hiperonímia; 
(E) heteronímia. 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.D 
 
Polissemia 
 
A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do 
contexto, muda de sentido (mas não muda de classe 
gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de 
automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa 
peça”, “uma peça de carne” etc. 
Agora, observe mais estes exemplos: 
Desculpe o bolo que te dei ontem. 
Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica. 
Tenho um bolo de revistas lá em casa.6 
 
4 https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html 
5 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.htm 
Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a 
palavra tem um único significado. 
 
É possível perceber que alguns desses contextos passaram 
a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas 
adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que 
o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece, 
sendo os demais atribuídos pela analise contextual. 
 
Polissemia e Homonímia 
Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete 
a uma palavra que apresenta diversos significados que se 
encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere-
se as duas ou mais palavras que apresentam origens e 
significados distintos,

Outros materiais