Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Analista Censitário (AC) Gestão e Infraestrutura Língua Portuguesa Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo);Interpretação e organização interna ................................................................................................ 1 Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; ......................................................................... 6 Emprego de tempos e modos dos verbos em português. .......................................................................................... 13 Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos. ................................................................................................................ 18 Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação; .................... 42 Concordância nominal e verbal; .................................................................................................................................... 55 Transitividade e regência de nomes e verbos; ............................................................................................................ 58 Padrões gerais de colocação pronominal no português;............................................................................................ 62 Mecanismos de coesão textual. ...................................................................................................................................... 63 Ortografia. .......................................................................................................................................................................... 65 Acentuação gráfica. .......................................................................................................................................................... 73 Emprego do sinal indicativo de crase. ........................................................................................................................... 74 Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 77 Estilística: figuras de linguagem. .................................................................................................................................... 79 Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação linguística: norma culta. .................... 82 Raciocínio Lógico Quantitativo I - Noções básicas de lógica: conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências, afirmações e negações, silogismos. II - Estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, objetos e eventos. ....................... 1 III - Dedução de novas informações a partir de outras apresentadas. .................................................................... 21 IV - Lógica da argumentação. .......................................................................................................................................... 23 V - Diagramas lógicos. ....................................................................................................................................................... 28 VI - Análise, interpretação e utilização de dados apresentados em tabelas e gráficos. ........................................ 33 VII - Princípio fundamental da contagem. .................................................................................................................... 37 VIII - Cálculo de probabilidade em espaços amostrais finitos. .................................................................................. 41 Conhecimentos Específicos O Sistema Organizacional - Teoria geral dos sistemas; ................................................................................................. 1 A organização como um sistema social; ........................................................................................................................... 4 Cultura organizacional; ....................................................................................................................................................... 5 Tecnologia e estratégia empresarial; ............................................................................................................................. 10 Estruturas de poder; ......................................................................................................................................................... 28 Liderança e motivação; .................................................................................................................................................... 31 Gerenciamento de projetos - planejamento, acompanhamento e controle; ........................................................... 43 Noções básicas da administração pública direta e indireta. ...................................................................................... 52 Orçamento Público; orçamento como instrumento de controle; integração do orçamento com a contabilidade; noções básicas das técnicas de elaboração de projeções financeiras. ..................................................................... 61 Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Administração de Materiais - Planejamento: análise, especificação, classificação; padronizações, catalogação, normalização; previsão de consumo e aquisição; lote econômico - cálculo e aplicação; aquisição-pesquisa de mercado, cadastro, controle e escolha de fornecedores; ........................................................................................... 71 Administração de compras; noções básicas sobre processos de licitação (Lei nº 8.666/93, Lei nº 8.883/94, e alterações posteriores),.................................................................................................................................................. 101 Pregão Lei nº 10.520/02 ................................................................................................................................................ 149 Decreto nº 3.555/00, ...................................................................................................................................................... 153 Decreto nº 7.892/13 e alterações posteriores). ........................................................................................................ 157 Noções básicas sobre armazenamento e controle; ................................................................................................... 162 Noções básicas sobre administração patrimonial. .................................................................................................... 169 Recursos Humanos - Visão geral da área de Recursos Humanos. .......................................................................... 173 Conceito e cenário do Serviço Público Federal. ......................................................................................................... 180 Conceito e papel do RH nas organizações. .................................................................................................................. 186 Administração de Recursos Humanos: Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112/90, e alterações posteriores). 186 Registros funcionais: exigências legais. ....................................................................................................................... 214 Sistemas informatizados de gestãode informações de pessoal.............................................................................. 224 Processo admissional. .................................................................................................................................................... 226 Obrigações trabalhistas, previdenciárias e de tributos. ........................................................................................... 229 Controle de frequência e de férias. O provimento de mão de obra no Serviço Público Federal. ...................... 231 Planejamento, execução e acompanhamento de processos seletivos. ................................................................... 232 Legislação: Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e alterações posteriores; .................................................. 237 Portaria nº 450, de 6 de novembro de 2002, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. .............. 240 Desenvolvimento e avaliação de programas de treinamento. ................................................................................ 242 Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Aqui você vai saber tudo sobre o Conteúdo Extra Online Para acessar o Conteúdo Extra Online (vídeoaulas, testes e dicas) digite em seu navegador: www.apostilasopcao.com.br/extra O Conteúdo Extra Online é apenas um material de apoio complementar aos seus estudos. O Conteúdo Extra Online não é elaborado de acordo com Edital da sua Apostila. O Conteúdo Extra Online foi tirado de diversas fontes da internet e não foi revisado. A Apostilas Opção não se responsabiliza pelo Conteúdo Extra Online. AVISO IMPORTANTE Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br A Apostilas Opção não está vinculada as organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na carreira pública. Sua Apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada. Alterações e Retificações após a divulgação do Edital estarão disponíveis em Nosso Site na Versão Digital. Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: https://www.apostilasopcao.com.br/contatos.php, com retorno do Professor no prazo de até 05 dias úteis. PIRATARIA É CRIME: É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização. AVISO IMPORTANTE Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br LÍNGUA PORTUGUESA Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 1 SENTIDO LITERAL E SENTIDO NÃO LITERAL Literal É o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da palavra. Exemplo: “Uma pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal. Não Literal É o sentido da palavra desviado do usual, isto é, aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas pela mão.” “Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que usualmente indica, mas um insulto, uma ofensa produzida pela boca. Ampliação de Sentido Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a designar uma quantidade mais ampla de objetos ou noções do que originariamente. “Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada para designar o ato de viajar em um barco, ampliou consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um passageiro: - Embarcou num ter. - Embarcou no ônibus das dez. - Embarcou no avião da força aérea. - Embarcou num transatlântico. “Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante do esporte de escalar montanhas. Restrição de Sentido Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um universo restrito do conhecimento. A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo de formação de palavras por composição em que a junção dos elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna + longa). Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que designa uma personagem de desenhos animados, não se formou por aglutinação, mas por justaposição. Em linguagem científica é muito comum restringir-se o significado das palavras para dar precisão à comunicação. A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em torno do Sol: seu sentido sofreu restrição, e ela serve para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar o movimento do Sol. Há certas palavras que, além do significado explícito, contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a existência de ao menos uma além daquela indicada. Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao menos um livro além daquele que está sendo autografado. Tipos de Gêneros Textuais Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo. Texto Narrativo Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: • Romance • Novela • Crônica • Contos de Fada • Fábula • Lendas Texto Descritivo Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletosde adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos: • Diário • Relatos (viagens, históricos, etc.) • Biografia e autobiografia • Notícia • Currículo • Lista de compras • Cardápio • Anúncios de classificados Texto Dissertativo-Argumentativo Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo); Interpretação e organização interna Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 2 Exemplos de gêneros textuais dissertativos: • Editorial Jornalístico • Carta de opinião • Resenha • Artigo • Ensaio • Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado Questões 01. A morte do narrador Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo parecer com seus netos. Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o próprio termo “velhice” já pede sinônimos politicamente corretos, como “terceira idade”, “melhor idade”, “maturidade”, entre outros. Uma característica do politicamente correto é que, quando ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e da morte. Sua opção é pela “negação”, traço de um dos sintomas neuróticos descritos por Freud. Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os mais velhos querem “aprender” com os mais jovens (aprender a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, é também desorganizador da própria juventude. Ouço cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com eles. Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, que questionam as “verdades constituídas do passado”. A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (que “nada” serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou para as redes sociais. (Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014) O termo empregado com sentido figurado está em destaque na seguinte passagem do texto: (A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice… (segundo parágrafo). (B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós… (primeiro parágrafo). (C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. (penúltimo parágrafo). (D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. (último parágrafo). (E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto parágrafo). 02. Ficção universitária Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando- se assim instituições que se destacam também no ensino. O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em renúncias fiscais. Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas. (Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013.) Assinale a alternativa em que a expressão destacada é empregada em sentido figurado. (A) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas... (B) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013... (C) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos... (D) ... das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino... (E) ... todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa... Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 3 03. Leia o texto para responderà questão. Um pé de milho Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarra no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos. (Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001) Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há termos empregados em sentido figurado. (A) ... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho é um belo gesto da terra. (3º §) (B) Mas ele reagiu. (1º §) / ... na verdade aquilo era capim. (1º §) (C) Secaram as pequenas folhas... (1º §) / Sou um ignorante... (2º §) (D) Ele cresceu, está com dois metros... (2º §) / Tinha visto centenas de milharais... (2º §) (E) ... lança as suas folhas além do muro... (2º §) / Há muitas flores belas no mundo... (3º §) 04. Assinale a opção em que NÃO há palavra usada em sentido conotativo. (A) Tuas atitudes são o espelho do teu caráter. (B) Regras podem ser estabelecidas para uma convivência pacífica. (C) Pipocavam palavras no texto, como se fossem rabiscos coloridos do próprio pensamento (D) Choviam risadas naquela peça de humor. (E) A sabedoria abre as portas do conhecimento. 05. Sobre a tirinha, de uma maneira geral, analise as afirmações. I. A linguagem do texto da tirinha é absolutamente formal. II. A palavra “Garfield”, no segundo quadrinho, aparece isolada por vírgula por se tratar de um vocativo. III. O humor da tirinha se constrói com base, essencialmente, na linguagem não verbal, já que as bruscas alterações nas feições de Garfield levam à estranheza do leitor. Está correto o que se afirma em: (A) I, somente. (B) II, somente. (C) III, somente. (D) I e III, somente. (E) II e III, somente. Respostas 01.D / 02.A / 03.A / 04.B / 05.B Interpretação de texto Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com muita confiança. Entender as técnicas de compreensão e interpretação de textos, além de ser importante para responder as questões específicas, é fundamental para que você compreenda o enunciado das questões de atualidades, de matemática, de direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, embora tenham bastante conhecimentos das matérias que caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque não entendem o que a banca examinadora está pedindo. As questões de compreensão e interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a: identificar: Reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto. comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no texto. comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. resumir: Concentrar as ideias centrais em um só parágrafo. parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras. continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática. Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade de observação, de síntese e de raciocínio. Fonte: http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/compreensao-e- interpretacao-de-textos.html Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 4 Dicas para melhorar a interpretação de textos A dificuldade na compreensão e interpretação de textos deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas: 1: Não se assuste com o tamanho do texto. 2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. 3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente. 4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar as palavras mais importantes de cada parágrafo que constituem as palavras-chave do texto em torno das quais as outras se organizam para dar significação e produzirem sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do texto. 5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do texto. 6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as palavras desconhecidas do texto. 7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras que você sublinhou no texto. 8: Voltar ao texto quantas vezes precisar. 9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. 10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para melhor compreensão. 11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente. 12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu. 13: Quando duas alternativas lhe parecemcorretas, procurar a mais exata ou a mais completa. 14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva. 15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto. 16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta. 17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem. 18: O autor defende ideias e você deve percebê-las. 19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. 20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento léxico, é fazer palavras cruzadas. 21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas. Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar- interpretacao-de-textos Questões O uso da bicicleta no Brasil A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos. No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas metrópoles brasileiras (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de regulamentação. (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 5 incentivado em várias cidades. (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores. (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de transporte. (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar. 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista. (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir um carro. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta no Brasil. (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se consolidou no Brasil. (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao pedestre. 03. Considere o cartum de Evandro Alves. Afogado no Trânsito (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. (D) o número excessivo de automóveis nas ruas. (E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 04. Considere o cartum de Douglas Vieira. Televisão (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) É correto concluir que, de acordo com o cartum , (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou pela TV são equivalentes. (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação mais ativa. (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém que não sabe se distrair. (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir a um programa de televisão. (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo idêntico, embora ler seja mais prazeroso. Leia o texto para responder às questões: Propensão à ira de trânsito Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas também se engajam num comportamento de risco – algumas até agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir que este chegue onde precisa. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um motorista a tomar decisões irracionais. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no momento. Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que entra no trânsito, você sejunta a uma comunidade de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de dirigir. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças aprendem que as regras normais em relação ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um incidente em uma violenta briga. Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está predisposta a apresentar um comportamento irracional quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a emoção. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia- no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 6 05. Tomando por base as informações contidas no texto, é correto afirmar que (A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto comunitário do ato de dirigir. (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção agressiva. (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de experiências e atividades não só individuais como também sociais. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das emoções positivas por parte dos motoristas. Respostas 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) ADEQUAÇÃO VOCABULAR Adequação Vocabular1 é obter das palavras os melhores efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto em que elas são produzidas: para quem são produzidas, quem produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. É conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso, conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido. Como adequar as palavras? Uma das formas de adequação vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou hiperônimo. Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com significado mais restrito. É o que acontece com as palavras doença (hiperônimo) e gripe (hipônimo). Também podemos adequar bem as palavras usando e aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia, antonímia, conotação e denotação. A adequação vocabular depende de uma boa escolha lexical. A homonímia caracteriza duas palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas com significação distinta, ou ainda palavras que apresentam pequenas diferenças, mas que podem causar muitas dúvidas no momento da escrita. Ocorre paronímia quando há palavras parecidas na forma e diferentes no significado: docente (relativo a professor) discente (relativo a aluno). Sinonímias são palavras diferentes que apresentam significados aproximados, não necessariamente totalmente equivalentes. Exemplos: desenvolvimento e crescimento. Contrariamente à sinonímia, relação na qual as palavras apresentam significados semelhantes, a antonímia indica a relação de contrariedade existente entre palavras que 1 http://slideplayer.com.br/slide/1270845/ http://conversadeportugues.com.br/2015/11/adequacao-e-inadequacao- linguistica/ apresentam significados opostos. Exemplos: alegre e triste. Sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em sentido figurado, subjetivo ou expressivo. Já o sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em seu sentido próprio, literal, original, real, objetivo. Adequação Linguística Fatores Contexto Interlocuto res Com quem estamos falando? Situação É uma situação formal ou informal? Assunto Tratamos de assuntos diferentes com o mesmo tipo de linguagem? O nascimento de um bebê é anunciado da mesma forma que um velório? Ambiente Estamos em uma festa ou no escritório? Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em Construção descreve seis critérios de adequação vocabular, listados a seguir: 1. A adequação ao referente: esse critério baseia-se na utilização de vocábulos gerais frente a vocábulos específicos. O exemplo que o autor dá é a palavra ver, que tem emprego mais amplo que observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc. Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol, certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo que se eu disser Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol, não haverá nenhum problema na comunicação, pois houve adequação quanto ao uso do vocábulo. 2. Adequação ao ponto de vista: aqui serão levados em consideração os vocábulos positivos, neutros e negativos. Em “Você me deu um café gelado”, a palavra gelado assume valor negativo, entretanto, assume valor positivo em “Depois do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada?” 3. Adequação aos interlocutores: há, nesse critério, quatro tipos de seleção vocabular: - quanto à atividade profissional com o uso dos jargões; - quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou seja, um chefe de Estado se expressa como o que se espera de alguém que ocupa tal cargo; - quanto à idade com o uso de vocábulos modernos (luminária) ou antigos (abajur); - quanto à origem dos interlocutores com emprego do vocábulo regional (piá – criança). 4. Adequação à situação de comunicação: refere-se, esse critério, ao uso de vocábulos formais ou informais e ainda aos estrangeirismos. Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando necessárias, ou seja, quando forem importantes para o entendimento; em uma situação de estilo ou quando não houver palavra equivalente na Língua Portuguesa. 5. Adequação ao código: é relevante para esse critério a correção não só ortográfica, mas também semântica, respeitando os significados dicionarizados. Agostinho ressalta que os empregos “de moda” devem ser Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 7 evitados, pois “em nada contribuem para o real enriquecimento de um idioma” e dá um exemplo: colocar em lugar de apresentar e assumir em lugarde responsabilizar-se: – Vou colocar aqui um problema… – Se der errado, eu assumo… 6. Adequação ao contexto: as situações textuais revelam- se nas relações desenvolvidas entre as palavras do texto. Por exemplo: - se há relação de causa e efeito – tropeçar/cair; - se há relação de finalidade – livro/estudar; - se há relação de parte e todo – rei/xadrez; - se há relação de sinonímia – aroma/perfume; - se há relação de antonímia – entrar/sair; - se há relação de unidade e coletivo – livro/biblioteca; - se há relação de objeto e ação – cadeira/sentar; - se há relação simbólica – pomba/paz. O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo em critério inadequado à situação estará errado. Questões 01. (PC/RJ - Inspetor de Polícia) Assinale a alternativa correta quanto à grafia e à adequação vocabular. (A) Estudamos muito afim de sermos aprovados. (B) As ideias dela sempre vêm de encontro às minhas, ou seja, sempre concordamos um com o outro. (C) Naquela sessão da empresa, há funcionários pouco esforçados. (D) Somamos vultuosas quantias com o nosso esforço de poupar. (E) Ele é sempre tachado de ignorante. 04. (AL/MA - Advogado - FGV) "No mundial de futebol dos Estados Unidos, o locutor Evaldo José repetiu que a partida Romênia X Suécia ia ser decidida por penalidade máxima. E sempre me impressiona a capacidade de se falar sem pensar (psitacismo). Naturalmente a coisa só é penalidade (penalty) quando alguma falta foi cometida. Como na disputa final não houve qualquer falta se trata apenas de um tiro livre ou chute livre, em gol". (Millôr Fernandes, adaptado) O tema do texto trata do seguinte tópico: (A) coesão formal entre elementos. (B) polissemia de alguns vocábulos. (C) presença de intertextualidade. (D) adequação vocabular. (E) desconhecimento de estrangeirismos Gabarito 01.E / 02.D SEMÂNTICA Conceito A semântica2 é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras, frases e textos de uma língua. A semântica está dividida em: descritiva ou sincrônica – a que estuda o sentido atual das palavras e em histórica ou diacrônica - a que estuda as mudanças que as palavras sofreram no tempo e no espaço. A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através da linguagem. Outras 2 http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.php 3 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal, e semiótica. Em sentido largo, pode-se entender semântica como um ramo dos estudos linguísticos que se ocupa dos significados produzidos pelas diversas formas de uma língua. Dentro dessa definição ampla, pertence ao domínio da semântica tanto a preocupação com determinar o significado dos elementos constituintes das palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das palavras no seu todo e ainda o de frases inteiras. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS O significado das palavras3 é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia... Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e intenções comunicativas. Sinônimos Trata4 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da intenção do falante. Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, se levarmos em conta as variações geográficas (aipim = macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = salsão...). Exemplos de sinônimos: - Brado, grito, clamor. - Extinguir, apagar, abolir, suprimir. - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de significação e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo). Exemplos: - Adversário e antagonista. - Translúcido e diáfano. - Semicírculo e hemiciclo. - Contraveneno e antídoto. - Moral e ética. - Colóquio e diálogo. - Transformação e metamorfose. - Oposição e antítese. O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que também designa o emprego de sinônimos. Antônimos Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária. Exemplos: - Ordem e anarquia. - Soberba e humildade. 4 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 8 - Louvar e censurar. - Mal e bem. A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo. Exemplos: - bendizer/maldizer - simpático/antipático - progredir/regredir - concórdia/discórdia - explícito/implícito - ativo/inativo - esperar/desesperar Questões 01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos participar. Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral da rede de que participam. O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o sentimento de pânico experimentados por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno para o espírito. (Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP, no 92. Adaptado) As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho / estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos adequados respectivamente em: (A) procurar / gostar de / ilustrar (B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer (C) interferir / propor / embrutecer (D) intrometer-se / prezar / esclarecer(E) contrapor-se / consolidar / iluminar 02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, naquele armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e molambos... Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. (CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos? (A) Armistício – destruição (B) Claudicante – manco (C) Reveses – infortúnios (D) Fealdade – feiura (E) Opilados – desnutridos Gabarito 01.B / 02.A Homônimos Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas com significados diferentes. Exemplos: - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo). - Aço (substantivo) e asso (verbo). Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das vogais. - Rego (substantivo) e rego (verbo). - Colher (verbo) e colher (substantivo). - Jogo (substantivo) e jogo (verbo). - Apoio (verbo) e apoio (substantivo). - Para (verbo parar) e para (preposição). - Providência (substantivo) e providencia (verbo). - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de per+o). Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e diferentes na escrita. - Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). - Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de consertar). - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar). - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). - Censo (recenseamento) e senso (juízo). - Cerrar (fechar) e serrar (cortar). - Paço (palácio) e passo (andar). - Hera (trepadeira), era (época), era (verbo). Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 9 - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = anular). - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo). Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia. - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). - Cedo (verbo), cedo (advérbio). - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). - Alude (avalancha), alude (verbo aludir). Parônimos São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: - coro e couro, - cesta e sesta, - eminente e iminente, - degradar e degredar, - cético e séptico, - prescrever e proscrever, - descrição e discrição, - infligir (aplicar) e infringir (transgredir), - sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), - comprimento e cumprimento, - deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), - ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), - vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). Questões 01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo – FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: (A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é crime! (B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente. (C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão agora expiar seus crimes. (D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é preciso o bom censo. (E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de tomate. 02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: (A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem gentil). (B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). (C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se senta). (D) Nenhuma das alternativas. 03. (Prefeitura de Salvador/BA – Técnico de Enfermagem do Trabalho – FGV) Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira das formas entre parênteses. (A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro) (B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você acha que as pessoas andariam com os jeans apertados desse 5 https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html jeito se não fosse pela conotação sexual?”. (vestiário/vestuário) (C) “A diminuição __________ do nível da água dos reservatórios trazia preocupação aos governadores de Estado”. (eminente/iminente) (D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades de __________ penas mais duras aos criminosos”. (infligir/infringir) (E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o acerto das votações no Congresso Nacional”. (retificar / ratificar) Gabarito 01.C / 02.A / 03.D Hiperonímia e Hiponímia Partindo do princípio de que as palavras estabelecem entre si uma relação de significado, observe este enunciado5: Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação. Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”, “melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos à conclusão pretendida. Note: Hiperonímia6 - como o próprio prefixo já nos indica, esta palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas. Palavras e expressões de sentido mais geral. Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim, essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior que são as frutas. Questões 01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da vintee cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da Amazônia. Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são designados como: (A) hiperônimos. (B) hipônimos. (C) cognatos. (D) polissêmicos. (E) parônimos. 02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima a palavra “veículo” representa um caso de: (A) polissemia; (B) antonímia; (C) hiponímia; (D) hiperonímia; (E) heteronímia. Gabarito 01.B / 02.D 6 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia- hiponimia.htm Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 10 Polissemia A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do contexto, muda de sentido (mas não muda de classe gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa peça”, “uma peça de carne” etc. Agora, observe mais estes exemplos: Desculpe o bolo que te dei ontem. Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica. Tenho um bolo de revistas lá em casa.7 Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a palavra tem um único significado. É possível perceber que alguns desses contextos passaram a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece, sendo os demais atribuídos pela analise contextual. Polissemia e Homonímia Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete a uma palavra que apresenta diversos significados que se encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere- se as duas ou mais palavras que apresentam origens e significados distintos, mas possuem grafia e fonologia idênticas. Por exemplo, “manga” é uma palavra que representa um caso de homonímia. O termo designa tanto uma fruta quanto uma parte da camisa. Não se trata de uma polissemia por que os dois significados são próprios da palavra e têm origens diferentes. Por esse motivo, muitos especialistas defendem que a palavra “manga” deveria possuir duas entradas distintas no dicionário. Polissemia e Ambiguidade Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos da linguagem que podem provocar confusões na interpretação de frases. No caso da ambiguidade, geralmente, o enunciado apresenta uma construção de palavras que permite mais de uma interpretação para a frase em questão. Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um significado, mas de como as palavras estão dispostas na frase, permitindo que as informações sejam interpretadas de mais de uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua amiga, que frequentava o mesmo clube que ele. Nesse caso, o pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima. Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir mais de um significado, ela pode fazer com que as pessoas não compreendam o sentido usado no primeiro contato com a frase e interpretem o enunciado de uma maneira diferente do que ele era intencionado. Neste caso, para que isso não ocorra, é importante que fique claro qual é o contexto em que a palavra foi usada. Questão 01. (SANEAGO/GO - Agente de Saneamento - CS/2018) Predestinação Tinha no nome seu destino líquido: mar, rio e lago. Pois chamava-se Mário Lago. Viu a luz sob o signo de Piscis. Brilhava no céu a constelação de Aquário. Veio morar no Rio. Quando discutia, sempre levava um banho. 7 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013. Pois era um temperamento transbordante. Sua arte preferida: água-forte. Seu provérbio predileto: "Quem tem capa, escapa". Sua piada favorita: "Ser como o rio: seguir o curso sem deixar o leito". Pois estudava: engenharia hidráulica. Quando conheceu uma moça de primeira água. Foi na onda. Teve que desistir dos estudos quando já estava na bica para se formar. Então arranjou um emprego em Ribeirão das Lajes. Donde desceu até ser leiteiro. Encarregado de pôr água no leite. Ficou noivo e deu à moça uma água-marinha. Mas ela o traiu com um escafandrista. E fugiu sem dizer água vai. Foi aquela água. Desde então ele só vivia na chuva Virou pau de água. Portanto, com hidrofobia. Foi morar numa água-furtada. Deu-lhe água no pulmão. Rim flutuante. Água no joelho. Hidropsia. Bolha d’água. Gota. Catarata. Morreu afogado. FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Editora Círculo do Livro: São Paulo, 1975. O humor do texto é construído por meio do jogo entre palavras denotativas e conotativas. O principal recurso de sentido usado, portanto, foi a: (A) polissemia. (B) ironia. (C) intertextualidade. (D) ambiguidade. 02. (SEDUC/PI - Professor Temporário - Língua Portuguesa - NUCEPE/2018) O efeito de humor, na tirinha, é explorado pelo recurso semântico da: (A) Sinonímia. (B) Polissemia (C) Contradição. (D) Antonímia. (E) Ambiguidade. Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 11 03. (SAMAE de Caxias do Sul/RS - Assistente de Planejamento - OBJETIVA/2017) Considerando-se a representação semântica da palavra “vendo” no contexto da tirinha abaixo, é CORRETO afirmar que ocorre: (A) Denotação. (B) Conotação. (C) Homonímia. (D) Homofonia. (E) Sinonímia. 04. (Pref. Videira/SC - Agente Administrativo - ASSCONPP/2016) Observe as frases abaixo: I. A mãe vela pelo sono do filho doente. II. O barco à vela foi movido pelo vento. A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade das palavras é denominada: (A) Homonímia; (B) Polissemia; (C) Sinonímia; (D) Antonímia; (E) Nenhuma das alternativas anteriores. 05. (Pref. Fronteira/MG - Contador - MÁXIMA/2016) A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de uma palavra através de um recurso: (A) Vida - homonímia; (B) Balanço - polissemia; (C) Balanço - sinonímia; (D) Vida - polissemia. Gabarito 01.D / 02.B / 03.C / 04.B / 05.B Sentido Próprio e Sentido Figurado As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. Exemplos: - Construí um muro de pedra. (Sentido próprio). - Ênio tem um coração de pedra. (Sentido figurado). - As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio). - As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado). Denotação e Conotação Denotação é o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da palavra, aquele encontrado no dicionário. Exemplo: “Uma pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou seja, o objeto mesmo. Conotação é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas pela mão.” “Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que usualmente significa, mas um insulto, uma ofensa produzida pelas palavras. Ampliação de Sentido Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a designar uma quantidade mais ampla de significado do que o seu original. “Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada para designar o atode viajar em um barco, ampliou consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um passageiro: - embarcou em um trem. - embarcou no ônibus das dez. - embarcou no avião da força aérea. - embarcou num transatlântico. “Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante de escalar montanhas. Restrição de Sentido Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um universo restrito do conhecimento. A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo de formação de palavras por composição em que a junção dos elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna + longa). Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que designa uma personagem de desenhos animados, não se formou por aglutinação, mas por justaposição. Em linguagem científica é muito comum restringir-se o significado das palavras para dar precisão à comunicação. A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar o movimento do Sol. Há certas palavras que, além do significado explícito, contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a existência de ao menos uma além daquela indicada. Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu Apostila Digital Licenciada para FRANCISCO HELDER COSTA DA SILVA - CPF:625.989.883-53 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2736129 - Apostila Licenciada para fcohelder1@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 12 outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao menos um livro além daquele que está sendo autografado. Questões 01. (PC/CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP) A morte do narrador Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo parecer com seus netos. Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade", entre outros. Uma característica do politicamente correto é que, quando ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos sintomas neuróticos descritos por Freud. Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, é também desorganizador da própria juventude. Ouço cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com eles. Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, que questionam as “verdades constituídas do passado". A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou para as redes sociais. (Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado) O termo empregado com sentido figurado está em destaque na seguinte passagem do texto: (A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice… (segundo parágrafo). (B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós… (primeiro parágrafo). (C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. (Penúltimo parágrafo). (D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. (Último parágrafo). (E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto parágrafo). 02. (PC/CE – Escrivão de Polícia Civil – VUNESP) Ficção universitária Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando- se assim instituições que se destacam também no ensino. O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em renúncias fiscais. Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar
Compartilhar