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Sistema nervoso central - anticonvulsivante

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@veterinariando_ 
➢ Convulsão – é uma manifestação clínica, que ocorre em região do sistema nervoso 
central onde há uma descarga elétrica excessiva, repentina e anormal no cérebro 
➢ Epilepsia – recorrência das crises convulsivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epilepsia sintomática 
Relacionada a uma disfunção na 
região central do cérebro, por 
conta de alguma anormalidade 
(ex: tumor) 
 
Epilepsia criptogênica 
Relacionada a uma suspeita de 
uma alteração estrutural na 
região do SNC – sem confirmação 
diagnóstica 
 
 
 
Epilepsia idiopática 
Sem causa aparente mesmo 
após investigação 
 
 
 
✓ Se inicia num local, mas 
consegue se abranger para o 
hemisfério cerebral 
✓ Chamada de “grande mal” 
✓ Pode ser parcial que evolui para 
generalizada 
✓ Contrações tônico-clônica das 
musculaturas 
✓ Perda da consciência 
✓ Salivação, micção e defecação 
✓ Ocorre em períodos curtos, mas 
são intensas 
✓ Se inicia num hemisfério e 
limita-se a ele 
✓ Chamadas de simples (sem 
inconsciência) ou complexas 
(com inconsciência) 
✓ Sinais motores leves 
✓ Comportamentos 
autonômicos 
 
Generalizadas tônico-clônica – “grande mal” 
1. Inconsciência 
2. Contração de musculatura (atividade tônica) 
3. Contração rítmica de musculatura (atividade clônica) 
 
Generalizadas brandas 
1. Alterações motoras de membros, pescoço e cabeça 
2. Se mantem consciente 
3. Apresentação de alterações comportamentais 
 
Parciais – focais 
1. Decorrentes de uma descarga focal e envolvem apenas uma região do cérebro 
2. Podem evoluir para generalizada de forma secundaria 
 
Atípica 
1. Ausência 
2. Clônica 
3. Tônica 
 
• Alteração da função da membrana neuronal, que pode conduzir a uma 
despolarização excessiva – a membrana pode ter alguma conformação que altera 
a voltagem 
• Diminuição de neurotransmissores inibitórios (ácido gama-aminobutírico – GABA), 
esse é o neurotransmissor inibitório mais amplamente distribuído no SNC 
• Aumento dos neurotransmissores excitatórios, como o glutamato – ocorre a 
perpetuação da descarga elétrica anormal 
• Alteração da concentração extracelular de potássio e cálcio – alterações 
metabólicas 
 
 
• O controle da convulsão será feito no receptor 
do tipo GABA A – esse receptor é comporto de 
algumas estruturas proteica (beta, alfa e gama), 
e está inserido na membrana celular. Quando o 
neurotransmissor GABA se liga ao sítio de ligação 
desse receptor, ele abre deixando passar íons de 
cloreto, onde na região intracelular causará uma 
hiperpolarização de membrana. A milivoltagem 
no interior da membrana neuronal, fica muito 
negativa precisando de um potencial que seja suficiente para alterar essa 
voltagem. 
 
• nesse tipo de neurônio o 
neurotransmissor é o glutamato 
• Quando o glutamato é liberado na 
fenda sináptica, sendo um neurotransmissor 
excitatório irá se ligar a receptores 
excitatórios como os receptores N-metil-D-
aspartato ou NMDA, os receptores AMPA e os 
receptores cainato 
• Quando o glutamato ativa esses 
receptores, há um influxo iónico de sódio e 
cálcio fazendo com que haja a intensificação e a 
perpetuação dos estímulos nervosos 
 
• A utilização desses medicamento será feita de forma crônica, naqueles pacientes 
que desencadeiam a convulsão de forma recorrente 
• A retirada da medicação deve ser feita de forma gradativa 
 
Diazepam 
• Benzodiazepínico (BZD) 
• O medicamento irá se ligar ao sítio de ligação existente na estrutura do receptor 
o GABA A – intensificando a atividade do neurotransmissor GABA 
• Ele aumenta a frequência de abertura dos canais de cloreto 
• É frequentemente utilizado em quadros emergenciais 
➢ Pois tem rápida absorção e tem latência (início do efeito clínico) é muito 
curta 
➢ Pode ser administrada por diversas vias como: intravenosa, via oral, 
intramuscular, subcutânea, intranasal e retal 
• Meia vida é de 1 a 2 dias, e há produção de um metabolito (N-desmetildiazepam) 
que possui meia vida de 60h 
• Possui metabolização hepática e os metabolitos são ativos 
• Pode ser usado em diversas espécies em situações emergenciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Benzodiazepínico ✓ Principalmente em humanos, onde é utilizado para diminuir a 
ansiedade. Devido a sua ação em 
receptores do tipo GABA A 
✓ Bloqueia temporário da 
memória 
✓ Diferente de um bloqueador 
neuromuscular, mas pode 
promover relaxamento 
✓ Cuidado com pacientes que não 
está respirando muito bem, pois 
pode ocorrer o miorrelaxamento 
de musculatura intercostal 
 
 
• Induz tolerância nos cães em 15 dias – não há mais a remissão das manifestações 
clínicas mesmo que se aumente as dosagens 
• Gatos – a administração crônica de Diazepam tem bom efeito, mas em um grupo 
de animais foi visto que houve necrose hepática fulminante aguda. Talvez 
desencadeada pelo metabolito N-desmetildiazepam que possui meia vida de 60h 
• Outros efeitos: sedação, polifagia e necrose hepática fulminante em gatos 
 
• Status epilépticos – crises 
• Convulsões generalizadas e focais 
• Convulsões mioclônicas 
• Crises de ausência 
 
O Flumazenil é antagonista de benzodiazepínicos – eles vão competir pelo mesmo 
sítio de ligação 
 
Fenobarbital 
• Barbitúrico – “gardenal” 
• Aumenta os efeitos do GABA (elevando muito o tempo de abertura do canal de 
cloreto) 
• Bloqueiam canais de sódio e potássio, diminuindo consequentemente o influxo de 
cálcio pré-sináptico 
• Pode reduzir correntes mediadas pelo glutamato – pode diminuir as atividades 
dos receptores excitatórios do tipo AMPA 
• É um medicamento com grande sucesso no controle das convulsões (60 a 80% de 
sucesso no tratamento crônico) 
• Latência 
✓ Via intravenosa – 20 a 30min (alta redistribuição) 
✓ Via oral – horas 
• Nível plasmático adequado para que se tenha efeito clínico correto é de – 7 a 10 
dias 
• Possui meia vida – 47 a 74h no cão (longa vida) 
• Tem metabolização hepática 
✓ É um medicamento que produz indução enzimática, ativando muito uma das 
vias dessas enzimas, consequentemente aumentando a biotransformação 
de outros medicamentos 
• Excreção renal-metabólito inativo 
 
• Hepatotoxicidade 
➢ Limitação de uso crônico em alguns pacientes 
➢ Pacientes tratados com o fármaco necessitam de monitorização periódica 
➢ Cirrose 
• Pode causar algum grau de sedação 
• Hiperatividade paradoxal 
• Polifagia 
• Polidipsia 
• Poliúria 
• Anemia mas é raro 
 
• Convulsões generalizadas 
• Convulsões focais 
 
Brometo de Potássio (BRK) 
• É uma substância manipulada e administrada pela via oral 
• Muito utilizada em associação com outros anticonvulsivantes 
• Não é um anticonvulsivante de primeira escolha 
• Seu mecanismo de ação não é estabelecido, mas é muito discutido – pode ser que o 
BRK promova um aumento da hiperpolarização da membrana intracelular 
• Possui meia vida longa de aproximadamente 16,5h e sua eliminação é de 25 dias 
• A excreção é renal 
• É necessário que o tutor use luvas, pois essa solução pode provocar manchas na 
pele 
• Reduz a dose de outros anticonvulsivantes, reduzindo assim os efeitos adversos 
desses anticonvulsivantes 
• Não é hepatotóxico 
• É eficaz em gatos 
 
• Ataxia 
• Hiperatividade 
• Hipersensibilidade em atópicos (dermatite alérgica) 
• Hipercalemia em nefropatas 
• Diarreia 
 
Gabapentina 
• Não tem efeito direto nos receptores GABA, apenas possui uma estrutura 
semelhante 
• A Gabapentina impede a abertura dos canais de cálcio voltagens independente – 
inibem subunidades de cálcio e intensificam a produção de GABA 
• Possui biotransformação hepática – 30% 
• Excreção renal 
• Não é empregado de forma isolada, normalmente é associada com outro 
anticonvulsivante 
• Utilizada principalmente em convulsões parciais 
 
• Sonolência 
• Fadiga 
• Incoordenação 
• Ataxia 
• Distúrbio na visão 
• Nistagmo – movimento involuntário do globo ocular 
 
Levetiracetam• Mecanismo de ação não é conhecido 
• Há estudos que dizem que seu mecanismo de ação está relacionado com a 
liberação de neurotransmissor na fenda sináptica 
✓ Inibe a proteína existente na vesícula sináptica, impedindo que o 
neurotransmissor seja liberado de forma efetiva – está envolvida na 
liberação de mensageiros químicos pelas células nervosas via canis de cálcio 
• Resultado: auxilia da estabilização dos impulsos elétricos do SNC, prevenindo crises 
epilépticas 
• Pode ser administrado por via oral ou parenteral 
• Usado para convulsões parciais e tônico-clônicas secundarias 
• Possui baixa ligação com as proteínas plasmáticas 
• Não tem biotransformação hepática 
• Tratamento suplementar em cães com epilepsia refrataria ao fenobarbital, 
brometo de potássio ou ambos 
 
• Tontura 
• Sialorreia 
• Redução do apetite 
• Sedação

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