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tutoria 5 - funções III

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Tutoria 5 - funções biológicas III 
 
Objetivos: 
• Compreender a anatomia e fisiologia do sistema nervoso autônomo 
• Elucidar Malation e mecanismos de ação dos organofosforados. 
• Estudar formas de tratar intoxicação. 
 
Sistema Nervoso Autônomo 
Machado- Neuroanatomia funcional 3° ed. Cap 12-13 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 --> Conceito: 
O sistema nervoso pode ser dividido em somático (que se relaciona com o meio externo, por vias aferentes 
sensitivas e aferentes e motoras eferentes) e visceral (por vias aferentes em visceroceptores e eferentes que 
terminam nas glândulas, mm lisos e cardíacos, responsáveis pela homeostase). 
 
O SN visceral eferente (autônomo) pode ainda ser dividido em simpático e parassimpático. [obs.: fibras 
eferentes especiais dos nervos cranianos não são consideradas do SNA pois inervam mm estriados]. 
 
--> Sistema Nervoso Visceral Aferente 
É formado por fibras que conduzem impulsos originados nos visceroceptores, que integram nervos 
predominantemente viscerais, juntamente com fibras do SNA simpático (exceto as fibras de órgãos pélvicos 
que acompanham os parassimpáticos). 
Os impulsos aferentes passam por gânglios sensitivos antes de entrarem no SNC, e no caso dos nervos 
espinais, são os mesmos gânglios para as fibras somáticas e viscerais. 
 
Grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que não se tomam conscientes. Exemplo: continuamente 
estão chegando ao nosso sistema nervoso central impulsos que informam sobre a pressão arterial e o teor de 
O2 do sangue, sem que possamos percebê-los. Os visceroceptores situados no seio carotídeo são sensíveis às 
variações da pressão arterial, e os do corpo carotídeo, às variações na taxa de 0 2 do sangue. 
 
Muitos impulsos viscerais tomam-se conscientes, manifestando-se sob a forma de sensações como sede, 
fome, plenitude gástrica e dor. 
 
A sensibilidade visceral difere da somática principalmente por ser mais difusa, não permitindo localização 
precisa. Por outro lado, os estímulos que determinam dor somática são diferentes dos que determinam a dor 
visceral. A secção da pele é dolorosa, mas a secção de uma víscera não o é. A distensão de uma víscera, como 
uma alça intestinal, é muito dolorosa, o que não acontece com a pele. Considerando-se que a dor é um sinal 
de alarme, o estímulo adequado para provocar dor em uma região é aquele que mais usualmente é capaz de 
lesar esta região. 
 
A dor referida é uma característica da manifestação da dor visceral, ou processos irritativos e inflamatórios 
em alguns que se expressa em alguma região cutânea. Por exemplo: processos irritativos do diafragma 
manifestam-se por dores e hipersensibilidade na pele da região do ombro; a apendicite pode causar 
hipersensibilidade cutânea na parede abdominal da fossa ilíaca direita; o infarto do miocárdio, no braço 
esquerdo. 
 
--> Diferença entre o SN somático eferente e o SN visceral eferente (SNA). 
Os impulsos nervosos que seguem pelo sistema nervoso somático eferente terminam em músculo estriado 
esquelético, voluntário, enquanto os que seguem pelo sistema nervoso autônomo terminam em músculo 
estriado cardíaco, músculo liso ou glândula, involuntário. 
 
Anatomicamente o SN somático eferente possui apenas 1 neurônio, cujo corpo celular está no corno anterior 
da medula e sua terminação na placa neuromotora. Já o SN autônomo possui dois neurônios: um pré-
ganglionar cujo corpo celular está na medula, ou tronco encefálico e um pós-ganglionar, cujo corpo está em 
gânglios no sistema nervoso periférico. 
 
 
--> Organização geral do SNA 
A parte elementar periférica do SNA são os 2 neurônios. Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-
se na medula e no tronco encefálico. No tronco encefálico, eles se agrupam formando os núcleos de origem 
de alguns nervos cranianos como o nervo vago. 
 
No tronco encefálico e na porção sacral (S2, S3, S4) se concentram os neurônios parassimpáticos. Na porção 
toracolombar (T1-L2) se concentram os neurônios simpáticos localizados na coluna/corno lateral na medula 
espinal. A fibra pré-ganglionar é revestida por bainha de mielina e neurilema 
 
=>Neurilema- Delgada membrana formada de células de Schwann que envolvem o axônio, mas estas 
 não estão compactadas, ou seja, não formam a bainha de mielina. O Neurilema envolve a bainha de 
 mielina das fibras nervosas mielínicas e o cilindroeixo das fibras nervosas amielínicas. 
 
Os corpos dos neurônios pós-ganglionares estão nos gânglios periféricos que são revestidos por uma célula 
neuroglial diferente, os anficitos. 
 
=>Anficítos ou células satélites- circundam o pericário dos neurônios do SNA, mantendo um 
 microambiente controlado permitindo trocas metabólicas e isolamento elétrico. 
 
As fibras pós-ganglionares são amielínicas porém são revestidas por neurilema (Fibras de Remak). 
 
O sistema nervoso central influencia o funcionamento das vísceras, principalmente pela atuação do 
hipotálamo, no controle de alguns comportamentos emocionais. O SNC envia impulsos através de fibras 
especiais que descem e realizam sinapse com os neurônios pré-ganglionares. Essa conexão é responsável pela 
alteração visceral em decorrência de alguma mudança emocional, e vice versa. 
 
--> Diferenças entre o SN Simpático e Parassimpático. 
A divisão segue critérios anatÕmicos, farmacológicos e fisiológicos. 
 
ANATÔMICAS: 
 
A) Posição dos neurônios pré-ganglionares: o simpático é toracolombar (T1-L2), enquanto o parassimpático é 
craniossacral (tronco encefálico e S2, S3 e S4). 
 
B) Posição dos neurônios pós-ganglionares: no simpático os neurônios pós. Se localizam longe das vísceras, 
ou seja, nas cadeias paravertebrais ou pré-vertebrais. No parassimpático, localizam-se próximo ou dentro das 
vísceras. 
 
C) Tamanho das fibras pré e pós: no simpático a fibra pré é curta e no parassimpático é longa. Já as pós são o 
contrário. 
 
D) Ultraestrutura da fibra: as fibras pós-ganglionares simpáticas são predominantemente granulares, ou seja, 
liberam noradrenalina. As fibras pós do parassimpático são agranulares, ou seja, liberam acetilcolina. 
 
FARMACOLÓGICAS: 
As drogas que imitam a ação do sistema nervoso simpático são denominadas simpaticomiméticas. Existem 
também drogas, como acetilolina, que imitam as ações do parassimpático e são chamadas 
parassimpaticomiméticas. 
 
A ação da fibra nervosa sobre o efetuador (músculo ou glândula) se faz por liberação de um neurotransmissor, 
dos quais os mais importantes são a acetilcolina e a noradrenalina. As fibras nervosas que liberam a 
acetilcolina são chamadas colinérgicas e as que liberam noradrenalina, adrenérgicas. 
 
Obs: A rigor, estas últimas deveriam ser chamadas noradrenérgicas, porém, o termo adrenérgico se 
 tornou clássico pois inicialmente acreditava-se que a principal substancia liberada era a adrenalina 
 (como ocorre nos anfíbios). 
 
As fibras pré-ganglionares tanto simpáticas quanto parassimpáticas são colinérgicas. Contudo a maioria das 
fibras pós-ganglionares simpáticas são adrenérgicas. Fazem exceção as fibras que inervam as glândulas 
sudoríparas e os vasos dos músculos estriados esqueléticos que. apesar de simpáticas, são colinérgicas. 
 
 
FISIOLÓGICAS: 
 
O sistema simpático tem ação antagônica à do parassimpático em um determinado órgão. (Exceto nas 
glândulas salivares em que os dois estimulam a secreção, sendo que o parassimpático estimula secreção mais 
líquida e fluida). Apesar de serem antagônicos, os dois trabalham em harmonia para a manutenção da 
homeostase. 
 
A maioria da inervação dos órgãos é mista, apesar de algumas exceções: alguns órgãos têm inervação 
puramente simpática, como as glândulas sudoríparas, os músculos eretores do pelo e o corpo pineal de vários 
animais. Nas glândulas endócrinas as células secretoras não são inervadas, apenas tem inervação simpática 
na parede dos vasos. Nas glândulas exócrinas, o simpático inervaos vasos e o parassimpático o parênquima. 
 
A ação do parassimpático é mais direcionada ao local de liberação, enquanto as ações do simpático além de 
locais, também são mais difusas. Isso se dá pois os gânglios do parassimpático, estando próximos das vísceras, 
fazem com que o território de distribuição das fibras pós-ganglionares seja necessariamente restrito. Além do 
mais, no sistema parassimpático, uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um número relativamente 
pequeno de fibras pós-ganglionares. 
Já no sistema simpático, os gânglios estão longe das vísceras e uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com 
grande número de fibras pós-ganglionares que se distribuem a territórios consideravelmente maiores. 
 
O princípio de luta ou fuga é decorrente de uma descarga em massa de adrenalina, com atuação da 
suprarrenal. Nesse caso a adrenalina atua como um hormônio, em regiões distantes de sua secreção, através 
da corrente sanguínea, amplificando a atuação do sistema nervoso autônomo simpático. Essa reação de 
alarme serve para preparar o indivíduo para lutar ou fugir, por isso provoca o aumento da conversão de 
glicogênio em glicose, liberada na corrente sanguínea, o aumento do suprimento vascular dos mm estriados 
esqueléticos, aumento do ritmo cardíaco, vasoconstrição mesentérica e cutânea (o indivíduo fica pálido). 
Ocorre também o aumento da pressão arterial, e a broncodilatação para melhorar o aporte de O2. No globo 
ocular, observa-se dilatação das pupilas. No tubo digestivo, há diminuição do peristaltismo e fechamento dos 
esfíncteres. Na pele, há ainda aumento da sudorese e ereção dos pelos. 
 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
 
1. Aspectos anatômicos 
 
1.1 tronco simpático 
É a principal formação anatômica, formada por uma cadeia de gânglios unidos por ramos interganglionares. cada 
tronco simpático se estende de cada lado da coluna vertebral, desde a base do crânio até o cóccix, onde se juntam. 
Eles formam a cadeia paravertebral. 
Na porção cervical há 3 gânglios, sendo que o mais inferior se funde com o primeiro torácico. Há de 10-12 gânglios 
torácicos, de 3-5 lombares, 4-5 sacrais e 1 coccígeo, sendo ele ímpar pela junção dos dois lados da cadeia. 
 
1.2 Nervos esplâncnicos e gânglios pré-vertebrais 
Da porção torácica (T5), originam-se os nervos Esplâncnicos que descem, atravessam o diafragma e penetram na 
cavidade abdominal, terminando nos gânglios pré-vertebrais. Esses gânglios estão anteriormente a colona vertebral 
e a artéria aorta abdominal. Assim, existem: dois gânglios celíacos, direito e esquerdo, situados na origem do tronco 
celíaco; dois gânglios aórtico-renais, na origem das artérias renais; um gânglio mesentérico superior e outro 
mesentérico inferior, próximo à origem das artérias de mesmo nome. Os nervos esplâncnicos terminam nos gânglios 
celíacos e aórtico-renais. 
 
Obs. Gânglios pré-vertebrais: 2 celíacos, 2 aórtico-renais, 1 
mesentérico superior e 1 mesentérico inferior. 
 
 
1.3 Ramos Comunicantes 
São ramos que unem o tronco simpático aos nervos espinais. São de dois tipos, os ramos comunicantes brancos e os 
cinzentos. Os ramos comunicantes brancos, na realidade, ligam a medula ao tronco simpático, sendo, pois, 
constituídos de fibras pré-ganglionares, além de fibras viscerais aferentes. Já os ramos comunicantes cinzentos ligam 
o tronco simpático a todos os nervos espinhais e são constituídos de fibras pós-ganglionares, que, sendo amielínicas, 
dão a este ramo uma coloração ligeiramente mais escura. 
 
Obs. Só há ramos comunicantes brancos na porção 
toracolombar, pois é o local de onde emerge o SNA simpático 
 
1.4 Filetes vasculares e Nervos cardíacos 
Do tronco simpático, e especialmente dos gânglios pré-vertebrais, saem pequenos filetes nervosos que se acolam à 
adventícia das artérias e seguem com elas até as vísceras. 
 
Exemplo: do gânglio cervical superior sai o nervo carotídeo interno, 
que pode se ramificar e formar o plexo carotídeo interno, penetrando 
no crânio pelas paredes da artéria carótida interna. 
 
Exemplo: Dos gânglios pré-vertebrais, filetes nervosos acolam-se à 
artéria aorta abdominal e a seus ramos. 
 
Do tronco simpático, emergem ainda filetes nervosos que chegam às vísceras por um trajeto independente das 
artérias. Entre estes, temos, por exemplo, os nervos cardíacos cervicais superior. médio e inferior, que se destacam 
dos gânglios cervicais correspondentes, dirigindo-se ao coração. 
 
2. Localização dos Neurônios pré-ganglionares simpáticos (destino e trajeto das fibras) 
O corpo dos neurônios pré-ganglionares estão no ventre lateral da medula, entre T1 e L2, emitem ramos que saem 
pelo corno anterior, ganham as raízes nervosas ventrais e passam ao tronco simpático pelo ramo comunicante branco. 
Terminam fazendo sinapse com os neurônios pós-sinápticos que podem estar em 3 localizações: 
a. Em um gânglio paravertebral situado no mesmo nível, de onde a fibra saiu pelo ramo comunicante branco; 
b. Em um gânglio acima ou abaixo do nível ao qual emergiu. Eles chegam por meio de fibras intra-ganglionares 
que percorrem por dentro do próprio tronco para níveis acima de T1 ou abaixo de L2, onde já não tem ramos 
brancos; 
c. Em um gânglio pré-vertebral, onde as fibras pré-ganglionares chegam pelos nervos esplâncnicos 
 
3. Localização dos Neurônios pós-ganglionares simpáticos (destino e trajeto das fibras) 
Os neurônios pós-ganglionares estão nos gânglios para e pré-vertebrais, de onde saem as fibras pós-ganglionares, 
cujo destino é sempre uma glândula, músculo liso ou cardíaco. As fibras pós-ganglionares, para chegar a este destino, 
podem seguir por três trajetos: 
 
a. Por meio de um nervo espinal. As fibras são levadas a ele por ramos comunicantes cinzentos, e chegam até as 
vísceras por esses nervos. 
b. Por meio de um nervo independente, como é o caso dos nervos cardíacos; 
c. Por meio de uma artéria, aos quais são acoplados os nervos e chegam até a área de irrigação, como o plexo 
carotídeo interno e das vísceras abdominais. 
 
A medula adrenal pode ser considerada um gânglio, visto que as fibras pré-ganglionares saem da medula e fazem 
sinapse diretamente com ela, resultando na liberação de epinefrina e norepinefrina na corrente sanguínea. 
 
4. Inervação Simpática da Pupila 
As fibras pré-ganglionares relacionadas com a inervação da pupila originam-se de neurônios situados na coluna lateral 
da medula torácica alta (TI e T2). Essas fibras saem pelas raízes ventrais, ganham os nervos espinhais correspondentes 
e passam ao tronco simpático pelos respectivos ramos comunicantes brancos. Sobem no tronco simpático e terminam 
estabelecendo sinapses com os neurônios pós-ganglionares do gânglio cervical superior. As fibras pós-ganglionares 
sobem no nervo e no plexo carotídeo interno e penetram no crânio com a artéria carótida interna. Quando passam 
pelo seio cavernoso, passam pelo gânglio ciliar e através do nervo ciliar curto vai para o globo ocular, onde termina 
fazendo um plexo no mm dilatador da pupila. 
 
Esse nervo pode sofre algum tipo de compressão, e ocasionar a Síndrome de Horner: 
• Miose (pupila contraída) 
• Queda da pálpebra; 
• Vasodilatação cutânea; 
• Dificuldade na sudorese. 
 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO 
Aproximadamente 75% das fibrsa cursam pelo nervo Vago (X par), que suprem o coração, pulmão, esôfago, 
estômago, intestino delgado, vesícula biliar, pâncreas, rins e porção superior os ureteres. 
1. Parte Craniana 
Composta por alguns núcleos do tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas com relação a alguns nervos cranianos; 
os corpos dos neurônios pré-ganglionares estão nos núcleos e emitem suas fibras aos gânglios pelos nervos 
cranianos III< VII< IX<X. Dos gânglios saem as fibras pós ganglionares. 
 
 
a. Gânglio Ciliar: situa-se na cavidade orbitária, lateralmente ao nervo óptico. Recebe fibras pré-ganglionares 
do III par e envia através do nervo ciliar as fibras pósque inervam o mm ciliar e esfíncter da pupila. 
b. Gânglio Pterigopalatino - situado na fossa pterigopalatina, ligado ao ramo maxilar do trigêmeo. Recebe fibras 
pré-ganglionares do VII par e envia fibras pós-ganglionares para a glândula lacrimal; 
c. Gânglio Óptico: Recebe fibras pré-ganglionares do IX par e manda fibras pós-ganglionares para a parótida, 
através do nervo auriculotemporal. 
d. Gânglio Submandibular - situado junto ao nervo lingual, no ponto em que este se aproxima da glândula 
submandibular. Recebe fibras pré-ganglionares do VII par e manda fibras pós-ganglionares para as glândulas 
submandibular e sublingual. 
 
 
 
 
Obs. Estes gânglios estão relacionados anatomicamente com 
ramos do nervo trigêmeo. Este nervo, entretanto, ao emergir 
do crânio, não tem fibras parassimpáticas, recebendo-as 
durante seu trajeto através de anastomoses com os nervos 
VII e IX. 
 
Existe, ainda, na parede ou nas proximidades das vísceras, do tórax e do abdome, grande número de gânglios 
parassimpáticos, em geral pequenos, às vezes constituídos por células isoladas. Nas paredes do tubo digestivo, eles 
integram o plexo submucoso (de Meissner) e o mioentérico (de Auerhach). Estes gânglios recebem fibras pré-
ganglionares do vago e dão fibras pós-ganglionares curtas para as vísceras onde estão situadas. Convém acentuar 
que o trajeto da fibra pré-ganglionar até o gânglio pode ser muito complexo. 
 
Frequentemente, ela chega ao gânglio por um nervo diferente daquele no qual saiu do tronco encefálico. 
 
2. Parte Sacral 
Os neurônios pré-ganglionares estão nos segmentos sacrais em S2, S3 e S4. As fibras pré-ganglionares saem pelas 
raízes ventrais dos nervos sacrais correspondentes, ganham o tronco destes nervos, dos quais se destacam para 
formar os nervos esplâncnicos pélvicos. Por esses nervos terminam fazendo sinapse nos gânglios localizados nas 
vísceras da cavidade pélvica (cólon descendente, bexiga, porção inferior dos ureteres, e genitálias). 
 
PLEXOS VISCERAIS 
É um emaranhado de gânglios e filetes nervosos nas proximidades das vísceras torácicas, abdominais e pélvicas. É 
formado por: 
• Fibras Simpáticas Pré-ganglionares e Pós-ganglionares. 
• Fibras Parassimpáticas Pré-ganglionares e Pós-ganglionares. 
• Fibras viscerais aferentes 
• Gânglios Parassimpáticos 
• Gânglios pré-vertebrais do simpático. 
 
3.1 Plexos torácicos e inervação do coração 
Na cavidade torácica existem 3 plexos: cardíaco, pulmonar e esofágico. As fibras simpáticas se originam dos 3 
gânglios cervicais e 6 primeiros torácicos e as parassimpáticas se originam do nervo vago. 
 
O plexo cardíaco é formado por ramificações e anastomoses dos nervos cardíacos cervicais (sup., médio, inf.),dos 
nervos cardíacos do vago, que vão para a base do coração e foram além disso, plexos internos subepicárdicos e 
subendocárdicos. Observa-se numerosos gânglios parassimpáticos, sendo que este realiza inibição, enquanto o 
simpático aceleração. 
Obs. Na doença de Chagas, há intensa destruição dos 
gânglios do simpático e parassimpático do coração, causando 
a desnervação e a cardiopatia chagásica. 
 
 
3.2 Plexos da Cavidade Abdominal 
3.2.1 Plexo Celíaco 
É chamado de plexo solar, localiza-se na região profunda do epigástrico, adiante da aorta abdominal, na altura do 
tronco celíaco. É formada pelos gânglios simpáticos celíacos, aórtico-renais e mesentéricos, de onde irradia fibras 
para toda a cavidade abdominal. 
Os nervos mais importantes que emitem fibras pré para o plexo celíaco são: 
a) os nervos esplâncnicos maior e menor - destacam- se de cada lado do tronco simpático de T5 a T12 e 
 terminam fazendo sinapse nos gânglios pré-vertebrais; 
b) o tronco vagal anterior e o tronco vagal posterior- oriundos do plexo esofágico, contendo, cada um, fibras 
 oriundas dos nervos vago direito e esquerdo. 
 
As fibras parassimpáticas do Vago passam pela cadeia pré-vertebral e terminam fazendo sinapse com gânglios e 
células das vísceras abdominais. 
O plexo celíaco dá origem a plexos secundários, dentre eles os pares: renal, suprarrenal e testicular (ou útero-
ovárico); e os plexos secundários ímpares são: hepático, lienal, gástrico, pancreático, mesentérico superior, 
mesentérico inferior e aórtico-abdominal. 
 
3..2.2 Plexo Entérico 
Localizam-se na parede do trato gastrointestinal e são dois: mioentérico de Auerbach e o submucoso de Meissner. 
São constituídos de neurônios pós ganglionares parassimpáticos colinérgicos, neurônios sensoriais e interneurônios, 
sendo que muitos nem fazem conexão direta com o SNC. 
É responsável pelo comando de células musculares lisas, glândulas produtoras de muco e vasos locais. Os neurônios 
sensoriais captam o estado químico dos conteúdos e o grau de estiramento, regulando a contração do anel de 
constrição e o relaxamento distal, permitindo assim a peristalse. 
Obs. Por muito tempo cogitou-se a ideia de que o plexo 
entérico formasse um sistema de comando independente do 
SN autônomo, por isso deveria ser considerado uma terceira 
divisão do sistema autônomo (Sistema Nervoso Entérico). 
Porém apesar de certa independência, é o SNA que permite 
ritmo e coordenação. 
3.2.3 Plexo da cavidade Pélvica. 
O plexo pélvico, ou hipogástrico (superior e inferior) inerva todos os órgãos da cavidade pélvica. Para a formação 
desse plexo contribuem: 
a. Filetes nervosos do plexo aórtico-abdominal; 
b. Nervos Esplâncnicos pélvicos; 
c. Filetes nervosos dos gânglios sacrais e lombares do tronco simpático. 
 
INERVAÇÃO DA BEXIGA 
Dentre os órgãos pélvicos, destaca-se a bexiga. As fibras 
aferentes que chegam à região sacral fazem parte do arco 
reflexo da micção, cuja parte eferente está a cargo da 
inervação parassimpática da bexiga. 
 
 
Fisiologia do Sistema nervoso autônomo 
 Tratado de fisiologia Médica - Guyton e Hall. 12° ed. Cap 60 
 
O Sistema Nervoso Autônomo é responsável pelo controle das funções viscerais importantes para a homeostase. 
 
ORGANIZAÇÃO GERAL 
 
O SNA é ativado pelos centros da medula espinal, tronco cerebral, hipotálamo e algumas regiões corticais do sistema 
límbico. Além disso, é ativado também por sistemas reflexos, em que um estímulo visceral chega até os gânglios 
autonômicos do tronco ou hipotálamo e geram uma resposta subconsciente de volta ao órgão. Os sinais eferentes 
são transmitidos por duas vias: simpáticas e parassimpáticas. 
 obs. Ver anatomia do simpático e parassimpático 
 
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA FUNÇÃO SIMP. E PARASSIMP. 
 
1. Secreção Colinérgica e Adrenérgica 
Todas as fibras pré-ganglionares secretam acetilcolina, além das pós parassimpáticas (transmissor parassimpático). 
Já as fibras pós simpáticas secretam norepinefrina (transmissor simpático) - (exceto as da glândula sudorípara e 
piloeretoras) 
 
2. Mecanismos de liberação e remoção dos neurotransmissores 
Nas terminações nervosas simpáticas e parassimpáticas, muitas vezes passando pelo órgão efetor ou terminando 
nos tecidos conjuntivos desses órgãos, contém varicosidades. Essas dilatações bulbosas armazenam as vesículas que 
contém acetilcolina ou norepinefrina, além de mitocôndrias que fornecem ATP para a síntese desses NE. 
Quando o PA chega nas varicosidades, aumenta a permeabilidade de íons Ca, o que promove a liberação do 
conteúdo vesicular para o exterior. 
 
• Acetilcolina - síntese e destruição 
 
 
É sintetizada e armazenada nas varicosidades. Após ser secretada, permaneça ativa durante alguns poucos segundos 
e é degradada pela enzima acetilcolinesterase em íon acetato + colina. A colina é recaptada e utilizada nas próximas 
sínteses. 
• Norepinefrina - síntese e destruição 
A síntese começa no axoplasma das terminações nervosas e termina nas vesículas. 
 
Após a secreção nas terminações, ela atua apenas por alguns segundos e é removia de 3 formas diferentes: (a) 
recaptação pela terminação adrenérgica - 50-80%; (b) remoção para os fluidos corporais–sangue; ( c) destruição por 
enzimas teciduais como a monoamina oxidase. quando liberada na corrente sanguínea demora mais, pois precisa 
ser incorporada em algum tecido para ser degradada (10-30 segs – 1 min). 
 
3. Ação dos Receptores nos órgãos efetores 
Ao serem liberadas, os NE se ligam a a receptores da membrana celular, ligadas a proteínas integrais de membrana. 
Essa ligação ativa a proteína que aumenta a permeabilidade para íons, ou ativa enzimas citoplasmáticas. 
 
• Mudança de permeabilidade 
A proteína integral de membrana abre ou fecha canais iônicos, como os de Na ou Ca, permitindo o rápido influxo 
(excitação). ou também canais de K, permitindo efluxo (inibição). 
 
• Segundos mensageiros 
O receptor pode ativar ou inativar uma enzima no interior da célula. Ex: a ligação de NA ao eu receptor ativa a 
adenilil ciclase, o que aumenta o AMPc que pode iniciar diversas ações intracelulares. 
 
Receptores para acetilcolina- A Ach ativa dois receptores, os muscarínicos e os nicotínicos. Os receptores Mu são 
encontradas em todas as células estimuladas por neurônios colinérgicos., tanto do simpático quanto do 
parassimpático. Já os nicotínicos estão localizados nos gânglios autonômicos de sinapse entre neurônios pré e pós 
ganglionares. 
 
Receptores adrenérgicos- a NA e adrenalina estimulam dois tipos de receptores, os alfas (1 e 2) e os betas (1, 2 e 3). 
a NA estimula mais os betas, e em menor grau os alfas. Já a epinefrina estimula os dois. Portanto, a resposta a esses 
neurotransmissores depende do tipo de receptor presente em cada órgão. 
 
4. Excitação e Inibição do SNA. 
O simpático e parassimpático podem ter tanto ações inibitórias quanto excitatórias, a depender do órgão: 
• Olhos – S: midríase; P: miose 
• Glândulas - nasais/lacrimais/salivares/ gastrointestinais- S: secreção concentrada de enzimas e muco. P: 
 secreção aquosa 
 - sudoríparas- S: secreção aumentada e são colinérgicas. 
• Plexo entérico - S: redução do peristaltismo; contração dos esfíncteres. P: aumento do peristaltismo, 
 relaxamento dos esfíncteres. 
• Coração- S: aumenta da frequência cardíaca. P: redução da frequência cardíaca e da força de contração. 
• Vasos sanguíneos sistêmicos- S: vasoconstrição 
• Pressão arterial- S: hipertensão aguda. P: hipotensão aguda e redução do bombeamento. 
• Sistema energético: S: aumenta a conversão de glicogênio em glicose, aumenta a concentração de glicose no 
 sangue. Aumento da atividade basal. 
 
FUNÇÃO DAS MEDULAS ADRENAIS 
A estimulação simpática direta da medula suprarrenal libera grandes quantidades de epinefrina e norepinefrina no 
sangue (80% Epi. 20% Norepi.) e causam basicamente os mesmos efeitos que a inervação simpática direta, porém 
tem um tempo de duração de até 2-4 min. 
Algumas diferenças entre as duas são decorrentes da afinidade com os receptores. 
• A epinefrina tem mais afinidade com receptores beta, por isso tem mais atuação no coração; 
• A epinefrina aumenta o debito cardíaco sem alterar muito a resistência vascular pois não tem grande 
atuação de vasoconstrição, enquanto a norepinefrina aumenta a resistência vascular periférica total e a 
pressão cardíaca. 
• Epinefrina tem efeito metabólico muito maior, como a liberação de glicose na corrente sanguínea. 
 
FUNÇÃO DA MEDULA ADRENAL NO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
Tanto a medula quanto os neurônios adrenérgicos auxiliam na estimulação simpática, e um pode substituir o outro 
em caso de alguma lesão. Esse mecanismo duplo de estimulação é um fator de segurança, onde um pode ser 
substituído pelo outro. 
Outro papel é que a medula pode estimular outras células que não possuem inervação direta adrenal. 
 
FREQUÊNCIA DE ESTÍMULO E EFEITOS 
Em geral, a baixa estimulação já é suficiente para a completa ativação efetora, com 10-20 descargas por segundo, 
em comparação ao sistema nervoso esquelético que necessita de 50-500 ou mais. 
 
TÔNUS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO 
Refere-se ao valor basal constante em que o SNA é mantido. Isso é importante para a manutenção das arteríolas 
sempre contraídas, pelo peristaltismo, 
Em caso de secção do nervo há perda da função tônica, ex: há uma super dilatação dos capilares, porém dentro de 
alguns dias há o desenvolvimento por compensação do tônus intrínseco, retornando a normalidade. 
 
TÔNUS CAUSADO PELA SECREÇÃO DAS ADRENAIS 
A secreção normal permite a manutenção da pressão arterial, mesmo sem a participação do SNA diretamente. 
 
REFLEXOS AUTÔNOMOS 
--- barorreceptores (receptor de estiramento nas paredes das artérias, controlando a pressão) 
--- gastrointestinais (cheiros, imagens provocam o reflexo de salivação; a presença da massa fecal no reto provoca o 
reflexo peristálticos para a defecação) 
--- esvaziamento da bexiga; 
--- reflexos sexuais (ereção e ejaculação). 
 
RESPOSTA EM MASSA 
Ocorre em resposta a estímulos de medo, terror ou dor intensa, em que há descarga simultânea de todas as 
unidades simpáticas, como uma reação de alarme. 
 
 
	SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
	1. Aspectos anatômicos
	2. Localização dos Neurônios pré-ganglionares simpáticos (destino e trajeto das fibras)
	3. Localização dos Neurônios pós-ganglionares simpáticos (destino e trajeto das fibras)
	4. Inervação Simpática da Pupila
	SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO
	1. Parte Craniana
	2. Parte Sacral
	PLEXOS VISCERAIS
	3.1 Plexos torácicos e inervação do coração
	3.2 Plexos da Cavidade Abdominal

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