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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara - CESIT Curso Licenciatura em Computação - CLC Livro: O que é ciência afinal? autor: A. F. CHALMERS Metodologia da Pesquisa Acadêmica: Taniely Castro Capítulo: IV APRESENTANDO O FALSIFICACIONISMO Introdução O capítulo nos traz limitações e insuficiências do falsificacionismo, argumentando que a história do conhecimento científico é rica em exemplos que nos mostram que as primeiras formulações de novas teorias, que implicaram novas concepções imperfeitamente formuladas, não se abandonaram e desenvolveram-se apesar das aparentes falsificações. O falsificacionista insiste que a atividade científica deve dedicar-se à tentativa de falsificar as teorias estabelecendo a verdade dos enunciados observados que são incompatíveis com elas. Assim a aceitação de uma teoria é sempre provisória e, por outro lado, a rejeição de uma teoria pode ser concludente. A essência da postura de Popper sobre enunciados observáveis é que a sua aceitação se mede pela sua capacidade para sobreviver a provas. As que não superam as provas são rejeitadas, as que as superam são conservadas de modo provisório. Se os cientistas tivessem atendido estritamente à metodologia do falsificacionismo, as teorias que hoje se consideram em geral como os melhores exemplos de teorias científicas, nunca teriam sido desenvolvidas, porque teriam sido rejeitadas logo à sua nascença. Pontos principais: No falsificacionismo, as teorias são interpretadas como conjecturas especulativas no sentido de superar problemas anteriores e dar uma explicação adequada do comportamento de alguns aspectos do mundo ou do universo. As teorias especulativas devem ser rigorosamente testadas por observação e experimento. Teorias que não resistem a testes de observação e experimento devem ser eliminadas e substituídas por outras conjecturas especulativas. A ciência progride por tentativa e erro, por conjecturas e refutações. Apenas as teorias mais adaptadas sobrevivem. Nunca se pode dizer legitimamente que uma teoria é verdadeira, pode-se dizer que ela é a melhor disponível. Usa-se a dedução lógica para chegar à falsidade de leis e teorias universais. Exemplo: Todos os corvos são pretos (falso). / Premissa: Um corvo, que não era preto, foi observado no local x no momento n. / Conclusão: Nem todos os corvos são pretos. Para fazer parte da ciência, uma hipótese deve ser falsificável. Uma hipótese é falsificável quando uma proposição de observação possível seja inconsistente com ela. Exemplo: É falsificável – Nunca chove às quartas-feiras. / Não é falsificável – Ou está chovendo ou não está chovendo. Aspectos interessantes e pertinentes relacionados à compreensão do conhecimento científico Psicologia adleriana: As ações humanas são motivadas por sentimentos de inferioridade de algum tipo. Exemplo: Um homem está parado a margem de um rio traiçoeiro no instante que uma criança cai no rio, próximo a ele. O homem pode ou não mergulhar no rio numa tentativa de salvar a criança. Se ele mergulhar, o homem obviamente precisou superar seu sentimento de inferioridade demonstrando que era corajoso suficiente para saltar no rio, a despeito do perigo. Se o homem não mergulhar seria porque ele estava superando seus sentimentos de inferioridade demonstrando que tinha a força para permanecer na margem, sem se perturbar, enquanto a criança se afogava. Uma teoria muito boa é aquela que faz afirmações bastante amplas e, em consequência, é altamente falsificável, e resiste a falsificação toda vez que é testada. Exemplo: (a) Marte se move numa elipse em torno do Sol. (b) Todos os planetas se movem em elipses em torno se seus sóis. Há muitas teorias sociais, psicológicas e religiosas que despertam a suspeita de que, em sua preocupação de explicar tudo, elas não explicam nada. Teoria de Kepler: movimento planetário. As teorias de Newton e Kepler são falsificáveis, embora a de Newton seja mais que a de Kepler, pois sua teoria é mais completa. Teoria de Newton: movimento de Newton mais sua lei da gravidade. Falsificacionismo e processo A ciência não começa com uma simples observação, e sim com um problema observado. Problema/Exemplo: Como os morcegos são capazes de voar tão habilmente à noite, a despeito do fato de terem olhos tão pequenos e fracos? Os morcegos são capazes de voar com facilidade e velocidade, evitando os galhos das árvores, os fios telegráficos, outros morcegos etc. e podem caçar insetos. E, no entanto, os morcegos têm olhos fracos e fazem a maioria de seus voos à noite. Isto coloca um problema porque aparentemente falsifica a teoria plausível de que os animais, como os humanos, veem com seus olhos. Depois de ser submetida a testes, descobre-se que as orelhas do morcego estão envolvidas em sua habilidade de evitar obstáculos. Obrigado pela atenção!
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