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Instituto Brasileiro de 
 Geografia e Estatística - IBGE 
 
Analista Censitário (AC) 
Gestão e Infraestrutura 
 
 
Língua Portuguesa 
Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo 
e argumentativo);Interpretação e organização interna ................................................................................................ 1 
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; ......................................................................... 6 
Emprego de tempos e modos dos verbos em português. .......................................................................................... 13 
Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras; 
mecanismos de flexão dos nomes e verbos. ................................................................................................................ 18 
Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação; .................... 42 
Concordância nominal e verbal; .................................................................................................................................... 55 
Transitividade e regência de nomes e verbos; ............................................................................................................ 58 
Padrões gerais de colocação pronominal no português;............................................................................................ 62 
Mecanismos de coesão textual. ...................................................................................................................................... 63 
Ortografia. .......................................................................................................................................................................... 65 
Acentuação gráfica. .......................................................................................................................................................... 73 
Emprego do sinal indicativo de crase. ........................................................................................................................... 74 
Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 77 
Estilística: figuras de linguagem. .................................................................................................................................... 79 
Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação linguística: norma culta. .................... 82 
 
 
Raciocínio Lógico Quantitativo 
I - Noções básicas de lógica: conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências, afirmações e 
negações, silogismos. II - Estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, objetos e eventos. ....................... 1 
III - Dedução de novas informações a partir de outras apresentadas. .................................................................... 21 
IV - Lógica da argumentação. .......................................................................................................................................... 23 
V - Diagramas lógicos. ....................................................................................................................................................... 28 
VI - Análise, interpretação e utilização de dados apresentados em tabelas e gráficos. ........................................ 33 
VII - Princípio fundamental da contagem. .................................................................................................................... 37 
VIII - Cálculo de probabilidade em espaços amostrais finitos. .................................................................................. 41 
 
 
Conhecimentos Específicos 
O Sistema Organizacional - Teoria geral dos sistemas; ................................................................................................. 1 
A organização como um sistema social; ........................................................................................................................... 4 
Cultura organizacional; ....................................................................................................................................................... 5 
Tecnologia e estratégia empresarial; ............................................................................................................................. 10 
Estruturas de poder; ......................................................................................................................................................... 28 
Liderança e motivação; .................................................................................................................................................... 31 
Gerenciamento de projetos - planejamento, acompanhamento e controle; ........................................................... 43 
Noções básicas da administração pública direta e indireta. ...................................................................................... 52 
Orçamento Público; orçamento como instrumento de controle; integração do orçamento com a contabilidade; 
noções básicas das técnicas de elaboração de projeções financeiras. ..................................................................... 61 
Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Administração de Materiais - Planejamento: análise, especificação, classificação; padronizações, catalogação, 
normalização; previsão de consumo e aquisição; lote econômico - cálculo e aplicação; aquisição-pesquisa de 
mercado, cadastro, controle e escolha de fornecedores; ........................................................................................... 71 
Administração de compras; noções básicas sobre processos de licitação (Lei nº 8.666/93, Lei nº 8.883/94, e 
alterações posteriores),.................................................................................................................................................. 101 
Pregão Lei nº 10.520/02 ................................................................................................................................................ 149 
Decreto nº 3.555/00, ...................................................................................................................................................... 153 
Decreto nº 7.892/13 e alterações posteriores). ........................................................................................................ 157 
Noções básicas sobre armazenamento e controle; ................................................................................................... 162 
Noções básicas sobre administração patrimonial. .................................................................................................... 169 
Recursos Humanos - Visão geral da área de Recursos Humanos. .......................................................................... 173 
Conceito e cenário do Serviço Público Federal. ......................................................................................................... 180 
Conceito e papel do RH nas organizações. .................................................................................................................. 186 
Administração de Recursos Humanos: Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112/90, e alterações posteriores). 186 
Registros funcionais: exigências legais. ....................................................................................................................... 214 
Sistemas informatizados de gestãode informações de pessoal.............................................................................. 224 
Processo admissional. .................................................................................................................................................... 226 
Obrigações trabalhistas, previdenciárias e de tributos. ........................................................................................... 229 
Controle de frequência e de férias. O provimento de mão de obra no Serviço Público Federal. ...................... 231 
Planejamento, execução e acompanhamento de processos seletivos. ................................................................... 232 
Legislação: Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e alterações posteriores; .................................................. 237 
Portaria nº 450, de 6 de novembro de 2002, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. .............. 240 
Desenvolvimento e avaliação de programas de treinamento. ................................................................................ 242 
 
 
 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
SENTIDO LITERAL E SENTIDO NÃO LITERAL 
 
Literal 
 
É o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, isto é, de 
acordo com o sentido geral que ela tem na maioria dos 
contextos em que ocorre. É o sentido próprio da palavra. 
Exemplo: 
“Uma pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” 
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal. 
 
Não Literal 
 
É o sentido da palavra desviado do usual, isto é, aquele que 
se distancia do sentido próprio e costumeiro. Exemplo: 
 
“As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas 
pela mão.” 
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que 
usualmente indica, mas um insulto, uma ofensa produzida pela 
boca. 
 
Ampliação de Sentido 
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a 
designar uma quantidade mais ampla de objetos ou noções do 
que originariamente. 
“Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada 
para designar o ato de viajar em um barco, ampliou 
consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de 
viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de 
sentido, que um passageiro: 
- Embarcou num ter. 
- Embarcou no ônibus das dez. 
- Embarcou no avião da força aérea. 
- Embarcou num transatlântico. 
 
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que 
escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por 
ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de 
praticante do esporte de escalar montanhas. 
 
Restrição de Sentido 
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento 
inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade 
mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o 
caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e 
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um 
universo restrito do conhecimento. 
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura 
gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na 
língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para 
formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo 
de formação de palavras por composição em que a junção dos 
elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de 
pernilongo (perna + longa). 
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais 
aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por 
exemplo, que designa uma personagem de desenhos 
animados, não se formou por aglutinação, mas por 
justaposição. 
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o 
significado das palavras para dar precisão à comunicação. 
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, 
não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que 
gira em torno do Sol: seu sentido sofreu restrição, e ela serve 
para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade 
de acompanhar o movimento do Sol. 
Há certas palavras que, além do significado explícito, 
contêm outros implícitos (ou pressupostos). 
Os exemplos são muitos. É o caso do adjetivo outro, por 
exemplo, que indica certa pessoa ou coisa, pressupondo 
necessariamente a existência de ao menos uma além daquela 
indicada. 
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que 
nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu 
outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao 
menos um livro além daquele que está sendo autografado. 
 
Tipos de Gêneros Textuais 
 
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que 
existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias 
tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são 
estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: 
narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e 
injuntivo. 
 
Texto Narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: 
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: 
• Romance 
• Novela 
• Crônica 
• Contos de Fada 
• Fábula 
• Lendas 
 
Texto Descritivo 
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa 
forma, são textos repletosde adjetivos, os quais descrevem ou 
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do 
locutor (emissor). 
 
São exemplos de gêneros textuais descritivos: 
• Diário 
• Relatos (viagens, históricos, etc.) 
• Biografia e autobiografia 
• Notícia 
• Currículo 
• Lista de compras 
• Cardápio 
• Anúncios de classificados 
 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor 
um tema ou assunto por meio de argumentações. São 
marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo 
que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida 
em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
Elementos de construção do 
texto e seu sentido: gênero do 
texto (literário e não literário, 
narrativo, descritivo e 
argumentativo); Interpretação 
e organização interna 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
Exemplos de gêneros textuais dissertativos: 
• Editorial Jornalístico 
• Carta de opinião 
• Resenha 
• Artigo 
• Ensaio 
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado 
 
Questões 
 
01. 
A morte do narrador 
 
Recentemente recebi um e-mail de uma leitora 
perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura 
para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, 
em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais 
vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo 
parecer com seus netos. 
Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter 
me entendido mal, o que acontece com frequência quando se 
discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o 
próprio termo “velhice” já pede sinônimos politicamente 
corretos, como “terceira idade”, “melhor idade”, “maturidade”, 
entre outros. 
Uma característica do politicamente correto é que, quando 
ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse 
uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A 
marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia 
articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. 
Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia 
que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no 
abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que 
eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como 
metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo 
que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, 
devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo 
contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às 
vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está 
intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e 
da morte. Sua opção é pela “negação”, traço de um dos 
sintomas neuróticos descritos por Freud. 
Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que 
na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer 
dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a 
vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os 
mais velhos querem “aprender” com os mais jovens (aprender 
a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes 
sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, 
é também desorganizador da própria juventude. Ouço 
cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu 
desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com 
eles. 
Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a 
combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas 
de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, 
aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do 
acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, 
que questionam as “verdades constituídas do passado”. A 
própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna 
– ciência, técnica, superação de tradição – agrava a 
invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado 
(que “nada” serve ao mundo do progresso) tem um nome: 
idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou 
para as redes sociais. 
(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014) 
 
O termo empregado com sentido figurado está em 
destaque na seguinte passagem do texto: 
(A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece 
com frequência quando se discute o tema da velhice… 
(segundo parágrafo). 
(B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de 
minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e 
vovós… (primeiro parágrafo). 
(C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia 
que na modernidade o narrador da vida desapareceu. 
(penúltimo parágrafo). 
(D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência 
moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a 
invisibilidade dos mais velhos. (último parágrafo). 
(E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem 
se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto 
parágrafo). 
 
02. 
Ficção universitária 
 
Os dados do Ranking Universitário publicados em 
setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos 
desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e 
ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem 
pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir 
mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-
se assim instituições que se destacam também no ensino. 
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma 
cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em 
termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais 
estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à 
frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não 
decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, 
seja capaz de ensinar. 
O gasto médio anual por aluno numa das três 
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as 
despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa 
pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e 
Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do 
ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em 
renúncias fiscais. 
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber 
que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete 
milhões de universitários em instituições com o padrão de 
investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa 
aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa 
taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, 
contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. 
Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA 
(89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção 
constitucional de que todas as universidades do país precisam 
dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo 
como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para 
a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. 
O Brasil tem necessidade de ambas. 
 
(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013.) 
 
Assinale a alternativa em que a expressão destacada é 
empregada em sentido figurado. 
(A) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a 
nata dos especialistas... 
(B) Os dados do Ranking Universitário publicados em 
setembro de 2013... 
(C) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber 
que o país não dispõe de recursos... 
(D) ... das 20 universidades mais bem avaliadas em termos 
de ensino... 
(E) ... todas as despesas que contribuem direta e 
indiretamente para a boa pesquisa... 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
03. Leia o texto para responderà questão. 
 
Um pé de milho 
 
Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra 
trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um 
pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. 
Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. 
Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele 
reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um 
amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era 
capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e 
afirmou que era cana. 
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu 
tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas 
folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o 
leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto 
centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho 
sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa 
esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo 
e independente. Suas raízes roxas se agarra no chão e suas 
folhas longas e verdes nunca estão imóveis. 
Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos 
encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. 
Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho 
não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, 
beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho 
vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma 
coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de 
milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre 
homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou 
um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos. 
 
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001) 
 
Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há 
termos empregados em sentido figurado. 
(A) ... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho 
é um belo gesto da terra. (3º §) 
(B) Mas ele reagiu. (1º §) / ... na verdade aquilo era capim. 
(1º §) 
(C) Secaram as pequenas folhas... (1º §) / Sou um 
ignorante... (2º §) 
(D) Ele cresceu, está com dois metros... (2º §) / Tinha visto 
centenas de milharais... (2º §) 
(E) ... lança as suas folhas além do muro... (2º §) / Há muitas 
flores belas no mundo... (3º §) 
 
04. Assinale a opção em que NÃO há palavra usada em 
sentido conotativo. 
(A) Tuas atitudes são o espelho do teu caráter. 
(B) Regras podem ser estabelecidas para uma convivência 
pacífica. 
(C) Pipocavam palavras no texto, como se fossem rabiscos 
coloridos do próprio pensamento 
(D) Choviam risadas naquela peça de humor. 
(E) A sabedoria abre as portas do conhecimento. 
 
05. 
 
 
Sobre a tirinha, de uma maneira geral, analise as 
afirmações. 
I. A linguagem do texto da tirinha é absolutamente formal. 
II. A palavra “Garfield”, no segundo quadrinho, aparece 
isolada por vírgula por se tratar de um vocativo. 
III. O humor da tirinha se constrói com base, 
essencialmente, na linguagem não verbal, já que as bruscas 
alterações nas feições de Garfield levam à estranheza do leitor. 
 
Está correto o que se afirma em: 
(A) I, somente. 
(B) II, somente. 
(C) III, somente. 
(D) I e III, somente. 
(E) II e III, somente. 
 
Respostas 
01.D / 02.A / 03.A / 04.B / 05.B 
 
Interpretação de texto 
 
Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que 
não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas 
se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão 
e interpretação de textos. 
É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de 
examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para 
responder com muita confiança. 
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de 
textos, além de ser importante para responder as questões 
específicas, é fundamental para que você compreenda o 
enunciado das questões de atualidades, de matemática, de 
direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, 
embora tenham bastante conhecimentos das matérias que 
caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque 
não entendem o que a banca examinadora está pedindo. 
As questões de compreensão e interpretação de textos vêm 
ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir 
de textos que as questões normalmente cobram a aplicação 
das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. 
Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das 
questões. Normalmente o candidato é convidado a: 
identificar: Reconhecer elementos fundamentais 
apresentados no texto. 
comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de 
diferenças entre situações apresentadas no texto. 
comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma 
realidade, opinando a respeito. 
resumir: Concentrar as ideias centrais em um só 
parágrafo. 
parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras. 
continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, 
mantendo a mesma linha temática. 
Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma 
correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí 
incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e 
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, 
parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade 
de observação, de síntese e de raciocínio. 
Fonte: 
http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/compreensao-e-
interpretacao-de-textos.html 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
Dicas para melhorar a interpretação de textos 
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos 
deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da 
leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por 
mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas: 
1: Não se assuste com o tamanho do texto. 
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. 
Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor 
seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se 
familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa 
impressão de que ler não faz diferença. 
3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a 
leitura, vá até o fim, ininterruptamente. 
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É 
preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as 
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira 
leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar 
as palavras mais importantes de cada parágrafo que 
constituem as palavras-chave do texto em torno das quais as 
outras se organizam para dar significação e produzirem 
sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você 
deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do 
texto. 
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), 
sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às 
vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por 
isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se 
afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do 
texto. 
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as 
palavras desconhecidas do texto. 
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o 
significado das palavras que você sublinhou no texto. 
8: Voltar ao texto quantas vezes precisar. 
9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor. 
10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para 
melhor compreensão. 
11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) 
do texto correspondente. 
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, 
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; 
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, 
dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu. 
13: Quando duas alternativas lhe parecemcorretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa. 
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva. 
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela 
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do 
texto. 
16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras 
denuncia a resposta. 
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas 
pelo autor, definindo o tema e a mensagem. 
18: O autor defende ideias e você deve percebê-las. 
19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são 
importantíssimos na interpretação do texto. 
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura 
de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento 
léxico, é fazer palavras cruzadas. 
21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas. 
 
Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar-
interpretacao-de-textos 
 
 
 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você sejunta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-
no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Respostas 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) 
 
 
 
ADEQUAÇÃO VOCABULAR 
 
Adequação Vocabular1 é obter das palavras os melhores 
efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto 
em que elas são produzidas: para quem são produzidas, quem 
produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. É 
conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso, 
conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido. 
 
Como adequar as palavras? Uma das formas de adequação 
vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou 
hiperônimo. 
 
Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado 
mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com significado 
mais restrito. É o que acontece com as palavras doença 
(hiperônimo) e gripe (hipônimo). 
 
Também podemos adequar bem as palavras usando e 
aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia, 
antonímia, conotação e denotação. A adequação vocabular 
depende de uma boa escolha lexical. 
 
A homonímia caracteriza duas palavras que possuem a 
mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas com significação 
distinta, ou ainda palavras que apresentam pequenas 
diferenças, mas que podem causar muitas dúvidas no 
momento da escrita. 
 
Ocorre paronímia quando há palavras parecidas na forma 
e diferentes no significado: docente (relativo a professor) 
discente (relativo a aluno). 
 
Sinonímias são palavras diferentes que apresentam 
significados aproximados, não necessariamente totalmente 
equivalentes. Exemplos: desenvolvimento e crescimento. 
 
Contrariamente à sinonímia, relação na qual as palavras 
apresentam significados semelhantes, a antonímia indica a 
relação de contrariedade existente entre palavras que 
 
1 http://slideplayer.com.br/slide/1270845/ 
http://conversadeportugues.com.br/2015/11/adequacao-e-inadequacao-
linguistica/ 
apresentam significados opostos. Exemplos: alegre e triste. 
 
Sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é 
utilizada em sentido figurado, subjetivo ou expressivo. Já o 
sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada 
em seu sentido próprio, literal, original, real, objetivo. 
 
Adequação Linguística 
Fatores Contexto 
Interlocuto
res 
Com quem estamos falando? 
Situação É uma situação formal ou informal? 
Assunto 
Tratamos de assuntos diferentes com 
o mesmo tipo de linguagem? O 
nascimento de um bebê é anunciado da 
mesma forma que um velório? 
Ambiente 
Estamos em uma festa ou no 
escritório? 
 
Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em 
Construção descreve seis critérios de adequação vocabular, 
listados a seguir: 
 
1. A adequação ao referente: esse critério baseia-se na 
utilização de vocábulos gerais frente a vocábulos específicos. 
O exemplo que o autor dá é a palavra ver, que tem emprego 
mais amplo que observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar 
etc. 
Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a 
separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol, 
certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo 
que se eu disser Pedro estava muito triste com a separação. 
Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol, não 
haverá nenhum problema na comunicação, pois houve 
adequação quanto ao uso do vocábulo. 
 
2. Adequação ao ponto de vista: aqui serão levados em 
consideração os vocábulos positivos, neutros e negativos. 
Em “Você me deu um café gelado”, a palavra gelado assume 
valor negativo, entretanto, assume valor positivo em “Depois 
do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada?” 
 
3. Adequação aos interlocutores: há, nesse critério, 
quatro tipos de seleção vocabular: 
- quanto à atividade profissional com o uso dos jargões; 
- quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou seja, 
um chefe de Estado se expressa como o que se espera de 
alguém que ocupa tal cargo; 
- quanto à idade com o uso de vocábulos modernos 
(luminária) ou antigos (abajur); 
- quanto à origem dos interlocutores com emprego do 
vocábulo regional (piá – criança). 
 
4. Adequação à situação de comunicação: refere-se, esse 
critério, ao uso de vocábulos formais ou informais e ainda aos 
estrangeirismos. 
Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas 
entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando 
necessárias, ou seja, quando forem importantes para o 
entendimento; em uma situação de estilo ou quando não 
houver palavra equivalente na Língua Portuguesa. 
 
5. Adequação ao código: é relevante para esse critério a 
correção não só ortográfica, mas também semântica, 
respeitando os significados dicionarizados. 
Agostinho ressalta que os empregos “de moda” devem ser 
 
Semântica: sentido e 
emprego dos vocábulos; 
campos semânticos; 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
evitados, pois “em nada contribuem para o real 
enriquecimento de um idioma” e dá um exemplo: colocar em 
lugar de apresentar e assumir em lugarde responsabilizar-se: 
– Vou colocar aqui um problema… 
– Se der errado, eu assumo… 
 
6. Adequação ao contexto: as situações textuais revelam-
se nas relações desenvolvidas entre as palavras do texto. Por 
exemplo: 
- se há relação de causa e efeito – tropeçar/cair; 
- se há relação de finalidade – livro/estudar; 
- se há relação de parte e todo – rei/xadrez; 
- se há relação de sinonímia – aroma/perfume; 
- se há relação de antonímia – entrar/sair; 
- se há relação de unidade e coletivo – livro/biblioteca; 
- se há relação de objeto e ação – cadeira/sentar; 
- se há relação simbólica – pomba/paz. 
 
O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo 
em critério inadequado à situação estará errado. 
 
Questões 
 
01. (PC/RJ - Inspetor de Polícia) Assinale a alternativa 
correta quanto à grafia e à adequação vocabular. 
(A) Estudamos muito afim de sermos aprovados. 
(B) As ideias dela sempre vêm de encontro às minhas, ou 
seja, sempre concordamos um com o outro. 
(C) Naquela sessão da empresa, há funcionários pouco 
esforçados. 
(D) Somamos vultuosas quantias com o nosso esforço de 
poupar. 
(E) Ele é sempre tachado de ignorante. 
 
04. (AL/MA - Advogado - FGV) 
 
"No mundial de futebol dos Estados Unidos, o locutor 
Evaldo José repetiu que a partida Romênia X Suécia ia ser 
decidida por penalidade máxima. E sempre me impressiona a 
capacidade de se falar sem pensar (psitacismo). Naturalmente 
a coisa só é penalidade (penalty) quando alguma falta foi 
cometida. Como na disputa final não houve qualquer falta se 
trata apenas de um tiro livre ou chute livre, em gol". 
(Millôr Fernandes, adaptado) 
 
O tema do texto trata do seguinte tópico: 
(A) coesão formal entre elementos. 
(B) polissemia de alguns vocábulos. 
(C) presença de intertextualidade. 
(D) adequação vocabular. 
(E) desconhecimento de estrangeirismos 
 
Gabarito 
01.E / 02.D 
 
SEMÂNTICA 
 
Conceito 
 
A semântica2 é um ramo da linguística que estuda o 
significado das palavras, frases e textos de uma língua. A 
semântica está dividida em: descritiva ou sincrônica – a que 
estuda o sentido atual das palavras e em histórica ou 
diacrônica - a que estuda as mudanças que as palavras 
sofreram no tempo e no espaço. 
A semântica linguística estuda o significado usado por 
seres humanos para se expressar através da linguagem. Outras 
 
2 http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.php 
3 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ 
formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de 
programação, lógica formal, e semiótica. 
Em sentido largo, pode-se entender semântica como um 
ramo dos estudos linguísticos que se ocupa dos significados 
produzidos pelas diversas formas de uma língua. Dentro dessa 
definição ampla, pertence ao domínio da semântica tanto a 
preocupação com determinar o significado dos elementos 
constituintes das palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das 
palavras no seu todo e ainda o de frases inteiras. 
 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
O significado das palavras3 é estudado pela semântica, a 
parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras 
como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre 
si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia... 
Compreender essas relações nos proporciona o 
alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para 
uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos 
diversos contextos e intenções comunicativas. 
 
Sinônimos 
 
Trata4 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos 
iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da 
intenção do falante. 
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, 
se levarmos em conta as variações geográficas (aipim = 
macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = 
salsão...). 
Exemplos de sinônimos: 
- Brado, grito, clamor. 
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir. 
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. 
 
Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo 
ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos 
diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de 
significação e certas propriedades que o escritor não pode 
desconhecer. 
Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais 
restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala 
corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da 
linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e 
tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo). 
Exemplos: 
- Adversário e antagonista. 
- Translúcido e diáfano. 
- Semicírculo e hemiciclo. 
- Contraveneno e antídoto. 
- Moral e ética. 
- Colóquio e diálogo. 
- Transformação e metamorfose. 
- Oposição e antítese. 
 
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se 
sinonímia, palavra que também designa o emprego de 
sinônimos. 
 
Antônimos 
Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na 
forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente 
ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com 
prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária. 
Exemplos: 
- Ordem e anarquia. 
- Soberba e humildade. 
4 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando 
Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
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Língua Portuguesa 8 
- Louvar e censurar. 
- Mal e bem. 
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido 
oposto ou negativo. 
Exemplos: 
- bendizer/maldizer 
- simpático/antipático 
- progredir/regredir 
- concórdia/discórdia 
- explícito/implícito 
- ativo/inativo 
- esperar/desesperar 
 
Questões 
 
01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava 
que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não 
implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada 
participante das novas mídias terá um envolvimento 
gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de 
meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das 
informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa 
pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a 
superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas 
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos 
participar. 
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, 
apenas em número de atualizações nas páginas e na 
capacidade dos usuários de distinguir essas variações como 
relevantes no conjunto virtualmente infinito das 
possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no 
labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a 
habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a 
extrair informações relevantes de um conjunto finito de 
observações e reconhecer a organização geral da rede de que 
participam. 
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes 
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos 
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens 
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem 
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o 
sentimento de pânico experimentados por um número 
crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo 
móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa 
informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir 
os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto 
um veneno para o espírito. 
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. 
Revista USP, no 92. Adaptado) 
 
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho 
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos 
adequados respectivamente em: 
(A) procurar / gostar de / ilustrar 
(B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer 
(C) interferir / propor / embrutecer 
(D) intrometer-se / prezar / esclarecer(E) contrapor-se / consolidar / iluminar 
 
02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A 
entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes 
contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; 
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, 
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, 
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o 
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela 
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres 
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os 
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos 
molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e 
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de 
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com 
efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos 
de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento 
daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e 
sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, 
num longo enxurro de carcaças e molambos... 
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma 
arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: 
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças 
envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, 
escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris 
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos 
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; 
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de 
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e 
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. 
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. 
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) 
 
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de 
sinônimos? 
(A) Armistício – destruição 
(B) Claudicante – manco 
(C) Reveses – infortúnios 
(D) Fealdade – feiura 
(E) Opilados – desnutridos 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.A 
 
Homônimos 
 
 Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas 
com significados diferentes. Exemplos: 
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo). 
- Aço (substantivo) e asso (verbo). 
 
Só o contexto é que determina a significação dos 
homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, 
por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. 
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto 
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: 
 
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes 
no timbre ou na intensidade das vogais. 
- Rego (substantivo) e rego (verbo). 
- Colher (verbo) e colher (substantivo). 
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo). 
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). 
- Para (verbo parar) e para (preposição). 
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). 
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de 
per+o). 
 
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e 
diferentes na escrita. 
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). 
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). 
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de 
consertar). 
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). 
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar 
(acelerar). 
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). 
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). 
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). 
- Paço (palácio) e passo (andar). 
- Hera (trepadeira), era (época), era (verbo). 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = 
anular). 
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão 
(tempo de uma reunião ou espetáculo). 
 
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na 
pronúncia. 
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). 
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). 
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). 
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). 
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). 
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). 
 
Parônimos 
 
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: 
- coro e couro, 
- cesta e sesta, 
- eminente e iminente, 
- degradar e degredar, 
- cético e séptico, 
- prescrever e proscrever, 
- descrição e discrição, 
- infligir (aplicar) e infringir (transgredir), 
- sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), 
- comprimento e cumprimento, 
- deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, 
divergir, adiar), 
- ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), 
- vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e 
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). 
 
Questões 
 
01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo – 
FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as 
palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: 
(A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é 
crime! 
(B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente. 
(C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão 
agora expiar seus crimes. 
(D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é 
preciso o bom censo. 
(E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de 
tomate. 
 
02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico 
e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em 
que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: 
(A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem 
gentil). 
(B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). 
(C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se 
senta). 
(D) Nenhuma das alternativas. 
 
03. (Prefeitura de Salvador/BA – Técnico de 
Enfermagem do Trabalho – FGV) Assinale a opção que 
mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira 
das formas entre parênteses. 
(A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher 
sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro) 
(B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você 
acha que as pessoas andariam com os jeans apertados desse 
 
5 https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html 
jeito se não fosse pela conotação sexual?”. 
(vestiário/vestuário) 
(C) “A diminuição __________ do nível da água dos 
reservatórios trazia preocupação aos governadores de 
Estado”. (eminente/iminente) 
(D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades 
de __________ penas mais duras aos criminosos”. 
(infligir/infringir) 
(E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o 
acerto das votações no Congresso Nacional”. (retificar / 
ratificar) 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.A / 03.D 
 
Hiperonímia e Hiponímia 
 
Partindo do princípio de que as palavras estabelecem 
entre si uma relação de significado, observe este enunciado5: 
Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... 
Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação. 
Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”, 
“melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma 
relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao 
observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos 
à conclusão pretendida. Note: 
 
Hiperonímia6 - como o próprio prefixo já nos indica, esta 
palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste 
todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas. 
Palavras e expressões de sentido mais geral. 
 
Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra 
anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada 
item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim, 
essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com 
sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior 
que são as frutas. 
 
Questões 
 
01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da 
vintee cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas 
regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo 
campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da 
Amazônia. 
Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são 
designados como: 
(A) hiperônimos. 
(B) hipônimos. 
(C) cognatos. 
(D) polissêmicos. 
(E) parônimos. 
 
02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de 
proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima 
a palavra “veículo” representa um caso de: 
(A) polissemia; 
(B) antonímia; 
(C) hiponímia; 
(D) hiperonímia; 
(E) heteronímia. 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.D 
6 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-
hiponimia.htm 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
Polissemia 
 
A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do 
contexto, muda de sentido (mas não muda de classe 
gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de 
automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa 
peça”, “uma peça de carne” etc. 
Agora, observe mais estes exemplos: 
Desculpe o bolo que te dei ontem. 
Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica. 
Tenho um bolo de revistas lá em casa.7 
 
Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a 
palavra tem um único significado. 
 
É possível perceber que alguns desses contextos passaram 
a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas 
adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que 
o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece, 
sendo os demais atribuídos pela analise contextual. 
 
Polissemia e Homonímia 
Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete 
a uma palavra que apresenta diversos significados que se 
encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere-
se as duas ou mais palavras que apresentam origens e 
significados distintos, mas possuem grafia e fonologia 
idênticas. 
Por exemplo, “manga” é uma palavra que representa um 
caso de homonímia. O termo designa tanto uma fruta quanto 
uma parte da camisa. Não se trata de uma polissemia por que 
os dois significados são próprios da palavra e têm origens 
diferentes. Por esse motivo, muitos especialistas defendem 
que a palavra “manga” deveria possuir duas entradas distintas 
no dicionário. 
 
Polissemia e Ambiguidade 
Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos 
da linguagem que podem provocar confusões na interpretação 
de frases. No caso da ambiguidade, geralmente, o enunciado 
apresenta uma construção de palavras que permite mais de 
uma interpretação para a frase em questão. 
Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um 
significado, mas de como as palavras estão dispostas na frase, 
permitindo que as informações sejam interpretadas de mais 
de uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua 
amiga, que frequentava o mesmo clube que ele. Nesse caso, o 
pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima. 
Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir 
mais de um significado, ela pode fazer com que as pessoas não 
compreendam o sentido usado no primeiro contato com a 
frase e interpretem o enunciado de uma maneira diferente do 
que ele era intencionado. Neste caso, para que isso não ocorra, 
é importante que fique claro qual é o contexto em que a 
palavra foi usada. 
 
Questão 
 
01. (SANEAGO/GO - Agente de Saneamento - CS/2018) 
 
Predestinação 
 
Tinha no nome seu destino líquido: mar, rio e lago. 
Pois chamava-se Mário Lago. 
Viu a luz sob o signo de Piscis. 
Brilhava no céu a constelação de Aquário. 
Veio morar no Rio. 
Quando discutia, sempre levava um banho. 
 
7 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013. 
Pois era um temperamento transbordante. 
Sua arte preferida: água-forte. 
Seu provérbio predileto: "Quem tem capa, escapa". 
Sua piada favorita: "Ser como o rio: 
seguir o curso sem deixar o leito". 
Pois estudava: engenharia hidráulica. 
Quando conheceu uma moça de primeira água. 
Foi na onda. 
Teve que desistir dos estudos quando 
já estava na bica para se formar. 
Então arranjou um emprego em Ribeirão das Lajes. 
Donde desceu até ser leiteiro. 
Encarregado de pôr água no leite. 
Ficou noivo e deu à moça uma água-marinha. 
Mas ela o traiu com um escafandrista. 
E fugiu sem dizer água vai. 
Foi aquela água. 
Desde então ele só vivia na chuva 
Virou pau de água. 
Portanto, com hidrofobia. 
Foi morar numa água-furtada. 
Deu-lhe água no pulmão. 
Rim flutuante. 
Água no joelho. 
Hidropsia. 
Bolha d’água. 
Gota. 
Catarata. 
Morreu afogado. 
FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Editora Círculo do Livro: 
São Paulo, 1975. 
 
O humor do texto é construído por meio do jogo entre 
palavras denotativas e conotativas. O principal recurso de 
sentido usado, portanto, foi a: 
(A) polissemia. 
(B) ironia. 
(C) intertextualidade. 
(D) ambiguidade. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor Temporário - Língua 
Portuguesa - NUCEPE/2018) 
 
 
 
O efeito de humor, na tirinha, é explorado pelo recurso 
semântico da: 
(A) Sinonímia. 
(B) Polissemia 
(C) Contradição. 
(D) Antonímia. 
(E) Ambiguidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
03. (SAMAE de Caxias do Sul/RS - Assistente de 
Planejamento - OBJETIVA/2017) 
 
 
 
Considerando-se a representação semântica da palavra 
“vendo” no contexto da tirinha abaixo, é CORRETO afirmar 
que ocorre: 
(A) Denotação. 
(B) Conotação. 
(C) Homonímia. 
(D) Homofonia. 
(E) Sinonímia. 
 
04. (Pref. Videira/SC - Agente Administrativo - 
ASSCONPP/2016) Observe as frases abaixo: 
I. A mãe vela pelo sono do filho doente. 
II. O barco à vela foi movido pelo vento. 
 
A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade 
das palavras é denominada: 
(A) Homonímia; 
(B) Polissemia; 
(C) Sinonímia; 
(D) Antonímia; 
(E) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
05. (Pref. Fronteira/MG - Contador - MÁXIMA/2016) 
 
 
 
A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de 
uma palavra através de um recurso: 
(A) Vida - homonímia; 
(B) Balanço - polissemia; 
(C) Balanço - sinonímia; 
(D) Vida - polissemia. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.B / 03.C / 04.B / 05.B 
 
Sentido Próprio e Sentido Figurado 
 
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou 
no sentido figurado. Exemplos: 
- Construí um muro de pedra. (Sentido próprio). 
- Ênio tem um coração de pedra. (Sentido figurado). 
- As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio). 
- As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado). 
 
 
 
Denotação e Conotação 
 
Denotação é o sentido da palavra interpretada ao pé da 
letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na 
maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da 
palavra, aquele encontrado no dicionário. Exemplo: “Uma 
pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” 
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou 
seja, o objeto mesmo. 
 
Conotação é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, 
aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. 
Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as 
atiradas pela mão.” 
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que 
usualmente significa, mas um insulto, uma ofensa produzida 
pelas palavras. 
 
Ampliação de Sentido 
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a 
designar uma quantidade mais ampla de significado do que o 
seu original. 
“Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada 
para designar o atode viajar em um barco, ampliou 
consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de 
viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de 
sentido, que um passageiro: 
- embarcou em um trem. 
- embarcou no ônibus das dez. 
- embarcou no avião da força aérea. 
- embarcou num transatlântico. 
 
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que 
escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por 
ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de 
praticante de escalar montanhas. 
 
Restrição de Sentido 
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento 
inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade 
mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o 
caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e 
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um 
universo restrito do conhecimento. 
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura 
gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na 
língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para 
formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo 
de formação de palavras por composição em que a junção dos 
elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de 
pernilongo (perna + longa). 
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais 
aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por 
exemplo, que designa uma personagem de desenhos 
animados, não se formou por aglutinação, mas por 
justaposição. 
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o 
significado das palavras para dar precisão à comunicação. 
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, 
não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que 
gira em torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve 
para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade 
de acompanhar o movimento do Sol. 
Há certas palavras que, além do significado explícito, 
contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são 
muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica 
certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a 
existência de ao menos uma além daquela indicada. 
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que 
nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao 
menos um livro além daquele que está sendo autografado. 
 
Questões 
 
01. (PC/CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP) 
 
A morte do narrador 
 
Recentemente recebi um e-mail de uma leitora 
perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura 
para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, 
em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais 
vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo 
parecer com seus netos. 
Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter 
me entendido mal, o que acontece com frequência quando se 
discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o 
próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente 
corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade", 
entre outros. 
Uma característica do politicamente correto é que, quando 
ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse 
uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A 
marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia 
articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. 
Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia 
que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no 
abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que 
eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como 
metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo 
que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, 
devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo 
contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às 
vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está 
intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e 
da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos 
sintomas neuróticos descritos por Freud. 
Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que 
na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer 
dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a 
vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os 
mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender 
a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes 
sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, 
é também desorganizador da própria juventude. Ouço 
cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu 
desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com 
eles. 
Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a 
combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas 
de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, 
aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do 
acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, 
que questionam as “verdades constituídas do passado". A 
própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna 
– ciência, técnica, superação de tradição – agrava a 
invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado 
(que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: 
idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou 
para as redes sociais. 
(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado) 
 
O termo empregado com sentido figurado está em 
destaque na seguinte passagem do texto: 
(A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece 
com frequência quando se discute o tema da velhice… 
(segundo parágrafo). 
(B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de 
minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e 
vovós… (primeiro parágrafo). 
(C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia 
que na modernidade o narrador da vida desapareceu. 
(Penúltimo parágrafo). 
(D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência 
moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a 
invisibilidade dos mais velhos. (Último parágrafo). 
(E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem 
se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto 
parágrafo). 
 
02. (PC/CE – Escrivão de Polícia Civil – VUNESP) 
 
Ficção universitária 
 
Os dados do Ranking Universitário publicados em 
setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos 
desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e 
ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem 
pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir 
mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-
se assim instituições que se destacam também no ensino. 
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma 
cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em 
termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais 
estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à 
frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não 
decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, 
seja capaz de ensinar. 
O gasto médio anual por aluno numa das três 
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as 
despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa 
pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e 
Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do 
ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em 
renúncias fiscais. 
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber 
que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete 
milhões de universitários em instituições com o padrão de 
investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa 
aumentar

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