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Cálculo III Coletânea Provas Antigas P1 - P2 - PF P1 P2 PF Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final- Escola Politécnica / Escola de Química - 26/02/2013 Questão 1: (2.5 pontos) Calcule a integral I = ∫∫ D (x+ y)e(x+y)2+(x−y)2√ 2x2 + 2y2 dxdy , onde D = { (x, y) ∈ R2 : x2 + y2 ≤ 1 and x− y ≥ 0 } . Sugestão: use a mudança de variáveis (u, v) = (x+ y, x− y). Solução: Seguindo a sugestão, usamos a mudança linear (u, v) = (x + y, x − y). Então calculamos o jacobiano ∂(u,v) ∂(x,y) = −2 ⇒ ∂(x,y)∂(u,v) = −12 . Alem disso, (x, y) ∈ D ⇔ (u, v) ∈ D˜ = { (u, v) ∈ R2 : u2 + v2 ≤ 2, e v ≥ 0 } . Logo, vale pela fórmula de mudança de variáveis I = 12 ∫∫ D˜ ueu 2+v2 √ u2 + v2 dudv . Agora, passamos em coordenadas polares (r, θ) com (u, v) = (r cos θ, r sen θ). Verificamos que ∂(u,v) ∂(r,θ) = r e que (u, v) ∈ D˜ ⇔ 0 ≤ r ≤ √ 2, 0 ≤ θ ≤ pi. Portanto, vale pela fórmula de mudança de variáveis que I = 12 ∫ √2 0 ∫ pi 0 cos(θ)er2rdθdr = 12 ( − sen θ )∣∣∣∣pi 0 ( er 2)∣∣∣∣r= √ 2 r=0 = 0 . Questão 2: (2.5 pontos) Calcule a integral de linha do campo vetorial F (x, y) = ( −y 4x2 + y2 + y, x 4x2 + y2 ) ao longo do quadrado C definido pelo sistema de equações |x|+ |y| = 4√pi, orientado no sentido anti-horário. Solução: Usaremos o Teorema de Green para resolver o problema. Para isto temos que isolar a origem da região a ser usada (pois F tem uma singularidade na origem). Definimos a curva auxiliar γ dada pela elipse 4x2 + y2 = 1 orientada no sentido horário. Seja D a limitada pelo quadrado e pela elipse. Logo, vale pelo Teorema de Green, ∫ C∪γ F · dr = ∫∫ D ( ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y ) dxdy = − ∫∫ D dxdy = −(4√2√pi)2 + pi2 = − 63pi 2 . Assim temos que ∫ C F · dr = −63pi2 − ∫ γ F · dr = −63pi2 + ∫ γ− F · dr . Página 1 de 3 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final- Escola Politécnica / Escola de Química - 26/02/2013(continuação) Parametrizando γ− por (x(θ), y(θ)) = (12 cos(θ), sin(θ)), onde 0 ≤ θ ≤ 2pi, temos que:∫ γ− F · dr = 12 ∫ 2pi 0 cos2(θ)dθ = pi2 . Portanto ∫ C F · dr = −63pi2 + ∫ γ− F · dr = −63pi2 + pi 2 = −31pi . Questão 3: (2.5 pontos) Considere a superfície S obtida girando-se a curva (x(t), z(t)) = (a cos t, a sen t), −pi3 ≤ t ≤ pi 6 , onde a > 0 é uma constante, em torno do eixo Oz. Calcule a área de S. Solução: Por hipóteses a curva gira em torno do eixo Oz, logo a parametrização da superfície S é dada por ϕ(t, θ) = ( a cos t cos θ, a cos t sen θ, a sen t ) , −pi3 ≤ t ≤ pi 6 , 0 ≤ θ ≤ 2pi . Assim o vetor normal e a sua norma são dados por ∂ϕ ∂t × ∂ϕ ∂θ = −a2 cos t cos t cos θcos t sen θ sen t ⇒ ∥∥∥∥∥∂ϕ∂t × ∂ϕ∂θ ∥∥∥∥∥ = a2| cos t| . Lembrando que cos t ≥ 0 se t ∈ [−pi2 , pi2 ], calculamos Área S = ∫∫ S 1 ds = ∫ 2pi 0 ∫ pi 6 −pi3 a2 cos t dt dθ = 2pi a2 ( sen pi6 − sen (− pi 3 ) ) = pi a2(1 + √ 3) . Questão 4: (2.5 pontos) Calcular ∫∫ S F · η ds, onde S é a superfície definida por S = { (x, y, z) ∈ R3 : y = 4− x2 − z2, e y ≥ 0 } , η é o vetor unitário normal a S cuja segunda coordenada é sempre positiva, ds é o elemento de área e F é o campo de vetores dado por: F = ( arctg (−y + 2) + cos(z4 + 1), x2 + 3y, −z + ln(sen2 x+ 1) + ey7+9 ) . Página 2 de 3 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final- Escola Politécnica / Escola de Química - 26/02/2013(continuação) Solução: Consideramos o disco S1 centrado na origem e de raio 2 no plano y = 0, isto é S1 é definido por: S1 = { (x, y, z) ∈ R3 : y = 0 e (x, z) ∈ B } , onde B = { (x, z) ∈ R2 : x2 + z2 ≤ 4 } com vetor normal unitário η1 = (0,−1, 0). Seja W o volume delimitado por S1 e S. Assim segue pelo teorema de Gauss∫∫ S F · η ds+ ∫∫ S1 F · η1 ds,= ∫∫∫ W divF dxdydz, (1) Observamos que divF = 2 e que W é uma região de tipo II, portanto ∫∫∫ W div~F dxdydz = 2 ∫∫ B ∫ y=4−x2−z2 y=0 dydxdz = 2 ∫∫ B (4− x2 − z2) dxdz = 8Área (B)− 2 ∫∫ B (x2 + z2) dx dz = 8ÁreaB − 2 ∫ 2pi 0 ∫ 2 0 r3dr dθ = 16pi , onde na última integral temos usado coordenadas polares. Agora, calculamos a integral de superfície sobre S1, ∫∫ S1 F · η1 ds = ∫∫ B ·x2 · · 0−1 0 dxdz = − ∫∫ B x2 dxdz = − ∫ 2pi 0 ∫ 2 0 r3 cos2 θ dr dθ = −4pi. onde usamos novamente coordenadas polares. Assim pela equação (1) e pelo cálculo das integrais anteriores obtemos que ∫∫ S F · η ds = 16pi + 4pi = 20pi. Duração da prova: duas horas Regras: • Não é permitida consulta a qualquer fonte e nem se ausentar da sala durante a prova • Todo o material do aluno, com exceção de documento de identidade, lápis, caneta, régua, borracha deve ficar junto à mesa do professor • Calculadoras, aparelhos celulares e similares devem ficar desligados na bolsa/mochila do aluno junto à mesa do professor • O aluno deve apresentar o documento de identificação quando for assinar a folha de presença. • A prova pode ser feita com lápis e/ou caneta. Página 3 de 3 Boa prova! Curso unificado - Esc. Politécnica / Esc. de Química Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Prova final - 26/06/2012 Questão 1 (2.5 pontos) Calcule 𝐷 𝑦 − 9𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦, onde 𝐷 é o triângulo de vértices (0, 6), (1, 3) e (0, 0). Sugestão: Utilize uma mudança de coordenadas adequada Questão 2 (2.5 pontos) Seja 𝑎 uma constante, 𝑓 uma função de classe𝒞 definida emℝ e o campo vetorial 𝐹 dado por 𝐅(𝑥, 𝑦) = (𝑓(𝑦) + 𝑥𝑦, 𝑎𝑥 + 𝑥𝑦). Sabendo que 𝜕𝐷 𝐅.𝑑𝑟 = Área(𝐷) para toda região 𝐷 limitada em ℝ cuja fronteira 𝜕𝐷 é uma curva simples de classe 𝒞 , orientada no sentido anti-horário, determine a constante 𝑎 e a função 𝑓, sabendo que 𝑓(0) = 2. Questão 3 (2.5 pontos) Considere o campo vetorial 𝐅(𝑥, 𝑦, 𝑧) = − 𝑥𝑦𝑧 5 + 𝑦 2 + 𝑥 𝐢+ 𝑥 2 − 𝑥𝑦𝑧 5 + ln(4 + cos 𝑦) j+ 2 5 𝑥𝑦 + ecos(1 + 𝑧 ) 𝐤. Seja 𝐶 a curva correspondente à porção da interseção das superfícies dadas por 𝑧 = 𝑥𝑦 e 𝑥+𝑦 = 1 e cujos pontos tem coordenada 𝑦 ⩾ 0, orientada com coordenada 𝑥 decrescente. Calcule 𝐶 𝐅.𝑑𝑟. Questão 4 (2.5 pontos) Calcule o fluxo do campo vetorial �⃗�(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑦 sen 𝑧, 𝑥 cos 𝑧, 𝑧) através da superfície definida por 𝑧 = 𝑥 + 𝑦, onde 1 ⩽ 𝑧 ⩽ 2, sendo que o vetor normal aponta para fora do cone. Obs: Todas as curvas e regiões auxiliares utilizadas na resolução das questões deverão ser claramente identificadas, incluindo as orientações adotadas. Duração da prova: duas horas Regras: • Não é permitida consulta a qualquer fonte e nem se ausentar da sala durante a prova • Todo o material do aluno, com exceção de documento de identidade, lápis, caneta, régua, borracha deve ficar junto à mesa do professor • Calculadoras, aparelhos celulares e similares devem ficar desligados na bolsa/mochila do aluno junto à mesa do professor • O aluno deve apresentar o documento de identificação quando for assinar a folha de pre- sença. • A prova pode ser feita com lápis e/ou caneta. Página 1 de 1 Boa prova! Curso unificado - Esc. Politécnica / Esc. de Química Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito da prova final - 26/06/2012 Questão 1 (2.5 pontos) Calcule 𝐷 𝑦 − 9𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦, onde 𝐷 é o triângulo de vértices (0, 6), (1, 3) e (0, 0). Sugestão: Utilize uma mudança de coordenadas adequada Solução: O domínio 𝐷 é limitado simultaneamente pelas retas 𝑦 + 3𝑥 = 6, 𝑦 − 3𝑥 = 0 e 𝑥 = 0. A integração de 𝑦 − 9𝑥 tanto em relação a 𝑥 quanto em relaçãoa 𝑦 parece ser complicada. Como 𝑦 − 9𝑥 = (𝑦 − 3𝑥)(𝑦 + 3𝑥), parece ser adequado usar a mudança de coordenadas linear 𝑢 = 𝑦 − 3𝑥 e 𝑣 = 𝑦 + 3𝑥. Derivando e calculando temos que 𝜕(𝑢, 𝑣) 𝜕(𝑥, 𝑦) = 6 e, portanto, 𝜕(𝑥, 𝑦) 𝜕(𝑢, 𝑣) = 1 6 . A parametrização 𝜑(𝑢, 𝑣) é dada por (𝑥, 𝑦) = 𝜑(𝑢, 𝑣) = ((𝑣 − 𝑢)/6, (𝑢 + 𝑣)/2). Seu domínio é a região limitada pelas retas 𝑣 = 6, 𝑢 = 0 e 𝑢 = 𝑣. Então, 𝐷 𝑦 − 9𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦 = 1 6 𝑣 𝑢/𝑣/ 𝑑𝑢𝑑𝑣 = 1 8 𝑣/ 𝑑𝑣 = 3 64 6/ = 3/ 2/ . Questão 2 (2.5 pontos) Seja 𝑎 uma constante, 𝑓 uma função de classe𝒞 definida emℝ e o campo vetorial 𝐹 dado por 𝐅(𝑥, 𝑦) = (𝑓(𝑦) + 𝑥𝑦, 𝑎𝑥 + 𝑥𝑦). Sabendo que 𝜕𝐷 𝐅.𝑑𝑟 = Área(𝐷) para toda região 𝐷 limitada em ℝ cuja fronteira 𝜕𝐷 é uma curva simples de classe 𝒞 , orientada no sentido anti-horário, determine a constante 𝑎 e a função 𝑓, sabendo que 𝑓(0) = 2. Solução: 𝐹(𝑥, 𝑦) é de classe 𝒞 e a região 𝐷 tem as condições para aplicação do Teorema de Green. Então, aplicando-o, temos que Área(𝐷) = 𝜕𝐷 𝐅.𝑑𝑟 = 𝐷 3𝑎𝑥 + 𝑦 − 𝑓′(𝑦) − 𝑥 𝑑𝐴. Se 3𝑎𝑥 + 𝑦 − 𝑓′(𝑦) − 𝑥 = 1 em todo o ℝ, a igualdade acima será satisfeita para toda região 𝐷 nas condições do enunciado. Então, temos que (3𝑎 − 1)𝑥 = 𝑓′(𝑦) − 𝑦 + 1 para todo par (𝑥, 𝑦) ∈ ℝ e, portanto, 𝑎 = 1/3 e 𝑓′(𝑦) = 𝑦 − 1. Integrando temos que 𝑓(𝑦) = 𝑦 4 − 𝑦 + 𝐶. Como 𝑦(0) = 2, temos que 𝑓(𝑦) = 𝑦 4 − 𝑦 + 2. Questão 3 (2.5 pontos) Considere o campo vetorial 𝐅(𝑥, 𝑦, 𝑧) = − 𝑥𝑦𝑧 5 + 𝑦 2 + 𝑥 𝐢+ 𝑥 2 − 𝑥𝑦𝑧 5 + ln(4 + cos 𝑦) j+ 2 5 𝑥𝑦 + ecos(1 + 𝑧 ) 𝐤. Página 1 de 3 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito da prova final - 26/06/2012(continuação) Seja 𝐶 a curva correspondente à porção da interseção das superfícies dadas por 𝑧 = 𝑥𝑦 e 𝑥+𝑦 = 1 e cujos pontos tem coordenada 𝑦 ⩾ 0, orientada com coordenada 𝑥 decrescente. Calcule 𝐶 𝐅.𝑑𝑟. Solução: O cálculo direto da integral de linha parece envolver integrações não triviais. Vamos aplicar o Teorema de Stokes, utilizando a superfície 𝑆 que é a porção de 𝑧 = 𝑥𝑦 no interior do cilindro 𝑥 + 𝑦 = 1 com 𝑦 ⩾ 0. A fronteira de 𝑆, denotada 𝜕𝑆, é dada por 𝜕𝑆 = 𝐶 ∪ 𝛾, sendo 𝛾 o segmento de reta pertencente ao eixo cartesiano 𝑂𝑋, com 𝑥 ∈ [−1, 1] orientada de forma que 𝑥 seja crescente. A orientação de 𝑆 é tal que o seu vetor normal tem a coordenada 𝑧 positiva. Aplicando o Teorema de Stokes temos que 𝑆 rot 𝐅.𝑑𝑆 = 𝐶 𝐅.𝑑𝑟 + 𝛾 𝐅.𝑑𝑟. Temos que rot 𝐅 = (𝑥𝑦, −𝑥𝑦, 1). A parametrização natural em 𝑆 é dada por 𝜑(𝑢, 𝑣) = (𝑢, 𝑣, 𝑢𝑣), com 𝑢 + 𝑣 ⩽ 1 e 𝑣 ⩾ 0. Então, 𝑁 = 𝜕𝜑 𝜕𝑢 × 𝜕𝜑 𝜕𝑣 = (−𝑣, −𝑢, 1). Segue que rot 𝐅(𝜑(𝑢, 𝑣)).𝑁 = −𝑢𝑣 + 𝑢𝑣 + 1 = 1. Então, ∬ 𝑆 rot 𝐅.𝑑𝑆 = Área(𝐷), sendo 𝐷 o domínio de 𝜑. Portanto,∬ 𝑆 rot 𝐅.𝑑𝑆 = 𝜋/2. A curva 𝛾 pode ser parametrizada por 𝜎(𝑡) = (𝑡, 0, 0), com 𝑡 ∈ [−1, 1]. Portanto, 𝜎′(𝑡) = (1, 0, 0) e ∫ 𝛾 𝐅.𝑑𝑟 = −∫ − 𝑡𝑑𝑡 = −2/3. Obtemos, então, que 𝐶 𝐅.𝑑𝑟 = 3𝜋 + 4 6 . Questão 4 (2.5 pontos) Calcule o fluxo do campo vetorial �⃗�(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑦 sen 𝑧, 𝑥 cos 𝑧, 𝑧) através da superfície definida por 𝑧 = 𝑥 + 𝑦, onde 1 ⩽ 𝑧 ⩽ 2, sendo que o vetor normal aponta para fora do cone. Solução: Parametrizando o tronco de cone, observa-se que o cálculo da integral que se apresenta não é imediato. Aplicaremos o Teorema de Gauss na região do ℝ dada por 𝑊 = (𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ ℝ tais que 𝑧 ⩾ 𝑥 + 𝑦 e 𝑧 ∈ [1, 2] . Temos que a fronteira orientada positivamente de𝑊 , denotada 𝜕𝑊 , é dada por 𝜕𝑊 = 𝑆 ∪ 𝑆 ∪ 𝑆, sendo 𝑆 a superfície definida no enunciado. 𝑆 é a porção do plano 𝑧 = 2 com 𝑥+𝑦 ⩽ 4 e normal unitária (0, 0, 1). 𝑆 é a porção do plano 𝑧 = 1 com 𝑥+𝑦 ⩽ 1 e normal unitária (0, 0, −1). Página 2 de 3 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito da prova final - 26/06/2012(continuação) Aplicando o Teorema de Gauss temos que 𝑊 div �⃗� 𝑑𝑉 = 𝑆 �⃗�.𝑑𝑆 + 𝑆 �⃗�.𝑑𝑆 + 𝑆 �⃗�.𝑑𝑆. Em 𝑆 temos que �⃗�.𝜂 = 8, sendo 𝜂 a normal unitária. Então,∬ 𝑆 �⃗�.𝑑𝑆 = 32𝜋. Em 𝑆 temos que �⃗�.𝜂 = −1, sendo 𝜂 a normal unitária. Então,∬ 𝑆 �⃗�.𝑑𝑆 = −𝜋. Temos que div �⃗� = 3𝑧. Utilizando coordenadas cilíndricas, isto é, a mudança de coordenadas dada por 𝑥 = 𝑟 cos 𝜃, 𝑦 = 𝑟 sen𝜃 e 𝑧 = 𝑧, que tem como jacobiano 𝑟, obtemos que 𝑊 div �⃗� 𝑑𝑉 = 𝜋 𝑧 3𝑧𝑟 𝑑𝑟𝑑𝑧𝑑𝜃 = 93𝜋 5 ⋅ Obtemos, então, que 𝑆 �⃗�.𝑑𝑆 = 93𝜋 5 − 32𝜋 + 𝜋 = − 62𝜋 5 ⋅ Página 3 de 3 Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Prova final unificada - Politécnica/Escola de Química - 29/11/2011 Questão 1: (2.5 pontos) Encontre a área da região do primeiro quadrante limitada simultaneamente pelas curvas xy = 4, xy = 8, xy3 = 5 e xy3 = 15 usando uma única integral dupla. Sugestão: aplique uma mudança de variáveis adequada. Questão 2: (2.5 pontos) Seja o campo vetorial ~F (x, y) = ( F1(x, y), F2(x, y) ) de classe C1 definido em U = R2 \{(0, 0)} e suponha que ∂F2 ∂x = 4+ ∂F1 ∂y em U . Sabendo, ainda, que ∫ γ ~F .dr = 6pi, sendo γ a circunferência de centro em (0, 0) e raio 1 orientada no sentido anti-horário, calcule ∫ C ~F .dr, onde C é a elipse 25x2 + 4y2 = 100, orientada no sentido anti-horário. Questão 3: (2.5 pontos) Seja C a curva de interseção do cilindro circular x2 + y2 = 4 com o plano z = 4, orientada no sentido anti-horário quando vista de cima. Calcule ∮ C F.dr, onde F é o campo vetorial definido por F (x, y, z) = ( yz + ex 2 , 3x− xz + ln(1 + ey), ln(3x2 + 3y2 + 1− z)). Obs: Leve em conta na sua resolução o domínio do campo vetorial F e, se julgar necessário, utilize o cilindro circular. Questão 4: (2.5 pontos) Calcule o fluxo do campo vetorial F (x, y, z) = (x + ln(y2z4 + pi), y + ex 2 , x + z) através da superfície lateral do tetraedro limitado pelo plano x a + y b + z c = 1 e pelos planos coordenados, sendo a, b e c constantes positivas. Oriente esta superfície de forma que os vetores normais apontem para o interior do tetraedro. Obs: considere que a superfície lateral deste tetraedro é constituída das suas faces, com exceção da face contida no plano cartesiano xy (que é a base deste tetraedro). Obs: Todas as curvas e superfícies auxiliares utilizadas na resolução das questões deverão ser claramente especificadas (através de esboço e/ou parametrização e/ou identificação), incluindo as orientações adotadas. Regras: • Não é permitida consulta a qualquer fonte e nem se ausentar da sala durante a prova • Todo o material do aluno, com exceção de documento de identidade, lápis, caneta, régua, borracha deve ficar junto à mesa do professor • Calculadoras, aparelhos celulares e similares devem ficar desligados na bolsa/mochila do aluno junto à mesa do professor • O aluno deve apresentar o documento de identificação quando for assinar a folha de presença. • A prova pode ser feita com lápis e/ou caneta. Página 1 de 4 Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 29/11/2011 Questão 1: (2.5 pontos) Encontre a área da região do primeiro quadrante limitada simultaneamente pelas curvas xy = 4, xy = 8, xy3 = 5 e xy3 = 15 usando uma única integral dupla. Sugestão: aplique uma mudança de variáveis adequada.Solução: Um esboço da região pode ser visto na figura abaixo. A ideia mais simples de mudança de variáveis é considerar u = xy e v = xy 3 . A matriz jacobiana da mudança de coordenadas inversa, isto é, da aplicação dada por (u, v) = Ψ(x, y) = (xy, xy 3 ) é ∂(u, v) ∂(x, y) = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ y x y 3 3xy 2 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = 2xy 3 = 2v. Sabemos que o determinante jacobiano da mudança de variáveis escolhida é o inverso multiplicativo do determinante jacobiano da mudança de variáveis inversa (consequência do Teorema da Função Inversa) e, portanto ∂(x, y) ∂(u, v) = ( ∂(u, v) ∂(x, y) ) −1 = 1 2v . Com a mudança de variáveis escolhida, a região de integração é extremamente simples e é dada por (u, v) ∈ [4, 8]× [5, 15]. Finalmente, Área = ∫ 8 4 ∫ 15 5 1 2v dvdu = 2(ln 15− ln 5) = 2 ln 3 Página 1 de 4 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 29/11/2011(continuação) Questão 2: (2.5 pontos) Seja o campo vetorial ~F (x, y) = ( F1(x, y), F2(x, y) ) de classe C1 definido em U = R2 \{(0, 0)} e suponha que ∂F2 ∂x = 4 + ∂F1 ∂y em U . Sabendo, ainda, que ∫ γ ~F .dr = 6pi, sendo γ a circunferência de centro em (0, 0) e raio 1 orientada no sentido anti-horário, calcule ∫ C ~F .dr, onde C é a elipse 25x2 + 4y2 = 100, orientada no sentido anti-horário. Solução: Das condições de regularidade do campo vetorial ~F vemos que podemos aplicar o Teorema de Green em qualquer região que satisfaça as condições do teorema e que não contenha a origem, pois o campo não está definido em (0, 0). Vamos aplicar Green na região do R2, que denominaremos D, que contém os pontos no interior da elipse 25x2 + 4y2 = 100 e fora da circunferência de centro em (0, 0) e raio 1. Pelo Teorema de Green, respeitando as orientações, temos que∫∫ D ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y dA = ∮ C ~F .dr − ∮ γ ~F .dr. Como ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y = 4, a área do interior da elipse é pi.2.5 = 10pi, a área do interior do círculo é pi.12 = pi obtemos que∮ C ~F .dr = 6pi + 4(10pi − pi) = 42pi. Questão 3: (2.5 pontos) Seja C a curva de interseção do cilindro circular x2 + y2 = 4 com o plano z = 4, orientada no sentido anti-horário quando vista de cima. Calcule ∮ C F.dr, onde F é o campo vetorial definido por F (x, y, z) = ( yz + ex 2 , 3x− xz + ln(1 + ey), ln(3x2 + 3y2 + 1− z)). Obs: Leve em conta na sua resolução o domínio do campo vetorial F e, se julgar necessário, utilize o cilindro circular. Solução: Vemos que o último termo do campo vetorial F não está definido em todo o R3. Em coordenadas cilíndricas está definido somente quando z < 3r2 + 1. Em especial, se z = 4 não está definido no disco com r 6 1. Assim, não podemos Página 2 de 4 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 29/11/2011(continuação) pensar em aplicar Stokes usando o disco dado por z = 4 e r 6 2 como superfície. O cálculo direto da integral parece envolver integrações não usuais e deveremos tentar aplicar o Teorema de Stokes escolhendo superfície adequada. O rotacional do campo F é dado por rotF = ( 6y 3x2 + 3y2 + 1− z + x, y − 6x 3x2 + 3y2 + 1− z , 3− 2z ) . Com a expressão para o rotacional obtida, vemos que este tem uma expressão mais simples sobre o cilindro x2 + y2 = 4. Seja S1 a porção do cilindro x2 + y2 = 4 com z ∈ [0, 4], orientada com normal apontando para o interior do cilindro. Seja γ a projeção da curva C no plano cartesiano z = 0 orientada no sentido anti-horário. Aplicando o Teorema de Stokes temos que∫∫ S1 rotF.η dS = ∮ C F.dr − ∮ γ F.dr. O cálculo direto da integral de linha ao longo da curva γ tem a mesma dificuldade que o cálculo ao longo da curva C, no entanto, podemos aplicar o Teorema de Stokes para esta curva usando como superfície o plano z = 0 já que o campo e o rotacional são de classe C∞ para todos os pontos (x, y, z) com z < 1, como já vimos. Seja S2 a região do plano z = 0 limitada pelo cilindro x2 + y2 = 4, orientada com vetor normal unitário (0, 0, 1). Temos que∫∫ S2 rotF.η dS = ∮ γ F.dr e, portanto, ∮ C F.dr = ∫∫ S1 rotF.η dS + ∫∫ S2 rotF.η dS. (1) Obs: poderíamos ter chegado à mesma conclusão se tivéssemos escolhido a união das superfícies S1 e S2 para aplicar o Teorema de Stokes. Podemos parametrizar S1 por ϕ(θ, v) = (2 cos θ, 2 sen θ, v) com θ ∈ [0, 2pi) e v ∈ [0, 4] e, então, ∂ϕ ∂v × ∂ϕ ∂θ = (0, 0, 1)× (−2 sen θ,−2 cos θ, 0) = (−2cosθ, 2 sen θ, 0). Este vetor está orientado para o interior de S1, como se deseja. Daí segue que∫∫ S1 rotF.η dS =∫ 4 0 ∫ 2pi 0 −24 sen θ cos θ 13− v − 4 cos 2 θ + 24 sen θ cos θ 13− v − 4 sen 2 θ dθdv = − ∫ 4 0 ∫ 2pi 0 4 dθdv = −32pi. (2) Página 3 de 4 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 29/11/2011(continuação) Obs: O vetor normal unitário deste cilindro é dado por (−x/2,−y/2, 0) e, portanto, rotF.η = −x2/2 − y2/2 = −2. Como a área de S1 é o perímetro do cilindro multiplicado pela altura confirmamos o resultado obtido em (2). Finalmente, como a normal unitária à superfície S2 é dada por (0, 0, 1), temos que rotF.η = 3 ao longo de S2 e, portanto, ∫∫ S2 rotF.η dS = 12pi. Aplicando este resultado e o obtido em (2) na equação (1) temos que ∮ C F.dr = −32pi + 12pi = −20pi. Questão 4: (2.5 pontos) Calcule o fluxo do campo vetorial F (x, y, z) = (x + ln(y2z4 + pi), y + ex 2 , x + z) através da superfície lateral do tetraedro limitado pelo plano x a + y b + z c = 1 e pelos planos coordenados, sendo a, b e c constantes positivas. Oriente esta superfície de forma que os vetores normais apontem para o interior do tetraedro. Obs: considere que a superfície lateral deste tetraedro é constituída das suas faces, com exceção da face contida no plano cartesiano xy (que é a base deste tetraedro). Solução: Inicialmente, temos que o campo F está definido em todo o R3 e é de classe C∞. Para evitar calcular três integrais de superfície vetoriais com integrações possivelmente complicadas, vamos aplicar o Teorema de Gauss. A superfície (fronteira) completa do tetraedro inclui as três faces laterias pedidas e, também a base. Denominando Sl a superfície lateral do tetraedro, orientada com vetores normais apontando para dentro do tetraedro, Sb a base do tetraedro, orientada com vetores normais apontando para dentro do tetraedro e Ω o tetraedro propriamente dito, temos, usando o Teorema da Divergência (Gauss) a seguinte expressão∫∫∫ Ω div(F ) dV = ∫∫ ∂Ω F.η dS = − ∫∫ Sl F.η dS − ∫∫ Sb F.η dS. (3) É imediato obter que divF = 3 e, portanto, ∫∫∫ Ω div(F ) dV = 3Vol(Ω). Da geometria analítica básica sabemos que o volume da pirâmide é dado por um terço da área da base multiplicada pela altura e, portanto, o volume deste tetraedro é V ol = abc 6 . Temos, também que o vetor normal a Sb é dado por η = (0, 0, 1).∫∫ Sb F.η dS = ∫∫ Sb x+ z dS = ∫∫ Sb x dS = ∫ a 0 ∫ b−bx/a 0 x dydx = a2b 6 . Utilizando (3) temos que ∫∫ Sl F.η dS = −abc 2 − a 2b 6 . Página 4 de 4 Boa prova! Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Prova final unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 30/06/2011 Questão 1: (2.5 pontos) Calcule ∫∫∫ Ω √ x2 + y2 + z2 dxdydz, sendo Ω a região em R3 limitada pelas superfícies S1 e S2. A superfície S1 é dada pela equação cartesiana z = √ x2 + y2, com 0 6 z 6 1. A superfície S2 é dada pela equação cartesiana x2 + y2 + (z − 1)2 = 1, com 1 6 z 6 2. Questão 2: (2.5 pontos) Calcule aintegral de linha ∫ ∂Ω −→ F .dr, onde −→F (x, y) = ( y3 3x, e y2 ) e ∂Ω é a fronteira da região Ω ⊂ R2. A região Ω é limitada simultaneamente pelas curvas dadas por 3x2 = piy, 3x2 = 2piy, y2 = 2x e y2 = 4x. Oriente ∂Ω no sentido horário. Questão 3: (2.5 pontos) Calcule a integral de linha ∫ C −→ F .dr, onde C é a curva dada pela interseção do plano z + 2y = 5 com o parabolóide dado por x2 + (y − 1)2 = z e −→F (x, y, z) é o campo vetorial dado por −→ F (x, y, z) = ( y + z 3 3 + e x2 , x, y3 + z6 ) . Oriente a curva de forma que a sua projeção no plano cartesiano xy esteja orientada no sentido horário. Questão 4: (2.5 pontos) Calcular ∫∫ ∂D (−→F .−→η )dS, sendo −→F (x, y, z) = (x3 + xy2)−→i + (x2y + y3)−→j e ∂D a fronteira da região D dada por D = {(x, y, z) tais que x2 + y2 6 a2 e 0 6 z 6 h}, sendo a e h constantes positivas. Considere que o vetor normal −→η aponta para o interior da região D. Obs: Todas as curvas e regiões auxiliares utilizadas na resolução das questões deverão ser claramente identificadas, incluindo as orientações adotadas. Duração da prova: duas horas Regras: • Não é permitida consulta a qualquer fonte e nem se ausentar da sala durante a prova • Todo o material do aluno, com exceção de documento de identidade, lápis, caneta, régua, borracha deve ficar junto à mesa do professor • Calculadoras, aparelhos celulares e similares devem ficar desligados na bolsa/mochila do aluno junto à mesa do professor • O aluno deve apresentar o documento de identificação quando for assinar a folha de presença. • A prova pode ser feita com lápis e/ou caneta. Página 1 de 1 Boa prova! Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 30/06/2011 Questão 1: (2.5 pontos) Calcule ∫∫∫ Ω √ x2 + y2 + z2 dxdydz, sendo Ω a região em R3 limitada pelas superfícies S1 e S2. A superfície S1 é dada pela equação cartesiana z = √ x2 + y2, com 0 6 z 6 1. A superfície S2 é dada pela equação cartesiana x2 + y2 + (z − 1)2 = 1, com 1 6 z 6 2. Solução: A mudança de coordenadas esférica parece ser indicada para resolver esta integral. Seja, então, a mudança de coordenadas esférica dada por Ψ(ρ, θ, ϕ) = (ρ cos θ senϕ, ρ sen θ senϕ, ρ senϕ). A superfície S1 é caracterizada por ϕ = pi 4 (basta substitiur as coordenadas esféricas na euqação cartesiana de S1). Substituindo as coordenadas esféricas na equação de S2 obtemos que ρ2 = 2ρ cosϕ. Considerando que ρ 6= 0 obtemos que ρ = 2 cosϕ. Os limites de integração serão, então, dados por θ ∈ [0, 2pi], ϕ ∈ [0, pi/4] e ρ ∈ [0, 2 cosϕ]. Como o jacobiano das coordenadas esféricas é dado por ρ2 senϕ temos que∫∫∫ Ω √ x2 + y2 + z2 dxdydz = ∫ 2pi 0 ∫ pi/4 0 ∫ 2 cosϕ 0 ρ3 senϕdρdϕdθ =∫ 2pi 0 ∫ pi/4 0 4 cos4 ϕ senϕdϕdθ = 2pi.45 . 8−√2 8 = pi 5 (8− √ 2). Questão 2: (2.5 pontos) Calcule a integral de linha ∫ ∂Ω −→ F .dr, onde −→F (x, y) = ( y3 3x, e y2 ) e ∂Ω é a fronteira da região Ω ⊂ R2. A região Ω é limitada simultaneamente pelas curvas dadas por 3x2 = piy, 3x2 = 2piy, y2 = 2x e y2 = 4x. Oriente ∂Ω no sentido horário. Solução: Um esboço das quatro parábolas que limitam a região Ω nos leva a concluir que o cálculo direto da integral pedida envolverá o cálculo de 4 integrais de linha. A utilização do Teorema de Green parece ser uma alternativa adequada. Observamos que o campo vetorial não está definido ao longo do eixo cartesiano y mas, do esboço, obtemos que a região fechada Ω, que é a única região limitada simultaneamente pelas quatro curvas, se encontra no primeiro quadrante e não intercepta nenhum eixo cartesiano. Temos que ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y = −y 2 x e, daí, ∫ ∂Ω −→ F .dr = ∫∫ Ω y2 x dxdy, respeitando a orientação pedida. Analisando as curvas e a função a integrar, vemos que a mudança de coordenadas dada por u = y 2 x e v = x 2 y simplificaria bastante os cálculos. Temos, então , que u2v = y3 e v2u = x3. Portanto, x = v2/3u1/3 e y = u2/3v1/3. O cálculo do determinante jacobiano nos leva a |J | = ∣∣∣∣∣∣∣det 13 u −2/3v2/3 2u1/3v−1/3 2u−1/3v1/3 u2/3v−2/3 ∣∣∣∣∣∣∣ = 1 3 O domínio da mudança de coordenadas é dado por u ∈ [2, 4] e v ∈ [ pi 3 , 2pi 3 ] . Finalmente, usando o Teorema de Green (observando a orientação) e aplicando a mudança de coordenadas proposta Página 1 de 3 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 30/06/2011(continuação) temos que ∫ ∂Ω −→ F .dr = − ∫∫ Ω −y2 x dxdy = ∫ 2pi/3 pi/3 ∫ 4 2 1 3ududv = 2pi 3 . Obs: O cálculo do jacobiano poderia ser feito sem explicitar a inversa da mudança de coordenadas proposta, o que facilita um pouco os cálculos. Para isto bastaria calcular ∂(u, v) ∂(x, y) , obtendo que é igual a 3, e utilizar o Teorema da Função Inversa que assegura que ∂(x, y) ∂(u, v) = ( ∂(u, v) ∂(x, y) )−1 . Questão 3: (2.5 pontos) Calcule a integral de linha ∫ C −→ F .dr, onde C é a curva dada pela interseção do plano z + 2y = 5 com o parabolóide dado por x2 + (y − 1)2 = z e −→F (x, y, z) é o campo vetorial dado por −→ F (x, y, z) = ( y + z 3 3 + e x2 , x, y3 + z6 ) . Oriente a curva de forma que a sua projeção no plano cartesiano xy esteja orientada no sentido horário. Solução: O cálculo explícito da integral de linha parece ser muito trabalhoso. Por outro lado, o campo vetorial F é de classe C∞ em todo o R3 e satisfaz rotF (x, y, z) = (3y2, z2, 1− 1) = (3y2, z2, 0) Podemos, então, aplicar o Teorema de Stokes e obter que ∫ C F.dr = ∫∫ S rotF.dS, sendo S a porção do plano z + 2y = 5 limitada pelo parabolóide x2 + (y − 1)2 = z. A orientação para o plano deve ser tal que a terceira componente do vetor normal seja negativa, que é a orientação positiva do Teorema de Stokes, pois é dito no enunciado que a curva C é orientada de forma que a sua projeção no plano cartesiano xy é percorrida no sentido horário. Utilizaremos a parametrização natural para o plano que é dada por ϕ(x, y) = (x , y, 5 − 2y). O domínio desta parametrização poderá ser determinado pela interseção do plano com o paraboloide. Substituindo a parametrização na equação do parabolóide obtemos que x2 + (y − 1)2 = 5− 2y, isto é, x2 + y2 = 4. O domínio da parametrização (que denotaremos D) será dado, portanto, por x2 + y2 6 4. Além disso, temos que N := ∂ϕ ∂x × ∂ϕ ∂y = (0, 2, 1). Observemos que este vetor está orientado negativamente (terceira coordenada positiva). Obtemos, então que∫ C F.dr = − ∫∫ D (3y2, (5− 2y)2, 0).(0, 2, 1)dxdy = ∫∫ D 40y − 50− 8y2dxdy. Uma mudança de coordenadas polar nos leva∫ 2 0 ∫ 2pi 0 40r sen θ − 50r − 8r3 sen2 θdθdr = pi ∫ 2 0 −100r − 8r3dr = (−200− 32)pi = −232pi Obs: Poderia ser utilizada, também, uma parametrização da forma ϕ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, 5− 2r sen θ) que permitiria que a integral no domínio fosse resolvida sem necessidade de mudança de coordenadas adicional. Página 2 de 3 Cálculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 30/06/2011(continuação) Questão 4: (2.5 pontos) Calcular ∫∫ ∂D (−→F .−→η )dS, sendo −→F (x, y, z) = (x3 + xy2)−→i + (x2y + y3)−→j e ∂D a fronteira da região D dada por D = {(x, y, z) tais que x2 + y2 6 a2 e 0 6 z 6 h}, sendo a e h constantes positivas. Considere que o vetor normal −→η aponta para o interior da região D. Solução: Como a superfície a integrar já é a fronteira da região D, o Teorema de Gauss parece ser o mais indicado. Vemos que o campo vetorial F é de classe C∞ em todo o R3 e satisfaz divF (x, y, z) = 4(x2 + y2) Como o Teorema da Divergência exige que o vetor normal à fronteiraaponte para fora da região e foi pedida a integral na fronteira apontando para dentro da região, isto implica que∫∫ ∂D (−→F .−→η )dS = − ∫∫∫ D div−→F dV = −4 ∫∫∫ D x2 + y2dV . Uma mudança de coordenadas cilíndricas resolverá facilmente a integral tripla. Sabemos que esta mudança é dada por ϕ(r, θ, z) = (r cos θ, r sen θ, z), sendo que o jacobiano é r. Temos que θ ∈ [0, 2pi], z ∈ [0, h] e r ∈ [0, a]. Segue que ∫∫ ∂D (−→F .−→η )dS = −4 ∫∫∫ D x2 + y2dV = −4 ∫ 2pi 0 ∫ a 0 ∫ h 0 r3dzdrdθ = −2pia4h. Obs: A superfície ∂Ω é constituída pelo cilindro x2 + y2 = a2 com 0 6 z 6 h e pela porção dos planos z = 0 e z = h no interior do cilindro. O cálculo direto da integral de superfície em ∂Ω exigiria o cálculo da integral em cada uma destas superfícies. Obs: Todas as curvas e regiões auxiliares utilizadas na resolução das questões deverão ser claramente identificadas, incluindo as orientações adotadas. Página 3 de 3 Boa prova! Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral IIIIII - MAC238 Prova final unificada - Escola Polite´cnica / Escola de Qu´ımica - 06/12/2010 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Calcule o volume do so´lido W dado por W = { (x, y, z) ∈ R3 tais que z 6 12− (x2 + y2), z > √ x2 + y2 e z 6 4 + x2 + y2 } Questa˜o 2: (2.5 pontos) Calcule ∮ C ( y2 2 + ln(1 + x6), 2xy + sen(5 + 4y2) ) . dr, onde C e´ a fronteira da regia˜o do R2 limitada por y = x, y = −x e x2 + y2 = 4, com y > 0. A curva C esta´ orientada no sentido hora´rio. Questa˜o 3: (2.5 pontos) Calcule a integral de linha do campo F(x, y, z) = ( 3 + yz2 ) i + (4− x) j + (5 + z4 etan z)k. ao longo da curva C dada pela intersec¸a˜o das superf´ıcies{ (x, y, z) ∈ R3 tais que 3(x2 + y2 + z2) = 2 √ 3x e z > 0 } e{ (x, y, z) ∈ R3 tais que x2 + y2 = 1} . Considere que a curva esteja orientada no sentido anti-hora´rio quando projetada no plano coorde- nado xy. Questa˜o 4: (2.5 pontos) Calcular o fluxo do campo −→ X = (ln(1 + y4), cos6 x, 3z2 − 5) atrave´s do hemisfe´rio H = { (x, y, z) tais que x2 + y2 + z2 = a2, z > 0 } . Considere que a orientac¸a˜o de H seja tal que a componente z do vetor normal seja positiva. Durac¸a˜o da prova: duas horas. Obs: Todas as curvas e superf´ıcies auxiliares utilizadas na resoluc¸a˜o das questo˜es devera˜o ser claramente identificadas, incluindo as orientac¸o˜es adotadas. Regras: • Na˜o e´ permitida consulta a qualquer fonte, se ausentar da sala durante a prova, utilizar calculadora. • Todo o material do aluno deve ficar junto a` mesa do professor. Com o aluno podera´ ficar apenas caneta, re´gua e borracha e carteira de identidade. • Os aparelhos celulares e similares devem ficar desligados na bolsa/mochila do aluno junto a` mesa do professor. • O aluno deve apresentar o documento de identificac¸a˜o quando for assinar a folha de presenc¸a. • A prova pode ser feita com la´pis e/ou caneta. Pa´gina 1 de 1 Boa prova! Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 06/12/2010 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Calcule o volume do so´lido W dado por W = { (x, y, z) ∈ R3 tais que z 6 12− (x2 + y2), z > √ x2 + y2 e z 6 4 + x2 + y2 } Soluc¸a˜o: Sejam as superf´ıcies S1, S2 e S3 cujas equac¸o˜es sa˜o dadas, respectivamente, por z = 12−(x2+y2), z = √ x2 + y2 e z = 4 + x2 + y2. Notemos que S2 e S3 na˜o se interceptam pois se houvesse intersec¸a˜o esta deveria satisfazer z = 4 + z2 que e´ uma equac¸a˜o de segundo grau sem soluc¸a˜o real. Por outro lado, a intersec¸a˜o de S1 e S2 satisfaz z 2+z−12 = 0, que tem como ra´ızes z = −4 e z = 3. A situac¸a˜o z = −4 na˜o e´ aceita´vel pois a superf´ıcie S2 so´ tem pontos com z > 0. Enta˜o temos que a intersec¸a˜o de S1 e S2 corresponde a` circunfereˆncia dada por x 2 + y2 = 9 com z = 3. Isto implica que as duas primeiras desigualdades so´ podera˜o ser satisfeitas se x2 + y2 6 9. Um procedimento ana´logo mostra que a intersec¸a˜o de S1 e S3 corresponde a` circunfereˆncia dada por x2+y2 = 4 com z = 8. Isto implica que x2+y2 6 4 se, e somente se, 4+x2+y2 ≤ 12−(x2+y2). Aplicando estas concluso˜es e utilizando coordenadas cil´ındricas obtemos que V olume = ∫∫ W 1dV = ∫ 2pi 0 ∫ 2 0 ∫ 4+r2 r rdzdrdθ + ∫ 2pi 0 ∫ 3 2 ∫ 12−r2 r rdzdrdθ = 2pi ∫ 2 0 4r + r3 − r2dr + 2pi ∫ 3 2 12r − r3 − r2dr = 67pi 2 Obs: A expressa˜o acima pode ser facilmente obtida se fizermos o gra´fico da sec¸a˜o das treˆs superf´ıcies em y = 0, por exemplo, pois todas sa˜o superf´ıcies de revoluc¸a˜o. Questa˜o 2: (2.5 pontos) Calcule ∮ C ( y2 2 + ln(1 + x6), 2xy + sen(5 + 4y2) ) . dr, onde C e´ a fronteira da regia˜o do R2 limitada por y = x, y = −x e x2 + y2 = 4, com y > 0. A curva C esta´ orientada no sentido hora´rio. Soluc¸a˜o: O ca´lculo direto envolve treˆs integrais de linha de func¸o˜es que, aparentemente, na˜o sa˜o simples. O campo que esta´ sendo integrado e´ de classe C∞ definido em R2. Temos que ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y = y. Aplicando o Teorema de Green, observando que a orientac¸a˜o pedida tem sentido oposto a` orientac¸a˜o padra˜o deste teorema, obtemos que∮ C ( y2 2 + ln(1 + x6), 2xy + sen(5 + 4y2) ) . dr = − ∫∫ D ydA, sendo D a regia˜o cuja fronteira e´ C. Utilizando coordenadas cil´ındricas obtemos que∫∫ D ydA = ∫ 3pi/4 pi/4 ∫ 2 0 r2 sen θdrdθ = 8 √ 2 3 . Portanto, o resultado desejado e´ −8 √ 2 3 . Pa´gina 1 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 06/12/2010(continuac¸a˜o) Questa˜o 3: (2.5 pontos) Calcule a integral de linha do campo F(x, y, z) = ( 3 + yz2 ) i + (4− x) j + (5 + z4 etan z)k. ao longo da curva C dada pela intersec¸a˜o das superf´ıcies{ (x, y, z) ∈ R3 tais que 3(x2 + y2 + z2) = 2 √ 3x e z > 0 } e{ (x, y, z) ∈ R3 tais que x2 + y2 = 1} . Considere que a curva esteja orientada no sentido anti-hora´rio quando projetada no plano coorde- nado xy. Soluc¸a˜o: O ca´lculo direto envolve uma integral de linha de campo vetorial que, aparentemente, na˜o e´ simples. Iremos, enta˜o, aplicar o teorema de Stokes. O campo vetorial F e´ de classe C∞ e esta´ definido em todo o R3, com rot F = (0, 2yz,−1 − z2). A curva C e´ a intersec¸a˜o de uma semi- esfera com um cilindro e na˜o e´ uma curva fechada. Portanto, se quisermos aplicar o Teorema de Stokes para encontrar a integral de linha deveremos escolher uma superf´ıcie adequada e incluir uma nova curva γ conveniente de forma que a fronteira da superf´ıcie seja a unia˜o de C e γ. Escolheremos a superf´ıcie S como sendo a porc¸a˜o do cilindro x2 + y2 = 1 limitada inferiormente pelo plano z = 0 e superiormente pela curva C. A curva γ sera´ a projec¸a˜o ortogonal no plano cartesiano xy da curva C. Aplicando Stokes obtemos∫∫ S rot F.dS = ∫ C F.dr + ∫ γ F.dr, sendo que S e γ sera˜o orientadas de forma positiva a partir da orientac¸a˜o de C. Os pontos terminais das curvas C e γ satisfazem 3(x2 + y2 + z2) = 2 √ 3x, x2 + y2 = 1 e z = 0. Portanto, x = √ 3 /2 e, consequentemente, y = 1/2 ou y = −1/2. Portanto, o ponto inicial e final de C sa˜o, respectivamente, ( √ 3/2,−1/2, 0) e (√3/2, 1/2, 0). Uma parametrizac¸a˜o para a superf´ıcie S e´ dada por ϕ(θ, z) = (cos θ, sen θ, z) com θ ∈ [−pi/6, pi/6] e z ∈ [ 0, ( 2 √ 3 /3 cos θ − 1)1/2]. Estes limites foram obtidos a partir dos pontos terminais de C e da intersec¸a˜o da esfera com o cilindro. Derivando obtemos que ∂ϕ ∂θ × ∂ϕ ∂z = (cos θ, sen θ, 0). A orientac¸a˜o da superf´ıcie S compat´ıvel com a orientac¸a˜o pedida para a curva C aponta para o eixo coordenado z, sentido inverso ao de ∂ϕ ∂θ × ∂ϕ ∂z . Temos, enta˜o,que ∫∫ S rot F.dS =− ∫ pi/6 −pi/6 ∫ (2√3 /3 cos θ−1)1/2 0 2z sen2 θ dzdθ = − ∫ pi/6 −pi/6 sen2 θ(2 √ 3/3 cos θ − 1)dθ = − 2 √ 3/9 sen3 θ + θ/2− 1/4 sen 2θ ∣∣∣pi/6 −pi/6 = − 11 √ 3 36 + pi 6 . Pa´gina 2 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 06/12/2010(continuac¸a˜o) A curva γ esta´ orientada no sentido hora´rio. Uma parametrizac¸a˜o para a curva γ− e´ dada por σ(θ) = (cos θ, sen θ, 0) com θ ∈ [−pi/6, pi/6]. Enta˜o, temos∫ γ F.dr =− ∫ pi/6 −pi/6 (3, 4− cos θ, 5).(− sen θ, cos θ, 0)dθ =∫ pi/6 −pi/6 3 sen θ − 4 cos θ + cos2 θ dθ = − 4 + √ 3 4 + pi 6 . Enta˜o, temos que∫ C F.dr = ∫∫ S rot F.dS − ∫ γ F.dr = −11 √ 3 36 + pi 6 + 4− √ 3 4 − pi 6 = −5 √ 3 9 + 4 Questa˜o 4: (2.5 pontos) Calcular o fluxo do campo −→ X = (ln(1 + y4), cos6 x, 3z2 − 5) atrave´s do hemisfe´rio H = { (x, y, z) tais que x2 + y2 + z2 = a2, z > 0 } . Considere que a orientac¸a˜o de H seja tal que a componente z do vetor normal seja positiva. Soluc¸a˜o: O ca´lculo direto envolve uma integral de superf´ıcie de campo vetorial que, aparentemente, na˜o e´ simples. Iremos, enta˜o, aplicar o Teorema de Gauss. O campo vetorial −→ X e´ de classe C∞ e esta´ definido em todo o R3, com div−→X = 6z. O hemisfe´rio pedido na˜o e´ uma superf´ıcie fechada e, portanto, para aplicar o Teormea de Gauss deveremos fecha´-la. Escolhemos, enta˜o, o disco D = {(x, y, z) tais que x2 + y2 6 a2, z = 0} orientado com vetor normal unita´rio igual a (0, 0,−1). A regia˜o W limitada por H e D e´ dada por W = {(x, y, z) tais que x2 + y2 + z2 6 a2, z > 0}. Como as orientac¸o˜es para H e D sa˜o as adequadas para o Teorema de Gauss (vetor normal apontando para fora de W ) podemos aplica´-lo e obter que ∫∫∫ W 6zdV = ∫∫ H −→ X.dS + ∫∫ D −→ X.dS. Utilizando coordenadas esfe´ricas temos que∫∫∫ W 6zdV = ∫ 2pi 0 ∫ a 0 ∫ pi/2 0 (6ρ cosϕ)(ρ2 senϕ) dϕdρdθ =∫ 2pi 0 ∫ a 0 3ρ3 dρdθ = 3pia4 2 . Tambe´m temos que ∫∫ D −→ X.dS = ∫∫ D −→ X.(0, 0,−1)dS = ∫∫ D 5dS = 5pia2. Pa´gina 3 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 06/12/2010(continuac¸a˜o) Finalmente, obtemos que∫∫ H −→ X.dS = ∫∫∫ W 6zdV − ∫∫ D −→ X.dS = 3pia4 2 − 5pia2. Pa´gina 4 de 4 Boa prova! Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Prova final unificada - Escola Polite´cnica / Escola de Qu´ımica - 12/07/2010 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Calcule o volume do so´lido W dado por W = { (x, y, z) ∈ R3 tais que x2/3 + y 2 2 6 y com z ∈ [0, 1] } Questa˜o 2: (2.5 pontos) Seja D a regia˜o do primeiro quadrante limitada pelas circunfereˆncias centradas na origem de raios 1 e 2. Considere o segmento C1 do eixo coordenado y ligando os pontos (0, 1) e (0, 2) e seja C2 a curva orientada simples tal que a fronteira de D seja C1 ∪ C2 orientada no sentido anti-hora´rio. Calcule ∫ C2 F · dr, sendo F (x, y) = (arctan(x) + y2, ey−x2). Questa˜o 3: (2.5 pontos) Determine b e c para que o campo dado por F (x, y, z) = (y2 + 2czx, y(bx+ cz), y2 + cx2) seja um campo gradiente e, para essas constantes, calcule ∫ C F ·dr, onde C e´ a curva parametrizada por σ(t) = (t+ cos(pit), 2t+ sen(pit), t), 0 ≤ t ≤ 1. Questa˜o 4: (2.5 pontos) Calcule o fluxo do campo F (x, y, z) = (5x + 3yz, 4xyz, x2 − 2xz2 + 1) atrave´s da superf´ıcie dada por S1 ∪ S2 sendo, S1 = { (x, y, z) ∈ R3 tais que x2 + y2 + z2 = 9, com z > 0} e S2 = { (x, y, z) ∈ R3 tais que x2 + y2 + z2 = 4, com z 6 0} . Considere que as superf´ıcies S1 e S2 sa˜o orientadas de forma que em ambas o vetor normal aponte para a origem. Durac¸a˜o da prova: duas horas. Obs: Todas as curvas e superf´ıcies auxiliares utilizadas na resoluc¸a˜o das questo˜es devera˜o ser claramente identificadas, incluindo as orientac¸o˜es adotadas. Regras: • Na˜o e´ permitida consulta a qualquer fonte, se ausentar da sala durante a prova, utilizar calculadora. • Todo o material do aluno deve ficar junto a` mesa do professor. Com o aluno podera´ ficar apenas caneta, re´gua e borracha e carteira de identidade. • Os aparelhos celulares e similares devem ficar desligados na bolsa/mochila do aluno junto a` mesa do professor. • O aluno deve apresentar o documento de identificac¸a˜o quando for assinar a folha de presenc¸a. • A prova pode ser feita com la´pis e/ou caneta. Pa´gina 1 de 1 Boa prova! Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 12/07/2010 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Calcule o volume do so´lido W dado por W = { (x, y, z) ∈ R3 tais que x2/3 + y 2 2 6 y com z ∈ [0, 1] } Soluc¸a˜o: Completando os quadrados na inequac¸a˜o x2/3 + y2/2 ≤ y, obtemos x2/3 + 1 2 (y − 1)2 ≤ 1 2 . Fac¸amos a mudanc¸a de varia´veis x = r3 cos3 θ e y = 1 + √ 2r sen θ, com 0 ≤ θ ≤ 2pi e 0 ≤ r ≤ 1/ √ 2. Enta˜o o correspondente jacobiano e´: ∂(x, y, z) ∂(r, θ, z) = ∣∣∣∣∣∣ 3r2 cos3 θ −3r3 cos2 θ sen θ 0√ 2 sen θ √ 2r cos θ 0 0 0 1 ∣∣∣∣∣∣ = 3√2r3 cos2 θ. Logo, vol(W ) = ∫∫∫ W dxdydz = ∫ 1 0 ∫ 1/√2 0 ∫ 2pi 0 3 √ 2r3 cos2 θ dθdrdz = 3 √ 2 ( r4 4 )∣∣∣∣1/ √ 2 0 ∫ 2pi 0 1 + cos 2θ 2 dθ = 3 √ 2pi 16 . Questa˜o 2: (2.5 pontos) Seja D a regia˜o do primeiro quadrante limitada pelas circunfereˆncias centradas na origem de raios 1 e 2. Considere o segmento C1 do eixo coordenado y ligando os pontos (0, 1) e (0, 2) e seja C2 a curva orientada simples tal que a fronteira de D seja C1 ∪ C2 orientada no sentido anti-hora´rio. Calcule ∫ C2 F · dr, sendo F (x, y) = (arctan(x) + y2, ey−x2). Soluc¸a˜o: Pelo Teorema de Green, temos∫∫ D ( ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y ) dxdy = ∮ ∂D F · dr = ∫ C1 F · dr + ∫ C2 F · dr, onde a curva ∂D = C1 ∪ C2 esta´ orientada no sentido anti-hora´rio. Portanto, ∫ C2 F · dr = ∫∫ D (−2x− 2y) dxdy − ∫ C1 F · dr. Pa´gina 1 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 12/07/2010(continuac¸a˜o) Vamos calcular a integral dupla acima usando coordenadas polares. Enta˜o, −2 ∫∫ D (x+ y) dxdy = −2 ∫ 2 1 ∫ pi/2 0 (r cos θ + r sen θ)r, drdθ = −2 (∫ 2 1 r2 dr )(∫ pi/2 0 (cos θ + sen θ) dθ ) = −2 ( 7 3 ) (2) = −28 3 . Vamos agora calcular a integral de linha sobre C1. Consideremos a seguinte parametrizac¸a˜o de C1: σ(τ) = (0, 2− τ), 0 ≤ τ ≤ 1. Enta˜o, σ′(τ) = (0,−1) e∫ C1 F · dr = ∫ 1 0 F (σ(τ)) · σ′(τ) dτ = − ∫ 1 0 e2−τ dτ = e− e2. Portanto, ∫ C2 F · dr = −28 3 + e2 − e. Questa˜o 3: (2.5 pontos) Determine b e c para que o campo dado por F (x, y, z) = (y2 + 2czx, y(bx+ cz), y2 + cx2) seja um campo gradiente e, para essas constantes, calcule ∫ C F ·dr, onde C e´ a curva parametrizada por σ(t) = (t+ cos(pit), 2t+ sen(pit), t), 0 ≤ t ≤ 1. Soluc¸a˜o: Como o campo F e´ de classe C2, e´ suficiente mostrar que rotF = (0, 0, 0). Calculando direta- mente, obtemos rotF = (2y − cy, 0, by − 2y). Logo, F e´ campo gradiente se, e somente se, b = c = 2, isto e´, F (x, y, z) = (y2 + 4zx, 2yx+ 2z, y2 + 2x2). Podemos enta˜o, determinar uma func¸a˜o potencial correspondente integrando cada uma das coordenadas. Mais precisamente, F = ∇f ⇐⇒ ∂f ∂x = y2 + 4zx, ∂f ∂y = 2yx+ 2z, ∂f ∂z = y2 + 2x2 =⇒ f(x, y, z) = y2x+ 2zx2 + A(y, z) f(x, y, z) = y2z + 2zy +B(x,z) f(x, y, z) = y2z + 2x2z + C(x, y) Pa´gina 2 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 12/07/2010(continuac¸a˜o) Identificando as func¸o˜es, obtemos f(x, y, z) = y2x + y2z + 2x2z e, consequentemente, pelo Teorema Fundamental do Ca´lculo para Integrais de Linha temos que∫ C F · dr = f(σ(1))− f(σ(0)) = f(0, 2, 1)− f(1.0, 0) = 4. Questa˜o 4: (2.5 pontos) Calcule o fluxo do campo F (x, y, z) = (5x + 3yz, 4xyz, x2 − 2xz2 + 1) atrave´s da superf´ıcie dada por S1 ∪ S2 sendo, S1 = { (x, y, z) ∈ R3 tais que x2 + y2 + z2 = 9, com z > 0} e S2 = { (x, y, z) ∈ R3 tais que x2 + y2 + z2 = 4, com z 6 0} . Considere que as superf´ıcies S1 e S2 sa˜o orientadas de forma que em ambas o vetor normal aponte para a origem. Soluc¸a˜o: Considere o so´lido W = W1 ∪W2, onde W1 = { (x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y2 + z2 ≤ 9, z ≥ 0}, W2 = { (x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y2 + z2 ≤ 4, z ≤ 0}. Enta˜o a fronteira de W e´ a superf´ıcie S1 ∪ S2 ∪ S3, onde S3 = { (x, y, 0) ; 4 ≤ x2 + y2 ≤ 9}. Se considerarmos a fronteira de W orientada de tal forma que os vetores normais apontem para o exterior de W , temos, do Teorema de Gauss,∫∫∫ W divF dxdydz = ∫∫ ∂W (F · n)dS = ∫∫ S1∪S2 (F · n)dS + ∫∫ S3 (F · n)dS. Como divF = 5 + 4xz − 4xz = 5, temos∫∫∫ W divF dxdydz = 5 vol(W ) = 5 ( 2 3 pi33 + 2 3 pi23 ) = 350pi 3 . Por outro lado, parametrizando S3 explicitamente, temos Φ(x, y) = (x, y, 0), (x, y) ∈ D = {(x, y) ∈ R2 ; 4 ≤ x2 + y2 ≤ 9}, de modo que∫∫ S3 (F · n)dS = ∫∫ D (5x, 0, x2 + 1) · (0, 0,−1) dxdy = − ∫∫ D (x2 + 1) dxdy. Em coordenadas polares, temos − ∫∫ D (x2 + 1) dxdy = − ∫ 3 2 ∫ 2pi 0 (r2 cos2 θ + 1)r drdθ = − ( 65 4 + 5 ) pi Pa´gina 3 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral III - MAC238 Gabarito prova final unificada - Escola Polite´cnica/Escola de Qu´ımica - 12/07/2010(continuac¸a˜o) Assim, ∫∫ S1∪S2 (F · n)dS = 350pi 3 + ( 65 4 + 5 ) pi. Como a orientac¸a˜o escolhida na aplicac¸a˜o do Teorema de Gauss e´ contra´ria a` pedida no enun- ciado da questa˜o, o fluxo solicitado e´: Fluxo atrave´s de S1 ∪ S2 = − ( 350 3 + 65 4 + 5 ) pi = −1655 12 . Pa´gina 4 de 4 Boa prova! 2009 © Todos os direitos reservados – DMM/IM/UFRJ 09 de dezembro de 2009 Prova Final Unificada Cálculo-III 1. Calcular ∫ Ω dxdy x y , onde }3121|),{( 222 ≤≤≤+≤∈=Ω x yeyxRyx . Solução: , dxdy= 2. Seja C uma curva plana que liga os pontos A(1,0) e B(2,0). Suponha que a curva C e o segmento [ ] 02,1 × limitem uma região com valor da área igual a π . Encontrar o valor da integral: .)1()( 2 dyxyedxyye xy C xy +++∫ 2009 © Todos os direitos reservados – DMM/IM/UFRJ 3. Calcular ∫ Ω ++ dxdydzzyx 222 , onde Ω é o domínio de R3, limitado pelas superfícies: }20,{: 221 ≤≤+= zyxzS e }42,4)2({: 2222 ≤≤=−++ zzyxS . 4. Calcular integral ∫ C sdF do campo vetorial += xyyxsenyzF ,,)(cos 32 1 sobre contorno C definido como interseção do plano 0=−+ zyx com planos 0,0 == yx e 1=z . Indicar a sua escolha da orientação do contorno. Solução: ∫∫ = SC dSnFrotsdF , ),0,( zxFrot −= , )1,1,1( −=n , ∫∫ =−−−= xySC dxdyyxxsdF )1,1,1)(,0,( ∫ ∫− =+1 0 1 0 2 1)2( x dyyxdx . M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Prova Final Unificada de Ca´lculo III Engenharia e Engenharia Qu´ımica 30/06/2009 1a Questa˜o: (2 pontos) Calcule a integral ∫ 1 0 ∫ √ 1−x2 0 ∫ √ 1−x2−y2 0 (x2 + y2 + x2)2 dzdydx. 2a Questa˜o: (2 pontos) Calcule ∮ C x2 − y2 2 dx + x2 + 2y 2 dy, onde C e´ a fronteira da regia˜o D = {( x, y) ∈ R2 | 1 ≤ 4x2 + y2 ≤ 4, x ≥ 0, y ≥ 0}, orientada no sentido anti-hora´rio. 3a Questa˜o: (2 pontos) Calcule a a´rea da superf´ıcie de equac¸a˜o z = 1− y2 compreendida entre os planos x = 0, y = 0, z = 0 e o cilindro z = 1− x2. 4a Questa˜o: (2 pontos) Calcule o fluxo ∫∫ S (F · n) dS, onde F (x, y, z) = (z2x, y3/3 + cos(z), x2z + y2), S = { (x, y, z) ∈ R3 | x2 + y2 + z2 = 2, z ≥ 0} e n denota o vetor unita´rio apontando para cima (isto e´, a terceira componente de n e´ positiva). 5a Questa˜o: (2 pontos) Use o Teorema de Stokes para calcular ∮ C y dx + z dy + x dz, onde C e´ a curva obtida pela intersec¸a˜o do plano x+ y = 2 com a esfera x2 + y2 + z2 = 2(x + y). Indique a orientac¸a˜o escolhida. Justifique suas respostas Boa prova! M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Gabarito da Prova Final Unificada de Ca´lculo III 1aQuesta˜o: Calcule a integral ∫ 1 0 ∫ √ 1−x2 0 ∫ √ 1−x2−y2 0 (x2 + y2 + z2)2 dzdydx. Soluc¸a˜o: Usando coordenadas esfe´ricas, temos x = ρ cos θ senφ y = ρ sen θ senφ z = ρ cosφ =⇒ ∣∣∣∣∂(x, y, z)∂(ρ, θ, φ) ∣∣∣∣ = ρ2 senφ. O domı´nio de integrac¸a˜o e´ a parte interior da esfera de raio unita´rio centrada na origem contida no primeiro octante. Logo, em coordenadas esfe´ricas, a integral e´: ∫ 1 0 ∫ pi/2 0 ∫ pi/2 0 ρ4ρ2 senφdρdφdθ = (∫ 1 0 ρ6 dρ )(∫ pi/2 0 senφdφ )(∫ pi/2 0 dθ ) = pi 14 . 2aQuesta˜o: Calcule ∮ C x2 − y2 2 dx+ x2 + 2y 2 dy, onde C e´ a fronteira da regia˜o D = {( x, y) ∈ R2 | 1 ≤ 4x2 + y2 ≤ 4, x ≥ 0, y ≥ 0}, orientada no sentido anti-hora´rio. Soluc¸a˜o: Pelo Teorema de Green, temos∮ C x2 − y2 2 dx+ x2 + 2y 2 dy = ∫∫ D ( ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y ) dxdy onde F1(x, y) = x2 − y2 2 e F2(x, y) = x2 + 2y 2 . Portanto, ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y = x+ y. Observe queD e´ a regia˜o do primeiro quadrante compreendida entre as elipses 4x2+y2 = 1 e 4x2 + y2 = 4 (veja a figura). x y Assim, considerando a mudanc¸a de varia´veis Φ : (r, θ)→ (x, y), onde x = 1 2 r cos θ, y = r sen θ, temos ∣∣∣∣∂(x, y)∂(r, θ) ∣∣∣∣ = r2 . Como esta mudanc¸a de varia´veis transforma univocamente a regia˜o Ω = [1, 2]× [0, pi/2] em D, temos ∫∫ D (x+ y) dxdy = ∫ 2 1 ∫ pi/2 0 ( 1 2 r cos θ + r sen θ ) r 2 drdθ = 7 4 . 3aQuesta˜o: Calcule a a´rea da superf´ıcie de equac¸a˜o z = 1− y2 compreendida entre os planos x = 0, y = 0, z = 0 e o cilindro z = 1− x2. Soluc¸a˜o: Consideremos a parametrizac¸a˜o Φ : D→ R3 definida por Φ(x, y) = (x, y, 1− y2), onde D = { (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1, 0 ≤ x ≤ y}. y z x Enta˜o ∂Φ dx × ∂Φ dy = (0, 2y, 1) ⇒ dS = ∥∥∥∥∂Φdx × ∂Φ dy ∥∥∥∥ dxdy = √ 1 + 4y2 dxdy. Portanto, a´rea de S = ∫∫ S dS = ∫ 1 0 (∫ y 0 √ 1 + 4y2 dx ) dy = 5 √ 5− 1 12 . 4aQuesta˜o: Calcule o fluxo ∫∫ S (F · n) dS, onde F (x, y, z) = (z2x, y3/3 + cos(z), x2z + y2), S = { (x, y, z) ∈ R3 | x2 + y2 + z2 = 2, z ≥ 0} e n denota o vetor unita´rio apontando para cima (isto e´, a terceira componente de n e´ positiva). Soluc¸a˜o: Vamos considerar o conjunto Ω = { (x, y, z) ∈ R3 | x2 + y2 + z2 ≤ 2, z ≥ 0}. Enta˜o a fronteira de Ω e´ S ∪ T , onde S e´ a superf´ıcie dada e T = { (x, y, 0) ∈ R3 | x2 + y2 ≤ 2}. O campo F e´ de classe C1 em R3. Logo, pelo Teorema de Gauss, temos ∫∫ S∪T (F · n) dS = ∫∫∫ Ω divF dxdydz, onde n denota os vetores unita´rios normais a` fronteira S ∪ T apontando para fora de Ω. Assim, ∫∫ S (F · n) dS = ∫∫∫ Ω divF dxdydz − ∫∫ T (F · n) dS. (1) Calculando o divergente do campo F , temos: divF (x, y, z) = x2 + y2 + z2.Vamos enta˜o calcular as duas integrais do lado direito da igualdade em (1). Usando coordenadas esfe´ricas, temos divF (x, y, z) = x2 + y2 + z2 = ρ2 e dxdydz = ρ2 senφdρdθdφ. Portanto ∫∫∫ Ω divF dxdydz = (∫ √ 2 0 ρ4 dρ )(∫ 2pi 0 senφdφ )(∫ pi/2 0 dθ ) = 8 √ 2pi 5 . (2) Em T temos n = (0, 0,−1) e F (x, y, 0) = (0, 1 + y3/3, y2). Portanto, ∫∫ T (F · n) dS = − ∫∫ D y2 dxdy, onde D = { (x, y) ∈ R2 | x2 + y2 ≤ 2}. Usando coordenadas polares, temos − ∫∫ D y2 dxdy = − ∫ 2pi 0 ∫ √ 2 0 r2 sen2 θ r drdθ = −pi. (3) De (1), (2) e (3), obtemos o fluxo ∫∫ S F · n dS = ( 8 √ 2 5 + 1 ) pi. 5aQuesta˜o: Use o Teorema de Stokes para calcular ∮ C y dx+ z dy + x dz, onde C e´ a curva obtida pela intersec¸a˜o do plano x+ y = 2 com a esfera x2+ y2+ z2 = 2(x+ y). Indique a orientac¸a˜o escolhida. Soluc¸a˜o: Completando os quadrados na equac¸a˜o da esfera, obtemos (x− 1)2 + (y − 1)2 + z2 = 2. Portanto, a esfera tem centro em P0 = (1, 1, 0) e raio R = √ 2. O plano x+ y = 2 passa por P0. Logo, a curva C e´ uma circunfereˆncia com centro em P0 e raio R. Pelo Teorema de Stokes, ∮ C F · dr = ∫ ∫ S (rotF · n) dS, onde S e´ qualquer superf´ıcie regular que tenha como bordo a curva C. Vamos enta˜o escolher como S a parte do plano x+y = 2 limitada pela curva C. Neste caso, podemos escolher n = ( 1√ 2 , 1√ 2 , 0 ) . Como rotF (x, y, z) = (−1,−1,−1) para todo (x, y, z) ∈ R3, temos ∮ C y dx+ z dy + x dz = ∫∫ S (−1,−1,−1) · (1/ √ 2, 1/ √ 2, 0) dS = − √ 2(a´rea de S) = −2 √ 2pi. Neste caso, estamos supondo que a curva esta´ orientada no sentido anti-hora´rio para quem a veˆ, por exemplo, do ponto (2, 2, 0). Calculo 3 PF.pdf Página 1
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