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Aspergilose, Histoplasmose, Paracoccidioidomicose, Esporotricose, Cromoblastomicose, Coccidioidomicose, Mucormicose, Fusariose e Criptococose - Infectologia

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Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente 
Infectologia 
 
 
ASPERGILOSE 
 
Agente etiológico:​ ​Aspergillus​ (​fumigatus​/​falvus​/​niger​)  
● Fungo oportunista. 
Transmissão:​ inalação do fungo.  
● Associada principalmente a pacientes neutropênicos.  
Formas:  
● Alérgica:  
o Episódios de broncoespasmo recorrente.  
o Asma + eosinofilia no escarro e sangue + infiltrado pulmonar recorrente e alegiar a                           
antígenos Aspergillus  
o Sintomas de sinusite com obstrução nasal intermitente + Cefaléia recorrente 
● Aspergiloma (Bola Fúngica):  
o Colonização de cavidade previamente existente no pulmão (tuberculose).  
o Tosse crônica, perda de peso e hemoptise.  
● Invasiva:  
o Transplantados de MO e leucêmicos.  
o Febre não responsiva a antibióticos.  
o Quadros pulmonares são mais comuns.  
o Dosagem de galactomanana sérico ou do lavado broncoalveolar é eficiente no                     
diagnóstico.  
Tratamento:  
● Alérgica:​ ​prednisona​ / ​itraconazol​ para episódios recorrentes.  
● Aspergiloma: cirúrgico (segmentectomia/lobectomia) / itraconazol ou anfotericina para               
casos em que há contraindicação de cirugia.  
● Invasiva:​ Voriconazol.  
 
HISTOPLASMOSE 
 
Agente etiológico:​ ​Histoplasma capsulatum 
● Fungo amplamente disperso no solo.  
Fontes de infecção: inalação de esporos presentes em solos contaminados com excretas                       
de galinhas e morcegos.  
Clínica:  
● Em indivíduos hígidos tem bom prognóstico, causa febre e pode durar alguns dias,                         
tendendo a cura espontânea. Pode ser interpretada como uma infecção respiratória                     
inespecífica.  
● Em imunocomprometidos é uma infecção oportunista, grave e disseminada.  
● O quadro pulmonar é o mais frequente.  
● Úlceras no TGI são frequentes em imunocomprometidos.  
● Outras formas: Meníngea, Pericárdica e Articular.  
Diagnóstico laboratorial:  
● Amostra: secreção do trato respiratório, sangue, punção de MO, tecido obtido por                       
biópsia de mucosas... 
● Exame direto: coloração por Giemsa, observa-se pequenas leveduras intracelulares.  
● Cultura: fundo dimórfico de crescimento lento (15-30 dias).  
1 
 
 
Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente 
Infectologia 
 
 
● Antígeno histoplasmínico na urina.  
● A identificação é feita pela micromorfologia da forma filamentosa: vê-se esporos                     
grandes-macroconídeos-arredondados, com inúmeras espículas ou granulações na             
parede celular.  
Tratamento:  
● Doença grave: ​Anfotericina​ ​→​ Itraconazol 
● Doença leve/moderada: ​Itraconazol 
 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
 
Agente etiológico:​ ​Paracoccidioides brasiliensis  
● Fundo dimórfico.  
● Principal micose sistêmica endêmica da América Latina.  
Transmissão:​ Inalação de partículas infectantes (conídios).  
● Ocorre mais em homens, o estrogênio fornece um fator de proteção para as mulheres.  
● Há grande variabilidade de manifestações clínicas. Quadro clínico mais comum:                   
pacientes com contato frequente com o solo, quadro pulmonar (tosse crônica >4                       
semanas, astenia e rouquidão), mucocutâneo (lesões cutâneas ou da mucosa oral).  
Diagnóstico laboratorial:  
● Amostra: raspado de lesão e mucosa, secreção do trato respiratório, aspirado de                       
linfonodos e tecido obtido por biópsia.  
● Exame direto com KOH a 20% = forma leveduriforme apresenta células grandes,                       
gobosas, parede celular supla e refrigente, e múltiplos brotamentos (Roda de                     
leme/Orelhas de Mickey Mouse).  
● Cultura: fungo dimórfico de crescimento lento >15 dias.  
Tratamento:  
● Itraconazol 
● Cetoconazol 
● Fluconazol 
● Sulfametoxazol ou Sulfadiazina  
● Duração de 6-24 meses conforme droga utilizada.  
 
ESPOROTRICOSE 
 
Agente etiológico:​ ​Sporothrix schenkii 
Transmissor:​ gato ou acidente com plantas (espinhos/farpas)  
● O acometimento clínico mais comum é mucocutâneo ​→​ Linfangite ascendente.  
Diagnóstico:​ exame direto, histopatologia e cultura.  
Tratamento:​ ​Itraconazol​ e terbinafina.  
 
 
 
 
 
 
 
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Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente 
Infectologia 
 
 
CROMOBLASTOMICOSE 
 
Agente etiológico:​ fungos negros ​Fonsecaea predosoi​ e ​Cladophialophora carrioni 
Transmissão: ​auto inoculação e trauma.  
● Afeta o tecido mucocutâneo, principalmente em membros inferiores.  
● Lesão em placa de aspecto verruciforme.  
Diagnóstico:  
● Inúmeras doenças têm clínica semelhante, a análise do tecido para identificar o fungo é                           
vital.  
● Histopatologia.  
Tratamento:  
● Lesões pequenas são retiradas cirurgicamente.  
● Itraconazol por 12 meses  
● Terbinafina.  
 
COCCIDIOIDOMICOSE 
 
Agente etiológico:​ ​Coccidioides immitis​ e ​C. posadasii 
Transmissão: ​conídios que estão no solo através do vento.  
● Infecta vários animais domésticos e o homem. 
● Na história clínica é comum caçar ou desentocar tatus.  
Clínica:  
● Incubação de 1-3 semanas.  
● 60% são assintomáticos ou confundidos com IVAS.  
● 40% há inflamação das vias aéreas + eritema/exantema + Artralgia. 1 a cada 200 casos                             
evolui com disseminação para meningites, ossos e articulações.  
Diagnóstico:  
● Pesquisa direta de fungos no escarro.  
● Cultura.  
● Histopatologia. 
● ELISA.  
● Imunodifusão.  
● Teste cutâneo.  
Tratamento:​ Fluconazol, Itraconazol e Anfotericina B.  
 
MUCORMICOSE 
 
Agente etiológico:​ ​Absidia​, ​Rhizopus​ e ​Mucor 
● É a infecção fúngicas mais aguda e fatal que atinge o homem.  
Transmissão:​ aspiração de esporos.  
● Em 75% das vezes a apresentação é na forma rinocerebral. Há cefaleia intensa, dor na                             
face, epistaxe e alterações no SNC.  
● Os fundo invadem os vasos sanguíneos causando trombose e infarto da região.  
Diagnóstico:​ cultura, exame direto + histopatologia, normalmente é feito após a morte.  
Tratamento:​ debridamento das lesões e ​anfotericina​.  
 
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Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente 
Infectologia 
 
 
FUSARIOSE 
 
Agente etiológico​: ​Fusarium moniliforme  
● Forma os micetomas (“tumor micótico”), que podem invadir o subcutâneo e ossos.  
● Pode causar fungemia e doença disseminada.  
● É mais frequente eu neutropênicos.  
● Em imunocompetentes a implantação é traumática.  
Diagnóstico: microscopia/cultivo da lesão.  
Tratamento: voriconazol, anfotericina, posaconazol.  
 
CRIPTOCOCOSE 
 
Agente etiológico: ​Cryptococcus neoformans (C. gattii) 
Transmissão: inalação das partículas fúngicas que podem ser encontradas no solo, nas                       
árvores (eucalipto) e nos excrementos dos pombos.  
● A infecção latente pode ser ativada por imunodepressão (HIV).  
Clínica:  
● Forma pulmonar 
o É a mais frequente. 
o Tosse persistente, febre baixa, mal-estar. 
o Massa ou nódulos nos imunocompetentes e infiltrado nos imunocomprometidos.  
● Forma meníngea  
o É a forma mais diagnosticada.  
o Hipertensão craniana, cefaleia intensa em paciente com HIV, PA elevada,                   
bradicardia.  
● Forma hematogênica 
● Forma cutânea/articular/próstata  
Diagnóstico laboratorial:  
● Amostra: líquor, secreção do trato respiratório ou lesão de pele, aspirado de formação                         
tumoral subcutânea e tecidos obtidos por biópsia.  
● Exame direto com tinta de nanquim = células capsuladas com diâmetro entre 5-20 ​μ​m.  
● Cultura: cresce em aproximadamente 7 dias, sob a forma de colônias mucoides de cor                           
creme à parda.  
Tratamento: 
● 1ª fase - ​Anfotericina B + Flucitosina​ por 14 dias ou até cultura negativa  
● 2ª fase - Fluconazol 400mg/dia por 8 semanas 
● 3ª fase - Fluconazol 200mg ate conseguir6 meses de CD4>200 
 
 
 
 
 
 
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