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Introdução ao Sistema Nervoso Central 
 
SNC: 
❖ Encéfalo. 
• Cérebro. 
• Tronco encefálico. 
• Cerebelo. 
❖ Medula. 
Questionamentos: 
❖ Qual o número aproximado de neurônios na cabeça de um ser humano? 86 bilhões de neurônios. 
❖ Quantas conexões sinápticas apenas 1 neurônio consegue fazer? 10 mil. 
Comunicação neuronal: 
❖ Transmissão: 
• Sinapse elétrica: importante para células astrócitos. 
• Sinapse química: componentes: 
o Componentes: 
→ Canais de cálcio. 
→ Vesículas. 
→ Neurotransmissores. 
→ Receptores pré e pós sinápticos. 
→ Enzimas catabolizadoras. 
→ Sítio de recaptação. 
Mediadores químicos: 
❖ Neurotransmissor: 
• Substância presente dentro do neurônio pré-sináptico. 
• Substância liberada em resposta à despolarização da célula pré-sináptica. 
• Liberação dependente de cálcio. 
• Presença de receptores específicos para a substância na membrana pós-sináptica. 
• Produzidos no terminal axonal: Ach (acetilcolina); DA (dopamina); 5-HT (serotonina); GABA; 
GLU (glutamato); NA (noradrenalina). 
• Produzidos no corpo celular dos ribossomos: neuropeptídios. 
• Principal neurotransmissor excitatório: glutamato. 
• Principal neurotransmissor inibitório: GABA. 
❖ Exemplos: 
NEUROTRANSMISSOR MOLÉCULAS 
PRECURSSORAS 
PRINCIPAIS 
MECANISMOS 
DE SÍNTESE 
MECANISMO DE 
REMOÇÃO DA 
FENDA 
SINÁPTICA 
RECEPTORES 
Acetilcolina Colina + acetil 
CoA 
Colina acetil 
transferase 
Acetilcolinesterase Muscarínicos 
Nicotínicos 
Glutamato Glutamina Glutaminase Transportador Glutaminérgicos 
Dopamina Tirosina Tirosina 
hidroxilase 
Transportador 
COMT e enzima 
MAO 
Dopaminérgicos 
Serotonina Triptofano Triptofano 
hidroxilase 
Transportador 
SERT e enzima 
MAO 
Serotoninérgicos 
Neuropeptídios Aminoácidos Síntese e 
transporte 
Diversas proteases Peptidérgicos 
Plasticidade cerebral: estímulos levam à adaptação estrutural e organizacional → rearranjo dos neurônios. 
Doença de Parkinson 
 
Introdução: 
❖ Descrita primeiramente por James Parkinson como paralisia agitante. 
❖ Portadores conhecidos: Papa João Paulo II; Muhammad Ali; Michael Jay Fox (possui fundação com 
seu nome). 
Epidemiologia: 
❖ Prevalência de 85 a 187 casos por 100.000 habitantes. 
❖ Faixa etária entre 50 e 70 anos e o pico é aos 60 anos. 
❖ Incidência em homens é maior em relação às mulheres (3:2). 
❖ Afeta 2% dos brasileiros acima de 60 anos. 
❖ No Brasil, há 250 mil parkinsonianos segundo o IBGE. 
Etiologia: 
❖ Idiopática. 
❖ Consequente a AVC, infecção viral ou indução por fármaco antipsicótico. 
❖ Doença ambiental: 
• Ação de neurotoxinas ambientais. 
• Uso de agrotóxicos específicos. 
• MPTP: 
o Contaminante usado como substituto da heroína. 
o Causa destruição irreversível dos neurônios dopaminérgicos nigroestriados. 
o Convertido pela MAOB em MPP (metabólico tóxico) → age seletivamente nos receptores 
dopaminérgicos e inibe reações de oxidação mitocondrial → estresse oxidativo. 
❖ Produção de radicais livres no metabolismo da dopamina → anormalidades mitocondriais. 
❖ Doença genética: 
• Forma hereditária (rara). 
• Desenvolvimento de agregados proteicos intracelulares (Corpos de Lewy → PT α-sinucleína). 
• Mutações na α-sinucleína tornam a PT resistente à degradação e ela se empilha. 
Sintomatologia: 
❖ Distúrbio motor: tremor; rigidez; bradicinesia. 
❖ Distúrbio não motor: alterações na personalidade; ansiedade; labilidade emocional; inflexibilidade; 
demência; bradifenia; depressão; distúrbios do comportamento. 
❖ Outras manifestações: disfunção autônoma; disfunção sensorial; fadiga; perda de peso. 
Alterações neuroquímicas: 
❖ Núcleos da base: 
• Forma um sistema que funciona em associação com o córtex cerebral 
e o sistema motor corticospinal. 
• Funções: controles de padrões complexos – especializados em 
atividades motoras (escrever letras do alfabeto; cortar papel; pregar). 
❖ Diminuição de dopamina na substância negra e corpo estriado. 
❖ Perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra e degeneração 
dos terminais nervosos no corpo estriado. 
❖ Fisiologia: 
• Transporte da tirosina para interior do neurônio → conversão à 
DOPA pela enzima tirosina hidroxilase (TH) → conversão à 
dopamina pela ação da enzima L-aminoácidos aromáticos 
descarboxilase (AAADC). 
• Receptores: 
o D1: excitatório. 
o D2: inibitório. 
❖ Via direta: neurônio dopaminérgico (DP) não excita 
receptor D1 (+) → não há ativação suficiente do 
neurônio inibitório GABAérgico → diminuição da 
inibição da substância negra parte reticular (PR) → 
aumento da inibição do tálamo → diminuição da 
excitação do córtex motor. 
❖ Via indireta: neurônio dopaminérgico (DP) não inibe 
receptor D2 (-) → neurônio inibitório GABAérgico 
fica mais ativo (não ocorre sua inibição) → aumento 
da inibição do globo pálido → perde capacidade de 
inibir o núcleo subtalâmico (NST) → diminuição da 
inibição do NST → aumento da excitação da 
substância negra parte reticular (PR) → aumento da 
inibição do tálamo → diminuição da excitação do 
córtex motor. 
Tratamento farmacológico: 
 
 
CLASSE/MEDICAMENTOS NOMES COMERCIAIS 
Precursor da Dopamina 
LEVODOPA SINEMET; CRONOMET; PROLOPA 
Agonistas Dopaminérgicos 
BROMOCRIPTINA PARLODEL; BAGREN 
PERGOLIDA CELANCE 
LISURIDA DOPERGIN 
PRAMIPEXOL MIRAPEX; SIFROL 
ROPINIROL REQUIP 
Inibidor da MAO-B 
SELEGININA NIAR; DEPRILAN; ELDEPRIL 
Inibidor da COMT 
TOLCAPONA TASMAR 
ENTACAPONA COMTAN 
Anticolinérgicos 
BIPERIDENO AKINETON 
TRIHEXFENIDIL ARTANE 
Estimulação da Liberação de Dopamina – inibição de 
receptor excitatório 
 
AMANTADINA 
 
❖ SUS: pramipexol; amantadina; bromocriptina; entacapona; seleginina; tolcapona; triexifenidil. 
❖ Farmácia popular: 
• 90% de desconto. 
• Levodopa + carbidopa; biperideno; levodopa. 
❖ Escolha da medicação: varia conforme grau de acometimento. 
 
❖ Classes: 
1) Levodopa: 
• Farmacocinética: 
o Bem absorvida no ID por transporte ativo. 
o Administração com alimento reduz absorção e pico de concentração plasmática. 
o Combinada com inibidor da dopa descarboxilase (enzima que degrada dopamina) de ação 
periférica (carbidopa ou benserazida). 
o Transforma-se em DA dentro dos terminais pré-sinápticos de neurônios dopaminérgicos no 
corpo estriado. 
• Farmacodinâmica: 
o Incialmente, a melhora é quase completa, mas a eficácia terapêutica diminui à medida que a 
doença avança. 
o Aumento da dose pode contribuir com melhora, mas pode causar efeitos adversos (aparecimento 
de discinesia e “efeito liga-desliga”). 
• Efeitos adversos: 
o Discinesia: movimentos involuntários de contração (afetam face e membros). 
o “Efeito liga-desliga”: rápidas flutuações em que hipocinesia e rigidez podem melhorar e, em 
seguida, melhorar novamente; não é visto em pacientes com DP não tratada. 
o Náusea e anorexia. 
o Hipotensão postural. 
o Efeitos psicológicos: síndrome esquizofrenia-símile (delírios e alucinações); confusão; 
desorientação; insônia; pesadelos. 
o IMAO + levodopa: combinação pode levar à crise hipertensiva. 
 
2) Agonistas dopaminérgicos: 
• Farmacocinética: 
o Bem absorvidos por via oral. 
o Duração de ação maior que a levodopa. 
• Farmacodinâmica: 
o Não há necessidade de funcionalidade dos neurônios nigroestriatais. 
o Efetivos no tratamento de pacientes com “efeito liga-desliga”. 
o Seletividade na ação. 
o Não aumento produção de dopamina → não contribuem com geração de radicais livres. 
• Bromocriptina: agonista D2; agonista parcial D1. 
• Pergolida: agonista D1 e D2. 
• Pramipexol e Ropinirol: seletivos D2 e D3; pouca ou nenhuma atividade D1. 
 
3) Inibidores da COMT: 
• Tolcapona: 
o Ação relativamente longa. 
o Inibição de COMT central e periférica. 
o Efeito adverso: hepatoxicidade. 
• Entacapona: 
o Ação de curta duração. 
o Inibição de COMT periférica. 
 
4) Inibidores da MAO-B: 
• Seleginina: 
o Seletivo para MAO-B; em doses elevadas pode inibir MAO-A. 
o Protege dopamina de degradação intraneuronal. 
 
 
Doença de Alzheimer 
 
Definição:doença neurodegenerativa associada com amplo prejuízo das funções superiores, sendo a perda 
de memória o sintoma chave. 
Epidemiologia: 8 a 15% da população com mais de 65 anos. 
Etiologia: 
❖ Genética: 
 
❖ Ambiental: 
• Metais tóxicos. 
• Antimicrobianos. 
• Produtos industriais/comerciais químicos. 
• Poluição. 
• Pesticidas e inseticidas. 
Sintomatologia: 
❖ Inicial (2 a 3 anos): confusão de nomes e lugares; diminuição na habilidade de recordar informações; 
dificuldade no manuseio de dinheiro e pagamento de contas; pouca capacidade de decisão; perda de 
iniciativa; ansiedade. 
❖ Intermediário (2 a 10 anos): maior perda de memória; confusão; inquietude; dificuldade no 
reconhecimento de amigos próximos e familiares; problemas motores e perceptuais; perda de facilidade 
de linguagem; problemas com pensamentos lógicos; desintegração dos hábitos sociais. 
❖ Final (1 a 3 anos): incapacidade de reconhecer a si mesmo; incontinência; afasia; alteração no humor 
(ansiedade, agitação e depressão); convulsões. 
Memória: 
❖ Capacidade de armazenar e evocar informações. 
❖ Aquisição consolidação evocação. 
 
Neurotransmissão colinérgica: 
❖ Captação de colina através de transportador dependente de sódio (pode ser inibida por hemicolínio). 
❖ Colina e acetila (proveniente da acetilcoenzina A) se unem e formam acetilcolina (ACh) através da 
enzima colina acetiltransferase (ChAT). 
❖ Transporte de ACh para dentro de vesículas de armazenamento pelo transportador de ACh (pode ser 
inibido por vesamicol). 
❖ Liberação de ACh mediante despolarização da membrana → abertura de canais de Ca2+ VD → entrada 
de Ca2+ fusão das membranas vesicular e celular → exocitose do neurotransmissor (pode ser inibida por 
toxinas pré-sinápticas – toxina botulínica). 
❖ Na fenda sináptica pode atuar em receptores muscarínicos e nicotínicos pós-sinápticos para produzir 
resposta característica do efetor (ACh) e em RAChm e RAChn pré-sinápticos para modificar sua própria 
liberação. 
❖ Ação interrompida pela enzima acetilcolinesterase (AChE) que degrada ACh em colina e acetato. 
 
Alterações neuroanatômicas: encolhimento do córtex cerebral (área de memória e linguagem); 
diminuição da massa encefálica; ventrículos aumentam de tamanho; atrofia do hipocampo. 
Patofisiologia: 
❖ Degeneração de núcleos subcorticais: 
• Núcleo basal de Meynert e septo medial (acetilcolina). 
• Núcleo da rafe (serotonina). 
• Locus ceruleus (noradrenalina). 
Histopatologia: 
❖ Placas amiloides extracelulares: depósitos extracelulares amorfos da proteína β-amiloide (Aβ). 
❖ Aglomerados neurofibrilares intraneuronais: filamentos da proteína fosforilada associada ao 
microtúbulo (Tau). 
❖ Mutações no gene PPA: 
• Controlam o processamento amiloide. 
• Clivagem do PPA é feita por três proteases: 
o α-secretase: produz PPA solúvel (função fisiológica). 
o β,γ-secretase: geram proteína Aβ de extensões variadas (Aβ40 e Aβ42). 
o Aβ42: possui maior tendência para se agregar como placa amiloide e é produzida em maior 
quantidade. 
❖ Mutações nos genes da pré-senilina: aumentam atividade da γ-secretase. 
❖ Mutações no gene para ApoE4: facilita clivagem de Aβ. 
❖ Mutações na Tau: PT Tau é fosforilada dissocia-se dos microtúbulos deposita-se intracelularmente 
como filamentos helicoidais pareados agregam-se como agregados neurofibrilares extracelulares. 
 
Farmacoterapia: 
❖ Inibidores da acetilcolinesterase: 
FÁRMACO TIPO DE INIBIÇÃO DURAÇÃO DA AÇÃO EFEITOS ADRVERSOS OBSERVAÇÕES 
Donepezila Seletivo para AChE 24h; 1X por dia (longa 
meia-vida – 70 horas); 
via oral 
Efeitos adversos 
colinérgicos leves 
4 a 6 semanas – 5mg 
Após esse período – 10mg 
Rivastigmina Seletivo para SNC Dose inicial 4,6mg/24 
horas após 4 semanas 
de dosagem mais baixa 
Tendem a diminuir com 
a continuação do 
tratamento 
Sistemas (adesivos) devem 
colados em pele limpa e seca, 
sem pelo e intacta nas costas, 
zonas superiores do braço peito; 
substituídos de 24 em 24 horas 
Galantamina 
(alcaloide 
terciário) 
AChE e BuChE; ↑ 
ação intrínseca da 
ACh nos RAChn 
pela locação a um 
sítio alostérico do 
receptor 
8h; 2X por dia; 
dosagem oral 
Poucos efeitos adversos Doses mais eficientes foram 16, 
24 e 32mg/dia; mais 
recomendadas foram 16 e 
24mg/dia por terem menos 
efeitos adversos 
❖ Antagonistas do receptor NMDA: 
• Memantina: 
 
Epilepsia 
Introdução: 
❖ Distúrbio cerebral crônico de diversas etiologias, caracterizado por manifestações recorrentes 
clinicamente diversificadas (convulsões). 
❖ Indivíduo é vulnerável a dificuldades sociais e pode apresentar profundos problemas psicológicos. 
TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO PACIENTES COM EPILEPSIA POPULAÇÃO EM GERAL 
Transtornos do humor (depressão) 24 a 74% 3,3% distimia 
5 a 17% depressão maior 
Transtornos de ansiedade 10 a 25% 5 a 7% TAG 
1 a 4% transtorno do pânico 
Psicoses 2 a 9% 0,7 a 1% esquizofrenia 
TDAH 12 a 37% 4 a 12% 
 
Epidemiologia: 
❖ 50 milhões de pessoas possuem epilepsia no mundo. 
❖ Incidência de cada tipo de crise depende da faixa etária. 
❖ 75% dos pacientes apresentam sua primeira antes dos 18 anos. 
Etiologia: 
❖ Lesão/alteração em determinada área do córtex por tumor, malformação do desenvolvimento, 
traumatismo ou acidente vascular encefálico (AVE). 
❖ Genética: genes codificam canais iônicos neuronais envolvidos no controle da geração de potenciais 
de ação (canais de sódio e potássio VD, receptores GABAA e receptores nicotínicos de acetilcolina. 
 
Eletroencefalografia (EEG): registra atividade elétrica integrada gerada pelos potenciais sinápticos nos 
neurônios das camadas superficiais de uma área localizada no córtex. 
Tipos: 
❖ Crises epiléticas parciais: descarga começa localmente e, com frequência, permanece localiza; origem 
no cérebro e tronco cerebral. 
• Crises parciais simples: sem envolvimento da consciência. 
o Com sintomas motores. 
o Com sintomas sensoriais. 
o Com sinais ou sintomas autonômicos. 
o Com sintomas psíquicos. 
• Crises parciais complexas: com alteração da consciência; psicomotoras ou do lobo temporal. 
o Início com crise parcial simples, seguida de alterações da consciência. 
o Com alterações da consciência desde o início da crise. 
• Crises parciais seguidas de crises generalizadas secundárias: 
o Crises parciais simples, seguida de crises generalizadas. 
o Crises parciais complexas, seguida de crises generalizadas. 
o Crises parciais simples, seguida de crises parciais complexas, seguida de crises generalizadas. 
❖ Crises epilépticas generalizadas: 
• Ausência: 
o Ocorre em crianças. 
o Pessoa subitamente cessa o que está fazendo. 
o Olha fixamente para o vazio por alguns segundos, com pouca ou nenhuma alteração motora. 
o Recuperação rápida. 
o ECG: despolarização rítmica. 
• Crises mioclônicas. 
• Crises clônicas. 
• Crises tônicas. 
• Crises tônico-clônicas: 
o Fase tônica: 
→ ECG: atividade contínua generalizada de alta frequência. 
→ Duração: 1 minuto. 
→ Forte contração inicial da musculatura → espasmo extensor rígido e grito involuntário. 
→ Respiração cessa. 
→ Pode ocorrer defecação, micção e salivação. 
→ Face congesta e cianótica. 
o Fase clônica: 
→ ECG: despolarização intermitente. 
→ Violentos abalos sincronizados (2-4 minutos). 
→ Inconsciência (alguns minutos). 
→ Recuperação → confusão e mal estar. 
• Crises atônicas. 
• Síndrome de Lennox-Gastaut: 
o Ocorre em crianças. 
o Associa-se a retardo mental progressivo devido ao reflexo de neurodegeneração excitatória. 
• Estado de mal epilético: crises contínuas ininterruptas. 
❖ Crises epiléticas não classificáveis. 
 
Tratamento: 
❖ 70% dos pacientes conseguem controlar suas crises através de medicamentos; 30% restantes necessitam 
de tratamento cirúrgicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Objetivo: 
• Prevenção da recorrência de crises. 
• Melhor controle da doença com mínimo de efeitos adversos. 
• Integração do paciente na comunidade. 
 
❖ Mecanismos de ação: 
• Potencializaçãoda ação do GABA: 
o Ativação dos receptores GABAA → facilita abertura de canais de cloreto mediados pelo GABA. 
EX: fenobarbital (barbitúricos) e benzodiazepínicos. 
 
 
 
o Inibição da enzima GABA transaminase (localizada no interior dos astrócitos) → não inativação 
do GABA pela enzima. EX: vigabatrina. 
o Inibição da captação de GABA pelos neurônios e células da glia aumento da concentração 
extracelular. EX: tiagabina. 
o Síntese dos fármacos: 
→ Benzodiazepínicos. 
→ Barbitúricos. 
→ Vigabatrina. 
→ Tiagabina. 
→ Gabapentina. 
• Inibição de canais de sódio: 
o Diminuição da excitabilidade da membrana atuando sobre canais de sódio VD, os quais possuem 
corrente de voltagem necessária para geração de PA. 
o Ligação com canis de sódio no estado inativo → impedindo retorno ao estado de repouso → 
redução dos canais funcionais disponíveis para gerar PAs. 
o Estado de repouso: momento em que os neurônios não estão em atividade (não há excitação). 
o Estado inativo: estado em que o canal entra logo após ser ativado. 
o Síntese dos fármacos: 
→ Fenitoína. 
→ Carbamazepina. 
→ Valproato. 
→ Lamotrigina. 
o Indicações de uso: 
→ Anticonvulsivante. 
→ Neuralgia do trigêmeo. 
→ Enxaqueca. 
→ Depressão bipolar. 
• Inibição de canais de cálcio: 
o Bloqueios aos canais de cálcio ativados por voltagem do tipo T (determinam despolarização 
rítmica dos neurônios do tálamo associados às crises de ausência. 
o Síntese dos fármacos: 
→ Etossuximida. 
→ Felbamato. 
→ Lamotrigina. 
SÍTIOS DE AÇÃO NEURONAL DE DROGAS ANTIEPILÉPTICAS 
 
SÍTIOS DE AÇÃO DE DROGAS EPILÉPTICAS EM SINAPSE GABAÉRGICA 
 
❖ Fármacos: 
 
FÁRMACO LOCAL DE AÇÃO USO PRINCIPAL MEIA-
VIDA 
(HORAS) 
 CANAL 
DE 
SÓDIO 
RECEPTOR 
GABAA 
CANAL 
DE 
CÁLCIO 
OUTRO 
Fenobarbital + Todos os tipos, exceto 
crises de ausência 
4-124 
Benzodiazepínicos 
(clonazepam, 
clobazam, lorazepam 
e diazepam) 
 ++ Todos os tipos Depende 
do fármaco 
Fenitoína ++ Todos os tipos, exceto 
crises de ausência 
3-16 
Carbamazepina ++ Todos os tipos (+ 
usado), exceto crises 
de ausência; neuralgia 
do trigêmeo 
2-10 
Ácido valproico + + Inibição da 
GABA 
transaminase 
Maioria dos tipos, 
inclusive crises de 
ausência 
8-12 
Lamotrigina ++ Inibição da 
liberação de 
glutamato 
Todos os tipos 2-10 
Etossuximida ++ Crises de ausência; 
pode exacerbar crises 
tônico-clônicas 
6-14 
Gabapentina e 
pregabalina 
 + Crises parciais 6-9 
Vigabatrina Inibição da 
GABA 
transaminase 
Todos os tipos Curta 
Topiramato +? +? +? Desconhecido Todos os tipos, exceto 
crises de ausência 
20 
 
❖ Efeitos adversos: 
• Fenobarbital: 
o Sedação; depressão; irritabilidade; nistagmo; ataxia; erupção cutânea; anemia megaloblástica; 
osteomalácia; hiperatividade em crianças; agitação paradoxal em idosos. 
• Benzodiazepínicos: 
o Sedação; incoordenação; ataxia; hipersecreção brônquica; hipotonia; tontura; salivação; 
hiperatividade paradoxal em crianças; síndrome de retirada após uso crônico; alterações de 
comportamento. 
• Fenitoína: 
o Tóxicos: nistagmo; ataxia; sonolências; vertigem; náuseas; vômitos; desordens do movimento; 
arritmias cardíacas; hipotensão. 
o Idiossincrásicos: reações de hipersensibilidade; dermatites; leucopenia; trombocitopenia; 
febre; agranulocitose; anemia aplásica; eosinofilia; hiperplasia linfoide; LES; hepatite. 
o Efeitos do uso crônico: hiperplasia gengival; hirsutismo; disfunção cerebelar crônica; 
polineuropatia; distúrbio de funções cognitivas; hipocalcemia; osteomalácia; anemia 
megaloblástica por deficiência de folato e B12. 
o Malformação fetal. 
• Carbamazepina: 
o Sedação; ataxia; reação cutânea; desconforto gastrintestinal; reações de hipersensibilidade; 
anemia aplásica (rara); leucopenia; vertigem; visão embaçada; diplopia; nistagmo; tremor; 
nioclonia; retenção hídrica; insuficiência hepática (rara); icterícia. 
• Ácido valproico: 
o Náuseas; vômitos; sedação; hepatotoxicidade; alopecia; tendência hemorrágica; pancreatite 
aguda; aumento de peso; teratogênico. 
• Lamotrigina: 
o Cefaleia; diplopia; tontura; sedação; ataxia; tremor; sintomas gastrintestinais; alterações 
comportamentais; discrasias sanguíneas; reações cutâneas; Síndrome de Steven-Johnson (rara). 
• Etossuximida: 
o Náuseas; distúrbios gastrintestinais; sedação; soluços; pancitopenia; alteração da função 
hepática; cefaleia; tontura; anorexia; reação extrapiramidal; alterações comportamentais; 
discrasias sanguíneas; LES. 
• Vigabatrina: 
o Tontura; ataxia; cefaleia; sedação; falhas no campo visual; alterações comportamentais e do 
humor; surto psicótico (raro); aumento do peso; agitação em crianças. 
Hipnóticos 
 
Sono: 
❖ Fenômeno ativo. 
❖ Estado funcional, reversível e cíclico, com comportamento característicos (imobilidade relativa e 
aumento do limiar de respostas aos estímulos externos). 
❖ Produz variações biológicas e mentais. 
❖ Tipos: 
• Sono de ondas lentas (sono não REM): 
o Acompanhado de diminuição da maioria das funções corporais. 
o Redução da respostas aos estímulos sensoriais. 
o Redução generalizada do tônus muscular. 
o Respiração se torna profunda e regular. 
o Diminuição da FC e produção de calor. 
o Aumento da liberação do hormônio de crescimento e prolactina. 
o Sono repousante. 
o Corresponde a 75% do total de sono. 
• Sono paradoxal (sono REM): 
o Movimento rápidos dos olhos. 
o Variação do SNA com respiração e ritmos cardíaco se tornando mais rápidos e irregulares. 
o Aumento da PA e secreção dos hormônios suprarrenais. 
o Frequência: a cada 90 minutos. 
o Duração: 5-30 minutos. 
o Relaciona-se aos sonhos e memórias. 
o Corresponde a 25% do total de sono. 
❖ Estágios: 
• 1 (mais leve); 2 (50% do total de sono); 4 (mais pesado). 
• Noite de sono inicia no sono não-REM, passando do estágio 1 o 4 e retornando para o estágio 1 e 
2, para entrar no sono REM. 
• Sequência tende a se repetir de 5 a 6 vezes durante a noite. 
 
Substratos neurais: 
❖ Mesencéfalo: 
• Formação reticular. 
• Núcleos da rafe. 
• Núcleo do locus coeruleus. 
 
❖ Diencéfalo. 
 
Neuromodulação: estados de vigília e sono. 
NEUROTRANSMISSOR VIGÍLIA SONO 
 ONDAS LENTAS REM 
ACh ++ + +++ 
NA ++ + - 
5-HT ++ + ± 
HST ++ - - 
ORX ++ - - 
 
Transtornos do sono: 
❖ Classificação: 
1. Dissonias: transtornos do ritmo circadiano do sono → pacientes tem dificuldade em iniciar ou manter 
o sono ou podem dormir em excesso. 
• Transtornos intrínsecos do sono: 
o Insônia. 
o Narcolepsia – indivíduo cai no sono enquanto realiza alguma atividade; utilizam-se 
medicamentos psicoestimulantes (anfetaminas – utilizadas no tratamento de TDAH). 
o Hipersonia. 
o Síndrome de apnéia obstrutiva do sono. 
o Síndrome de inquietação das pernas. 
• Transtornos extrínsecos do sono: 
o Insônia de altitude. 
o Síndrome do comer (beber) noturno. 
o Transtorno do sono induzido por toxina. 
o Higiene do sono inadequada. 
• Transtornos do ritmo circadiano do sono: 
o Síndrome da mudança da zona de tempo (fuso horário). 
o Padrão irregular de sono vigília. 
2. Parassonias: caracterizadas por comportamentos ou eventos fisiológicos anormais associados com o 
sono ou alguma de suas fases. 
• Transtornos do despertar: 
o Sonambulismo. 
o Terrores noturnos. 
• Transtornos da transição sono-vigília: 
o Sonilóquio. 
• Parassonias geralmente associadas ao sono REM: 
o Pesadelos. 
o Paralisia do sono. 
• Outras parassonias: 
o Bruxismo do sono – ranger dos dentes enquanto o indivíduo está dormindo; utilizam-se 
medicamentos antidepressivos do grupo da fluoxetina. 
o Enurese do sono – perda voluntária de urina enquanto o indivíduo está dormindo; normalmente 
está relacionado com Ach; utilizam-se drogas anticolinérgicas (atropina), mas há efeitos 
adversos (boca seca/xerostomia; dilatação de pupilas/midríase; constipação); usam-se 
medicamentos antidepressivos (amitriptilina). 
3. Transtornos do sono associados com transtornos médicos psiquiátricos: 
• Associadoscom transtornos mentais: 
o Psicoses. 
o Transtornos do humor. 
o Alcoolismo. 
• Associados com transtornos neurológicos: 
o Demência. 
o Parkinsonismo. 
• Associados com outros distúrbios médicos: 
o Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
o Úlcera péptica. 
• Transtornos do sono propostos: 
o Pequeno dormidor. 
o Grande dormidor. 
 
❖ Epidemiologia: 
• 15-30% da população relatam a médicos dificuldades para dormir no decorrer de um ano. 
• 5-10% dessas pessoas recebem algum tipo de medicação. 
• Hipnóticos são mais utilizados por mulheres e idosos. 
 
❖ Etiologia: 
• Genes: 
o GABRB3: regulação da inibição gabaérgica. 
o 3111T/C CLOCK: regulação do tempo do ciclo circadiano. 
o 5-HTTLPR: regulação da serotonina nas sinapses. 
o ROR1: modulação do crescimento neuronal e formação de sinapses. 
o PLCB1 e CACNA1C: regulação da sinalização de cálcio. 
• Achados: 
o Aumento da atividade talâmica durante o sono. 
o Redução da seleção sobre a cabeça do núcleo caudado. 
o Aumento do volume do córtex cingulado anterior. 
o Redução do volume do lobo frontal e atividades. 
o Aumento da atividade da amígdala. 
o Redução do volume hipocampal. 
 
❖ Tratamento: 
1. Não farmacológico: 
• Ida para cama somente quando houver sono. 
• Saída da cama se houver dificuldade de dormir. 
• Limitação da ingestão de cafeína e álcool à noite. 
• Horário regular para dormir. 
• Restrição do sono e exercícios moderados durante o dia. 
• Quarto com temperatura adequada e suficiente silêncio. 
2. Farmacológico: 
• Hipnótico ideal, do ponto de vista farmacodinâmico, reproduziria a fisiologia normal do sono, sem 
provocar o aparecimento de efeitos adversos. 
• Não há um medicamento que atinja esses objetivos. 
• Drogas utilizadas: etanol, cânhamo, ópio, brometo, hidrato de cloral, paraldeído, barbitúricos, 
anti-histamínicos, benzodiazepínicos, zolpidem e zopiclona. 
 
➢ Anti-histamínicos: 
• Mecanismo de ação: 
o Ação da histamina: liberação de histamina na fenda sináptica → atuação em receptores H1 → 
ativação do neurônio promotor do despertar → pessoa acorda. 
o Fármaco é antagonista do receptor (H1) e impede que a histamina se ligue → não ativação do 
neurônio → indução do sono. 
 
• Fármacos: 
o DraminB6: dimenidrinato + cloridrato de piridoxina → início mais lento. 
o Fenergan: cloridrato de prometazina → uso para insônia, pré-anestesia e potencialização de 
analgésicos (ação sedativa). 
o Difenidrin: cloridrato de difenidramina (difenidramina + 8-cloroteofilina) → início mais 
rápido; uso adulto (dose de 10 a 50mg via IV ou M; dose máxima diária 400mg); uso pediátrico 
acima de 12 anos (dose de 5/mg/kg/24 divida em 3 ou 4 vezes durante o dia via IV ou IM; dose 
máxima 300mg). 
 
➢ Barbitúricos: 
• Mecanismo de ação: 
o Atuam sobre os receptores GABAA (subunidades α e β) → intensificação da ligação do GABA 
com os receptores → potencialização das correntes de cloro induzidas por GABA devido ao 
prolongamento dos períodos de surto de abertura do canal de cloro (≠ dos benzodiazepínicos → 
aumentam a frequência dos surtos). 
• Farmacocinética: 
o Absorção rápida via oral. 
o Administração também por IM profunda e IV (tratamento do estado epiléptico ou para indução 
e/ou manutenção de anestesia geral). 
• Farmacodinâmica: 
o Diminuição da latência do sono, número de despertares e durações do sono REM e de ondas 
lentas. 
• Efeitos adversos: 
o Tolerância. 
o Interrupção leva a aumentos de rebote. 
o Depressão residual do SNS no dia seguinte. 
o Alterações de humor (excitação paradoxal). 
o Comprometimento do julgamento e habilidades motoras finas. 
o Vertigem, náuseas, vômitos e/ou diarreias. 
o Hipersensibilidade. 
o Interações medicamentosas. 
o Intoxicação. 
o Contraindicado para pacientes com porfiria intermitente aguda, porfiria variegada e 
insuficiência pulmonar. 
• Fármacos: 
FÁRMACO MEIA-VIDA USO TERAPÊUTICO 
Amobarbital 10-40hrs Insônia, sedação pré-operatória e conduta de 
emergência nas convulsões 
Butabarbital 35-50hrs Insônia e sedação pré-operatória 
Pentobarbital 15-50hrs Insônia, sedação pré-operatória e conduta de 
emergência nas convulsões 
Fenobarbital 80-120hrs Distúrbios convulsivos, estado epiléptico e sedação 
diurna 
Secobarbital 15-40hrs Insônia e sedação pré-operatória 
Tiopental 8-10hrs Indução e/ou manutenção de anestesia, sedação pré-
operatória e conduta de emergência nas convulsões 
 
➢ Benzodiazepínicos: 
• Estrutura química: 
o Anel de sete elementos (anel diazepínico) + anel aromático (benzeno) que tem quatro grupos 
substituintes. 
• Mecanismo de ação: 
o Atuam seletivamente nos receptores GABAA → canal iônico controlado por ligante com formato 
de pentâmero composto de subunidades α (6 subtipos), β (3 subtipos) e γ (3 subtipos). 
o Ligam-se na interface entre subunidades α e γ, apenas nos receptores que contêm subunidades 
γ2 e α1, α2, α3 e α5. 
o Intensificam a resposta do GABA → facilitando abertura de canais de cloreto. 
o Atuam alostericamente → aumentam afinidade do GABA pelo receptor GABAA. 
 
 
 
• Indicações: 
o Combate a insônia e ansiedade (transtornos). 
o Anestesia endovenosa. 
o Anticonvulsivante. 
o Relaxante muscular. 
o Combate os sinais de abstinência ao álcool. 
• Farmacocinética: 
o Excelente absorção oral. 
o Administração também por vias IM e IV. 
o Não provocam indução enzimática. 
o Classificação conforme meias-vidas: 
→ Ação ultrarrápida. 
→ Ação curta. 
▪ Meia-vida < 6h. 
▪ Triazolam. 
→ Ação intermediária. 
▪ Meia vida de 6-24hrs. 
▪ Estazolam e temazepam. 
→ Ação longa. 
▪ Meia-vida > 24hrs. 
▪ Flurazepam, diazepam e quazepam. 
• Farmacodinâmica: 
o Diminuição da latência do sono e frequência com que a pessoa acorda, aumentando a duração 
do sono total. 
• Farmacoterapia: 
o Uso da menor dose efetiva. 
o Administração intermitente (2 a 4 vezes por semana). 
o Uso por períodos curtos. 
o Descontinuação gradual da medicação. 
o Atenção para insônia rebote. 
• Efeitos adversos: 
o Amnésia anterógrada (não há memória dos eventos experimentados enquanto sob influência do 
fármaco). 
o Prejuízo no desempenho psicomotor. 
o Tolerância e dependência. 
o Interrupção pode levar à insônia rebote. 
o Depressão respiratória não é comum quando administrados isoladamente. 
• Fármacos: 
FÁRMACO MEIA-VIDA USO TERAPÊUTICO 
Diazepan 43 ± 13hrs Transtornos de ansiedade, estado epiléptico, relaxamento 
muscular esquelético e pré-medicação anestésica 
Estazolam 10-24hrs Insônia 
Flurazepam 74 ± 24hrs Insônia 
Quazepam 39hrs Insônia 
Temazepam 11 ± 6hrs Insônia 
Triazolam 2,9 ± 1,0hrs Insônia 
 
BENZODIAZEPÍNICOS X BARBITÚRICOS X HIDRATO DE CLORAL 
(TRATAMENTO DA INSÔNIA) 
 
 
BARBITÚRICOS X BENZODIAZEPÍNICOS 
❖ Sedação: ↓ da atividade do SNC (pode não estar consciente); dificuldade psicomotora. 
❖ Hipnose: inconsciência; resposta a estímulos. 
❖ Anestesia geral/narcose: semelhante ao coma; não há resposta a estímulos. 
❖ Paralisia: indivíduo vai a óbito → apenas BARBITÚRICOS. 
 
 
➢ Novos agonistas dos receptores benzodiazepínicos: 
• Compostos “Z”. 
• Atuam modulando o receptor GABAA. 
• Não apresentam estrutura dos BZDs. 
• Zolpidem: 
o Atua na subunidade α1 do receptor GABAA. 
o Meia-vida: 2,4hrs. 
o Promove rápida indução do sono. 
• Zopiclona: 
o Atua nas subunidades α1 e α2 do receptor GABAA. 
o Meia-vida: 5,3hrs. 
• Eszopiclona: enantiômero da zopiclona. 
• Zaleplona: 
o Atua na subunidade α1 do receptor GABAA. 
o Meia-vida: 0,9hrs. 
o Promove rápida indução do sono. 
o Pode ser usado no meio da noite. 
 
 
➢ Melatonina: 
• Níveis de melatonina no núcleo supraquiasmático se elevam de maneira circadiana (aumento da 
concentração à noite → atinge platô → diminuição da concentração à medida que noite prossegue). 
• Mecanismo de ação: 
o Liga-se aos receptores MT1 (promove início do sono) e MT2 (altera sincronia do sistema 
circadiano). 
• Farmacodinâmica: 
o Melhora latência, duração e qualidade do início do sono em crianças, adolescentes , idosos emulheres na pós-menopausa. 
o Uso consistente de melatonina gera taxa de rebote muito baixa. 
 
➢ Ramelteona: 
• Congênere da melatonina → análogo tricíclico sintético da melatonina. 
• Mecanismo de ação: 
o Atua seletivamente de forma agonista nos receptores da melatonina MT1 e MT2. 
• Indicação: 
o Tratamento de insônia transitória e crônica → dificuldade para iniciar o sono. 
QUADRO RESUMO DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Farmacologia – sistema nervoso central 
Dividido em encéfalo (cerebelo, tronco encefálico e cérebro) e medula. 
86 bilhões de neurônios. Um neurônio pode fazer 10 mil conexões. 
Se há um estímulo ao neurônio, inicia-se uma despolarização, por meio de canais de íons. 
 
Em uma ação hipnótica, em uma cirurgia se deseja que chegue ao estado de hiperpolarização, para que o 
neurônio fique sem função. 
Neurotransmissores precisam estar dentro de vesículas quando na célula pré-sináptica, para que haja a 
velocidade ideal ou a função ideal. Há receptores na célula pós-sináptica e também na célula pré-sináptica. 
Mediadores químicos 
 Neurotransmissores – substancia deve estar presente no 
neurônio pré-sináptico. A substancia deve ser liberada em 
resposta a despolarização pré-sináptica, e essa liberação deve 
ser mediada por cálcio. Receptores específicos para a substancia 
devem existir na membrana pós-sináptica. Ex: acetilcolina, dopamina, serotonina (neurotransmissor 
do humor), gaba, noradrenalina, adenosina, histamina, glutamato (acelerador do cérebro, 
excitação). Produção de neurotransmissor ocorre no terminal axonal. 
Plasticidade cerebral 
 Intensidade depende da idade mas pode ocorrer em todos os momentos da vida. 
 Estímulos podem alterar a plasticidade e podem até auxiliar a produção de novos neurônios, 
neurogênese. 
NO potencializa a memória. Não está 
em vesículas, produzido no endotélio, é 
um gás, se dissipando conforme 
necessidade. 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Parkinson 
Descrito primeiramente em 1817. 
Famosos que tiveram/tem Parkinson – papa João Paulo 2; muhamid dali; Michael j. fox; 
Na doença de Parkinson, aglomerados de proteína intracelulares, conhecidos como corpos de Lewy, são 
desenvolvidos em várias partes do cérebro. Eles consistem em alfa sinucleína, uma proteína sináptica presente 
em grandes quantidades nos cérebros normais. A alfa sinucleína está relacionada à reciclagem da vesícula 
sináptica, mas quando sofre mutação perde essa capacidade, resultando no comprometimento do 
armazenamento vesicular da dopamina. Isso pode levar ao aumento da dopamina citosólica, cuja degradação 
produz espécies reativas de oxigênio, levando à neurotoxicidade. Além disso, há uma mutação na parquina, 
uma proteína que participa na degradação intracelular das proteínas degeneradas. Portanto, a alfa-sinucleína 
com erro no enovelamento proteico, facilitada pelas mutações genéticas ou possivelmente por fatores 
ambientais, acumula-se na célula como resultado do comprometimento da degradação proteica (resultado da 
parquina defeituosa) na forma de corpos de Lewy, os quais, por mecanismos desconhecidos, comprometem 
a sobrevivência da célula. Se o estresse oxidativo for aumentado, como resultado de isquemia, venenos 
mitocondriais ou mutações de certas proteínas mitocondriais, o resultado é a morte da célula. 
A morte de neurônios produtores de dopamina significa menos dopamina e, sem dopamina suficiente, outras 
partes do cérebro podem não funcionar adequadamente. 
Epidemiologia – no brasil, há 250 mil parkinsonianos. A faixa etária mais acometida se situa entre 50 e 70 
anos, sendo o pico aos 60 anos. A incidência em homens é ligeiramente maior do que em mulheres (3:2). 
Etiologia – ação de neurotoxinas ambientais (1-metil-4-fenil-1-2-3-6-tetraidropiridina. MPTP. Toxina em que 
muitos jovens usuários de drogas usaram e desenvolveram Parkinson. É uma toxina super seletiva que afeta 
a área de desenvolvimento para o parkinson). Relação entre Parkinson/parkinsonismo e pesticidas 
reconhecido por pesquisadores. Produção de radicais livres na quebra de dopamina ou de outras 
substâncias. 
Predisposição genética – mais relacionado a inícios mais precoces. Principais proteínas relacionadas ao 
aparecimento de Parkinson: alfa-sinucleína (demência precoce) e parkina (parkinson precoce com progressão 
lenta). 
MPTP e outras substâncias conseguem afetar a mitocôndria, criando disfunções. Além disso, há a disfunção 
de parkina, que serve para marcar proteínas antigas que deveriam ser destruídas, mas como a parkina está 
com defeito elas ficam acumuladas, podendo desenvolver a doença. 
Sinais essenciais na doença de Parkinson: rigidez, tremor, alterações no equilíbrio postural, bradicinesia. 
 Distúrbio não motor na doença de Parkinson – anormalidades neurocomportamentais na doença de 
Parkinson: demência; bradifenia; depressão e ansiedade; distúrbios do sono; alterações na 
personalidade (apatia, falta de confiança, medo, ansiedade, labilidade emocional e inflexibilidade); 
Apenas quando morre 70% dos neurônios dessa região é que inicia a manifestação da doença. 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Os gânglios da base formam um sistema que funciona 
em associação com o córtex cerebral e o sistema 
córtico-espinhal. Gânglios da base são responsáveis 
por movimentos, tendo como funçãi o controle de 
padrões complexos, especializados em atividade 
motora, precisando funcionar de forma harmônica. É 
na substancia negra que ocorre a maior taxa de 
destruição, levando ao desenvolvimento da doença, 
uma vez que destruídos os neurônios dessa região, 
principalmente neurônios dopaminérgicos, ocorre 
uma reação em cadeia que afeta as outras regiões, já 
que a dopamina necessita ser liberada para que o 
ciclo ocorra. 
Dopamina, produzida a partir da tirosina, uma vez 
que criada, é estocada em vesículas. Atua em receptores divididos em D1 (aumenta 2º mensageiro, ocorrendo 
ativação da 2º célula) e D2 (diminuição do 2º mensageiro). 
Glutamina é excitatório. Gaba é inibitório. Dopamina depende da família, se é D1 é excitatório, se é D2 é 
inibitório. 
Em condições normais, a 
substancia negra pc (SNpc) É 
conectada, através do feixe 
de neurônios nigroestriatal, 
ao estriatum (STR). Os 
neurônios do estriado 
possuem receptores D1 e 
D2, ou seja, alguns de seus 
neurônios são excitados 
pelo neurotransmissor e 
outros são inibidos; eles 
também são gabaérgico, ou 
seja, liberam GABA, o qual é 
um neurotransmissor 
inibitório. Os neurônios que 
saem do estriatum atuam 
em dois locais, formando 
uma via direta e outra indireta de estimulação. Na via direta, os neurônios do estriatum possuem receptores 
D1 e liberam GABA na substancia negra pr (SNpr), inibindo-a. Essa, então, que inibiria o ventroanterior e 
ventrolateral do núcleo talâmico, não o inibe e ele fica livre para excitar o córtex cerebral através do 
neurotransmissor glutamina. Já na via indireta, os neurônios do estriatum possuem receptores D2 para a 
dopamina, a qual os inibe. Caso não inibido, o estriatum iria prosseguir em inibir o globo pálido lateral (LGP). 
O LGP, se não inibido, iria inibir o núcleo subtalâmico (STN), o qual estimula, através da glutamina, a substância 
negra pr. Como já dito, a substância negra inibe os ventros do núcleo talâmico, impedindo a excitação cortical. 
(Retirado do resumo da Louise Hoffmann). 
Via direta estimula o córtex cerebral e a via indireta inibe o córtex cerebral. 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
No cérebro com a doença de Parkinson, o controle motor mais preciso se torna pior devido à falta de conexão 
com o córtex cerebral. 
Medicamentos que atuam em D2 apresentam um melhor resultado, uma vez que tentam manter um 
equilíbrio. Se apresentar menos dopamina atuando em D2, que é inibitório, significa que terá menos inibição, 
ocorrendo uma atividade mais exacerbada. 
Substancianegra é o azul escrito STR, sendo a dopamina o neurotransmissor 
que sai dele. Se há uma dificuldade na secreção de dopamina, o neurônio 
inibitório vai perder sua função inibitória, aumentando ainda mais a ação da 
via indireta, que é caracterizada pela inibição do globo pálido lateral, não 
conseguindo inibir o núcleo subtalamico. Por isso, ele estimula a substancia 
negra PR, que inibe o ventroanterior e o ventrolateral do núcleo talâmico, 
não conseguindo estimular o córtex. Como a via direta fica inibida, também 
não consegue estimular o córtex. 
Tratamento 
O medicamento de dopamina não 
serve para doença de Parkinson, 
uma vez que ela não consegue 
ultrapassar pela membrana 
hematoencefálica e é degrada por 
enzimas. 
Medicamentos – akineton e artane 
são utilizados apenas no início da doença, uma vez que mexe com a 
acetilcolina, diminuindo (no começo, a falta de dopamina aumenta a 
acetilcolina, isso é, aumenta a atividade colinérgica, fazendo com que 
o paciente trema). A dose de levodopa aumenta com o passar do 
tempo, por isso o início para utilizar esse medicamento é sempre 
adiado, para que comece a ser utilizado apenas quando realmente 
necessário. 
No Parkinson, usa-se a levodopa, que é um precursor da dopamina, inibidores da MAOB, inibidores da COMT 
e agonistas dopaminérgicos. 
LEVODOPA 
Tratamento mais comum e efetivo na doença de Parkinson. A dopamina difere da levodopa devido a carboxila 
presente nessa última. 
Bem absorvida no intestino delgado por meio do transporte ativo, necessitando de um transportador 
específico de aminoácidos. O que pode ser um problema, uma vez que se há a presença de muitos 
aminoácidos, que são parecidos com levodopa, o transportador se torna muito carregado, dificultando a 
absorção do medicamento. Não deve ser administrada durante refeições, tendo em vista que sua 
biodisponibilidade é reduzida. 
A enzima MAO degrada a dopamina e a enzima dopadescarboxilase degrada a levodopa na circulação, 
retirando a carboxila da levodopa, transformando-a em dopamina na circulação. Por isso ao se administrar 
levodopa, é necessário introduzir um inibidor de dopa descarboxilase, o Carbidopa, o qual não ultrapassa a 
barreira hematoencefálica, mas impede que a levodopa seja transformada em dopamina antes de chegar na 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
barreira hematoencefálica. Ao ultrapassar a barreira, a levodopa é transformada em dopamina pela dopa 
descarboxilase. A levodopa é transformada em DA dentro dos terminais pré-sinápticos de neurônios 
dopaminérgicos no estriado. 
No início, com a dose adequada, a melhora do paciente é quase por completo. Com o passar do tempo a 
eficácia do tratamento declina rapidamente e o estado motor do paciente pode alterar dramaticamente a 
cada dose. A eficácia do remédio é reduzida, pois ele atua nos neurônios nigroestriatais – necessita de um 
neurônio para que a conversão de levodopa para dopamina ocorra – e a medida que o quadro da doença 
progride esses neurônios são destruídos. Sem sítio de ação, o medicamento deixa de fazer efeito. Essa 
destruição neuronal pode ser consequência do próprio remédio; existem estudos que dizem que quanto maior 
o metabolismo celular, maior a degradação de neurônios. (resumo Louise Hoffmann). 
Efeitos adversos desse medicamento incluem: alucinações, confusão mental e náuseas (dramim, vonal, plasil 
– antagonista dopaminérgico). 
Depressão é um quadro clínico comum em pacientes com Parkinson, por isso é necessário o uso de 
antidepressivos. Contudo é preciso atenção ao prescrever essa classe de medicamentos. IMAO – é um 
antidepressivo. No entanto, os inibidores da MAO podem inibir a MAOA e a MAOB, podendo atuar mais na 
MAOB, que é a responsável por degradar a dopamina, que pode aumentar a frequência cardíaca, uma vez que 
junto com um aumento de noradrenalina, cria um estado de hipertensão. 
Em casos avançados, e está ocorrendo uma deterioração do estado, pode-se fazer um suporte com 
apomorfina, que é mais utilizado no exterior. É um agonista de vários receptores. Essa droga causa uma 
sonolência, sendo utilizada no modo subcutâneo. Mais utilizada em pacientes que apresentam o estado on-
off. 
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS 
São bem absorvidos pela via oral, apresentam uma duração da ação maior do que a levodopa. Esses 
medicamentos descartam a necessidade de funcionalidade de neurônios nigroestriatais, pois ativam os 
receptores D1 e D2 de forma direta, não precisando da produção inicial de dopamina. O seu uso é 
recomendado quando a levodopa deixa de fazer efeito ou quando o paciente apresenta bradicinesia 
(tremor). Podem ser usados no início ou em estágios mais avançados da doença. Não aumenta a produção de 
dopamina, diminuindo a geração de radicais livres, uma vez que eles estão relacionados à morte neuronal. 
Utilidade limitada pelos efeitos adversos, náusea, êmese e sonolência. Apresentam curta meia-vida plasmática 
(6-8h), necessitando dosagem três vezes por dia. 
INIBIDORES DA COMT 
COMT – Enzima que degrada a dopamina e a levodopa. 
Os inibidores vão prolongar a ação da dopamina e da levodopa, uma vez que impedem a degradação de 
dopamina. 
Tolcapona tem ação relativamente longa, inibindo a COMT central e periférica, porém pode causar 
hepatotoxicidade. Já a entacapona tem ação de curta duração e inibe somente a COMT periférica. 
SELEGILINA 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Inibidor seletivo para a MAO-B, protegendo a dopamina da 
degradação intraneural. No entanto, em doses elevadas pode inibir 
também a MAO-A, podendo causar crise hipertensiva. Impede a 
neurotoxicidade induzida pela MPTP, bloqueando sua conversão a 
MPP, além de inibir a metabolização da dopamina. 
A seleginina é metabolizada a anfetamina, e algumas vezes causa 
excitação, ansiedade e insônia. 
Acima de zero é uma melhora no desempenho motor. No entanto, 
com o decorrer do tratamento, o desempenho motor é prejudicado, 
uma vez que até agonistas dopaminérgicos podem causar discinesia 
– exagero motor. 
 
 
Alzheimer 
Doença neurodegenerativa, associada com um amplo prejuízo das funções superiores. Perda de memória é o 
sintoma chave. A Doença de Alzheimer acomete de 8 a 15% da população com mais de 65 anos. Estima-se que 
nos futuros anos o número de portadores da doença aumentam, em partes devido a maior longevidade 
populacional. A doença de Alzheimer está associada a encolhimento do cérebro e perda localizada de 
neurônios, principalmente no hipocampo e na parte basal do prosencéfalo. A perda de neurônios colinérgicos 
no hipocampo e no córtex frontal é característica da doença. 
Etiologia 
Associado com a genética, mas também associado com o ambiente. 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Sintomatologia 
É difícil o doente continuar com a vida normalmente. 
3 fases 
1. Inicial (2-3 anos): confusão acerca de nomes e lugares, diminuição na habilidade de recordar 
informações, dificuldade no manuseio de dinheiro e pagamento de contas, pouca capacidade de 
decisão, perda de iniciativa e ansiedade. 
2. INTERMEDIÁRIO (2-10 anos): maior perda de memória, confusão, inquietude, dificuldade no 
reconhecimento de amigos próximos e familiares, problemas motores e perceptuais, perda de 
facilidade de linguagem, problemas com pensamentos lógicos e desintegração dos hábitos sociais 
(perda de habilidades sociais, agressividade, para de tomar banho). 
3. FINAL (1-3 anos): incapacidade de reconhecer a si mesmo, incontinência, afasia, alteração no humor 
(ansiedade, agitação, depressão), convulsões. 
Memória 
Capacidade de armazenar e evocar informações. 
Para a formação de memória há algumas etapas. 
Aquisição – muitas coisas podem atrapalhar nessa etapa inicial. Relacionado com a captação de alguma 
informação. 
Consolidação – fortalecer a informação adquirida. Ocorre especialmente durante o sono. Uma forma de 
manter a informação armazenada de forma mais permanente.Evocação – verificar se realmente ocorreu a consolidação, uma vez que relembra as memórias antigas. 
Relembrar memórias antigas. 
Tipos de memória: 
 Declarativa (explícita) – relacionado aos primeiros sintomas de Alzheimer. Relacionada com fatos e 
eventos, sendo armazenada no hipocampo, lobo temporal, medial e diencéfalo. 
 Não declarativa (implícita) – 
habilidades/hábitos (memória que 
faz o indivíduo lembrar como realizar 
atividades do dia a dia); priming 
(relacionado com a área de 
neocórtex, que é a área menos 
afetada no Alzheimer. Ativada por 
algum estímulo, como música); 
memória de aprendizado (respostas 
emocionais e memória muscular, 
ambas são armazenadas no 
hipocampo, amigdala e cerebelo). 
Memória de trabalho – relacionada a estudar. Saber prever o que vai acontecer em um jogo. No Alzheimer é 
uma das primeiras a ser afetada. Relacionado com o hipocampo. 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Vias colinérgicas centrais 
A colina é captada pela célula, através de seu 
transportador. A enzima CAT transfere a acetil para a 
colina, formando a acetilcolina. Esse neurotransmissor é 
exocitado pela célula na fenda sináptica para atuar nos 
receptores muscaríneos ou nicotínicos. 
Relacionado com acetilcolina. 
Patofisiologia 
Acúmulo de um peptídeo, uma vez que a enzima secretase 
atua na proteína precursora de amiloide (PPA – mais 
comum no locus 21, sendo que indivíduos com síndrome 
de down apresentam uma maior proporção com casos de 
Alzheimer), liberando a beta, que se acumula ao redor do neurônio. Placa senil – marcador histopatológico da 
doença, mas não significa que todos os indivíduos que possuem essas placas terão a doença. 
A estabilidade dos microtúbulos no neurônio é dependente da proteína TAU, que na doença de Alzheimer fica 
hiperfosforilada, pela ação de várias quinases, dificultando a passagem de informações, uma vez que os 
microtúbulos ficarão desestabilizados. Além disso, a TAU hiperfosforilada favorece a formação de depósitos 
de amiloide. No Alzheimer é o Abeta 42 que apresenta elevado. 
A TAU hiperfosforilada e a Abeta atuam sinergicamente para causar a neurodegeneração. 
A atividade da acetilcolinatransferase, o conteúdo de acetilcolina e o transporte de acetilcolinesterase e de 
colina no córtex e no hipocampo estão consideravelmente reduzidos na DA. 
Tratamento 
O tratamento da doença de Alzheimer atua inibindo a acetil-colinesterase, que degrada a acetilcolina em 
colina e acetato. A acetil-colinesterase, entretanto, não é a única que faz essa degradação, a butil-
colinesterase, que está na célula da glia, também a realiza. Portanto o medicamento deve inibir ambas as 
enzimas. 
TACRINA 
Ação prevalente sobre a acetilcolinesterase, apesar de também atuar na butil-colinesterase. Pouco usada 
atualmente pois pode causar problemas hepáticos. 
DONEPEZIL 
Substituiu o tacrina, uma vez que precisa de apenas uma dose ao dia, já que apresenta uma meia vida 
plasmática longa. Ação predominante como inibidor da acetilcolinesterase. Seletivo para acetilcolinesterase, 
SNC. Apresenta efeitos adversos colinérgicos leves. 
RIVASTIGMINA 
Na forma de adesivo ou comprimido. Inibe a acetilcolinesterase e a butilcolinesterase. Seletivo para SNC. Os 
efeitos adversos colinérgicos tendem a diminuir com a continuação do tratamento. 
GALANTAMINA 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Faz com que a acetilcolina ao chegar no receptor seja mais eficaz. É um inibidor seletivo, competitivo e 
reversível da acetil-colinesterase. 
MEMANTINA 
Não atua no acetilcolinesterase. Atua em um receptor de membrana, que é chamado de NMDA, relacionado 
à memória e ao neurotransmissor glutamato. Funciona quando glutamato se associa ao receptor, permitindo 
que sódio e cálcio entrem na célula. A memantina (que passa pelas membranas fosfolipídicas para conectar 
internamente) está relacionado à impedir que aumente as concentrações intracelulares de cálcio, que auxilia 
na degeneração de neurônios quando aumentado. Usado na doença de Alzheimer de moderada e grave. Não 
parece ser neuroprotetor. 
Epilepsia 
Distúrbio cerebral crônico de diversas etiologias, caracterizado por manifestações recorrentes clinicamente 
diversificadas, entre as quais figuram as convulsões (distúrbio tonico-clonico). Um grupo de alterações 
neurológicas nos quais ocorrem convulsões periódicas. Os sintomas produzidos dependem da região afetada, 
por exemplo o envolvimento do córtex motor causa convulsões, o envolvimento do hipotálamo causa 
despolarização autônoma periférica, e o envolvimento da formação reticular na parte alta do tronco encefálico 
leva à perda de consciência. 
Famosos com epilepsia – Vincent Van Gogh, Júlio cesar, Machado de Assis, Flaubert e Dostoievski. 
Pacientes com epilepsia normalmente possuem outros transtornos psiquiátricos. 
A incidência de cada tipo de crise depende da faixa etária. 
Atividade convulsiva repetida pode levar à degeneração neuronal. 
Crises parciais – relacionadas com uma porção do cérebro, não saindo muito daquela região. Descarga 
(despolarização) começa localmente. Origem: cérebro, tronco cerebral. Normalmente não ocorre a perda de 
consciência, mas as crises parciais podem evoluir para crises generalizadas. Incidência aumenta com a idade. 
Despolarização assíncrona de alta frequência propaga-se de um foco local. 
Crises generalizadas – envolvem todo o cérebro, incluindo o sistema reticular, produzindo assim, uma 
atividade elétrica anormal em ambos os hemisférios. A perda imediata da consciência é característica das 
crises generalizadas. 
EEG registra atividade elétrica integrada gerada pelos potenciais sinápticos nos neurônios das camadas 
superficiais de uma área localizada no córtex. 
Crises parciais (Locais ou focais) 
A. Crises Parciais Simples (sem envolvimento da consciência) 
1.Com sintomas motores 
2.Com sintomas sensoriais 
3.Com sinais ou sintomas autonômicos 
4.Com sintomas psíquicos 
B. Crises Parciais Complexas (psicomotoras ou do lobo temporal; com alteração da consciência) 
1.Início com crise parcial simples, seguida de alteração da consciência 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
2.Com alteração da consciência desde o início. 
C. Crises Parciais Seguidas de Crises Generalizadas Secundárias. 
1.Crises parciais simples, seguida de crises generalizadas 
2.Crises parciais complexas, seguida de crises generalizadas 
3.Crises parciais simples, seguida de crises parciais complexas, 
seguida de crises generalizadas. 
Crises generalizadas 
A. Ausência – indivíduo perde a consciência por alguns minutos, principalmente 
em crianças. Menos intensas, mas podem ocorrer com mais frequência. O 
padrão do EEG mostra despolarização rítmica característica durante a crise. 
A ritmicidade parece ser causada por retroalimentação oscilatória entre o córtex e o tálamo, sendo as 
propriedades especiais dos neurônios talâmicos dependentes dos canais de cálcio tipo T. 
Despolarização é regular e oscilatória. 
B. Crises tônico-clônicas – forte contração inicial da musculatura como um todo, causando espasmo 
extensor rígido e até grito involuntário. A respiração cessa e costumam ocorrer defecação, micção e 
salivação. Fase tonica dura cerca de 1 min, durante a face se apresenta congesta e pode tornar-se 
cianótica. 
Está muito excitado devido a entrada 
aumentada de sódio, cálcio. O alvo 
farmacológico dos antiepilépticos são nesses 
canais. 
Os sintomas das crises epiléticas são 
relacionados com as áreas afetadas do 
encéfalo. 
Ácido valcróico serve para crises de ausência. 
Em torno de 70% dos pacientes conseguem controlar suas 
crises através de um medicamento, o restante muitas vezes 
necessitam de tratamentos cirúrgicos (minoria) ou mais drogas 
associadas. 
Os antiepiléticos são prescritos para prevenir a recorrência de 
crises. O tratamento medicamentoso objetiva um melhor 
controle da doença com o mínimode efeitos adversos, 
buscando a integração do paciente na comunidade. 
Felbamato – utilizado para 
epilepsia generalizada grave, 
síndrome Lennox gastaut 
(tipo grave de epilepsia, que 
ocorre em crianças e está 
associado a um retardo 
mental progressivo – reflexo 
de neurodegeneração 
excitotóxica) . 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
O objetivo dos fármacos antiepilépticos é inibir a despolarização neuronal anômala. 
De acordo com um artigo, meninos apresentam maior aproveitamento da droga ácido valproico, uma vez que 
é um medicamento teratogênico, sendo menos usado para meninas, pois elas tem risco de gestação. Para 
meninas, foi mais utilizado a lamotrigina. 
É muito comum um indivíduo com epilepsia utilizar mais de um medicamento. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIEPILÉPTICAS 
Potencialização da ação do GABA 
Barbitúricos e benzodiazepínicos atuam na 
potencialização da ação do GABA, mais 
especificamente no GABA A. o receptor GABA A 
apresenta vários sítios de ligação, permitindo a 
entrada de cloreto, o que dificulta a 
despolarização, já que é um ânion. 
O benzodiazepínico serve para diminuir a 
atividade dos neurônios, uma vez que altera a 
forma do receptor GABAa onde ocorre a ligação 
com o GABA, melhorando o encaixe entre o 
neurotransmissor e o receptor, aperfeiçoando o 
encaixe, o que melhora a atividade do 
neurotransmissor. Os benzodiazepínicos 
modulam a atividade do neurotransmissor GABA, 
fazendo com que a atividade dos neurônios 
diminuam. 
Gardenal (fenobarbital) – barbitúrico. Não é dependente de GABA para permitir a entrada de cloreto no 
neurônio, por isso é mais perigoso, podendo causar uma morte por medicação aumentada. Os barbitúricos 
atuam no bulbo, sendo a morte por parada respiratória. 
Benzodiazepínicos apresentam uma segurança maior, uma vez que sempre necessitam de GABA para 
funcionar, não conseguindo abrir o canal para o cloreto sem o neurotransmissor GABA. 
Inibição de canais de sódio 
Indicações – anticonvulsivante, neuralgia do trigêmeo, enxaqueca, depressão bipolar. 
Afetam a excitabilidade da membrana por ação sobre os canais de sódio dependentes de voltagem. 
Ativo, inativo, repouso. O medicamento atua no estado inativo do receptor, impedindo-os de retornar ao 
estado de repouso e, desse modo, reduzindo os números de canais funcionais disponíveis para gerar 
potenciais de ação. Uma área do cérebro que não está sendo usada apresenta receptores em repouso, por 
isso as áreas mais ativas são as áreas que os medicamentos irão atuar, pois os receptores irão atuar apenas 
nos receptores inativados. Esses medicamentos, por atuarem nos canais de sódio, que estão presentes em 
várias regiões do cérebro, sendo utilizados muito, podem causar diversos efeitos adversos, pois é um 
medicamento contínuo, e não é sempre que ocorrem as crises epilépticas. 
Inibição de canais de cálcio 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Todos os fármacos utilizados para crise de ausência parecem compartilhar a capacidade de bloquear os canais 
de cálcio ativados por baixa voltagem do tipo T. A atividade do canal tipo T é importante para a determinação 
da despolarização rítmica dos neurônios do tálamo associados às crises de ausência. 
MEDICAMENTOS 
Carbamazepina 
Bloqueio uso-dependente dos canais de sódio. 
Bem absorvida, de maneira lenta, por administração oral. Meia vida plasmática é de cerca de 30 horas, quando 
dada em uma única dose, mas é forte agente indutor de enzimas hepáticas, e a meia vida se abrevia para 15 
horas quando administrada repetidamente. 
Efeitos adversos – sonolência, tontura, ataxia a alterações mentais e motoras mais graves. Pode causar 
retenção hídrica e vários efeitos gastrointestinais e cardiovasculares. 
A carbamezipina é poderoso indutor de enzimas microssômicas hepáticas e, desse modo, acelera o 
metabolismo de muitos outros fármacos, como a fenitoína, contraceptivos orais, varfarina e corticosteroides. 
Fenitoína 
Relacionada com barbitúricos. Altamente eficaz em reduzir a intensidade e a duração de convulsões. Não 
eficaz em crises de ausência, podendo até piorar. 
Bloqueio uso-dependente dos canais de sódio. 
Bem absorvido por via oral, sendo cerca de 80-90% do conteúdo plasmático ligado à albumina. Causa indução 
enzimática e, desse modo, aumenta a taxa de metabolismo de outros fármacos. 
Necessário monitoração regular da concentração plasmática, uma vez que apresenta relação muito íngreme 
entre a dose e a concentração plasmática. 
Efeitos adversos – vertigem, ataxia, cefaleia e nistagmo, mas não causa sedação. Em concentrações 
plasmáticas mais elevadas pode causar confusão acentuada com deterioração intelectual. Ocorrência gradual 
de hirsutismo, hiperplasia das gengivas, feições mais grosseiras, uma vez que aumentam a secreção de 
andrógenos. 
Valproato 
Útil em epilepsia infantil, uma vez que apresenta baixa toxicidade e falta de ação sedativa. Bem absorvido por 
via oral, apresentando uma meia vida plasmática de 15 horas. Utilizada em várias formas de epilepsia, 
incluindo crises de ausência. 
Efeitos adversos – adelgaçamento e encrespamento dos cabelos em cerca de 10% dos pacientes. Potente 
teratogênico, podendo causar espinha bífida e outros defeitos do tubo neural. Pode causar lesão hepática 
(rara, mas grave). 
Etossuximida 
Inibição dos canais de cálcio tipo T. Bem absorvida, apresentando meia vida plasmática de cerca de 60 horas. 
Muito usado para crise de ausência. 
Efeitos adversos – náuseas e anorexia, letargia e tontura. 
Fenobarbital 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Afeta a duração e intensidade das crises artificialmente produzidas. Provoca sedação. Na infância pode causar 
alterações no comportamento e hipercinesias. Cerca de 50% ligado à albumina quando fármaco no sangue. 
Cerca de 25% eliminados inalterados na urina. Potente indutor das enzimas CYP hepáticas, diminuindo a 
concentração plasmática de vários outros fármacos. 
Na sobredosagem, o fenobarbital deprime as funções do tronco cerebral, produzindo coma e falência 
respiratória e circulatória, tal como os barbitúricos. 
Benzodiazepínicos 
Atua muito rapidamente. Efeito sedativo é pronunciado demais para que seja utilizado na terapia 
antiepiléptica de manutenção, e ocorre o desenvolvimento de tolerância após 1-6 meses. Eficaz no tratamento 
de crises agudas. 
Sedação é um dos principais efeitos adversos. Pode causar síndrome de abstinência, que resulta em 
exarcebação das crises convulsivas se o fármaco for interrompido abruptamente. 
FÁRMACOS ANTIEPILÉPTICOS E GRAVIDEZ 
Por induzirem as enzimas hepáticas CYP3A4, alguns fármacos antiepilépticos podem aumentar o metabolismo 
do contraceptivo oral, reduzindo sua eficácia. Além de que há fármacos com propriedades teratogênicas. A 
indução das enzimas CYP pode resultar em deficiência da vitamina k no recém-nascido. 
Drogas hipnóticas 
Sono é um processo ativo, um estado funcional, reversível e cíclico, com comportamentos característicos, 
como uma imobilidade relativa e o aumento do limiar de respostas aos estímulos externos. Sono é encontrado 
em outras espécies, além de haver espécies que sonham (finalidade diferente, espécie humana mais 
relacionado com a visão, enquanto o rato teria um sonho olfatório). 
Tipos de sono 
 Sono de ondas lentas (sono não REM) – acompanhado de uma diminuição na maioria das funções 
corporais, redução da resposta aos estímulos sensoriais, redução generalizada do tônus muscular, a 
respiração se torna profunda e regular, a frequência cardíaca e a produção de calor reduzem; aumento 
da liberação do hormônio do crescimento e prolactina, sono repousante e compreende 75% do total 
de sono. 
 Sono REM (sono paradoxal) – movimentos rápidos dos olhos. Variação no sistema nervoso autônomo, 
com a respiração e o ritmo cardíaco tornando-se mais rápidos e irregulares, pressão arterial mais 
elevada e um aumento desecreção dos hormônios supra renais. Fase relacionada com os sonhos e 
memória (consolidada durante esse período). Duração de 5-30 minutos, 25% do total de sono. 
Atividade cerebral se torna bem intensa. 
Hipocampo possui uma área chamada de CA1, onde ocorre alterações durante o sono, sendo relacionado com 
o aprendizado e com a consolidação da memória. Há muitos receptores GABA nessa região. 
Usuario
Texto digitado
vigília - acordado
Hipnóticos: Gardenal, Dormonid, Stilnox (Zolpidem)
Sono:Produz variações mentais e biológicas
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Estágios do sono 
1. Sono mais leve 
2. Ocupa a metade do tempo em que dormimos 
3. Relacionado com o sono mais pesado; 
4. Relacionado com o sono mais pesado; 
5. Sono REM – relacionado ao sono em que os sonhos acontecem e a 
consolidação de memória. Não é relacionado ao sono mais profundo. 
O sono do ser humano se inicia no sono não rem, passa do estágio 1 até o estágio 4 e 
depois retorna ao estágio 1-2, para então entrar no sono REM, repetindo essa 
sequência (pode acontecer de cinco a seis vezes durante o sono). 
Uma pessoa geralmente adormece no sono não rem e acorda no sono não rem também. 
Substratos neuronais 
Formação reticular (feixe que transpassa o mesencéfalo, relacionado com a produção de 
acetilcolina). 
Núcleos da rafe – produção de serotonina (importante para a vigília). 
Núcleo do locus coeruleus – produção de noradrenalina (relacionado com o período de vigília). 
Glândula pineal – relacionada com o ciclo do sono, produção de melatonina (substancia endócrina que gera o 
sono, sendo o pico natural de liberação a noite, uma vez que é influenciada pela falta de 
iluminação). 
Núcleo supraquiasmático – relacionado com a regulação dos ritmos circadianos. 
Núcleo paraventricular – relacionado com o controle do bocejo. 
Transtornos do sono 
 Sonilóquio – pessoa que fala durante o sono. 
Transição sono-vigília (parassonia). 
 Bruxismo do sono – ranger os dentes durante o 
sono, pode-se utilizar o antidepressivo. 
(parassonia). 
 Enurese do sono – urinar durante o sono, paciente não está acordado quando acontece. Antagonista 
muscaríneo (atropina), sendo medicado a noite, pois se ingerido durante o dia, impede a digestão, 
dificulta a leitura. Medicamento mais utilizado é o uso de antidepressivo com efeito anticolinérgico. 
(parassonia). 
 Narcolepsia (dissonia) – paciente que cai no sono repentinamente, mesmo se realizando outra 
atividades. Faz se uso de anfetamina (maior tempo de meia vida – ritalina) ou metil-fenitrato (drogas 
estimulantes). 
 Insônia (dissonia) – dificuldades para dormir, recebendo medicamentos para dormir. Hipnóticos 
parecem ser usados em maior quantidade por mulheres (devido a menopausa, uma vez que fazem 
mudanças no ciclo hormonal, como o calorão, que dificulta o sono. Além disso, possui um contato 
maior com médicos, já que os homens normalmente recorrem ao álcool) e idosos (fator fisiológico da 
redução da melatonina). O tempo de dormir do indivíduo pode ser relacionado com genes, 
dependendo da situação. Mais relacionado com o fator ambiental. 
Tratamento 
Antihistaminico – 
permite um sono mais 
tranquilo. 
Acetilcolina relacionado 
com o sono REM. 
DISSONIA – transtornos do ritmo circadiano, 
dificuldade em iniciar ou manter o sono. 
PARASSONIA – transtornos ao despertar, transtornos 
da transição sono vgília, associados com sono rem. 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
O que evitar – exercício perto do horário de dormir, usar o celular, alguns tipos de alimentos (carboidratos, 
café, chá mate), eletricidade – luz. 
Drogas utilizadas – brometo (depressor do sistema nervoso), etanol (indutor do sono, mas altera as fases do 
sono), maconha, ópio, barbitúricos (gardenal), anti-histaminicos, benzodiazepínicos e outros. 
Fármacos com meia vida mais curta no organismo reduzem a incidência de ressaca no dia seguinte. 
Antihistaminico – histamina é um neurotransmissor, que funciona como promotor do despertar nos neurônios 
do despertar. Se utiliza um antihistaminico, os neurotransmissores não irão funcionar, pois a histamina não 
vai conseguir se conectar com os receptores, diminuindo a atividade do neurônio do despertar. Induzem 
sedação e sono. 
Barbitúrico – não é o medicamento de escolha para insônia. Ação potencializadora do receptor GABAa. Como 
não necessita do neurotransmissor para funcionar, apresenta potencial de uso para suicídio e apresenta uma 
interação com outras drogas, não apresentando eficácia após duas semanas. 
Benzodiazepínico – indicado para combate a insônia e ansiedade (transtornos), anestesia endovenosa, 
anticonvulsivante, relaxante muscular, combate os sinais de abstinência de álcool. Diazepam, rivotril e o 
dormonid. Na insônia, diminuem a latência do sono e a frequência com que a pessoa acorda, aumentando a 
duração do sono total. Diminui a duração do sono REM. 
Os benzodiazepínicos quando usados em doses baixa a moderada, causam sedação com rebaixamento da 
consciência. Essa sedação pode evoluir para hipnose quando a dose é aumentada. Na hipnose o indivíduo 
responde ao estímulo dependendo da dose do estímulo, enquanto na anestesia geral, o paciente não acorda 
por nenhum estímulo, independendo do grau. Para o benzodiazepínico realizar anestesia geral, é necessário 
a associação com outros medicamentos. 
Sedação Hipnose Anestesia geral 
Apresentam elevado índice terapêutico, eficácia entre os benzodiazepínicos parece não divergir. 
Farmacodinâmica dos benzodiazepínicos – diminuem a latência do sono e a frequência 
com que a pessoa acorda, aumentando a duração do sono total. Potencialização da ação 
do GABA, faz com que o neurônio fique mais lentificado, já que o hiperpolariza. Sempre 
necessita do neurotransmissor para agir, assim impede que ocorra uma hiperpolarização 
gigante, diminuindo até a atividade basal, como os barbitúricos. 
Farmacocinética dos benzodiazepínicos – excelente absorção oral, mas também são 
administrados através das vias IM e IV. Não provocam indução enzimática, apresentam 
efeito ultracurto, curto, intermediário e longo (os efeitos são relacionados com os receptores). Apresentam 
diferenças evidentes em relação a farmacocinética, uma vez que apresentam meia vidas diferentes. 
Efeitos indesejados dos benzodiazepínicos – amnésia anterógrada (possibilita o esquecimento das coisas que 
estava fazendo quando estava ocorrendo o efeito do remédio; não ocorre a aquisição da informação, já que 
o hipocampo está com pouca atividade), prejuízo no desempenho psicomotor, tolerância e dependência 
(cuidado com o aumento da dose, além do período de tempo utilizado). 
Diazepam atua na 
subunidade alfa-2 do 
receptor GABAa, tendo 
tempo de meia vida 
longo 
Sofia Schmitt Schlindwein 
MEDFURB XLVII 
Considerações – na retirada do medicamento pode ocorrer insônia rebote (pessoa não 
consegue dormir, fica agitada). A tolerância desenvolve-se depois de 1-2 semanas de uso 
continuado e na sua cessação ocorrem insônia rebound e síndrome de privação. A 
depressão respiratória não é comum quando administrados isoladamente (se ocorrer 
mistura com outros medicamentos pode ocorrer daí). 
Farmacoterapia dos benzodiazepínicos – uso da menor dose efetiva, administração 
intermitente (2 a 4 vezes por semana), usado por períodos curtos, descontinuação 
gradual da medicação, atenção para insônia rebote. 
Proporção de sono das ondas lentas é significantemente reduzida pelos benzodiazepínicos. 
Novos compostos hipnóticos – modulam o receptor GABA. A diferença entre os benzodiazepínicos e as novas 
drogas está onde atuam no receptor GABAa. 
Zolpidem – atua na subunidade alfa-1 do receptor GABAa, tem uma meia vida de 2,4 h e promove uma rápida 
indução do sono. 
Zopiclona – atua nas subunidades alfa-1 e alfa-2 do receptor GABAa, tem uma meia vida de 5,3 h. 
Melatonina – a suplementaçãode melatonina tem se mostrado um método seguro e eficaz para melhorar a 
latência, duração e qualidade do início do sono em crianças, adolescentes, idosos e mulheres na pós-
menopausa. Além disso, o uso de melatonina produz uma taxa de rebote muito baixa. Luz chega por meio do 
nervo optico até a glândula pineal, onde é estimulado a produção de melatonina quando está escuro. 
Ansiolítico 
Ansiedade provém de uma fonte de perigo incerta ou desconhecido. Medo é fruto de ameaça. 
Epidemiologia – há em torno de 264 milhões de pessoas vivendo com algum transtorno de ansiedade. 
Etiologia – ansiedade psicológica parece depender de interação entre predisposição genética e meio 
ambiente. 
Sintomatologia – principais sintomas que ocorrem durante a crise de ansiedade são: suor frio, palpitação, 
constipação, cólica, náusea, aumento do tônus muscular, tremores, sensação de falta de ar, vertigem, 
dificuldade para dormir e cefaleia. 
Classificação dos transtornos de ansiedade – toc foi recentemente retirado dos transtornos de ansiedade. 
 
 
Barbitúricos podem 
causar dependência. 
Benzodiazepínicos e 
barbitúricos são 
potencializadores de 
GABA. 
A maioria dos fármacos hipnóticos reduz a proporção do sono REM, apesar de os benzodiazepínicos o 
afetarem menos que os outros hipnóticos e o zolpidem, o menor de todos. A interrupção artificial do sono 
REM causa irritabilidade e ansiedade, mesmo que a duração total do sono não tenha sido reduzida, e a perda 
do sono REM, no final dessa experiência, tem um aumento rebound do sono. 
 
RESUMÃO	DE	FARMACOLOGIA	II																																																																																													Luis	Gabriel	Blemer	–	XLV	
AULA	INTRODUTÓRIA	
O	 Sistema	 Nervoso	 Central	 (SNC)	 é	 divido	 em	
encéfalo	 e	medula	 espinal.	 Já	 o	 Encéfalo	 é	 dividido	 em	
cérebro,	cerebelo	e	medula	oblonga	(tronco	encefálico).	O	
tronco	encefálico	é	uma	estrutura	 importante	dentro	da	
farmacologia,	 visto	que,	 por	 controlar	 funções	 vitais,	 há	
efeitos	 adversos	 importantes	 quando	 certos	
medicamentos	 tem	 ação	 nesse	 local,	 como	 anestésicos	
gerais,	álcool	e	o	Gardenal.	
A	unidade	funcional	básica	do	sistema	nervoso	é	o	neurônio	(A),	célula	constituída	por	corpo	celular,	axônio	e	
dendritos.	No	seu	interior	encontram-se	organelas,	núcleo	e	um	eixo	de	microtúbulos	(que	conecta	o	final	do	axônio	
com	o	corpo	celular).	Na	extremidade	do	axônio,	os	botões	sinápticos,	estão	as	conexões	interneuronais	chamadas	
sinapses	 (4),	 um	 espaço	 onde	 há	 troca	 de	 substâncias	 químicas	 com	 o	 propósito	 de	 passar	 o	 sinal	 nervoso.	 Na	
farmacologia	estuda-se	a	neurotransmissão	química,	visto	que	é	nesse	tipo	de	sinapse	que	os	fármacos	podem	agir,	
contudo,	também	existe	no	corpo	as	sinapses	elétricas.	
A	definição	de	neurotransmissor	é:	substância	presente	em	um	neurônio	
pré-sináptico	 que	 deve	 ser	 liberada	 (de	 forma	 dependente	 de	 cálcio)	 em	
resposta	à	despolarização	desse	neurônio	pré-sináptico.	
Lembrando	que,	em	 repouso,	um	neurônio	 tem	potencial	negativo,	e	
que,	quando	estimulado,	ocorre	a	entrada	de	sódio,	tornando	esse	potencial	
positivo	 (despolarização).	 Assim,	 desencadeia-se	 o	 potencial	 de	 ação.	 Com	
isso,	há	a	 abertura	dos	 canais,	 lentos,	de	potássio,	permitindo	 sua	 saída	da	
célula	 e	 causando	 uma	 repolarização	 excessiva,	 a	 hiperpolarização.	 Esse	
fenômeno	muitas	vezes	é	usado,	através	de	alguns	medicamentos,	para	tornar	
as	células	menos	responsivas	à	estímulos.	
Quando	a	despolarização	 chega	ao	 terminal	 axonal,	 há	 a	 abertura	de	
canais	de	cálcio	voltagem	dependente	 (3).	A	consequente	entrada	de	cálcio	
dentro	 do	 neurônio	 provoca	 a	 fusão	 de	 vesículas	 (2),	 que	 contêm	
neurotransmissores,	 à	 membrana	 do	 neurônio	 pré-sináptico,	 levando	 à	 liberação	 dessas	 substâncias	 na	 fenda	
sináptica.	 Uma	 droga	 capaz	 de	 agir	 nesse	 processo	 é	 a	 toxina	 botulínica,	 que	 atua	 nas	 proteínas	 de	 ancoragem,	
impedindo	a	fusão	das	vesículas.	
Neuromoduladores	 são	 substâncias	 que	 atuam	 junto	 aos	 neurotransmissores,	 aumentando	 (sinergismo)	 ou	
diminuindo	 suas	 funções.	 Não	 é	 considerado	 um	 neurotransmissor,	 porque	 não	 é	 liberado	 em	 resposta	 à	
despolarização.	
Importantes	neurotransmissores	
Acetilcolina	–	Ach	
Serotonina	–	5-HT	
Dopamina	-	DA	
Noradrenalina	-	NA	
GABA	(inibitório!)	
Glutamato	(excitatório!)	
Histamina	-	H	
Endorfina	
Neuropeptídeo	Y	–	NPY	
A	 maioria	 desses	 é	 produzida	 no	 terminal	 axonal,	 onde	 há	 sítios	 de	 captação	 de	 percursores	 de	
neurotransmissores.	A	Endorfina	e	o	NPY	são	produzidos	no	corpo	do	neurônio,	visto	que	são	formados	por	inúmeros	
aminoácidos,	mas	são,	posteriormente,	transportados	para	o	terminal	sináptico.	
Plasticidade	cerebral	é	a	capacidade	que	o	cérebro	tem	de	se	moldar	ou	criar	conexões	frente	a	um	estímulo,	
adaptando	sua	estrutura/organização.	É	um	fenômeno	ligado	ao	processo	de	aprendizado,	memória	e	habituação.	
	 	
	
TERMOS	RELEVANTES	PARA	A	DOENÇA	DE	PARKINSON	
ACATISIA	
É	uma	condição	psicomotora	onde	o	paciente	sente	uma	grande	dificuldade	em	permanecer	parado,	sentado	
ou	 imóvel.	 Clinicamente	 é	 caracterizado	 por	 inquietação	 psicomotora,	 desejo	 incontrolável	 de	 movimentar-se	 e	
sensação	interna	de	tensão.	O	paciente	assume	uma	postura	típica	de	levantar-se	a	cada	instante,	andar	de	um	lado	
para	outro	e,	quando	compelido	a	permanecer	sentado,	não	para	de	mexer	suas	pernas.	Há	um	movimento	constante	
e	continuado	de	mexer	as	pernas	como	se	o	paciente	estivesse	marchando	sem	sair	do	lugar.	
ACINESIA	
Redução	da	quantidade	de	movimento.	
BRADICINESIA	
Significa	lentidão	na	execução	do	movimento.	O	paciente	apresenta	redução	da	movimentação	espontânea	em	
todas	 as	 esferas.	A	mímica	 facial	 torna-se	menos	 expressiva,	 transmitindo	 com	menor	 intensidade	 sentimentos	 e	
emoções	 que,	 por	 sua	 vez,	 mantém-se	 preservados.	 A	 caligrafia	 torna-se	menos	 legível	 e	 de	 tamanho	 reduzido,	
fenômeno	conhecido	por	micrografia.	As	atividades	diárias,	antes	realizadas	com	rapidez	e	desembaraço,	são	agora	
realizadas	com	vagar	e	à	custa	de	muito	esforço.	O	paciente	anda	com	passos	mais	lentos	e	pode	apresentar	alguma	
dificuldade	para	equilibrar-se.	A	postura	geral	do	paciente	modifica-se:	existe	predominância	dos	músculos	flexores	
de	modo	 que	 a	 cabeça	 permanece	 fletida	 sobre	 o	 tronco,	 este	 sobre	 o	 abdômen	 e	 os	membros	 superiores	 são	
mantidos	ligeiramente	à	frente	com	os	antebraços	semi-fletidos	na	altura	do	cotovelo.	
DISARTRIA	
Dificuldade	ou	má	articulação	de	palavra.	
DISCINESIA	
É	uma	alteração	dos	movimentos	voluntários,	 incluindo	certos	 tipos	de	movimentos	 involuntários	anômalos	
produzidos	especialmente	pelo	consumo	de	alguns	 fármacos.	Clinicamente	a	Discinesia	Tardia	é	caracterizada	por	
movimentos	 involuntários,	 principalmente	 da	 musculatura	 oro-língua-facial,	 ocorrendo	 protrusão	 da	 língua	 com	
movimentos	 de	 varredura	 látero-lateral,	 acompanhados	 de	 movimentos	 sincrônicos	 da	 mandíbula.	 O	 tronco,	 os	
ombros	e	os	membros	também	podem	apresentar	movimentos	discinéticos.	
EFEITO	"ON	-	OFF"	
Bruscas	flutuações	motoras,	em	que	o	paciente	alterna	períodos	de	agitação	e	de	bloqueios,	com	momentos	de	
bem-estar	e	ausência	dos	sintomas	parkinsonianos.	
FILME	–	TEMPO	DE	DESPERTAR	
1969.	Oliver	Sacks	-	Neurologista.	Antropólogo	em	Marte	fala	sobre	vários	casos	como	um	individuo	que	não	
tem	visão,	o	impacto	disso;	memória	fotográfica;	vários	temas	interessantes	para	realizar	uma	leitura.		
O	filme	trata	da	doença	conhecida	como	encefalite	letárgica,	causada	por	um	vírus	e	que	progride	com	sintomas	
semelhantes	à	Doença	de	Parkinson	(parkinsonismo).	Na	época	(entre	1916-1926)	houve	uma	epidemia	viral,	chamada	
de	Doença	do	Sono.	A	história	trata	de	pacientes	que	sofreram	do	surto	na	década	de	20	e	que	foram	tratados	com	a	
levodpa	(200mg	a	1g)	em	1969.	EM	1939	UTILIZAVAM	A	ATROPINA	PARA	TRATAR	DOENÇA	DE	PARKINSON.

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