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Dos atos processuais - proc civil

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DOS ATOS PROCESSUAIS 
• A relação do ato com o procedimento 
O processo se manifesta através de uma sucessão de atos jurídicos teleologicamente organizados 
para um resultado, que são os atos processuais, praticados por todos os sujeitos do processo, com vistas 
à produção de efeitos no âmbito da relação jurídica processual em que estão inseridos. Não se deve 
esquecer, também, que o próprio processo é um procedimento, caracterizando-se, então, como um ato 
complexo. Fredie Didier explica essa correlação: 
“O estudo do ato processual não pode ignorar essa constatação: há o ato-complexo 
procedimento, verdadeiro substantivo coletivo (como o cardume, a penca e o enxame), pois 
exprime a ideia de coletividade, conjunto de atos que pode ser estudado como unidade, assim 
como há cada um dos atos do procedimento (petição inicial, citação, contestação etc.), que têm 
a sua própria individualidade e também podem ser estudados isoladamente” (Curso de 
Processo Civil, vol. 1, 2018, p. 420). 
• Princípio da instrumentalidade das formas: 
 Logo no primeiro artigo que o CPC dedica a esse assunto, o legislador já trouxe de forma 
expressa um princípio que deve orientar a interpretação dos atos processuais. Trata-se do princípio da 
instrumentalidade das formas, que consagra a ideia que é possível aproveitar um ato processual 
praticado com vício formal quando ele atingir sua finalidade sem gerar prejuízos às partes ou 
ao processo. Esse princípio, então, flexibiliza a regra geral de que, havendo desrespeito à forma legal, 
o ato praticado é nulo, não produzindo os efeitos jurídicos programados pela lei. 
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a 
lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe 
preencham a finalidade essencial. 
• Característica básicas dos atos processuais: 
Estabelece o CPC que os atos processuais, via de regra, serão públicos, sendo o segredo de 
justiça previsto apenas nos casos previstos no art. 189: (i) exigências de interesse público ou social; 
(ii) quando o processo tratar de casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, 
filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; (iii) em que constem dados protegidos pelo 
direito constitucional à intimidade; (iv) que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de 
carta arbitral, quando a confidencialidade seja estipulada para o procedimento arbitral. 
A publicidade dos atos é garantia constitucional prevista no art. 93, IX e X da CF, e possibilita 
o controle, pela população e pelos órgãos de controle, do comportamento do juiz, das partes e dos 
demais sujeitos processuais. 
Atenção: Daniel Amorim Assumpção Neves propõe interessante reflexão: “Diante dessa realidade, 
tenho sérias restrições à limitação de acesso amplo aos autos virtuais a advogados devidamente 
cadastrados no Tribunal, ainda que não vinculados ao processo. Tal medida limita o acesso do público 
em geral aos atos processuais e viola a ideia de publicidade geral que deve reger o processo”. 
O art. 192 determina, ainda, que todos os atos e termos do processo devem ser feitos na língua 
portuguesa, sendo que o documento redigido em língua estrangeria somente poderá ser juntado aos 
autos quando acompanhado de versão em português tramitada por via diplomática ou pela autoridade 
central, ou firmada por tradutor juramentado. 
• A prática eletrônica de atos processuais: 
O Novo CPC trouxe a previsão expressa da prática eletrônica dos atos processuais, que poderão 
ser total o parcialmente digitais, produzidos, armazenados, validados e comunicados em meio 
eletrônico. Trata-se da consagração, no diploma processual, de evolução que já vinha ocorrendo desde 
a edição da Lei 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial. 
O art. 193, parágrafo único prevê, ainda, a criação de um ambiente virtual compartilhado entre 
o Poder Judiciário e os Cartórios extrajudicias, para permitir a prática de atos eletrônicos entre eles, na 
medida em que afirma que suas disposições sobre atos processuais eletrônicos aplicam-se, no que for 
cabível, à prática de atos notariais e de registro. 
O processo eletrônico representou uma importante eliminação de custos humanos e financeiros, 
mas os arts. 194 e 195 do CPC preveem que o sistema de automação deve respeitar garantias, de modo 
a ser compatível com o acesso à justiça: 
Art. 194. Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos 
atos, o acesso e a participação das partes e de seus procuradores, inclusive 
nas audiências e sessões de julgamento, observadas as garantias da 
disponibilidade, independência da plataforma computacional, acessibilidade 
e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder 
Judiciário administre no exercício de suas funções. 
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões 
abertos, que atenderão aos requisitos de autenticidade, integridade, 
temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em 
segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves 
públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei. 
Atenção: O STJ tem entendimento tranquilo no sentido de que comprovada a inconsistência 
operacional do serviço de peticionamento eletrônico do site do tribunal é tempestivo o ato praticado 
no primeiro dia útil subsequente. 
 Também é importante o art. 197, CPC, que afirma que as informações prestadas pelos sistemas 
dos tribunais terão caráter oficial, gozando de presunção de veracidade e confiabilidade. 
 Antes de adentrar no estudo dos atos das partes e do juiz, é interessante notar divisão feita por 
Alexandre Freitas Câmara, tendo por base uma classificação subjetiva dos atos processuais, que 
esquematizamos abaixo: 
 Atos processuais 
Atos das partes Atos do órgão jurisdicional 
 Pedidos 
- Postulatórios movimentação 
 Requerimentos - Dos auxiliares documentação 
 Alegações execução 
 - Instrutórios pronunciamento 
 Atos probatórios sentença 
 unilaterais - Do juiz dec. interlocutória 
 - Dispositivos → negócios despacho 
Bilaterais atos materiais 
 - Atos reais atos instrutórios 
 documentação 
Atos das partes 
 As partes praticam atos unilaterais (manifestação de vontade de apenas uma das partes) e 
bilaterais (acordo de vontade das partes) e sempre que entregarem ao cartório petições ou documentos 
poderão exigir recibo documentando hora e data do protocolo. 
 É vedado à parte peticionante adicionar escritos marginais ou interlineares na peça processual 
após sua apresentação. O art. 202 do CPC comina para tal conduta uma dupla sanção: o juiz mandará 
riscar as anotações, e a parte responsável pegará multa correspondente à metade do salário-mínimo. 
Daniel Assumpção esclarece que o credor da multa será a parte contrária. O autor entende, ainda que 
as sanções só devem ser aplicadas se o intuito do patrono com as inclusões for ludibriar o juízo, não 
devendo ser cominada multa na hipótese de inclusão de comentário escrito em peça já impressa e não 
apresentada, no exercício do direito de se expressar. 
 
Para que os atos das partes produzam efeitos no processo, é desnecessário pronunciamento ou 
homologação do juiz, pois o art. 200 do CPC estatui que a constituição, modificação ou extinção de 
direitos processuais que desses atos decorrerem serão imediatos. 
Atenção: Daniel Assumpção alerta que, não raro, vemos, por exemplo, “homologação” do acordo 
entre as partes para suspensão do processo. No entanto, a verdade é que o efeito dessa suspensão se 
operará retroativamente à data em que as partes celebraram o acordo, e não a partir da homologação. 
 Existe um ato, porém, que foi expressamenteexcepcionado no CPC, só produzindo efeitos após 
a homologação judicial, que é a desistência da ação. Nessa hipótese, a homologação operará efeitos 
ex nunc, somente a partir da sentença homologatória. 
Os pronunciamentos do juiz 
 Como visto no esquema acima, o juiz pratica diversos atos processuais, sendo os mais 
importantes deles chamados de pronunciamentos, que tem como espécies sentenças, decisões 
interlocutórias e despachos. O CPC, no art. 203, define cada um deles: 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões 
interlocutórias e despachos. 
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, 
sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos 
arts. 485 e 487 , põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como 
extingue a execução. 
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no § 1º. 
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no 
processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, 
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e 
revistos pelo juiz quando necessário. 
• Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, 
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. É ato 
exclusivo do juiz de primeiro grau. 
A sentença é impugnável por apelação. 
• Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se 
enquadre na definição anterior. Pode ser proferido em qualquer grau de jurisdição. 
Poderá, portanto, ter como conteúdo questões incidentais, como valor da causa, gratuidade de 
justiça, intervenção de terceiros, aplicação de multas etc, ou mérito, como ocorre, por exemplo, 
no julgamento antecipado parcial de mérito. 
A decisão interlocutória é impugnável por agravo de instrumento (regra). 
• Despachos são todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou 
a requerimento da parte, visando a impulsionar o processo, sem solucionar a controvérsia. 
Podem ser proferidos em qualquer grau de jurisdição. 
É um pronunciamento sem caráter decisório e, justamente por isso, despachos são 
irrecorríveis. 
 Percebe-se que o Novo CPC usou como critérios para classificar os pronunciamos como 
sentença tanto o conteúdo do ato quanto seu efeito para o processo. Daniel Assumpção, porém, 
lembra uma hipótese que parece ter sido esquecida pelo legislador, a da sentença ilíquida, que dá 
início a uma nova fase cognitiva do procedimento comum. Questiona-se: partindo do pressuposto 
que sentença põe fim à fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a execução, tal decisão 
será ou não sentença? 
“A sentença ilíquida, apesar de excepcional, é admitida no sistema processual 
pátrio. Como se sabe, proferida sentença civil genérica, o processo continuará 
numa nova fase procedimental, agora de liquidação, notoriamente uma fase 
cognitiva. Pergunta-se: a decisão que decide o an debeatur, relegando para 
momento posterior a fixação do quantum debeatur, não será mais sentença? 
Não coloca fim à fase de cognição, que prosseguirá na liquidação de sentença, 
logo deve ser considerada decisão interlocutória à luz do sugerido no art. 203, 
§2º, do Novo CPC, sendo recorrível por agravo de instrumento. E, nesse caso, 
a decisão que fixa o quantum debeatur, finalmente encerrando a fase cognitiva, 
será sentença recorrível por apelação? Diante dos conceitos de sentença e de 
decisão interlocutória sugeridos pelo dispositivo ora analisado, não há como 
responder negativamente a essa questão” (Novo CPC Comentado Artigo por 
Artigo, 2016, p. 330-331). 
 Apesar da crítica, o autor acredita que, na praxe processual, o costume vai se manter: 
“Acredito, entretanto, que será mais um caso de descumprimento de norma 
legal que não levantará maiores questionamentos. A decisão proferida na fase 
de conhecimento resolvendo apenas o an debeatur continuará a ser entendida 
como sentença ilíquida recorrível por apelação, enquanto a decisão que, 
posteriormente, fixar o quantum debeatur continuará a ser entendida como 
decisão interlocutória de mérito recorrível por agravo de instrumento. Mesmo 
que contra a previsão legal...” (idem). 
 O CPC trata, ainda, dos pronunciamentos proferidos pelos tribunais. A exemplo dos juízes de 
primeiro grau, os tribunais proferem despachos, decisões interlocutórias e decisões finais. Os dois 
primeiros são, via de regra, proferidos monocraticamente pelo relator, presidente ou vice-presidente 
do tribunal. As decisões finais, por sua vez, são, regra geral, proferidas por órgão colegiado. Sempre 
que o pronunciamento for feito por órgão colegiado será denominado acórdão, 
independentemente de seu conteúdo. 
Do tempo dos atos processuais 
 O legislador, no art. 212 do CPC, determinou que os atos processuais serão realizados em dias 
úteis, das 6 horas às 20 horas: 
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 
(vinte) horas. 
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando 
o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e 
penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e 
nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado 
o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal . 
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não 
eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do 
fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local. 
 Tal horário, porém, não se confunde com o horário forense, definido como aquele que o fórum 
se encontra aberto ao público para prática de atos processuais. Ou seja, dentro do limite temporal 
imposto pelo legislador (das 6h às 20h), as leis de organização judiciária determinarão o horário 
forense. 
Atenção: Lembre-se que, excepcionalmente, será admitida a prática de atos processuais, em especial 
a prolação de decisões, em dias sem expediente, quando o tribunal funcionar em sistema de plantão 
judiciário. 
 Será admitida a continuidade dos atos que tenham se iniciado antes das 20h, se o adiamento 
implicar prejuízo à diligência ou causar grave dano. Além disso, algumas leis especiais podem permitir 
que os atos se iniciem (e não meramente tenham continuidade) após esse horário. É o que se passa, por 
exemplo, com os Juizados Especiais, já que a lei 9.099/95 permite a prática de atos noturnos: 
 Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário 
noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
 Quando, porém, o ato for eletrônico, sua prática poderá ocorrer em qualquer horário até as 24 
horas do último dia de prazo: 
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer 
horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo. 
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser 
praticado será considerado para fins de atendimento do prazo. 
 Como visto no artigo anterior, as citações, intimações e penhoras poderão ser realizadas fora 
desse horário estabelecido ou até mesmo nos feriados e férias forenses, já que são expedientes que se 
passam fora do juízo. Deve-se atentar, porém, para a previsão constitucional de que a casa é asilo 
inviolável, de que para que o ato seja praticado no período noturno, deve haver consentimento da parte. 
Art. 5º (...) XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
 A tutela de urgência tambémpoderá ocorrer nas férias forenses e nos feriados. Ademais, o art. 
215 cita casos que serão processados mesmo durante as férias forenses, não se suspendendo: 
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos 
processuais, excetuando-se: 
I - os atos previstos no art. 212, § 2º ; 
II - a tutela de urgência. 
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se 
suspendem pela superveniência delas: 
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação 
de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento; 
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e 
curador; 
III - os processos que a lei determinar. 
Atenção: O STJ vem entendendo que o ato praticado durante as férias forenses que não esteja 
contemplado nas exceções previstas nesse dispositivo é juridicamente existente e válido, tendo, no 
entanto, sua eficácia condicionada ao final do feriado ou das férias, inclusive para efeitos de início de 
contagem de prazo. 
Do lugar dos atos processuais 
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, 
ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse 
da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e 
acolhido pelo juiz. 
 Daniel Assumpção sistematiza alguns exemplos de atos que poderão ser praticados fora da sede 
do juízo: 
• A deferência a determinadas autoridades arroladas no art. 454 do CPC (ex.: Presidente, Vice-
presidente, Ministros, Ministros do STF, PGR, Senadores e Deputados Federais, 
Governadores, Prefeitos etc.) permite que elas sejam ouvidas em sua residência ou no local 
onde exerçam suas funções; 
• Em razão do interesse da justiça, quando, por exemplo, o juiz precisa se colocar em contato 
direto com a coisa, pessoa ou local que servirá como fonte de prova (art. 483, CPC); 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art212%C2%A72
• Pela própria natureza de alguns atos processuais, como os de comunicação de atos judiciais que 
ocorrem, por exemplo, via oficial de justiça; 
• A oitiva de testemunha com enfermidade ou que por outro motivo irrelevante não possa 
comparecer à sede do juízo (art. 449, pár. ún., CPC). 
 
Dos prazos 
 Alexandre Freitas Câmara define prazos como o intervalo de tempo estabelecido para que, 
dentro deles, sejam praticados atos jurídicos. O art. 218 do CPC estabelece que, regra geral, os atos 
devem ser praticados nos prazos assinalados em lei, ou, no caso de omissão, no prazo fixado pelo juiz, 
que levará em conta a complexidade do ato praticado. 
 
 Prazo legal: fixado pela lei 
 Prazo judicial: assinalado pelo juiz 
 Não havendo prazo legal e não tendo o juiz fixado prazo judicial, o ato deverá ser praticado em 
cinco dias. Em relação as intimações sem prazo assinalado, o comparecimento só poderá ser obrigado 
após decorridas 48h. 
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à 
complexidade do ato. 
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente 
obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 
(cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do 
prazo. 
 
 O §4º traz importante evolução legislativa ao afirmar que se consideram tempestivos os atos 
praticados antes do termo inicial do prazo. Com efeito, alguns tribunais, em uma jurisprudência 
defensiva, entendiam que era intempestivo (intempestividade ante tempus ou ato prematuro) o ato 
processual praticado antes de iniciada a contagem do seu prazo que, via de regra, ocorre com a 
intimação.1 Tal entendimento violava frontalmente princípios básicos do processo civil, como a 
 
1Sobre o início da contagem dos prazos, muito importante fazer a leitura atenta dos arts. 230 e 231, CPC: “Art. 230. O 
prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será contado da 
citação, da intimação ou da notificação”. 
“Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; 
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça; 
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria; 
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital; 
duração razoável do processo e a cooperação e já havia sido rejeitado pelo STF, conforme decisão 
presente no Informativo 776: 
“Admite-se a interposição de embargos declaratórios oferecidos antes da 
publicação do acórdão embargado e dentro do prazo recursal. Essa a 
conclusão do Plenário que, por maioria, converteu embargos declaratórios 
em agravo regimental e a ele deu provimento para que o Ministro Luiz Fux 
(relator) analise o cabimento de embargos de divergência anteriormente 
interpostos. O Colegiado assentou que se a parte tomasse conhecimento do 
teor do acórdão antes de sua publicação e entendesse haver omissão, 
contradição ou obscuridade, poderia embargar imediatamente. A 
jurisprudência não poderia punir a parte que estivesse disposta a superar 
certo formalismo para ser mais diligente, sem intuito meramente 
protelatório. Não se trataria de recurso prematuro, porque o prazo 
começaria a correr da data de intimação da parte, e a presença do advogado, 
a manifestar conhecimento do acórdão, supriria a intimação. Assim, se a 
parte se sentisse preparada para recorrer antecipadamente, poderia fazê-lo. 
Ademais, esse recurso não poderia ser considerado intempestivo, termo 
relacionado à prática do ato processual após o decurso do prazo. Vencido, em 
parte, o Ministro Marco Aurélio, apenas quanto à conversão” (ADI, 703269, 
Rel. Min. Luiz Fux, julg. 5.3.2015). 
 
 Outra inovação importantíssima do CPC foi a contagem dos prazos processuais em dias úteis: 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, 
computar-se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos 
processuais. 
 
 Trata-se de inovação muito elogiada, especialmente pelos advogados militantes já que, com a 
contagem dos prazos em dias corridos, muitas vezes, os procuradores eram obrigados a trabalhar em 
finais de semana. 
 
 
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se 
dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica; 
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos 
autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta; 
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico; 
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da 
secretaria. 
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se 
referem os incisos I a VI do caput . 
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente. 
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem 
a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial 
corresponderá à data em que se der a comunicação. 
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa”.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art232
Atenção: A regra da contagem em dias úteis se aplica somente aos atos processuais, de forma que 
os prazos para cumprimento de obrigações determinadas por decisão judicial continuam a ser 
contados em dias corridos. Também não é aplicável a nova contagem aos prazos de prescrição e 
decadência, que são prazo de direito material. Daniel Assumpção acrescenta: “Dessa forma, por 
exemplo, o prazo de 120 dias para a impetração do mandado de segurança consagrado no art. 23 
da Lei 12.016/2009, ainda que fixado em dias, por ter natureza material será contado de forma 
ininterrupta”. 
 O art. 224 prevê, ainda, regras importantes quanto à contagem de prazos: 
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo 
o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. 
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o 
primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense 
for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver 
indisponibilidade da comunicação eletrônica. 
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da 
publicação. 
 Outra regra fundamental está prevista no art. 229, que trata da contagem dos prazos nos casos 
de litisconsórcio: 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios 
de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas 
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de 
requerimento. 
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é 
oferecida defesa por apenas um deles. 
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
 
 Esse dispositivo rende algumas discussões importantes que devem ser observadas. 
 Em primeiro lugar, cite-se que a regra será aplicada independentemente de quem sejam as 
partes litigando em conjunto. Assim, o STJ já entendeu que, mesmo quando o litisconsórcio é 
formado por pessoas casadas, a contagem de prazo em dobro será devida se presentes os demais 
requisitos. Além disso, o tribunal já decidiu, sob a égide do CPC de 1973, que o assistente simples 
deve ser considerado parte para esses fins: 
“O litisconsórcio que se forma com o ingresso do assistente, representado 
por advogado diverso do assistido impõe a aplicação da regra do art. 191 
do CPC, que subsistirá enquanto perdurar a pluralidade de sujeitos na 
partes”. (STJ, AgRg no Ag 1249316, 1ª T., Rel. Min. Luiz Fux, julg. 
18.2.2010). 
 O prazo recursal não será em dobro, porém, se só um litisconsorte houver sucumbido: 
Súmula 641, STF: Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja 
sucumbido. 
 A interpretação se justifica, pois, sendo só um litisconsorte sucumbente, não persiste a 
dificuldade de acesso aos autos que motivam a dobra do prazo. 
 Se houver revelia de um dos corréus, o prazo passará a ser contado de forma simples, conforme 
doutrina de Daniel Assumpção: 
“Acredito que, apesar de não se clara nesse sentido a redação do art. 229, 
§1º, do Novo CPC, a melhor interpretação é no sentido de preservar o prazo 
em dobro de contestação, e, uma vez configurada a revelia do réu que não 
tenha procurador nos autos, os prazos passem a ser contados de forma 
simples. E essa contagem simples dos prazos só se justifica se o réu revel 
efetivamente não participar do processo, sendo contados em dobro os prazos 
se o réu revel estiver com advogado constituído nos autos”. 
 
Atenção: A norma, porém, não é aplicável no microssistema dos juizados especiais, havendo 
Enunciado do FONAJE nesse sentido: “ENUNCIADO 164 - O art. 229, caput, do CPC/2015 não se 
aplica ao Sistema de Juizados Especiais (XXXVIII Encontro – Belo Horizonte-MG)”. 
 
 Devemos, diferenciar, ainda, suspensão de interrupção de prazos: 
• Suspensão: a contagem é interrompida durante o lapso previsto na lei, sendo que, ao fim do 
tempo previsto, é devolvido à parte o saldo do prazo, ou seja, o tempo restante não transcorrido 
antes da suspensão. 
• Interrupção: nesses casos, encerrado o período de interrupção, a parte receberá o prazo na 
íntegra, sendo a contagem retomada do início, sendo irrelevante, portanto, o transcurso do 
prazo ocorrido antes da causa de interrupção interrompê-lo. 
 O art. 220 do CPC afirma que os prazos processuais ficarão suspensos nos dias compreendidos 
entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive, que é o período de recesso forense. Os juízes, 
membros do MP, e auxiliares da Justiça, exercerão suas atribuições normalmente, salvo férias 
individuais, de modo que os atos que independem da participação das partes serão realizados. Mas 
não serão realizadas audiências nem sessões de julgamento, sob pena de nulidade absoluta. 
Enunciado 269 Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC): “A suspensão de prazos de 20 
de dezembro a 20 de janeiro é aplicável aos Juizados Especiais”. 
 O artigo seguinte afirma que serão suspensos os prazos, também, por obstáculos criados em 
detrimento da parte, ou seja, em razão de fatos não criados por ela mesma que impossibilitem a 
prática do ato. 
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento 
da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313 , devendo o prazo 
ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação. 
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa 
instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, 
incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos 
trabalhos 
 Nesses casos, o mais seguro é informar o juízo do impedimento antes do transcurso do prazo. 
Daniel Assumpção ressalva, entretanto que: 
“o termo inicial dessa suspensão da contagem do prazo deve ser a data em 
que se criou o obstáculo mencionado no art. 221, caput, do Novo CPC, 
enquanto o termo final é o afastamento definitivo desse obstáculo. Dessa 
forma, é irrelevante a data em que a parte informou o juízo da existência do 
obstáculo ou da decisão judicial que o reconhece: o prazo estará suspenso 
sempre antes desses momentos”. 
 Essa suspensão é importante, pois, nos termos do art. 223, CPC, a perda do prazo extingue o 
direito de praticar ou emendar ato processual, independente de declaração judicial: 
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar 
o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando 
assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. 
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a 
impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. 
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo 
que lhe assinar. 
 Trata-se do instituto da preclusão, que pode ser classificada em três espécies 
• Preclusão consumativa: verificada quando realizado o ato processual 
• Preclusão lógica: verificada pela realização de ato anterior incompatível logicamente com o 
que se pretende realizar 
• Preclusão temporal: verificada quando o ato deixa de poder ser praticado em virtude da 
decorrência do prazo previsto para sua prática. É esse o tipo de preclusão de que trata o artigo. 
 Quando ao direito de emendar, previsto no artigo, o STJ e parte da doutrina entendem que se 
trata da emenda especificamente prevista para certos atos, como ocorre, por exemplo, com a emenda 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art313
a petição inicial. Para outra corrente, o dispositivo permitiria a emenda de ato processual já praticado 
dentro do prazo legal, flexibilizando, na verdade, a preclusão consumativa, que só se operaria 
definitivamente com o decurso do prazo enão com a mera prática do ato, que poderia, ainda, ser 
emendado. 
 O art. 222, CPC, permite ao juiz prorrogar os prazos por até dois meses nas comarcas, seções 
ou subseções judiciárias onde for difícil o transporte. O limite de dois meses poderá ser excedido em 
caso de calamidade pública. De qualquer forma, afirma o §1º que não poderá o magistrado reduzir 
prazos peremptórios sem a anuência das partes. Esse dispositivo, porém, apesar de ser inovação do 
Novo CPC, está ultrapassado, pois, com a consagração da possibilidade do o juiz aumentar qualquer 
prazo e de as partes fazerem o mesmo por acordo procedimental, ficaram afastados do ordenamento 
os prazos peremptórios, tendo, todos, natureza, dilatória, conforme explica Daniel Assumpção. 
 Outro artigo relevante nessa seara é o art. 225, que trata da possibilidade de a parte renunciar 
ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, se o fizer de forma expressa. Daniel Assumpção 
acrescenta que seria possível também a renúncia a prazo comum, desde que todas as partes a quem 
aproveita o prazo se manifestem expressamente nesse sentido. 
Prazos para os pronunciamentos judiciais: 
Art. 226. O juiz proferirá: 
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; 
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias; 
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias. 
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o 
juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido. 
 
 Os prazos estabelecidos para o juiz são chamados de prazos impróprios, pois seu 
descumprimento não gera consequências, sendo certo que os atos mencionados serão eficazes mesmo 
se produzidos a destempo. Ou seja, não há preclusão temporal. 
 
Prazos para os serventuários 
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 
(um) dia e executar os atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias, contado da 
data em que: 
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei; 
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz. 
§ 1º Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve 
ciência da ordem referida no inciso II. 
§ 2º Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de 
manifestações em geral ocorrerá de forma automática, independentemente de 
ato de serventuário da justiça. 
 
 A exemplo do que ocorre com os prazos assinalados para os juízes, os prazos dos serventuários 
também são impróprios, não havendo nulidade ou ineficácia na sua prática após decurso do prazo. A 
única consequência, conforme previsto no art. 233, CPC, será de caráter disciplinar: 
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo 
legítimo, os prazos estabelecidos em lei. 
§ 1º Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo 
administrativo, na forma da lei. 
§ 2º Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública 
poderá representar ao juiz contra o serventuário que injustificadamente 
exceder os prazos previstos em lei. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
1) Quais as espécies de preclusão existentes no processo ? 
2) Em que casos o CPC impõe o segredo de justiça ? 
3) O que é o princípio da instrumentalidade das formas? 
4) São tempestivos os atos praticados antes do termo inicial do prazo ? 
5) Aplica-se o prazo em dobro dos litisconsortes no caso de autos eletrônicos ? 
6) Aplica-se o prazo em dobro dos litisconsortes nos juizados especiais ? 
7) Aplica-se o prazo em dobro quando se tratar de litisconsortes cujos advogados pertencem ao 
mesmo escritório de advocacia ? 
8) A regra da contagem do prazo em dias úteis se aplica aos prazos materiais, a exemplo do prazo 
de decadência no mandado de segurança ? 
9) Para que os atos das partes produzam efeitos no processo, é necessário pronunciamento ou 
homologação do juiz ? Existe exceção ? 
10) Como podem ser classificados os pronunciamentos do juiz ?

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