Buscar

Planejamento tributário apos


Continue navegando


Prévia do material em texto

IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 1 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Compliance e Planejamento Tributário 
 
Compliance – A palavra Compliance significa “estar em conformidade com” que pode ser em conformidade com 
uma legislação específica, com o código de ética da entidade, com os preceitos da sociedade, ou seja, a empresa 
que pratica o Compliance busca estar em conformidade com o que entende ser íntegro e ético. Compliance é fazer 
o que é certo! 
 Na parte tributária é primordial buscar o Compliance, de forma que as normas sejam seguidas nos 
seus mínimos detalhes, e assim gere segurança aos atos praticados. 
Planejamento Tributário – Segundo Fabretti (2003), “é o estudo feito preventivamente, ou seja, antes da 
realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos 
onerosas”. 
Elisão Fiscal – Andrade Filho (2015) considera que elisão fiscal “é a atividade lícita de busca e identificação de 
alternativas que, observados os marcos da ordem jurídica, levam a uma menor carga tributária” 
Evasão Fiscal – Para Andrade Filho (2015) evasão fiscal “é toda ação ou omissão dolosa tendente a encobrir, de 
forma intencional ou fraudulenta, operações tributáveis” 
Regimes Tributáríos: Os Regimes Tributários que se encontram em vigor no Brasil, são os seguintes: 
 - Lucro Real 
 - Lucro Presumido 
 - Lucro Arbitrado 
 - Simples Nacional (ME, EPP e MEI) 
 
Neste estudo, teremos como objetivo analisar os principais aspectos inerentes aos regimes citados acima, exceto 
no que diz respeito ao Regime do Lucro Arbitrado, por se mostrar, na maioria das vezes mais oneroso para as 
empresas, e com este estudo poder identificar quais são os principais critérios e cuidados a serem analisados, bem 
como efetuarmos exemplos práticos de verificação de qual regime tributário será mais benéfico para a empresa 
exemplo ora estudada. 
Além disso será tratado também o que deve ser observado para as empresas, de forma que a tributação seja 
menos onerosa, tais como a possibilidade de utilizar benefícios fiscais, possibilidades de créditos, abrangência dos 
fatos geradores em detrimento de um regime e outro, bem como as limitações que possuem cada regime e a 
possibilidade de acesso ou não a estas tributações. 
 
 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 2 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
 
IRPJ – IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA 
CSLL – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 
Base Legal: IN 1700/2017 
Empresas obrigadas ao Lucro Real: 
Art. 59. São obrigadas ao regime de tributação do IRPJ com base no lucro real as pessoas jurídicas: 
I - cuja receita total no ano-calendário anterior tenha excedido o limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e 
oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de 
meses de atividade no período, quando inferior a 12 (doze) meses; 
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, 
agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de 
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de 
capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruem de benefícios fiscais relativos à isenção ou 
redução do imposto; 
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, 
na forma prevista nos arts. 33 e 34; 
VI - que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de 
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); ou 
VII - que exploram as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. 
 
§ 1º Considera-se receita total o somatório: 
I - da receita bruta mensal; 
II - dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e futuros e 
em mercado de balcão organizado; 
III - dos rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável; 
IV - das demais receitas e ganhos de capital; 
V - das parcelas de receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com 
tributação favorecida que excederem o valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma prevista na 
Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 28 de dezembro de 2012; 
VI - dos juros sobre o capital próprio que não tenham sido contabilizados como receita, conforme 
disposto no parágrafo único do art. 76. 
§ 2º A obrigatoriedade a que se refere o inciso III do caput não se aplica à pessoa jurídica que auferir 
receita de exportação de mercadorias e da prestação direta de serviços no exterior. 
§ 3º Para fins do disposto no § 2º, não se considera direta a prestação de serviços realizada no exterior 
por intermédio de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras unidades 
descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas. 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 3 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
 
 
§ 4º São obrigadas ao regime de tributação do IRPJ com base no lucro real as pessoas jurídicas que 
exploram atividades de compra de direitos creditórios, ainda que se destinem à formação de lastro de valores 
mobiliários. 
Art. 60. Estarão sujeitas ao regime de tributação da CSLL sobre o resultado ajustado as pessoas jurídicas 
que adotarem o regime de tributação do IRPJ com base no lucro real. 
Art 214 § 3º-A A pessoa jurídica que houver pago o IRPJ com base no lucro presumido e que, em relação 
ao mesmo ano-calendário, incorrer na obrigação de apurar o imposto pelo lucro real por ter auferido lucros, 
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração 
pelo Lucro Real trimestral a partir do trimestre da ocorrência do fato. 
 § 4º Não poderão optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas 
resultantes de evento de incorporação ou fusão enquadradas nas disposições contidas no art. 59, ainda que 
qualquer incorporada ou fusionada fizesse jus ao referido regime antes da ocorrência do evento, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 4º da Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000. 
§ 5º O disposto no § 4º não se aplica no caso em que a incorporadora estivesse submetida ao Programa 
de Recuperação Fiscal (Refis) antes do evento de incorporação. 
§ 5º-A As pessoas jurídicas de que tratam os incisos I, III, IV e V do caput do art. 59 poderão optar, 
durante o período em que submetidas ao Refis, pelo regime de tributação com base no lucro presumido. 
 § 5º-B Na hipótese prevista no § 5º-A, as pessoas jurídicas referidas no inciso III do caput do art. 59 
deverão adicionar os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior ao lucro presumido e ao 
resultado presumido. 
 
 § 5º-C As pessoas jurídicas referidas no § 5º-A deverão observar o disposto na Instrução Normativa SRF 
nº 16, de 15 de fevereiro de 200O IRPJ e a CSLL deverá ser calculado com base no Lucro Real, Presumido ou 
Arbitrado. 
 
 
A apuração do imposto é Trimestral, conforme tabela abaixo: 
 
APURAÇÃO 
01/01 A 31/03 
01/04 A 30/06 
01/07 A 30/09 
01/10 A 31/12 
 
 
 
 
 
IPOG - Institutode Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 4 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Alíquotas: 
 IRPJ – 15% 
 Adicional do Imposto de Renda – 10% 
CSLL : 
I - 15% (quinze por cento), exceto no período compreendido entre 1º de setembro de 2015 e 31 de 
dezembro de 2018, no qual vigorará a alíquota de 20% (vinte por cento), nos casos de: 
a) pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização; 
c) distribuidoras de valores mobiliários; 
d) corretoras de câmbio e de valores mobiliários; 
e) sociedades de crédito, financiamento e investimentos; 
f) sociedades de crédito imobiliário; 
g) administradoras de cartões de crédito; 
h) sociedades de arrendamento mercantil; e 
i) associações de poupança e empréstimo; 
II - 15% (quinze por cento), exceto no período compreendido entre 1º de outubro de 2015 e 31 de 
dezembro de 2018, no qual vigorará a alíquota de 17% (dezessete por cento), no caso de cooperativas de crédito; 
III - 9% (nove por cento), no caso de: 
a) administradoras de mercado de balcão organizado; 
b) bolsas de valores e de mercadorias e futuros; 
c) entidades de liquidação e compensação; 
d) empresas de fomento comercial ou factoring; e 
e) demais pessoas jurídicas. 
IV - 20% (vinte por cento), exceto no período compreendido entre 1º de janeiro de 2019 e 29 de 
fevereiro de 2020, no qual vigorará a alíquota de 15% (quinze por cento), nos casos de bancos de qualquer espécie 
e de agências de fomento. 
 
 
Adicional de Imposto de Renda: 
 Sempre que a base de cálculo do imposto de renda exceder R$ 20.000,00 (por mês), além do IRPJ, é 
devido também o Adicional do Imposto de Renda sobre o que exceder. 
O valor do adicional será recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções. 
 
 
Base de Cálculo 
Art. 27. A base de cálculo do IRPJ, determinada segundo a legislação vigente na data da ocorrência do 
respectivo fato gerador, é o lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado, correspondente ao período de 
apuração. 
Art. 28. A base de cálculo da CSLL, determinada segundo a legislação vigente na data da ocorrência do 
respectivo fato gerador, é o resultado ajustado, resultado presumido ou resultado arbitrado, correspondente ao 
período de apuração. 
 
 
 
 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 5 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Lucro Real 
Art. 61. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração antes da provisão para o IRPJ, ajustado pelas 
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IRPJ. 
§ 1º Resultado ajustado é o lucro líquido do período de apuração antes da provisão para a CSLL, ajustado 
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação da CSLL. 
§ 2º A determinação do lucro real e do resultado ajustado será precedida da apuração do lucro líquido 
de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais. 
A empresa, ao escolher a tributação de seus impostos e contribuições através do regime do Lucro Real, 
partirá, para fins de cálculo do IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da CSLL – Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido, do lucro líquido do período. A partir deste valor apurado através da DR, são efetuados os ajustes 
previstos na legislação, no que tange as Adições, Exclusões e compensações, a fim de chegar no chamado lucro 
real, o qual é conceituado apenas para fins fiscais. . 
A periodicidade do recolhimento do IRPJ e da CSLL é trimestral, podendo a empresa optar em apurá-los 
anualmente, porém, neste caso, deverá providenciar o recolhimento mensal deste tributo e desta contribuição, 
através do regime de recolhimento por estimativa, utilizando para isso, percentuais pré-estabelecidos pelo 
Regulamento do Imposto de Renda para apurar o “lucro estimado” a fim de que seja a base de cálculo dos tributos 
e contribuições aqui elencados. 
A empresa ainda, ao optar pelo lucro real anual, pode utilizar-se da prerrogativa de suspender ou reduzir o 
valor a ser recolhido mensalmente, mediante a utilização de balancetes de redução ou suspensão que demonstre, 
que o valor recolhido durante o ano-calendário, até a data do levantamento do balancete, é superior ao valor ao 
qual a empresa estaria sujeita ao recolhimento, apurado pelo lucro líquido encontrado. 
Caso a empresa não utilize a prerrogativa de reduzir ou suspender o pagamento do tributo e da 
contribuição, através dos balancetes de redução ou suspensão, deverá efetuar os recolhimentos mensalmente pelo 
critério do recolhimento por estimativa. Ao término do período de apuração, ou seja, ao término do ano 
calendário, a empresa verificará o valor que foi recolhido por estimativa e confrontará com o valor a ser recolhido 
pela sistemática do lucro real, apurando assim as diferenças existentes ente uma forma e outra de recolhimento. 
Caso o pagamento por estimativa seja superior ao valor calculado através do lucro real, poderá a empresa, 
compensar o valor recolhido a maior com os demais tributos ou contribuições na esfera federal. Por outro lado, 
caso o recolhimento por estimativa for inferior ao valor devido pelo lucro real anual, deverá a empresa apurar a 
diferença e recolher em uma única quota, com vencimento no último dia útil do mês de março do ano calendário 
subsequente. A opção pela forma de tributação é irretratável para todo o ano-calendário e é efetuada no 
pagamento do primeiro Darf do imposto de Renda. 
 
Adições 
Quando fala-se em adições, está se tratando das despesas que foram reconhecidas pela empresa em sua 
contabilidade, por terem ocorrido efetivamente, mas que para a tributação do IRPJ e da CSLL, tratam-se de 
despesas indedutíveis, ou seja, que não podem ser consideradas para fins de diminuir o lucro e consequentemente 
diminuir o tributo e a contribuição ora estudados. 
O regulamento do imposto de renda, destaca despesas, que mesmo usuais, não são consideradas 
dedutíveis, devendo ser adicionadas ao lucro contábil, a fim de chegar ao lucro real, ou como é também conhecido, 
lucro fiscal. Cita-se algumas, como exemplo: despesas com alimentação de sócios, acionistas ou administradores; 
doações; despesas com brindes; as multas por infrações fiscais; encargos de depreciações, reconhecidos 
contabilmente, de bens já totalmente depreciados devido aos incentivos fiscais e a própria CSLL, que se 
reconhecida como despesa, deverá ser adicionada ao lucro, pois não é dedutível para fins de cálculo do IRPJ. 
Outro ponto a ser analisado ao verificar se uma despesa é dedutível ou não, diz respeito a algumas 
condições que o regulamenta determina, que caso não cumpridas, tornam a despesa indedutível, devendo ser 
adicionada. Um exemplo prático desta situação é o fornecimento de benefícios aos empregados, tais como plano 
de saúde ou alimentação, que somente poderão ser deduzidas caso sejam fornecidas indistintamente a todos os 
empregados. 
 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 6 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
 
Das Despesas Necessárias 
Art. 68. Na determinação do lucro real serão dedutíveis somente as despesas necessárias à atividade da empresa e 
à manutenção da respectiva fonte produtora. 
§ 1º Consideram-se necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações 
exigidas pela atividade da empresa. 
§ 2º As despesas admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa. 
Art. 69. Serão indedutíveis na apuração do resultado ajustado as despesas desnecessárias às operações da 
empresa. 
Das Provisões 
Art. 70. Na determinação do lucro real e do resultado ajustado somente serão dedutíveis as provisões: 
I - técnicas das companhias de seguro e de capitalização, das entidades de previdência privada complementar e das 
operadoras de planos de assistência à saúde, quando constituídas por exigência da legislação especiala elas 
aplicável; 
II - para perdas de estoques de livros de que trata o art. 8º da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003; 
III - para o pagamento de férias de empregados; e 
IV - para o pagamento de décimo-terceiro salário de empregados. 
. 
Exclusões 
 As exclusões permitidas para cálculo do IRPJ e da CSLL são as receitas e ganhos auferidos pela empresa, os 
quais não integram a base de cálculo do tributo e da contribuição, devendo ser excluídos para fins de cálculo do 
imposto. 
 As exclusões possuem efeito contrário às adições. Enquanto as adições aumentam o lucro e 
consequentemente o tributo e a contribuição, as exclusões terão reflexo na base de cálculo, diminuindo-a, e assim, 
diminuindo o IRPJ e a CSLL a ser recolhidos pela empresa. 
 
Compensações 
Para cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a empresa optante 
pelo lucro real, poderá compensar prejuízos fiscais de períodos-base anteriores. 
Art. 64. O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou autorizadas pela 
legislação do IRPJ, poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores 
em até, no máximo, 30% (trinta por cento) do referido lucro líquido ajustado, observado o disposto nos arts. 203 a 
213. 
Parágrafo único. O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou autorizadas 
pela legislação da CSLL, poderá ser reduzido pela compensação de bases de cálculo negativas da CSLL de períodos 
de apuração anteriores em até, no máximo, 30% (trinta por cento) do referido lucro líquido ajustado, observado o 
disposto nos arts. 203 a 213. 
Os prejuízos, para fins de compensação, se dividem em prejuízos operacionais e prejuízos não 
operacionais. Os prejuízos operacionais, são os oriundos das atividades operacionais da empresa, enquanto os 
prejuízos não operacionais são os resultados decorrentes da alienação de bens e direitos do ativo não circulante 
classificados como imobilizado, investimento e intangível, ainda que reclassificados para o ativo circulante com a 
intenção de venda. 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 7 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
É importante salientar que a limitação de 30% (trinta por cento) citada no parágrafo anterior, não se aplica 
as empresas que possuem atividade rural, as quais poderão compensar os prejuízos fiscais em até 100% (cem por 
cento) com os lucros obtidos nesta mesma atividade. 
 
 
Prejuízos Não Operacionais 
Art. 205. Os prejuízos não operacionais somente podem ser compensados, nos períodos subsequentes 
ao de sua apuração, com lucros de mesma natureza. 
§ 1º Consideram-se não operacionais os resultados decorrentes da alienação de bens e direitos do ativo 
não circulante classificados como imobilizado, investimento e intangível, ainda que reclassificados para o ativo 
circulante com a intenção de venda. 
§ 2º O resultado não operacional será igual à diferença, positiva ou negativa, entre o valor pelo qual o 
bem ou direito houver sido alienado e o seu valor contábil, assim entendido o que estiver registrado na 
escrituração do contribuinte, diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das 
perdas estimadas no valor de ativos. 
§ 3º Os resultados não operacionais de todas as alienações ocorridas durante o período de apuração 
deverão ser apurados englobadamente entre si. 
§ 4º No período de apuração de ocorrência os resultados não operacionais, positivos ou negativos, 
integrarão o lucro real. 
§ 5º A separação em prejuízos não operacionais e em prejuízos das demais atividades somente será 
exigida se, no período, forem verificados, cumulativamente, resultados não operacionais negativos e lucro real 
negativo (prejuízo fiscal). 
§ 6º Verificada a hipótese de que trata o § 5º, a pessoa jurídica deverá comparar o prejuízo não 
operacional com o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real, observado o seguinte: 
I - se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo será considerado prejuízo 
fiscal não operacional e a parcela excedente será considerada prejuízo fiscal das demais atividades; 
II - se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo fiscal, todo o prejuízo 
fiscal será considerado não operacional. 
§ 7º Os prejuízos fiscais não operacionais e os decorrentes das demais atividades da pessoa jurídica 
deverão ser controlados de forma individualizada por espécie, na parte B do e-Lalur, para compensação com lucros 
de mesma natureza apurados nos períodos subsequentes. 
§ 8º O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada período de apuração 
subsequente não poderá exceder o total dos resultados não operacionais positivos apurados no período de 
compensação. 
§ 9º A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos decorrentes de outras atividades da 
pessoa jurídica, a ser compensada, não poderá exceder o limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido do 
período de apuração da compensação, ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação 
do imposto sobre a renda. 
§ 10. No período de apuração em que for apurado resultado não operacional positivo, todo o seu valor 
poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais não operacionais de períodos anteriores, ainda que a 
parcela do lucro real admitida para compensação não seja suficiente ou que tenha sido apurado prejuízo fiscal. 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 8 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
§ 11. Na hipótese prevista no § 10, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais compensados com os 
lucros não operacionais que não puder ser compensada com o lucro real, seja em virtude do limite de que trata o § 
9º ou de ter ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo fiscal das demais atividades, 
devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte B do e-Lalur. 
§ 12. Para fins da neutralidade tributária a que se refere o art. 292, deverá ser considerada no valor 
contábil de que trata o § 2º eventual diferença entre o valor do ativo na contabilidade societária e o valor do ativo 
mensurado de acordo com os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 observada na 
data da adoção inicial de que trata o art. 291. 
§ 13. O disposto neste artigo não se aplica em relação às perdas decorrentes de baixa de bens ou direitos 
em virtude de terem se tornado imprestáveis, obsoletos ou terem caído em desuso, ainda que posteriormente 
venham a ser alienados como sucata. 
Art. 206. O saldo de prejuízos fiscais não operacionais existente na data da adoção inicial de que trata o 
art. 291 somente poderá ser compensado nos períodos de apuração subsequentes nos termos do art. 205. 
Dedução do Imposto Devido 
 
Art. 66. O IRPJ devido sobre o lucro real de que trata o § 4º do art. 31 será calculado mediante aplicação 
das alíquotas previstas no art. 29 sobre o lucro real. 
§ 1º Observado o disposto no § 2º do art. 29, para efeitos de determinação do saldo do imposto a pagar 
ou a ser restituído ou compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do IRPJ devido os valores referentes: 
I - aos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites e prazos fixados na legislação 
vigente; 
II - aos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com base no lucro da exploração; 
III - ao imposto sobre a renda pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na 
determinação do lucro real; e 
IV - ao imposto sobre a renda calculado na forma prevista nos arts. 33, 39 e 47, e efetivamente pago 
mensalmente. 
§ 2º Para efeitos de determinação dos incentivos fiscais de dedução do imposto, serão considerados os 
valores efetivamente despendidos pela pessoa jurídica. 
Art. 67. A CSLL devida sobre o resultado ajustado de que tratao § 4º do art. 31 será calculada mediante 
aplicação da alíquota de que trata o art. 30 sobre o resultado ajustado. 
Parágrafo único. Para efeitos de determinação do saldo da CSLL a pagar ou a ser restituída ou 
compensada, a pessoa jurídica poderá deduzir da CSLL devida os valores referentes: 
I - aos incentivos fiscais de isenção da CSLL, calculados com base no lucro da exploração; 
II - à CSLL paga ou retida na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinação do resultado 
ajustado; 
III - à CSLL calculada na forma prevista nos arts. 34, 39 e 47, e efetivamente paga mensalmente; e 
IV - ao bônus de adimplência fiscal, nos termos dos arts. 271 a 276 desta Instrução Normativa. 
 
 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 9 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Incentivos Fiscais 
Art. 43. Do imposto apurado conforme o art. 42 a pessoa jurídica poderá, observados os limites e prazos 
previstos na legislação de regência, deduzir os valores dos benefícios fiscais de dedução do imposto, excluído o 
adicional, relativos: 
I - às despesas de custeio do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT); 
II - às doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente; 
III - às doações aos fundos nacional, estaduais ou municipais do idoso; 
IV - às doações e patrocínios a título de apoio a ações de prevenção e de combate ao câncer no âmbito do 
Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon); 
V - às doações e patrocínios a título de apoio a ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência 
promovidas no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 
(Pronas/PCD); 
VI - às doações e patrocínios realizados a título de apoio a atividades culturais ou artísticas; 
VII - ao valor despendido na aquisição de vale-cultura distribuído no âmbito do Programa de Cultura do 
Trabalhador; 
 (Revogado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019) 
VIII - aos investimentos, aos patrocínios e à aquisição de quotas de Fundos de Financiamento da Indústria 
Cinematográfica Nacional (Funcines), realizados a título de apoio a atividades audiovisuais; 
IX - às doações e patrocínios realizados a título de apoio a atividades desportivas e paradesportivas; e 
X - à remuneração da empregada paga no período de prorrogação da licença-maternidade. 
X - à remuneração da empregada ou do empregado paga no período de prorrogação da licença 
maternidade ou da licença-paternidade. 
 (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019) 
Parágrafo único. A parcela excedente, em cada mês, dos incentivos a que se refere o caput, poderá ser 
utilizada nos meses subsequentes do mesmo ano-calendário, observados os limites legais específicos. 
 
Art. 44. Para determinação do valor do IRPJ a pagar a pessoa jurídica poderá ainda deduzir do imposto 
devido, apurado conforme os arts. 42 e 43, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a 
respectiva base de cálculo. 
§ 1º Excetuando-se o disposto no parágrafo único do art. 36, em nenhuma hipótese poderá ser deduzido 
o imposto sobre a renda retido na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e de renda 
variável ou pago sobre os ganhos líquidos. 
§ 2º Os valores dos incentivos fiscais de que trata o caput do art. 43 deduzidos do imposto devido com 
base no lucro estimado não serão considerados imposto pago por estimativa. 
Art. 45. A CSLL devida em cada mês será calculada mediante aplicação da alíquota prevista no art. 30 
sobre a base de cálculo de que tratam os arts. 34 e 39. 
Art. 46. Para fins de cálculo do valor a pagar a pessoa jurídica poderá deduzir da CSLL devida no mês a 
CSLL retida na fonte sobre receitas que integraram a respectiva base de cálculo. 
 
 
 
 
 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99916#1978183
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99916#1978020
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 10 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Do Programa de Alimentação do Trabalhador 
Subseção I 
Da dedução do imposto sobre a renda devido 
Art. 641. A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto sobre a renda devido o valor equivalente à aplicação 
da alíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período de apuração, no PAT, instituído 
pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 , nos termos estabelecidos nesta Seção (Lei nº 6.321, de 1976, art. 1º) . 
Parágrafo único. As despesas de custeio admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem a 
constituir o custo direto e exclusivo do serviço de alimentação, e poderão ser considerados, além da matéria-prima, 
da mão de obra, dos encargos decorrentes de salários, do asseio e dos gastos de energia diretamente relacionados 
ao preparo e à distribuição das refeições. 
Art. 642. A dedução de que trata o art. 641 fica limitada a quatro por cento 4% do imposto sobre a renda 
devido em cada período de apuração e o excesso poderá ser transferido para dedução nos dois anos-calendário 
subsequentes (Lei nº 6.321, de 1976, art. 1º, § 1º e § 2º ; e Lei nº 9.532, de 1997, art. 5º ). 
Art. 643. Para a execução dos PAT, a pessoa jurídica beneficiária poderá manter serviço próprio de refeições, 
distribuir alimentos e firmar convênio com entidades fornecedoras de alimentação coletiva, sociedades civis, 
sociedades comerciais e sociedades cooperativas. 
§ 1º A pessoa jurídica beneficiária será responsável pelas irregularidades resultantes dos programas 
executados na forma prevista neste artigo. 
§ 2º A pessoa jurídica que custear em comum as despesas a que se refere este artigo poderá beneficiar-se da 
dedução de que trata o art. 641 pelo critério de rateio do custo total da alimentação. 
Subseção II 
Das despesas abrangidas pelo incentivo 
Art. 644. A dedução de que trata esta Seção somente se aplica às despesas com PAT, aprovados previamente 
pelo Ministério do Trabalho (Lei nº 6.321, de 1976, art. 1º) . 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se como aprovação prévia pelo Ministério do 
Trabalho a apresentação de documento hábil definido em ato conjunto dos Ministros de Estado do Trabalho, da 
Saúde e da Fazenda. 
Art. 645. Os programas de que trata esta Seção deverão conferir prioridade ao atendimento dos 
trabalhadores de baixa renda e ficarão limitados àqueles contratados pela pessoa jurídica beneficiária (Lei nº 6.321, 
de 1976, art. 2º) . 
§ 1º Os trabalhadores de renda mais elevada poderão ser incluídos no programa de alimentação, desde que 
seja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores contratados pela pessoa jurídica beneficiária que 
percebam até cinco salários mínimos. 
§ 2º A participação do trabalhador fica limitada a vinte por cento do custo direto da refeição. 
§ 3º A quantificação do custo direto da refeição será feita conforme o período de execução do programa 
aprovado pelo Ministério do Trabalho, limitado ao máximo de doze meses. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm#anexoart641
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9532.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm#anexoart641
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art2
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 11 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
§ 4º As pessoas jurídicas beneficiárias do PAT poderão estender o benefício previstono Programa aos 
trabalhadores por elas dispensados, no período de transição para novo emprego, limitada a extensão ao período de 
seis meses (Lei nº 6.321, de 1976, art. 2º, § 2º) . 
§ 5º As pessoas jurídicas beneficiárias do PAT poderão estender o benefício previsto no Programa aos 
empregados que estejam com contrato suspenso para participação em curso ou programa de qualificação 
profissional, limitada essa extensão ao período de cinco meses (Lei nº 6.321, de 1976, art. 2º, § 3º) . 
Subseção III 
Da contabilização 
Art. 646. A pessoa jurídica deverá destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, as 
despesas constantes do PAT. 
Subseção IV 
Do descumprimento ao Programa de Alimentação do Trabalhador 
Art. 647. A execução inadequada do PAT ou o desvio ou o desvirtuamento de suas finalidades acarretará a 
perda do incentivo fiscal e a aplicação das penalidades previstas neste Regulamento. 
Seção II 
Do Programa Empresa Cidadã 
Art. 648. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto sobre a renda devido, 
em cada período de apuração, o total da remuneração integral da empregada e do empregado pago nos dias de 
prorrogação de sua licença-maternidade e de sua licença-paternidade, vedada a dedução como despesa 
operacional (Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, art. 5º) . 
Seção III 
Dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso 
Art. 649. A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto sobre a renda devido o total das doações efetuadas 
aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital, estaduais e municipais, devidamente 
comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional (Lei nº 8.069, de 1990, art. 260, caput ) . 
§ 1º A dedução de que trata o caput não poderá ultrapassar um por cento 1% do imposto sobre a renda 
devido (Lei nº 8.069, de 1990, art. 260, caput, inciso I) . 
§ 2º A doação de que trata este artigo deverá ser efetuada no período a que se refere a apuração do imposto 
sobre a renda e poderá ser deduzida (Lei nº 8.069, de 1990, art. 260-B): 
I - do imposto sobre a renda devido no trimestre, para as pessoas jurídicas que apuram o imposto 
trimestralmente; e 
II - do imposto sobre a renda devido mensalmente e no ajuste anual, para as pessoas jurídicas que apuram o 
imposto anualmente. 
§ 3º As doações de que trata o caput podem ser efetuadas em espécie ou em bens (Lei nº 8.069, de 1990, 
art. 260-C) . 
§ 4º Na hipótese de doação em bens, a pessoa jurídica deverá considerar como valor dos bens doados o seu 
valor contábil (Lei nº 8.069, de 1990, art. 260-E, caput, inciso III, alínea “b”) . 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11770.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art260e
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 12 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Art. 650. Para fins da dedução de que trata o art. 597 , aplica-se o disposto nos art. 100 e art. 101 . 
Art. 651. A partir de 1º de janeiro de 2011, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto sobre a renda 
devido, em cada período de apuração, o total das doações feitas aos Fundos do Idoso nacional, distrital, estaduais e 
municipais, devidamente comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional (Lei nº 12.213, de 2010, art. 
3º, caput ) . 
Parágrafo único. A dedução de que trata o caput não poderá ultrapassar um por cento 1% do imposto sobre 
a renda devido (Lei nº 12.213, de 2010, art. 3º, parágrafo único) . 
Do momento da escolha por Estimativa: 
Art. 54. A adoção do pagamento trimestral do IRPJ e da CSLL a que se refere o caput do art. 31, pelas 
pessoas jurídicas que apurarem o imposto pelo lucro real e a contribuição pelo resultado ajustado, ou a opção pela 
forma de pagamento por estimativa a que se referem os arts. 32 a 47, será irretratável para todo o ano-
calendário. 
§ 1º A opção pelo pagamento por estimativa será manifestada com o pagamento do IRPJ 
correspondente ao mês de janeiro do ano-calendário, ainda que intempestivo, ou com o levantamento do 
respectivo balanço ou balancete de suspensão. 
§ 2º No caso de início de atividades a opção de que trata o § 1º será manifestada em relação ao 1º 
(primeiro) mês de atividade da pessoa jurídica. 
Art. 56. O IRPJ e a CSLL apurados na forma prevista nos arts. 32 a 47 (por estimativa ou balanço de 
redução ou suspensão) deverão ser pagos até o último dia útil do mês subsequente àquele a que se referirem. 
Parágrafo único. O prazo a que se refere este artigo aplica-se inclusive ao imposto e à contribuição 
relativos ao mês de dezembro, que deverão ser pagos até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente. 
Do Período Anual 
Art. 57. Os saldos do IRPJ e da CSLL apurados em 31 de dezembro, pelas pessoas jurídicas referidas no § 
4º do art. 31: 
I - se positivos, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subsequente, 
observado o disposto no § 1º; 
II - se negativos, poderão ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 da Lei nº 
9.430, de 1996. 
§ 1º Os saldos do IRPJ e da CSLL a pagar de que trata o inciso I do caput serão acrescidos de juros 
calculados à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1º de 
fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. 
§ 2º O prazo a que se refere o inciso I do caput não se aplica ao IRPJ e à CSLL relativos ao mês de 
dezembro, que deverão ser pagos até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente. 
§ 3º O saldo negativo a ser restituído ou compensado, a que se refere o inciso II do caput, será acrescido 
de juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais, calculados a partir de 1º de fevereiro até o 
mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1% (um por cento) referente ao mês em que a compensação 
ou restituição for efetuada. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm#anexoart597
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm#anexoart100
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12213.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12213.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12213.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12213.htm#art3
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 13 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
Dos Juros sobre o Capital Próprio 
Art. 75. Para efeitos de apuração do lucro real e do resultado ajustado a pessoa jurídica poderá deduzir os 
juros sobre o capital próprio pagos ou creditados, individualizadamente, ao titular, aos sócios ou aos acionistas, 
limitados à variação, pro rata die, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e calculados, exclusivamente, sobre as 
seguintes contas do patrimônio líquido: 
I - capital social; 
II - reservas de capital; 
III - reservas de lucros; 
IV - ações em tesouraria; e 
V - prejuízos acumulados. 
§ 1º Para fins de cálculo da remuneração prevista neste artigo: 
I - a conta capital social, prevista no inciso I do caput, inclui todas as espécies de ações previstas no art. 15 
da Lei nº 6.404, de 1976, ainda que classificadas em contas de passivo na escrituração comercial da pessoa jurídica; 
II - os instrumentos patrimoniais referentes às aquisições de serviços nostermos do art. 161 somente 
serão considerados depois da transferência definitiva da sua propriedade. 
§ 2º O montante dos juros remuneratórios passível de dedução nos termos do caput não poderá exceder 
o maior entre os seguintes valores: 
I - 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da dedução dos juros, caso estes sejam 
contabilizados como despesa; ou 
II - 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados e reservas de lucros. 
§ 3º Para efeitos do disposto no inciso I do § 2º, o lucro será aquele apurado após a dedução da CSLL e 
antes da dedução do IRPJ. 
§ 4º A dedução dos juros sobre o capital próprio só poderá ser efetuada no ano-calendário a que se 
referem os limites de que tratam o caput e o inciso I do § 2º. 
§ 5º A utilização do valor creditado, líquido do imposto incidente na fonte, para integralização de aumento 
de capital na empresa, não prejudica o direito à dedução dos juros de que trata este artigo. 
§ 6º O montante dos juros sobre o capital próprio passível de dedução nos termos deste artigo poderá ser 
excluído na Parte A do e-Lalur e do e-Lacs, desde que não registrado como despesa. 
§ 7º Os juros ficarão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda retido na fonte à alíquota de 15% 
(quinze por cento), na data do pagamento ou crédito ao beneficiário. 
§ 8º O imposto retido na fonte de que trata o § 7º: 
I - no caso de beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro real, será 
considerado antecipação do imposto devido no período de apuração ou poderá ser compensado com o que 
houver retido por ocasião do pagamento ou crédito de juros, a título de remuneração do capital próprio, a seu 
titular, sócios ou acionistas; 
II - no caso de beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro 
presumido ou com base no lucro arbitrado será considerado antecipação do imposto devido no período de 
apuração; e 
III - no caso de beneficiário pessoa física ou pessoa jurídica não tributada com base no lucro real, 
presumido ou arbitrado, inclusive isenta do IRPJ, será considerado definitivo. 
§ 8º-A A incidência do imposto sobre a renda na fonte sobre os juros não se aplica à parcela paga ou 
creditada a pessoa jurídica imune. 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 14 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
 (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019) 
§ 8º-B No caso de retenção indevida da pessoa jurídica imune, o pedido de restituição ou de compensação 
do imposto somente poderá ser formulado pela própria entidade. 
 (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019) 
§ 9º O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a título de remuneração do capital próprio, 
poderá ser imputado ao valor dos dividendos de que trata o art. 202 da Lei nº 6.404, de 1976, sem prejuízo da 
incidência do imposto de que trata o § 7º. 
§ 10. Para efeitos do disposto no caput, considera-se creditado individualizadamente o valor dos juros 
sobre o capital próprio, quando a destinação, na escrituração contábil da pessoa jurídica, for registrada em 
contrapartida a conta de passivo exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou acionista da sociedade ou 
do titular da empresa individual, no ano-calendário da sua apuração. 
Art. 76. Os juros sobre o capital próprio, inclusive quando imputados aos dividendos, auferidos por 
beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro real e no resultado ajustado, 
serão registrados em conta de receita financeira, observado o regime de competência, e integrarão o lucro real e o 
resultado ajustado. 
Parágrafo único. Alternativamente, a pessoa jurídica poderá registrar os juros de que trata o caput em 
conta que não seja de receita financeira e, nessa hipótese, caso a conta não seja de receita, o montante dos juros 
sobre o capital próprio deverá ser adicionado na Parte A do e-Lalur e do e-Lacs. 
Seção II 
Dos Juros sobre o Capital Social das Cooperativas 
Art. 77. Para fins de apuração do lucro real são dedutíveis os juros de até 12% (doze por cento) ao ano 
sobre o capital, pagos pelas cooperativas a seus associados, de acordo com a legislação em vigor. 
Parágrafo único. Não são dedutíveis, na apuração do resultado ajustado, os juros sobre o capital social 
pagos pelas cooperativas a seus associados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99916#1978040
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99916#1978041
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 15 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
LEI Nº 11.196, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2005.(Lei do Bem) 
CAPÍTULO III 
DOS INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
Art. 17. A pessoa jurídica poderá usufruir dos seguintes incentivos fiscais: 
I - dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos dispêndios 
realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica 
classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ ou 
como pagamento na forma prevista no § 2º deste artigo; 
II - redução de 50% (cinqüenta por cento) do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente sobre 
equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e ferramentas que 
acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico; 
III - depreciação integral, no próprio ano da aquisição, de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, 
novos, destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, 
para efeito de apuração do IRPJ e da CSLL; (Redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008) 
IV - amortização acelerada, mediante dedução como custo ou despesa operacional, no período de apuração 
em que forem efetuados, dos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis, vinculados exclusivamente às 
atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis no ativo diferido do 
beneficiário, para efeito de apuração do IRPJ; 
VI - redução a 0 (zero) da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas efetuadas para o exterior 
destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares. 
§ 1º Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a 
agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias 
incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado. 
§ 2º O disposto no inciso I do caput deste artigo aplica-se também aos dispêndios com pesquisa tecnológica e 
desenvolvimento de inovação tecnológica contratados no País com universidade, instituição de pesquisa ou 
inventor independente de que trata o inciso IX do art. 2º da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, desde que a 
pessoa jurídica que efetuou o dispêndio fique com a responsabilidade, o risco empresarial, a gestão e o controle da 
utilização dos resultados dos dispêndios. 
§ 3º Na hipótese de dispêndios com assistência técnica, científica ou assemelhados e de royalties por patentes 
industriais pagos a pessoa física ou jurídica no exterior, a dedutibilidade fica condicionada à observância do 
disposto nos arts. 52 e 71 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964. 
§ 4º Na apuração dos dispêndios realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação 
tecnológica, não serão computados os montantes alocados como recursos não reembolsáveis por órgãos e 
entidades do Poder Público. 
§ 6º A dedução de que trata o inciso I do caput deste artigo aplica-separa efeito de apuração da base de 
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. 
§ 7º A pessoa jurídica beneficiária dos incentivos de que trata este artigo fica obrigada a prestar, em meio 
eletrônico, informações sobre os programas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, na forma 
estabelecida em regulamento. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.196-2005?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm#art2ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4506.htm#art52
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4506.htm#art71
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 16 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
§ 8º A quota de depreciação acelerada de que trata o inciso III do caput deste artigo constituirá exclusão do 
lucro líquido para fins de determinação do lucro real e será controlada em livro fiscal de apuração do lucro real. 
§ 9º O total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada, não poderá ultrapassar o custo de 
aquisição do bem. 
§ 10. A partir do período de apuração em que for atingido o limite de que trata o § 9º deste artigo, o valor da 
depreciação registrado na escrituração comercial deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de 
determinação do lucro real. 
§ 11. As disposições dos §§ 8º , 9º e 10 deste artigo aplicam-se também às quotas de amortização de que trata 
o inciso IV do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
Art. 18. Poderão ser deduzidas como despesas operacionais, na forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei 
e de seu § 6º , as importâncias transferidas a microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei nº 
9.841, de 5 de outubro de 1999, destinadas à execução de pesquisa tecnológica e de desenvolvimento de inovação 
tecnológica de interesse e por conta e ordem da pessoa jurídica que promoveu a transferência, ainda que a pessoa 
jurídica recebedora dessas importâncias venha a ter participação no resultado econômico do produto 
resultante. 
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se às transferências de recursos efetuadas para inventor independente de 
que trata o inciso IX do art. 2º da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004. 
§ 2º Não constituem receita das microempresas e empresas de pequeno porte, nem rendimento do inventor 
independente, as importâncias recebidas na forma do caput deste artigo, desde que utilizadas integralmente na 
realização da pesquisa ou desenvolvimento de inovação tecnológica. 
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, para as microempresas e empresas de pequeno porte de que trata o 
caput deste artigo que apuram o imposto de renda com base no lucro real, os dispêndios efetuados com a 
execução de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica não serão dedutíveis na apuração do 
lucro real e da base de cálculo da CSLL. 
Art. 19. Sem prejuízo do disposto no art. 17 desta Lei, a partir do ano-calendário de 2006, a pessoa jurídica 
poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente 
a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa 
tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesa pela legislação do IRPJ, na 
forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei. 
§ 1º A exclusão de que trata o caput deste artigo poderá chegar a até 80% (oitenta por cento) dos dispêndios 
em função do número de empregados pesquisadores contratados pela pessoa jurídica, na forma a ser definida em 
regulamento. 
§ 2º Na hipótese de pessoa jurídica que se dedica exclusivamente à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, 
poderão também ser considerados, na forma do regulamento, os sócios que exerçam atividade de pesquisa. 
§ 3º Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1º deste artigo, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, 
na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 20% (vinte por cento) da 
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica 
objeto de patente concedida ou cultivar registrado. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9841.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9841.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9841.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm#art2ix
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 17 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
§ 4º Para fins do disposto no § 3º deste artigo, os dispêndios e pagamentos serão registrados em livro fiscal de 
apuração do lucro real e excluídos no período de apuração da concessão da patente ou do registro do cultivar. 
§ 5º A exclusão de que trata este artigo fica limitada ao valor do lucro real e da base de cálculo da CSLL antes 
da própria exclusão, vedado o aproveitamento de eventual excesso em período de apuração posterior. 
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo não se aplica à pessoa jurídica referida no § 2º deste artigo. 
Art. 19-A. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de 
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa 
científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica (ICT), a 
que se refere o inciso V do caput do art. 2º da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004 , ou por entidades 
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos, conforme regulamento. (Redação dada pela Lei nº 
12.546, de 2011) 
§ 1º A exclusão de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
I - corresponderá, à opção da pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor 
dos dispêndios efetuados, observado o disposto nos §§ 6º , 7º e 8º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.487, de 
2007) 
II - deverá ser realizada no período de apuração em que os recursos forem efetivamente 
despendidos; (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
III - fica limitada ao valor do lucro real e da base de cálculo da CSLL antes da própria exclusão, vedado o 
aproveitamento de eventual excesso em período de apuração posterior. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 2º O disposto no caput deste artigo somente se aplica às pessoas jurídicas sujeitas ao regime de tributação 
com base no lucro real. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 3º Deverão ser adicionados na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL os dispêndios de que 
trata o caput deste artigo, registrados como despesa ou custo operacional. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 4º As adições de que trata o § 3º deste artigo serão proporcionais ao valor das exclusões referidas no § 1º 
deste artigo, quando estas forem inferiores a 100% (cem por cento). (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 5º Os valores dos dispêndios serão creditados em conta corrente bancária mantida em instituição financeira 
oficial federal, aberta diretamente em nome da ICT, vinculada à execução do projeto e movimentada para esse 
único fim. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 6º A participação da pessoa jurídica na titularidade dos direitos sobre a criação e a propriedade industrial e 
intelectual gerada por um projeto corresponderá à razão entre a diferença do valor despendido pela pessoa 
jurídica e do valor do efetivo benefício fiscal utilizado, de um lado, e o valor total do projeto, de outro, cabendo à 
ICT a parte remanescente. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 7º A transferência detecnologia, o licenciamento para outorga de direitos de uso e a exploração ou a 
prestação de serviços podem ser objeto de contrato entre a pessoa jurídica e a ICT, na forma da legislação, 
observados os direitos de cada parte, nos termos dos §§ 6º e 8º , ambos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
11.487, de 2007) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm#art2v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12546.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12546.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12546.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 18 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
§ 8º Somente poderão receber recursos na forma do caput deste artigo projetos apresentados pela ICT 
previamente aprovados por comitê permanente de acompanhamento de ações de pesquisa científica e tecnológica 
e de inovação tecnológica, constituído por representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Ministério da Educação, na forma do 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 9º O recurso recebido na forma do caput deste artigo constitui receita própria da ICT beneficiária, para todos 
os efeitos legais, conforme disposto no art. 18 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004. (Incluído pela 
Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 10. Aplica-se ao disposto neste artigo, no que couber, a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 
2004, especialmente os seus arts. 6º a 18. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
§ 11. O incentivo fiscal de que trata este artigo não pode ser cumulado com o regime de incentivos fiscais à 
pesquisa tecnológica e à inovação tecnológica, previsto nos arts. 17 e 19 desta Lei, nem com a dedução a que se 
refere o inciso II do § 2º do art. 13 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, relativamente a projetos 
desenvolvidos pela ICT com recursos despendidos na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
11.487, de 2007) 
§ 12. O Poder Executivo regulamentará este artigo. (Incluído pela Lei nº 11.487, de 2007) 
Art. 20. Para fins do disposto neste Capítulo, os valores relativos aos dispêndios incorridos em instalações fixas 
e na aquisição de aparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à utilização em projetos de pesquisa e 
desenvolvimento tecnológico, metrologia, normalização técnica e avaliação da conformidade, aplicáveis a 
produtos, processos, sistemas e pessoal, procedimentos de autorização de registros, licenças, homologações e suas 
formas correlatas, bem como relativos a procedimentos de proteção de propriedade intelectual, poderão ser 
depreciados ou amortizados na forma da legislação vigente, podendo o saldo não depreciado ou não amortizado 
ser excluído na determinação do lucro real, no período de apuração em que for concluída sua utilização. 
§ 1º O valor do saldo excluído na forma do caput deste artigo deverá ser controlado em livro fiscal de 
apuração do lucro real e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração posterior, 
pelo valor da depreciação ou amortização normal que venha a ser contabilizada como despesa operacional. 
§ 2º A pessoa jurídica beneficiária de depreciação ou amortização acelerada nos termos dos incisos III e IV do 
caput do art. 17 desta Lei não poderá utilizar-se do benefício de que trata o caput deste artigo relativamente aos 
mesmos ativos. 
§ 3º A depreciação ou amortização acelerada de que tratam os incisos III e IV do caput do art. 17 desta Lei 
bem como a exclusão do saldo não depreciado ou não amortizado na forma do caput deste artigo não se aplicam 
para efeito de apuração da base de cálculo da CSLL. 
Art. 21. A União, por intermédio das agências de fomento de ciências e tecnologia, poderá subvencionar o 
valor da remuneração de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados em atividades de 
inovação tecnológica em empresas localizadas no território brasileiro, na forma do regulamento. 
Parágrafo único. O valor da subvenção de que trata o caput deste artigo será de: 
I - até 60% (sessenta por cento) para as pessoas jurídicas nas áreas de atuação das extintas Sudene e Sudam; 
II - até 40% (quarenta por cento), nas demais regiões. 
Art. 22. Os dispêndios e pagamentos de que tratam os arts. 17 a 20 desta Lei: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9249.htm#art13%C2%A72ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11487.htm#art2
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 19 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
I - serão controlados contabilmente em contas específicas; e 
II - somente poderão ser deduzidos se pagos a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País, 
ressalvados os mencionados nos incisos V e VI do caput do art. 17 desta Lei. 
Art. 23. O gozo dos benefícios fiscais e da subvenção de que tratam os arts. 17 a 21 desta Lei fica condicionado 
à comprovação da regularidade fiscal da pessoa jurídica. 
Art. 24. O descumprimento de qualquer obrigação assumida para obtenção dos incentivos de que tratam os 
arts. 17 a 22 desta Lei bem como a utilização indevida dos incentivos fiscais neles referidos implicam perda do 
direito aos incentivos ainda não utilizados e o recolhimento do valor correspondente aos tributos não pagos em 
decorrência dos incentivos já utilizados, acrescidos de juros e multa, de mora ou de ofício, previstos na legislação 
tributária, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. 
§ 1º A pessoa jurídica de que trata o caput deste artigo, relativamente às atividades de informática e 
automação, poderá deduzir, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor 
correspondente a até 160% (cento e sessenta por cento) dos dispêndios realizados no período de apuração com 
pesquisa tecnológica e desenvolvimentode inovação tecnológica. (Incluído pela Lei nº 11.774, de 2008) 
§ 2º A dedução de que trata o § 1º deste artigo poderá chegar a até 180% (cento e oitenta por cento) dos 
dispêndios em função do número de empregados pesquisadores contratados pela pessoa jurídica, na forma a ser 
definida em regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.774, de 2008) 
§ 3º A partir do período de apuração em que ocorrer a dedução de que trata o § 1º deste artigo, o valor da 
depreciação ou amortização relativo aos dispêndios, conforme o caso, registrado na escrituração comercial deverá 
ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real. (Incluído pela Lei nº 11.774, de 
2008) 
§ 4º A pessoa jurídica de que trata o caput deste artigo que exercer outras atividades além daquelas que 
geraram os benefícios ali referidos poderá usufruir, em relação a essas atividades, os benefícios de que trata este 
Capítulo. (Incluído pela Lei nº 11.774, de 2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11774.htm#art4
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 20 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
DAS PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS 
Seção I 
Da Dedução 
Art. 71. As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser 
deduzidas como despesas, para determinação do lucro real e do resultado ajustado, observado o disposto neste 
artigo. 
 
§ 1º Poderão ser registrados como perdas os créditos: 
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do 
Poder Judiciário; 
 
II - sem garantia, de valor: 
a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por operação, vencidos há mais de 6 (seis) meses, 
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; 
b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há 
mais de 1 (um) ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida 
a cobrança administrativa; e 
c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, desde que 
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento; 
 
III - com garantia, vencidos há mais de 2 (dois) anos, de valor: 
a) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, independentemente de iniciados os 
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e 
b) superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, desde que iniciados e mantidos os 
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e 
 
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, 
relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no § 
8º. 
§ 2º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se operação a venda de bens, a prestação de serviços, 
a cessão de direitos, e a aplicação de recursos financeiros em operações com títulos e valores mobiliários, 
constantes de 1 (um) único contrato, no qual esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a 
transação seja realizada para pagamento em mais de 1 (uma) parcela. 
§ 3º No caso de empresas mercantis a operação será caracterizada pela emissão da fatura, mesmo que 
englobe mais de 1 (uma) nota fiscal. 
 
 
 
 
 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 21 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
LUCRO PRESUMIDO 
O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de 
renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. 
O IRPJ e a CSLL são devidos trimestralmente. 
 
Receita Bruta 
 
A receita bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços 
prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de 
vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados, destacadamente do 
comprador ou contratante, e dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário. 
 
1) A pessoa jurídica optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido pode adotar o critério 
de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços pelo regime 
de caixa ou de competência. 
 
 Valores Integrantes da Base de Cálculo 
O lucro presumido, apurado trimestralmente, é a soma dos seguintes valores: 
a) do valor obtido pela aplicação dos percentuais especificados na tabela abaixo: 
 
Perc IRPJ 
1,6% receita bruta mensal auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de 
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 
8% a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e 
terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia, 
anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, 
exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, 
diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja 
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
b) na prestação de serviços de transporte de carga; 
c) nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação 
imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis 
construídos ou adquiridos para revenda; e 
d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais 
indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra; 
- atividades de Indústria e comércio 
- receita financeira da pessoa jurídica que explora atividades imobiliárias relativas a 
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de 
prédios destinados à venda e venda de imóveis construídos ou adquiridos para a 
revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de 
índices ou coeficientes previstos em contrato. 
Parágrafo único. Nas atividades a que se refere o caput deverá ser considerado como 
receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias 
vendidas 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 22 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
16% a) na prestação dos demais serviços de transporte; 
32% 
* ou 16% 
a) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza; 
d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com 
emprego parcial de materiais; 
e) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no 
caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego 
parcial ou total de materiais; 
g) coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte; 
h) exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos usuários, inclusive execução 
de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de 
capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários eoutros definidos em contratos, em atos de concessão ou de permissão ou em normas 
oficiais, pelas concessionárias ou subconcessionárias de serviços públicos; 
i) prestação de serviços de suprimento de água tratada e os serviços de coleta e 
tratamento de esgotos deles decorrentes, cobrados diretamente dos usuários dos 
serviços pelas concessionárias ou subconcessionárias de serviços públicos; e 
j) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste parágrafo. 
-revenda de veículos usados: considera-se receita bruta, a diferença entre o valor pelo 
qual o veículo usado tiver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo 
de aquisição, constante da nota fiscal de entrada. (Art. 242) 
 
38,4% para as atividades de operação de empréstimo, de financiamento e de desconto de 
títulos de crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito (ESC) 
 
Perc CSLL 
12% - atividades de indústria e comércio 
- prestação de transporte, inclusive de carga 
- na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e 
terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia, 
anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, 
exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, 
diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja 
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
- nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, 
construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou 
adquiridos para revenda 
- receita financeira da pessoa jurídica que explora atividades imobiliárias relativas a 
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de 
prédios destinados à venda e venda de imóveis construídos ou adquiridos para a 
revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 23 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
índices ou coeficientes previstos em contrato. 
Parágrafo único. Nas atividades a que se refere o caput deverá ser considerado como 
receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias 
vendidas 
 
32% - prestação de serviços em geral, 
- intermediação de negócios; 
- administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza; 
- prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou 
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço público, 
independentemente do emprego parcial ou total de materiais; 
- exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos usuários, inclusive execução de 
serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e 
segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros 
definidos em contratos, em atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais, 
pelas concessionárias ou subconcessionárias de serviços públicos; 
- coleta de resíduos e o transporte destes até aterros sanitários ou local de descarte; 
- prestação de serviços de suprimento de água tratada e os serviços de coleta e 
tratamento de esgotos deles decorrentes, cobrados diretamente dos usuários dos 
serviços pelas concessionárias ou subconcessionárias de serviços públicos; e 
- construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com 
emprego parcial de materiais. 
 
-revenda de veículos usados: considera-se receita bruta, a diferença entre o valor pelo 
qual o veículo usado tiver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo 
de aquisição, constante da nota fiscal de entrada. (Art. 242) 
 
38,4% para as atividades de operação de empréstimo, de financiamento e de desconto de 
títulos de crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito (ESC) 
 
 As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, desde que não sejam prestação 
de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; cuja receita bruta anual seja de até R$ 
120.000,00, podem utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto de renda trimestral, o percentual de 
16% (dezesseis por cento). 
 A pessoa jurídica cuja receita bruta anual acumulada até determinado trimestre do ano-calendário 
exceder o limite anual de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) deve determinar nova base de cálculo do imposto 
com a aplicação do percentual de 32% (trinta e dois por cento), e apurar a diferença do imposto postergado em 
cada trimestre transcorrido, no trimestre em que foi excedido o limite. 
 Esta diferença deve ser paga em quota única, por meio de Darf separado, no código 2089, até o 
último dia útil do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso. Após esse prazo, a diferença será paga 
com os acréscimos legais. 
 
 
 
 
IPOG - Instituto de Pós-Graduação 
 
Professora Deise Parisotto Página 24 
MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital 
+ Outras Receitas e Ganhos 
§ 3º Serão acrescidos às bases de cálculo de que tratam o caput e o § 1º: 
I - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas 
pelo caput e pelo § 1º, auferidos no mesmo período, inclusive: 
a) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades 
coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término 
do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; 
b) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de 
mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão organizado; 
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos 
encargos necessários à sua percepção; 
d) os juros equivalentes à taxa referencial do Selic, para títulos federais, relativos a impostos e 
contribuições a serem restituídos ou compensados; 
e) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas ou entre pessoa 
jurídica e pessoa física; 
f) as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações 
do contribuinte, em função de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual; 
g) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos; 
h) em relação à base de cálculo do IRPJ, a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e 
direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos 
bens e direitos entregue para a formação do referido patrimônio; 
i) em relação à base de cálculo da CSLL, o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de 
instituição isenta, a título de devolução de patrimônio; 
II - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável; 
III - os juros sobre o capital próprio auferidos; 
IV - os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento 
de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se 
submetido ao regime de tributação com base no lucro real e no resultado ajustado, ou que se refiram a período no 
qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado; 
V - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que tratam o caput e os §§ 1º e 2º do art. 33, em 
relação ao IRPJ, e de que tratam o caput e os §§ 1º a 3º do art. 34, em relação à CSLL, sobre a parcela das receitas 
auferidas em cada atividade, no respectivo