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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LEITURA BRASÍLIA - Alunos do ensino fundamental matriculados em escolas públicas nas capitais dos estados ficaram meses sem atividades remotas ou orientação dos professores no período em que as aulas presenciais foram suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus. Em 14 das 27 capitais, os estudantes tiveram 35 dias ou mais sem nenhum tipo de atividade remota durante o período de suspensão das aulas, de acordo com informações fornecidas pelas secretarias municipais de Educação. Brasília levou 123 dias para oferecer algum tipo de ensino remoto. Em Belo Horizonte (MG), foram 90 dias. O caso mais crítico é o de São Luís (MA), onde o ensino à distância ainda não havia começado no início de agosto. Conforme os relatos das secretarias municipais, aulas por videoconferência, em que alunos e professores podem interagir em tempo real, foram exceção na rede pública. Das 27 capitais, apenas Salvador usou o recurso no primeiro semestre, com alunos do 6º ao 9º ano. No restante do país, a orientação dos professores aos alunos por meio de aplicativos e redes sociais foi a estratégia mais usada, adotada por 26 capitais. Em 23 dessas cidades, materiais de estudo foram disponibilizados em sites, blogs e plataformas criadas pelas secretarias. A entrega de material impresso para alunos sem acesso à internet foi a solução encontrada por 19 cidades para tentar manter o vínculo com esses estudantes. Nas outras 8 capitais, quem não tinha internet só conseguiu material impresso indo pessoalmente à escola. No Recife, para viabilizar as aulas na sua plataforma, a secretaria de educação recorreu a uma campanha de arrecadação de aparelhos de telefone para doação a alunos do 6º ao 9º ano, última fase do ensino fundamental. Wilames Thiago, 14, que cursa o 9º ano na Escola Municipal Reitor João Alfredo, no Recife, contou no início de agosto que recebeu da escola um chip novo para o celular, mas ainda não tinha acesso a aulas pela plataforma criada pela prefeitura. “Temos um grupo da escola no WhatsApp e todos os dias três professoras mandam atividades para nós fazermos, mas não são todas as pessoas”, afirma. “Algumas ainda não têm celular”. 1. (4,0) Qual é o problema denunciado pela notícia? a. A maioria dos brasileiros não têm acesso à internet de qualidade nem computador. b. As dificuldades de se garantir aulas remotas no ensino público durante a pandemia. c. Os professores não estão preparados para dar aula remota durante a pandemia. d. A situação da pandemia de covid-19 é pior nas capitais dos estados brasileiros. Nome: Turma: Para responder às perguntas de 1 a 10, leia a notícia abaixo. Nota: ALUNOS DA REDE PÚBLICA FICAM MESES SEM ATIVIDADES REMOTAS NA PANDEMIA Prefeituras de capitais não conseguem educar estudantes sem aulas presenciais Sheyla Santos 30.ago.2020 às 18h00 Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/08/alunos-da-rede-publica-ficam-meses-sem-atividades-remotas-na-pandemia.shtml | alineprofessora.com 2. (4,0) Qual capital brasileira levou mais tempo para implementar um sistema de aulas a distância durante a pandemia? a. Brasília b. Belo Horizonte c. São Luís d. Recife 3. (4,0) No 3º parágrafo, o substantivo recurso está retomando qual outro termo do parágrafo? a. videoconferência b. rede pública c. aplicativos d. sites 4. (4,0) Qual é o sentido da palavra viabilizar no 4º parágrafo da notícia? a. iniciar b. autorizar c. possibilitar d. evitar 5. (4,0) No último parágrafo, o pronome algumas pode ser substituído, sem alteração de sentido, por: a. Algumas professoras b. Algumas atividades c. Alguns grupos d. Alguns alunos 6. (2,5) No último parágrafo, qual é o sujeito da oração "mas ainda não tinha acesso a aulas pela plataforma criada pela prefeitura"? a. Sujeito oculto, pois podemos identificar que se refere ao aluno Wilames Thiago. b. Sujeito simples, pois o sujeito é Wilames Thiago e está escrito na oração. c. Sujeito indeterminado, pois não é possível identificar o sujeito do verbo "ter". d. Sujeito inexistente, pois o verbo "ter" tem o sentido de "haver" nesta oração. 7. (4,0) Explique a função das aspas no último parágrafo. 8. (7,5) Segundo a notícia, a Secretaria de Educação de Recife fez uma campanha de arrecadação de aparelhos de telefone para doação a alunos do 6º ao 9º ano. Esta campanha foi o suficiente para resolver o problema? Justifique sua resposta com um trecho da notícia. | alineprofessora.com 9. (7,5) Analise o gráfico abaixo da pesquisa TIC Educação 2019. Compare o gráfico com a notícia e explique um motivo que dificultou a implementação das aulas a distância nas escolas públicas. 10. (7,5) Considerando que a notícia trata das aulas remotas, durante a pandemia, nas capitais dos estados brasileiros, o que podemos concluir sobre a situação das aulas nas outras cidades? Explique. 11. (4,0) Walter Kinder é um ilustrador que criou a série de charges "Quarentena" para retratar a rotina de idosos durante o período de isolamento. Qual das palavras utilizadas por ele, na charge, deixa claro que a pessoa da imagem é um idoso? a. quarentena b. Senhor c. Alfredo d. pouco 12. (4,0) O idoso da charge arranjou um disfarce de: a. motoqueiro b. policial c. piloto de carros d. entregador | alineprofessora.com 13. (7,5) Considerando que a charge foi publicada em 2020, responda: por que o idoso precisou arrumar um disfarce para sair de casa? Quando a quarentena acabar, a gente vai passar um mês na praia com as crianças. Quando a quarentena acabar, a gente vai viajar sem as crianças, pelo amor de Deus. Quando a quarentena acabar, eu vou acampar durante uma semana dentro de uma churrascaria rodízio – só vou no bufê de salada domingo à noite. (...) Quando a quarentena acabar, estranhos se abraçarão nas ruas. Quando a quarentena acabar, ninguém mais vai apertar a mão de ninguém. Este vai ser o novo normal quando a quarentena acabar. Quando a quarentena acabar ninguém mais falará “o novo normal”, porque neste anormal “novo normal” da quarentena a gente ouve “o novo normal” dezessete mil novecentas e trinta e duas vezes por dia. Palavras outrora inofensivas como “rebanho”, “pico”, “achatamento”, “curva” e “máscara” ainda farão tilintar tristes sinapses décadas depois de a quarentena acabar. (...) Gustavo, quando a quarentena acabar, a gente vai correr no Minhocão todo domingo. Fabrício, quando a quarentena acabar, a gente vai comer nirá e bardana numa calçada da Liberdade. Mattoso, quando a quarentena acabar, a gente vai escrever um longa. Paulinho, quando a quarentena acabar, eu serei um padrinho mais presente pro Valentim. Dinho, quando a quarentena acabar, eu vou fazer um jantar pros seus pais, em agradecimento a tudo o que eles fizeram por mim na adolescência. Sim, Oli e Dani, a gente vai ver as girafas no zoológico quando a quarentena acabar. Sim, a gente pode convidar a Rita e a Ceci. E o Tugo e o Teo. E o Lucas e a Nina. E a Luisa. A Lulu. A Coca. A Ana e o Luca. A vovó Tuni. A vovó Marta. A vovó Lena. A gente aluga uma van. Ou duas. Quando a quarentena acabar eu não vou mais escrever essas crônicas preguiçosas que repetem uma frase e só mudam o finalzinho, que nem música ruim da MPB. Quando a quarentena acabar eu vou compor uma sinfonia, escrever um romance, correr uma maratona e me formar em filosofia. Ao mesmo tempo. (...) Opa, acabou a quarentena? Vamos! Vou! Já! Muito! Espera, deixa só responder esses e-mails, espera, tenho que acabar este roteiro, espera, tem que comprar óleo de soja, espera, tem que pagar o boleto do condomínio, espera, Sesc Belenzinho? Mesmo? Lá longe? E se a gente ficasse em casa e visse uma série na Netflix? A gente pede uma pizza. Ou faz um ovo. Não sobrou miojo do almoço? Para responder às perguntas de 14 a 21, leia a crônica abaixo (adaptada) QUANDO A QUARENTENA ACABAR Antonio Prata 23.mai.2020 Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2020/05/quando-a-quarentena-acabar.shtml 14. (4,0) A oração "Quando a quarentena acabar" é repetida várias vezesao longo do texto. Essa repetição ajuda a construir o sentido de que: a. O narrador tem uma rotina de atividades repetitivas durante a quarentena. b. O narrador está fazendo muitos planos para depois da quarentena. c. O narrador não pretende mudar a sua rotina após o fim da quarentena. d. A rotina do narrador será a mesma durante e depois da quarentena. | alineprofessora.com 15. (4,0) Na oração abaixo, o "a gente" se refere a quem? Quando a quarentena acabar, a gente vai viajar sem as crianças, pelo amor de Deus. a. A todos os brasileiros. b. Ao narrador do texto. c. Ao narrador e sua companheira. d. Aos leitores da crônica. 16. (4,0) Releia o trecho abaixo, retirado do 2º parágrafo: Quando a quarentena acabar, estranhos se abraçarão nas ruas. Quando a quarentena acabar, ninguém mais vai apertar a mão de ninguém. Considerando o contexto da pandemia e o tema da crônica, podemos afirmar que: a. A segunda ação complementa a primeira. b. A segunda ação contradiz a primeira. c. A segunda ação é mais íntima que a primeira. d. A segunda ação ainda será proibida. 17. (4,0) Os nomes, em destaque no 3º parágrafo, indicam: a. Pessoas com quem o narrador está falando. b. Pessoas de quem o narrador está falando. c. Personagens inventados pelo narrador. d. Pessoas que concordam com o narrador. 18. (4,0) Os nomes "Oli e Dani" (3º parágrafo), provavelmente, são: a. Amigos do narrador b. Pais do narrador c. Vizinhos do narrador d. Filhos do narrador 19. (4,0) Qual dos adjetivos abaixo melhor descreve o sentimento do narrador em relação à quarentena? a. Satisfeito b. Entediado c. Contente d. Raivoso 20. (4,0) O que lemos no último parágrafo da crônica são: a. as respostas do narrador a pessoa(s) com quem ele está conversando. b. um trecho em que o narrador começa a falar alto consigo mesmo. c. um diálogo do narrador com todos aqueles que estão lendo a crônica. d. os pensamentos do narrador sobre os planos que ele fez. 21. (7,5) O que o último parágrafo da crônica nos diz sobre a mudança de comportamento planejada pelo narrador? Explique. | alineprofessora.com | avaliação elaborada pela professora Aline Câmara