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C O N E H S L O D E A QR U I ET UT RA E U R B A N I S M O Engenharia Civil UFPE Concepção e execução de projetos de Arquitetura e Urbanismo Arquitetura de interiores, arquitetura paisagística, patrimônio histórico cultural e artístico, planejamento urbano e regional Topografia, tecnologia e resistência dos materiais, instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo, sistemas construtivos e estruturais Conforto ambiental, meio ambiente, estudo e avaliação dos impactos ambientais, licenciamento ambiental, utilização racional dos recursos disponíveis e desenvolvimento sustentável. O que o arquiteto e urbanista pode fazer, enfim? Todo arquiteto e urbanista que quiser exercer a profissão, após a aprovação do PL 4413/2008, deve se registrar no CAU de seu Estado. Passa a exercer ilegalmente a profissão aquele que não se registrar. Ou seja, não pode fazer opção de se registrar no CREA e exercer a profissão de arquiteto pois as suas atribuições estão definidas pela Lei do CAU. Tem gente dizendo por aí que pode ser opcional. É uma inverdade e fere o artigo 3º do PL do CAU. O PL traz o Acervo Técnico. Com isso os profissionais ganham agilidade no registro de sua produção Pois o CAU passa a ser reconhecido por lei como um órgão público que abriga o registro do acervo do arquiteto e urbanista, ficando encarregado, legalmente, de esclarecer dúvidas legais. Outra grande novidade é que todos arquitetos e urbanistas registrados nos CAUs de seus Estados, são obrigados a votar nas eleições convocadas pelo Conselho estadual. A grande novidade em relação à situação atual (o Código de Ética dos Arquitetos, Engenheiros e Agronômos é aprovado por uma Resolução Plenária) é que o PL do CAU já prevê penalidades e as infrações. Por exemplo, no inciso II do artigo 18 está escrito que reproduzir projeto ou trabalho técnico ou de criação, sem a devida autorização do detentor dos direitos autorais é falta ética. Mas no caso de esse assunto constar em lei, o profissional lesado, tem mais segurança de fazer valer seus direitos. Com isso, houve um avanço enorme em relação ao que acontece atualmente. Ética profissional registrada em Lei é mais uma garantia que o PL do CAU traz para a qualificação da atuação profissional e mais segurança para a sociedade contra os maus profissionais. Cada Estado brasileiro vai ter seu CAU. Os CAUs, serão autarquias federais, dotadas de personalidade jurídica no campo do direito público e serão criadas, fundamentalmente, para defender a sociedade do exercício ilegal e incorreto dos profissionais de arquitetura e urbanista. Os CREAs continuarão existindo. Não mais com arquitetos e urbanistas registrados em seu quadro mas, com certeza, agindo em parceria com os CAUs na defesa da sociedade brasileira. Como o voto será obrigatório para todos os arquitetos e urbanistas nas eleições para mandatos de Conselheiros Regionais e Nacional, haverá uma eleição de representantes que, livremente, escolhem a Mesa de Coordenação do CAU que, dentre outros cargos, tem o de Presidente. Hoje, no atual Sistema, tem o voto facultativo e direto, dando a sensação de democracia. Na realidade, uma parcela muito pequena é quem elege os presidentes. No CAU, voto direto, secreto e obrigatório e eleito uma CHAPA de conselheiros para representá-lo. Os CAU, estadual e federal, serão fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União E auditados, anualmente, por auditoria independente e os resultados divulgados para conhecimento público. O espírito da ART atual foi mantido mas com novo nome RRT – Registro de Responsabilidade Os CAU tem a obrigação de registrar seu acervo, liberar certidões gratuitas quando for necessário e expedir documentos que comprovem as habilidades e competências do profissional. O PL do CAU afirma que os direitos dos arquitetos e urbanistas previstos no art. 82 da lei 5194 são garantidos por esta lei. Esse artigo trata da remuneração mínima de 6 (seis) salários-mínimos para os arquitetos, seja qual for a sua fonte pagadora e com isso, um mínimo de garantia é mantida, em especial aos arquitetos e urbanistas empregados no próprio Sistema CONFEA/CREA. Os direitos dos arquitetos constantes da Lei 5.194/66 foram todos transferidos para a Lei do CAU. Como arquitetos e urbanistas e engenheiros ficam com as mesmas atribuições profissionais de exercício técnico atual, em algumas áreas pode haver, no início, problemas de fiscalização profissional. Com o tempo, cada Conselho deve fiscalizar seus partes, apenas. E através de convênio, os conselhos profissionais podem ajustar condutas acerca de diversos assuntos e, certamente, a fiscalização será um dos itens mais importantes para que sejam baixadas normas conjuntas do CAU e do CONFEA. Art. 7º- Exerce ilegalmente a profissão de arquiteto e urbanista a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, privativos dos profissionais de que trata esta Lei ou, ainda, que, mesmo não realizando atos privativos, se apresenta como arquiteto e urbanista ou como pessoa jurídica que atue na área de arquitetura e urbanismo sem registro no CAU. Arquitetos e Urbanistas poderão a partir de agora, tomar decisões de acordo com a sua realidade profissional, algo que antes não era possível, já que outros profissionais não ligados a sua atividade, traziam decisões nas áreas da arquitetura e urbanismo. Também, se o engenheiro atuar em atividades restritas ao Arquiteto ou Urbanista, ou atuar como se este fosse, estará exercendo ilegalmente a profissão: Art. 11. É vedado o uso das expressões “arquitetura” ou “urbanismo” ou designação similar na razão social ou no nome fantasia de sociedade que não possuir arquiteto e urbanista entre os sócios com poder de gestão ou entre os empregados permanentes. Projeto arquitetônico de edificação ou de reforma; Relatório técnico referente a memorial descritivo, caderno de especificações e de encargos e avaliação pós-ocupação; Projeto urbanístico e de parcelamento do solo mediante loteamento; Projeto de sistema viário urbano; Coordenação de equipes de planejamento urbano ou de regularização fundiária; Projeto de arquitetura de interiores; Projeto de arquitetura paisagística; Direção, supervisão e fiscalização de obras referentes à preservação do patrimônio histórico, cultural e artístico; Projetos de acessibilidade, iluminação e ergonomia em edificações e no espaço urbano. A importância para os arquitetos e urbanistas, de possuírem um conselho próprio, está na possibilidade de defenderem a sociedade dentro de uma área de extrema importância, que é a qualidade de produção do espaço. Influência da criação do CAU para os profissionais de arquitetura e no que irá refletir no complexo Confea/CREA? É importante frisar que este conselho não é um conselho de defesa dos profissionais. Ele é uma autarquia federal e a função principal é a defesa da sociedade dos maus profissionais. Como nós temos hoje um sistema multiprofissional, como é o Confea/CREA, ele congrega muitos profissionais, muitos mais do que apenas os engenheiros civis, os agrônomos e os arquitetos. Por isso, há uma grande dificuldade de fazer a devida fiscalização nos moldes que a sociedade necessita. Então, este conselho próprio vem cuidar dos assuntos ligados à Arquitetura e Urbanismo voltado à sociedade. O reflexo sempre acontece, por que vai ter a obrigatoriedade de profissionais em áreas específicas. Tem a realização do projeto de arquitetura feito por um arquiteto e urbanista e, em alguns casos, a execução ficará a cargo dos engenheiros civis, pois vai envolver cálculos mais complexos. Em alguns momentos, no caso de edificações de pequeno porte, teremos aí a possibilidade dos dois personagens atuarem em uma mesma situação, mas na maioria dos casos não. Haverá reflexo no mercado de trabalho para arquitetos e engenheiros? Vamos ter um profissional responsável pelo projeto,garantindo a qualidade do projeto para o usuário, e vamos ter um outro profissional responsável pela sua execução da construção. Não só o CAU. A conjuntura internacional é que esta direcionando para isso. O Ministério da Educação já está prevendo as alterações das diretrizes curriculares por conta de uma resolução que já vinha acontecendo dentro do Confea, e que agora ganha força com a instalação do CAU. Como as atribuições hoje estão colocadas em lei, e não mais em resolução, obviamente a diretriz curricular vai ter que ter aí as suas adequações. Em termos de ensino da Arquitetura e Urbanismo, o CAU pretende influenciar numa reforma curricular, por exemplo? Garantir uma visão globalizada da arquitetura e do urbanismo e, consequentemente, do ensino, que vai fazer com que os novos profissionais atuem no mercado nacional e até internacional. ABEA Ministério Da educação UIA Os profissionais continuarão trabalhando, tendo as suas atribuições profissionais, se mantendo informado com o seu conselho profissional e também prestando informações ao conselho nacional, além de seguir com suas obrigações, como recolher tributos e cadastrar suas obras. A alteração que vai ter será na fiscalização, pois teremos uma fiscalização muito mais atuante para garantir que atividades que estão destinadas aos arquitetos e urbanistas sejam feitas por arquitetos e urbanistas. No dia a dia dos arquitetos, o que muda com o CAU? No dia a dia não muda nada! Quando se fala que há um aquecimento da engenharia civil, na verdade é um aquecimento da construção civil. E este crescimento é fruto de vários profissionais: Muito se fala do aquecimento do mercado para engenheiros, mas pouco se fala dos arquitetos. Mercado de trabalho para os arquitetos? Na verdade, são vários profissionais desta área tecnológica que veem o mercado aquecido. Por que que só fala no engenheiro civil? Há um número grande de profissionais ligados a área tecnológica e em atuação na construção civil. Só que o mercado reconhece, por uma questão histórica, que somente o engenheiro civil é que está vendo o mercado aquecido Engenheiros civis, engenheiros eletricistas, agrônomos e arquitetos. Por uma questão histórica. Tem muita gente que acha que somente o civil que faz este tipo de atividade!! Na verdade não é! Acarretará em um grande avanço da qualidade da produção destes espaços e a sociedade é quem vai acabar ganhando com isso. Para a cadeia produtiva da construção civil, o que muda com o surgimento do CAU? Muda a qualidade! Há uma grande preocupação de que ocasionará o encarecimento da obra O que também não é verdade!! Então, para a cadeia produtiva terá a garantia de uma melhor qualidade dos projetos que estarão sendo construídos no Brasil. É apenas uma separação da atribuição profissional. Isso não é encarecimento da obra. A CARTEIRA DO ANTIGO CONSELHO AINDA É VÁLIDA? Se você é arquiteto e urbanista, a carteira do antigo conselho perdeu sua validade em 31 de dezembro de 2012. O Brasil era o único país da América Latina que ainda não possuía um conselho exclusivo para os arquitetos e urbanista e que ainda, é uma profissão de caráter mundial, com a existência da União Internacional de Arquitetos – UIA, entidade com reconhecimento mundial. Por fim... A criação do CAU não vem a criar um atrito com os engenheiros, já que muitos membros do CREA entendem a necessidade e benesses da criação do CAU, visto o apoio que as entidades ligadas à arquitetura e urbanismo tiveram dos engenheiros no movimento que criou o CAU. Certamente haverá algumas resistências para aceitar a nova regulamentação por ambas as partes, engenheiros, arquitetos e urbanistas deverão conversar muito e com o passar do tempo poderemos analisar melhor a efetividade da Lei 12.378/2010 e do novo conselho. http://www.sammyacury.com.br/blog/?p=437 http://estudantesdearquitetura.com.br/o-que-mudou-a-partir-do-cau/ http://www.cimentoitambe.com.br/arquitetos-ganham-conselho-proprio/ http://www.caudf.org.br/portal/index.php/m-imprensa/m-noticias/521-emisso-da- carteira-profissional-do-cau.html
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