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ESPÍRITO SANTO E VOCÊ - EDITORA CRISTÃ EVANGÉLICA - SÉRIE DOUTRINAS 8 - ADULTOS

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1.
2.
3.
Tentar escrever dezessete lições sobre um assunto tão vasto, como é o Espírito, é
tentar “pôr o oceano em um balde” (para tomar emprestada a expressão de Billy
Graham). O assunto é vasto e a nossa mente é pequena. Os escritores reconhecem
as limitações do seu trabalho, mas creem que Deus vai usá-los para levar as muitas
igrejas de uma diversidade de denominações, que usam este material didático, a
fazer um estudo sistemático dessa preciosa doutrina.
É triste como a discussão da doutrina do Espírito Santo tem dividido o povo de
Deus. É nossa convicção que tal não deve acontecer, porque o Espírito, que é um,
não deseja isso. Reconhecemos que há pontos divergentes no meio evangélico. O
objetivo dos escritores destas lições é apresentar o ensino bíblico sem entrar em
assuntos polêmicos. Todos eles subscrevem este artigo sobre o Espírito Santo, da
nossa Con�ssão de Fé:
Cremos em Deus Espírito Santo, da mesma essência do Pai e do Filho,
regenerador, santi�cador, consolador da nossa vida, o Qual habita no crente
desde o momento de sua conversão a Jesus Cristo.
Cremos no batismo com o Espírito Santo efetuado no momento da
conversão a Jesus Cristo, pelo qual o crente é introduzido no corpo de
Cristo, a igreja.
Cremos nos dons espirituais concedidos por Cristo, por intermédio do
Espírito Santo, a todo crente, para edi�cação, aperfeiçoamento e unidade do
corpo de Cristo.
Como o estudo da doutrina do Espírito Santo é de suma importância! Todos nós
precisamos da Sua presença e do Seu poder, e, sem Ele, é totalmente impossível
viver a vida cristã e servir a Deus. O Espírito Santo de Deus, o Doador da vida,
que pairava sobre as águas, na criação, que falou na história pelos profetas e foi
derramado sobre os discípulos de Jesus Cristo, no Dia de Pentecostes, está em nós
hoje – o poder – a dinamite de Deus prometida por Jesus em Atos 1.8. Será que,
na prática, temos demonstrado esse poder?
Que estas lições não sejam puramente teóricas, mas que experimentemos, como
nunca antes, o poder transformador do Espírito em nossa vida e em nossas igrejas!
John D. Barne�
Bibliogra�a
Recomendamos os seguintes livros:
O poder do Espírito Santo. Billy Graham, Edições Vida Nova.
Batismo e Plenitude do Espírito Santo. John Sto�, Edições Vida Nova.
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15
16
17
– Sumário –
Quem é o Espírito Santo?
Os símbolos do Espírito Santo
O Espírito Santo e as Escrituras
Da criação até o nascimento de Jesus
Do nascimento de Jesus até Pentecostes
Depois de Pentecostes
O Espírito Santo na vida do crente
O batismo com o Espírito Santo
A luta interior do crente
Pecados contra o Espírito Santo
O fruto do Espírito
Princípios e objetivos dos dons
Os dons de ministério
Outros dons de serviço
Os dons de sinais
Como reconhecer o seu dom
Como ficar cheio do Espírito Santo
N
1
Quem é o Espírito Santo?
Pr. José Humberto de Oliveira
texto básico João 14.16-17
texto devocional João 16.7-14
versículo-chave João 14.16
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco”
alvo da lição
Apresentar o Espírito Santo, não como uma doutrina, mas como Ele realmente é:
uma Pessoa, a terceira Pessoa da Trindade. O Espírito Santo é Deus, assim como o
Pai e o Filho. A compreensão correta dEle é o melhor caminho para o
relacionamento correto com o Consolador.
leia a Bíblia diariamente
seg Mt 3.13-17
ter Jo 14.1-15
qua Jo 14.16-31
qui Jo 15.1-11
sex Jo 15.12-27
sáb Jo 16.1-24
dom Jo 16.25-33
inguém precisa ter medo do Espírito Santo. Porque para sua vida
espiritual poder “funcionar”, você depende da ação do Espírito Santo
em sua vida. O trabalho que temos a realizar no reino de Deus só será possível
mediante a capacitação do Espírito Santo. Aliás, não existe vida cristã sem o
I.
1.
Espírito Santo, pois ela começa com o novo nascimento e ninguém nasce de novo
a não ser através do Espírito ( Jo 3.5). Neste quadrimestre vamos estudar um
assunto vasto e, às vezes, polêmico. Procuraremos não entrar em áreas nas quais há
divergências denominacionais. É bom ler aquilo que Billy Graham diz sobre este
assunto: “Uma velha lenda indígena conta de um índio que desceu das montanhas
e pela primeira vez viu o oceano. Maravilhado com o que via, ele pediu um balde.
Depois entrou um pouco mar adentro e encheu o balde. Quando lhe perguntaram
o que estava fazendo, ele respondeu: ‘Lá nas montanhas, meu povo nunca viu as
Grandes Águas. Vou levar este balde cheio para eles, para que possam ver com que
elas se parecem’. Tentar escrever um livro sobre um assunto tão vasto como é o
Espírito Santo é como tentar pôr o oceano em um balde. O assunto não tem
limites – e as nossas mentes são tão limitadas.”
Sendo assim, a série de lições que vamos estudar é de suma importância para a
vida e o trabalho cristãos. Mas, infelizmente, alguns têm medo do Espírito Santo,
como se Ele fosse um Ser completamente diferente de tudo que Deus é. Grande
engano!
Muitos acham que a ação do Espírito Santo na vida é só uma “experiência”, como
lembrou Tony Evans em seu livro sobre o Espírito Santo (A Promessa, Editora
Abba Press, 2001). Muitos fazem mau uso dos dons e acham que desordem e falta
de edi�cação mútua são as principais características das manifestações dos dons
espirituais num culto público. Outro engano! Não precisa temer o Espírito Santo,
basta seguir bem de perto as orientações das Escrituras que você terá um novo e
verdadeiro caminhar com a terceira Pessoa da Trindade, que é um só com o Pai e
com o Filho.
Outro consolador
Um versículo do evangelho de João é fundamental para respondermos à pergunta:
quem é o Espírito Santo? Observe comigo João 14.16: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos
dará outro Consolador, a �m de que esteja para sempre convosco.”
A palavra “outro”
2.
II.
Existem duas palavras gregas para outro. A primeira é heteros, que é traduzida por
“diferente” de onde vêm os termos heterodoxo, heterogêneo, heteronomia, etc. A
segunda palavra grega para outro é allos, que é outro do mesmo tipo, espécie,
natureza. Por exemplo, na parábola do semeador, Jesus disse que uma semente
caiu à beira do caminho, outra caiu em solo rochoso, outra caiu entre os espinhos
e outra caiu em boa terra (Mt 13.4-8). As palavras gregas para outra nestes
versículos são a tradução de allos. Isto é, os lugares são diferentes, mas a semente é
a mesma, que, no caso, é a mesma palavra de Deus (cf. Lc 8.11).
A palavra outro em João 14.16 é allos. E teria que ser. Porque se o Espírito Santo é
enviado por Jesus para falar o que tiver ouvido da parte do Senhor, glori�car o
Senhor e receber o que vem do Senhor ( Jo 16.13-14), então Ele tem que,
necessária e obrigatoriamente, ser igual ao Senhor Jesus. É como se João estivesse
dizendo que o Espírito Santo é um outro que é igual. Ele é outro no sentido de ser
outra Pessoa, como veremos ainda nesta lição, ou seja, Ele não é o Filho nem o
Pai, mas é Deus.
A palavra “Consolador”
“Consolador” é tradução de parakletos, termo grego que ocorre cinco vezes no
Novo Testamento, usado somente nos escritos de João ( Jo 14.16,26; 15.26; 16.7;
1Jo 2.1) “Advogado” – aquele chamado ao lado de alguém para ajudar.
Uma pessoa
Sobre o Espírito Santo, Jesus também a�rmou: “Mas eu vos digo a verdade: convém-
vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém,
eu for, eu vo-lo enviarei” ( Jo 16.7). Pense comigo: quando Jesus estava com os
discípulos, a Sua presença fazia toda a diferença. Se eles tinham algum problema,
era só recorrer ao Mestre e tudo estava resolvido (cf. Mt 8.23-27; 14.25-33; 17.14-
18). Se tinham alguma dúvida, era só perguntar ao Mestre, e a resposta chegava
imediatamente (Mt 11.2-6; 13.10-17; 17.19-21; Jo 9.1-5; 14.5-6). Mas depois, o
Mestre não estava mais entre eles. Que fazer? O Senhor disse que não os deixaria
órfãos, mas voltaria para eles ( Jo 14.18). E como Jesus voltou para os discípulos?
A resposta é: na pessoa do Espírito Santo.
1.
2.
3.
4.
5.
Portanto, se o EspíritoSanto está no mundo para “ocupar o lugar de Jesus”, então
Ele não pode ser diferente do próprio Jesus. Já imaginou que decepção seria para
os discípulos se o “outro Consolador” fosse diferente do primeiro Consolador?
Não é trágico quando o sucessor não preenche, nem de longe, o espaço do
antecessor? Deus não faria isso, jamais. Ele não enviaria alguém que não fosse uma
Pessoa como Jesus o fora. Por isso, o Espírito Santo não é uma doutrina, é uma
Pessoa. Veja alguns textos que caracterizam o Espírito Santo como uma Pessoa.
Ele fala
“E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo” (At 13.2).
Ele intercede
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa �aqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com
gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).
Ele testifica
“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da
verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” ( Jo 15.26).
Ele guia
“Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o” (At 8.29).
Ele pode entristecer-se
“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”
(Ef 4.30).
Embora haja outros textos que falam de outras facetas da personalidade do
Espírito Santo, estes são su�cientes para comprovar que Ele não é uma força, uma
energia. Ele é uma Pessoa assim como o Pai e o Filho.
III.
1.
2.
a.
b.
A terceira Pessoa da Trindade
“Há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.”
(1João 5.7)
O nome da terceira Pessoa da Trindade
O nome da terceira Pessoa da Trindade é Espírito Santo. Quando João 4.24 nos
diz que “Deus é Espírito”, não está se referindo ao Espírito Santo, mas sim, à
natureza espiritual de Deus. O termo “Espírito” no hebraico é ruah, e no grego,
pneuma. Ambos são derivados de raízes cujo signi�cado é “respirar”. É daqui que
também se traduz “fôlego” (Gn 2.7; 6.17; Ez 37.5-6), ou “vento” (Gn 8.1; 1Rs
19.11; Jo 3.8). O Antigo Testamento, geralmente, usa o termo “espírito” sem
mencionar nenhuma qualidade, ou fala do “Espírito de Deus” ou do “Espírito do
Senhor”. O termo “Santo Espírito” aparece unicamente no Salmo 51.11; Isaías
63.10-11, enquanto no Novo Testamento, essa expressão se torna em designação
muito comum para a terceira pessoa da Trindade. Só no livro de Atos ocorre cerca
de 50 vezes. É um fato surpreendente que, enquanto o Antigo Testamento
repetidamente chama a Deus “o Santo de Israel” (Sl 71.22; 89.18; Is 10.20; 41.14;
43.3; 48.17), o Novo Testamento raras vezes aplica o adjetivo “Santo” a Deus em
geral, mas, usa-o muito para caracterizar o Espírito em Sua obra santi�cadora, na
qual Deus Se revelou como o Santo. O Espírito Santo é o que faz Sua morada no
coração dos crentes, e que os separa para Deus, e que os limpa do pecado.
Provas da divindade do Espírito Santo nos
atributos divinos
Eternidade – “Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu” (Hb
9.14).
Onipotência – “Por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo” (Rm
15.19).
c.
d.
e.
f.
3.
a.
b.
c.
d.
e.
f.
g.
Onisciência – “porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as
profundezas de Deus” (1Co 2.10).
Onipresença – “Para onde me ausentarei do teu Espírito?” (Sl 139.7).
Santidade – O Espírito já é chamado “Santo”.
Imutabilidade – “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo” (1Co
12.4).
Provas da divindade do Espírito Santo nas obras
divinas
A criação – “O Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1.2).
A criação do homem – “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me
dá vida” ( Jó 33.4).
A morte de Cristo – “Cristo se ofereceu pelo Espírito eterno” (Hb 9.14).
A ressurreição de Cristo – “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a
Jesus dentre os mortos”(Rm 8.11).
A inspiração das Escrituras – “Porque nunca jamais qualquer prfecia foi dada por
vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus,
movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).
A autoridade do ministro de Deus – “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o
qual o Espírito Santo vos constituiu bispos” (At 20.28).
A habitação da Trindade no crente – “Acaso não sabeis que o vosso corpo é
santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus?”
(1Co 6.19).
Olhemos para uma “curiosidade” bíblica: Isaías atribui a saudação de Isaías 6.3 a
Deus; João usa o mesmo evento e a�rma que o profeta viu a glória do Cristo pré-
encarnado ( Jo 12.41); Paulo usa o mesmo evento e assevera em Atos 28.25 que as
palavras foram proferidas pelo Espírito Santo.
A palavra “Trindade” não somente indica a quantidade de três, mas também
implica a Unidade dos Três. Então, quando nos referimos à Trindade de Deus,
estamos falando de uma Trindade na Unidade e de uma Unidade que é Trina.
Finalmente, é preciso lembrar que na Trindade não há graus de divindade e, sim,
distinção de funções.
Conclusão
Quero terminar com uma citação do coreano Paul Yonggi Cho. “Com o passar do
tempo, compreendi melhor do que nunca o ministério do Espírito Santo. Ele é um
amigo �el que veio para fazer tudo quanto a Palavra declara que Ele faria. Pedi-Lhe
que fosse meu companheiro em tudo quanto se relacionasse com a minha vida e
com a obra de Deus. A partir daí, todas as manhãs, quando acordo, digo: ‘Bom dia,
Espírito Santo. Trabalhemos juntos hoje e eu serei Teu vaso’. Todas as noites, antes
de deitar-me, digo: ‘Foi um dia maravilhoso de trabalho contigo, Espírito Santo.
Cobre minha família e a mim com a Tua divina proteção enquanto descansamos
durante a noite’”.
Talvez você não concorde que um homem se levante e possa dar bom-dia ao
Espírito Santo. Tudo bem… Mas não precisa ir para o outro extremo e tratá-Lo
simplesmente como uma doutrina bíblica. Pois Ele não é. Ele é uma Pessoa. Ele é
Deus!
O
2
Os símbolos do Espírito Santo
Pr. John D. Barnett
texto básico Ezequiel 37.1-14
texto devocional João 16.1-11
versículo-chave 2Coríntios 1.22
“Deus… nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”
alvo da lição
Aprender os vários símbolos usados, na Bíblia, para descrever o Espírito Santo.
leia a Bíblia diariamente
seg Ez 37.7-14,
ter Lc 3.21-22
qua Zc 4.2-6
qui Lc 3.15-17
sex Jo 3.37-39
sáb Ef 1.1-14
dom At 1.6-9
Espírito Santo de Deus, o Senhor, o Doador da vida, que pairava sobre
as águas na criação e falava na História através dos profetas, foi
derramado sobre os discípulos de Cristo no dia de Pentecostes para cumprir o Seu
novo papel como Parakleto.
Parakleto signi�ca basicamente um advogado que aceita nossa causa, ou um aliado
que luta ao nosso lado; alguém que fortalece e encoraja. Jesus, o Parakleto original,
I.
1.
continua Seu ministério até hoje através da obra do segundo Parakleto.
Como “Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo e o será para sempre”, assim também o
Espírito Santo. E desde Pentecostes o Espírito continua fazendo o que Jesus
prometeu fazer. Ainda bem! Se o Espírito tivesse cessado de fazer essas coisas, a
igreja teria acabado muito tempo atrás. A vida do crente em todos os seus aspectos
– intelectual e ético, devocional e relacional, despertada para adoração e
comissionada para testemunho – é sobrenatural. Somente o Espírito pode iniciar e
sustentá-la. Graças a Deus, a igreja continua a viver e crescer, porque o ministério
do Espírito não tem falhado e nunca vai falhar.
As Escrituras usam vários símbolos para representar o Espírito e nos ajudar a
compreender melhor Sua Pessoa e Sua obra. Alguns exemplos: o vento, a pomba,
o óleo, o fogo, as águas vivas,o selo
O vento ou a respiração
O uso do símbolo do vento
Em muitas línguas, a palavra para espírito, respiração e vento é a mesma. Na língua
hebraica em que foi escrito o Antigo Testamento, há duas palavras para respiração
– nephesh que signi�ca “respiração lenta”; e ruah que signi�ca “respiração
profunda” e que dá a ideia de violência ou poder. Essa última é usada em Êxodo
10.19 –“O Senhor fez soprar fortíssimo vento”. Nota-se, então, que a característica
da palavra ruah é poder. E essa é a palavra usada no Antigo Testamento para o
Espírito. O Espírito do Senhor age com o poder de um vento forte – o homem não
O pode resistir.
Ezequiel profetiza e diz: “Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra sobre estes
mortos, para que vivam” (Ez 37.9). Jesus, falando da obra regeneradora do Espírito,
diz: ”O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para
onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” ( Jo 3.8). Depois, quando Jesus
enviou Seus discípulos para a obra, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o
Espírito Santo” ( Jo 20.22). Quando o Espírito desceu no dia de Pentecostes, foi
2.
a.
b.
II.
1.
acompanhado pelo “som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde
estavam assentados” (At 2.2).
O significado do símbolo do vento
O Espírito é soberano, invisível e inescrutável – Tal como o vento atua
imprevisivelmente e invisivelmente, mas é percebido em seus efeitos, assim
também o Espírito opera e controla a vida dos �lhos de Deus (Rm 8.14).
O Espírito é uma força vivi�cadora – Quando Ezequiel teve a visão do vale dos
ossos secos, ele assistiu o poder vivi�cador de Deus, que transformou os
ossos secos em seres vivos (Ez 37.8-10). Veja também Apocalipse 11.11.
aplicação
Você tem experimentado esse poder em sua vida?
A pomba
O uso do símbolo da pomba
Quando Jesus estava sendo batizado por João Batista, “o Espírito Santo desceu sobre
ele em forma corpórea como pomba” (Lc 3.22). Desde então, a pomba se tornou o
símbolo universal do Espírito.
Algumas pessoas acham que a pomba solta três vezes por Noé da arca é também
um símbolo do Espírito (Gn 8.8-12). Antônio Almeida, renomado pastor
presbiteriano, cita Gaebalein, que acha “na tríplice saída da pomba a tríplice
missão do Espírito na terra, representando a primeira a sua atuação no Antigo
Testamento, quando Ele aqui não habitou; a segunda, seu atual testemunho de
que o juízo divino, para o crente, já passou; a terceira, seu derramamento futuro
sobre toda a carne”.
2.
a.
b.
III.
1.
2.
a.
O significado do símbolo da pomba
Representa amor, graça e pureza – Salmo 68.13 refere-se ao brilho de suas
asas, quando se levantam a voar; Cantares 1.15, aos seus belos olhos; Isaías
38.14, à sua voz gemente; e Cantares 2.14; 5.12; 6.9, às suas disposições
graciosas e gentis.
Representa simplicidade e inocência – Na literatura judaica, Israel é
representado como pomba (devido à sua simplicidade) entre os gentios que
aparecem como serpentes (devido à sua sagacidade em praticar o mal). Veja
Oseias 7.11 e Mateus 10.16
aplicação
Como crente, cheio do Espírito, você demonstra as mesmas características de amor,
graça e pureza?
O óleo ou o azeite?
O uso do símbolo do óleo
O Novo Testamento se refere constantemente à unção do Espírito. Jesus atribuiu a
Si mesmo a palavra de Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim pelo que me
ungiu…” (Lc 4.18). O próprio termo Messias quer dizer ungido (At 10.38).
No Antigo Testamento, o óleo foi usado para ungir sacerdotes, profetas e reis.
Também o azeite puro foi usado para manter a luz acesa continuamente no
templo, onde Deus era adorado e a pessoa e obra de Cristo simbolizadas (Êx
27.20-21).
O significado do símbolo do óleo
O Espírito unge com poder para o serviço do Senhor – Quando Samuel ungiu
Davi, lemos que “o Espírito do Senhor se apossou de Davi” (1Sm 16.13) e ele
b.
c.
d.
IV.
1.
2.
a.
foi capacitado para exercer sua função como rei. Assim o Espírito dá a
preparação indispensável para a obra do Senhor. Foi isso que aconteceu com
Jesus – “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder” (At
10.38).
O Espírito ilumina e glori�ca a Cristo – O óleo que as virgens colocaram nas
suas lâmpadas representava o Espírito sem o Qual ninguém pertence a
Cristo
(Mt 25.4; Rm 8.9). É o Espírito que ilumina o nosso coração.
O Espírito é a fonte e renovação constante da luz do óleo divino – Zacarias teve a
visão do candelabro e do vaso de azeite e, no �m, vieram estas palavras do
Senhor: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.2-6).
A unção do Espírito traz alegria – “Por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo
de alegria” (Hb 1.9).
aplicação
Tem sentido essa unção do Espírito no seu serviço para o Senhor?
O fogo
O uso do símbolo do fogo
No dia de Pentecostes, línguas como de fogo pousaram sobre cada um dos
discípulos, e todos �caram cheios do Espírito (At 2.3-4). João Batista, falando de
Jesus, disse: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Lc 3.16-17).
O significado do símbolo do fogo
O fogo do Espírito puri�ca – O Espírito convence do pecado e do juízo, e
queima tudo dentro de nós que não está em conformidade com a vontade de
Deus.
b.
V.
1.
2.
VI.
1.
2.
a.
O fogo do Espírito julga – Em Lucas 3.17, notamos que “a sua pá, ele a tem na
mão, para limpar completamente a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro;
porém queimará a palha em fogo inextinguível”. Veja também as palavras de
Paulo: “Qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará… se a obra de
alguém se queimar, so�erá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como
que através do fogo”. Por isso “não apagueis o Espírito”.
As águas vivas
O uso do símbolo das águas vivas
Jesus usou este símbolo quando disse “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do
seu interior �uirão rios de água viva”. E João acrescenta “isto ele disse com respeito ao
Espírito que haviam de receber os que nele cressem” ( Jo 7.37-39). Jesus fez a mesma
referência à mulher samaritana ( Jo 4.14). Isaías também disse: “Derramarei água
sobre o sedento… derramarei o meu Espírito…“ (Is 44.3).
O significado do símbolo das águas vivas
O Espírito refresca e satisfaz o sedento – O Espírito produz vida onde antes havia
terra seca. É o mesmo Espírito que produz uma vida frutífera e derrama bênçãos
sem medida sobre nós.
O selo
O uso do símbolo do selo
Quando cremos, somos selados com o Santo Espírito para o dia da redenção
(Ef 1.13; 4.30; 2Co 1.22).
O significado do símbolo do selo
O selo com o Espírito fala de propriedade O gado, e até mesmo os escravos, são
marcados com um selo pelos seus donos, a �m de indicar a quem pertencem.
b.
Deus colocou o Seu Espírito dentro do Seu povo a �m de marcá-lo como
Sua propriedade exclusiva.
O selo com o Espírito fala de segurança A Bíblia tem várias ilustrações deste uso.
Quando o rei Dario selou a entrada da cova dos leões, Daniel não tinha
condições de sair (Dn 6.17). No tempo em que Ester era rainha, o rei usava
seu anel para selar suas cartas e documentos. Uma vez feito isso, ninguém
podia alterar o conteúdo. Pilatos fez a mesma coisa quando disse aos
sacerdotes e fariseus que o procuraram: “Aí tendes uma escolta; ide e guardai o
sepulcro como bem vos vem parecer” (Mt 27.65). E eles selaram a pedra do
túmulo.
aplicação
Que coisa maravilhosa! Quando somos selados com o Espírito, somos separados
para Deus e recebemos uma marca que nos identifica como a propriedade exclusiva
de Deus e por isso estamos seguros em Cristo. Aleluia!
Conclusão
Os símbolos nos ajudam a entender melhor quem é o Espírito Santo e como Ele
age na igreja e na vida do crente. Todavia, precisamos lembrar que o propósito de
um símbolo é apenas representar, num determinado contexto, algo que pode ser
bem maior que esse símbolo. Quando dizemos que o pão é o símbolo do corpo de
Cristo, sabemos que o pão não é igual a esse corpo, ele apenas o representa. O
Espírito Santo é Deus, e, portanto, nenhum símbolo é capaz de representá-lo em
toda a Sua plenitude.
“D
3.
O Espírito Santo
e as Escrituras
Pr. José Humberto de Oliveira
texto básico 2Timóteo 3.16-17
texto devocional 2Pedro 1.16-21
versículo-chave 2Pedro 1.21
“Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto,
homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”
alvo da lição
Perceber como o Espírito Santo está diretamenteenvolvido no processo de
inspiração e iluminação das Escrituras.
leia a Bíblia diariamente
seg 1Tm 1.1-20
ter 1Tm 2.1-15
qua 1Tm 3.1-16
qui 1Tm 4.1-16
sex 2Tm 3.1-17
sáb 2Tm 4.1-5
dom Sl 19.7-14
escobertas recentes da arqueologia indicam que a maior parte das
escrituras sagradas não passa de lenda.” Não se assuste! Essa frase
estava na capa da revista Superinteressante (Editora Abril, edição 178,
Julho/2002), cujo título principal era: “BÍBLIA – o que é verdade e o que é lenda”.
I.
1.
Mas isto só con�rma o que James Orr, um ilustre mestre da Bíblia, sabiamente
predisse: “a batalha teológica do novo século teria de ser travada à volta da
fortaleza do mérito e da autoridade das Sagradas Escrituras”.
Por estas e outras é que uma lição sobre a inspiração, a iluminação, a unidade, a
autoridade e a atualidade das Escrituras se torna necessária dentro desta série de
lições sobre o Espírito Santo.
O Espírito Santo e a inspiração
“Para mim sempre foi claro que não podemos ter ideias inspiradas sem palavras
inspiradas.”
Billy Graham
Inspiração e palavras
Algumas pessoas a�rmam que algumas partes da Bíblia são inspiradas, mas outras
partes não são. E quem decide que partes são inspiradas e que partes não são?
Muitos livros negam o relato bíblico acerca da ressurreição de Jesus Cristo, mas
mesmo assim a�rmam que Jesus Cristo é Salvador. Isso é algo ilógico! Não faz
sentido! Como um salvador não ressurrecto, um salvador morto, pode dar vida
eterna a alguém, se não conseguiu dar vida a si mesmo?
Alguns dizem que a Bíblia é inspirada, mas suas palavras não são. Isso também é
algo que não faz sentido. Por exemplo, tenho pensamentos para comunicar a
vocês. Como é que comunico esses meus pensamentos? Resposta: através de
palavras, das palavras que estou usando para escrever esta lição. E se comunico
usando uma palavra, digo uma coisa, se uso outra palavra, comunico outra coisa
totalmente diferente! Outros dizem: “Eu creio que as palavras são inspiradas, mas
nem todas as palavras”. Como é que alguém consegue fazer diferença entre uma e
outra? Não creio que se consiga tal feito.
Veja estes exemplos de palavras literais dentro das Escrituras.
a.
b.
2.
As medidas da Arca de Noé – Gênesis 6.14-16 nos dá as medidas da Arca (que a
NVI transformou em metros e centímetros), medidas que foram ditadas
pelo próprio Deus. Um experimento feito por um grupo de cientistas
comprovou que, após colocar em um grande tanque de água uma réplica em
miniatura da Arca (guardadas as devidas proporções) chegou-se à conclusão
de que, se a Arca não fosse exatamente do tamanho que a Bíblia a�rma que
tinha, ela teria virado. Conclusão: Deus não errou nas medidas.
O estáter na boca do peixe – Mateus 17.24-27 nos informa que em Cafarnaum
alguém se aproximou de Pedro e perguntou: “Não paga o vosso Mestre as duas
dracmas?” (v.24). Resumindo, Jesus disse a Pedro: “vai ao mar, lança o anzol, e
o primeiro peixe que �sgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter.
Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti” (v.27). Esse imposto era cobrado, a
cada ano, para o templo, e cada pessoa tinha que pagar duas dracmas. Um
estáter correspondia a quatro dracmas. Conclusão: Jesus estava certo quanto
ao peixe e quanto ao valor que estava na boca do peixe, que era su�ciente
para pagar o imposto Dele e o de Pedro.
Certamente há muitos outros exemplos dentro das Escrituras, para não mencionar
todos os detalhes que o Senhor Deus deu a Moisés para a construção do
tabernáculo. Portanto, Deus Se preocupa com as “palavras” da Escritura.
Observe esta função pedagógica do Espírito Santo:
João 16.13 – “… O Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade.”
João 14.26 – “… o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”
Será que o Novo Testamento não é o exato resultado de tudo o que o Senhor Jesus
Cristo ensinou aos apóstolos? Claro que sim. Porque os escritores do Novo
Testamento só puderam registrar o texto sagrado devido à ação e obra do Espírito
Santo, como vemos nos versículos acima.
Inspiração e duas passagens importantes
II.
a. 2Timóteo 3.16. O que você entende quando Paulo a�rma que “toda a
Escritura é inspirada por Deus”? Literalmente, “soprada por Deus”. Essa
expressão aparece somente aqui em toda a Bíblia. Pense comigo: a Bíblia
a�rma que Deus é luz
(1Jo 1.5), Deus é verdade (Rm 3.4). Então, se alguém que é em Si mesmo
verdade sopra palavras, que tipo de palavras serão? Cremos que a resposta foi
dada pelo próprio Jesus em João 17.17.
b. 2Pedro 1.20. O apóstolo Pedro disse que “nenhuma profecia da Escritura
provém de particular elucidação” (2Pe 1.20). O substantivo “elucidação” (que
ocorre somente aqui no NT) signi�ca “explicação” e “decisão”. A NVI
traduziu-o por “interpretação”. O apóstolo continua dizendo “porque nunca
jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos
falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21). O verbo
grego para “movidos” (NVI “impelidos”), que foi usado em Atos 27.15,17 no
episódio do naufrágio de Paulo, foi traduzido por “levar” e “deixar à deriva”
(NVI).
Portanto, a Escritura inspirada é uma revelação escrita, assim como os sermões
dos profetas eram revelações faladas. Pois a Escritura soprada por Deus consiste
de palavras selecionadas por Deus (Dt 9.10).
A definição clássica de inspiração bíblica
“Deus supervisionou, dirigiu autores humanos, usando a própria personalidade
deles, a cultura, o contexto de vida, de modo que compuseram e registraram,
sem erro, a revelação divina nas palavras dos documentos originais das
Escrituras.”
Sabemos que nenhuma língua atual tem equivalentes exatos para cada palavra
hebraica ou grega, entretanto, a maioria das �éis traduções, com todas as suas
variações, não alteram nem distorcem as doutrinas básicas da fé evangélica.
O Espírito Santo e a iluminação
•
•
•
III.
“Se ensinar é função do Espírito Santo, nossa obrigação é ser estudantes sinceros da
Palavra.”
Gottfried Osei-Mensah
“Pela Sua presença e poder, o Espírito Santo produz no leitor um espírito de
submissão espiritual e uma preparação moral, a �m de que as fontes de
pensamentos e da vontade dele sejam livres de preconceitos e se conservem
em atitude receptiva de modo a atender à mais tenra sugestão do autor
divino. O Espírito Santo sincroniza, por assim dizer, o aparelho transmissor e
o receptor. Faz com que o leitor possa compreender com clareza o que o
escritor tinha em mente quando escreveu o texto” (Apostila não-publicada de
Bibliologia).
“Insisto com as pessoas que estudem as Escrituras – entendam ou não
completamente o que estão lendo. A leitura da Escritura em si possibilita a
iluminação do Espírito e Sua atuação em nós. Enquanto lemos a Palavra, sua
mensagem enche os nossos corações, estando nós conscientes disto ou não.
A Palavra, com todo o seu poder misterioso, toca em nossas vidas e nos dá
do seu poder.” (Billy Graham, ob. cit., p.45)
“Revelar verdades antes escondidas da busca e compreensão humanas,
iluminar as mentes das pessoas para que as conheçam e entendam (1Co 2.9-
10) é obra do Espírito Santo” (Go�fried Osei-Mensah, citado por Billy
Graham, p.46)
Vamos ver se entendemos. O Espírito Santo agiu na vida do autor sagrado para
que ele pudesse registrar o texto. Isto é o que chamamos de inspiração. O Espírito
Santo age na vida do leitor para que possa entender o texto sagrado. Isto é o que
chamamos de iluminação.
Uma dica importante – Antes de ler a Escritura, ore como fez o salmista:
“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18).
O Espírito Santo e a unidade bíblica
“Muitos livros podem informar, mas só a Bíblia pode transformar.”
IV.
Autor Desconhecido
Já parou para pensar que a Bíblia foi escrita num período de aproximadamente
1.600 anos; que o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, e o Novo, em grego;
com 31.173 versículos, 1.189 capítulos e 66 livros; que teve cerca de 40 autoresdiferentes e, ainda assim, há uma inegável unidade nessa obra!? Diante disso,
alguém vai dizer: “mas isto só pode ser obra de Deus”. Acertou! É Ele mesmo.
Somente o Espírito Santo poderia produzir tal feito.
O Senhor Jesus resumiu toda a Escritura desta forma: “A seguir, Jesus lhes disse: São
estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo
o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu
o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o
Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia” (Lc 24.44-46).
Paulo escreveu em 1Coríntios 15.3-4: “Antes de tudo, vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. E a Timóteo disse: “e
que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a
salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3.15).
Entenda que a unidade bíblica só existe quando se entende o propósito principal
das Escrituras: Jesus Cristo, Sua morte e ressurreição. Sem isso, nenhuma pessoa
conseguirá enxergar qualquer unidade na Bíblia, que não foi escrita para contar a
história dos judeus ou outra coisa qualquer (leia Jo 1.3).
O Espírito Santo e a atualidade das Escrituras
“O que me perturba na Bíblia não são os textos que não entendo, mas são aqueles que
entendo claramente.”
Mark Twain
“A palavra de Deus não é antiga, nem é moderna, ela é eterna.”
Martinho Lutero
Por que a Bíblia hoje é o livro mais vendido em todo mundo? Sugerimos três
respostas.
1.
a.
b.
c.
2.
3.
A Bíblia tem autoridade
Dezenas de versículos a�rmam que Deus está falando diretamente ao homem. Sua
autoridade é comprovada:
pelo testemunho da arqueologia. Nos últimos cem anos, nenhuma descoberta
arqueológica invalidou de algum modo qualquer simples declaração da
Bíblia;
pelo testemunho de vidas transformadas que comprovam a autoridade bíblica;
pelas profecias bíblicas que também comprovam sua autoridade. Muitas que já
se cumpriram dentro do próprio período bíblico e outras que estão
claramente se cumprindo na vida da igreja, em Israel e no mundo.
A Bíblia é inerrante
Esta a�rmação signi�ca que as Escrituras nos manuscritos originais não a�rmam
nada que seja contrário aos fatos. Isso não signi�ca que a Bíblia nos comunica
todos os fatos que podem ser conhecidos acerca de certo assunto, mas a�rma que
tudo o que diz acerca de qualquer assunto é verdade (Wayne Grudem, Teologia
Sistemática).
A Bíblia é suficiente
Isto signi�ca que a Bíblia contém todas as palavras que Deus quis dar ao Seu povo
em cada estágio da história e que hoje contém todas as palavras que precisamos
para a plena paz e comunhão com Deus. A Bíblia não precisa de complemento. Ela
basta a si mesma.
Conclusão
Finalmente, o Espírito Santo continua usando a Bíblia para transformar vidas e
sustentar a igreja. Paulo pediu a Timóteo que zelasse pela “sã doutrina”, que é a
doutrina de Cristo (1Tm 6.3; 2Tm 2.13; 4.3). Porque, se a autoridade das
Escrituras for solapada, a fé evangélica não �cará em pé, e entraremos num imenso
mar sem uma única bússola.
A
4
O Espírito Santo:
da criação até o
nascimento de Jesus
Pr. John D. Barnett
texto básico Salmo 104.1-35
texto devocional Isaías 11.1-10
versículo-chave Salmos 104.30
“Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”
alvo da lição
Verificar que o Espírito Santo, sendo Deus, portanto eterno, atuou desde a criação,
passando por toda a história veterotestamentária, até a preparação para o
nascimento do Messias.
leia a Bíblia diariamente
seg Êx 35.30-35
ter Gn 41.37-44
qua Jz 14.1-6
qui 1Sm 16.1-13
sex Nm 24.1-17
sáb Sl 51.1-12
dom Is 11.1-10
o estudarmos a Bíblia, descobrimos que alguns profetas predisseram que
nos dias do Messias Deus concederia uma difusão liberal do Espírito
Santo, nova, diferente, extraordinária e acessível a todos os crentes.
1.
2.
3.
I.
Isaías falou do dia em que o Espírito seria derramado “sobre nós lá do alto” (Is
32.15).
Ezequiel ouviu de Deus a promessa que dizia: “… derramarei o meu Espírito
sobre a casa de Israel” (Ez 39.28-29). Promessa também transmitida por
Isaías:
“… derramarei o meu Espírito, sobre a tua posteridade” (Is 44.3).
Joel 2.28 a�rma: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda
a carne”.
Este “derramamento” (termo usado no AT) ou “batismo” (termo usado no NT) do
Espírito seria uma bênção tão distintiva para o povo de Deus que o apóstolo Paulo
descreveu este novo tempo iniciado por Jesus como “o ministério do Espírito”
(2Co 3.8). Isso não quer dizer que o Espírito Santo não existia antes. O Espírito
Santo é Deus e, portanto, eterno. Também não quer dizer que Ele estava inativo.
No tempo do Antigo Testamento, Ele estava incessantemente ativo: na criação e
na preservação do universo; na providência e na revelação; na regeneração dos
crentes; e na capacitação de pessoas especiais para tarefas especiais.
A Bíblia nos ensina que Deus – Espírito Santo já agia desde o princípio, através de
toda a história em todos os tempos. Nesta lição examinaremos Sua atividade a
partir da criação até o nascimento de Jesus.
Criando o mundo
A participação do Espírito Santo na criação de todas as coisas �ca evidente nas
páginas da Bíblia. Em Gênesis 1.2 lê-se que “a terra, porém, estava sem forma e
vazia; havia trevas sobre a face do abismo”. A essa a�rmação segue-se outra
reveladora: “e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. Billy Graham, em seu
livro O Espírito Santo, a�rma que a palavra hebraica traduzida aqui por “pairava”
signi�ca “estar sobre”, “como uma galinha �ca sobre seus ovos para chocá-los e
trazer nova vida ao mundo”. Assim também o “Espírito Santo pairou sobre a
criação original de Deus para encher seu vazio com as várias formas de vida”.
II.
1.
2.
Ao abrir Suas “asas” sobre a terra, o Espírito Santo participou ativamente na
criação, com o Pai (Gn 1.1; Sl 104) e o Filho (Cl 1.16-17). Se compararmos a
a�rmação de Gênesis 1.26 – “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança”, com a a�rmação de Jó 33.4 – “O Espírito de Deus me fez”,
concluiremos que o Espírito Santo colaborou na formação do ser humano. É ainda
mais revelador o Salmo 104.30, ao a�rmar que o Espírito Santo cria e continua
renovando a vida na face da terra. Que o Espírito de Deus cria? Salmo 104.18-26
responde: cabras, coelhos, animais selvagens, o homem e tudo mais que vive
sobre a terra ou no mar.
Doando a vida
Animal
Salmo 104.30 nos dá uma compreensão mais larga do papel do Espírito na criação,
pois revela que Ele não só colaborou, mas ainda continua sendo o Criador da vida,
inclusive da vida animal (Sl 104.18-25) e vegetal (Sl 104.13-16). Aqui o salmista
mostra que o Espírito é sempre o Criador da vida. É Ele quem renova a face da
terra.
aplicação
Deus alimenta (sustenta) o que cria, renovando a face da terra através do Seu
Espírito. Deus sempre cuida de Sua criação (Mt 6.26).
Humana
Quando Deus formou o “homem do pó da terra”, o Espírito Santo estava envolvido.
Gênesis 2.7 diz que o Senhor Deus “lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o
homem passou a ser alma vivente”. O sopro divino que deu vida ao homem,
fazendo-o inteligente e eterno, foi, de fato, o Espírito Santo, como nos esclarece Jó:
“O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-poderoso me dá vida” ( Jó 33.4). É claro
que há aqui um jogo de palavras mostrando que o Espírito de Deus e a nossa
respiração estão relacionados entre si, pois “Espírito” e “sopro” no hebraico são a
mesma palavra (ruah).
III.
1.
2.
aplicação
O Espírito Santo é o princípio da vida física e psicológica do homem e continua
sendo o “sopro”, “vento impetuoso” ou “poder” de Deus para fazer do homem
uma “nova criatura” (2Co 5.17). O Espírito Santo pode iluminar a mais escura alma
e quebrantar o mais duro coração (Jo 3.6-7).
Equipando para o serviço
No período do AntigoTestamento, “apesar de todos os crentes serem realmente
regenerados” ( J. Sto�) (cf. Rm 4.1-8 e Gn 15.6; Sl 32.1-2; 119.97 c/Rm 8.7), o
Espírito Santo vinha sobre pessoas especí�cas para ministérios especí�cos em
épocas especí�cas. John R. W. Sto�, em seu livro Batismo e Plenitude do Espírito
Santo, a�rma que “apesar de os crentes do Antigo Testamento terem conhecido a
Deus e experimentado um novo nascimento, a presença do Espírito, morando
agora nos crentes, é algo que eles nunca presenciaram, e que faz parte da nova
aliança e do reino de Deus, profetizado tanto pelos profetas como pelo Senhor
Jesus: Jr 31.33; Ez 36.26-27; Jo 14.16-17; Rm 14.17” (p.20).
De fato, o “derramamento” ou “batismo” ou “dom” do Espírito é uma das bênçãos
especiais da nova aliança iniciada por Jesus Cristo e efetivada no dia de
Pentecostes, como veremos nas próximas lições. Antes disto, no Antigo
Testamento, o Espírito agia de forma diferente. Ele vinha sobre aqueles a quem
Deus selecionava soberanamente, independentemente das condições ou situação
dessas pessoas, habilitando-as para realizar uma tarefa especial, por exemplo:
Dando perícia
Para que o tabernáculo fosse construído exatamente como o projeto de Deus,
dado a Moisés, o Espírito veio sobre Bezalel a �m de capacitá-lo para essa tarefa
especí�ca (Êx 31.3; 35.30-35).
Capacitando para liderar
a.
b.
c.
d.
3.
4.
IV.
 José só governou com sucesso toda a terra do Egito, porque nele havia a
atuação do Espírito de Deus (Gn 41.38).
 Josué foi selecionado para suceder Moisés na liderança de Israel, porque
nele havia o Espírito agindo (Nm 27.18).
 Otniel foi habilitado pelo Espírito do Senhor para julgar a Israel e lutou em
defesa do seu povo ( Jz 3.10).
 Gideão ( Jz 6.34) e Je�é ( Jz 11.29) foram capacitados pelo Espírito para
lutar e vencer, dando alívio ao povo de Deus, durante o período da liderança
deles.
Concedendo força física
De tempo em tempo, o Espírito Santo usava diversas pessoas para libertar o povo
de Deus do jugo inimigo. Sansão recebeu uma extraordinária força física para
executar a libertação contra os �listeus ( Jz 13.25; 14.6-19; 15.14). O caso de
Sansão é clássico para evidenciar que a operação do Espírito Santo no AT era
temporária e não permanente como hoje, depois do Pentecostes. O Espírito não
habitava na pessoa, Ele vinha sobre ela e ia embora, conforme o projeto de Deus
em relação à Sua obra ou ao Seu povo. Con�ra isso em Juízes 16.20; assim como
no caso de Saul (1Sm 10.10; 16.14).
Ungindo reis
O Espírito não só usou juízes e profetas para libertar Israel, mas também reis.
Estes eram ungidos com óleo, símbolo de que estavam sendo revestidos com o
poder do Espírito Santo, como podemos ver na unção de Davi por Samuel, em
1Samuel 16.13: “…daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi”.
Inspirando os profetas
1.
2.
3.
V.
O apóstolo Pedro a�rma que nenhuma “profecia foi dada por vontade humana”,
mas que “homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).
O Espírito do Senhor fazia com que os profetas dissessem somente o que Deus
queria.
Balaão só pôde proferir a mensagem dada pelo Espírito do Senhor
(Nm 24.2,12-13). O profeta é �el ao recado do Senhor, não muda nem
distorce o que Deus fala.
Zacarias foi um dos profetas a quem o Espírito do Senhor concedeu coragem
para transmitir o recado de Deus, mesmo em risco de perder a própria vida
(2Cr 24.20). Aqueles que se entregam a Deus em �delidade e santi�cação
recebem não só a mensagem divina, mas também o encorajamento do Seu
Espírito para transmiti-la e vivê-la.
Miqueias, ao contemplar a obra dos falsos profetas, anuncia a natureza do
verdadeiro profeta, vocacionado por Deus, recebendo poder para realizar
uma missão especí�ca. Nesse caso, proclamando contra a ganância, a
injustiça, a falta de amor e a desobediência a Deus, no poder do Espírito
(Mq 3.8).
No AT temos o Espírito Santo inspirando os profetas para registrar o que seria a
Palavra escrita de Deus. A inspiração do Espírito está presente também nos
escritores do NT. Hoje em dia o Espírito age, iluminando os servos de Deus, os
pregadores ou profetas para proclamarem a palavra de Deus que já está escrita.
Antes e durante o processo do cânon bíblico, havia a inspiração do Espírito para se
registrar a Palavra de Deus. Depois da Bíblia estar completa, há a iluminação do
Espírito para que essa Palavra seja proclamada de forma correta, coerente e viva.
Produzindo vida moral
Um dos pontos fortes da ação do Espírito Santo no Antigo Testamento é que Ele
concede percepção moral, dando ao homem a possibilidade de viver em boa
conduta.
1.
2.
a.
b.
c.
1.
2.
3.
Os Salmos
Os Salmos são claras e fortes evidências da obra do Espírito Santo na produção de
uma vida moral. Exemplo disso são os salmos 51 e 139. A presença do Espírito
signi�ca para o salmista um espírito quebrantado e contrito, coração limpo,
constância e alegria. No Salmo 139.23-24, o anelo pela presença de Deus leva o
salmista a rogar que o Espírito o sonde e oriente externamente para o caminho
eterno. No Salmo 143.10, Davi reconhece que só no poder do Espírito se
consegue fazer a vontade de Deus e andar por veredas planas.
Os Profetas
Transmitem-nos a ideia de que por si só o homem não pode alcançar o alto padrão
de Deus. Ele precisa da ação de Deus dentro de si, através do Espírito Santo, que o
guiará no bom proceder.
 O Espírito pode transformar o coração do homem (Ez 36.27).
 O Espírito revela o mal e dá ao profeta a coragem e capacidade de denunciar
a maldade (Mq 3.8).
 O Espírito �ca entristecido e deixa de agir em benefício do homem quando
há rebeldia no coração deste (Is 63.10-11).
Conclusão
No Antigo Testamento, o Espírito Santo não era outorgado aos homens como
dádiva permanente.
Ele vinha sobre alguém (2Cr 24.20).
Ele repousava sobre alguém (Nm 11.25).
Ele enchia alguém (Êx 31.3).
1.
2.
3.
4.
Aparentemente isto sucedia até mesmo no caso dos profetas, embora seja seguro
pensarmos que os homens mais profundamente espirituais daquele período
possuíam o dom do Espírito por tempos mais dilatados que o comum (Ml 2.15; Sl
51.11). Nos tempos do AT, o Espírito Santo não habitava permanentemente no
crente, conforme sucede aos crentes do NT, como é claramente ensinado nas
Escrituras. Contudo já se predizia claramente a gloriosa obra futura do Espírito
Santo:
habitando diretamente no Messias prometido (Is 11.2-9; 42.1-4; 61.1-2; Lc
4.18);
atuando de forma geral e diversa na vida do crente (Ez 36.26-27; Jl 2.28-29);
permanecendo com os convertidos (Is 59.20-21);
transformando e vivendo no coração do homem crente (Ez 37.14; 38.26-
27).
N
5
O Espírito Santo:
do nascimento de
Jesus até Pentecostes
Pr. John D. Barnett
texto básico Lucas 4.14-22
texto devocional Mateus 10.16-20
versículo-chave Lucas 4.18-19
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos
cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”
alvo da lição
Verificar que a atuação do Espírito Santo, no período dos Evangelhos, centralizou na
pessoa de Jesus Cristo, mas que Ele também operou em todos os eventos da história
cristã e na vida dos discípulos.
leia a Bíblia diariamente
seg Lc 1.5-16
ter Lc 1.26-38
qua Lc 1.39-45
qui Lc 2.25-32
sex Mt 1.18-21
sáb Mt 4.1-11
dom Mt 13.13-17
este estudo abordaremos o que podemos chamar de a entrada em ação
do Espírito Santo no Novo Testamento, que está repleto de referências
à Sua pessoa e atuação. Os três únicos livros do Novo Testamento que não fazem
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
I.
1.
menção direta ao Espírito Santo são as pequenas epístolas de Filemom, 2João e
3João.
Durante o período de tempo abrangido pelos evangelhos, a atuação do Espírito
Santo estava centralizada na pessoa de Jesus:
concebido pelo Espírito (Lc 1.35);
batizado pelo Espírito ( Jo 1.32-33);
guiado pelo Espírito (Lc 4.1);
ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38);revestido com poder pelo Espírito (Mt 12.27-28);
morto em expiação pelo pecado, pelo Espírito (Hb 9.14);
ressuscitado pelo Espírito (Rm 8.11);
deu mandamentos por intermédio do Espírito (At 1.2).
Nosso objetivo aqui é mostrar o Espírito Santo dentro dos evangelhos sinóticos,
especialmente agindo na vida de Jesus e de Seus discípulos. Durante todo o tempo
abrangido pelos evangelhos, o Espírito Santo operou e controlou todos os eventos
da história cristã. Destacaremos, a seguir, a atuação direta do Espírito Santo em
alguns desses eventos.
Acontecimentos anteriores ao nascimento de
Cristo
O Espírito Santo está associado aos acontecimentos imediatamente anteriores ao
nascimento do Messias. Nada foi por acaso. A mão de Deus estava preparando
tudo, através do Seu Espírito, para o cumprimento das profecias. Os capítulos 1 e
2 de Lucas nos dão uma ideia disso.
João Batista, o último dos profetas contado na categoria do Antigo
Testamento, foi “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1.15), para
exercer sua função profética. A contínua plenitude do Espírito Santo o
capacitaria a levar muitos à conversão, preparando, desta forma, um povo
2.
3.
II.
1.
para a chegada do Messias
(At 19.4; Lc 7.24-30).
Isabel, já grávida de João Batista, ao ouvir a saudação de sua prima Maria,
tendo a criança tremido em seu ventre, �cou “possuída do Espírito Santo” (Lc
1.41) e se alegrou, explodindo em louvor.
aplicação
Assim como foi pelo Espírito que Isabel reconheceu Maria como mãe de seu Senhor
(Lc 1.43), também é só pelo Espírito Santo que o pecador pode reconhecer a Cristo
como seu Redentor (Jo 16.8-9).
Zacarias, “cheio do Espírito Santo” (Lc 1.67), pôde produzir um cântico de
natureza profética.
aplicação
A pessoa cheia do Espírito Santo não apenas tem prazer em cantar e bendizer ao
Senhor, como poderá, eventualmente, proferir por sua boca palavras vindas do
coração de Deus para o coração dos homens.
Acontecimentos relacionados ao nascimento de
Cristo
É impressionante notar o registro de Lucas, em que o Espírito Santo, ao mesmo
tempo que atuava na vida de Maria para o cumprimento das profecias acerca do
Messias, também atuava na vida dos homens justos e piedosos que esperavam a
consolação de Israel, como Simeão (Lc 2.25).
A concepção virginal de Maria
O que o anjo diz a Maria, em Lucas 1.35, sem sombra de dúvida, é uma das
passagens mais belas das Escrituras e causa grande admiração: Deus fez aqui um
grande milagre! O milagre do nascimento de Jesus foi milagre do Espírito. Foi Ele
quem criou as excepcionais e milagrosas condições biológicas que permitiram a
Maria conceber sem jamais ter tido relação sexual. O Deus Filho nasce de uma
2.
a.
b.
c.
d.
III.
1.
mulher, herdando humanidade total, mas pelo fato de que foi gerado pelo Espírito,
não herdou pecados e corrupção essenciais. A concepção de Jesus foi
sobrenatural, de semente divina, não humana, pois nem um ser humano
masculino participou (Mt 1.18-21).
O testemunho dado a Simeão
(Lc 2.25-32)
 O Espírito Santo estava sobre Simeão (v.25). Temos aqui a graça preventiva
que leva o homem a buscar a Deus ( Jo 16.8).
 O Espírito lhe revelou Cristo (v.26). Isto indica a obra salvadora do Espírito
Santo ( Jo 3.5; Rm 8.9).
 O Espírito o “moveu” (v.27). “Movido pelo Espírito” mostra que o Espírito o
guiou ao lugar onde encontraria toda verdade acerca do Messias (Rm 8.14).
 O Espírito lhe deu discernimento (v.28). Percepção clara daquilo que é a
verdade de Deus acerca do Salvador e da salvação( Jo 16.13-14). O Espírito
Santo esclarece, ilumina.
Na própria vida de Cristo
Como já observamos na introdução, a narração dos quatro evangelistas centraliza
a atuação do Espírito na pessoa de Jesus Cristo. O sobrenatural se manifesta em
toda a vida de Jesus, desde o anúncio de Sua concepção até Sua ressurreição.
Portanto não é de se espantar que em Sua vida haja muitos mistérios inescrutáveis.
No batismo
O Senhor Jesus recebeu uma unção especial para exercer o Seu ministério público
aqui na terra (Mt 13.13-17). Foi a unção sacerdotal de Jesus, em cumprimento da
cerimônia descrita em Êxodo 29.4-7. Aqui o Espírito Santo Se manifesta em
forma visível por causa de uma promessa de Deus a João Batista ( Jo 1.32-34).
2.
3.
IV.
Quando Lucas 3.22 a�rma que no batismo de Jesus veio o Espírito em forma
corpórea, como pomba, e pousou sobre Ele, está a�rmando que Jesus foi ungido
pelo Espírito Santo.
Na tentação
Jesus foi guiado pelo Espírito Santo. Os evangelhos sinóticos a�rmam que foi o
Espírito Santo que levou Jesus ao deserto para ser tentado (Mt 4.1-11; Mc 1.12;
Lc 4.1-13), mas com o propósito de conduzi-Lo na vitória sobre Satanás.
aplicação
O poder e as armas para o combate a Satanás e suas tentações vêm do Espírito (Lc
4.1) e da palavra de Deus (Lc 4.4-12).
No ministério
Jesus demonstrou estar destruindo o império maligno no poder do Espírito Santo
(Mt 12.20 e Cl 2.15). Lucas 4.1 nos diz que Jesus estava cheio do Espírito Santo.
O verso 14 do mesmo capítulo nos informa que ao voltar da tentação Ele iniciou o
Seu ministério no poder do Espírito Santo. O livro de Atos dos Apóstolos diz que
Ele foi ungido pelo Espírito para fazer o bem, curar e libertar a todos os oprimidos
do diabo (10.38). O próprio Senhor Jesus testi�ca, em Lucas 4.16-21, que Ele fora
ungido pelo Espírito Santo, que Lhe outorgou autoridade para exercer o Seu
ministério terreno.
Na vida dos discípulos de Cristo
O Espírito Santo também agiu na vida dos discípulos de Jesus antes do
Pentecostes. Sabemos disso por causa das próprias palavras de Jesus em João
14.17; 3.5,7. No entanto, a atuação do Espírito Santo nos homens, no tempo de
Jesus, era diferente de Sua atuação hoje e isso �ca claro na explicação dada em
João 7.39. Ainda que de uma forma diferente da de hoje, o ministério dos
discípulos nos dias de Jesus foi realizado sob a atuação do Espírito Santo.
1.
2.
a.
b.
c.
d.
e.
A pregação de João Batista
(Mt 3.11)
João profetizava o que Jesus faria na vida dos Seus discípulos através de Seu Santo
Espírito.
O ensino de Jesus
Lucas 11.13 – “O Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”.
Embora esse ensino tenha sido dado por Jesus aos discípulos antes do
Pentecostes e, portanto, o Espírito Santo ainda não tinha sido enviado para
morar de�nitivamente no crente, podemos entender que Jesus está
a�rmando que esse pedido, partindo de alguém com sede espiritual e
dirigido com fé, abre o caminho para uma atuação mais ampla do Espírito
Santo em sua vida.
Lucas 12.12 – “Porque o Espírito Santo vos ensinará … as coisas que deveis
dizer”. A melhor defesa na hora da crítica, zombaria, injustiça ou perseguição
é um coração dominado pelo Espírito Santo de Deus.
Mateus 10.20 – “o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós”. No serviço do
reino, o Espírito orientará no que se deve fazer e no que dizer nas horas
difíceis.
Mateus 28.19-20 – Na comissão dada aos discípulos, que incluía o batismo
dos convertidos, estava incluída a pessoa do Espírito Santo. Temos aqui a
presença do Espírito Santo no ministério dos discípulos.
João 14.17 – Jesus fala da companhia do Espírito Santo na comunidade dos
discípulos. Jesus diz: “Ele habita convosco”. Ou seja: Ele está in�uenciando
tudo; está trabalhando o coração de vocês nesses três anos do meu
ministério. Mas então Jesus promete que o Espírito não apenas habitaria
com eles, mas estaria neles, não mais apenas como uma in�uência no
ambiente, mas como presença real no interior, no coração; selando, morando
de�nitivamente em seu coração: Ele habita convosco, e também está em vós.
Conclusão
Durante a vida terrena de Jesus, a atuação do Espírito Santo acompanhava as
linhas gerais estabelecidas no Antigo Testamento, com a exceção que houve então
a promessa da vinda do Espírito Santo como substituto de Cristo, como quem
haveria de continuar a presença e a obra de Cristo no mundo, como agente de Sua
personalidade ( Jo 14.15-17,25-26; 15.27; 16.5-15).
Na noite do dia em que ressuscitou, Cristo deu aos Seus discípulos,no cenáculo,
um bafejo preliminar do Espírito Santo, como promessa e garantia do dom mais
completo que se seguiria, ao soprar sobre eles, provavelmente no mesmo cenáculo
( Jo 20.22).
aplicação
Será que nós temos sido vasos úteis que o Espírito Santo tem utilizado para
continuar a obra iniciada por Cristo? Deixemos que o Espírito Santo nos encha com
poder hoje!
A
6
O Espírito Santo
depois de Pentecostes
Pr. John D. Barnett
texto básico Atos 2.1-13
texto devocional Atos 4.23-31
versículo-chave Atos 1.8
“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra”
alvo da lição
Verificar que Deus passou a Se relacionar de uma maneira especial com o Seu povo
depois que o Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes. O Espírito veio para
permanecer com a igreja e habitar no crente.
leia a Bíblia diariamente
seg At 1.1-11
ter At 1.12-22
qua 2Co 3.4-11
qui At 28.23-31
sex 1Co 2.6-16
sáb At 2.14-36
dom At 2.37-47
ntes de ser elevado às alturas (At 1.9), subindo à presença do Pai, Jesus
deu ordem expressa aos Seus discípulos reunidos para aguardarem em
Jerusalém até que fossem batizados com o Espírito Santo (At 1.4-5). Os 52
I.
díscipulos não poderiam, de forma alguma, realizar a obra de Cristo sem a
presença contínua de Seu Espírito. Esta era a grande promessa do Pai (At 1.4)
para os discípulos de Jesus: eles receberiam grande poder, através do Espírito
Santo que lhes seria dado, para realizarem a tarefa da qual Cristo lhes incumbira
antes de subir aos céus (At 1.8).
Os discípulos obedeceram a esta orientação de Jesus e esperaram unidos em
oração (At 1.13-14) e no estudo das Escrituras (At 1.16-20), até que se cumpriu o
tempo determinado por Deus para que eles tivessem a mais extraordinária
experiência cristã, recebendo dos céus a comprovação de que Cristo tinha entrado
no santuário celestial ( Jo 16.7 e 14.26) e sentado à direita de Deus-Pai (At 7.55-
56; Cl 3.1), pois, com o cumprimento de Sua promessa ( Jo 14.16), a Sua obra
redentora estava concluída.
O dia de Pentecostes
(At 2.1-4)
A vinda do Espírito Santo no Pentecostes marcou uma mudança crucial na
maneira de Deus Se relacionar com a raça humana. Esse evento nos assegura que
Ele veio para realizar os propósitos de Deus no mundo, na igreja e no crente
individual.
Pentecostes era uma das três festas mais importantes do calendário judaico, nas
quais deveriam comparecer perante o Senhor todos do sexo masculino (as outras
duas eram a
Páscoa e a Festa dos Tabernáculos). Pentecostes �cou conhecida como “A Festa
das Semanas”, porque era comemorada no dia seguinte ao sétimo sábado depois
da Páscoa – seria uma semana de semanas. Como isso perfaz 50 dias, o nome
passou a ser “Pentecostes”, a palavra grega para “quinquagésimo”. Essa festa era
celebrada no início da colheita, por isso é chamada de “dia das primícias”
(primeiros frutos) em Números 28.26.
Quando Lucas destaca: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes”(At 2.1 relacionado com
Lv 23.15-21 e Dt 16.9-11) é esta ideia acima que ele destaca. De fato, começando
com a ressurreição de Cristo, como “as primícias dos que dormem” (1Co 15.20),
II.
1.
contando os quarenta dias nos quais Ele “se apresentou vivo, com muitas provas
incontestáveis” (At 1.3), somando os dias que os discípulos aguardaram em oração
no cenáculo (At 1.14-15), temos o período completo de que fala Lucas em Atos
2.1, quando ocorreu o evento da descida do Espírito Santo.
Também é verdade que o dia de Pentecostes, quando veio o Espírito Santo, foi um
dia de “primeiros �utos” – o início da colheita de Deus neste mundo, que será
completada quando Cristo voltar à Terra (At 2.41). Pentecostes traz consigo a
ideia de “colheita” dos frutos. Depois que Jesus batizou a igreja com o Espírito
Santo, ela está capacitada (At 1.8) a sair ao campo, que é o mundo (Mt 13.38), e
colher os frutos de Sua seara (Mt 9.38).
O dia de Pentecostes marcou o início da era do Espírito Santo; os novos tempos
do relacionamento de Deus com o Seu povo, que o apóstolo Paulo a�rma ser o
“ministério do Espírito”, inaugurado por Jesus (2Co 3.8).
Esse acontecimento tão importante no projeto de Deus para o Seu povo deveria
ser também inaugurado com evidências extraordinárias que marcassem a história
do povo de Deus. Uma nova revelação de Deus ao homem sempre é marcada com
milagres e sinais sobrenaturais (At 2.2-4).
Os resultados de Pentecostes
Observe a mudança ocorrida na vida dos discípulos de Jesus. Algo novo e
surpreendente aconteceu com aquelas pessoas depois daquele Pentecostes
especial. Veja, pelo menos, cinco resultados na vida dos discípulos.
Novo homem
Não há dúvidas, diante dos acontecimentos de Atos, que os discípulos se
tornaram novas pessoas depois da experiência de Pentecostes. Antes dela, todos se
mostraram covardes e medrosos (Mt 26.56; Mc 14.50), negaram e traíram Jesus
(Mc 14.66-72), reuniam-se às escondidas ( Jo 20.19), estavam incrédulos e
desanimados ( Jo 21.3) com o trabalho do Mestre. Mas depois, que
transformação! Tudo mudou, são de fato novas criaturas (2Co 5.17).
2.
3.
4.
5.
a.
Nova coragem
Os textos acima nos revelam também que o batismo com o Espírito Santo lhes
deu uma nova e surpreendente coragem para enfrentar a oposição, a crítica, a
perseguição e os inimigos. Veja a grande diferença na atitude de Pedro em Atos
2.36, em contraste com Marcos 14.66-71.
Nova capacitação
Os discípulos, na maioria homens simples, receberam a capacitação para
comunicar a mensagem de Cristo (At 1.8), de maneira que todas as nações ali
representadas podiam ouvir a mensagem em sua própria língua (At 2.4-6). Isso é
um milagre do Espírito Santo que dá capacidade para a evangelização. Os tímidos
e medrosos se tornaram intrépidos na evangelização do mundo, no poder do
Espírito Santo
(At 4.13,29,31; 28.31).
Nova compreensão
Os discípulos também obtiveram uma nova compreensão das Escrituras, isso
porque o Espírito Santo é o intérprete das Sagradas Escrituras ( Jo 16.13-14; 1Co
2.14). O Espírito ilumina o crente para que veja Jesus nas Escrituras e saiba
entendê-las e delas falar corretamente. Todo o sermão de Pedro está baseado no
Antigo Testamento, conhecido naqueles dias por todos: Atos 2.16-21, 25-28, 34-
35.
Nova mensagem
Agora os discípulos de Jesus tinham uma nova e alvissareira mensagem para o
mundo: a mensagem do evangelho, que “é poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê”
(Rm 1.16). Veja a mensagem de Pedro, no primeiro sermão público, que
aconteceu no primeiro avivamento espiritual na história da igreja.
 As profecias do Antigo Testamento começaram a se cumprir (At 2.16-21;
conforme Jl 2.28-32).
b.
c.
d.
III.
1.
2.
3.
 Jesus cruci�cado, o centro da promessa dos profetas no Antigo Testamento,
é o início de um novo relacionamento de Deus com os homens (At 2.22-35).
 Jesus Cristo é o Messias, o Filho de Deus (At 2.36).
 Agora o caminho certo é: arrependimento, perdão, batismo e unção do
Espírito Santo (At 2.38).
O início da igreja no Pentecostes
Foi o Espírito Santo, depois do Seu derramamento, que começou e fortaleceu a
igreja de Jesus Cristo, fazendo-a crescer.
Ele reuniu pessoas
(At 2.5-11; 8.26-40; cap. 10)
Da mesma forma que no dia de Pentecostes, o dia inaugural da igreja cristã, o
Espírito criou uma situação adequada, reunindo milhares de pessoas, de dezenas
de nações diferentes, para ouvirem o testemunho dos discípulos acerca de Jesus e
Sua obra, ainda hoje Ele cria ambiente adequado, reúne pessoas para ouvir e
capacita outros a falar acerca da salvação.
Ele deu a mensagem
(At 2.14-36; Mt 10.19)
Em cada ocasião, o Espírito trouxe e continua trazendo à memória e ao coração do
discípulo de Jesus a passagem das Escrituras, adequada para cada situação que
ele enfrenta.
Ele convenceu do pecado
(At 2.37-41; Jo 16.7-11)
O Espírito traz contrição à alma, compunge o coração, dá humildade ao homem
para reconhecer-se pecador e coragem para buscar o perdão de Deus. Lá em Atos,
4.5.
IV.
1.
a.
assim como hoje, o Espírito é quem leva os homens a terem sede de mudança:
“Que faremos?” (At 2.37 e 16.30).
Ele formou uma nova comunidade
(At 2.42-47; 4.32-35)
Um novo povo surgiu – a igreja. Pessoas com novos ideais, novo padrão de vida,
nova maneira de ver e de se relacionar com outras pessoas, nova esperança, nova
fé. Pessoas que se unem em amor, experimentando uma comunhão ímpar, nunca
vista antes. O Espírito aproxima as pessoas uma das outras e de Deus. O resultado
é o surgimento da igreja local, necessária para dar prosseguimento a esta
divina comunhão.
Ele fortaleceu e fez crescer a igreja
(At 2.47 e 4.32 )
E esta obra continua, ainda hoje, sendo do Espírito Santo a tarefa de fazer a igreja
crescer. É Ele quem fortalece o povo de Deus e o faz multiplicar-se.
O desenvolvimento da igreja depois da unção de
Pentecostes
A igreja cristã começou com o evento de Pentecostes e seu desenvolvimento se
deu sob a orientação e direção do Espírito Santo. Alistaremos a seguir alguns
exemplos de como isso se deu e continua se dando ainda hoje.
Levantando líderes espirituais nas igrejas
O Espírito “enche” pessoas, capacitando-as para exercer funções-chave no corpo de
Cristo e liderar o povo de Deus. Todos que prestaram um serviço relevante a Deus
e à igreja, no livro de Atos, estavam “cheios do Espírito Santo”. Con�ra alguns
casos:
 Pedro (At 4.8);
b.
c.
d.
e.
f.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
 diáconos (At 6.3);
 Estêvão (At 6.5; 7.55);
 Paulo (At 9.17; 13.9);
 Barnabé (At 11.24);
 a igreja toda (At 4.31).
Dando aos crentes coragem para testemunhar,
apesar das circunstâncias adversas
(At 4.8,13; 4.29,31; 20.22-24)
Guiando na boa disciplina da igreja
(At 5.3-4,9)
Concedendo sabedoria, para boa administração
da igreja e para sua defesa
(At 6.3; 15.28; 6.8-10)
Fazendo a igreja crescer
(At 9.31)
Despertando visão, amor e compromisso
missionário
(At 13.1-4; 14.26-27)
Vocacionando e capacitando pastores/presbíteros
(At 20.28)
V.
1.
a.
b.
c.
d.
2.
a.
A evangelização do mundo dirigido pelo Espírito
Santo
Não podemos negar que o ensino neotestamentário revela que tudo o que o
Espírito concede e faz pelo crente ou no crente (regeneração, santi�cação, unção,
dons, poder) é visando alcançar o mundo para Cristo. Não seria exagero dizer que
a “paixão” do Espírito Santo é Missões, pois a Sua ação no crente e na igreja é com
o propósito de que o mundo conheça o evangelho de Jesus Cristo e, assim, tenha
oportunidade de ser salvo. “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn
12.3): esse ainda continua sendo o desejo de Deus.
O Espírito Santo dirige os obreiros para onde
devem trabalhar
Ele sabe a melhor estratégia, a melhor hora, lugar e pessoa para fazer o evangelho
se propagar até os con�ns da terra.
 Filipe foi usado para o evangelho chegar a Samaria e à Etiópia, na África
(At 8.26,29,39).
 Pedro levou o evangelho aos gentios (At 10.19-20; 11.12).
 Barnabé e Paulo levaram o evangelho para além das fronteiras geográ�cas,
culturais e raciais (At 13.2-4; 2Co 10.16).
 Paulo e Silas levaram o evangelho à Europa (At 16.6-10).
O Espírito Santo dirige os crentes no
cumprimento da “Grande Comissão”
 Começando em Jerusalém (At 2.4-11).
b.
c.
d.
 Causando a dispersão e alcançando Samaria e, provavelmente outros lugares
(At 6.7; 8.1-4; 11.19-26).
 Levando Pedro a Cesareia (At 10.19-20; 11.12).
 Levantando Barnabé, Paulo e Silas para chegarem aos con�ns da terra
(Rm 15.18-19; 2Co 10.16).
Conclusão
No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre todos quantos estavam no
mesmo cenáculo, cerca de 120 pessoas. Aqui se inaugura o tempo da obra do
Espírito Santo. O restante da história de Atos, que deveria se chamar “Atos do
Espírito Santo”, diz respeito a como esse dom se expandiu a ponto de abarcar
todos os povos; tanto os judeus(At 8.17; 9.17) como gentios (At 10.44; 11.15-
18). Recebe-se o Espírito todo, de uma vez por todas, em um ato único (batismo),
mas o enchimento Dele é um processo contínuo (plenitude). Isto é, o crente deve
buscar ser “cheio do Espírito” a cada dia e todos os dias (Ef 5.18). É por isso que,
embora todo convertido seja batizado com o Espírito Santo, nem todo crente é
igual aos demais na questão da experiência da presença do Espírito Santo ou da
vida espiritual que Ele nos concede. Os 120 receberam o Espírito Santo em Atos
2.4, mas tiveram a necessidade de serem “cheios” novamente em Atos 4.31.
Repetidamente precisamos buscar o enchimento do Espírito para uma vida cristã
vitoriosa.
A
7
O Espírito Santo
na vida do crente
Pr. João Arantes Costa
texto básico João 16.1-14
texto devocional Salmo 133.1-3
versículo-chave 1Coríntios 6.19
“Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós,
o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”
alvo da lição
Entender que o Espírito Santo está mais perto do crente do que o próprio ar que ele
respira.
leia a Bíblia diariamente
seg At 19.1-7
ter At 6.1-7
qua At 6.8-15
qui At 7.54-60
sex At 8.26-40
sáb At 10.9-22
dom Mt 3.13-17
o estudar a questão do Espírito Santo na vida do crente, precisamos
estabelecer, de princípio, que não existe salvação sem o Espírito Santo e
que o Espírito Santo na vida do crente é a garantia da salvação. Paulo diz, em
Efésios 1.13-14 “tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da
I.
promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em
louvor da sua glória”. Quando Paulo esteve em Éfeso, encontrou alguns discípulos
e perguntou-lhes se haviam recebido o Espírito Santo quando creram. A resposta
foi negativa: “Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo”. Paulo estranhou
a resposta e novamente interrogou: “Em que, pois, fostes batizados?” A resposta veio
imediatamente: “No batismo de João”. Paulo não descartou o batismo de João, ele
simplesmente procurou
colocar em ordem a doutrina da salvação, dizendo: “João realizou batismo de
arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em
Jesus”. Naquele momento, manisfestou-se a presença do Espírito Santo na vida
daqueles discípulos (At 19.1-7).
Partindo desse texto preliminar, que é o pano de fundo para esta lição, vamos
considerar, a seguir, a atuação do Espírito Santo na vida do crente. John Sto� diz
que ninguém quer um cristianismo frio, intelectual, sem alegria e sem frutos; e só
o Espírito Santo na vida do crente pode lhe proporcionar essas experiências.
O Espírito Santo ilumina a mente do crente
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”
(1Coríntios 3.16)
Paulo diz: “Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas
perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1Co 2.10); “E não vos conformeis com
este século (mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Rm 12.2);
“e vos renoveis no espírito do vosso entendimento” (Ef 4.23). O Espírito conhece as
profundezas de Deus. Só Ele sabe realmente o que Deus pensa. É dessa maneira
que podemos alcançar o milagre de termos a “mente de Cristo” (1Co 2.14-16). Em
2Coríntios 3.18, está dito que o crente é trabalhado e transformado pelo Espírito à
medida que, iluminado pelo mesmo Espírito, é capaz de contemplar a glória do
Senhor como por um espelho. O crente vê a imagem de Cristo no espelho da
palavra de Deus.
O Espírito Santo inspirou a Palavra, revelou a Palavra e continua iluminando a
Palavra.
II.
1.
2.
3.
III.
IV.
O Espírito Santo convence o crente do pecado
Não foi por acaso ou pressionado pelas necessidades, que o �lho pródigo resolveu
voltar para a casa de seu pai. A expressão “caindo em si” de Lucas 15.17 deixa claro
que aquele moço foi convencido por alguém que ele estava em pecado e precisava
confessar esse pecado à pessoa ofendida: “E o �lho lhe disse: Pai, pequei contra o céu
e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu �lho” (Lc 15.21). O apóstolo João
descreve este ministério do Espírito Santo em três dimensões ( Jo 16.8-11).Convencerá do pecado, porque não creem em Jesus.
Convencerá da justiça, porque Jesus foi para o Pai.
Convencerá do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
O Espírito Santo ensina ao crente as verdades de
Deus
João declara: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a
verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos
anunciará as coisas que hão de vir” ( Jo 16.13). Nos textos de Mateus 10.17-20 e
Lucas 12.11-12, Jesus fala aos discípulos que na hora do aperto, da tribulação, da
angústia, da opressão, dos tribunais, dos questionamentos, o Espírito Santo lhes
daria sabedoria de forma tão profunda e poderosa que ninguém lhes poderia
resistir.
O apóstolo João trabalha este assunto nestas palavras: “Quanto a vós outros, a unção
que dele recebestes (unção do Espírito Santo) permanece em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de
todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos
ensinou” (1Jo 2.27).
O Espírito Santo guia o crente
1.
2.
3.
Mais do que a expressão joanina “Ele vos guiará a toda a verdade” ( Jo 16.13), Paulo
diz aos gálatas: “Andai no Espírito” (Gl 5.16). Lucas, descrevendo as viagens
missionárias de Paulo, con�rma a direção do Espírito Santo na vida do apóstolo.
“E, percorrendo a região �ígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de
pregar a palavra na Ásia, de�ontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito
de Jesus não o permitiu”
(At 16.6-7). Foi exatamente nessa situação que o Espírito do Senhor guiou Paulo
para a Macedônia (At 16.9-10).
aplicação
O crente que anda no Espírito é guiado pelo Espírito.
Conclusão
Resumindo o que foi dito nesta lição, a atuação do Espírito Santo na vida do
crente pode ser de�nida em três palavras: sobre – com – no.
No Antigo Testamento Ele veio sobre algumas pessoas à Sua escolha
(Êx 35.30-31; Jz 14.6,19; 15.14).
Os Evangelhos mostram como Ele morava com os discípulos na Pessoa de
Cristo ( Jo 14.17).
A partir do segundo capítulo de Atos, a Bíblia diz que Ele está no povo de
Deus (1Co 6.19).
C
8
O batismo com
o Espírito Santo
Pr. João Arantes Costa
texto básico 1Coríntios 12.13-31
texto devocional Salmo 51.1-10
versículo-chave 1Coríntios 12.13
“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus,
quer gregos, quer escravos, quer livres”
alvo da lição
Verificar que o batismo do Espírito Santo é um ato exclusivo de Deus que acontece
no momento da salvação.
leia a Bíblia diariamente
seg At 8.1-8
ter At 8.26-40
qua At 9.1-9
qui At 9.10-19
sex At 19.1-7
sáb Rm 6.1-4
dom Ef 4.1-6
ertamente, este é um assunto polêmico quando visto como uma simples
experiência cristã e não como uma doutrina bíblica. A constatação de
tal realidade é fácil quando se vê o número enorme de grupos e de perspectivas
teológicas sobre o batismo com, pelo ou no Espírito Santo. Precisamos estar
I.
1.
2.
3.
II.
dispostos a estudar este assunto sem colocar as tradições denominacionais como
uma barreira à clareza bíblica. A Editora tem a seguinte posição, respeitando os
que pensam de outra maneira: “Cremos no batismo com o Espírito Santo efetuado no
momento da conversão a Jesus Cristo pelo qual o crente é introduzido no corpo de
Cristo, a igreja” ( Jo 1.33-34; 14.16-17; 1Co 12.12-13; Gl 3.27; Ef 1.13).
O ensino bíblico sobre o batismo com o Espírito
Santo
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só
Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer
escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” (1Co 12.12-13).
A Bíblia ensina que o batismo do Espírito Santo é a obra pela qual o Espírito
coloca o crente numa inseparável união com Cristo, fazendo-o membro do Seu
corpo espiritual que é a igreja (1Co 12.12-13,20,27; Rm 6.3; Gl 3.17). O batismo
do Espírito Santo é frequentemente confundido com a plenitude do Espírito, e
como tal, reconhecido como a “Segunda Bênção”.
Interessante que há somente sete passagens no Novo Testamento que falam
diretamente desse assunto, e podemos dividir as passagens em três grupos.
O batismo do Espírito Santo como acontecimento futuro (Mt 3.11; Mc 1.7-
8;
Lc 3.6; Jo 1.33 e At 1.4-5)
O batismo do Espírito Santo como cumprimento das promessas de João
Batista e de Jesus (At 11.15-17)
O batismo do Espírito Santo como uma experiência mais ampla de todos os
crentes (At 11.15-17)
Três possíveis exceções
1.
2.
3.
III.
Billy Graham expõe em seu livro O Espírito Santo, nas páginas 66 e 67, os
seguintes argumentos.
A primeira exceção é de Atos 8, na qual é relatada a viagem de Filipe a
Samaria. Os apóstolos mandaram Pedro e João para investigar o que estava
acontecendo naquela localidade. Eles depararam com uma grande agitação,
com pessoas prontas para receberem o Espírito Santo. “Então lhes impunham
as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo” (At 8.17).
A segunda exceção é de Atos 9. Para alguns, Paulo recebeu duas bênçãos. A
primeira quando ele foi tocado pelo Espírito com uma luz do céu que
brilhou ao seu redor (At 9.3), e a segunda quando foi cheio do Espírito na
presença de Ananias (At 9.17).
A terceira exceção é Atos 19.1-7. Paulo passou em Éfeso e encontrou 12
discípulos que não tinham recebido o Espírito Santo. O texto deixa claro que
esses homens não conheciam nada sobre o Espírito Santo. O teólogo M.I.
Tenney chama esses homens de “crentes retardatários”, por Paulo lhes impor
as mãos.
A igreja histórica teve início no dia do Pentecostes, e o que cabia fazer era integrar,
com destaque, esses “crentes retardatários” no corpo vivo de Cristo. Essa
integração aconteceu nas três exceções já mencionadas e em outros fatos
históricos, como
Atos 10, que conta a conversão de Cornélio.
Um só batismo
Aqui tratamos do fundamento da unidade da igreja como corpo vivo de Cristo.
No mesmo nível dos outros elementos – um só corpo, um só Espírito, uma só
esperança, um só Senhor, uma só fé, um só Deus e Pai de todos – que formam os
alicerces do cristianismo, está “UM SÓ BATISMO” (Ef 4.4-6). É o nivelamento
desses elementos que promove a unidade do corpo de Cristo. Paulo diz: “Pois, em
um só Espírito, todos nós fomos batizados” (1Co 12.13). Com certeza, nesse
1.
2.
3.
4.
versículo, o batismo com o Espírito Santo �ca longe de ser um fator divisor do
corpo de Cristo. Ele é o grande fator de união.
Conclusão
Encerramos esta lição apontando alguns fatos importantes referentes ao batismo
do Espírito Santo.
Pelo batismo do Espírito Santo os crentes são unidos no corpo de Cristo
(1Co 12.12-13; Gl 3.17; Rm 6.14; Cl 2.9; Ef 4.4-6).
Todo verdadeiro crente é batizado com o Espírito Santo (1Co 12.12-13).
O batismo com o Espírito Santo é um ato único (Ef 4.4-6).
Pelo batismo com o Espírito Santo, todo crente é posto no seu devido lugar
no corpo de Cristo (Ef 2.19-22). O batismo do Espírito Santo nos coloca em
Cristo, conforme Gálatas 3.28.
P
9
A luta interior
do crente
Pr. João Arantes Costa
texto básico Gálatas 5.16-26
texto devocional Salmo 32.1-11
versículo-chave Romanos 7.24
“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
alvo da lição
Reconhecer que o interior do crente é campo de conflito entre a própria vontade e a
vontade de Deus.
leia a Bíblia diariamente
seg Rm 8.1-11
ter Rm 8.12-17
qua Rm 8.18-25
qui Rm 8.26-30
sex Rm 7.7-25
sáb Ef 6.10-20
dom 1Co 9.19-27
restem bem atenção nesta história que pode abrir caminho para
entendermos melhor a luta interior do crente. Todas as tardes de sábado,
um pescador esquimó ia à cidade com dois cachorros, um branco e um preto. Ele
os tinha ensinado a lutar quando eram ordenados a fazê-lo. Cada sábado um dos
cachorros vencia. Seus amigos, intrigados com o revezamento das vitórias entre o
I.
1.
2.
cachorro branco e o preto, perguntaram-lhe como ele fazia isso.

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