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CAP 2 - DE QUE MANEIRA O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO ESTÁ RELACIONADO COM OS DE

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POLUIÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
CAPÍTULO 2 - DE QUE MANEIRA O 
PROCESSO DE URBANIZAÇÃO ESTÁ 
RELACIONADO COM OS DESEQUILÍBRIOS 
AMBIENTAIS?
Daniela Doms
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Introdução
Conforme o processo de urbanização avança, concentrando pessoas e atividades em um determinado espaço,
também gera, de forma centrada, impactos ambientais. Contudo, esses impactos repercutem para além do
espaço urbano. Assim, restam-nos alguns questionamentos: como o processo de urbanização intensifica a
degradação ambiental? Quais são os impactos diretos dessa degradação para com a população urbana? De que
maneira a urbanização se relaciona com as mudanças climáticas e o fenômeno do aquecimento global?
A poluição gerada pela urbanização — seja do solo, da água ou do ar — promove impactos sistêmicos que
atingem o meio ambiente em escala global, com desequilíbrios provocados nos ecossistemas. Daí a relação entre
urbanização e aquecimento global. Isso porque as atividades humanas influenciam a composição da atmosfera
por conta da poluição, que vai sendo ampliada, causando o efeito estufa. Este, por sua vez, é provocado pela
emissão de gases, como o metano e o dióxido de carbono, na atmosfera.
Nos países em desenvolvimento, os impactos ambientais são maiores, visto que as cidades crescem sem o
acompanhamento de um planejamento urbano adequado, gerando problemas relacionados à habitação, ao
saneamento básico, ao transporte, à gestão de resíduos, entre outros. Além disso, os impactos socioambientais
promovidos pela urbanização estão inter-relacionados, afetando, principalmente, a população de baixa renda,
que não possui acesso aos serviços públicos básicos e se encontra em situação de vulnerabilidade social.
Considerando-se, então, que é nos países em desenvolvimento que a urbanização mais cresce, temos, diante de
nós, um imenso desafio.
Vamos entender melhor sobre tudo isso ao longo deste capítulo!
2.1 Corpos hídricos
A água é um recurso fundamental para a vida na Terra, contudo, sua disponibilidade vem sendo cada vez mais
afetada pela poluição e pelo desmatamento. Essa questão se agrava ao pensarmos que, nos últimos 25 anos, a
população urbana aumentou em torno de 54%, de acordo com o Fórum Mundial da Água (2017). O crescimento
populacional, quando acontece de forma desordenada, promove, também, o aumento do volume de esgoto e da
geração de resíduos sólidos. Estes, então, vão parar nos corpos d’água devido à falta de coleta e tratamento
adequados, afetando a disponibilidade para o consumo humano.
No entanto, é válido destacarmos que os ecossistemas têm um grande poder de regeneração, e, em alguns casos,
podem se recuperar da degradação antrópica, como é o caso da autodepuração. Vamos entender melhor sobre
isso a partir de agora. 
2.1.1 Processo de autodepuração
Os ecossistemas tendem a um estado de equilíbrio graças as interações ecológicas que ocorrem entre os seres
vivos e o meio físico. Elas acontecem por complexas relações que promovem a troca de matéria e energia,
contribuindo para a manutenção das condições físico-químicas que permitem a vida na Terra. É nesse contexto
de equilíbrio ecológico que temos o processo de autodepuração dos corpos d’água.
A autodepuração pode ser definida como um processo de recuperação natural de um corpo d’água poluído por
cargas de origem orgânica, graças à atuação de micro-organismos que — através de processos químicos, físicos e
biológicos — são capazes de degradar substâncias poluentes, restabelecendo o equilíbrio do meio aquático.
Como resultado, há uma diminuição da concentração de oxigênio dissolvido na água. Isto é, os microrganismos
aeróbios utilizam a matéria orgânica lançada no corpo hídrico como alimento, e, em contrapartida, fazem uso do
oxigênio da água em seus processos respiratórios (ANDRADE, 2010).
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O despejo de matéria orgânica nos ambientes aquáticos promove um desequilíbrio entre a produção e o
consumo de oxigênio dissolvido na água. A autodepuração da água, então, promove um estado de equilíbrio
entre a produção e o consumo de oxigênio. Assim, chamamos de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) a
quantidade de oxigênio necessária para que a matéria orgânica possa ser estabilizada pela atividade de
respiração dos micro-organismos (ANDRADE, 2010). Os principais fenômenos que envolvem esse consumo de
são a oxidação da matéria orgânica, a nitrificação e a demanda bentônica. Andrade (2010) aponta,oxigênio 
ainda, que os fenômenos relacionados à são a reaeração atmosférica e a fotossíntese,produção de oxigênio 
conforme vemos no esquema a seguir.
Figura 1 - O balanço de oxigênio dissolvido depende de diversos fenômenos.
Fonte: ANDRADE, 2010, p. 17.
A contribui para que os poluentes sejam transformados em compostos menosoxidação da matéria orgânica
VOCÊ SABIA?
As bactérias são micro-organismos que podem ser heterotróficos ou autotróficos. As bactérias
heterotróficas são aquelas que não produzem o seu próprio alimento, assim, costumam se
alimentar de moléculas orgânicas provenientes de outros seres vivos, podendo ser
classificadas como decompositoras ou parasitas. Já as bactérias autotróficas produzem o seu
próprio alimento, utilizando-se das reações químicas, como a oxidação de matéria inorgânica,
ou realizando a fotossíntese (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2006).
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A contribui para que os poluentes sejam transformados em compostos menosoxidação da matéria orgânica
indesejáveis ao meio ambiente. De acordo com Sperling (1996), esse processo também pode ser chamado de
mineralização, o qual ocorre através de reações químicas e biológicas promovidas pelos micro-organismos
presentes na água, como as bactérias heterotróficas aeróbias, que promovem a estabilidade do sistema aquático.
Já no processo de , são as bactérias autotróficas que transformam, com a ajuda do oxigênionitrificação
dissolvido na água, a matéria orgânica em nitritos e nitratos. Andrade (2010, p. 17) nos esclarece que
O consumo de oxigênio por estas reações é denominado demanda nitrogenada ou demanda de
segundo estágio, por ocorrer numa fase posterior a das reações de oxidação da matéria orgânica
carbonácea. Isso ocorre porque as bactérias nitrificantes, autotróficas, possuem uma taxa de
crescimento menor que as bactérias heterotróficas.
A matéria orgânica decantada, chamada de demanda de oxigênio pelo sedimento ou demanda bentônica,
também pode consumir oxigênio dissolvido na água. Contudo, esse oxigênio é consumido através das condições
anaeróbias, já que, nas camadas de lodo, ocorre dificuldade de penetração do oxigênio. Nesse sentido, Andrade
(2010, p. 17) também nos explica que
Esta forma de conversão, por ser anaeróbia, não implica, portanto, em consumo de oxigênio. Porém,
a camada superficial do lodo em contato direto com a água geralmente sofre decomposição aeróbia,
resultando no consumo de oxigênio. Na maioria das vezes, a sedimentação dessa matéria orgânica
implica na diminuição de DBO da massa líquida, porém, quando a massa decantada é ressuspendida,
devido, por exemplo, a turbulências ou a altas velocidades de escoamento do líquido, ocorre o
contrário. 
VOCÊ SABIA?
A degradação de matéria orgânica realizada pelas bactérias é feita através da respiração
celular, que pode ocorrer na presença ou na ausência de oxigênio. A realizada na presença de
oxigênio é chamada de , enquanto que a é aquelarespiração aeróbia respiração anaeróbia 
que não necessita de oxigênio. Além disso, é válido ressaltar que é através da respiração
celular que as bactérias extraem a energia química presente nas substâncias orgânicas, e,
assim, a decompõem.
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Figura 2 - A demanda bentônica está relacionada ao sedimento no fundo do corpo d’água.
Fonte: ANDRADE, 2010, p. 17.
Mas como o oxigênio é produzido em um corpo hídrico?
O principal processo de introdução do oxigênio nos corpos hídricos é o da , que ocorrereaeração atmosférica
com um fenômeno físico. Este se dá pela transferência das moléculas de gases entre o meio líquido e o gasoso, o
que promove o “[...] aumento da concentração de hidrogêniona fase líquida caso esta não esteja saturada com o
gás” (ANDRADE, 2010, p. 17). Nesse contexto, temos que o processo de também é responsável pelafotossíntese 
produção de oxigênio na água, já que é o principal processo pelo qual os micro-organismos heterotróficos
sintetizam a matéria orgânica. 
Podemos dizer, ainda, que a autodepuração é um processo que se apresenta em quatro estágios ao longo do
corpo hídrico: zona de degradação, zona de decomposição ativa, zona de recuperação e zona de águas limpas,
conforme vemos na figura a seguir.
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Figura 3 - As principais zonas de autodepuração se dividem em quatro estágios.
Fonte: ANDRADE, 2010, p. 18.
Andrade (2010, p. 17-18) define esses quatro estágios da seguinte maneira:
Zona de águas limpas: localizada em região à montante do lançamento do efluente (caso não exista
poluição anterior) e também após a zona de recuperação. Essa região é caracterizada pela elevada
concentração de oxigênio dissolvido e vida aquática superior;
Zona de degradação: localizada à jusante do ponto de lançamento, sendo caracterizada por uma
diminuição inicial na concentração de oxigênio dissolvido e presença de organismos mais
resistentes; 
Zona de decomposição ativa: região onde a concentração de oxigênio dissolvido atinge o valor
mínimo e a vida aquática é predominada por bactérias e fungos (anaeróbicos); 
Zona de recuperação: região onde se inicia a etapa de restabelecimento do equilíbrio anterior à
poluição, com presença de vida aquática superior.
Entender o fenômeno da autodepuração é muito importante para o controle de efluentes lançados nos corpos
hídricos. As atividades biológicas dos micro-organismos presentes na água, de respiração (anaeróbias e
aeróbias) e nutrição (autotrófica e heterotrófica), são, portanto — em grande parte —, as responsáveis pelo
processo de autodepuração, com destaque para as reações aeróbias, que reduzem a concentração de oxigênio
dissolvido na água; assim como o processo de oxidação, que contribui para a estabilidade da matéria orgânica
(ANDRADE, 2010).
No entanto, quando o acúmulo de matéria orgânica e outras substâncias ultrapassa a capacidade de regeneração
do ecossistema, seu equilíbrio fica comprometido, daí a necessidade de controlar os despejos de contaminantes
nos corpos hídricos, como veremos a seguir.
2.1.2 Controle de poluentes e qualidade da água
A poluição das águas pode ser provocada por inúmeros fatores, mas as principais fontes de poluição são os
esgotos domésticos e industriais, os resíduos sólidos, os agrotóxicos, o chorume de depósitos de lixo e o
carreamento do solo. Assim, todas as substâncias que, ao serem despejadas nos corpos hídricos, provoquem
alterações na qualidade da água e prejudiquem a saúde humana e o bem-estar da população, podem ser
consideradas uma forma de poluição. Com isso, as fontes poluidoras podem agir de maneira ou pontual difusa
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consideradas uma forma de poluição. Com isso, as fontes poluidoras podem agir de maneira ou pontual difusa
sobre os recursos hídricos.
Costuma-se dizer que quando a carga de poluentes atinge um curso d’água de maneira concentrada — através
dos esgotos despejados diretamente nos rios, por exemplo —, ela é uma poluição pontual. No entanto, quando
um poluente atinge toda a extensão do curso d’água, tomemos como conceito a poluição difusa, como é o caso
dos agrotóxicos.
Os esgotos domésticos estão entre os principais poluentes dos recursos hídricos, cujo épotencial poluidor
medido pela quantidade de oxigênio dissolvido (OD) e pela demanda bioquímica de oxigênio (DBO).
A quantidade de — ou seja, a quantidade de matéria orgânica em suspensão, sedimentos esólidos suspensos 
outros contaminantes presentes na água — também é um parâmetro utilizado para medir o potencial poluidor
do esgoto (DERÍSIO, 2012). Quanto maior for a quantidade de sólidos suspensos em um corpo d’água, maior será
a turbidez, que, por sua vez, impedirá a luz solar de penetrar na água, reduzindo a capacidade de se realizar a
fotossíntese e, consequentemente, a produção de oxigênio dissolvido.
Os níveis de e são outros indicadores do potencial poluidor do esgoto na água. O processo denitrogênio fosfato
enriquecimento da água por meio desses nutrientes é denominado , que resulta na proliferaçãoeutrofização
excessiva de algas, culminando na morte de peixes e diminuindo a entrada de luz solar, bem como a capacidade
de se realizar a fotossíntese.
Outro indicador são os níveis de , que são bactérias provenientes das fezes de animais e serescoliformes fecais
humanos, conhecidos por sua capacidade de provocar doenças. O tratamento do esgoto é, então, uma das
principais formas de evitar a contaminação da água.
A qualidade da água é determinada em função do seu uso. Os padrões que determinam essa qualidade, no Brasil,
foram definidos pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), em 18 de junho de 1986, sendo a lei
revogada em 2005 pela Resolução CONAMA n. 357. Esses padrões foram estipulados de acordo com os
indicadores específicos que garantem a proteção à saúde humana, o bem-estar e o equilíbrio ecológico aquático.
A Resolução CONAMA n. 357/2005 classifica e enquadra os corpos hídricos de acordo com o uso, determinando
a qualificação das águas (doces, salobras e salinas), o que configura um sistema de classes de qualidade, o qual
deve ser alcançado e mantido. Conforme definido no art. 2 da Política Nacional do Meio Ambiente, alíneas a e b,
temos que:
a) : qualificação das águas doces, salobras e salinas com base nos usos preponderantes (sistema deClassificação
classes de qualidade);
b) : estabelece o nível de qualidade da água.Enquadramento
Ainda de acordo com a Resolução CONAMA n. 357/2005, as classes de enquadramento dos corpos d’águas estão
divididas em: classe especial, classe 1, classe 2, classe 3 e classe 4. Elas vão do uso mais exigente da água ao
menos exigente, ou seja, da melhor para a pior qualidade, conforme vemos na figura a seguir.
VOCÊ QUER VER?
O documentário nos mostra a jornada à procura de água,O Homem e a Natureza: Água
especialmente após a intervenção humana e as mudanças promovidas nos fluxos dos recursos
hídricos, evidenciando a importância dos recursos naturais para a manutenção das condições
de vida na Terra. Você pode conferir o vídeo completo no : <link https://www.youtube.com
>./watch?v=wNRGM58XiVc
https://www.youtube.com/watch?v=wNRGM58XiVc
https://www.youtube.com/watch?v=wNRGM58XiVc
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Figura 4 - A qualidade da água para o consumo humano está entre os usos mais exigentes do recurso.
Fonte: BRASIL, 2010, p. 7.
As águas enquadradas na devem ter seu uso restritivo, visando a preservação dos ambientesclasse especial 
aquáticos. Dessa maneira, nas Unidades de Conservação (UC), o lançamento de efluentes, ainda que tratados,
deve ser proibido. Para a Agência Nacional de Águas (BRASIL, 2010, p. 33),
É o uso que melhor representa a “saúde” de um corpo d’água, pois não se pode considerar saudável
um corpo d’água no qual não existam e proliferem os organismos aquáticos. Em vários programas de
despoluição, o retorno dos peixes foi utilizado como uma meta. 
Nas , enquadram-se a proteção dos recursos hídricos em reservas indígenas e as águas destinadasclasses I e II
para irrigação de hortaliças e frutas, que são consumidas cruas. Outros tipos de irrigação e dessedentação animal
se enquadram na , enquanto que, na , enquadram-se as atividades de navegação e harmoniaclasse III classe IV
paisagística.
Quanto ao abastecimento para o consumo humano, cada cidade deve identificar os tipos de captação — se
superficial ou subterrânea — e o tipo de tratamento que a água receberá.
O uso recreativo também possui uma classificação específica, sendo ela:
• : quando há o contato direto e prolongado do usuário com a água, como Recreação de contato primário
nos casos de natação e mergulho;
• : contato esporádico ou acidental, com poucas chances de o usuário Recreação de contato secundário
ingerir água, como na atividade pesqueira e na navegação.
O quadro a seguir exemplificaa classificação da água doce em função do seu uso.
•
•
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Quadro 1 - A proteção dos ecossistemas aquáticos faz parte da classe especial.
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2010.
Em áreas de dessedentação de animais, como de pecuária intensiva, por exemplo, devem ser identificados os
pontos de captação e os de lançamento de resíduos. Também devem ser identificadas as áreas de pesca e
aquicultura, como a existência de colônias de pescadores, as áreas de pesca esportiva e a criação de peixes em
tanques. Para a irrigação, é necessário identificar o tipo de cultura irrigada e realizar o cadastro de outorga nos
órgãos gestores dos recursos hídricos (BRASIL, 2010).
O enquadramento e a classificação das águas incluem, ainda, o uso para a navegação. Este é o que requer o
mínimo de qualidade, até mesmo porque, em alguns casos, torna-se, por si só, uma fonte de poluição.
Por fim, temos o enquadramento da água quanto a paisagem estética, com o intuito de manter a harmonia
paisagística, determinando que espumas, odor e demais aspectos poluentes estejam ausentes (BRASIL, 2010).
Dessa forma, a implementação de um programa de efetivação para a qualidade da água deve envolver um
mecanismo de controle da poluição, como a fiscalização das fontes poluidoras com a aplicação de multas,
necessidades de outorga e o cumprimento de termos de ajustamento de conduta. Além de mecanismos de
disciplinamento, como o zoneamento do uso do solo e a criação de Unidades de Conservação (UC), por exemplo; 
os mecanismos econômicos também devem fazer parte de um programa que pretenda manter a qualidade da 
água (BRASIL, 2010).
Os recursos hídricos têm importância vital para todos os tipos de vida, assim, a preservação deve ser vista como
algo fundamental.
2.1.3 A importância da preservação dos recursos hídricos
A saúde humana está fortemente associada à qualidade de vida. Para Mota et al. (1997), a saúde é definida como
um estado de bem-estar físico, mental e social, não se limitando, portanto, à ausência de doença. Dessa maneira,
a degradação ambiental nos ambientes urbanos reflete imediatamente nas condições que afetam a vida da
população.
A degradação ambiental promovida pela urbanização está associada à falta de um planejamento urbano que
considere, também, o planejamento ambiental na construção de cidades sustentáveis. Estas precisam incluir
questões relativas à moradia, lazer, transporte, saneamento básico, entre outros aspectos que impactam
diretamente a sociedade e sua forma de vida (GALDINO, 2015).
A seguir, vamos conhecer um caso que nos auxiliará no entendimento quanto a importância da preservação das
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A seguir, vamos conhecer um caso que nos auxiliará no entendimento quanto a importância da preservação das
águas.
O uso irresponsável da água, bem como os processos de poluição desse recurso, revela a urgência de uma
mudança de atitude da sociedade diante dos recursos naturais, que são essenciais para a manutenção das
condições de vida na Terra. Isso nos mostra a necessidade da educação cultural, ambiental e social, modificando
o modelo destrutivo que se mantém vigente na sociedade, ampliando a consciência ambiental (GALDINO, 2015).
Temos, ainda, que o planejamento urbano é de vital importância para determinar o uso e a ocupação do solo,
bem como para o estabelecimento de critérios que promovam a preservação ambiental, reduzindo os impactos
nos cursos d’água causados pela urbanização. Em geral, esses cursos recebem os esgotos domésticos e
industriais e perdem suas matas ciliares para dar lugar às ruas e avenidas, isso quando não é o próprio rio que se
perde com projetos de canalização. Assim, assegurar o acesso à água potável de qualidade para toda a sociedade
é um dos grandes desafios do nosso tempo, pois ainda estamos longe de conseguir adaptar as atividades
humanas de acordo com os limites impostos pela própria natureza.
2.2 O processo de eutrofização natural e antrópica
A eutrofização provoca a alteração do sabor, da cor, da turbidez e do odor das águas, reduzindo a quantidade de
oxigênio dissolvido e causando a morte de peixes e outros micro-organismos aeróbios, além de interferir no uso
recreativo das águas. Além disso, a maneira como o solo é usado e ocupado nas áreas urbanas também é
determinante para o processo de eutrofização, cujas causas serão melhor detalhadas neste tópico.
2.2.1 As causas do processo de eutrofização da água
O processo de eutrofização da água se caracteriza pelo acúmulo de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, na
água, resultando no crescimento de plantas aquáticas em excesso e, consequentemente, gerando problemas para
o uso desejado dos recursos hídricos.
Nesse contexto, de acordo com Thomann e Mueller (1987), as plantas aquáticas podem ser classificadas em duas
CASO
Na Bolívia, o Lago Poopó possui três mil quilômetros quadrados e já foi considerado a segunda
maior reserva de água do país. Contudo, nos últimos anos, o lago vem se deteriorando ao ponto
de secar completamente nos períodos de estiagem.
Para alguns cientistas, as mudanças climáticas estão provocando o desaparecimento do lago,
com o aumento da temperatura, favorecendo a evaporação de suas águas e provocando
mudanças no regime das chuvas. Os ventos fortes também têm contribuído para o
desaparecimento do Poopó, pois levam toneladas de sedimentos do Deserto do Atacama para
dentro do lago. Além disso, o uso das águas do Rio Desaguadero para a agricultura vem se
intensificando, assim como os impactos produzidos pelas atividades de mineração.
Todos esses fatores fazem com que os cientistas afirmem que o lago está sentenciado a
desaparecer completamente, caso nada mude em relação a sua conservação (SATGÉ, 2017).
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Nesse contexto, de acordo com Thomann e Mueller (1987), as plantas aquáticas podem ser classificadas em duas
amplas categorias: as que se movem livremente na água e as plantas fixas. As plantas que se movem livremente
são chamadas de , enquanto que as plantas fixas também são conhecidas como plantas aquáticas planctônicas
 ou .aderidas enraizadas
A eutrofização pode ser um processo natural ou artificial, ou seja, produzido pela atividade antrópica a partir de
diferentes origens, como o despejo de esgotos domésticos e industriais nos corpos d’água, atividades agrícolas e
de aquicultura, por exemplo.
A é um processo lento que ocorre como resultado das chuvas e das águas superficiais,eutrofização natural
provocando a erosão do solo e levando para os corpos d’água um acúmulo de nutrientes. Mas é o processo
, ou seja, produzido pelas atividades humanas, que tem se intensificado nas últimasartificial de eutrofização
décadas, como mostra Rocha et al. (2009):
Nos últimos 20 anos, o processo de eutrofização tem se acelerado em reservatórios brasileiros
devido aos seguintes fatores: aumento do uso de fertilizantes nas bacias hidrográficas, aumento da
população humana, elevado grau de urbanização sem tratamento de esgotos domésticos e
intensificação de algumas atividades industriais que levam excessiva carga de fósforo, nitrogênio e
matéria orgânica para essas represas. Ao mesmo tempo, o uso múltiplo tem se intensificado,
tornando muito complexo o gerenciamento de represas e bacias hidrográficas. 
A redução da cobertura vegetal dos solos, com os desmatamentos, também contribui para o processo de
eutrofização, visto que a vegetação se constitui como uma proteção do solo. Na ausência de vegetação, a água da
chuva bate no solo e o arrasta consigo, elevando a carga de sedimentos que vão parar nos corpos d’água, como
produtos tóxicos e nutrientes eutrofizantes, a exemplo do fósforo e do nitrogênio.
A intensificação da agricultura também contribui enormemente para o processo de eutrofização, principalmente
pela deposição de resíduos agrícolas e animais, pelo desmatamento e pelos processos de lixiviação superficial e
profundo, que ocorrem pela falta de cobertura vegetal no solo, arrastando para os corpos d’água os agrotóxicos
utilizados nas lavouras e os nutrientes do solo. No ambiente urbano, o solo pavimentadoimpede a infiltração da
água das chuvas, levando para os corpos d’água uma grande quantidade de detritos.
A poluição gerada pela falta de saneamento básico causa uma carga excessiva de poluição nos corpos d’água,
contaminando-os com o despejo de esgotos domésticos e industriais. Esse problema ainda é agravado pela má
gestão do lixo urbano.
Para Rocha et al. (2009, p. 4):
[...] o maior fator de deterioração está associado aos esgotos oriundos das atividades urbanas. Os
VOCÊ QUER LER?
O artigo “O Preço do Progresso Humano: A problemática ambiental articulada ao processo de
urbanização”, de Marcelo Penna da Silva e Victor Pereira de Sousa, faz uma análise do processo
de urbanização sem o devido planejamento urbano, bem como traz a questão das
consequências para o meio ambiente. O texto aponta, também, problemas como a poluição, o
desmatamento, o crescimento desenfreado de cidades e critica o que chamamos de “evolução
social”. Você pode ler o artigo completo com o : <link http://www.inicepg.univap.br/cd
>/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0520_0404_01.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0520_0404_01.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0520_0404_01.pdf
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[...] o maior fator de deterioração está associado aos esgotos oriundos das atividades urbanas. Os
esgotos contêm nitrogênio e fósforo, presentes nas fezes e urina, nos restos de alimentos, nos
detergentes e outros subprodutos das atividades humanas. A contribuição de N e P através dos
esgotos é bem superior à contribuição originada pela drenagem urbana. O impacto introduzido pelo
despejo de esgotos domésticos em corpos de água ocorre principalmente pela diminuição da
concentração de oxigênio dissolvido disponível na água, e não pela presença de substâncias tóxicas
nesses despejos.
As consequências da eutrofização incluem os gases metano e sulfídrico, que provocam mau cheiro nos corpos d’
água; as bactérias patogênicas, que causam doenças; e os custos do tratamento da água, que aumentam
consideravelmente; além da perda de áreas de lazer.
A seguir, veremos como a eutrofização está intimamente relacionada ao processo de urbanização crescente e
desordenado.
2.2.2 Urbanização e eutrofização da água
A ocupação urbana promove a eutrofização da água com mais rapidez, já que qualquer tipo de construção
implica em movimentos de terra. Essa terra que foi movimentada, por sua vez, acaba parando nos corpos d’água,
causando assoreamento e reduzindo seu volume, favorecendo, assim, o crescimento de plantas aquáticas que
irão deteriorar os sistemas aquáticos com o passar do tempo (GALDINO, 2015).
O solo pavimentado pela urbanização também impede que a água da chuva o penetre, escorrendo para os corpos
d’água e arrastando consigo uma série de detritos.
No entanto, vale destacarmos que o maior causador da eutrofização da água no espaço urbano é o esgoto, pois
são grandes fontes de nitrogênio e fósforo, o que promove a floração das águas, ou seja, o crescimento excessivo
de algas nos corpos d’água, impedindo que a luz solar o penetre e reduzindo o volume de oxigênio dissolvido.
Com isso, há um impedimento da respiração dos peixes e das bactérias, as quais contribuem para o
reestabelecimento do ecossistema aquático (GALDINO, 2015).
Podemos ver, na sequência, os problemas causados pela eutrofização.
2.2.3 Problemas da eutrofização
A eutrofização causa inúmeros problemas, entre eles, podemos destacar a mortalidade de peixes, mau odor e
proliferação de mosquitos. Assim, a balneabilidade fica comprometida, impedindo a recreação e,
consequentemente, as atividades de turismo. Mas, além disso, a eutrofização pode elevar a toxidade da água,
aumentando, também, os custos do seu tratamento para o abastecimento da população.
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Figura 5 - A eutrofização impede que os micro-organismos aeróbios presentes na água realizem fotossíntese.
Fonte: Ihor Bondarenko, Shutterstock, 2018.
A qualidade da água, portanto, é afetada pelo processo de eutrofização, bem como a quantidade disponível para
o consumo. A pesca é prejudicada, há uma redução na capacidade de navegação — o que influencia, também, na
questão do transporte —, além de, em casos mais graves, ocorrer o desaparecimento completo do corpo d’água
afetado, sendo convertido em brejo ou pântano, em um processo de recuperação irreversível (GALDINO, 2015).
Dessa forma, o equilíbrio da eutrofização pode ocorrer de maneira preventiva, como o controle de esgotos e da
drenagem pluvial; ou de maneira corretiva, com processos químicos, físicos e biológicos. Contudo, devemos nos
lembrar sempre que a prevenção é um processo menos custoso e mais eficaz.
A seguir, veremos os impactos da poluição atmosférica, sem esquecer que os ecossistemas são interdependentes
e estão interligados. Dessa maneira, os impactos causados no solo, na água e no ar não podem ser vistos de modo
isolado, pois ocorrem de maneira sistêmica.
2.3 Poluição atmosférica
Ao longo da evolução do Planeta, nossa atmosfera foi sofrendo diversas modificações. Isso porque ela não é
estática, mas, sim, um sistema dinâmico que está sujeito a mudanças, sejam elas promovidas por fatores naturais
ou em decorrência das atividades humanas. Uma das maiores preocupações das últimas décadas, em relação ao
meio ambiente, é o chamado , que tem elevado a temperatura da Terra e, de acordo com osaquecimento global
cientistas, pode inviabilizar as condições que mantém a vida em nosso Planeta.
Neste sentido, a poluição atmosférica está diretamente associada às mudanças climáticas, especialmente à
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Neste sentido, a poluição atmosférica está diretamente associada às mudanças climáticas, especialmente à
emissão de gases — como o metano e o dióxido de carbono — com a queima de combustíveis fósseis, fato que
tem provocado discussões mundiais.
2.3.1 Atmosfera
A atmosfera terrestre é composta por gases e poeira, os quais são retidos com a força da gravidade e formam
uma fina camada que envolve a Terra. Entre os gases que a compõe, destacam-se o nitrogênio, o oxigênio, o
argônio e o gás carbônico, conforme vemos na tabela a seguir.
Tabela 1 - Composição química e termodinâmica da atmosfera de alguns planetas do Sistema Solar.
Fonte: JARDIM, 2001, p. 5.
Contudo, a atmosfera terrestre passou por grandes transformações ao longo de bilhões de anos. Sua composição
química nem sempre foi como a apresentada no quadro anterior. Para Jardim (2001, p. 5), estima-se que o nosso
Planeta
[...] apresentava uma atmosfera bastante redutora, com uma crosta rica em ferro elementar e
castigada por altas doses de radiação UV, já que o Sol era em torno de 40% mais ativo do que é hoje e
também não havia oxigênio suficiente para atuar como filtro dessa radiação, como ocorre na
estratosfera atual. Dentro dessas características redutoras, conclui-se que a atmosfera primitiva era
rica em hidrogênio, metano e amônia. Estes dois últimos, em processos fotoquímicos mediados pela
intensa radiação solar, muito provavelmente terminavam se transformando em nitrogênio e dióxido
de carbono.
Com o aparecimento de indícios de vida — há cerca de 3,5 bilhões de anos —, a composição química da
atmosfera foi sendo alterada, e os processos de fotossíntese geraram praticamente todo o oxigênio. Durante
muito tempo, devido a uma atmosfera rica em oxigênio (elemento altamente oxidante), os organismos vivos
precisaram se proteger da intensa radiação ultravioleta, por isso, as primeiras formas de vida se desenvolveram
na água, onde essa radiação penetra apenas em poucos centímetros (JARDIM, 2001).
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Com os processos fotoquímicos, o oxigênio foi se transformando em ozônio: quanto mais a quantidade de
oxigênio aumentava na troposfera, mais elevada e distante da crosta terrestre ia ficando a camada de ozônio, o
que permitiu, lentamente, que os organismos vivos fossem se adaptando ao aumento da concentração de
oxigênio na atmosfera e ocupassem a terra seca. Nesse sentido, Jardim (2001, p. 8) nos explica que
[...] foram necessários mais de um bilhão de anos paraque esses organismos (e muito mais
recentemente o homem) se adaptassem ao maior impacto ambiental que a Terra já vivenciou, ou
seja, a mudança de uma atmosfera redutora para altamente oxidante como esta em que vivemos nos
dias atuais, contendo em torno de 21% de oxigênio. [...]. O oxigênio levou mais de 1,5 bilhão de anos
para sair de uma concentração de traços e atingir os atuais 21%.
Assim, percebe-se que o processo de adaptação dos organismos vivos às condições da atmosfera demanda um
tempo muito longo, daí a importância que deve se dar às mudanças climáticas.
Nos últimos 150 anos, a concentração de gases — como o dióxido de carbono e o metano — vem crescendo de
maneira alarmante. Estes são responsáveis por alterações na atmosfera, causando o chamado , bemefeito estufa
como a destruição da camada de ozônio, que nos protege da radiação solar. Levando-se em consideração, então,
a evolução da atmosfera e o tempo para que os organismos vivos pudessem se adaptar a ela; precisamos
compreender, também, que, com essa concentração de gases e a consequente mudança climática da Terra, não
teremos tempo hábil futuro para adaptação, pois “[...] grande parte das mudanças químicas que ocorrem na
atmosfera, se não são irreversíveis, levam muito mais tempo para serem remediadas do que se fossem
prevenidas” (JARDIM, 2001, p. 8).
Mas quais são as causas da poluição atmosférica? Como podemos fazer um controle quanto a isso? Vamos
entender melhor na sequência.
2.3.2 Causas e controle da poluição atmosférica
As modificações no meio ambiente, provocadas pelas atividades antrópicas, têm causado diversos desequilíbrios
ambientais, com sérias consequências para a saúde humana. Desde a I Revolução Industrial, os interesses
econômicos vêm se sobrepondo aos interesses da coletividade, gerando grandes impactos socioambientais
(DERÍSIO, 2012).
Os processos de industrialização e urbanização modificaram completamente o estilo de vida da sociedade. Dessa
maneira, conforme Silva e Vieira (2017, p. 167),
[...] a vida nas grandes cidades com tráfego intenso de veículos, a vida cotidiana cercada de
equipamentos tecnológicos, todas essas ações humanas modernas geram resíduos que, sem a
destinação ou tratamento adequados causam danos ao meio ambiente, mas especialmente a saúde
VOCÊ QUER LER?
O artigo “Onde está a água?”, de André Luiz Risco Padilha, relaciona o aumento dos períodos de
seca no Brasil com as mudanças climáticas, indicando que a mudança no regime das chuvas
está diretamente relacionado ao fenômeno do aquecimento global. Além disso, o autor aponta
o aumento dos fenômenos climáticos extremos como consequência da degradação dos
ecossistemas. Leia mais em: <http://repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/733/1
>./EDICAO-3--ANO-1-18-21-ok.pdf
http://repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/733/1/EDICAO-3--ANO-1-18-21-ok.pdf
http://repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/733/1/EDICAO-3--ANO-1-18-21-ok.pdf
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equipamentos tecnológicos, todas essas ações humanas modernas geram resíduos que, sem a
destinação ou tratamento adequados causam danos ao meio ambiente, mas especialmente a saúde
de populações humanas e animais. O entendimento de que ações humanas são responsáveis por
danos expressivos ao meio ambiente e a modificação do clima global é relativamente recente. Os
primeiros apontamentos sobre questões ambientais surgiram durante a revolução industrial. Mas no
decorrer das últimas décadas o confronto entre as temáticas ambientais e econômicas, têm levado a
busca de um consenso de atitudes.
A descoberta do fogo está na origem das emissões de agentes capazes de alterar a composição química da
atmosfera, no entanto, foi a partir da I Revolução Industrial que essas emissões foram intensificadas,
principalmente pelo uso de combustíveis fósseis, como carvão mineral e petróleo; e a demanda cada vez maior
por fontes de energia. A mais grave das consequências da poluição do ar é o aquecimento global (DERÍSIO,
2012).
Castro, Araújo e Silva (2013) apontam que as fontes de poluentes decorrentes das atividades antrópicas podem
ser divididas em duas classes: as móveis e as estacionárias.
Os veículos são as principais de emissão de poluentes na atmosfera, enquanto que os processosfontes móveis
industriais são as principais de poluição do ar. Assim, para Silva e Vieira (2017, p. 173),fontes estacionárias
A poluição atmosférica tem vários agentes, mas pode ser definida como a presença na atmosfera de
substâncias danosas e em quantidade suficiente para interferir em seu equilíbrio e composição,
prejudicando o meio ambiente e populações humanas, a fauna e flora.
Os agentes poluentes também estão divididos em duas classes: poluentes primários e poluentes secundários. Os 
 são aqueles emitidos diretamente da fonte poluente para a atmosfera, enquanto que os poluentes primários
 são gerados por reações entre poluentes primários e catalisados pela radiação solarpoluentes secundários
(SILVA; VIEIRA, 2017).
Os principais poluentes da atmosfera, segundo Silva e Vieira (2017, p. 174) são:
[...] o dióxido de carbono (CO2), o monóxido de carbono (CO), os óxidos de nitrogênio (NOx), o
dióxido de enxofre (SO2) e os materiais particulados (fuligens, fragmentos metálicos e de carvão,
névoas ácidas dentre outros). Há ainda outros poluentes relevantes provenientes da volatilização e
/ou combustão de combustíveis fósseis, dentre os principais estão os compostos orgânicos voláteis
(COV’s) e os hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA’s). Ambos apresentam toxicidade e os COV’s são
altamente reativos e podem participar de reações na atmosfera formando poluentes secundários
(CASELLI, et al.,2010). Um exemplo dessas reações é a formação do ozônio na baixa atmosfera,
produto da reação fotocatalisada pela luz solar, entre os óxidos de nitrogênio e os COV’s.
A Resolução CONAMA n. 3/90 determina que a qualidade do ar deve seguir padrões primários e secundários,
que se referem à concentração de poluentes na atmosfera. Se ultrapassados, esses níveis podem impactar
diretamente na saúde da população. Aliás, esses padrões de qualidade do ar deverão nortear os Planos Regionais
de Controle da Poluição do Ar, que monitoram a qualidade do ar em cada região do Brasil, ainda que esse
monitoramento seja bastante incipiente quando avaliamos todo o território brasileiro.
Em relação às partículas totais em suspensão, o padrão primário determina que a concentração média
geométrica anual não deva ultrapassar 80 microgramas por metro cúbico de ar, enquanto que a concentração
média de 240 microgramas em 24 horas não deve se exceder por mais de uma vez por ano.
No padrão secundário, a Resolução CONAMA n. 3/90 também determina que a concentração média geométrica
anual não deve exceder 60 microgramas, e a média de 150 microgramas por metro cúbico em 24 horas não deve
se exceder por mais de uma vez ao ano.
Esses padrões foram estabelecidos tanto para as partículas totais em suspensão como para a concentração de
fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono e ozônio.
A Resolução CONAMA n. 3/90 tem como objetivo definir os padrões de qualidade do ar para subsidiar o controle
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A Resolução CONAMA n. 3/90 tem como objetivo definir os padrões de qualidade do ar para subsidiar o controle
e o monitoramento da poluição. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), desde 1989, com o Programa Nacional
de Controle e Qualidade do Ar (PRONAR), tem definido os limites nacionais das emissões de poluentes, buscando:
[...] permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura, pela
limitação dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com vistas à
melhora da qualidade do ar, ao atendimento dos padrões estabelecidos e o não comprometimento da
qualidade do ar nas áreas consideradas não degradadas. 
Outros programas foram incorporados ao PRONAR visando contribuir com a gestão da qualidade do ar, são eles:
• Programa de Controle da Poluição por Veículos Automotores (PROCONVE);• Programa Nacional de Controle da Poluição Industrial (PRONACOP);
• Programa Nacional de Avaliação da Qualidade do Ar;
• Programa Nacional de Inventário de Fontes Poluidoras do Ar;
• Programas Estaduais de Controle da Poluição do Ar.
O controle da poluição do ar é muito importante para que se possa evitar as consequências da poluição
atmosférica para a saúde humana, que podem dar margem para doenças, especialmente as ligadas ao sistema
respiratório e cardiovasculares.
2.3.3 Consequências da poluição do ar
A poluição do ar tem sido associada a diversos problemas respiratórios, como a asma, e problemas vasculares.
Com base nisso, estudos vêm sendo realizados ao longo das últimas décadas, os quais constataram que a
poluição do ar está diretamente associada ao aumento do número de doenças respiratórias na população
mundial.
Os materiais particulados, que podem ser poluentes sólidos ou líquidos suspensos no ar, são os principais
responsáveis pelo aumento da incidência de asma brônquica e doenças alérgicas. Esses poluentes, inclusive,
estão relacionados à queima de combustíveis fósseis, em especial o diesel (PANDYA et al., 2002).
Já estudos realizados por Coelho (2007) evidenciam que o monóxido de carbono em concentrações elevadas
pode causar mortes, afetando, ainda, o sistema nervoso e cardiovascular, além de impedir a troca de oxigênio do
sangue e os órgãos vitais. O dióxido de enxofre também provoca doenças graves, como a pneumonia.
Além dos impactos à saúde humana, a poluição do ar é uma das principais responsáveis pelo aquecimento global,
que tem provocado alterações no clima e o aumento da temperatura terrestre, impactando diretamente sobre os
ecossistemas, prejudicando o equilíbrio ambiental e a capacidade de o meio ambiente oferecer os serviços
ecossistêmicos fundamentais à vida.
A poluição do ar também se relaciona com a poluição do solo, daí a importância de entendermos a
interdependência dos ecossistemas.
2.4 Poluição do solo
A poluição do solo está relacionada à poluição das águas e do ar, uma vez que seus efeitos não se limitam ao
aspecto de sua produtividade. Além disso, temos que todas as formas de poluição estão interligadas e interferem
nos ecossistemas, provocando desequilíbrios sistêmicos que vão afetar diretamente a vida da população.
Vamos estudar melhor sobre o assunto a partir de agora.
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2.4.1 A importância do solo
O solo é a camada superior da crosta terrestre, composto por material orgânico e inorgânico. Sua qualidade
determina a capacidade da Terra de sustentar a vida, afinal, a maioria dos nossos alimentos dependem do solo
para serem produzidos, assim como as plantas, o ser humano e os animais dependem do solo fértil para que
possam suprir suas necessidades fisiológicas. Nesse contexto, o solo desempenha um papel fundamental para o
crescimento de plantas, sendo que suas propriedades vão determinar a natureza da vegetação e,
consequentemente, de todo o ecossistema.
Além de suporte físico para o crescimento das plantas, o solo também exerce uma importante função como
regulador do abastecimento de água. É através do solo que as águas das chuvas são transportadas até os corpos
d’água, sendo purificadas por ele ao longo do processo de infiltração. Assim, ele exerce grande influência sobre a
disponibilidade e a pureza das águas que correm para os sistemas aquáticos (GALDINO, 2015).
O solo atua, também, como decompositor de matéria orgânica, transformando-a em húmus, o que serve de
alimento para as plantas e os animais, exercendo a função de reciclagem nos ecossistemas.
Há, ainda, a troca de gases entre o solo e a atmosfera, uma vez que o solo absorve gases (como o metano) e libera
gases (como o dióxido de carbono e óxido nitroso), exercendo, assim, influência na composição da atmosfera e
nas mudanças climáticas. Dessa forma, a contaminação do solo impacta diretamente a água e o ar, conforme
veremos a seguir.
2.4.2 A contaminação do solo
A contaminação do solo ocorre com a introdução de químicos, como agrotóxicos, fertilizantes e metais pesados, a
exemplo do chumbo, do arsênio, do cromo, do cádmio e do mercúrio. O uso irresponsável de fertilizantes,
inclusive, pode contaminar o solo com as impurezas, as quais provocam desequilíbrios nos nutrientes
necessários para alimentar as plantas (GALDINO, 2015).
Conforme o solo é arrastado pelas águas da chuva e para nos corpos hídricos, a água, superficial e subterrânea,
também passa a ser contaminada, da mesma maneira que contamina os alimentos, prejudicando a saúde
humana. Além disso, o desmatamento também contribui para a degradação do solo, provocando erosões e
reduzindo sua fertilidade.
Temos, também, que a falta de coleta e tratamento adequado dos resíduos sólidos afeta a qualidade do solo, pois
a degradação do lixo dá origem ao chamado chorume, um líquido tóxico que contamina o solo e o lençol freático.
Essa contaminação pela má gestão dos resíduos sólidos pode ocorrer, ainda, pela destinação incorreta do lixo
hospitalar e radioativo (GALDINO, 2015).
VOCÊ O CONHECE?
Ana Primavesi é agrônoma, tem 92 anos e permanece compartilhando conhecimento sobre a
agricultura. Sua maior contribuição para a agricultura ecológica foi a publicação do livro
“Manejo Ecológico do Solo”, em que aponta que o solo saudável está diretamente relacionado à
saúde da população, ressaltando a importância da manutenção do equilíbrio entre solo,
organismos do solo, plantas, animais e seres humanos. Ana Primavesi é uma incentivadora da
agricultura familiar e da produção orgânica de alimentos. Vale a pena conhecê-la melhor!
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2.4.3 Consequências e controle da poluição do solo
A poluição do solo afeta direta e indiretamente a água e o ar, visto que libera para a atmosfera gases poluentes.
Além disso, outros desequilíbrios ecológicos podem ocorrer a partir da contaminação do solo, como a perda de
nutrientes, a redução de fertilidade, o aumento dos processos de erosão, o aumento da salinidade da terra, a
redução da vegetação e a desertificação.
As medidas de controle da poluição do solo vão desde a necessidade de reflorestamento, aumentando a
cobertura vegetal que dá proteção aos solos, até a redução do uso de agroquímicos e coleta e tratamento dos
resíduos sólidos, especialmente os de origem industrial, com alto índice de toxidade (GALDINO, 2015).
Morita (2010) define uma série de tecnologias capazes de remediar a degradação do solo, entre elas, a 
, que consiste na utilização de micro-organismos, como fungos e bactérias, capazes debiorremediação
transformar as substâncias tóxicas em substâncias menos tóxicas a partir de técnicas como a biorremediação in
, por exemplo.situ
A é outra tecnologia capaz de remediar a poluição do solo. Esta, por sua vez, se dá pela ação debiolixiviação 
bactérias redutoras de sulfato, que são capazes de remover do solo os contaminantes, como metais pesados.
Outra tecnologia utilizada para remediar a poluição do solo, de acordo com Morita (2010), é a .fitorremediação
A técnica se baseia na utilização de espécies vegetais que são capazes de capturar, transportar, armazenar e
imobilizar — através de suas raízes, caules e folhas, por meio de seu processo de nutrição — os elementos
químicos presentes no solo, frutos de sua poluição.
Há, ainda, a técnica de e . A estabilização consiste na conversão do agenteestabilização solidificação
contaminante no solo para uma forma menos tóxica, enquanto que a solidificação é um processo que transforma
em grânulos as substâncias contaminantes.
Sendo assim, seja para o controle da poluição da água, do ar ou do solo, são necessários investimentos públicos
que possibilitem a melhoria das infraestruturas urbanas. O planejamento do uso e a ocupação do solo deve ser
pensado com vistas a garantir a qualidade de vida da população urbana, diminuindo as desigualdades sociais e
mantendo o equilíbrio dos ecossistemas.
Síntese
Neste capítulo pudemos perceber que a contaminação do meio ambiente — seja do solo, da água ou do ar — gera
efeitos sistêmicos sobre os ecossistemas, provocandodesequilíbrios ambientais que afetam diretamente a saúde
e a qualidade de vida da população. O acelerado processo de urbanização, especialmente nos países em
desenvolvimento, provoca impactos diretos, isso porque a falta de um planejamento urbano adequado impede
que as cidades cresçam de maneira ordenada e garantindo a preservação ambiental.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• compreender que os ecossistemas estão interligados;
• entender que a poluição afeta diretamente a qualidade de vida e a saúde da população;
• identificar que a poluição do solo impacta na qualidade da água e do ar;
• compreender que o crescimento desordenado das cidades provoca impactos diretos na natureza.
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https://periodicos.ufca.edu.br/ojs/index.php/cienciasustentabilidade/article/view/180/pdf%20180
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http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0520_0404_01.pdf
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	Introdução
	2.1 Corpos hídricos
	2.1.1 Processo de autodepuração
	2.1.2 Controle de poluentes e qualidade da água
	2.1.3 A importância da preservação dos recursos hídricos
	2.2 O processo de eutrofização natural e antrópica
	2.2.1 As causas do processo de eutrofização da água
	2.2.2 Urbanização e eutrofização da água
	2.2.3 Problemas da eutrofização
	2.3 Poluição atmosférica
	2.3.1 Atmosfera
	2.3.2 Causas e controle da poluição atmosférica
	2.3.3 Consequências da poluição do ar
	2.4 Poluição do solo
	2.4.1 A importância do solo
	2.4.2 A contaminação do solo
	2.4.3 Consequências e controle da poluição do solo
	Síntese
	Bibliografia

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