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ALMEIDA, Mônica Piccolo. Reformas neoliberais no Brasil: a privatização nos governos Collor e FHC

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ALMEIDA, Mônica Piccolo. Reformas neoliberais no Brasil: a privatização nos 
governos Collor e FHC. 2010. 427 f. Tese (Doutorado) - Curso de História, 
Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2010, p. 47-120. 
 
A autora 
Mônica Piccolo Almeida é graduada em História e mestre em História Social pela 
Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em História pela Universidade 
Federal Fluminense. 
 
A obra 
“Reformas neoliberais no Brasil: a privatização nos governos Collor e FHC” é a tese 
de doutoramento de Mônica Piccolo Almeida, apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF), no ano de 2010. 
Tomando como base a teoria gramsciana, a autora revisita o período histórico dos 
governos militares e do primeiro governo civil para analisar o processo de introdução 
das reformas neoliberais no país. 
 
O texto 
No primeiro capítulo do trabalho, Estado e Sociedade no Brasil: Para além de uma 
relação naturalizada, a autora analisa algumas obras que trataram fundamentalmente 
dos Governos Collor e Fernando Henrique Cardoso e questiona as interpretações que 
davam conta do Estado brasileiro como sendo sem fissuras, apresentando a hipótese 
contrária de que os projetos de reforma de ambos os governos respondiam às 
tentativas de uma classe ou de uma fração de classe de naturalizar e nacionalizar 
suas próprias demandas e interesses. 
Em suas trajetórias eleitorais, ambos os presidenciáveis colocaram o Estado no centro 
da agenda política, ao afirmarem a necessidade de uma reforma e se colocarem como 
as únicas possibilidades para tirar o país da crise política, econômica, social e moral 
que atingia o Brasil. 
Ao começar a tratar do objetivo do capítulo: a análise de obras sobre a relação Estado 
e Sociedade Civil no Brasil durantes os governos Collor e FHC, Almeida traz a ideia 
de Poulantzas de que o Estado tem o papel de organizar e representar a classe 
dominante ou frações da classe dominante, a classe burguesa. 
A análise de Luiz Eduardo Soares sobre o Governo Collor dá conta de que a 
característica principal do período era a incerteza e trata também da autonomização 
da política, que foi um traço estrutural desse governo e teve início ainda na campanha 
eleitoral. Collor desprezava mediações, apresentava-se como independente e 
colocava a ausência de apoios organizados como condição para a autonomia. Isso 
fez com que, ao ser empossado, Collor tivesse uma agenda própria que não derivara 
de negociações ou acordos políticos, o que consequentemente o levou ao isolamento 
político. No entanto, qualquer análise que vá além do discurso do candidato 
perceberia a extensa rede de apoios políticos e financeiros em torno da campanha de 
Fernando Collor. 
A produção de Werneck Vianna sobre o tema aponta que o projeto americanista de 
progresso pela modernização autoritária é derrotado após o primeiro ano de governo 
de Collor. Ao ignorar o Congresso com o Plano Collor I, o mandato presidencial 
assume características bonapartistas e se coloca como o defensor da modernização 
neoliberal. No entanto, com o Plano Collor II fica explícito que o projeto inicial do 
governo fora derrotado e que ele seguiria a linha da “Tradição Republicana”, 
abdicando do projeto de modernização neoliberal.

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