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DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO Fabiana Galves Mahlmann Materiais e instrumentos de desenho Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer os materiais e os instrumentos para realização de dese- nhos técnicos. � Identificar a utilização de materiais e instrumentos adequados para o desenho técnico. � Avaliar a importância da utilização dos materiais e instrumentos na realização de desenho técnico. Introdução Na arquitetura, a figura humana e a utilização de elementos textuais são pontos importantes na concepção dos projetos. Esses fatores proporcio- nam uma real compreensão das proporções e das dimensões do projeto. A elaboração de um projeto arquitetônico envolve muitas etapas e maneiras de expressar a sua concepção, seja pelo modo manual, com os equipamentos e materiais técnicos ou pelos métodos modernos, com os equipamentos eletrônicos e softwares de última geração. O processo de criação é desenvolvido a partir de uma solicitação para um problema ou um desafio, por meio de desenhos, plantas e detalhamentos em pranchas, que serão utilizadas depois para a sua materialização. Neste capítulo, você verá as etapas nas quais irá reconhecer, identificar a utilização e avaliar a importância dos materiais no desenvolvimento do desenho técnico. Características do desenho técnico O desenvolvimento de um projeto arquitetônico ocorre por meio de diversas etapas, desde suas primeiras ideias, seguindo para o desenvolvimento dos problemas e até chegar ao projeto, que será a referência na construção. Para que o profissional desenvolva um projeto, são necessários instrumentos técnicos, materiais específicos que irão fornecer as informações necessárias e auxiliar nessa criação. O projeto arquitetônico é um documento, com informações técnicas relativas a uma obra. O método tradicional do desenho técnico utiliza lápis (grafite); caneta nanquim; réguas; esquadros; compassos; escalímetros; papel (pranchas) em diferentes tamanhos, tipos e gramaturas (espessuras); entre outros. O profissional deve ter o conhecimento sobre os materiais e as técnicas de desenho necessárias para o processo de criação manual. Embora, atualmente, todo o processo seja realizado com o uso de softwares próprios para esse segmento da arquitetura, esse conhecimento é necessário também para a aplicação virtual. Os croquis servem como um estudo, uma avaliação do que o profissional começou a pensar para atingir o seu objetivo, atendendo ao que foi solicitado pelo seu cliente. Mesmo com as mudanças tecnológicas que vem ocorrendo, em que os instrumentos manuais foram alterados para softwares, não podemos esquecer que os elementos do desenho técnico mantêm as mesmas caracte- rísticas e a representação gráfica realizada por meio dos softwares deverá transmitir todas as informações necessárias para a materialização do projeto. Para que todos os profissionais consigam entender e ler o desenho técnico, desde a sua criação até a materialização, eles devem “falar” a mesma lingua- gem, portanto, existem as normas técnicas, cuja função é determinar as regras e os conceitos da representação gráfica do projeto. O projeto arquitetônico é o conjunto de documentos e desenhos que, após aprovado, dará a condição de materializações de um empreendimento. O desenvolvimento do projeto arquitetônico é um longo processo, envolvendo várias etapas. Podemos definir as etapas de um projeto da seguinte maneira: 1. definição do programa de necessidades do projeto; 2. levantamento/visita ao local; 3. estudo preliminar; 4. anteprojeto; 5. projeto legal; 6. projeto executivo. Materiais e instrumentos de desenho2 Essa é a estruturação simplificada de um projeto arquitetônico, mas é ne- cessário sempre entender que cada projeto é único e individual, podendo haver variações nesse processo de criação. A criação de um projeto arquitetônico envolve uma junção de questões técnicas com criatividade, proporcionado a satisfação do cliente. Materiais e instrumentos adequados para o desenho técnico O desenho é uma forma de comunicação utilizado desde o início das ci- vilizações. Em sua evolução, os desenhos foram mudando, por meio deles foram sendo traduzidas as características das pessoas, as ideias que queriam transmitir e as sensações. Isso possibilitou o surgimento do desenho técnico, com a intenção de representar objetos e construções, o mais fiel possível ao que foi materializado. Segundo Francis Ching (2012), os materiais e equipamentos proporcionam que o trabalho seja prazeroso. Embora a mão e a mente controlem o desenho acabado, materiais e equipamentos de qualidade tornam o ato de desenhar agradável, facilitando, em longo prazo, a obtenção de um trabalho de qualidade (CHING, 2012). O desenho técnico segue normas internacionais, sob a supervisão da In- ternational Organization for Standardization (ISO), para a sua representação, mas cada país também tem as suas próprias normas adaptadas e regidas pela ISO. No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT), e a norma brasileira (NBR) que regulamenta a representação de projetos de arquitetura é a NBR nº 6.492. Nessa norma, estão todas as determinações para esses desenhos, sua criação e execução (ASSOCIAÇÃO..., 1994). Segundo Schuler e Mukay (2018), a normatização do desenho por meio da NBR é essencial, pois: A normatização para desenhos de arquitetura tem a função de estabelecer regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como uma simbologia específica e pré-determinada, possibilitando ao desenho técnico atingir o ob- jetivo de representar o se quer tornar real (SCHULER; MUKAY, 2018, p. 03). Para o desenvolvimento das etapas de um projeto, precisamos de alguns materiais específicos. A seguir, você verá a descrição de cada um desses materiais. 3Materiais e instrumentos de desenho Os lápis ou lapiseiras permitem o lançamento de ideias e concepções, proporcionando a colocação de diferentes tipos de traços e espessuras, cada um com um significado. O desenho a lápis pode apresentar diferentes espessuras e tons de traço (Figura 1), e é classificado por letras, números, ou ambos, de acordo com o grau de dureza do grafite (também chamado de “mina”). O grafite apropriado para cada uso varia conforme a combinação de números e letras. � Grau do grafite: varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente macio). � Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero for um papel, mais duro deverá ser o grafite utilizado. � Superfície de desenho: quanto mais dura for a superfície, mais macio deverá ser o grafite. � Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza aparente do grafite. Figura 1. Lápis para desenho realista. Fonte: Desenho e Pintura (2018a, documento on-line). Atualmente, as lapiseiras são mais utilizadas do que os lápis pela sua praticidade, também devem ser observados a espessura (normalmente de 0,5 mm e a de 0,9 mm) e o grau de dureza do grafite. Tanto os lápis como as lapiseiras podem gerar desenhos com uma excelente qualidade. A borracha deve ser macia, limpa e de boa qualidade para evitar danificar a superfície do desenho. O esquadro, como você pode observar na Figura 2, é um conjunto de duas peças de formato triangular-retangular, com ângulos de 30°, 45°, 60° e 90°. São utilizados para o traçado de linhas verticais e outros ângulos, combinados também com a régua paralela, para a execução dos desenhos. Materiais e instrumentos de desenho4 Figura 2. Esquadro para desenho técnico. Fonte: Desenho e Pintura (2018b, documento on-line). O escalímetro é o instrumento de forma triangular usado para a marcação de medidas na escala do desenho. Não deve ser utilizado para o traçado de linhas, como a régua. Veja exemplos de escalímetros e régua na Figura 3. Figura 3. Réguas e escalímetros. Fonte: Brito (2013, documento on-line); Ching (2017, p. 12) 5Materiaise instrumentos de desenho O compasso é o instrumento utilizado para traçar circunferências ou arcos. Tem um formato triangular, uma ponta uma agulha (também conhecida como a ponta seca) e um grafite na outra extremidade. Segurando o compasso pela parte superior com os dedos indicador e polegar, imprime-se um movimento de rotação até completar a circunferência. Os gabaritos, representados na Figura 4, são peças com elementos vazados, que permitem a reprodução desses nos desenhos. Para curvas de raio variável usa-se a “curva francesa”. Figura 4. Exemplo de gabarito. Fonte: Ching (2017, p. 9). A régua paralela tem como objetivo o traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido do comprimento da prancheta, e serve de base para o apoio dos esquadros para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações. A régua paralela deve ser um pouco menor do que o tamanho da prancheta. A prancheta, demonstrada na Figura 5, é uma mesa, normalmente em ma- deira, com inclinação do seu tampo, onde se fixam os papéis para os desenhos. Materiais e instrumentos de desenho6 Figura 5. Mesa para desenho técnico com régua paralela. Fonte: Desenho e Pintura (2018c, documento on-line). O desenho técnico é apresentado dentro de prancha/papel padronizadas, com margens e selos, em que constam todas as informações do que está contido na prancha. A folha na qual o projeto arquitetônico será apresentado chama-se prancha. Essas pranchas devem seguir os tamanhos determinados pela ABNT nº 10.068, conforme apresentado na Figura 6 (ASSOCIAÇÃO..., 1987). Figura 6. Norma ABNT nº 10.068. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987, p. 02). 7Materiais e instrumentos de desenho A partir da prancha A0, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0). Qualquer prancha é apresentada dobrada no formato A4, e pode ser en- caixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida para os arquivos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994). As escalas são um recurso de representação gráfica que permite reprodu- zir, proporcionalmente, objetos em diferentes tamanhos em relação as suas dimensões reais. No desenho técnico, as dimensões dos objetos ou constru- ções podem ser mantidas, reduzidas ou aumentadas, sempre mantendo a sua proporção original. A escala natural é aquela em que as dimensões representadas no desenho técnico são exatamente as mesmas do objeto real. É indicada por uma abre- viatura da palavra escala (ESC) seguida por 1:1 (lê-se um para um). Na escala de redução, as dimensões representadas no desenho técnico são menores que as do objeto real, por exemplo, ESC 1:20, o que significa que as dimensões no desenho técnico são 20 vezes menores que as dimensões reais do objeto. A escala de ampliação é a escala em que as dimensões representadas no desenho técnico são maiores que as do objeto real, por exemplo, ESC 2:1, em que as dimensões no desenho técnico são duas vezes maiores que as dimensões reais do objeto. Uma cota pode indicar: comprimentos, larguras, alturas e profundidades; raios e diâmetros; ângulos; coordenadas; etc. Uma cota indica as medidas de um projeto. Ao cotar um projeto, deve-se observar para que sejam marcadas as cotas parciais e as cotas totais do projeto, as medidas que são realmente necessárias para deixar a comunicação mais clara e rápida. No desenho arquitetônico, são gerados os documentos necessários para as construções, obedecendo as normas técnicas. Ler e interpretar um projeto arquitetônico não é difícil, aquelas grandes folhas de papel, conhecidas como pranchas, expressam a representação gráfica de uma edificação, por meio de símbolos e representações que indicam a presença de vários elementos construtivos. Importância da utilização dos materiais e instrumentos na realização de desenho técnico O mais importante é entender a filosofia das tendências modernas que acom- panham não só a indústria da construção, mas também os demais setores econômicos ou sociais nos dias atuais, como o consumo consciente, a economia Materiais e instrumentos de desenho8 e a otimização dos recursos naturais, a sustentabilidade, a saúde e a segurança aos trabalhadores e usuários de bens e serviços, a humanização dos processos, entre outras. Segundo Firmino (2000), os avanços tecnológicos trouxeram muitas mudanças em vários segmentos: Os profundos e continuados avanços tecnológicos, em todas as esferas da sociedade contemporânea vêm proporcionando novas formas de produção, novos padrões de vida, isto é, uma profunda transformação na reprodução da própria sociedade, denunciando urgentes necessidades para a compreensão de diversos fenômenos trazidos por estas transformações, e em especial os responsáveis por novas características na configuração espacial (FIRMINO, 2000, p. ix). Lembre-se que, se tratando de tecnologia de materiais e processos, o estudo e a atualização constantes são requisitos fundamentais para o aprimoramento do conhecimento necessário ao exercício de qualquer profissão. A importância da utilização dos materiais e instrumentos disponíveis para a realização do desenho técnico é imprescindível, pois um projeto ar- quitetônico é um desenho de precisão, devendo ser fiel ao que será executado quando o projeto se materializar. O uso de novas tecnologias nos projetos tem desempenhado um papel fundamental na arquitetura contemporânea. Com a redução do tempo de execução do processo manual para o processo com o uso de computadores (softwares gráficos), o profissional consegue apresentar ao seu cliente um projeto em um período de tempo muito menor. O projeto arquitetônico é considerado complexo, pois envolve muitos fatores no seu desenvolvimento, criando situações em que decisões devem ser tomadas de maneira rápida, proporcionando uma continuidade no seu processo. Segundo SILVA (1998), a definição para projeto arquitetônico é a seguinte: “Projeto arquitetônico é uma proposta de solução para um particular problema de organização do entorno humano, através de uma determinada forma construível, bem como a descrição desta forma e as prescrições para sua execução” (SILVA, 1998, p. 39). Sabemos que um projeto arquitetônico visa buscar uma melhor utilização dos espaços, qualidade de vida e funcionalidades dos ambientes, ou seja, é a materialização da ideia para a resolução de um problema com o processo de criação do profissional. A linguagem gráfica exige o conhecimento do profissional para que seja representado de maneira correta para o perfeito desenvolvimento e mate- rialização do projeto. Utiliza-se o conjunto de linhas, números, símbolos e indicações normalizadas internacionalmente, ou seja, em qualquer lugar é 9Materiais e instrumentos de desenho possível realizar a leitura de qualquer projeto. O desenho técnico é definido como uma linguagem gráfica universal, de acordo com normas que servem para padronizar os projetos. Veja um exemplo de representação gráfica de um projeto na Figura 7. Figura 7. Representação gráfica digital de um objeto arquitetônico, caracterizando o tipo de superfície dos materiais e simulando o desempenho frente à luz. Fonte: Payssé (2006) apud Vecchia e Silva (2007, documento on-line). Podemos concluir, então, que o uso dos materiais e instrumentos para a realização dos projetos arquitetônicos é extremamente importante e necessário, pois somente com esses recursos é que o projeto poderá ser desenvolvido de maneira técnica e precisa. Seja com o uso dos materiais e instrumentos manuais ou por meio de computação gráfica, o profissional deverá ter o entendimento dos instrumentos utilizados para desenvolver seu projeto da melhor maneira e atendendo às solicitações do seu cliente. Materiais e instrumentos de desenho10 1. O desenvolvimento de um projeto é um processo de várias etapas. Quais das seguintes alternativas apresenta as etapas de uma estrutura simplificada de um projeto arquitetônico? a) Definição do programa denecessidades do projeto; levantamento/visita ao local; estudo preliminar; projeto legal; projeto executivo. b) Levantamento/visita ao local; estudo preliminar; anteprojeto; projeto legal; projeto executivo. c) Definição do programa de necessidades do projeto; levantamento/visita ao local; estudo preliminar; anteprojeto; projeto legal; projeto executivo. d) Definição do programa de necessidades do projeto; levantamento/visita ao local; estudo preliminar; anteprojeto; projeto executivo. e) Definição do programa de necessidades do projeto; levantamento da região por meio de sistemas de GPS, sem a visita no local; estudo preliminar; anteprojeto; projeto legal; projeto executivo. 2. O desenho técnico segue normas, que no Brasil são editadas pela ABNT. Qual é a norma que regulamenta a representação projetos de arquitetura? a) Representação Projetos de Arquitetura NBR nº 16.280:2015. b) Representação Projetos de Arquitetura NBR nº 9050:2015. c) Representação Projetos de Arquitetura NBR nº 15575:2013. d) Representação Projetos de Arquitetura NBR nº 13532:1995. e) Representação Projetos de Arquitetura NBR nº 6492:1994. 3. A correta utilização das lapiseiras proporciona clareza na demonstração das ideias e no traçado das representações técnicas. Sobre essa questão, assinale a alternativa correta. a) Os grafites da série B conferem um traço mais fino e limpo para o desenho técnico. b) Os desenhos a grafite não são de boa qualidade, por isso, os projetos devem ser entregues com representações feitas em computador. c) Quanto mais áspero for um papel, mais macio deverá ser o grafite utilizado. d) O desenho a lápis ou lapiseira permite o lançamento de ideias e concepções, mas não proporciona a colocação de diferentes representações de materiais, tipos de traços e espessuras, todos tem o mesmo significado. e) O desenho a lápis é classificado por meio de letras, números, ou ambos, de acordo com o grau de dureza do grafite (também chamado de “mina”). 4. Na escala de ampliação, as dimensões representadas no desenho técnico são maiores que as do objeto real, e ela serve quando o profissional deseja mostrar 11Materiais e instrumentos de desenho algum detalhe importante do projeto que a ampliação irá auxiliar. Para representarmos um objeto 15 vezes maior do que as suas dimensões reais, qual a descrição utilizada para esse desenho? a) ESC 1:15. b) ESC 15:1. c) ESC 1:15. d) ESC 1,5:1. e) ESC 1:150. 5. Ao apresentar um projeto arquitetônico as pranchas deverão ser padronizadas de acordo com as normas e com todas as informações necessárias para sua compreensão. Entre as informações técnicas que devem estar presentes nessas pranchas podemos citar: a) conjunto de plantas, cortes, fachadas, detalhamentos, orientação geográfica, cotas e áreas. b) conjunto de plantas, cortes, fachadas, detalhamentos, orientação geográfica, cotas, áreas e representação carros. c) conjunto de plantas, cortes, fachadas, detalhamentos, orientação geográfica, cotas, áreas e representação de figura humana. d) conjunto de plantas, cortes, fachadas, detalhamentos, orientação geográfica, cotas, áreas e vegetação prevista e existente. e) conjunto de plantas, cortes, fachadas, detalhamentos, orientação geográfica e representação de figura humana. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT,1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068. Folha de desenho - Leiaute e dimensões - Padronização. Rio de Janeiro: ABNT,1987. BRITO, N. Materiais que todo estudante de arquitetura deve ter. 02 ago. 2013. 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