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Gramática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Fonética .........................................................................................................................................3 Acentuação gráfica ........................................................................................................................4 Ortografia básica ............................................................................................................................5 Emprego do hífen ..........................................................................................................................6 Radicais gregos e latinos ................................................................................................................7 Formação de palavras.....................................................................................................................8 Principais prefixos ........................................................................................................................10 Principais sufixos ..........................................................................................................................11 Semântica ....................................................................................................................................12 Classes gramaticais.......................................................................................................................15 Verbos – modos e tempos ............................................................................................................19 Vozes do verbo .............................................................................................................................20 Análise sintática interna ...............................................................................................................21 Orações subordinadas ..................................................................................................................28 Orações coordenadas ...................................................................................................................29 Concordância verbal .....................................................................................................................30 Concordância nominal .................................................................................................................31 Regência verbal ............................................................................................................................33 A preposição e os pronomes relativos ..........................................................................................34 Crase ............................................................................................................................................35 Colocação pronominal .................................................................................................................36 Pontuação ....................................................................................................................................36 Discurso direto e indireto .............................................................................................................38 Figuras de linguagem ...................................................................................................................39 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 3 Gramática Fonética Letra É o símbolo gráfico que representa os fonemas – é o desenho dos fonemas. O alfabeto português é composto por 26 letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z. As letras desta- cadas são as vogais, as demais são as consoantes. Vogal – A /a/, E /e/, O /o/ Semivogal – i /y/, U /w/ Consoante – as restantes Fonema É a menor unidade sonora que se pode distin- guir em uma língua. A partir das diferentes unida- des sonoras, conseguimos diferenciar as palavras. Observe: fila / vila pão / são dado / fado / lado seco / saco / soco bola / bela mal / mar / mel Sílaba É o fonema pronunciado em uma única emissão de voz. Ou seja: pão – pronunciado em uma única emissão de voz, portanto, representa uma sílaba. seco – pronunciado em duas emissões de voz, portanto, representa duas sílabas. Fonema, Letra e Sílaba Exemplos de identificação: prático – 7 letras, 7 fonemas, 3 sílabas; pena – 4 letras, 4 fonemas, 2 sílabas; apertado – 8 letras, 8 fonemas, 4 sílabas. Atenção Nem sempre o número de letras corresponde ao número de fonemas, nem cada fonema é represen- tado por uma única letra e vice-versa. Observe os casos em que isso ocorre no português. 1.º) Dífono: quando uma letra representa dois fonemas. tórax [tóraKS], sexo [seKSo] 2.º) Quando um mesmo fonema é representado por diferentes letras. Por exemplo, o fonema [z] nas palavras. eXaminar, Zangado, caSaco 3.º) Quando uma letra é utilizada de forma simplesmente decorativa, devido, comumente, a fatores históricos. No português, isso ocorre com a letra “H” em início de palavras. Homem [omem], Hoje [oje], Habitação [abitação] 4.º) Quando uma letra representa fonemas diferentes. enXada – som de [x], eXcluir – som de [s], seXo – som de [ks], eXecutado – som de [z] 5.º) Dígrafos ou Digramas. Quando duas letras representam um fonema. São dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu, qu, an, am, en, em, in, im, on, om, un, um. Observe os exemplos: Chile – 5 letras, 4 fonemas [Xile] sucesso – 7 letras, 6 fonemas [suceso] apaguei – 7 letras, 6 fonemas [apagei] ontem – 5 letras, 3 fonemas [õte] também – 6 letras, 4 fonemas [tãbe] nascer – 6 letras, 5 fonemas [naSer] desço – 5 letras, 4 fonemas [deSo] Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 4 Gramática exceção – 7 letras, 6 fonemas [eSesão] ninho – 5 letras, 4 fonemas [niÑo] Encontros consonantais Além dos dígrafos, existem mais dois tipos de en- contros consonantais. Perfeitos – consoante + r ou l, na mesma sílaba: PRa / to, FLa / min / go. Imperfeitos – sílabas separadas: aM / Bos, aD / Vo / ga / do. Importante Encontros consonantais que começam palavras não são separados. Exemplo: Psi /co/ lo / gi /a, PNeu, PNeu / mo / ni / a. Sublinhar – sub / li / nhar , abrupto – ab / rup / to. Encontros vocálicos Há três tipos de encontros vocálicos. Ditongo Crescentes – semivogal (i, u) e vogal (a, e, o) na mesma sílaba: Fábio, sábia, profícuo. Decrescentes – vogal e semivogal na mesma síla- ba: foi, mau, sabeis. Tritongo Semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba: Uruguai, quais, averiguei. Hiato Encontro de 2 vogais em sílabas diferentes (+ de uma emissão de voz): cair, baú, álcool. Acentuação gráfica Acentuação da sílaba tônica Todas as palavras são acentuadas tonicamente, isto é, uma de suas sílabas é pronunciada mais for- temente. Exemplo: Caderno – a sílaba pronunciada com mais força é “der” – essa é a sílaba tônica. As palavras proparoxítonas têm como sílaba tôni- ca a antepenúltima, as paroxítonas, a penúltima e as oxítonas a última. Entretanto, algumas palavras ne- cessitam de acento gráfico em sua sílaba tônica. Isso se deve ao fato de essas palavras saírem do padrão natural de pronúncia da Língua Portuguesa – 80% das palavras de nossa língua são paroxítonas, como as palavras lua, bola, cabeça, espelho etc. Utilidade do acento gráfico Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba de determinada palavra do padrão natural de pro- núncia para outro diferente. Exemplo: Também– observe a diferença comparando com fa- zem e pedem; biquíni – compare com escrevi, rubi. Aplicação do acento gráfico Todas as palavras 1. proparoxítonas levam acento gráfico. Exemplo: Fórmula, pêssego, prático, máquina, tática, aca- dêmico etc. Aqui se inserem os vocábulos paroxítonos ter- minados em ditongo crescente (ea, eo, ia, ie, io, ao, ua, ue), por se considerar, para fins de acentuação, que estas palavras são proparoxí- tonas relativas ou eventuais. Exemplo: Fêmea, núcleo, ciência, superfície, prêmio, mágoa, água, tênue. Por serem mais comuns as palavras 2. paroxíto- nas terminadas em a(s), e(s), o(s), em e ens, estas não recebem acento gráfico, já as paro- xítonas com outras terminações como l, n, r, x, ps, ã(s), ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns, u, us, receberão o acento gráfico. Exemplo: Fica, lume, lobo, limpem, parabéns / hábil, táxi, jóquei, tênis, repórter, hífen, prótons – a partir dessa distri- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 5 Gramática buição se estabelecerá, então, a acentuação gráfica das oxítonas: a inversão da regra. Ou seja: Palavras a(s), e(s), o(s), em*, ens* O resto Oxítonas Sim Não Paroxítonas Não Sim * Palavras com mais de uma sílaba. Exemplo: André, conhecê-lo, chulé, Marabá, jiló. Ditongos3. – acentuam-se os ditongos eu(s), oi(s), ei(s) quando forem abertos, com exce- ção das palavras paroxítonas. Exemplo: chapéu, troféu, herói, constrói, ideia, pastéis, epo- peia, jiboia etc. Hiatos4. – as vogais i e u recebem acento agu- do sempre que formam hiato com a vogal an- terior e ficam sozinhas na sílaba ou com s. Exemplo: Baú, raízes, gaúcho, ruído, caíste. Cuidado Não se acentua hiato seguido de nh. Exemplo: rai- nha, tainha, ventoinha. Não se acentuam mais os hiatos que tenham como antecedente ditongos decrescentes como em boiuna e baiuca. Não há acento agudo quando o i e o u formam ditongo e não hiato: gratuito, fortuito, intuito etc. Não há acento agudo quando as vogais i e u não estão isoladas nas sílabas: ca-iu, ra-iz, ru-im. Monossílabos tônicos5. – acentuam-se os mo- nossílabos tônicos terminados em a, e e o. Exemplo: pá, fé, pó. Acentos diferenciais6. – servem para distin- guir duas palavras que são grafadas da mes- ma forma. Observe os exemplos dos vocábulos que são acentuados: pôr (verbo infinitivo), por (preposição). pôde (pret. perf.), pode (pres. ind.). tem e vem (3.a p. sing), têm, vêm (3.a p. pl.). Intervêm, contêm, mantêm (3.a p. pl), para diferenciar de intervém, contém, mantém (3.a p. sing., acentuados por regra) – e de- mais derivados de ter e vir. Ortografia básica G ou J -agem, -igem, -ugem1. / -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio são grafados com g: garagem, viagem (substantivo), fuligem, ferrugem, pe- dágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio etc. Após 2. a inicial usa-se ge ou gi: agitar, agente, agenda, agência etc. Observação: ajeitar deriva de jeito. Palavras derivadas de outras com 3. j: sujo/sujei- ra, laranja/laranjeira, loja/lojista. Verbos terminados em 4. jar: arranje, suje, viaje, viajem, enferrujem etc. X ou CH Após ditongo, usa-se 1. x: peixe, paixão, desleixo, caixa, faixa etc. Após 2. en inicial aplica-se x: enxada, enxaque- ca, enxame, enxuto, enxugar etc. Observação: encher deriva de cheio, encharcar, de charco. Palavras estrangeiras aportuguesadas: xampu 3. (shampoo), xerife (sheriff). Palavras indígenas, africanas, sem tradição 4. escrita: xavante, xangô, xique-xique, Erexim, muxoxo, caxambu, abacaxi etc. Observação: esses tipos de vocábulos serão sempre grafados com x, ç, j. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 6 Gramática Exemplo: jiboia, Juçara, Paraguaçu, muçurana etc. Após 5. me, emprega-se x: México, mexerica, mexilhão, mexer, mexerico. Exceção: mecha. S ou Z Usa-se1. s nos sufixos -ês, -esa (para indicação de nacionalidade, título, origem), -ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos), -isa (indica- dor de ocupação feminina): chinês, burguesa, catarinense, amoroso, perigosa, sacerdotisa. Após ditongos, usa-se 2. s: coisa, causa, Neusa, Eusébio, náusea. Usa-se 3. Z nos sufixos -ez, -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos), -izar (formador de verbos), -zação (formador de substantivos): rígido, rigidez; belo, beleza; civilizar, civilização, realizar, realização. S, C, Ç e X ou SC, SÇ, SS, XC e XS Correlação gráfica entre 1. nd e ns na formação de substantivos a partir de verbos: ascender, ascensão; distender, distensão; pretender, pretensão; tender, tensão; estender, exten- são. Correlação gráfica entre 2. ced e cess em nomes formados a partir de verbos: ceder, cessão; conceder, concessão; exceder, excessivo; aceder, acesso. Correlação gráfica entre -3. ter e -tenção em nomes formados a partir de verbos: abster, abstenção; ater, atenção; conter, conten- ção; deter, detenção; reter, retenção. Grafia dos porquês Por que Quando puder ser substituído por pelo qual ou equivaler a por que razão (motivo). É usado para fa- zer perguntas. O motivo por que voltei é segredo. Por que você voltou? Não sabemos por que ele voltou. Por quê Quando for marcada pausa por qualquer sinal de pontuação. Final de frase. Sabes por quê? Eu sei por quê. Porquê Quando estiver substantivado pelos determinan- tes o, um, meu, este, algum, qualquer. Todos temos os nossos porquês. Não sei o porquê disso. Porque Usado nas respostas, equivale a conjunção (pois, porquanto, uma vez que). Ela não respondeu porque não quis. Emprego do hífen Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos Ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, micro, neo, proto, pseudo, semi, sobre, supra e ultra. Antes de h e nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. Anti-inflamatório, anti-herói, ar- qui-inimigo, auto-observação, contra-ataque, intra-abdominal, micro-ônibus, proto-histórico, neo-humanismo, semi-interno, supra-hepático, sobre-humano, sobre-excelente. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 7 Gramática Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos Super, hiper e inter. Antes de h e r. Super-homem, hiper-hidrose, inter- regional. Pan e circum. Antes de h, vogal, m ou n. Pan-americano, pan-negritude, circum-adjacente, circum-murado, circum-hospitalar. Mal. Antes de h e vogal. Mal-humorado, malquerer (mal- -querido, porém), mal-educado. Aquém, além, bem, ex, sem, grã, grão, pré, pós, pró e recém. Sempre. Aquém-fronteiras, ex-namorado, pós- graduação, pró-paz, grã-duquesa, recém-casado, sem-vergonha, sem- cerimônia, pré-vestibular, pré-adoles- cente, grão-mestre, grão-duque, bem- -ajambrado, bem-vindo, além- -túmulo, além-país. (Exceções: predef inir, predeterminado, predispor, predizer, preexistir). Ad, ab, ob e sob. Antes de r. Ad-rogar, ab-rogar, ob-repção, sob-roda. Sub. Antes de r, b e h. Sub-reitor, sub-bibliotecário, sub- humano ou subumano, sub-he- pático. Para, co. Aglutina-se com o segundo ele- mento. Parachoque, paraquedas, paraque- dista, coautor, coeditor. Não se emprega o hífen nos compos- tos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo ele- mento começa por vogal diferente. Autoafirmação, autoajuda, auto- aprendizagem, contraexemplo, extraescolar, intrauterino, neoex- pressionista, semiaberto, suprao- cular, ultraelevado. Não se emprega o hífen nos com- postos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes seduplicarem. Antessala, antirreumático, arquir- rival, sobressair, sobressalente, sobressaltar, ultrarromântico, ul- trassonografia, suprarrenal, su- prassensível. Radicais gregos e latinos Principais radicais gregos Aero – AR Antropo – HUMANO Arquia – GOVERNO Auto – A SI MESMO Bio – VIDA Cali – BELO Cosmo – ESPAÇO Cromo – COR Crono – TEMPO Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 8 Gramática Cracia – PODER Demo – POVO Derma – PELE Dromo – PISTA Etno – RAÇA Fono – VOZ Foto – LUZ Fobia – MEDO Fagia – COMER Gamo – RELAÇÃO Geo – TERRA Grafia – ESCRITA Hemo – SANGUE Hetero – DIFERENTE Hidro – ÁGUA Homo – IGUAL Lito – PEDRA Logo – QUE ESTUDA / PALAVRA Macro – GRANDE Micro – PEQUENO Miso – AVERSÃO Mono – UM Neo – NOVO Orto – CORRETO Poli – MUITOS Potamos – RIO Proto – À FRENTE Pseudo – FALSO Pan – TUDO Pato – DOENÇA Piro – FOGO Psique – ALMA/MENTE Quilo – MIL Scopia – INVESTIGAÇÃO Teo – DEUS Termo – TEMPERATURA Topo – LUGAR Tele – DISTANTE Terapia – TRATAMENTO Teca – CONJUNTO Tanatos – MORTE Zoo – ANIMAL Principais radicais latinos Agri – CAMPO Cor – COR Cida – QUE MATA Cola – HABITANTE Bi(s) – DUAS VEZES Equi – IGUAL Fugo – FUGA/ESCAPE Igni – FOGO Loco – LUGAR Multi – MUITOS Oni – TUDO Semi – METADE Sesqui – UMA VEZ E MEIA Rus – CAMPO Tri – TRÊS Urbs – CIDADE Voro – COMER Formação de palavras Família de palavras Conjunto de palavras que possuem o mesmo ra- dical. GOVERNar GOVERNo GOVERNador GOVERNável desGOVERNado GOVERNabilidade GOVERNante desGOVERNo Processos de formação de palavras Há dois processos de formação de palavras na Lín- gua Portuguesa: formação por derivação e forma- ção por composição. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 9 Gramática Derivação Formação de nova palavra mediante acréscimo de afixo. Derivação prefixal Formação de nova palavra mediante acréscimo de prefixo. Termo Primitivo Derivação Prefixal Escola Pré-escola Feliz Infeliz Legal Ilegal Derivação sufixal Formação de nova palavra mediante acréscimo de sufixo. Termo Primitivo Derivação Sufixal Feliz Felizmente Legal Legalidade Suave Suavizar Nervo Nervoso Derivação prefixal e sufixal Formação de nova palavra mediante acréscimo de prefixo e sufixo em sequência. Termo Primitivo Derivação Prefixal e Sufixal Feliz Infelizmente Cumprir Descumprimento Legal Ilegalidade Derivação parassintética Formação de nova palavra mediante acréscimo si- multâneo de prefixo e sufixo. Termo Primitivo Derivação Parassintética Noite Anoitecer Beleza Embelezar Termo Primitivo Derivação Parassintética Velho Envelhecer Alma Desalmado Corrente Acorrentado Derivação regressiva (ou deverbal) Formação de nova palavra mediante decréscimo de um sufixo ou de desinências do radical. Termo Primitivo Derivação Regressiva Debater Debate Cantar Canto Recuar Recuo Perder Perda Atacar Ataque Derivação imprópria Formação de nova palavra mediante modificação da classe morfológica original em função do contex- to frasal. Não aceito um não como resposta. (substantivo) Aristides tinha um falar complicado. (substantivo) Dou-lhe esta carta rosa. (adjetivo) Composição Formação de nova palavra mediante associação de dois ou mais radicais simples. Há dois processos de composição: composição por justaposição e composição por aglutinação. Composição por justaposição Os radicais componentes da composição mantêm sua integridade sonora. Justaposição Radicais Porco-espinho Porco e espinho Passatempo Passa e tempo Girassol Gira e sol Beija-flor Beija e flor Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 10 Gramática Composição por aglutinação Os radicais componentes da composição não mantêm sua integridade sonora. Aglutinação Radicais Simples Vinagre Vinho acre Aguardente Água ardente Embora Em boa hora Fidalgo Filho de algo Outros processos de formação de palavras Composição erudita Composição com radicais de mesma origem. Composição Origem Locomotiva Loco (latim) e motiva (latim) Biologia Bio (grego) e logia (grego) Retilíneo Reti (latim) e líneo (latim) Hibridismo Derivação ou composição através de radicais de diferentes idiomas. Hibridismo Origem Automóvel Auto (grego) e móvel (latim) Burocracia Buro (francês) e cracia (grego) Televisão Tele (grego) e visão (português) Sociologia Sócio (latim) e logia (grego) Redução vocabular Diminuição do tamanho da palavra por abrevia- ção, abreviatura ou sigla. Abreviação Origem Cinema Cinematógrafo Moto Motocicleta Foto Fotografia Abreviatura Origem Subst. Substantivo Adj. Adjetivo Sigla Origem UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul ONU Organização das Nações Unidas PT Partido dos Trabalhadores Sida (Aids) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Onomatopeia Representação de sons e ruídos através da escrita. Exemplos: Tique-taque, quero-quero, bem-te-vi, miau etc. Principais prefixos a – AUSÊNCIA1. ante – ANTES2. anti – OPOSTO3. com – COMPANHIA4. contra – CONTRÁRIO5. de – MOVIMENTO PARA BAIXO6. des – MOVIMENTO CONTRÁRIO7. epi – EXTERNO8. ex (com hífen) – ESTADO ANTERIOR9. ex – MOVIMENTO PARA FORA10. extra – ACIMA DE11. eu – BOM/BEM12. hiper – EXCESSO13. hipo – ESCASSEZ14. in – NEGAÇÃO15. in – MOVIMENTO PARA DENTRO16. inter – ENTRE17. pré – ANTES18. pró – A FAVOR/À FRENTE19. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 11 Gramática re – REPETIÇÃO/MOVIMENTO PARA TRÁS20. retro – MOVIMENTO PARA TRÁS21. super – ACIMA DE22. trans – ATRAVÉS DE23. sub – ABAIXO24. vice – SUBSTITUTO25. ultra – ALÉM DE26. Principais sufixos Sufixos que formam substantivos de verbos Agente Verbo Substantivo Navegar Navegante Agredir Agressor Contar Contador Amar Amante Combater Combatente Ação Verbo Substantivo Trair Traição Suar Suadouro Ferir Ferimento Concorrer Concorrência Lugar Verbo Substantivo Viver Viveiro Matar Matadouro Beber Bebedouro Laborar Laboratório Sufixos que formam substantivos de adjetivos Adjetivo Substantivo Belo Beleza Árido Aridez Doce Doçura Bom Bondade Rápido Rapidez Honesto Honestidade Sufixos que formam adjetivos de substantivos Substantivo Adjetivo Horror Horrível Barba Barbudo Terror Terrível Horizonte Horizontal Perigo Perigoso Gosto Gostoso Sufixos que formam advérbios de adjetivos Adjetivo Advérbio Rápido Rapidamente Feliz Felizmente Luxuoso Luxuosamente Geral Geralmente Obstinado Obstinadamente Particular Particularmente Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 12 Gramática Sufixos que formam adjetivos de verbos Verbo Adjetivo Justificar Justificável Compreender Compreensível Suportar Suportável Sofrer Sofrível Sufixos que formam verbos Classe Primitiva Verbo Civil Civilizar Flor Florescer Duro Endurecer Manhã Amanhecer Real Realizar Semântica Semântica (sema = “sentido”) é a ciência que estuda a significação das palavras e das senten- ças. O signo linguístico verbal (a palavra escrita ou falada) Signo linguístico é uma estrutura mínima linguís- tica constituída por duas partes: significante e signi- ficado. Significante Parte perceptíveldo signo linguístico, constituída de sons que podem ser representados por letras. É também classificado como plano de expressão. Significado Parte inteligível do signo linguístico, constituída de um conceito. É também classificado como plano de conteúdo. Polissemia A polissemia (poli = “muitos”; sema = “sentido”) acontece quando um plano de expressão (signifi- cante) é suporte para mais de um plano de conteú- do (significado). Exemplo: A palavra “linha”. Acabou a linha para costura. Os jogadores formaram uma linha de ataque fulminante. O capiau manteve a linha durante a janta. Tua linha de raciocínio é muito elaborada para mim. Vocês jogam na linha; eu, no gol. Qual linha de ônibus devo pegar para ir ao Igua- temi? É importante salientar que a polissemia é geral- mente neutralizada pelo falante ou pelo redator atra- vés da definição de um determinado contexto. Contexto Contexto é uma unidade linguística de âmbito maior, na qual se insere outra de âmbito menor. Des- sa forma: Palavra < Contexto da Frase < Contexto do Parágrafo < Contexto Textual Portanto, todo significado é definido pelo contex- to. A esse constante processo linguístico chamamos de significado contextual. Denotação x Conotação Denotação Conceito de origem, significação básica da pala- vra, sentido oficial do signo linguístico. Conotação Significação derivada, acréscimo de significado, readaptação de sentido do signo linguístico. Sinonímia Identificação de significado entre duas palavras. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 13 Gramática Xexéu e Janjão encontraram a tartaruguinha em- baixo da geladeira. Xexéu e Janjão acharam a tartaruguinha embaixo da geladeira. Antonímia Incompatibilidade de significado entre duas pala- vras. Janjão é alto e gordo. Xexéu é baixo e magro. Ambiguidade Duplicidade de sentido. Janjão disse a Xexéu que seu pai não comparecerá à reunião. O mendigo bateu na velhinha com a bengala. Atacaram os bandidos os policiais. Acarretamento Quando uma significação permite que consiga- mos inferir outra. Há dois tipos de acarretamento: hiponímia e hiperonímia. Hiponímia Relação entre uma palavra de sentido mais espe- cífico com uma outra de sentido mais abrangente, genérico. Hiperonímia Relação entre uma palavra de sentido mais abran- gente, genérico com uma outra de sentido mais es- pecífico. Janjão gosta de sair com seu labrador. (hiponí- mia) Janjão gosta de sair com seu cão. (hiperonímia) Deslize Uso inadequado de uma significação dentro de um determinado contexto. Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o problema estava no fuzil queimado. (impropriedade) Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o problema estava no fusível queimado. Homonímia x Paronímia Homônimos São vocábulos que se pronunciam da mesma for- ma, mas que diferem no sentido. Podem ter grafia e pronúncia idênticas: são (santo), são (sadio) e são (verbo ser). Parônimos São os vocábulos que apresentam certa semelhan- ça de grafia e de pronúncia, mas que têm significado diferente, tais como ratificar e retificar. Exemplos de Homônimos e Parônimos acender: ligar, pôr fogo • ascender: subir • acento: sinal gráfico • assento: local próprio para sentar-se • a princípio: inicialmente • em princípio: teoricamente • acerca de: sobre • a cerca de: proximidade (distância) • há cerca de: referência a tempo • afim: semelhante • a fim (de): finalidade • amoral: indiferente à moral • imoral: contrário à moral • ao encontro de: a favor • de encontro a: contra • ao invés de: ao contrário de • em vez de: no lugar de • à-toa: sem vergonha (adjunto adnominal) • à toa: sem rumo (adjunto adverbial de modo) • Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 14 Gramática casual: por acaso • causal: indica causa • cassar: anular • caçar: perseguir • cavaleiro: homem a cavalo • cavalheiro: homem gentil • censo: contagem • senso: juízo • cessão: ato ou efeito de ceder • sessão: reunião • secção ou seção: parte de um todo • comprimento: medida • cumprimento: saudação, ato ou efeito de cum- • prir concerto: sessão musical, harmonização • conserto: ato de arrumar • cozer: cozinhar • coser: costurar • delatar: denunciar • dilatar: ampliar • descrição: ato ou efeito de descrever • discrição: modéstia • despercebido: desatento, não notado • desapercebido: desprovido • emergir: subir à tona • imergir: afundar • eminente: importante • iminente: próximo de acontecer • emigrar: que sai de lugar • imigrar: que entra em lugar • estada: permanência de pessoa • estadia: permanência de veículo • flagrante: evidência • fragrante: aromático • fosforescente: pouco luminoso • florescente: florido • fluorescente: luminoso • incipiente: iniciante • insipiente: ignorante • infligir: aplicar pena • infringir: transgredir • mandato: delegação de poder • mandado: ordem judicial • prescrever: determinar, regular • proscrever: desterrar, abolir • ratificar: confirmar • retificar: corrigir • sustar: suspender • suster: manter • tachar: censurar, acusar de defeito • taxar: regular preço • tráfego: movimentação de veículos • tráfico: negócio ilícito • Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 15 Gramática Classes gramaticais Substantivo Nomeia seres, coisas (subst. concretos) e ideias (subst. abstratos). Exemplo: Casa, homem, lobo, livro, liberdade, beleza. Flexões: gênero, número e grau. Tipos de substantivos Substantivos concretos e substantivos abstratos Concretos: casa, cadeira, homem, Pedro, Deus, alma, fada, gnomo. Abstratos: beleza, esperança, verdade, justiça, bondade, nudez, vontade. Ele vive da plantação de cana. (abstrato = ato de plantar) A plantação de cana pegou fogo. (concreto = canavial) Substantivos comuns e substantivos próprios Comuns: cidade, homem, cachorro, santo, rio. Próprios: Porto Alegre, George, Tóbi, Antônio, Guaíba. Substantivos primitivos e substantivos derivados Primitivos: caça, cabeça, roupa, maçã. Derivados: caçador, cabeceira, roupinha, macieira. Substantivos simples e substantivos compostos Simples: caça, cabeça, roupa, maçã. Compostos: caça-níquel, quebra-cabeça, guarda- -roupa, banana-maçã. Substantivos coletivos O arquipélago japonês é ameaçado por terre- motos. (conjunto de ilhas) O céu tem oitenta e oito constelações. (conjuntos de estrelas) A banda terminou de tocar. (conjunto de músicos) Gêneros Substantivos biformes São aqueles que apresentam uma forma para cada gênero. menino menina cantor cantora papa papisa imperador imperatriz boi vaca homem mulher peixe-boi peixe-mulher Substantivos uniformes São aqueles que apresentam uma única forma para os dois sexos. Dividem-se em comuns-de-dois gêneros, epicenos e sobrecomuns. Comum-de-dois gêneros É aquele que apresenta uma única forma para os dois sexos, mas cujo gênero se distingue pela presen- ça de um determinante, como o artigo. o/a estudante o/a jornalista o/a chefe o/a sem-terra o/a atleta o/a jovem Epicenos São substantivos de um só gênero que se refe- rem a ambos os sexos; nesse caso, o sexo pode ser diferenciado pela presença das palavras macho e fêmea. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 16 Gramática o jacaré (gênero masculino) o jacaré macho (sexo masculino) o jacaré fêmea (sexo feminino) a cobra(gênero feminino) a cobra macho (sexo masculino) a cobra fêmea (sexo feminino) Sobrecomuns São os que só têm um gênero e se referem a am- bos os sexos. Nesse caso, o sexo só é definido no contexto. a criança (gênero feminino) a testemunha (gênero feminino) o membro (gênero masculino) o cônjuge (gênero masculino) Há casos em que a mudança de gênero de um substantivo acarreta mudança em seu significado. Observe os contextos abaixo. A cabeça lhe doía. (parte do corpo) O cabeça do grupo foi preso. (líder, chefe) A capital estava em chamas. (cidade principal) O capital não foi suficiente. (dinheiro) A caixa estava aberta. (recipiente) O caixa estava aberto. (atendente, cobrador) Há casos de substantivos cujo gênero costuma va- cilar sobretudo na linguagem coloquial. Devem ser consultados para a escrita formal. São masculinos: o champanha ou o champanhe o guaraná o soprano o dó o lança-perfume o contralto São femininos: a sentinela a aluvião a crisma a dinamite a alface a bacanal a cal a agravante a atenuante a xérox ou a xerox Flexão Flexão dos substantivos compostos Regra geral Flexionam-se os dois elementos que compõem o substantivo. tenente-coronel tenentes-coronéis navio-fantasma navios-fantasmas guarda-florestal guardas-florestais couve-flor couves-flores quadro-negro quadros-negros sexta-feira sextas-feiras Exceções Pluraliza-se apenas o primeiro quando o segundo limita o significado do primeiro. banana-prata bananas-prata peixe-espada peixes-espada salário-família salários-família licença-maternidade licenças-maternidade navio-escola navios-escola pombo-correio pombos-correio Pluraliza-se o primeiro elemento quando o substan- tivo composto tem entre dois substantivos uma prepo- sição. pé-de-moleque pés-de-moleque mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça copo-de-leite (flor) copos-de-leite Pluraliza-se apenas o segundo elemento quando o primeiro for verbo ou termo invariável. guarda-chuva guarda-chuvas guarda-sol guarda-sóis sempre-viva sempre-vivas abaixo-assinado abaixo-assinados vice-presidente vice-presidentes Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 17 Gramática Adjetivo Indica qualidade ou estado dos seres, modifican- do o substantivo. Exemplo: inteligente, rápido, feio, loira, magra etc. Flexões: gênero, número e grau. Flexão dos adjetivos compostos Flexiona-se em gênero e em número apenas o úl- timo elemento. evento ibero-americano conferência ibero- -americana eventos ibero- -americanos conferências ibero- -americanas terno amarelo-escuro camisa amarelo-escura ternos amarelo-escuros camisas amarelo- -escuras caos político-econômico situação político- -econômica sapato vermelho-claro meia vermelho-clara sapatos vermelho-claros meias vermelho-claras Exceções Adjetivo composto tendo substantivo como o último elemento, não ocorrerá nenhuma flexão terno azul-piscina camisa azul-piscina ternos azul-piscina camisas azul-piscina colete amarelo-abóbora gravata amarelo- -abóbora coletes amarelo- -abóbora gravatas amarelo- -abóbora Adjetivos de formação “cor-de-substantivo” são invariáveis cinto cor-de-rosa meia cor-de-rosa cintos cor-de-rosa meias cor-de-rosa Adjetivos azul-marinho e azul-celeste nunca se flexionam cinto azul-marinho meia azul-marinho cintos azul-marinho meias azul-marinho Adjetivo surdo-mudo flexiona ambos os elementos homem surdo-mudo mulher surda-muda homens surdos-mudos mulheres -surdas-mudas Advérbio Exprime uma circunstância (tempo, intensidade, lugar etc.), modificando o adjetivo ou outro advérbio. Exemplo: Ontem, aqui, muito, somente. Flexões: grau (em alguns). Verbos Indica um processo – ação, estado ou fenômeno da natureza – situando – em função do tempo. Flexões: modo, tempo, número, pessoa, voz. Artigo Antecede o substantivo, indicando seu gênero e número, determinando-o ou generalizando-o. Os ar- tigos definidos são: o(s), a(s). Os artigos indefinidos são: um, uma, uns, umas. Flexões: gênero e número. Conjunção Estabelece ligação entre termos de mesma função e orações. Exemplo: Porém (conectivo de orações sindéticas coordena- das adversativas). Flexões: não flexiona. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 18 Gramática Interjeição Exprime apelo, emoções súbitas ou sentimentos. Palavra-frase. Exemplo: Cuidado!, Socorro!, Verdade?, Tchau! Flexões: não flexiona. Numeral Denota a quantidade, ordenação ou proporção dos seres. Exemplo: Três, terceiro, terço, triplo. Flexões: gênero, número, grau (alguns). Tipos de numeral Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco etc. Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto etc. Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntu- plo etc. Fracionários: meio, terço. Pronome Acompanha ou substitui o nome. Flexões: gênero, número, pessoa, caso. Tipos de pronomes Retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Oblíquos: me, te, se, nos... Possessivos: meu, teu, seu, nosso... Demonstrativos: este, esse, aquele... Indefinidos: algum, nenhum, alguém, tudo, nada... Interrogativos: qual, quem, o quê... Relativos: que, quem, qual, quanto, como, cujo, onde. Preposição Liga termos de uma oração. Serve para estabele- cer relações entre os termos. Dividem-se em: Preposições essenciais (funcionam apenas como preposições) a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, en- tre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Preposições acidentais (palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como preposições) como, segundo, exceto, salvo, menos, afora, me- diante, fora etc. Flexões: não flexionam. Pronomes regidos por preposição Pronomes Pessoais Retos 1.a pessoa Eu, Nós 2.a Pessoa Tu, Vós 3.a pessoa Ele(s), Ela(s) Pronomes Pessoais Oblíquos Pess. e n.° Átonos Tônicos 1.a pess. sing. Me Mim 2.a pess. sing. Te Ti 3.a pess. sing. O, a,lhe Ele, ela 1.a pess. pl. Nos Nós 2.a pess. pl. Vos Vós 3.a pess. pl. Os, as, lhes Eles, elas Também são pronomes pessoais oblíquos se, si, comigo, contigo, consigo, conosco. Não foram in- cluídos na tabela por serem sempre reflexivos. Regra I – as preposições essenciais regem prono- mes pessoais oblíquos tônicos. Exemplo: Levei o presente para ti. Estamos falando de mim e ti. Faça isso por nós. (esse nós é oblíquo, não é o pessoal, de mesma grafia). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 19 Gramática Regra II – as preposições acidentais regem pro- nomes pessoais retos. São preposições acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, como, salvo, fora, que. Exemplo: Quando eu crescer, quero ser como tu. Incluam todos exceto eu. Todos agirão conforme eu e ele mandarmos. (esse ele não é o oblíquo tônico, de mesma grafia) Cuidado Somente os pronomes pessoais retos podem ser sujeito, os pronomes pessoais oblíquos serão sem- pre complemento. Verbos – modos e tempos a) Modo indicativo Expressa certeza, realidade ou verdade. Pretérito Perfeito cant ei cant aste cant ou cant amos cant astes cant aram Pretérito Imperfeito cant ava cant avas cant ava cant ávamos cant áveis cant avam Pretérito Mais-que-perfeito cant ara cant aras cant ara cant áramos cant áreis cant aram Futuro do Pretérito cant aria cant arias cant aria cant aríamos cant aríeis cant ariam Futuro do Presente cant arei cant arás cant ará cant aremos cant areis cant arão Presente cant o cant as canta cant amos cant ais cant am b) Modo subjuntivo Expressa dúvida, possibilidade, incerteza, hipótese. Presente cant e cant es cant e cant emos cant eis cant em Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 20 Gramática Pretérito Imperfeito cant asse cant asses cant asse cant ássemos cant ásseis cant assem Futuro cant ar cant ares cant ar cant armos cant ardes cant arem c) Modo imperativo Expressa uma ordem, pedido, súplica ou con- selho. Afirmativo Negativo Estuda tu Não estudes tu Estude você Não estude você Estudemos nós Não estudemos nós Estudai vós Não estudeis vós Estudem vocês Não estudem vocês Vozes do verbo Ativa Quando o sujeito pratica a ação indicada pelo verbo. O vendaval destelhou as casas. Passiva Quando o sujeito sofre (ou recebe) a ação indica- da pelo verbo. As casas foram destelhadas pelo vento. Reflexiva Quando o sujeito pratica e sofre a ação indicada pelo verbo. A moça se feriu com um canivete. Recíproca Quando há um sujeito que representa dois agentes e pacientes um do outro. Os cães morderam-se na disputa pelo osso. Passagem da voz ativa para passiva Veja: O professor examinou as provas. sujeito verbo obj. direto As provas foram examinadas pelo professor. sujeito verbo agente da passiva Procedimento O objeto direto passa a ser o sujeito.a. O sujeito passa à função de agente da pas-b. siva. O verbo se desdobra, numa forma composta, c. formada pelo verbo ser (ir, estar), no mesmo tempo do verbo da ativa, e o seu próprio particípio. Outros termos que não sejam sujeito, verbo e objeto No dia de Natal, com muito carinho, Paulo enviou para a noiva um buquê de flores e um cartão. No dia de Natal, com muito carinho, um buquê de flores e um cartão foram enviados por Paulo para a noiva. Conclusão Outros termos que eventualmente houver na ora- ção permanecem. Formas verbais compostas Pedrinho devia estar distribuindo os convites. Os convites deviam estar sendo distribuídos por Pedrinho. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 21 Gramática Conclusão Apenas o último componente da forma verbal composta é desdobrado. Os demais permanecem com eventuais adapta- ções de concordância. Pronomes pessoais Tu me convidarás. Eu serei convidado por ti. Conclusão Os pronomes passam do caso reto para o oblíquo e vice-versa, sempre que isso for necessário. Observação importante Uma oração só pode passar para a voz passiva quando tiver objeto direto. Observe as frases: Não podemos continuar a agir assim. • Nas últimas semanas, a garota parecia preocu- • pada. Naquela casa, costumam ocorrer coisas estra- • nhas. Conclusão Como não há objeto direto, nenhuma pode ser passada para voz passiva. Análise sintática interna Análise dos diferentes papéis que os termos pos- suem em uma determinada oração. Termos da oração Classificação tradicional (sugerida pela NGB) Termos essenciais da oração: sujeito, predica- do e predicativo (figuram usualmente na oração). Termos integrantes da oração: objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva (constituem a oração mediante o apa- recimento de outro termo). Termos acessórios da oração: adjunto adno- minal, adjunto adverbial, aposto e vocativo* (são dispensáveis na estrutura da oração). *O vocativo é um termo isolado da oração, pois não se liga a nenhum outro termo dela. Para tornar nossas análises mais claras, faremos outro tipo de abordagem no estudo dos termos da oração. Classificação a ser usada Termos associados ao nome: adjunto adnomi- nal, aposto, predicativo e complemento nominal. Termos associados ao verbo: sujeito, predica- do, objeto direto, objeto indireto, agente da passi- va e adjunto adverbial. Termo isolado da oração: vocativo. Termos associados ao nome Adjunto Adnominal Termo satélite do núcleo do sintagma nominal. É um termo subordinado ao núcleo a que se refere. É a função própria dos artigos, dos pronomes ad- jetivos, dos numerais adjetivos, dos adjetivos e das locuções adjetivas. O aluno responsável estuda. As mulheres do Rio de Janeiro são muito bonitas. Aqueles assuntos não foram abordados. Dois problemas atingiam o Governo. Observe agora os exemplos que seguem: 1. O aluno interessado estuda. 2. O aluno que tem interesse estuda. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 22 Gramática Predicativo Termo atributivo de estados, de qualidades e de modos de ser dos substantivos, o qual não se liga a eles de maneira adjunta. O predicativo é um termo subordinado ao nome a que se refere. Pode ser um sintagma nominal, um sintagma adjetival ou um sintagma preposicional. Ele é inteligente. (S. Adj. – Predicativo do Sujeito) Ele é um homem inteligente. (S.N. – Predicativo do Sujeito) O predicativo pode se referir ao sujeito ou ao objeto. Ele é louco. (Predicativo do Sujeito) Chamei-o de louco. (Predicativo do Objeto) O juiz considerou o réu inocente. (Predicativo do Objeto) Qual a possível ambiguidade em cada uma das frases abaixo? O juiz considerou o réu inocente. O marido viu a esposa em prantos. Mariana encontrou a casa suja. Observe agora os períodos que seguem: Nosso problema é esse. Nosso problema é que eles não se entendem. Complemento nominal Termo complementar de sentido do nome. Assim como há verbos transitivos, há nomes transitivos, que requerem complemento. Estes são sempre abstratos. O complemento nominal pode complementar o sentido de um adjetivo, de um advérbio, ou de um substantivo, sempre com auxílio de preposição. Era fiel aos amigos. (CN de adjetivo) Agia independentemente de princípios. (CN de advérbio) Tinha necessidade de apoio. (CN de substantivo abstrato) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 23 Gramática Agora observe os seguintes exemplos: O amor de mãe é eterno. (adjunto adnomi- nal) O amor à mãe é eterno. (complemento nomi- nal) Observe os períodos que seguem: Janjão tinha necessidade disso. Janjão tinha necessidade de que o ajudas- sem. Aposto Termo que tem a função de explicar, especificar, explicitar, resumir, enumerar, identificar outro termo já expresso na oração. É um termo subordinado ao núcleo nominal a que se refere e é acessório, ou seja, sua presença não é obrigatória para estrutura frasal. Existem vários tipos de aposto. Para fins didáticos, vamos estudar um a um. O aposto explicativo é um sintagma nominal que dá uma explicação a um núcleo de sintagma nominal. A primavera, estação do amor e das flores, começou ontem. (aposto explicativo) Luís, sujeito inescrupuloso, veio pedir-me a mão de minha filha. (aposto explicativo) O aposto especificativo particulariza e identifica o termo a que se refere. O presidente Lula participou de um debate ontem. (aposto especificativo) A cidade de São Paulo estava alagada. (apos- to especificativo) A Avenida Paulista é o coração comercial do Brasil. (aposto especificativo) Hoje é dia três de maio. (aposto especifica- tivo) O aposto enumerativo introduz uma enumera- ção, uma listagem de elementos contidos em deter- minado núcleo da frase. Tudo lhe trazia tristezas: a sala, o quarto, a cama,os lençóis, os móveis, o cigarro e o ca- chorro. (aposto enumerativo) O aposto resumitivo ou recapitulativo introduz uma síntese de elementos enumerados em determi- nado núcleo da frase. A sala, o quarto, a cama, os lençóis, os mó- veis, o cigarro, o cachorro, tudo lhe trazia tris- tezas. (aposto resumitivo) Observe os períodos que seguem: Só lhe peço uma coisa: isso. Só lhe peço uma coisa: que me deixe em paz. Termos associados ao verbo Sujeito Termo sobre o qual é feita uma declaração verbal e com o qual o verbo concorda. Está ligado ao verbo e, portanto, é subordinado a ele. O homem encontrou a esposa na praia. Eu não compareci à festa. O sujeito é o sintagma nominal fundamental na oração. Vimos que só não têm sujeito os verbos di- tos impessoais. Quando eles aparecem, diz-se que há oração sem sujeito. Choveu muito ontem. Fazia um calor insuportável naquela manhã de domingo. Amanheceu. Está uns dez graus agora. Fez cinco graus na serra gaúcha. Havia pessoas insatisfeitas com o resultado do jogo. Não houve muitos festivais de música nessa década. Haverá muitos acidentes nesse feriadão. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 24 Gramática Faz quinze anos que não o vejo. Não venho a Minas Gerais há quinze anos. São vinte e duas horas. Deviam ser umas sete horas. É dia quinze de abril. Passou das dez. Basta de discussão! “Chega de saudade...” Se o verbo não é impessoal, o sujeito existe e pode ser determinado ou indeterminado. Sujeito indeterminado É aquele que existe, mas que se desconhe- ce, seja por não se conhecer o autor da ação ver- bal, seja por não se querer sua menção. Vimos que, em português, há duas maneiras de se in- determinar o sujeito: com o verbo na terceira pessoa do plural sem contexto; ou na terceira pessoa do singular acompanhado do índice de indetermina- ção do sujeito se. Falaram mal de você na festa. Encontraram uma galinha no quintal. Precisa-se de funcionários. Não se chegou a lugar algum. Sujeito elíptico (ou desinencial) É aquele que existe, que se determina, mas que não aparece expresso claramente. Fica implícito gra- ças ao contexto ou à desinência verbal. Observação: também é chamado sujeito oculto, terminologia hoje desusada. Maria dormia um sono profundo. Sonhava com os anjos. Não pude vir ontem Esperamos por você. Note que o sujeito do verbo sonhar é determinado pelo contexto: só pode ser “Maria” o termo com o qual o verbo concorda. Nos dois exemplos seguintes, o verbo já dá o indício do sujeito, devido à conjugação verbal: - “eu” em “pude vir”; “nós” em “esperamos”. Quando o sujeito está escrito (expresso), ele pode ter um núcleo ou mais. Se tem um núcleo é dito sujei- to simples; se tem mais de um, sujeito composto. Eu não pude vir ontem. (suj. simples) Vós não quisestes vir. (suj. simples) Todos compareceram à festa. (suj. sim- ples) O assassino não escolheu a vítima. (suj. sim- ples) Ambos saíram com os pais. (suj. simples) O não-ser corrói-me a alma. (suj. simples) Você e ele não sairão sozinhos. (suj. composto) O pai e a filha viveram aqui por um ano. (suj. composto) Não podem estar ausentes a lua e as estrelas em nosso céu hoje. (suj. composto) Ela, o marido e a filha foram internados numa clínica de tratamento antidrogas. (suj. com- posto) Choveram rios de lágrimas em seu rosto. (suj. simples) João amanheceu cansado. (suj. simples) Observe os períodos que seguem: Isso é preciso. É preciso que se façam tais observações ra- pidamente. Predicado Sintagma verbal em si, a declaração verbal da ora- ção. Eliminando-se o sujeito, todo o resto é predicado na oração. A mulher saiu de casa ontem. A música tocava incessantemente. Encontrei os livros dentro do armário. Houve discussões desnecessárias. A classificação do predicado se dá em função de seu(s) núcleo(s). O predicado terá núcleo no- minal se dentro dele aparecer um predicativo. O predicado terá núcleo verbal se dentro dele apa- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 25 Gramática recer um verbo nocional (VTD, VTI, VI, VL). Assim, o predicado pode ser: verbal, nominal ou verbo- -nominal. Predicado verbal É aquele que só tem um núcleo: um verbo no- cional. Minha mãe chegou ontem. (VI) Os pais sempre esperam seus filhos. (VTD) Há um estranho em nossa casa. (VTD) Precisamos de cuidados. (VTI) Os professores informaram os alunos do aci- dente da diretora. (VTDI) Patrícia não está em casa. (VI) Predicado nominal Só tem um núcleo: o predicativo. Como não ocor- re núcleo verbal, o verbo só pode ser de ligação. Xexéu parecia muito cansado. (VL; “cansado” – predicativo do sujeito) Ele tornou-se um excelente arquiteto. (VL; “um excelente arquiteto” – predicativo do sujeito) Janjão era só lágrimas. (VL; “lágrimas” – predicativo do sujeito) Minha mulher é isso. (VL; isso – predicativo do sujeito) Predicado verbo-nominal Tem dois núcleos: um verbal (verbo nocional); outro nominal: o predicativo. Os alunos chegaram cansados. (VI + predicativo do sujeito) Janjão beijou sua mulher melancólico. (VTD + predicativo do sujeito) Ele assistiu ao filme entediado. (VTI + predicativo do sujeito) O professor classificou os alunos de incapa- zes. (VTD + predicativo do objeto) Xexéu chamou-me de louco. (VTD ou VTI + predicativo do objeto) A imprensa fez dele um herói. (VTD + predicativo do objeto) A mãe vestiu a filha de bruxa. (VTD + predicativo do objeto) O namoro com Melissa tornou-o um astro. (VTD + predicativo do objeto) Gosto de você nua. (VTI + predicativo do objeto) Preciso de você sadio. (VTI + predicativo do objeto) Complementos verbais Termos que complementam o sentido de verbos transitivos. Os complementos verbais são os seguin- tes sintagmas nominais: o objeto direto e o objeto indireto. Objeto direto é o complemento de um VTD e, portanto, é subordinado ao verbo. Objeto indireto é o complemento de um VTI e, portanto, é subordinado ao verbo. No caso de VTDIs, ocorrem os dois objetos simultaneamente. a. Objeto direto Comprei o carro. Gostaria de vê-los agora. Ela fumou um cigarro fedorento. Ela bebeu um uísque vagabundo. Observe os dois exemplos abaixo: Quero isso. Quero que vocês venham à festa amanhã. Objeto direto preposicionado é o complemento preposicionado de um VTD. O objeto direto preposi- cionado não aparece aleatoriamente. Existem casos em que o objeto direto preposicionado é obrigatório. O que precisamos destacar é que em nenhum caso a preposição virá por uma necessidade do verbo. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 26 Gramática pronomes oblíquos tônicos só aparecem a) após preposição; portanto, toda vez que um pronome tônico vier como objeto direto, este será preposicionado. Ela acompanhou a mim. Eu não encontrei a ela. sujeito é sintagma nominal não preposiciona-b) do; portanto, sempre que houver ambiguida- de gerada por inversão da ordem natural da frase, o objeto direto virá preposicionado. Surpreenderam os aliados os inimigos. (Sentença ambígua) Surpreenderam aos aliados os inimigos. (Sentença clara) Surpreenderam os aliados aos inimigos. (Sentença clara) toda vez que a palavra “Deus” figurar como c) objeto direto, este virá preposicionado. Aqui, a preposição figura como um elemento que garante o respeito à divindade. Respeite a Deus. Não ofenda a Deus. Não podemos ver a Deus. se houver paralelismo na construção sintá-d)tica e um objeto figurar preposicionado, é de hábito preposicionar também o que lhe vier paralelo. Ama ao próximo como a ti mesmo. ocorre objeto direto preposicionado quando e) se quer dar ideia partitiva (parte do todo). Bebemos do vinho e comemos do pão. ocorre comumente objeto direto preposicio-f) nado quando as palavras “quem”, “tudo” e “todos” são o núcleo do objeto direto. A quem você procura? Esta é a mulher a quem amo. Respeitava a todos. Temia a tudo. também o objeto direto preposicionado g) está presente em construções cristalizadas no idioma. Espere por mim. De repente, ele sacou da arma. Objeto direto pleonástico é um pronome átono (me, te, se, o, a, nos, vos, se, os, as) que aparece para reforçar um objeto direto já presente na oração. A miséria, sempre a encontramos por toda parte. A ele, ela o amava bastante. Isso, não o sei. b. Objeto indireto Ela desobedeceu às regras da instituição. Ela assistiu ao último filme de seu ídolo. Gosto dessa música. Ele nunca me perguntou nada. Ela concordou comigo. Observe os dois exemplos a seguir: Ele precisava disso. Ele precisava de que o ajudassem nas tare- fas. Objeto indireto pleonástico: pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, se, lhes) que aparece para reforçar um objeto indireto já presente na oração. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 27 Gramática A mim, ela só me desobedecia. Não lhe pedíamos nada a ele. Adjunto adverbial: termo complementar circuns- tancial. É assessório, ou seja, aparece apenas para indicar uma circunstância à ação verbal. É a função própria do advérbio, das locuções e das expressões adverbiais. A maçã caiu da árvore. (lugar) Àquela hora, as opiniões eram contraditórias. (tempo) Chegamos ao colégio pontualmente. (lugar; tempo) O menino morreu de fome. (causa) Ele falou conosco sobre sua mulher. (assunto) Ele veio a pé. (meio) Ele falou com calma. (modo) Ele é um homem muito bom. Fala muito, mas fala muito bem. (intensidade) Talvez ele seja escritor. (dúvida) Queria passear contigo. (companhia) Nunca me falaram a respeito. (tempo) Cuidado Preciso do carro. (objeto indi- reto) Saí do carro. (adjunto ad- verbial) Fui ao colégio. (adjunto ad- verbial) Cheguei à casa de meu pai. (ad- junto adverbial) Observe os exemplos abaixo: O menino morreu de fome. O menino morreu porque tinha fome. Apesar do medo, enfrentei meu rival. Embora estivesse com medo, enfrentei meu rival. Agente da passiva: termo que, na voz passiva, realiza a ação verbal, já que o sujeito a sofre. Lembre- -se de que, na passagem da voz passiva para a ativa, o agente da passiva torna-se sujeito da oração. A História é feita por grandes homens. Os sindicatos são formados de trabalhadores. A mulher foi morta pelo marido. Os jovens ficam entusiasmados com essas ideias. Termo isolado da oração Vocativo: Termo que identifica o interlocutor a que se dirige. É um termo isolado da oração, pois não se subordina a nenhum outro termo. Caro amigo, recebe meus pêsames sinceros a ti. Senhor Deus, por que nos abandonastes? Desejo, minha musa, que fiques para sempre comigo. Ó Maria, onde está você? “Meu canto de morte, guerreiros, ouvi!” (Gonçalves Dias) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 28 Gramática Orações subordinadas Orações subordinadas substantivas Subjetiva Exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. É bom que você estude. Objetiva direta Exerce a função de objeto direto da oração prin- cipal. Desejo que você passe. Objetiva indireta Exerce a função de objeto indireto do verbo prin- cipal. Necessitamos de que você saia. Predicativa Exerce a função de predicativo. A verdade é que te amo. Completiva nominal Desempenha a função de complemento nominal. Tenho necessidade de que você me ame. Apositiva Desempenha a função de aposto em relação a um nome. Só te faço um pedido: que venhas logo. Agente da passiva Exerce função de agente da passiva. O trabalho foi feito por quem tinha competên- cia. Orações subordinadas adjetivas Uma oração subordinada adjetiva é introduzida por pronome relativo. Restritiva É aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Pedra que rola não cria limo. Explicativa É aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pres- suposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. A pedra, que é dura, resiste ao tempo. Orações subordinadas adverbiais As orações subordinadas adverbiais desempe- nham a função de adjunto adverbial. Causais porque, visto que, uma vez que, como. • Ela faz sucesso porque é muito inteligente. Como era muito esperto, sempre achava um jeitinho de escapar. Condicionais se, caso, a menos que, a não ser que, desde • que. Irei à festa, se vierem me buscar de carro em casa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 29 Gramática Temporais quando, enquanto, logo que, assim que, desde • que. O Paulo, quando fica sozinho com o cão do vizinho, morre de medo. Finais para (que), a fim de que. • Trabalha muito para que os filhos possam es- tudar. Comparativas como, (mais do) que, (menos do) que, quanto. • A garota era linda como uma deusa. Conformativas conforme, como, segundo. • Fiz tudo como mandaste. Consecutivas exprimem consequência – que (antecedido de • tão, tanto, tal, tamanho). O carro vinha tão depressa que atropelou uma velhinha. Proporcionais à medida que. • À medida que crescia, ia ficando cada vez mais bonita. Concessivas embora, ainda que, mesmo que, apesar de • (que), conquanto. Embora estude pouco, sempre sai bem nas provas. Orações coordenadas Há dois tipos de orações coordenadas: Orações coordenadas assindéticas São as orações que não são iniciadas por conjun- ção coordenativa. Exemplo: Entrei no carro, liguei o som, fui para casa. Orações coordenadas sindéticas São as orações iniciadas por conjunção coordena- tiva. Temos cinco orações coordenadas sindéticas. Aditivas e, nem. • É muito esforçado: estuda e trabalha. É um vagabundo: não estuda nem trabalha. Adversativas mas, porém, todavia, contudo. • Ela é muito linda, mas não arranja namorado. É uma mulher pobre, porém usa roupas de marca, carro do ano, mora numa cobertura... Alternativas ou, ora ... ora, quer ... quer. • Se vier a guerra, ou mato ou morro. Conclusivas logo, portanto, por isso, pois, então. • Você não tem experiência; então, escute. Explicativas porque, pois. • Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 30 Gramática O carro devia estar sem bateria, porque não pegava. Concordância verbal Regra geral O verbo concorda com o sujeito em número e pes- soa. Exemplo: Janjão foi ao cinema. Janjão e Xexéu foram ao cinema. Concordância verbal – casos específicos Chegar de, passar de, bastar de São expressões impessoais, logo ficam na 3.ª pes- soa do singular. Chega de mentiras. Já passa das quinze horas. Basta de reclamações. Verbos impessoais Os verbos impessoais (aqueles que não têm pri- meira, segunda ou terceira pessoa) não possuem su- jeito, por isso não seguem a regra de concordância padrão. Haver: apenas com o sentido de existir, acontecer, ocorrer Havia muitas pessoas no auditório. Houve acidentes estranhos aqui. Em locuções verbais, o verbo haver, sendo princi- pal, contamina o verbo auxiliar.Deve haver muitas pessoas no auditório. Está havendo coisas estranhas aqui. O verbo haver sem o sentido de existir, acontecer ou ocorrer, não é impessoal, seguindo então as re- gras convencionais de concordância. Os professores haviam iniciado a reunião. Fazer: quando indica tempo ou fenômeno meteorológico Faz frios rigorosos na Alemanha. Faz três anos que não nos vemos. Em locuções verbais, o verbo fazer, sendo princi- pal, contamina o verbo auxiliar. Deve fazer frios rigoros na Alemanha. Deve fazer três anos que não nos vemos. Ser Quando indica horas ou distâncias, o verbo • concordará com o numeral. Eram dezessete horas quando partiu. É 1h30min. Daqui até lá são três quilômetros. Quando indica datas, o verbo poderá ficar no • singular, concordando com a palavra dia, ou no plural, concordando com a palavra dias. Hoje são 16 de outubro. (Hoje são dezesseis dias de outubro) Hoje é 16 de outubro. (Hoje é dia dezesseis de outubro) Hoje é 1.° de julho. (Hoje é dia 1.° de outubro) Concordância com verbos na Voz Passiva Sintética e com verbos pronominais Faz-se normalmente a concordância com o sujeito da voz passiva ou do verbo pronominal. Nós nos queixamos da secretária. Vendem-se terrenos aqui. Vende-se terreno aqui. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 31 Gramática Compram-se e trocam-se livros. Anunciou-se a nova medida. Anunciaram-se as novas medidas. Pronomes Que e Quem Com o pronome que deve se observar o sujeito ante- rior; com o pronome quem há a possibilidade de dupla concordância, ou com o sujeito anterior ou com a ter- ceira pessoa do singular, em razão de “quem” significar “aquele que”. Foram eles QUE fizeram o trabalho. Fui eu QUE fiz o trabalho. Fomos nós QUEM fez o bolo. Fomos nós QUEM fizemos o bolo. Plural aparente Deve-se observar a presença ou ausência de arti- go. Com artigo: plural. Sem artigo: singular. Os Estados Unidos atacam o Irã. Estados Unidos ataca Irã. Verbos TER e VIR na terceira pessoa do singular e do plural do presente do indicativo No singular não recebem acentuação gráfica; no plu- ral, recebem acento circunflexo diferencial. Derivados (manter, conter, intervir): no singular recebem acento agudo em função de serem oxítonas terminadas em: em; no plural, recebem acento circunflexo diferencial. Eles têm a mesma idade. Ele tem a mesma idade da prima. Os professores intervêm na educação das crianças. O professor intervém na educação das crian- ças. Expressões partitivas A concordância pode dar-se com o sujeito ou com a expressão partitiva. A maioria dos eleitores votou. A maioria dos eleitores votaram. Concordância nominal Adjetivo – palavra variável que modifica o sentido de um substantivo. Expressa uma qualidade (caracte- rística) do substantivo. Advérbio – palavra invariável que modifica o sen- tido de um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Expressa uma circunstância (tempo, lugar, modo, in- tensidade etc.). Regra geral Os adjetivos, os artigos, os pronomes adjetivos e os numerais adjetivos concordam em número e gê- nero com o substantivo a que se referem. Exemplo: As duas belas meninas e seus dois espertos cachorrinhos saíram para passear no grande cemitério. De todas as classes gramaticais citadas, aquela que apresenta algumas especificidades de concor- dância é a dos adjetivos. Adjetivo anteposto a mais de um substantivo A concordância acontece com o substantivo mais próximo. Belas blusas e calçados. Belo calçado e blusa. Atenção: Quando a referência é a substanti- vos próprios o adjetivo vai para o plural. Meigas Chimene e Andrômaca. Os inseparáveis Orestes e Astíanax chega- ram. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 32 Gramática Adjetivo posposto a mais de um substantivo A concordância acontece com ambos (no masculi- no, quando há pelo menos um termo masculino), ou com o substantivo mais próximo. Comprei um casaco e uma camisa brancos. Comprei um casaco e uma camisa branca. Atenção: desde que o contexto da frase exija o adjetivo, mesmo posposto aos substantivos, con- cordará somente com o mais próximo. Andava na fazenda quando vi um boi e uma casa destelhada. Especificidades Expressões do tipo “é bom”, “é necessário”, “é proibido” O adjetivo fica invariável quando o sujeito não es- tiver indeterminado. Caso o substantivo esteja deter- minado, o adjetivo concorda com ele. Tranquilidade é necessário para realizar a pro- va. A tranquilidade é necessária para realizar a prova. Sua tranquilidade é necessária para realizar a prova. É proibido entrada de animais. É proibida a entrada de animais. Anexo, incluso, mesmo, obrigado, próprio, quite Concordam com o substantivo a que se referem, como quaisquer outros adjetivos. Foram enviados anexos os arquivos. As pastas seguem inclusas. Eles mesmos fizeram a casa. Muito obrigada, respondeu a menina. Elas próprias arrumaram a casa. Eu estou quite contigo. Observação: Anexo Quando for adjetivo, concordará com o subs- • tantivo a que se refere. Exemplo: A fotografia segue anexa ao bilhete. Quando for locução adverbial, será invariável • e será usada com a preposição em. Essa forma ocorrerá quando houver um anexo e dentro dele estiver o objeto em questão. Exemplo: Enviei as fotos em anexo. (Esta frase deixa claro que as fotos foram den- tro de um envelope, e não soltas na embala- gem, caixa etc.) Menos e alerta Como são expressões adverbiais, são invariáveis. Era menos corajosa do que nós. Os 25 alunos estavam alerta. Meio Quando adjetivo (significando “metade”) concor- da com o substantivo. Quando advérbio (significan- do “um pouco”) permanece invariável. Adjetivo Ouvimos meias verdades. Agora era meio-dia e meia (hora). Advérbio A mulher estava meio cansada. Meio enterradas estavam as ferramentas. Bastante e muito Quando adjetivos concordam com o substantivo. Quando advérbios permanecem invariáveis. Adjetivo Havia bastantes/muitas cadeiras no auditó- rio. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 33 Gramática Advérbio Estavam bastante/muito tristes. Elas eram bastante/muito espertas. Importante Se puder ser substituído por vários ou várias fica- rá no plural; se puder ser substituído por bem, ficará invariável. Exemplo: Bastantes (vários) professores ficaram bastante (bem) irritados com aquela situação. Particípios Equivalem a adjetivos, logo concordam com o substantivo a que se referem. Dadas as circunstâncias, devemos economi- zar. Vista a cena, ninguém teve dúvidas. Feitos os cálculos, nada sobrou para o empre- gado. Regência verbal A regência verbal se ocupa do estudo da relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Regência de alguns verbos a) Querer VTD = desejar: Exemplo: Eu quero a liberdade plena para todos os seres humanos. VTI= estimar, querer bem, gostar: Exemplo: Quero muito a meus pais. b) Pagar e perdoar VTD – OD = coisa: Exemplo: Pagou a dívida. VTDI – alguma coisa a alguém: Pagou a dívida ao cobrador. VTI – OI = A alguém. Pagou ao cobrador. c) Proceder VTI = “realizar”, “dar início”: Exemplo: O juiz procedeu ao inquérito. d) Assistir VTD = dar assistência: Exemplo: O governo não assistiu os flagelados. = O governo não os assistiu. VTI = presenciar (prep. a obrigatória): Exemplo: Assistimos ao filme Titanic trinta e quatro vezes. = Assistimosa ele trinta e quatro vezes. e) Aspirar VTD = cheirar, sorver ... Exemplo: Aspirei durante muito tempo fumaça de óleo die- sel. VTI = ambicionar (prep. a obrigatória): Exemplo: Luís aspira ao cargo = Luís aspira a ele. f) Visar VTD = pôr o visto: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 34 Gramática Exemplo: Esqueci-me de visar o cheque. VTD = apontar, mirar: Exemplo: Visou o olho esquerdo do mosquito. VTI = ambicionar: Exemplo: Luís visa ao cargo. = Luís visa a ele. g) Obedecer VTI Exemplo: Obedeça a seus pais. = Obedeça-Ihes. h) Responder Quando houver apenas um objeto, este terá de ser obrigatoriamente objeto indireto. Exemplo: Responda a todas as questões, marcando apenas uma alternativa. i) Implicar No sentido de acarretar é VTD. Exemplo: Passar no concurso implica sacrifícios. j) Preferir Preferir exige a preposição a. Exemplo: Prefiro o “tchan” da Scheila Carvalho ao da Carla Perez. k) Ir, voltar, chegar Solicitam as preposições a ou de ou para. Exemplo: Cheguei a casa. Fui ao cinema. l) Avisar, informar, comunicar, advertir, prevenir ... Quando VTDI (OD - coisa ou pessoa), (OI - coisa ou pessoa). Exemplo: Avisei o aluno da mudança. Avisei ao aluno a mudança. Avisei-o de que era proibido. Avisei-lhe que era proibido. m) Morar, residir, estar situado (residente, sito) Solicitam a preposição em. Exemplo: Moro em um País tropical. Sito na Rua Palmeira das Missões. n) Esquecer-se, lembrar-se / esquecer, lembrar Quando pronominais, solicitam a preposição de. Esqueça aquilo. OD Esqueça-se daquilo que eu te contei. OI Esqueceu-se do dinheiro. A preposição e os pronomes relativos No padrão culto, é preciso manter a regência de- terminada pelo verbo quando seu complemento ou modificador é um pronome relativo. Ela gosta de esporte. Esse é o esporte de que ela gosta. Ele tem direito a essa herança. Essa é a herança a que ele tem direito. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 35 Gramática Os pronomes relativos têm a função de evitar a repetição de um substantivo no mesmo período e a estruturação de frases muito curtas. Os pronomes que, quem, qual, onde e quanto são pronomes relativos substantivos, isto é, para evi- tar a repetição do substantivo numa frase podemos utilizar esses pronomes. O pronome cujo é um pronome relativo adjetivo, ou seja, acompanha um substantivo. Este pronome indica posse. Na frase, o pronome relativo cujo deve estar entre o possuidor e o possuído (algo de alguém = alguém cujo algo). Esta é a moça cuja voz ouviste há pouco. Crase Definição Crase é a contração de preposição e artigo definido feminino ou a contração de preposição e pronomes demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo”. NÃO se usa crase Antes de substantivo masculino Andar a cavalo. Vendeu a prazo. Chegou a tempo. Antes de verbo Começou a chover. Ficou a contemplar a paisagem. Antes de artigo indefinido Levou o automóvel a uma oficina. Antes de pronomes pessoais, demonstrativos ou indefinidos Dei a ela o prêmio merecido. A ninguém é lícito fugir do trabalho. Refiro-me a esta moça. Antes de expressão de tratamento introduzida pelo possessivo VOSSA ou SUA Trouxe a V. Sra. a mensagem fatal. Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte no plural Refiro-me a lendas antigas. Depois de preposições Compareceu perante a banca examinadora. A reunião foi marcada para as cinco horas. Observação excetua-se o caso da preposição a seguir: Foi até a praia ou, foi até à praia. Substituição de termo feminino por termo masculino Não ocorrendo qualquer dos casos anteriores, pode haver crase ou não. Para verificarmos, basta substituir a palavra feminina que vem após o a por um termo masculino. Feita essa substituição, três coisas podem acontecer: 1. O a transforma-se em o Releu a revista. Releu o livro. 2. O a permanece inalterado Elas estavam cara a cara. Elas estavam lado a lado. 3. O a transforma-se em “ao” Refiro-me a moça. Refiro-me ao moço Nesse caso, ocorre a fusão; portanto, temos a cra- se e o acento grave é indispensável. Refiro-me à moça. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 36 Gramática Colocação pronominal Próclise Usa-se a próclise quando houver: Conjunções Subordinativas Embora me conheçam, não agirei como es- peram. Disseram que te emprestarão o dinheiro. Pronomes Relativos, Indefinidos, Demonstra- tivos e Pessoais. O Homem que me emprestou o dinheiro é o dono da loja. Ninguém nos encontrará aqui. Isto o impressionará. Ele me ofereceu o emprego. Advérbios Certamente a vi na festa. Palavras de Negação Não nos faça voltar atrás. Jamais te iludas com ele. Nunca me aponte o dedo. Objeto Direto Invertido A casa, ontem, nos deram nossos pais. Orações Exclamativas Como se fala alto aqui! Orações Interrogativas Quem te trouxe aqui? Mesóclise Usa-se a mesóclise quando houver: Verbos no Futuro do Pretérito Dar-te-ia os livros se merecesses. Todas as crianças transformar-se-iam em gê- nios caso melhorássemos a educação. Verbos no Futuro do Presente Emprestar-me-ão o carro amanhã. Avisar-nos-ão as datas das provas. Ênclise Usa-se ênclise quando houver: Ausência de fator próclise ou mesóclise Bandidos e policiais enfrentaram-se na favela. Início de orações Disseram-me a verdade. Infinitivo (uso facultativo, mesmo com fa- tor próclise ou mesóclise) Não dizer-nos a verdade será um erro. Imperativo Dê-me os materiais agora! Pontuação O uso da vírgula Usa-se vírgula Nas enumerações.a. Era uma pessoa bonita, inteligente e simpática. Janjão possuía imóveis em Casca, Picada Café, Quintão e Presidente. Para separar orações ligadas por conjunções b. coordenativas. A prova foi fácil, mas ninguém gabaritou. Tomei uma decisão importante, por isso vou cumpri-la. Ou vocês terminam esse serviço agora, ou serão dispensados no fim do mês. Antes da conjunção “e” somente quando os c. sujeitos das duas orações forem diferentes. Chegamos cedo, e todos ficaram surpresos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 37 Gramática Os mantimentos andavam cada vez mais escassos, e doenças de várias espécies dizimavam grande parte da população. Para separar orações subordinadas adverbiais d. (desenvolvidas ou reduzidas), quando enun- ciadas antes da oração principal e adjuntos adverbiais. Aberta a sessão, o secretário abriu a ata. Visto que assim queres, faremos tua vontade. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. Havia, naquela loja, grande sortimento de livros. Fizemos, na semana passada, uma grande festa. Para isolar aposto.e. Janjão, o zagueiro, está muito fora de forma. Lula, o presidente do Brasil, é o atacante do time. Para separar ou isolar vocativo.f. Janjão, vá falar com sua avó. Gostaria de dizer-lhes, meus amigos, que nada fiz além do que era minha obrigação. Para separar quaisquer outros elementos in-g. tercalados. Os sapos, todos sabem, vivem na lagoa. O professor aceitou, isto é, tolerou a brincadeira. Ela é, além disso, excelente pintora. Veja-se, por exemplo, o que dizem os jornais de hoje. O próximo número sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. Você, com a nota deste mês, não conseguiu somar vinte pontos. Para separar orações adjetivas explicativas.h. O Fusca, que foi
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