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apostila Pneumatologia


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1 
 
SETEBAN RO-AC /// E-mail: setebanpvh@gmail.com /// Blog: seteban.blogspot.com 
 
 
 
 
 
 
SETEBAN – RO/AC 
 
TEOLOGIA CRISTÃ 
CURSO MODULAR 
 
 
 
 
PNEUMATOLOGIA 
 
Alberto Maciel 
2 
 
SETEBAN RO-AC /// E-mail: setebanpvh@gmail.com /// Blog: seteban.blogspot.com 
 SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 03 
 
CAPÍTULO I: A personalidade do Espírito Santo...................................................08 
 
CAPÍTULO II: A divindade do Espírito Santo........................................................08 
 
CAPÍTULO III: A ação do Espírito Santo................................................................08 
 
CAPÍTULO IV: A obra do Espírito Santo................................................................08 
 
CAPÍTULO V: A vinda do Espírito Santo...............................................................08 
 
CAPÍTULO VI: As manifestações do Espírito Santo..............................................08 
6.1- Em Jerusalém .................................................................................... 08 
6.2- Em Samaria........................................................................................ 09 
6.3- Em Cesareia........................................................................................ 09 
6.3- Éfeso.................................................................................................... 09 
 
CAPÍTULO VII: A promessa ou dom do Espírito Santo.........................................08 
 
CAPÍTULO VIII: A plenitude do Espírito Santo.....................................................08 
8.1- Apropriação contínua......................................................................... 08 
8.2- Evidências da plenitude do Espírito.................................................. 09 
8.3- O mandamento para sermos cheios................................................... 09 
 
CAPÍTULO IX: Consevando a plenitude do Espírito Santo .............................. 25 
 
CAPÍTULO X: O fruto do Espírito Santo ........................................................... 25 
 
CAPÍTULO XI: Os dons do Espírito Santo ........................................................ 25 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 27 
 
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SETEBAN RO-AC /// E-mail: setebanpvh@gmail.com /// Blog: seteban.blogspot.com 
INTRODUÇÃO 
 
 
 O ESPÍRITO SANTO é referido, com ou sem o artigo definido, como 
“Espírito Santo’, ‘Espírito’, ‘Espírito de Deus’, ‘Espírito do Senhor’, ‘Espírito de 
Cristo’ e ‘o Consolador’(em grego, parákletos; a mesma palavra é usada para 
descrever nosso Senhor em 1 Jo. 2.1)”. Os símbolos ‘sopro’, ‘vento’, ‘pomba’, ‘dedo de 
Deus’ e ‘fogo’ são igualmente empregados. Essa variedade, nos termos empregados 
pelas Escrituras, nos fornece meios de contemplar a identidade e a obra do 
ESPÍRITO SANTO. 
 O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Dizemos que é a 
terceira pessoa por que a Trindade se revela através da Bíblia assim e é sempre 
citada nessa ordem: Pai, Filho e Espírito Santo. Não que Ele seja de menor 
importância. 
 O Espírito Santo é Deus colocado no mesmo nível do Pai e do Filho. Ao 
mandar batizar, Jesus ordenou fazê-lo “em nome do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo” (Mt 28.19). Ele é Deus porque faz obras próprias de Deus. 
 Conhecer o Espírito Santo é conhecer o grande e poderoso Executor 
Celestial. É conhecer a pessoa da Trindade ativa na execução da obra de Deus na 
terra. E é o que vamos estudar no decorrer desta apostilha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SETEBAN RO-AC /// E-mail: setebanpvh@gmail.com /// Blog: seteban.blogspot.com 
CAPÍTULO I - PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
A Bíblia nos apresenta o ESPÍRITO SANTO como uma Pessoa. Sendo uma 
pessoa, apresenta sua personalidade. 
 São três os elementos que caracterizam uma pessoa: inteligência, sentimento 
e vontade. Além disso, uma pessoa tem que ter consciência de si mesmo e se auto-
dirigir. Isso acontece com o Espírito Santo, que conhece as profundezas de Deus (1 
Co 2.10,11). 
 Qualquer ser que pensa, que ama, que quer, que tem direção própria e 
consciência própria é uma pessoa. Ele é uma pessoa como o Pai, como Jesus Cristo e 
como qualquer outra pessoa. Portanto, tem todos os elementos que constituem uma 
personalidade. 
 A Bíblia declara várias vezes elementos que mostram que o Espírito é uma 
pessoa sensível: Ele pode ser agravado (Is 63.10); pode ser entristecido (Ef. 4.30) e 
produz alegria (Gl. 5.22). Ele guia outras pessoas (Jo. 16.13) e pune (At 5.1.11). 
 O Espírito também possui características próprias de uma pessoa: Ele sonda 
os corações (Rm. 8.27); fala (1 Tm. 4.1; Ap 2.7); ouve (Jo. 16.13); ensina (Jo. 14.26); 
ama (Rm 15.30); conhece (1 Co. 2.11); guia (Jo 16.13); revela e sonda (1 Co 2.10); faz 
lembrar (Jo 14.26); convida (Ap 22.17) e testifica (Jo l5: 26). 
Outra prova da personalidade do Espírito é o uso do pronome masculino. A 
palavra grega Pneuma (Espírito) sendo neutra, sempre que é usada para o Espírito 
Santo, vem acompanhada do pronome masculino (Jo 15.26; 16: 7,8,13,14) - Ele. 
 Mais uma prova que o Espírito é uma pessoa é o uso do substantivo masculino 
Parákletos (Consolador, Advogado). Aplicada primeiramente a Jesus (1 Jo 2.1) e 
usada por Ele em relação ao Espírito (Jo 14.16,17). 
 Ele está em condições de manter uma relação muito mais intima conosco do 
que Jesus podia manter quando estava em carne. 
O ESPÍRITO SANTO veio a fim de abrir ao crente as riquezas da graça de 
Deus; e, não obstante ser este o seu desejo, muitos dos crentes passam os dias na 
maior pobreza espiritual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO II - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 O ESPÍRITO SANTO é Deus, colocado no mesmo nível do Pai e do Filho. Ao 
mandar batizar, Jesus ordenou fazê-lo “em nome do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo” (Mt 28.19). O mesmo fez Paulo na bênção apostólica (2 Co 13.14). 
 O Espírito Santo é uma pessoa e como tal deve ser considerado e tratado por 
nós. Estudemos, a seguir, as passagens da Bíblia que ensinam que o Espírito Santo 
é Deus. 
 Ele é expressamente chamado Deus, como é prescrito na visão que Isaías teve 
(Is 6.9). Nesta passagem de Isaías é Deus quem fala; mas na de Atos (At 28.25-26) é 
o Espírito Santo que, desta maneira se identifica com Deus. 
 As seguintes palavras, que o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, nos falam 
claramente da deidade do Espírito Santo: “Mas todos nós, com cara descoberta, 
refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em 
glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3.18). 
 Citemos ainda mais estas palavras do apóstolo Pedro: “Disse então Pedro: 
Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito 
Santo...! Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3,4). 
 Segundo as escrituras, o Espírito Santo possui os atributos de Deus. Ele era o 
Criador: “... e o Espírito de Deus se movia sobre a fase das águas” (Gn. 1.2); Ele é 
eterno (Hebreus 9.14); É onisciente (1 Coríntios 2.9-11); Ele é onipresente (Salmos 
139.7-10). 
 Ele é Deus porque faz obras próprias de Deus: Criação e embelezamento do 
universo (Sl. l04: 30); criação e sustento do homem (Jó 33.4); ressuscitou Jesus (Rm 
8.11); justifica o crente (1 Co 6.11). Uma mera influência não faria essas obras, maso Espírito Santo, por uma pessoa divina, o faz. 
 Só uma pessoa, a pessoa divina, é capaz de fazer o que a Bíblia alega haver 
feito o Espírito Santo. Aceitando os ensinamentos da Bíblia, não podemos fugir da 
conclusão de que o Espírito Santo não é simplesmente uma pessoa, mas uma Pessoa 
Divina, e tão Divina como o Pai e o Filho. Devemos nos lembrar de que é possível 
pecar irremediavelmente contra o Espírito Santo (Mateus 12.31,32). O Espírito 
Santo se encontra inseparavelmente ligado ao nome do Pai e do Filho (Mt 28.19,20). 
Se o Espírito Santo não fosse uma Pessoa Divina, não haveria razão para o seu nome 
aparecer ligado assim tão intimamente ao nome do Pai e do Filho. Em cada razão 
que nos depara crermos na personalidade e deidade do Pai e do Filho, temos outra 
razão para crermos também na personalidade e na deidade do Espírito Santo; 
porque, se o Espírito Santo não é uma pessoa divina, não temos Triunidade e nem 
Trindade. E uma vez destruída a Trindade, abre-se logo caminho para negar a 
deidade de Jesus, e, finalmente, a existência do próprio Deus. Cumpre-nos, pois, 
aceitar com sinceridade o que a Bíblia nos ensina sobre a personalidade e deidade do 
Espírito Santo. E ainda mais, cada crente tem o grande dever de considerar e tratar 
o Espírito como uma Pessoa, e Pessoa Divina. 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO III - A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
A ação do Espírito Santo é mais fácil de ser interpretada no Antigo 
Testamento de forma impessoal, do que fazê-lo no Novo Testamento; porém, em 
ambos os Testamentos, Deus é pessoal e poderosamente presente em Seu Espírito. 
Em cada Testamento há um movimento do que é mais externo para o que é mais 
interno no tocante à obra do Espírito, e daquilo que poderíamos chamar de 
‘implicação externa’ para a apropriação interna. As manifestações físicas e amorais 
conduzem para o que é moral e espiritual. 
 
3.1. NO ANTIGO TESTAMENTO 
 
O Espírito Santo mostrou-se ativo em todas as realizações registradas no 
Antigo Testamento. Muitas são as passagens que falam dele. Assim é que lemos logo 
no segundo versículo da Bíblia. “...o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas” 
(Gn. 1.2). Ao que nos parece, o Espírito Santo não era conhecido como uma pessoa. 
Ele era conhecido como “Espírito de Deus” - como o único poder que emanava de 
Deus. Ele esteve ativo na criação do universo, pois a Palavra e o Espírito 
transmitiam vida. Enquanto a Palavra de Deus falava, o Espírito de Deus se movia 
por sobre a superfície das águas, a fim de produzir vida e beleza na criação. Quando 
da criação do homem, foi o Espírito de Deus quem soprou o fôlego de vida sobre as 
narinas do primeiro homem. Também, após a queda no pecado, o Espírito de Deus 
foi enviado ao homem, a fim de adverti-lo. O Espírito Santo esteve presente quando 
Noé preparava a sua arca. Um dos mais interessantes fatos concernentes ao Espírito 
Santo no Antigo Testamento é a sua atuação na inspiração da Bíblia - a lei, que 
mostra a perfeita retidão de vida requerida pelo Deus Jeová. 
 A ação do Espírito na criação. Ele é citado como criador logo no segundo 
versículo da Bíblia (Gn. l: 2). Ele pairava sobre a face das águas e participou da 
glória da criação. O Salmo mostra que o Espírito cria e renova as coisas criadas 
(Salmo 33.6; Jó 33.4). O Espírito Santo criou e sustenta o homem (Gn. 2.7; Jó 33.4). 
Toda pessoa, seja ou não servo de Deus, é sustentada pelo poder criador do Espírito 
de Deus (Dn. 5.23; Atos 17.28). A existência do homem é como o som da tecla do 
harmônio que dura tão-somente enquanto o dedo do artista a comprime. O homem 
deve a sua existência e a continuação desta à “duas mãos de Deus”, isto é, o Verbo 
(Jo 1.1-3), e o Espírito. Foi a esses que Deus se dirigiu dizendo: “Façamos o homem”. 
Na Antiga Aliança, o Espírito foi considerado pelos judeus como uma força, 
uma influência, uma virtude eminente de Jeová, o Deus único da Aliança. Ele não 
habitava permanentemente nos fiéis, mas os usava esporádica ou constantemente. 
Sua atividade era temporária, como se pode ver em: José (Gn. 41.38); Moisés e os 
anciãos (Is 63.11); Davi (1 Sm 16.13); Elias (1 Rs 18.12); Eliseu (2 Rs 2.9); Isaías (Is 
61.1,2). 
 O Espírito habitava “no meio do povo” e não nas pessoas (Is 63.9-14; Ne 9.20; 
Ag 2.5). A benção e unção especial não eram de todos. O derramamento sobre a 
carne estava reservado para o Novo Testamento (Jl. 2.28-30). 
 
 3.2. NO NOVO TESTAMENTO. 
 
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 O Espírito Santo é mencionado em cada livro do Novo Testamento, 
excetuando 2 e 3 João. Aqui, a atuação do Espírito santo é bem clara e Ele é 
distinguido como uma pessoa: João Batista foi cheio do Espírito desde o ventre 
materno (Lc. 1.15). A concepção (Lc. 1.35) e o ministério de Jesus foram pelo Espírito 
Santo (Mt 3.16; Lc. 4.18-21; At 10.38). O Espírito o guiou (Lc. 4.1). Pelo Espírito 
Jesus ofereceu-se a Deus na morte (Hb. 9.14) e o Espírito o ressuscitou (Rm 8.11). 
 
1) Nos Evangelhos: 
 
Nos quatros Evangelhos se nos deparam as atividades do Espírito Santo, 
especialmente, em relação ao ministério de Jesus. Nenhuma outra pessoa há, no 
Novo Testamento, tão relacionada com o Espírito Santo quanto Jesus. 
 Jesus foi concebido pelo poder do Espírito Santo (Lc. 1.35). E Jesus encheu-se 
do Espírito Santo por ocasião do batismo (Lc. 3.21,22). Jesus foi guiado pelo Espírito 
Santo (Lc. 4.1; 4.18). Jesus expulsou demônios pelo poder do Espírito Santo (Mt 
12.28). Jesus foi apontado por João Batista como aquele que havia de batizar com o 
Espírito Santo, e esta promessa confirmou-a o próprio João Batista no seu último 
discurso (Mt 3.11). O cumprimento desta promessa encontra-se narrado em Atos 2.4 
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, 
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Jesus foi levado ao deserto 
pelo Espírito Santo, e ali, pelo seu poder, venceu o tentador (Mt 4.1-11). Jesus 
ofereceu-se em sacrifício na cruz pelo poder do Espírito Santo (Hb. 9.14). Ele foi 
ressuscitado pelo poder do Espírito Santo (Rm 1.4). 
 Vimos que no Antigo Testamento o dom do Espírito Santo não era dado a 
todos, mas só a certas pessoas privilegiadas; porém, no Novo Testamento, temos 
evidências da distribuição mais liberal deste dom aos homens, embora, como 
sabemos, o Espírito Santo esteja mais intimamente relacionado com Cristo no seu 
ministério do que com qualquer outra pessoa. Em muitas passagens encontramos a 
promessa de que o Espírito Santo há de se relacionar intimamente com os crentes. 
No Evangelho de Lucas 11.13, encontramos que Deus está pronto a atender aos 
pedidos dos crentes como um pai atende a suplica dos seus filhos. 
 
2) Nos Atos dos Apóstolos. 
 
O livro de Atos é de Atos do Espírito Santo, começando com o Pentecoste, indo 
até aos samaritanos e alcançando os gentios, através dos discípulos. 
 Podemos ver uma diferença entre este período de atividade do Espírito Santo 
e os outros períodos já mencionados acham-se no fato de que Cristo já havia 
completado o seu trabalho; já havia preparado o caminho para a vinda do Espírito 
Santo. Jesus veio ao mundo, fundou o seu reino e voltou para o Pai; de sorte que 
Deus podia enviar mais poderes para a continuação da obra começada. Agora havia 
um Salvador, que deveria ser anunciado, um Cristo a ser glorificado e uma salvação 
que deveria tornar-se uma realidade a todos os corações. Jesus deixou tudo pronto 
para as maiores atividades de Deus na salvação da humanidade. Tudo estava 
encaminhado, e só restava executar o grande plano de Deus na salvação consumada 
por Cristo. Foi no dia de Pentecostes que esta personalidade divina veio com todos os 
seus poderes maravilhosospara habitar com a igreja de Jesus. 
 O dia de Pentecostes foi um grande passo dado por Deus para a redenção do 
mundo. Pela vinda do Espírito Santo e reino de Deus entrou no período de maiores 
atividades e de maior prosperidade. Considerado sob certo ponto de vista, tudo 
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quanto fora realizado antes era uma preparação para a vinda gloriosa do Espírito 
Santo. 
 Devido às condições espirituais em que se achavam os discípulos, a vinda do 
Espírito Santo foi acompanhada de muitos sinais visíveis: maravilhas, línguas, fogo, 
etc. Porém, à proporção que os homens se tornavam mais espirituais, iam 
desaparecendo também os sinais visíveis no mundo material. Essas coisas serviam 
para convencer os apóstolos da realidade do Espírito Santo. Eram coisas passageiras 
e, naturalmente, passaram com o decurso do tempo. Nos tempos atuais, nenhuma 
razão há para ligar aqueles sinais exteriores com a presença do Espírito Santo. 
 
3) Nas Epístolas. 
 
O ensino mais elaborado acerca do Espírito ocorre nas epístolas que tratam 
sobre a experiência da Igreja dependente do Espírito. Alguns eruditos discernem um 
desenvolvimento cronológico no ensino de Paulo sobre o Espírito. Argumentam que 
em suas epístolas mais antigas (1 e 2 Tessalonicenses) Paulo se mostra conforme 
com o ensino aceito pela Igreja primitiva, particularmente em seu reconhecimento 
não-crítico dos dons manifestos (e algumas vezes amorais) do Espírito (línguas, 
profecia, 1 Ts. 5.19,20) juntamente com os atributos morais mais íntimos produzidos 
por Ele (1 Ts. 1.5,6). Em seu estágio seguinte (Romanos, Coríntios, Gálatas), Paulo, 
segundo afirmam, se preocupa em eliminar as imaginações daqueles que faziam 
reivindicações extravagantes a respeito do Espírito e buscavam Seus dons, em 
detrimento da harmonia no seio da Igreja. Paulo colocaria os dons espetaculares do 
Espírito (ao mesmo tempo em que continuava reivindicando e reconhecendo sua 
própria experiência a respeito deles, bem como a experiência de seus irmãos na fé) 
numa posição secundária ao ágape cristão, o amor de Cristo derramado no coração 
do crente pelo Espírito, o qual é realmente chamado de amor do Espírito (Rm 15.30). 
É posto destaque sobre o fruto moral espontaneamente produzido no crente pelo 
Espírito, e não sobre os ‘dons’ do Espírito. O valor destes últimos é aquilatado em 
termos do Fruto do Espírito (Gl. 5.22,23). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
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CAPÍTULO IV - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 Há vários conceitos errôneos a respeito da obra do Espírito Santo. Alguns 
deles têm-se arraigado à religião popular e às doutrinas populares da Igreja em 
geral. A religião popular é a maneira de vivermos a nossa vida diária em Cristo. É 
uma mistura de elementos normativos e não-normativos. Os elementos normativos 
são as doutrinas bíblicas corretas a respeito daquilo que devemos crer e praticar. Os 
elementos não-normativos são modos errôneos de entender doutrinas bíblicas, bem 
como os elementos não-bíblicos que se vêm infiltrando no ambiente cultural onde 
vive o cristão. 
 Ninguém compreende plenamente o Deus infinito ou seu infinito Universo, 
nem conhece ou entende com perfeição cada palavra da Bíblia. Continuamos todos 
discípulos (literalmente: “aprendizes”). Como criaturas finitas, não devemos ter 
dificuldades para reconhecer que é rematada loucura alegar que compreendemos 
totalmente o Deus infinito. Deus ainda está trabalhando na Igreja e em cada 
indivíduo, para nos transformar segundo a imagem de Cristo. A doutrina da 
santificação progressiva trata diretamente dessa questão. Os cristãos precisam 
evitar o desânimo e aceitar com alegria o desafio de conhecer e experimentar a Deus 
mais plenamente todos os dias. 
 Precisamos enfatizar a obra do Espírito Santo em relação com os homens. Em 
João 16.7-11 Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo. O Espírito 
agirá como “promotor de Justiça”, por assim dizer, trabalhando para conseguir uma 
condenação divina contra os que rejeitam a Cristo. Convencer significa levar ao 
conhecimento verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou 
rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta. Os homens não sabem o que 
é pecado, justiça e o juízo, precisam ser convencidos da verdade espiritual. 
 O Espírito Santo atua em cada um dos filhos de Deus. Foi profetizado que a 
sua obra seria especialmente edificante e largamente manifestada no período 
messiânico quando o Espírito seria derramado sobre o povo de Deus (Is 44.3), dando-
lhe um novo coração e um novo Espírito (Ez. 36.26), produzindo-lhe tristeza pelo 
pecado, e ainda mais, que este Espírito seria derramado sobre toda carne (Jl. 2.28). 
O Espírito se entristece, quando o pecador resiste à sua operação santificadora (Is 
63.10; Sl. 106.33). Jesus prometeu que à sua partida, viria o Espírito habitar em 
cada um de seus discípulos, para fortalecê-los, guiá-los, instruí-los, e habitar a igreja 
a dar testemunho de Cristo e a Glorificá-lo; e a convencer o mundo do pecado, da 
justiça e do juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO V - A VINDA DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 O Salvador existia antes de sua encarnação e continuou a existir depois de 
sua ascensão; mas durante o período intermediário exerceu o que poderíamos 
chamar sua missão “temporal” ou dispensacional, e para cumpri-la veio ao mundo e, 
havendo-a efetuado, voltou para o Pai. Da mesma maneira o Espírito veio ao mundo 
em um tempo determinado, para uma missão definida, e partirá quando sua missão 
tiver sido cumprida. Ele veio ao mundo não somente com um propósito determinado, 
mas também por um tempo determinado. 
 Nas escrituras encontramos três dispensações gerais, correspondendo às três 
Pessoas da Divindade. O Antigo Testamento é a dispensação do Pai; o ministério 
terrestre de Cristo é a dispensação do Filho; e a época entre a ascensão de Cristo e 
sua segunda vinda é a dispensação do Espírito. O ministério do Espírito continuará 
até que Jesus venha, depois virá outro ministério dispensacional. O nome 
característico do Espírito durante essa dispensação é “o Espírito de Cristo”. 
 Toda a Trindade coopera na plena manifestação de Deus durante essas 
dispensações. Cada um exerce um ministério terrenal: o Pai desceu no Sinai; o Filho 
desceu na encarnação; o Espírito desceu no dia de Pentecoste. O pai recomendou o 
Filho (Mt 3.17); o Filho recomendou o Espírito (Ap 2.11), e o Espírito testifica do 
Filho (Jo 15.26). Como Deus, o Filho cumpre para com os homens a obra de Deus o 
Pai, assim o Espírito Santo cumpre para com os homens a obra de Deus o Filho. 
 Assim como o eterno Filho encarnou-se em corpo humano no seu nascimento, 
assim também o Espírito eterno se encarnou na igreja que é seu corpo. Isso ocorreu 
no dia de Pentecoste, “o nascimento do Espírito”. O que foi a manjedoura para o 
Cristo encarnado, assim foi o cenáculo para o Espírito. 
 O Espírito Santo é o representante de Cristo; a ele está entregue toda a 
administração da igreja até a volta de Jesus. Cristo sentou-se no céu onde Deus 
“sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja”, e o Espírito desceu para 
começar a obra de edificar o corpo de Cristo. O propósito final do Consolador é o 
aperfeiçoamento do corpo de Cristo. 
 A crença na direção do Espírito estava profundamente arraigada na igreja 
primitiva. Não havia nenhum aspecto da vida em que não se reconhecesse seu 
direito de dirigir, ou em que não se sentisse o efeito de sua direção. A igreja entregou 
inteiramente sua vida à direção do Espírito; ela continuou a rejeitar as formas fixas 
de adoração, até que nofim do século, a influência do Espírito começou declinar e as 
práticas eclesiásticas ocuparam o lugar da direção do Espírito. 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO VI - AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
Consideremos dignos de nossa atenção, o fato de que o Espírito Santo só veio 
quando os discípulos impuseram as mãos. Porém, do capítulo 10 em diante, neste 
mesmo livro (Atos), o Espírito Santo começou a descer sobre todos sem a imposição 
das mãos de quem quer que fosse. Parece que temos aqui duas épocas distintas em 
relação ao Espírito Santo, e mais particularmente em relação à sua vinda sobre os 
crentes. Os primeiros nove capítulos do livro dos Atos dos Apóstolos abrangem o 
primeiro período, e o segundo período é o que vai do capítulo 10 em diante. 
 
6.1. EM JERUSALÉM. 
 
Jerusalém foi sacudida pelo poder de Deus no Pentecoste. Jerusalém estava 
cheia de gente de todas as nações da terra, naquela agitação frenética, quando um 
ruído estranho começa nalgum ponto, vindo do andar superior de uma casa, de uma 
das suas ruas estreitas. Todos correm para lá. Inicialmente, por simples curiosidade. 
Mas, ao chegar, cada um dos curiosos vai percebendo que o fato ali registrado não 
pode ser comparado a nada jamais presenciado por homem algum. Deus está 
fazendo um reboliço, cujo resultado a eternidade não apagará - foi ali o derramar do 
Espírito Santo profetizado por Joel (Jl. 2.28-32). 
 
6.2. EM SAMARIA. 
 
Fora de Jerusalém foi resultado da dispersão dos cristãos pelo país, que 
fugiam da perseguição de Saulo de Tarso. Felipe, Pedro e João pregaram com grande 
êxito em Samaria, ocasião em que o Espírito Santo desceu sobre os samaritanos, 
como prelúdio à grandiosidade da futura obra entre os gentios. 
 
6.3. EM CESARÉIA. 
 
O avivamento se estendeu por toda a região, e Filipe pregou em muitas 
cidades costeiras, de Gaza e Cesaréia. Em Cesaréia deu uma visão a Pedro, 
enquanto estava em missão evangelística, foi a Lida, onde Enéias foi curado, e a 
Jope, onde Dorcas foi ressuscitada. Neste entremeio teve uma visão, pela qual Deus 
enviou-o a pregar à congregação de gentios na casa de Cornélio em Cesaréia. Ali, o 
Espírito Santo, confirmou sua obra descendo sobre este grupo. 
 
6.4. EM ÉFESO. 
 
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A pregação de Paulo e o poder de realizar milagres causaram profunda 
impressão, confundindo os que usavam de magia e enganavam o povo. Uma grande 
obra foi realizada ali, e uma Igreja estabelecida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO VII - A PROMESSA OU DOM DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 Muitos têm deturpado a expressão do apóstolo Paulo quando disse: 
“...recebereis o dom do Espírito Santo”. Na verdade, o sentido desta palavra está no 
próprio contexto do evento de Pentecostes, conforme o relato de Atos 2. Como frase 
gramatical, as palavras “o dom do Espírito Santo” podem ter um ou dois significados: 
1) O dom concedido pelo Espírito Santo “que vos foi dado” é a idéia que sustenta 
claramente a interpretação de que a frase “o dom do Espírito Santo” se refere ao 
próprio Espírito Santo como o dom de Deus ao seu povo. Também se torna necessário 
uma definição entre as expressões: “Dons do Espírito Santo” e “Dom do Espírito 
Santo”. Vejamos: “Dom do Espírito Santo”, como já definimos, é o próprio Espírito 
Santo que recebemos no ato da conversão a Jesus Cristo como único salvador. “Os 
Dons do Espírito Santo” são a capacitação dada pelo próprio Espírito ao crente, 
equipando-o com dons específicos, “tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, 
para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef. 4.12). 
 O dom do Espírito Santo é uma questão de arrependimento, “Pedro então lhes 
respondeu: Arrependei-vos...” (At 2.38). Deus se agrada de um coração arrependido e 
submetido inteiramente a ele. 
 É uma questão de fé, “cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, 
para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38). O 
batismo não salva, porém todo salvo quer ser batizado. Tudo é uma questão de fé em 
Jesus Cristo como Salvador. 
 O dom é uma promessa imparcial, “porque a promessa vos pertence a vós, a 
vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar” 
(At 2.39). O dom do Espírito Santo não é privilégio e exclusividade de alguns grupos. 
A promessa é para todos os que crêem. 
 É uma fonte de Verdade, “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos 
membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim 
também é Cristo” (1 Co 12.12). O Espírito Santo não subtrai e não divide. Ele soma e 
multiplica. “Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer 
judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só 
Espírito” (1 Co 12.13). 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO VIII - A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 Cremos que a vida cristã será experimentada de maneira completa, 
irradiando o fulgor da glória de Deus através da experiência do batismo no Espírito 
Santo, que obviamente é o início de uma nova etapa na escalada em direção ao alvo. 
O batismo é uma experiência única, porém, suas conseqüências cabe a nós torná-las 
permanentes e crescentes. 
 “Esta benção é recebida pela fé e inteira submissão da vida aos santos 
propósitos do Senhor. Quando nos quebrantamos em nosso orgulho, impurezas, 
mundanismo, incredulidade, e entregamos todas as chaves do nosso ser ao Espírito 
Soberano, Ele possui a casa... A primeira experiência é marcante, decisiva, 
reveladora. Quebrantamento. Unção. E sempre quebrantamento de unção. 
Enquanto vai ampliando o vaso na sua capacidade espiritual, mental. E maior vai 
sendo a plenitude. Sim, porque não recebemos todo o poder do Espírito, mas segundo 
a capacidade de nosso vaso. E à medida que vamos aumentando em capacidade, 
vamos recebendo maior plenitude”. 
 “Os apóstolos”... receberam poderoso batismo do Espírito Santo, vasto 
incremento da iluminação divina. Esse batismo proporcionou grande diversidade de 
dons que foram usados para a realização da obra. Abrangia evidentemente “Os 
seguintes aspectos: o poder de uma vida santa, o poder de uma vida de abnegação 
(essas manifestações hão de ter tido grande influência sobre aqueles que 
predominavam o Evangelho); o poder da vida de quem leva a Cruz; o poder de 
grande mansidão que esse batismo os capacitou a evidenciar por toda parte; o poder 
do amor na proclamação do evangelho; o poder de ensinar; o poder de uma fé viva e 
cheia de amor; o dom de línguas; maior para operar milagres; o dom de inspiração, 
ou seja, a revelação de muitas verdades que antes não reconheciam; o poder da 
coragem moral para proclamar o evangelho e cumprir as recomendações de Cristo, 
custasse o que custasse”. (Charles Finney). A plenitude do Espírito é 
verdadeiramente o brilho da vida cristã. Todo Cristão deve empenhar por alcançar 
tão grande bênção. 
 Precisamos nos lembrar sempre que o Espírito Santo é uma pessoa. Uma 
pessoa cuja presença é doce, consoladora, de um companheirismo fidelíssimo. 
 
8.1. APROPRIAÇÃO CONTÍNUA1 
 
 
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 STTOT, John R. W. Batismo e Plenitude do Espírito Santo. São Paulo: Vida Nova, 1988. 
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A primeira passagem enfatiza que, para continuarmos sendo cheios com o 
Espírito Santo, precisamos continuar indo ao Senhor Jesus. Estou me referindo às 
suas próprias palavras marcantes, registradas em João 7:37-39, e que têm sido (e 
continuam sendo) de grande ajuda para mim: "Noúltimo dia, o grande dia da festa, 
levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer 
em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão dos de água viva". João 
comenta esta afirmação. "Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de 
receber os que nele cressem; pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque 
Jesus não havia sido ainda glorificado". 
O bispo J.C. Ryle escreveu: "Dizem que na Escritura há algumas passagens que 
merecem ser impressas em letras de ouro. Os versículos à nossa frente são um 
destes casos". 
Foi no último dia da Festa dos Tabernáculos (versículo 2), o clímax dos sete 
dias da festa. Um dos rituais coloridos da festividade era que a cada manhã uma 
procissão solene, guiada por um sacerdote que levava um jarro de ouro, dirigia-se ao 
tanque de Siloé para buscar água, que depois era derramada como libação no lado 
esquerdo do altar. Parece que a compreensão geral era que esta cerimônia 
comemorava a providência miraculosa de Deus no deserto e simbolizava o futuro 
derramamento do Espírito, prometido pelo profeta Joel. Jesus usou este ritual como 
seu texto. Ele ficou em pé com dramaticidade em algum lugar de destaque 
(geralmente ele sentava para ensinar, como os rabinos), e proclamou em voz alta que 
Ele mesmo daria a quem viesse, água em abundância para beber. 
O que será que ele quis dizer? Ele conjugou dois quadros. O primeiro é o de um 
viajante cansado e sedento, em paragens quentes. O sol arde impiedosamente sobre 
ele. Seu suprimento de água acabou. Sua boca está seca, seus lábios rachados, sua 
face incandescente e todo o seu corpo desidratado. Ele clama por água para matar 
sua sede. Este representa toda pessoa que está separada de Cristo, não importa 
quanto. O segundo quadro representa uma terra sedenta. O sol tropical torrou e 
endureceu o solo. Os lentes dos nós estão secos. Árvores e arbustos mirraram. 
Animais se lamentam porque não há pasto. A terra anseia por água. Assim é o 
mundo, a sociedade secular sem Deus, ressecada, insatisfeita, sedenta. 
E então, o que é a água? João esclarece: "Isto ele disse com respeito ao 
Espírito". E João acrescenta: "Pois o Espírito até esse momento não fora dado". Suas 
palavras verdadeiras, traduzidas literalmente, são: "O Espírito ainda não era". Isto 
não pode significar que o Espírito não existia, nem que ele estava inativo, mas que 
ele ainda não tinha sido derramado em Sua plenitude pentecostal, em rios de "água 
viva". Portanto, a água viva que mata a sede do viajante cansado e que irriga o 
mundo ressecado é a plenitude do Espírito Santo. 
E como podemos experimentar esta plenitude revigoradora, refrescante, que 
aplaca a sede? A resposta é: "Venha a mim e beba. Quem crer em mim..." São duas 
frases, mas somente uma condição. Não há diferença entre vir a Jesus e crer nEle, 
porque vir a ele para beber significa vir a ele em fé. Acontece que os verbos (ter sede, 
vir, beber, crer) estão todos no tempo presente. Isto quer dizer que não devamos ir a 
Jesus somente uma vez, em arrependimento e fé , mas também depois disto 
continuar vindo e bebendo, porque continuamos a ter sede. Fazemos isto em sentido 
físico: sempre que estamos com sede, bebemos. Precisamos aprender a fazê-lo 
espiritualmente, também. O cristão é um dipsomaníaco, que está sempre com sede e 
sempre bebendo. E beber não é pedir água, mas realmente tomá-la. É muito simples. 
Beber é uma das primeiras coisas que um bebê aprende; na verdade ele o faz por 
instinto. 
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Depois, a água que foi bebida começa a fluir. Nós não conseguimos conter o 
Espírito que recebemos. William Temple escreveu: "Ninguém consegue possuir (ou 
ser habitado por) o Espírito de Deus e guardar este Espírito para si. Onde o Espírito 
está, ele transborda; onde ele não transborda, ele não está". 
Não podemos falar de plenitude do Espírito se não há interesse e atividade 
evangelísticos. Além disto, preste atenção na disparidade que há entre a água que 
bebemos e a água que transborda. Conseguimos beber somente pequenos goles, mas 
à medida que continuamos vindo, bebendo, crendo, pela atuação poderosa do 
Espírito Santo em nós, nossos pequenos sorvos são multiplicados em uma 
confluência poderosa de correntezas caudalosas: "rios de água viva" fluirão de nós. 
Este é o trasbordamento espontâneo dos cristãos cheios do Espírito, para a bênção de 
outras pessoas. Todavia, não existe nenhum meio de garantir um fluxo de entrada e 
saída de água constante, a não ser a ida a Jesus e o beber permanente, isto porque a 
plenitude do Espírito deve ser apropriada continuamente pela fé. 
 
8.2. EVIDÊNCIAS DA PLENITUDE DO ESPÍRITO2 
 
A segunda passagem do Novo Testamento dá ênfase à evidência da plenitude 
do Espírito, apesar de também incluir uma ordem de ser cheio, que precisamos 
estudar com cuidado. Quais são as características de uma pessoa cheia do Espírito 
de Deus hoje? Não pode haver dúvidas de que a principal evidência é moral, não 
miraculosa, e reside no fruto do Espírito, não nos dons do Espírito. Já tivemos 
oportunidade de constatar que os coríntios, que tinham sido batizados com o Espírito 
e ricamente dotados dos dons do Espírito, mesmo assim provaram ser cristãos "não 
espirituais", porque lhes faltava a qualidade moral do amor (1 Cor. 3:1-4). 
Eles se vangloriavam de uma certa plenitude, o que fez Paulo escrever-lhes com 
um toque de sarcasmo: "Já estais fartos" (cheios, 4:8)! Mas não era a plenitude do 
Espírito Santo. Se eles estivessem cheios do Espírito, obviamente teriam estado 
cheios de amor, o primeiro fruto do Espírito. O amor é o poderoso elo de união entre 
o fruto e os dons do Espírito. Isto não ocorre somente porque sem amor os dons são 
sem valor (1 Cor. 13), mas também porque o amor requer os dons como equipamento 
necessário para poder servir outros. 
No único trecho em suas cartas onde o apóstolo Paulo descreve as 
conseqüências da plenitude do Espírito, elas são todas qualidades morais. Esta 
passagem é Efésios 5:18-21: 
"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do 
Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor 
com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, 
em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de 
Cristo." 
No texto grego este trecho tem dois verbos na forma imperativa ("não vos 
embriagueis com vinho"; "enchei-vos do Espírito"), dos quais dependem quatro 
verbos que são particípios presentes (literalmente: "falando", "cantando e fazendo 
melodias", "agradecendo" e "submetendo"). Em outras palavras, a ordem única de 
ser cheio do Espírito é seguida de quatro conseqüências descritivas da plenitude do 
Espírito Santo. 
A ordem de ser cheio é contrastada diretamente com a outra ordem de não se 
embriagar. A partir daí, algumas pessoas deduziram rapidamente que embriaguez e 
a plenitude do Espírito podem ser comparadas. Elas dizem que a plenitude do 
Espírito é um tipo de ebriedade espiritual; o apóstolo está contrapondo dois estados 
 
2
 STTOT, John R. W. Batismo e Plenitude do Espírito Santo. São Paulo: Vida Nova, 1988. 
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de embriaguez: física, através do vinho; e espiritual, pela plenitude do Espírito. Não 
é este o caso. É verdade que um bêbado está "sob a influência do álcool" e que, de 
maneira semelhante, pode-se dizer que um crente cheio do Espírito esteja sob o 
controle do Espírito. Também é verdade que no dia de Pentecostes, quando o 
Espírito concedeu aos 120 que falassem publicamente em outras línguas, alguns da 
multidão comentaram: "Estão embriagados" (Atos 2:13). Porém os que disseram isto 
evidentementeeram uma minoria; eles acharam que os discípulos estivessem 
bêbados porque não conseguiam entender nenhuma das línguas faladas; a maioria 
reagiu com surpresa, ao ouvir os galileus falarem de maneira inteligível idiomas 
nativos da Ásia e da África que a multidão podia entender. 
Portanto, é um erro crasso supor que estes primeiros crentes cheios do Espírito 
estavam em um tipo de transe alcoólico, ou que este estado devesse ser um padrão 
das experiências da plenitude do Espírito. Paulo tem exatamente o oposto em mente. 
Há uma implicação clara em Efésios 5:18 de que a embriaguez e a plenitude do 
Espírito não podem ser comparadas assim, porque a embriaguez é vista como 
"dissolução" ou "perdição" (BLH). A palavra grega asotia, que em suas duas outras 
menções no Novo Testamento é traduzida também por "devassidão" (Tito 1:6, 1 Ped. 
4:4), literalmente descreve uma situação em que a pessoa não consegue mais 
"salvar-se" ou controlar-se. Paulo escreve que a embriaguez envolve uma perda de 
controle, e por isso deve ser evitada. No outro extremo, é dito claramente em Gl. 5:23 
que parte do fruto do Espírito é domínio próprio (enkrateia)! As conseqüências da 
plenitude do Espírito, que o apóstolo passa a descrever, devem se manifestar em um 
relacionamento inteligente, controlado e saudável com Deus e com as outras 
pessoas. 
É verdade que podemos concordar que tanto na embriaguez como na plenitude 
do Espírito há duas grandes forças nos influenciando interiormente, o álcool em 
nossa corrente sangüínea e o Espírito Santo em nosso coração. Todavia, o álcool em 
excesso conduz a um comportamento incontrolado e irracional, que transforma o 
bêbado num animal; a plenitude do Espírito, por sua vez, leva a um comportamento 
moral controlado e racional, que transforma o cristão na imagem de Cristo. 
Portanto, os resultados de estar sob a influência de emanações alcoólicas, por um 
lado, e do Espírito Santo de Deus, por outro, são total e completamente diferentes. 
Um nos transforma em animais, o outro em Cristo. 
Agora temos condições para analisar os quatro resultados benéficos, e, com isso, 
evidências objetivas sólidas, da plenitude do Espírito. Estes resultados tornam-se 
visíveis no relacionamento. A plenitude do Espírito não é tanto uma experiência 
mística particular, quanto um relacionamento moral com Deus e as pessoas ao nosso 
redor. 
O primeiro resultado é "falando". A tradução "entre vós" não deve ser entendida 
como se as pessoas cheias do Espírito começassem a falar consigo mesmos, como se 
sua mente estivesse anuviada! A tradução "uns aos outros" (BLH, BJ) transmite 
melhor o sentido. Na passagem paralela em Colossenses (3:16) o apóstolo incentiva 
seus leitores a deixarem a Palavra de Cristo habitar ricamente neles, para que 
possam "instruir e aconselhar-se mutuamente em toda a sabedoria". 
É bastante interessante o fato de que a primeira evidência de ser cheio do 
Espírito é falarmos uns aos outros. Mas isto não deve nos surpreender, já que o 
primeiro fruto do Espírito é o amor. Por mais profunda e íntima que nossa 
comunhão com Deus possa parecer, não podemos dizer que estamos cheios do 
Espírito se, porventura, não conseguimos falar com algum irmão. O primeiro sinal 
da plenitude é a comunhão. Mais anda, é comunhão espiritual, porque falamos uns 
17 
 
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aos outros não com tagarelice mundana, mas "com salmos, ... hinos e cânticos 
espirituais". 
É óbvio que isto não pode significar que o meio de comunicação normal entre 
crentes cheios do Espírito seja a música! Antes, significa que a verdadeira comunhão 
se expressa no culto conjunto. Um bom exemplo é o Ven te (Sal. 95), que os 
anglicanos cantam muitas vezes no culto público aos domingos pela manhã. Falando 
especificamente, o Salmo não é de adoração, porque não é dirigido a Deus, mas à 
congregação: "Vinde, cantemos ao Senhor." Esta é uma ocasião em que pessoas 
pertencentes a Deus falam umas às outras com um Salmo, incentivando-se 
mutuamente a adorarem seu Senhor. 
Isto nos conduz ao segundo resultado da plenitude do Espírito, que é "cantando 
e fazendo melodias" para o Senhor. O Espírito Santo adora glorificar o Senhor Jesus, 
manifestando-o ao seu povo de uma maneira em que eles se regozijem em cantar 
louvores a Ele. Pessoas sem aptidão musical, às vezes, recebem conforto pela versão 
Revista e Corrigida desta exortação, que é cantar ao Senhor "no vosso coração". Esta 
terminologia dá a impressão de que seu júbilo pode ser integralmente interior, 
dirigido somente "aos ouvidos do Senhor" (J. B. Phillips)! Porém a tradução "de (todo 
o) coração" provavelmente é mais correta. O coração não é o lugar, mas a maneira 
como estamos cantando. O apóstolo nos exorta a não ficarmos em silêncio, mas a 
adorarmos sem preconceitos. 
Em terceiro lugar, devemos dar "sempre graças por tudo". Muitos cristãos dão 
graças às vezes, por algumas coisas; crentes cheios do Espírito agradecem sempre, 
por todas as coisas. Não existe hora nem circunstância pelas quais eles não 
agradecem. Eles o fazem "em nome de nosso Senhor Jesus Cristo", isto é, porque são 
um com Cristo, e "a nosso Deus e Pai", porque o Espírito Santo testemunha a seu 
espírito que eles são filhos de Deus e que seu Pai é integralmente bom e sábio. A 
murmuração, um dos pecados costumeiros de Israel, é um pecado grave porque é um 
sintoma de descrença. Sempre que começarmos a reclamar e a nos queixar, isto é um 
sinal claro de que não estamos cheios do Espírito. Sempre que o Espírito Santo 
domina os crentes, eles agradecem ao seu Pai celestial a toda hora, por tudo. 
Vimos que os segundo e terceiro sinais da plenitude do Espírito são 
relacionados a Deus – cantando ao Senhor e dando graças ao Pai. O Espírito Santo 
nos coloca em um relacionamento correto de louvor com o Pai e o Filho. O crente 
cheio do Espírito não tem dificuldades práticas com a doutrina da Trindade. Os 
terceiro e quarto sinais, entretanto, têm a ver com nosso relacionamento com as 
outras pessoas: falando uns aos outros, e agora sujeitando-se uns aos outros. 
O apóstolo continua mostrando que a submissão é a obrigação específica de 
uma esposa diante de seu marido, de filhos diante de seus pais e de empregados 
diante de seus empregadores, mas ele começa dizendo que ela é a obrigação geral de 
todos os cristãos uns diante dos outros (o que inclui maridos, pais e empregadores). 
A submissão humilde é uma parte tão importante do comportamento cristão que o 
verbo aparece trinta e duas vezes no Novo Testamento. A marca registrada no 
cristão cheio do Espírito não é a auto-afirmação, mas a auto-submissão. 
É verdade que às vezes, quando um princípio teológico ou moral fundamental 
está em jogo, não podemos ceder. Paulo deu um exemplo destacado desta 
necessidade de firmeza quando se opôs a Pedro, numa confrontação direta e pública, 
em Antioquia (Gl. 2:11-14). Porém precisamos sempre tomar cuidado para que nossa 
firmeza aparente em um principio não seja uma exibição desagradável de orgulho. É 
sábio desconfiar de nossa indignação justa; geralmente há nela mais que alguns 
traços de vaidade injusta. O teste está nas últimas palavras da frase: "No temor de 
Cristo". Nossa obrigação primordial é submissão reverente e humilde ao Senhor 
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Jesus. Devemos nos submeter aos outros somente até ao ponto exato em que nossa 
submissão a eles implicar em deslealdade a Cristo. 
Assim, expusemos os resultados venturosos da plenitude do Espírito. As duas 
principais áreas em que esta plenitude se manifesta são culto e comunhão. Se 
estamos cheios do Espírito, estaremos louvando a Cristo e agradecendo a nosso Pai, 
e estaremos falando e submetendo-nos uns aos outros. O Espírito Santo nos coloca 
em um relacionamento correto com Deus e as pessoas.Devemos procurar a principal 
evidência da plenitude do Espírito Santo nestas qualidades e atividades espirituais, 
e não em fenômenos sobrenaturais. Esta é a ênfase do apóstolo quando ele trata 
deste assunto em suas cartas aos efésios e coríntios, bem como quando ele especifica 
o "fruto do Espírito" em sua carta aos gálatas (veja o capítulo seguinte). 
 
 
 
 
 
8.3. O MANDAMENTO PARA SERMOS CHEIOS3 
 
Voltamos agora ao mandamento do qual dependem os quatro particípios 
presentes que analisamos. Este mandamento é: "Enchei-vos do Espírito". Preste 
atenção a quatro aspectos deste verbo. 
Em primeiro lugar, ele está no modo imperativo. "Enchei-vos" não é uma 
sugestão que pode ser tentada, uma recomendação branda, uma advertência 
educada. É uma ordem que Cristo nos dá, com toda a autoridade de um dos 
apóstolos que Ele escolheu. Não temos nem um pouco mais de liberdade para 
escapar desta obrigação do que temos das obrigações éticas que formam o contexto, 
isto é, falar a verdade, trabalhar honestamente, ser gentil e perdoar uns aos outros, 
ou viver em pureza e amor. A plenitude do Espírito Santo não é opcional, mas 
obrigatória para o cristão. 
Em segundo lugar, ele está na forma plural. O mesmo ocorre com o verbo 
anterior, "não vos embriagueis com vinho". Os dois imperativos de Efésios 5:18, 
tanto a proibição como a ordem, são escritos para toda a comunidade cristã. Eles têm 
aplicação universal. Nenhum de nós deve embriagar-se; todos devemos ser cheios do 
Espírito. Enfaticamente, a plenitude do Espírito Santo não é um privilégio reservado 
para alguns, mas uma obrigação de todos. Assim como a exigência de sobriedade e 
domínio próprio, a ordem de buscar a plenitude do Espírito é dirigida a todo o povo 
de Deus, sem exceção. 
Em terceiro lugar, o verbo está na voz passiva: "Sede enchidos". Uma outra 
tradução seria: "Deixai-vos encher pelo Espírito". Uma condição importante para 
gozar da sua plenitude é entregar-se a ele sem reservas. Mesmo assim, não devemos 
pensar que somos apenas agentes passivos ao recebermos a plenitude do Espírito, 
assim como quando alguém fica bêbado. Torna-se bêbado bebendo; ficamos cheios do 
Espírito também bebendo, como já vimos no estudo do ensino do nosso Senhor em 
João 7:37. 
Em quarto lugar, o verbo está no tempo presente. É bem sabido que, na língua 
grega, se o imperativo está no aoristo, ele se refere a uma ação única; se está no 
presente, a uma ação contínua. Assim, quando no casamento em Caná, Jesus disse: 
"Enchei d'água as talhas" (João 2:7), o imperativo aoristo mostra que ele queria que 
o fizessem somente uma vez. O imperativo presente "sede enchidos com o Espírito", 
 
3
 STTOT, John R. W. Batismo e Plenitude do Espírito Santo. São Paulo: Vida Nova, 1988. 
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por sua vez, não indica alguma experiência dramática ou determinante, que resolve 
o problema para o bem, porém uma apropriação continua. 
Isto é reforçado na Carta aos Efésios pelo contraste entre o "selo" e a 
"plenitude" do Espírito. Duas vezes o apóstolo escreve que seus leitores foram 
"selados" com o Espírito Santo (Ef. 1:13; 4:30). Os aoristos são idênticos e aplicam-se 
a todo crente arrependido. Deus o aceitou e colocou nele o selo do Espírito, 
autenticando-o, marcando-o e garantindo-o como Seu. Todos os crentes são "selados", 
mas nem todos permanecem "cheios", porque o selo foi colocado uma vez, no passado, 
enquanto a plenitude é (ou deveria ser) presente e contínua. 
Talvez aqui uma ilustração ajude a mostrar que a plenitude de Espírito não 
deve ser uma experiência estática, mas progressiva. Comparemos duas pessoas. 
Uma é um bebê, recém-nascido e pesando três quilos, que começou a respirar há 
pouco. A outra é um homem feito, com 1,80m de altura e 75 quilos de peso. Ambos 
são aptos e saudáveis; ambos estão respirando normalmente; pode-se dizer dos dois 
que estão “cheios” de ar. Então, qual é a diferença entre eles? A diferença está na 
capacidade dos seus pulmões. Ambos estão "cheios", porém uns estão mais cheios 
que os outros porque sua capacidade é muito maior. 
O mesmo vale para vida e crescimento espirituais. Quem pode negar que um 
bebê recém-nascido em Cristo está cheio do Espírito? O corpo de qualquer crente é o 
templo do Espírito Santo (1 Cor. 6:19); podemos dizer que o Espírito, ao entrar em 
seu templo, não o preenche? Um cristão maduro e piedoso, perseverando há muitos 
anos, também está cheio do Espírito. A diferença entre os dois está no que pode ser 
chamado de seus pulmões espirituais, ou seja, a medida da sua compreensão com fé 
do propósito que Deus tem para eles. 
Isto se torna evidente na primeira oração do apóstolo pelos cristãos de Éfeso. 
Ele diz: 
"Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito 
[ou, talvez, "Espírito"] de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 
iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu 
chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema 
grandeza do seu poder para com os que cremos ... "(Ef. 1:17-19). 
Esta passagem desenvolve os estágios do crescimento espiritual. Os que 
"crêem" experimentam a plenitude do poder de Deus. Porém primeiro precisamos 
"conhecer" sua grandeza, e para isso, carecemos que o Espírito Santo ilumine os 
olhos dos nossos corações. 
Portanto, a seqüência é esta: iluminação, conhecimento, fé, experiência. 
Conhecemos com a iluminação, e pela fé passamos a gozar o que conhecemos. Nossa 
experiência de fé, portanto, está amplamente condicionada pelo nosso conhecimento 
de coração. Além disto, quanto mais sabemos, maior se torna nossa capacidade 
espiritual, bem como nossa responsabilidade de exigir pela fé a nossa herança. Por 
isso, quando alguém acaba de nascer do Espírito, sua compreensão do plano de Deus 
para si geralmente é muito limitada, e sua experiência é proporcionalmente 
limitada. Todavia, à medida que o Espírito Santo ilumina os olhos do seu coração, 
diante dele abrem-se horizontes com os quais antes ele dificilmente sonhara. Ele 
começa a ver e compreender a esperança do chamamento de Deus, as riquezas da 
herança de Deus e a grandiosidade do poder de Deus. Ele é desafiado a abraçar pela 
fé a plenitude do propósito que Deus tem para ele. 
A tragédia é que, muitas vezes, nossa fé não acompanha o ritmo do nosso 
conhecimento. Nossos olhos são abertos para verem cada vez mais os aspectos 
maravilhosos do propósito que Deus tem conosco em Cristo, porém nos abstemos de 
tomar posse dele pela fé. Este é um dos meios de perdermos a plenitude do Espírito, 
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não necessariamente por desobediência, mas por fala de fé. Nossos pulmões se 
desenvolvem, mas não os usamos. Precisamos estar sempre nos arrependendo da 
nossa descrença e clamar a Deus para que ele aumente a nossa fé, de maneira que, à 
medida que nosso conhecimento cresce, nossa fé possa crescer com ele e possamos 
estar sempre tomando posse de maiores partes da grandeza do propósito e do poder 
de Deus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO IX - CONSERVANDO A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
A santificação é um processo que se inicia na vida do crente, quando este 
aceita Jesus Cristo como único e suficiente Salvador; prossegue à medida que 
progredimos na vida cristã e se completará quando formos para o céu, no que 
chamamos “glorificação”. Billy Graham diz: “todos os cristãos devem ser cheios do 
Espírito Santo. Qualquer coisa menos que isto é só parte do plano de Deus para sua 
vida”. Ser cheio do Espírito Santo significa ser controlado ou dominado pela 
presença e pelo poder do Espírito. 
 Se sinceramente desejamos ser cheios do Espírito Santo, precisamosconservar a plenitude do Espírito Santo. A vida cristã deve ser constante vigilância. 
Aquele que já experimentou o novo nascimento há de demonstrar qualidades 
inerentes da sua nova natureza: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura 
é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17)”. 
 Paulo escrevendo aos Efésios (6.10-17), fala claramente da luta do crente 
contra as potestades, contra os príncipes das trevas, contra as hostes espirituais da 
maldade. A realidade deve ser encarnada frontalmente. Hoje, muitos são os crentes 
que frequentemente estão a cair na vida espiritual, porque não se lembraram de 
orar e vigiar; outros são aqueles que se tornaram infrutíferos, porque não 
conservaram a plenitude o Espírito Santo; e muitos são aqueles que não produzem 
como poderiam produzir, porque não estão revestidos de toda armadura de Deus. 
 Devemos considerar, que como crentes não somos simplesmente oprimidos por 
agentes humanos, mas, com eles, somos também atacados por forças nocivas do mal. 
A nossa luta hoje é muito mais espiritual do que humana. O inimigo número um de 
crente é o Diabo, que procura neutralizar a nossa atuação neste mundo. 
 O Espírito Santo é uma pessoa que só quer nosso bem, que nos ama, e por isso 
se entristece com o nosso proceder irregular. Temos, pois, o grande dever de purificar 
a nossa vida de todas as impurezas e de eliminar dela tudo quanto pode causar 
tristeza ao Espírito Santo. Convém notar que o Espírito Santo não pode encher a 
nossa vida se ela já está cheia das coisas deste mundo. O nosso primeiro dever, 
então, é procurar, pela graça de Deus, desocupar o espaço da nossa vida para que 
haja mais lugar para o Espírito Santo (Gl. 5.16-25). Devemos lembrar aqui que 
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aquilo que entristece o Espírito Santo são os pecados realizados. É natural que as 
tentações venham, porém, quando resistimos às tentações, o Espírito se alegra. Só 
quando caímos nas tentações e damos lugar ao diabo, é que o Espírito Santo se 
entristece, porque, quando obedecemos às ordens do diabo, desobedecemos às suas 
“Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se se 
opõem um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl. 5.17). 
 Não devemos estar sempre a esperar uma êxtase ou outra manifestação 
visível, como ocorreu no dia de Pentecostes; porque o Espírito Santo nem sempre se 
manifesta por este meio. O principal para nós é entregarmo-nos voluntária e 
inteligentemente à sua direção. E quando assim acontece é claro que nossas vidas 
serão muito mais frutíferas e mais poderosas. Uma das maiores evidências da 
presença do Espírito Santo em nossa vida são os mesmos frutos do Espírito. 
Devemos ter para com o Espírito Santo a mesma atitude de João Batista em relação 
a Jesus: “A ele convém crescer, porém, a mim diminuir”. Que assim seja com cada 
um de nós. 
 “Mas o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé, 
mansidão, temperança” (Gl. 5.22). Meu irmão; acham-se estes frutos em sua vida? 
Se não, não está cheio do Espírito Santo. Procuremos obter esta experiência 
maravilhosa da graça divina. 
CAPÍTULO X - O FRUTO DO ESPÍRITO 
 
 
O fruto do Espírito é um dos temas mais profundos das escrituras. Primeiro, 
simplesmente pelo fato do escritor bíblico deixar claro que a espiritualidade cristã 
manifesta-se inicialmente no interior do discípulo e que num segundo momento 
exterioriza-se. "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, 
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." (Gl. 5:22, 23a) É 
desafiador e ao mesmo tempo inspirador. Vale observar também, alguns equívocos a 
respeito do tema que são frequentemente cometidos, por simples erros 
hermenêuticos e gramaticais, ou talvez por pura ignorância. Um deles é o costume 
popular de ensinar sobre “os frutos do Espírito”, como se eles se separassem e fossem 
distintos uns do outro. Por isso “o fruto” também é chamado de “fruto das graças 
cristãs”. Outro problema é uma questão teológica. Quando muitos dizem que 
evidencia do batismo com o Espírito Santo é o fruto. É sempre dificil fazer uma 
classificação dessas graças, tentarei ser o mais simples possivel, e usarei neste ponto 
como base o pensamento de John Stott: 
De forma simples analisarei aqui o fruto, como uma tríade: o relacionamento 
com Deus, o relacionamento com o próximo e o relacionamento conosco mesmo. 
 
 
A. Relacionamento com o Deus: 
 
O amor, a alegria e a paz são as características que devem ser mais marcante e 
permanentes na vida do cristão. Ele vive no amor, com alegria e faz tudo com paz. O 
Espírito Santo marca nossas vidas assim. 
 
B. Relacionamento com o próximo: 
 
A longanimidade é a paciencia que suporta a ira do outro, a insensatez, a 
ignorancia e mesmo assim recusa a se vingar. A benignidade é a continuação dessa 
paciencia que não deseja o mau e que agora quer o bem destes mesmo que me 
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desejaram o mau. A benignidade é a ternura de desejar o bem, que traduzidas pela 
bondade nos faz agir desta maneira em amor. É como se fossem três degraus em 
nossa vida. 
 
C. Relacionamento comigo mesmo 
 
A palavra fidelidade vem da mesma raiz de fé. Mas aqui, não tem a 
característica de confiar em Cristo, mas a transmissão de confiança, a 
confiabilidade. É alguém que cumpre o que fala, que termina o que começa. 
Mansidão, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, seu significado não é de 
fraqueza, de meiguice, de delicadeza, sutileza. E sim de força e atitude de manter a 
calma sem perder o dinamismo. E por fim o domínio próprio que nada mais é do que 
o senhorio sobre nós mesmos. Sobre os pensamentos, os desejos, as paixões, a língua, 
etc. 
Os dons são diferentes. Os chamados também. Porém o Espírito trabalha para 
produzir em todos nós o mesmo fruto. 
 
 
 
 
CAPÍTULO XI - OS DONS DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 A Bíblia diz que “os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). 
Deus dá e não toma. Dentre os bens concedidos à igreja para equipá-la, para cumprir 
o seu ministério, estão os dons espirituais. 
 
 A. SIGNIFICADO. 
 
 A expressão dons do Espírito, não deve ser confundida com dom do Espírito. 
Esta última tradução do grego dôron, significa o próprio Espírito Santo que nos é 
dado no momento da conversão ao Senhor Jesus Cristo. Os dons, do grego 
charismata, significam a capacitação do povo de Deus, através do Espírito do 
Senhor, para a obra do ministério. Enquanto o dom nos coloca numa posição de 
filhos de Deus, salvos e selados para sempre, os dons nos colocam numa posição 
funcional dentro do corpo de Cristo, para servi-lo. 
 A palavra charismata aparece dezessete vezes no Novo Testamento e se 
relaciona com o verbo charizomai, que significa “dou como um favor, de graça”. A 
palavra graça está presente no radical do termo dons. Graça é cháris. Então os dons 
são manifestações da graça de Deus através de nós. Quando recebemos um dom 
espiritual, significa que através de nós Deus está manifestando sua graça. 
Recebemos de graça e de graça devemos dar. Os dons de Deus são gratuitos. Não são 
merecimentos de nossa parte, nem revelam a capacidade que temos por nós mesmos. 
É um ato de Deus, assim como a salvação o é. Os dons são capacitações específicas 
que o crente recebe para promover e edificar o corpo de Cristo (Rm. 12. 3-8; 1 Co 
12.12-14; Ef. 4.7; 1 Pe 4.10,11). 
 
 B. IDENTIFICAÇÃO. 
 
 Para identificamos os dons espirituais, nós os dividimos em três grupos: 
 
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 1 - Dons espirituais (1 Co 12). 
 2 - Dons diversos do corpo (Rm 12.6-8). 
 3 - Dons ministeriais, ou Ministérios (Ef. 4.11). 
 
 
 Embora os dons deRm 12 sejam CHARISMATA (dons espirituais) não podem 
ser classificados como os de 1 Co 12.9,10 PNEUMATIKA, porque se misturam os 
dons espirituais com os dons ministeriais. Os de Ef. 4.11 não são caracterizados 
como CARIAMATA, mas são chamados de dons (DOMATA, no grego). 
 
 
 C. CLASSIFICAÇÃO DOS DONS. 
 
1) Dons de Revelação. 
São dons que revelam a sabedoria e o conhecimento de Deus. Através deles é 
trazido pelo Espírito ao conhecimento da pessoa que tem a revelação, algo de 
maneira sobrenatural. 
 Estes dons às vezes são interligados e um depende do outro. São três os dons 
de revelação: 
 a) - Palavra do Conhecimento - É o dom espiritual pelo qual o Espírito faz 
conhecido algo até então desconhecido: fatos, eventos, coisas, pensamentos, atitude e 
intenções do coração. É geralmente conhecido como “dom de revelação”. 
 b) - Palavra de Sabedoria - É o dom pelo qual é dado ao crente, em 
determinado momento, uma palavra que, no momento em que é dada, é a única 
maneira a seguir para se obter êxito. 
 c) - Discernimentos de espíritos - Existem três espécies de espíritos 
operando no mundo: O de Deus, o do homem e o do Diabo. Pelo discernimento de 
espíritos, é revelado ao crente que espírito está operando. 
 
2) Dons de Poder. 
 
São dons que manifestam o poder de Deus e a capacidade do crente para agir 
sobrenaturalmente: 
 
a) - Fé - Trata-se de uma fé que nos capacita a grandes realizações. 
 
 b) - Operação de Milagres Ou maravilhas - É o dom que concede 
capacidade para agir sobrenaturalmente, realizando grandes obras de fé. 
 
 c) - Dons de Curar - Como o nome já diz, esse dom opera para os diversos 
tipos de cura de que as pessoas necessitam. Vejam que está no plural. 
 
3) Dons de Expressão Verbal. 
 
São dons que se expressam verbalmente. Cito: 
 
a) - Profecia - É uma mensagem dada por inspiração de Deus através do 
Espírito Santo ao crente. 
 
b) - Variedade de Línguas - É o falar em línguas desconhecidas de quem 
fala, e que não as entende. 
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c) - Interpretação de línguas ou Capacidade para Interpretar - É 
capacitação dada pelo Espírito para que uma pessoa possa interpretar a língua 
desconhecida que ela mesma ou outra pessoa falou de modo que se possa 
compreender. 
 
 Os dons são boas dádivas de Deus (Tg. 1.17). Mas não santificam o seu 
possuidor. Não tornam o crente perfeito. A igreja de Corinto é um exemplo: cheia de 
dons e de indisciplina. Não tornam o crente que os tem superior a outros. Também 
os dons não são para nos tornar autoridade (ou autoritário) sobre os outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 Concluímos que o Espírito Santo, aquele que é o Consolador, o qual Jesus 
prometeu que enviaria após sua ascensão, Ele é uma pessoa. E como vimos no 
decorrer desta apostilha, que um dos ensinos extraordinários da Bíblia é o que nosso 
Deus é uma pessoa. Isso significa dizer que Deus é um espírito pessoal, com vontade, 
ação, desejo; alguém que tem sentimentos. Os atributos pessoais são elevados à 
máxima potência de sua qualidade quando referem a Deus. 
 O mesmo se diz do Espírito Santo. Ele não é uma “coisa” e não podemos nos 
referir como “isto”. Ele não é um fluído de poder impessoal dentro de nós. Ele é uma 
pessoa, e isso determina o caráter de sua ação e a natureza de vida cristã. 
 Não existe crente sem dom espiritual. Todos nós somos capacitados pelo 
Espírito Santo, a fim de que sirvamos à igreja do Senhor para a sua edificação. 
Devemos descobrir o dom que o Espírito nos tem dado para que sejamos úteis no 
Reino de Deus, e que de nós o Senhor possa abençoar os outros. Deixemos que o 
Espírito Santo nos use e nos capacite cada vez mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
CARNEIRO, Alberto C. Maciel. – Monografia de conclusão da disciplina de 
Pneumatologia ao SETEBAN em 1998. (A base desta apostila foi este trabalho). 
 
SILVA, Éder José de Melo. O Espírito Santo e a missão da Igreja. Londrina: 
Descoberta, 2002. 
 
HARBIN, Chrístopher B. Pneumatologia. Seminário Teológico Batista Rio grande do 
Sul. 
 
STTOT, John R. W. Batismo e Plenitude do Espírito Santo. São Paulo: Vida 
Nova, 1988. 
 
PEREIRA, Hebert A. Seminário Teológico. Teologia Sistemática. Parte III 
(Pneumatologia) – Apostila04. 
 
THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática. São Paulo: 
EIBR, 2000. 
 
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001. 
 
HODGE, A. A. Esboços de Teologia. São Paulo: PES, 2001. 
 
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar. São Paulo: EBR, 2001.

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