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Apostila Gramática

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Gramática
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Sumário
Fonética .........................................................................................................................................3
Acentuação gráfica ........................................................................................................................4
Ortografia básica ............................................................................................................................5
Emprego do hífen ..........................................................................................................................6
Radicais gregos e latinos ................................................................................................................7
Formação de palavras.....................................................................................................................8
Principais prefixos ........................................................................................................................10
Principais sufixos ..........................................................................................................................11
Semântica ....................................................................................................................................12
Classes gramaticais.......................................................................................................................15
Verbos – modos e tempos ............................................................................................................19
Vozes do verbo .............................................................................................................................20
Análise sintática interna ...............................................................................................................21
Orações subordinadas ..................................................................................................................28
Orações coordenadas ...................................................................................................................29
Concordância verbal .....................................................................................................................30
Concordância nominal .................................................................................................................31
Regência verbal ............................................................................................................................33
A preposição e os pronomes relativos ..........................................................................................34
Crase ............................................................................................................................................35
Colocação pronominal .................................................................................................................36
Pontuação ....................................................................................................................................36
Discurso direto e indireto .............................................................................................................38
Figuras de linguagem ...................................................................................................................39
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3
Gramática
Fonética
Letra
É o símbolo gráfico que representa os fonemas – 
é o desenho dos fonemas. O alfabeto português é 
composto por 26 letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, 
M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z. As letras desta-
cadas são as vogais, as demais são as consoantes.
Vogal – A /a/, E /e/, O /o/
Semivogal – i /y/, U /w/
Consoante – as restantes
Fonema
É a menor unidade sonora que se pode distin-
guir em uma língua. A partir das diferentes unida-
des sonoras, conseguimos diferenciar as palavras. 
Observe:
fila / vila
pão / são
dado / fado / lado
seco / saco / soco
bola / bela
mal / mar / mel
Sílaba
É o fonema pronunciado em uma única emissão 
de voz. Ou seja:
pão – pronunciado em uma única emissão de voz, 
portanto, representa uma sílaba.
seco – pronunciado em duas emissões de voz, 
portanto, representa duas sílabas.
Fonema, Letra e Sílaba
Exemplos de identificação:
prático – 7 letras, 7 fonemas, 3 sílabas;
pena – 4 letras, 4 fonemas, 2 sílabas;
apertado – 8 letras, 8 fonemas, 4 sílabas.
Atenção 
Nem sempre o número de letras corresponde ao 
número de fonemas, nem cada fonema é represen-
tado por uma única letra e vice-versa. Observe os 
casos em que isso ocorre no português.
1.º) Dífono: quando uma letra 
representa dois fonemas.
tórax [tóraKS], sexo [seKSo]
2.º) Quando um mesmo fonema 
é representado por diferentes letras. 
Por exemplo, o fonema [z] nas palavras.
eXaminar, Zangado, caSaco
3.º) Quando uma letra é utilizada de forma 
simplesmente decorativa, devido, comumente, 
a fatores históricos. No português, isso ocorre 
com a letra “H” em início de palavras.
Homem [omem], Hoje [oje], Habitação [abitação]
4.º) Quando uma letra 
representa fonemas diferentes.
enXada – som de [x], eXcluir – som de [s], seXo – 
som de [ks], eXecutado – som de [z]
5.º) Dígrafos ou Digramas.
Quando duas letras representam um fonema. São 
dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu, qu, an, am, 
en, em, in, im, on, om, un, um. 
Observe os exemplos:
Chile – 5 letras, 4 fonemas [Xile]
sucesso – 7 letras, 6 fonemas [suceso]
apaguei – 7 letras, 6 fonemas [apagei]
ontem – 5 letras, 3 fonemas [õte]
também – 6 letras, 4 fonemas [tãbe]
nascer – 6 letras, 5 fonemas [naSer]
desço – 5 letras, 4 fonemas [deSo]
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4
Gramática
exceção – 7 letras, 6 fonemas [eSesão]
ninho – 5 letras, 4 fonemas [niÑo]
Encontros consonantais
Além dos dígrafos, existem mais dois tipos de en-
contros consonantais.
Perfeitos – consoante + r ou l, na mesma sílaba: 
PRa / to, FLa / min / go.
Imperfeitos – sílabas separadas: aM / Bos, aD / 
Vo / ga / do.
Importante 
Encontros consonantais que começam palavras 
não são separados. Exemplo: Psi /co/ lo / gi /a, PNeu, 
PNeu / mo / ni / a. Sublinhar – sub / li / nhar , abrupto 
– ab / rup / to.
Encontros vocálicos
Há três tipos de encontros vocálicos.
Ditongo
Crescentes – semivogal (i, u) e vogal (a, e, o) na 
mesma sílaba: Fábio, sábia, profícuo.
Decrescentes – vogal e semivogal na mesma síla-
ba: foi, mau, sabeis.
Tritongo
Semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba: 
Uruguai, quais, averiguei.
Hiato
Encontro de 2 vogais em sílabas diferentes (+ de 
uma emissão de voz): cair, baú, álcool.
Acentuação gráfica
Acentuação da sílaba tônica
Todas as palavras são acentuadas tonicamente, 
isto é, uma de suas sílabas é pronunciada mais for-
temente. 
Exemplo:
Caderno – a sílaba pronunciada com mais força é 
“der” – essa é a sílaba tônica. 
As palavras proparoxítonas têm como sílaba tôni-
ca a antepenúltima, as paroxítonas, a penúltima e as 
oxítonas a última. Entretanto, algumas palavras ne-
cessitam de acento gráfico em sua sílaba tônica. Isso 
se deve ao fato de essas palavras saírem do padrão 
natural de pronúncia da Língua Portuguesa – 80% 
das palavras de nossa língua são paroxítonas, como 
as palavras lua, bola, cabeça, espelho etc.
Utilidade do acento gráfico
Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba 
de determinada palavra do padrão natural de pro-
núncia para outro diferente. 
Exemplo:
Também– observe a diferença comparando com fa-
zem e pedem; biquíni – compare com escrevi, rubi.
Aplicação do acento gráfico
Todas as palavras 1. proparoxítonas levam 
acento gráfico.
Exemplo:
Fórmula, pêssego, prático, máquina, tática, aca-
dêmico etc.
 Aqui se inserem os vocábulos paroxítonos ter-
minados em ditongo crescente (ea, eo, ia, ie, 
io, ao, ua, ue), por se considerar, para fins de 
acentuação, que estas palavras são proparoxí-
tonas relativas ou eventuais.
Exemplo:
Fêmea, núcleo, ciência, superfície, prêmio, mágoa, 
água, tênue.
Por serem mais comuns as palavras 2. paroxíto-
nas terminadas em a(s), e(s), o(s), em e ens, 
estas não recebem acento gráfico, já as paro-
xítonas com outras terminações como l, n, r, 
x, ps, ã(s), ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns, u, 
us, receberão o acento gráfico.
Exemplo:
Fica, lume, lobo, limpem, parabéns / hábil, táxi, jóquei, 
tênis, repórter, hífen, prótons – a partir dessa distri-
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5
Gramática
buição se estabelecerá, então, a acentuação gráfica 
das oxítonas: a inversão da regra. Ou seja:
Palavras
a(s), e(s), o(s), 
em*, ens*
O resto
Oxítonas Sim Não
Paroxítonas Não Sim
* Palavras com mais de uma sílaba.
Exemplo:
André, conhecê-lo, chulé, Marabá, jiló.
Ditongos3. – acentuam-se os ditongos eu(s), 
oi(s), ei(s) quando forem abertos, com exce-
ção das palavras paroxítonas.
Exemplo:
chapéu, troféu, herói, constrói, ideia, pastéis, epo-
peia, jiboia etc.
Hiatos4. – as vogais i e u recebem acento agu-
do sempre que formam hiato com a vogal an-
terior e ficam sozinhas na sílaba ou com s. 
Exemplo:
Baú, raízes, gaúcho, ruído, caíste.
Cuidado 
Não se acentua hiato seguido de nh. Exemplo: rai-
nha, tainha, ventoinha.
Não se acentuam mais os hiatos que tenham 
como antecedente ditongos decrescentes como em 
boiuna e baiuca.
Não há acento agudo quando o i e o u formam 
ditongo e não hiato: gratuito, fortuito, intuito etc.
Não há acento agudo quando as vogais i e u não 
estão isoladas nas sílabas: ca-iu, ra-iz, ru-im.
Monossílabos tônicos5. – acentuam-se os mo-
nossílabos tônicos terminados em a, e e o.
Exemplo:
 pá, fé, pó.
Acentos diferenciais6. – servem para distin-
guir duas palavras que são grafadas da mes-
ma forma. 
Observe os exemplos dos vocábulos que são 
acentuados:
pôr (verbo infinitivo), por (preposição).
pôde (pret. perf.), pode (pres. ind.).
tem e vem (3.a p. sing), têm, vêm (3.a p. pl.).
Intervêm, contêm, mantêm (3.a p. pl), para 
diferenciar de intervém, contém, mantém 
(3.a p. sing., acentuados por regra) – e de-
mais derivados de ter e vir.
Ortografia básica
G ou J
-agem, -igem, -ugem1. / -ágio, -égio, -ígio, 
-ógio, -úgio são grafados com g: garagem, 
viagem (substantivo), fuligem, ferrugem, pe-
dágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio 
etc.
Após 2. a inicial usa-se ge ou gi: agitar, agente, 
agenda, agência etc.
Observação: ajeitar deriva de jeito.
Palavras derivadas de outras com 3. j: sujo/sujei-
ra, laranja/laranjeira, loja/lojista.
Verbos terminados em 4. jar: arranje, suje, viaje, 
viajem, enferrujem etc.
X ou CH
Após ditongo, usa-se 1. x: peixe, paixão, desleixo, 
caixa, faixa etc.
Após 2. en inicial aplica-se x: enxada, enxaque-
ca, enxame, enxuto, enxugar etc.
Observação: encher deriva de cheio, encharcar, 
de charco.
Palavras estrangeiras aportuguesadas: xampu 3. 
(shampoo), xerife (sheriff).
Palavras indígenas, africanas, sem tradição 4. 
escrita: xavante, xangô, xique-xique, Erexim, 
muxoxo, caxambu, abacaxi etc.
Observação: esses tipos de vocábulos serão 
sempre grafados com x, ç, j.
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6
Gramática
Exemplo:
jiboia, Juçara, Paraguaçu, muçurana etc.
Após 5. me, emprega-se x: México, mexerica, 
mexilhão, mexer, mexerico.
Exceção: mecha.
S ou Z
Usa-se1. s nos sufixos -ês, -esa (para indicação 
de nacionalidade, título, origem), -ense, -oso, 
-osa (formadores de adjetivos), -isa (indica-
dor de ocupação feminina): chinês, burguesa, 
catarinense, amoroso, perigosa, sacerdotisa.
Após ditongos, usa-se 2. s: coisa, causa, Neusa, 
Eusébio, náusea.
Usa-se 3. Z nos sufixos -ez, -eza (formadores de 
substantivos abstratos a partir de adjetivos), 
-izar (formador de verbos), -zação (formador 
de substantivos): rígido, rigidez; belo, beleza; 
civilizar, civilização, realizar, realização.
S, C, Ç e X ou SC, SÇ, SS, XC e XS
Correlação gráfica entre 1. nd e ns na formação 
de substantivos a partir de verbos: ascender, 
ascensão; distender, distensão; pretender, 
pretensão; tender, tensão; estender, exten-
são.
Correlação gráfica entre 2. ced e cess em nomes 
formados a partir de verbos: ceder, cessão; 
conceder, concessão; exceder, excessivo; 
aceder, acesso.
Correlação gráfica entre -3. ter e -tenção em 
nomes formados a partir de verbos: abster, 
abstenção; ater, atenção; conter, conten-
ção; deter, detenção; reter, retenção.
Grafia dos porquês
Por que
Quando puder ser substituído por pelo qual ou 
equivaler a por que razão (motivo). É usado para fa-
zer perguntas.
O motivo por que voltei é segredo.
Por que você voltou?
Não sabemos por que ele voltou.
Por quê
Quando for marcada pausa por qualquer sinal de 
pontuação. Final de frase.
Sabes por quê? Eu sei por quê.
Porquê
Quando estiver substantivado pelos determinan-
tes o, um, meu, este, algum, qualquer.
Todos temos os nossos porquês.
Não sei o porquê disso.
Porque
Usado nas respostas, equivale a conjunção (pois, 
porquanto, uma vez que).
Ela não respondeu porque não quis.
Emprego do hífen
Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Ante, anti, arqui, auto, contra, 
extra, infra, intra, micro, neo, 
proto, pseudo, semi, sobre, supra 
e ultra.
Antes de h e nas formações em 
que o prefixo termina na mesma 
vogal com que se inicia o segundo 
elemento.
Anti-inflamatório, anti-herói, ar-
qui-inimigo, auto-observação, 
contra-ataque, intra-abdominal, 
micro-ônibus, proto-histórico, 
neo-humanismo, semi-interno, 
supra-hepático, sobre-humano, 
sobre-excelente.
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7
Gramática
Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Super, hiper e inter. Antes de h e r. Super-homem, hiper-hidrose, inter-
regional.
Pan e circum. Antes de h, vogal, m ou n. Pan-americano, pan-negritude, 
circum-adjacente, circum-murado, 
circum-hospitalar.
Mal. Antes de h e vogal. Mal-humorado, malquerer (mal- 
-querido, porém), mal-educado.
Aquém, além, bem, ex, sem, grã, 
grão, pré, pós, pró e recém.
Sempre. Aquém-fronteiras, ex-namorado, pós-
graduação, pró-paz, grã-duquesa, 
recém-casado, sem-vergonha, sem-
cerimônia, pré-vestibular, pré-adoles-
cente, grão-mestre, grão-duque, bem- 
-ajambrado, bem-vindo, além- 
-túmulo, além-país. (Exceções: 
predef inir, predeterminado, 
predispor, predizer, preexistir).
Ad, ab, ob e sob. Antes de r. Ad-rogar, ab-rogar, ob-repção, 
sob-roda.
Sub. Antes de r, b e h. Sub-reitor, sub-bibliotecário, sub-
humano ou subumano, sub-he-
pático.
Para, co. Aglutina-se com o segundo ele-
mento.
Parachoque, paraquedas, paraque-
dista, coautor, coeditor.
Não se emprega o hífen nos compos-
tos em que o prefixo ou falso prefixo 
termina em vogal e o segundo ele-
mento começa por vogal diferente.
Autoafirmação, autoajuda, auto-
aprendizagem, contraexemplo, 
extraescolar, intrauterino, neoex-
pressionista, semiaberto, suprao-
cular, ultraelevado.
Não se emprega o hífen nos com-
postos em que o prefixo ou falso 
prefixo termina em vogal e o 
segundo elemento começa por r 
ou s, devendo essas consoantes seduplicarem.
Antessala, antirreumático, arquir-
rival, sobressair, sobressalente, 
sobressaltar, ultrarromântico, ul-
trassonografia, suprarrenal, su-
prassensível.
Radicais gregos e latinos
Principais radicais gregos
Aero – AR
Antropo – HUMANO
Arquia – GOVERNO
Auto – A SI MESMO
Bio – VIDA
Cali – BELO
Cosmo – ESPAÇO
Cromo – COR
Crono – TEMPO
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8
Gramática
Cracia – PODER
Demo – POVO
Derma – PELE
Dromo – PISTA
Etno – RAÇA
Fono – VOZ
Foto – LUZ
Fobia – MEDO
Fagia – COMER
Gamo – RELAÇÃO
Geo – TERRA
Grafia – ESCRITA
Hemo – SANGUE
Hetero – DIFERENTE
Hidro – ÁGUA
Homo – IGUAL
Lito – PEDRA
Logo – QUE ESTUDA / PALAVRA
Macro – GRANDE
Micro – PEQUENO
Miso – AVERSÃO
Mono – UM
Neo – NOVO
Orto – CORRETO
Poli – MUITOS
Potamos – RIO
Proto – À FRENTE
Pseudo – FALSO
Pan – TUDO
Pato – DOENÇA
Piro – FOGO
Psique – ALMA/MENTE
Quilo – MIL
Scopia – INVESTIGAÇÃO
Teo – DEUS
Termo – TEMPERATURA
Topo – LUGAR
Tele – DISTANTE
Terapia – TRATAMENTO
Teca – CONJUNTO
Tanatos – MORTE
Zoo – ANIMAL
Principais radicais latinos
Agri – CAMPO
Cor – COR
Cida – QUE MATA
Cola – HABITANTE
Bi(s) – DUAS VEZES
Equi – IGUAL
Fugo – FUGA/ESCAPE
Igni – FOGO
Loco – LUGAR
Multi – MUITOS
Oni – TUDO
Semi – METADE
Sesqui – UMA VEZ E MEIA
Rus – CAMPO
Tri – TRÊS
Urbs – CIDADE
Voro – COMER
Formação de palavras
Família de palavras
Conjunto de palavras que possuem o mesmo ra-
dical.
GOVERNar
GOVERNo
GOVERNador
GOVERNável
desGOVERNado
GOVERNabilidade
GOVERNante
desGOVERNo
Processos de formação de palavras
Há dois processos de formação de palavras na Lín-
gua Portuguesa: formação por derivação e forma-
ção por composição.
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9
Gramática
Derivação
Formação de nova palavra mediante acréscimo de 
afixo.
Derivação prefixal
Formação de nova palavra mediante acréscimo de 
prefixo.
Termo Primitivo Derivação Prefixal
Escola Pré-escola
Feliz Infeliz
Legal Ilegal
Derivação sufixal
Formação de nova palavra mediante acréscimo de 
sufixo.
Termo Primitivo Derivação Sufixal
Feliz Felizmente
Legal Legalidade
Suave Suavizar
Nervo Nervoso
Derivação prefixal e sufixal
Formação de nova palavra mediante acréscimo de 
prefixo e sufixo em sequência.
Termo Primitivo
Derivação Prefixal 
e Sufixal
Feliz Infelizmente
Cumprir Descumprimento
Legal Ilegalidade
Derivação parassintética
Formação de nova palavra mediante acréscimo si-
multâneo de prefixo e sufixo.
Termo Primitivo Derivação Parassintética
Noite Anoitecer
Beleza Embelezar
Termo Primitivo Derivação Parassintética
Velho Envelhecer
Alma Desalmado
Corrente Acorrentado
Derivação regressiva (ou deverbal)
Formação de nova palavra mediante decréscimo 
de um sufixo ou de desinências do radical.
Termo Primitivo Derivação Regressiva
Debater Debate
Cantar Canto
Recuar Recuo
Perder Perda
Atacar Ataque
Derivação imprópria
Formação de nova palavra mediante modificação 
da classe morfológica original em função do contex-
to frasal.
Não aceito um não como resposta. (substantivo)
Aristides tinha um falar complicado. (substantivo)
Dou-lhe esta carta rosa. (adjetivo)
Composição
Formação de nova palavra mediante associação 
de dois ou mais radicais simples.
Há dois processos de composição: composição 
por justaposição e composição por aglutinação.
Composição por justaposição
Os radicais componentes da composição mantêm 
sua integridade sonora.
Justaposição Radicais
Porco-espinho Porco e espinho
Passatempo Passa e tempo
Girassol Gira e sol
Beija-flor Beija e flor
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10
Gramática
Composição por aglutinação
Os radicais componentes da composição não 
mantêm sua integridade sonora.
Aglutinação Radicais Simples
Vinagre Vinho acre
Aguardente Água ardente
Embora Em boa hora
Fidalgo Filho de algo
Outros processos 
de formação de palavras
Composição erudita 
Composição com radicais de mesma origem.
Composição Origem
Locomotiva Loco (latim) e motiva (latim)
Biologia Bio (grego) e logia (grego)
Retilíneo Reti (latim) e líneo (latim)
Hibridismo
Derivação ou composição através de radicais de 
diferentes idiomas.
Hibridismo Origem
Automóvel Auto (grego) e móvel (latim)
Burocracia Buro (francês) e cracia (grego)
Televisão Tele (grego) e visão (português)
Sociologia Sócio (latim) e logia (grego)
Redução vocabular
Diminuição do tamanho da palavra por abrevia-
ção, abreviatura ou sigla.
Abreviação Origem
Cinema Cinematógrafo
Moto Motocicleta
Foto Fotografia
Abreviatura Origem
Subst. Substantivo
Adj. Adjetivo
Sigla Origem
UFRGS Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul
ONU Organização das Nações Unidas
PT Partido dos Trabalhadores
Sida (Aids) Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida
Onomatopeia
Representação de sons e ruídos através da escrita.
Exemplos: 
Tique-taque, quero-quero, bem-te-vi, miau etc.
Principais prefixos
a – AUSÊNCIA1. 
ante – ANTES2. 
anti – OPOSTO3. 
com – COMPANHIA4. 
contra – CONTRÁRIO5. 
de – MOVIMENTO PARA BAIXO6. 
des – MOVIMENTO CONTRÁRIO7. 
epi – EXTERNO8. 
ex (com hífen) – ESTADO ANTERIOR9. 
ex – MOVIMENTO PARA FORA10. 
extra – ACIMA DE11. 
eu – BOM/BEM12. 
hiper – EXCESSO13. 
hipo – ESCASSEZ14. 
in – NEGAÇÃO15. 
in – MOVIMENTO PARA DENTRO16. 
inter – ENTRE17. 
pré – ANTES18. 
pró – A FAVOR/À FRENTE19. 
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11
Gramática
re – REPETIÇÃO/MOVIMENTO PARA TRÁS20. 
retro – MOVIMENTO PARA TRÁS21. 
super – ACIMA DE22. 
trans – ATRAVÉS DE23. 
sub – ABAIXO24. 
vice – SUBSTITUTO25. 
ultra – ALÉM DE26. 
Principais sufixos
Sufixos que formam 
substantivos de verbos
Agente
Verbo Substantivo
Navegar Navegante
Agredir Agressor
Contar Contador
Amar Amante
Combater Combatente
Ação
Verbo Substantivo
Trair Traição
Suar Suadouro
Ferir Ferimento
Concorrer Concorrência
Lugar
Verbo Substantivo
Viver Viveiro
Matar Matadouro
Beber Bebedouro
Laborar Laboratório
Sufixos que formam 
substantivos de adjetivos
Adjetivo Substantivo
Belo Beleza
Árido Aridez
Doce Doçura
Bom Bondade
Rápido Rapidez
Honesto Honestidade
Sufixos que formam 
adjetivos de substantivos
Substantivo Adjetivo
Horror Horrível
Barba Barbudo
Terror Terrível
Horizonte Horizontal
Perigo Perigoso
Gosto Gostoso
Sufixos que formam 
advérbios de adjetivos
Adjetivo Advérbio
Rápido Rapidamente
Feliz Felizmente
Luxuoso Luxuosamente
Geral Geralmente
Obstinado Obstinadamente
Particular Particularmente
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12
Gramática
Sufixos que formam 
adjetivos de verbos
Verbo Adjetivo
Justificar Justificável
Compreender Compreensível
Suportar Suportável
Sofrer Sofrível
Sufixos que formam verbos
Classe Primitiva Verbo
Civil Civilizar
Flor Florescer
Duro Endurecer
Manhã Amanhecer
Real Realizar
Semântica
Semântica (sema = “sentido”) é a ciência que 
estuda a significação das palavras e das senten-
ças.
O signo linguístico verbal 
(a palavra escrita ou falada)
Signo linguístico é uma estrutura mínima linguís-
tica constituída por duas partes: significante e signi-
ficado.
Significante
Parte perceptíveldo signo linguístico, constituída 
de sons que podem ser representados por letras. É 
também classificado como plano de expressão.
Significado
Parte inteligível do signo linguístico, constituída 
de um conceito. É também classificado como plano 
de conteúdo.
Polissemia
A polissemia (poli = “muitos”; sema = “sentido”) 
acontece quando um plano de expressão (signifi-
cante) é suporte para mais de um plano de conteú-
do (significado).
Exemplo:
A palavra “linha”.
Acabou a linha para costura.
Os jogadores formaram uma linha de ataque 
fulminante.
O capiau manteve a linha durante a janta.
Tua linha de raciocínio é muito elaborada para 
mim.
Vocês jogam na linha; eu, no gol.
Qual linha de ônibus devo pegar para ir ao Igua-
temi?
É importante salientar que a polissemia é geral-
mente neutralizada pelo falante ou pelo redator atra-
vés da definição de um determinado contexto.
Contexto
Contexto é uma unidade linguística de âmbito 
maior, na qual se insere outra de âmbito menor. Des-
sa forma:
Palavra < Contexto da Frase 
< Contexto do Parágrafo 
< Contexto Textual
Portanto, todo significado é definido pelo contex-
to. A esse constante processo linguístico chamamos 
de significado contextual.
Denotação x Conotação
Denotação
Conceito de origem, significação básica da pala-
vra, sentido oficial do signo linguístico.
Conotação
Significação derivada, acréscimo de significado, 
readaptação de sentido do signo linguístico.
Sinonímia
Identificação de significado entre duas palavras.
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13
Gramática
Xexéu e Janjão encontraram a tartaruguinha em-
baixo da geladeira.
Xexéu e Janjão acharam a tartaruguinha embaixo 
da geladeira.
Antonímia
Incompatibilidade de significado entre duas pala-
vras.
Janjão é alto e gordo.
Xexéu é baixo e magro.
Ambiguidade
Duplicidade de sentido.
Janjão disse a Xexéu que seu pai não comparecerá 
à reunião.
O mendigo bateu na velhinha com a bengala.
Atacaram os bandidos os policiais.
Acarretamento
Quando uma significação permite que consiga-
mos inferir outra. Há dois tipos de acarretamento: 
hiponímia e hiperonímia.
Hiponímia
Relação entre uma palavra de sentido mais espe-
cífico com uma outra de sentido mais abrangente, 
genérico.
Hiperonímia
Relação entre uma palavra de sentido mais abran-
gente, genérico com uma outra de sentido mais es-
pecífico.
Janjão gosta de sair com seu labrador. (hiponí-
mia)
Janjão gosta de sair com seu cão. (hiperonímia)
Deslize
Uso inadequado de uma significação dentro de 
um determinado contexto.
Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o 
problema estava no fuzil queimado. (impropriedade)
Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o 
problema estava no fusível queimado.
Homonímia x Paronímia
Homônimos
São vocábulos que se pronunciam da mesma for-
ma, mas que diferem no sentido. Podem ter grafia 
e pronúncia idênticas: são (santo), são (sadio) e são 
(verbo ser).
Parônimos
São os vocábulos que apresentam certa semelhan-
ça de grafia e de pronúncia, mas que têm significado 
diferente, tais como ratificar e retificar.
Exemplos de Homônimos e Parônimos
acender: ligar, pôr fogo •
ascender: subir •
acento: sinal gráfico •
assento: local próprio para sentar-se •
a princípio: inicialmente •
em princípio: teoricamente •
acerca de: sobre •
a cerca de: proximidade (distância) •
há cerca de: referência a tempo •
afim: semelhante •
a fim (de): finalidade •
amoral: indiferente à moral •
imoral: contrário à moral •
ao encontro de: a favor •
de encontro a: contra •
ao invés de: ao contrário de •
em vez de: no lugar de •
à-toa: sem vergonha (adjunto adnominal) •
à toa: sem rumo (adjunto adverbial de modo) •
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14
Gramática
casual: por acaso •
causal: indica causa •
cassar: anular •
caçar: perseguir •
cavaleiro: homem a cavalo •
cavalheiro: homem gentil •
censo: contagem •
senso: juízo •
cessão: ato ou efeito de ceder •
sessão: reunião •
secção ou seção: parte de um todo •
comprimento: medida •
cumprimento: saudação, ato ou efeito de cum- •
prir
concerto: sessão musical, harmonização •
conserto: ato de arrumar •
cozer: cozinhar •
coser: costurar •
delatar: denunciar •
dilatar: ampliar •
descrição: ato ou efeito de descrever •
discrição: modéstia •
despercebido: desatento, não notado •
desapercebido: desprovido •
emergir: subir à tona •
imergir: afundar •
eminente: importante •
iminente: próximo de acontecer •
emigrar: que sai de lugar •
imigrar: que entra em lugar •
estada: permanência de pessoa •
estadia: permanência de veículo •
flagrante: evidência •
fragrante: aromático •
fosforescente: pouco luminoso •
florescente: florido •
fluorescente: luminoso •
incipiente: iniciante •
insipiente: ignorante •
infligir: aplicar pena •
infringir: transgredir •
mandato: delegação de poder •
mandado: ordem judicial •
prescrever: determinar, regular •
proscrever: desterrar, abolir •
ratificar: confirmar •
retificar: corrigir •
sustar: suspender •
suster: manter •
tachar: censurar, acusar de defeito •
taxar: regular preço •
tráfego: movimentação de veículos •
tráfico: negócio ilícito •
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Gramática
Classes gramaticais
Substantivo
Nomeia seres, coisas (subst. concretos) e ideias 
(subst. abstratos). 
Exemplo:
Casa, homem, lobo, livro, liberdade, beleza.
Flexões: gênero, número e grau.
Tipos de substantivos
Substantivos concretos e substantivos abstratos
Concretos: casa, cadeira, homem, Pedro, Deus, 
alma, fada, gnomo.
Abstratos: beleza, esperança, verdade, justiça, 
bondade, nudez, vontade.
Ele vive da plantação de cana. (abstrato = ato de 
plantar)
A plantação de cana pegou fogo. (concreto = 
canavial)
Substantivos comuns e substantivos próprios
Comuns: cidade, homem, cachorro, santo, rio.
Próprios: Porto Alegre, George, Tóbi, Antônio, 
Guaíba.
Substantivos primitivos e 
substantivos derivados
Primitivos: caça, cabeça, roupa, maçã.
Derivados: caçador, cabeceira, roupinha, macieira.
Substantivos simples e 
substantivos compostos
Simples: caça, cabeça, roupa, maçã.
Compostos: caça-níquel, quebra-cabeça, guarda- 
-roupa, banana-maçã.
Substantivos coletivos
O arquipélago japonês é ameaçado por terre-
motos.
(conjunto de ilhas)
O céu tem oitenta e oito constelações.
(conjuntos de estrelas)
A banda terminou de tocar.
(conjunto de músicos)
Gêneros
Substantivos biformes
São aqueles que apresentam uma forma para 
cada gênero.
menino menina
cantor cantora
papa papisa
imperador imperatriz
boi vaca
homem mulher
peixe-boi peixe-mulher
Substantivos uniformes
São aqueles que apresentam uma única forma 
para os dois sexos. Dividem-se em comuns-de-dois 
gêneros, epicenos e sobrecomuns.
Comum-de-dois gêneros
É aquele que apresenta uma única forma para os 
dois sexos, mas cujo gênero se distingue pela presen-
ça de um determinante, como o artigo.
o/a estudante o/a jornalista
o/a chefe o/a sem-terra
o/a atleta o/a jovem
Epicenos
São substantivos de um só gênero que se refe-
rem a ambos os sexos; nesse caso, o sexo pode ser 
diferenciado pela presença das palavras macho e 
fêmea.
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Gramática
o jacaré (gênero masculino)
o jacaré macho (sexo masculino)
o jacaré fêmea (sexo feminino)
a cobra(gênero feminino)
a cobra macho (sexo masculino)
a cobra fêmea (sexo feminino)
Sobrecomuns
São os que só têm um gênero e se referem a am-
bos os sexos. Nesse caso, o sexo só é definido no 
contexto.
a criança (gênero feminino)
a testemunha (gênero feminino)
o membro (gênero masculino)
o cônjuge (gênero masculino)
Há casos em que a mudança de gênero de um 
substantivo acarreta mudança em seu significado. 
Observe os contextos abaixo.
A cabeça lhe doía. (parte do corpo)
O cabeça do grupo foi preso. (líder, chefe)
A capital estava em chamas. (cidade principal)
O capital não foi suficiente. (dinheiro)
A caixa estava aberta. (recipiente)
O caixa estava aberto. (atendente, cobrador)
Há casos de substantivos cujo gênero costuma va-
cilar sobretudo na linguagem coloquial. Devem ser 
consultados para a escrita formal.
São masculinos:
o champanha ou
o champanhe
o guaraná
o soprano
o dó
o lança-perfume
o contralto
São femininos:
a sentinela a aluvião a crisma
a dinamite a alface a bacanal
a cal a agravante a atenuante
a xérox ou
a xerox
Flexão
Flexão dos substantivos compostos
Regra geral
Flexionam-se os dois elementos que compõem o 
substantivo.
tenente-coronel tenentes-coronéis
navio-fantasma navios-fantasmas
guarda-florestal guardas-florestais
couve-flor couves-flores
quadro-negro quadros-negros
sexta-feira sextas-feiras
Exceções
Pluraliza-se apenas o primeiro quando o segundo 
limita o significado do primeiro.
banana-prata bananas-prata
peixe-espada peixes-espada
salário-família salários-família
licença-maternidade licenças-maternidade
navio-escola navios-escola
pombo-correio pombos-correio
Pluraliza-se o primeiro elemento quando o substan-
tivo composto tem entre dois substantivos uma prepo-
sição.
pé-de-moleque pés-de-moleque
mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça
copo-de-leite (flor) copos-de-leite
Pluraliza-se apenas o segundo elemento quando o 
primeiro for verbo ou termo invariável.
guarda-chuva guarda-chuvas
guarda-sol guarda-sóis
sempre-viva sempre-vivas
abaixo-assinado abaixo-assinados
vice-presidente vice-presidentes
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Gramática
Adjetivo
Indica qualidade ou estado dos seres, modifican-
do o substantivo. 
Exemplo:
inteligente, rápido, feio, loira, magra etc.
Flexões: gênero, número e grau.
Flexão dos adjetivos 
compostos
Flexiona-se em gênero e em número apenas o úl-
timo elemento.
evento ibero-americano conferência ibero- 
-americana
eventos ibero- 
-americanos
conferências ibero- 
-americanas
terno amarelo-escuro camisa amarelo-escura
ternos amarelo-escuros camisas amarelo- 
-escuras
caos político-econômico situação político- 
-econômica
sapato vermelho-claro meia vermelho-clara
sapatos vermelho-claros meias vermelho-claras
Exceções
Adjetivo composto tendo substantivo como o 
último elemento, não ocorrerá nenhuma flexão
terno azul-piscina camisa azul-piscina
ternos azul-piscina camisas azul-piscina
colete amarelo-abóbora gravata amarelo- 
-abóbora
coletes amarelo- 
-abóbora
gravatas amarelo- 
-abóbora
Adjetivos de formação 
“cor-de-substantivo” são invariáveis
cinto cor-de-rosa meia cor-de-rosa
cintos cor-de-rosa meias cor-de-rosa
Adjetivos azul-marinho e 
azul-celeste nunca se flexionam
cinto azul-marinho meia azul-marinho
cintos azul-marinho meias azul-marinho
Adjetivo surdo-mudo flexiona ambos os elementos
homem surdo-mudo mulher surda-muda
homens surdos-mudos mulheres -surdas-mudas
Advérbio
Exprime uma circunstância (tempo, intensidade, 
lugar etc.), modificando o adjetivo ou outro advérbio.
Exemplo:
Ontem, aqui, muito, somente.
Flexões: grau (em alguns).
Verbos
Indica um processo – ação, estado ou fenômeno 
da natureza – situando – em função do tempo.
Flexões: modo, tempo, número, pessoa, voz.
Artigo
Antecede o substantivo, indicando seu gênero e 
número, determinando-o ou generalizando-o. Os ar-
tigos definidos são: o(s), a(s). Os artigos indefinidos 
são: um, uma, uns, umas.
Flexões: gênero e número.
Conjunção
Estabelece ligação entre termos de mesma função 
e orações. 
Exemplo:
Porém (conectivo de orações sindéticas coordena-
das adversativas).
Flexões: não flexiona.
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Gramática
Interjeição
Exprime apelo, emoções súbitas ou sentimentos. 
Palavra-frase. 
Exemplo:
Cuidado!, Socorro!, Verdade?, Tchau!
Flexões: não flexiona.
Numeral
Denota a quantidade, ordenação ou proporção 
dos seres. 
Exemplo:
Três, terceiro, terço, triplo.
Flexões: gênero, número, grau (alguns).
Tipos de numeral
Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco etc.
Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, 
quinto etc.
Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntu-
plo etc.
Fracionários: meio, terço.
Pronome
Acompanha ou substitui o nome.
Flexões: gênero, número, pessoa, caso.
Tipos de pronomes
Retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Oblíquos: me, te, se, nos...
Possessivos: meu, teu, seu, nosso...
Demonstrativos: este, esse, aquele...
Indefinidos: algum, nenhum, alguém, tudo, 
nada...
Interrogativos: qual, quem, o quê...
Relativos: que, quem, qual, quanto, como, cujo, 
onde.
Preposição
Liga termos de uma oração. Serve para estabele-
cer relações entre os termos. Dividem-se em:
Preposições essenciais 
(funcionam apenas como preposições)
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, en-
tre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Preposições acidentais 
(palavras de outras classes gramaticais 
que podem funcionar como preposições)
como, segundo, exceto, salvo, menos, afora, me-
diante, fora etc.
Flexões: não flexionam.
Pronomes regidos por preposição
Pronomes Pessoais Retos
1.a pessoa Eu, Nós
2.a Pessoa Tu, Vós
3.a pessoa Ele(s), Ela(s)
Pronomes Pessoais Oblíquos
Pess. e n.° Átonos Tônicos
1.a pess. sing. Me Mim
2.a pess. sing. Te Ti
3.a pess. sing. O, a,lhe Ele, ela
1.a pess. pl. Nos Nós
2.a pess. pl. Vos Vós
3.a pess. pl. Os, as, lhes Eles, elas
Também são pronomes pessoais oblíquos se, si, 
comigo, contigo, consigo, conosco. Não foram in-
cluídos na tabela por serem sempre reflexivos.
Regra I – as preposições essenciais regem prono-
mes pessoais oblíquos tônicos.
Exemplo:
Levei o presente para ti.
Estamos falando de mim e ti.
Faça isso por nós. (esse nós é oblíquo, não é o 
pessoal, de mesma grafia).
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19
Gramática
Regra II – as preposições acidentais regem pro-
nomes pessoais retos. São preposições acidentais: 
conforme, consoante, segundo, durante, mediante, 
como, salvo, fora, que.
Exemplo:
Quando eu crescer, quero ser como tu.
Incluam todos exceto eu.
Todos agirão conforme eu e ele mandarmos. 
(esse ele não é o oblíquo tônico, de mesma grafia)
Cuidado 
Somente os pronomes pessoais retos podem ser 
sujeito, os pronomes pessoais oblíquos serão sem-
pre complemento.
Verbos – modos e tempos
a) Modo indicativo
Expressa certeza, realidade ou verdade.
Pretérito Perfeito
cant ei
cant aste
cant ou
cant amos
cant astes
cant aram
Pretérito Imperfeito
cant ava
cant avas
cant ava
cant ávamos
cant áveis
cant avam
Pretérito Mais-que-perfeito
cant ara
cant aras
cant ara
cant áramos
cant áreis
cant aram
Futuro do Pretérito
cant aria
cant arias
cant aria
cant aríamos
cant aríeis
cant ariam
Futuro do Presente
cant arei
cant arás
cant ará
cant aremos
cant areis
cant arão
Presente
cant o
cant as
canta
cant amos
cant ais
cant am
b) Modo subjuntivo
Expressa dúvida, possibilidade, incerteza, hipótese.
Presente
cant e
cant es
cant e
cant emos
cant eis
cant em
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20
Gramática
Pretérito Imperfeito
cant asse
cant asses
cant asse
cant ássemos
cant ásseis
cant assem
Futuro
cant ar
cant ares
cant ar
cant armos
cant ardes
cant arem
c) Modo imperativo
Expressa uma ordem, pedido, súplica ou con-
selho.
Afirmativo Negativo
Estuda tu Não estudes tu
Estude você Não estude você
Estudemos nós Não estudemos nós
Estudai vós Não estudeis vós
Estudem vocês Não estudem vocês
Vozes do verbo
Ativa
Quando o sujeito pratica a ação indicada pelo 
verbo.
O vendaval destelhou as casas.
Passiva
Quando o sujeito sofre (ou recebe) a ação indica-
da pelo verbo.
As casas foram destelhadas pelo vento.
Reflexiva
Quando o sujeito pratica e sofre a ação indicada 
pelo verbo.
A moça se feriu com um canivete.
Recíproca
Quando há um sujeito que representa dois agentes 
e pacientes um do outro.
Os cães morderam-se na disputa pelo osso.
Passagem da voz ativa para passiva
Veja:
O professor examinou as provas.
 sujeito verbo obj. direto
As provas foram examinadas pelo professor.
 sujeito verbo agente da passiva
Procedimento
O objeto direto passa a ser o sujeito.a. 
O sujeito passa à função de agente da pas-b. 
siva.
O verbo se desdobra, numa forma composta, c. 
formada pelo verbo ser (ir, estar), no mesmo 
tempo do verbo da ativa, e o seu próprio 
particípio.
Outros termos que não 
sejam sujeito, verbo e objeto
No dia de Natal, com muito carinho, Paulo enviou 
para a noiva um buquê de flores e um cartão.
No dia de Natal, com muito carinho, um buquê de 
flores e um cartão foram enviados por Paulo para a 
noiva.
Conclusão
Outros termos que eventualmente houver na ora-
ção permanecem.
Formas verbais compostas
Pedrinho devia estar distribuindo os convites.
Os convites deviam estar sendo distribuídos por 
Pedrinho.
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21
Gramática
Conclusão
Apenas o último componente da forma verbal 
composta é desdobrado.
Os demais permanecem com eventuais adapta-
ções de concordância.
Pronomes pessoais
Tu me convidarás.
Eu serei convidado por ti.
Conclusão
Os pronomes passam do caso reto para o oblíquo 
e vice-versa, sempre que isso for necessário.
Observação importante 
Uma oração só pode passar para a voz passiva 
quando tiver objeto direto.
Observe as frases:
Não podemos continuar a agir assim. •
Nas últimas semanas, a garota parecia preocu- •
pada.
Naquela casa, costumam ocorrer coisas estra- •
nhas.
Conclusão
Como não há objeto direto, nenhuma pode ser 
passada para voz passiva.
Análise sintática interna
Análise dos diferentes papéis que os termos pos-
suem em uma determinada oração.
Termos da oração
Classificação tradicional 
(sugerida pela NGB)
Termos essenciais da oração: sujeito, predica-
do e predicativo (figuram usualmente na oração).
Termos integrantes da oração: objeto direto, 
objeto indireto, complemento nominal e agente 
da passiva (constituem a oração mediante o apa-
recimento de outro termo).
Termos acessórios da oração: adjunto adno-
minal, adjunto adverbial, aposto e vocativo* (são 
dispensáveis na estrutura da oração).
*O vocativo é um termo isolado da oração, pois não se liga a 
nenhum outro termo dela.
Para tornar nossas análises mais claras, faremos 
outro tipo de abordagem no estudo dos termos da 
oração.
Classificação a ser usada
Termos associados ao nome: adjunto adnomi-
nal, aposto, predicativo e complemento nominal.
Termos associados ao verbo: sujeito, predica-
do, objeto direto, objeto indireto, agente da passi-
va e adjunto adverbial.
Termo isolado da oração: vocativo.
Termos associados ao nome
Adjunto Adnominal
Termo satélite do núcleo do sintagma nominal. 
É um termo subordinado ao núcleo a que se refere. 
É a função própria dos artigos, dos pronomes ad-
jetivos, dos numerais adjetivos, dos adjetivos e das 
locuções adjetivas.
O aluno responsável estuda.
 
As mulheres do Rio de Janeiro são muito bonitas.
 
Aqueles assuntos não foram abordados.
Dois problemas atingiam o Governo.
Observe agora os exemplos que seguem:
1. O aluno interessado estuda.
 
2. O aluno que tem interesse estuda.
 
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22
Gramática
Predicativo
Termo atributivo de estados, de qualidades e de modos de ser dos substantivos, o qual não se liga a eles 
de maneira adjunta. O predicativo é um termo subordinado ao nome a que se refere. Pode ser um sintagma 
nominal, um sintagma adjetival ou um sintagma preposicional.
Ele é inteligente. (S. Adj. – Predicativo do Sujeito)
 
Ele é um homem inteligente. (S.N. – Predicativo do Sujeito)
 
O predicativo pode se referir ao sujeito ou ao objeto.
Ele é louco. (Predicativo do Sujeito)
 
Chamei-o de louco. (Predicativo do Objeto)
 
O juiz considerou o réu inocente. (Predicativo do Objeto)
 
Qual a possível ambiguidade em cada uma das frases abaixo?
O juiz considerou o réu inocente.
O marido viu a esposa em prantos.
Mariana encontrou a casa suja.
Observe agora os períodos que seguem:
Nosso problema é esse.
 
Nosso problema é que eles não se entendem.
 
Complemento nominal
Termo complementar de sentido do nome. Assim como há verbos transitivos, há nomes transitivos, que 
requerem complemento. Estes são sempre abstratos. O complemento nominal pode complementar o sentido 
de um adjetivo, de um advérbio, ou de um substantivo, sempre com auxílio de preposição.
Era fiel aos amigos. (CN de adjetivo)
 
Agia independentemente de princípios. (CN de advérbio)
 
Tinha necessidade de apoio. (CN de substantivo abstrato)
 
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23
Gramática
Agora observe os seguintes exemplos:
O amor de mãe é eterno. (adjunto adnomi-
nal) 
O amor à mãe é eterno. (complemento nomi-
nal) 
Observe os períodos que seguem:
Janjão tinha necessidade disso. 
 
Janjão tinha necessidade de que o ajudas-
sem. 
Aposto
Termo que tem a função de explicar, especificar, 
explicitar, resumir, enumerar, identificar outro termo 
já expresso na oração. É um termo subordinado ao 
núcleo nominal a que se refere e é acessório, ou seja, 
sua presença não é obrigatória para estrutura frasal. 
Existem vários tipos de aposto. Para fins didáticos, 
vamos estudar um a um.
O aposto explicativo é um sintagma nominal 
que dá uma explicação a um núcleo de sintagma 
nominal.
A primavera, estação do amor e das flores, 
começou ontem. (aposto explicativo)
Luís, sujeito inescrupuloso, veio pedir-me a 
mão de minha filha. (aposto explicativo)
O aposto especificativo particulariza e identifica 
o termo a que se refere.
O presidente Lula participou de um debate 
ontem. (aposto especificativo)
A cidade de São Paulo estava alagada. (apos-
to especificativo)
A Avenida Paulista é o coração comercial do 
Brasil. (aposto especificativo)
Hoje é dia três de maio. (aposto especifica-
tivo)
O aposto enumerativo introduz uma enumera-
ção, uma listagem de elementos contidos em deter-
minado núcleo da frase.
Tudo lhe trazia tristezas: a sala, o quarto, a 
cama,os lençóis, os móveis, o cigarro e o ca-
chorro. (aposto enumerativo)
O aposto resumitivo ou recapitulativo introduz 
uma síntese de elementos enumerados em determi-
nado núcleo da frase.
A sala, o quarto, a cama, os lençóis, os mó-
veis, o cigarro, o cachorro, tudo lhe trazia tris-
tezas. (aposto resumitivo)
Observe os períodos que seguem:
Só lhe peço uma coisa: isso. 
 
Só lhe peço uma coisa: que me deixe em 
paz. 
Termos associados ao verbo
Sujeito
Termo sobre o qual é feita uma declaração verbal 
e com o qual o verbo concorda. Está ligado ao verbo 
e, portanto, é subordinado a ele.
O homem encontrou a esposa na praia.
Eu não compareci à festa.
O sujeito é o sintagma nominal fundamental na 
oração. Vimos que só não têm sujeito os verbos di-
tos impessoais. Quando eles aparecem, diz-se que há 
oração sem sujeito.
Choveu muito ontem.
Fazia um calor insuportável naquela manhã de 
domingo.
Amanheceu.
Está uns dez graus agora.
Fez cinco graus na serra gaúcha.
Havia pessoas insatisfeitas com o resultado do 
jogo.
Não houve muitos festivais de música nessa 
década.
Haverá muitos acidentes nesse feriadão.
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24
Gramática
Faz quinze anos que não o vejo.
Não venho a Minas Gerais há quinze anos.
São vinte e duas horas.
Deviam ser umas sete horas.
É dia quinze de abril.
Passou das dez.
Basta de discussão!
“Chega de saudade...”
Se o verbo não é impessoal, o sujeito existe e pode 
ser determinado ou indeterminado.
Sujeito indeterminado
É aquele que existe, mas que se desconhe-
ce, seja por não se conhecer o autor da ação ver-
bal, seja por não se querer sua menção. Vimos 
que, em português, há duas maneiras de se in-
determinar o sujeito: com o verbo na terceira 
pessoa do plural sem contexto; ou na terceira pessoa 
do singular acompanhado do índice de indetermina-
ção do sujeito se.
Falaram mal de você na festa.
Encontraram uma galinha no quintal.
Precisa-se de funcionários.
Não se chegou a lugar algum.
Sujeito elíptico (ou desinencial)
É aquele que existe, que se determina, mas que 
não aparece expresso claramente. Fica implícito gra-
ças ao contexto ou à desinência verbal.
Observação: também é chamado sujeito oculto, 
terminologia hoje desusada.
Maria dormia um sono profundo. Sonhava 
com os anjos.
Não pude vir ontem
Esperamos por você.
Note que o sujeito do verbo sonhar é determinado 
pelo contexto: só pode ser “Maria” o termo com o 
qual o verbo concorda. Nos dois exemplos seguintes, 
o verbo já dá o indício do sujeito, devido à conjugação 
verbal: - “eu” em “pude vir”; “nós” em “esperamos”.
Quando o sujeito está escrito (expresso), ele pode 
ter um núcleo ou mais. Se tem um núcleo é dito sujei-
to simples; se tem mais de um, sujeito composto.
Eu não pude vir ontem. (suj. simples)
Vós não quisestes vir. (suj. simples)
Todos compareceram à festa. (suj. sim-
ples)
O assassino não escolheu a vítima. (suj. sim-
ples)
Ambos saíram com os pais. (suj. simples)
O não-ser corrói-me a alma. (suj. simples)
Você e ele não sairão sozinhos. (suj. composto)
O pai e a filha viveram aqui por um ano. (suj. 
composto)
Não podem estar ausentes a lua e as estrelas 
em nosso céu hoje. (suj. composto)
Ela, o marido e a filha foram internados 
numa clínica de tratamento antidrogas. (suj. com-
posto)
Choveram rios de lágrimas em seu rosto. (suj. 
simples)
João amanheceu cansado. (suj. simples)
Observe os períodos que seguem:
Isso é preciso.
É preciso que se façam tais observações ra-
pidamente.
Predicado
Sintagma verbal em si, a declaração verbal da ora-
ção. Eliminando-se o sujeito, todo o resto é predicado 
na oração.
A mulher saiu de casa ontem.
A música tocava incessantemente.
Encontrei os livros dentro do armário.
Houve discussões desnecessárias.
A classificação do predicado se dá em função 
de seu(s) núcleo(s). O predicado terá núcleo no-
minal se dentro dele aparecer um predicativo. O 
predicado terá núcleo verbal se dentro dele apa-
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25
Gramática
recer um verbo nocional (VTD, VTI, VI, VL). Assim, 
o predicado pode ser: verbal, nominal ou verbo- 
-nominal.
Predicado verbal
É aquele que só tem um núcleo: um verbo no-
cional.
Minha mãe chegou ontem. (VI)
Os pais sempre esperam seus filhos. (VTD)
Há um estranho em nossa casa. (VTD)
Precisamos de cuidados. (VTI)
Os professores informaram os alunos do aci-
dente da diretora. (VTDI)
Patrícia não está em casa. (VI)
Predicado nominal
Só tem um núcleo: o predicativo. Como não ocor-
re núcleo verbal, o verbo só pode ser de ligação.
Xexéu parecia muito cansado.
(VL; “cansado” – predicativo do sujeito)
Ele tornou-se um excelente arquiteto.
(VL; “um excelente arquiteto” – predicativo do 
sujeito)
Janjão era só lágrimas.
(VL; “lágrimas” – predicativo do sujeito)
Minha mulher é isso.
(VL; isso – predicativo do sujeito)
Predicado verbo-nominal
Tem dois núcleos: um verbal (verbo nocional); 
outro nominal: o predicativo.
Os alunos chegaram cansados.
(VI + predicativo do sujeito)
Janjão beijou sua mulher melancólico.
(VTD + predicativo do sujeito)
Ele assistiu ao filme entediado.
(VTI + predicativo do sujeito)
O professor classificou os alunos de incapa-
zes.
(VTD + predicativo do objeto)
Xexéu chamou-me de louco.
(VTD ou VTI + predicativo do objeto)
A imprensa fez dele um herói.
(VTD + predicativo do objeto)
A mãe vestiu a filha de bruxa.
(VTD + predicativo do objeto)
O namoro com Melissa tornou-o um astro.
(VTD + predicativo do objeto)
Gosto de você nua.
(VTI + predicativo do objeto)
Preciso de você sadio.
(VTI + predicativo do objeto)
Complementos verbais
Termos que complementam o sentido de verbos 
transitivos. Os complementos verbais são os seguin-
tes sintagmas nominais: o objeto direto e o objeto 
indireto. Objeto direto é o complemento de um 
VTD e, portanto, é subordinado ao verbo. Objeto 
indireto é o complemento de um VTI e, portanto, é 
subordinado ao verbo. No caso de VTDIs, ocorrem os 
dois objetos simultaneamente.
a. Objeto direto
Comprei o carro.
Gostaria de vê-los agora.
Ela fumou um cigarro fedorento.
Ela bebeu um uísque vagabundo.
Observe os dois exemplos abaixo:
Quero isso.
Quero que vocês venham à festa amanhã.
Objeto direto preposicionado é o complemento 
preposicionado de um VTD. O objeto direto preposi-
cionado não aparece aleatoriamente. Existem casos 
em que o objeto direto preposicionado é obrigatório. 
O que precisamos destacar é que em nenhum caso a 
preposição virá por uma necessidade do verbo.
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26
Gramática
pronomes oblíquos tônicos só aparecem a) 
após preposição; portanto, toda vez que um 
pronome tônico vier como objeto direto, 
este será preposicionado.
Ela acompanhou a mim.
Eu não encontrei a ela.
sujeito é sintagma nominal não preposiciona-b) 
do; portanto, sempre que houver ambiguida-
de gerada por inversão da ordem natural da 
frase, o objeto direto virá preposicionado.
Surpreenderam os aliados os inimigos.
(Sentença ambígua)
Surpreenderam aos aliados os inimigos.
(Sentença clara)
Surpreenderam os aliados aos inimigos.
(Sentença clara)
toda vez que a palavra “Deus” figurar como c) 
objeto direto, este virá preposicionado. Aqui, 
a preposição figura como um elemento que 
garante o respeito à divindade.
Respeite a Deus.
Não ofenda a Deus.
Não podemos ver a Deus.
se houver paralelismo na construção sintá-d)tica e um objeto figurar preposicionado, é 
de hábito preposicionar também o que lhe 
vier paralelo.
Ama ao próximo como a ti mesmo.
ocorre objeto direto preposicionado quando e) 
se quer dar ideia partitiva (parte do todo).
Bebemos do vinho e comemos do pão.
ocorre comumente objeto direto preposicio-f) 
nado quando as palavras “quem”, “tudo” e 
“todos” são o núcleo do objeto direto.
A quem você procura?
Esta é a mulher a quem amo.
Respeitava a todos.
Temia a tudo.
também o objeto direto preposicionado g) 
está presente em construções cristalizadas 
no idioma.
Espere por mim.
De repente, ele sacou da arma.
Objeto direto pleonástico é um pronome átono 
(me, te, se, o, a, nos, vos, se, os, as) que aparece para 
reforçar um objeto direto já presente na oração.
A miséria, sempre a encontramos por toda 
parte.
A ele, ela o amava bastante.
Isso, não o sei.
b. Objeto indireto
Ela desobedeceu às regras da instituição.
Ela assistiu ao último filme de seu ídolo.
Gosto dessa música.
Ele nunca me perguntou nada.
Ela concordou comigo.
Observe os dois exemplos a seguir:
Ele precisava disso.
Ele precisava de que o ajudassem nas tare-
fas.
Objeto indireto pleonástico: pronome átono 
(me, te, se, lhe, nos, vos, se, lhes) que aparece para 
reforçar um objeto indireto já presente na oração.
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27
Gramática
A mim, ela só me desobedecia.
Não lhe pedíamos nada a ele.
Adjunto adverbial: termo complementar circuns-
tancial. É assessório, ou seja, aparece apenas para 
indicar uma circunstância à ação verbal. É a função 
própria do advérbio, das locuções e das expressões 
adverbiais.
A maçã caiu da árvore. (lugar)
Àquela hora, as opiniões eram contraditórias. 
(tempo)
Chegamos ao colégio pontualmente. (lugar; 
tempo)
O menino morreu de fome. (causa)
Ele falou conosco sobre sua mulher. (assunto)
Ele veio a pé. (meio)
Ele falou com calma. (modo)
Ele é um homem muito bom. Fala muito, mas 
fala muito bem. (intensidade)
Talvez ele seja escritor. (dúvida)
Queria passear contigo. (companhia)
Nunca me falaram a respeito. (tempo)
Cuidado 
Preciso do carro. (objeto indi-
reto)
Saí do carro. (adjunto ad-
verbial)
Fui ao colégio. (adjunto ad-
verbial)
Cheguei à casa de meu pai. (ad-
junto adverbial)
Observe os exemplos abaixo:
O menino morreu de fome.
O menino morreu porque tinha fome.
Apesar do medo, enfrentei meu rival.
Embora estivesse com medo, enfrentei meu 
rival.
Agente da passiva: termo que, na voz passiva, 
realiza a ação verbal, já que o sujeito a sofre. Lembre- 
-se de que, na passagem da voz passiva para a ativa, 
o agente da passiva torna-se sujeito da oração.
A História é feita por grandes 
homens.
Os sindicatos são formados de 
trabalhadores.
A mulher foi morta pelo marido.
Os jovens ficam entusiasmados 
com essas ideias.
Termo isolado da oração
Vocativo: 
Termo que identifica o interlocutor a que se dirige. 
É um termo isolado da oração, pois não se subordina 
a nenhum outro termo.
Caro amigo, recebe meus pêsames sinceros a 
ti.
Senhor Deus, por que nos abandonastes?
Desejo, minha musa, que fiques para sempre 
comigo.
Ó Maria, onde está você?
“Meu canto de morte, guerreiros, ouvi!” 
(Gonçalves Dias)
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28
Gramática
Orações subordinadas
Orações subordinadas substantivas
Subjetiva
Exerce a função de sujeito do verbo da oração 
principal.
É bom que você estude.
Objetiva direta
Exerce a função de objeto direto da oração prin-
cipal.
Desejo que você passe.
Objetiva indireta
Exerce a função de objeto indireto do verbo prin-
cipal.
Necessitamos de que você saia.
Predicativa
Exerce a função de predicativo.
A verdade é que te amo.
Completiva nominal
Desempenha a função de complemento nominal.
Tenho necessidade de que você me ame.
Apositiva
Desempenha a função de aposto em relação a um 
nome.
Só te faço um pedido: que venhas logo.
Agente da passiva
Exerce função de agente da passiva.
O trabalho foi feito por quem tinha competên-
cia.
Orações subordinadas adjetivas
Uma oração subordinada adjetiva é introduzida 
por pronome relativo.
Restritiva
É aquela que restringe ou particulariza o nome a 
que se refere.
Pedra que rola não cria limo.
Explicativa
É aquela que não restringe nem particulariza o 
nome a que se refere. Indica uma propriedade pres-
suposta como pertinente a todos os elementos do 
conjunto a que se refere.
A pedra, que é dura, resiste ao tempo.
Orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais desempe-
nham a função de adjunto adverbial.
Causais
porque, visto que, uma vez que, como. •
Ela faz sucesso porque é muito inteligente.
Como era muito esperto, sempre achava um 
jeitinho de escapar.
Condicionais
se, caso, a menos que, a não ser que, desde •
que.
Irei à festa, se vierem me buscar de carro em 
casa.
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29
Gramática
Temporais
quando, enquanto, logo que, assim que, desde •
que.
O Paulo, quando fica sozinho com o cão do 
vizinho, morre de medo.
Finais
para (que), a fim de que. •
Trabalha muito para que os filhos possam es-
tudar.
Comparativas
como, (mais do) que, (menos do) que, quanto. •
A garota era linda como uma deusa.
Conformativas
conforme, como, segundo. •
Fiz tudo como mandaste.
Consecutivas 
exprimem consequência – que (antecedido de •
tão, tanto, tal, tamanho).
O carro vinha tão depressa que atropelou uma 
velhinha.
Proporcionais
à medida que. •
À medida que crescia, ia ficando cada vez mais 
bonita.
Concessivas
embora, ainda que, mesmo que, apesar de •
(que), conquanto.
Embora estude pouco, sempre sai bem nas 
provas.
Orações coordenadas
Há dois tipos de orações coordenadas:
Orações coordenadas assindéticas
São as orações que não são iniciadas por conjun-
ção coordenativa.
Exemplo:
Entrei no carro, liguei o som, fui para casa.
Orações coordenadas sindéticas
São as orações iniciadas por conjunção coordena-
tiva. Temos cinco orações coordenadas sindéticas.
Aditivas
e, nem. •
É muito esforçado: estuda e trabalha.
É um vagabundo: não estuda nem trabalha.
Adversativas
mas, porém, todavia, contudo. •
Ela é muito linda, mas não arranja namorado.
É uma mulher pobre, porém usa roupas de 
marca, carro do ano, mora numa cobertura...
Alternativas
ou, ora ... ora, quer ... quer. •
Se vier a guerra, ou mato ou morro.
Conclusivas
logo, portanto, por isso, pois, então. •
Você não tem experiência; então, escute.
Explicativas
porque, pois. •
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30
Gramática
O carro devia estar sem bateria, porque não 
pegava.
Concordância verbal
Regra geral
O verbo concorda com o sujeito em número e pes-
soa.
Exemplo:
Janjão foi ao cinema.
Janjão e Xexéu foram ao cinema.
Concordância verbal – 
casos específicos
Chegar de, passar de, bastar de
São expressões impessoais, logo ficam na 3.ª pes-
soa do singular.
Chega de mentiras.
Já passa das quinze horas.
Basta de reclamações.
Verbos impessoais
Os verbos impessoais (aqueles que não têm pri-
meira, segunda ou terceira pessoa) não possuem su-
jeito, por isso não seguem a regra de concordância 
padrão.
Haver: apenas com o sentido 
de existir, acontecer, ocorrer
Havia muitas pessoas no auditório.
Houve acidentes estranhos aqui.
Em locuções verbais, o verbo haver, sendo princi-
pal, contamina o verbo auxiliar.Deve haver muitas pessoas no auditório.
Está havendo coisas estranhas aqui.
O verbo haver sem o sentido de existir, acontecer 
ou ocorrer, não é impessoal, seguindo então as re-
gras convencionais de concordância.
Os professores haviam iniciado a reunião.
Fazer: quando indica tempo 
ou fenômeno meteorológico
Faz frios rigorosos na Alemanha.
Faz três anos que não nos vemos.
Em locuções verbais, o verbo fazer, sendo princi-
pal, contamina o verbo auxiliar.
Deve fazer frios rigoros na Alemanha.
Deve fazer três anos que não nos vemos.
Ser
Quando indica horas ou distâncias, o verbo •
concordará com o numeral.
Eram dezessete horas quando partiu.
É 1h30min.
Daqui até lá são três quilômetros.
Quando indica datas, o verbo poderá ficar no •
singular, concordando com a palavra dia, ou no 
plural, concordando com a palavra dias.
Hoje são 16 de outubro. (Hoje são dezesseis 
dias de outubro)
Hoje é 16 de outubro. (Hoje é dia dezesseis de 
outubro)
Hoje é 1.° de julho. (Hoje é dia 1.° de outubro)
Concordância com verbos na Voz Passiva 
Sintética e com verbos pronominais
Faz-se normalmente a concordância com o sujeito 
da voz passiva ou do verbo pronominal.
Nós nos queixamos da secretária.
Vendem-se terrenos aqui.
Vende-se terreno aqui.
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31
Gramática
Compram-se e trocam-se livros.
Anunciou-se a nova medida.
Anunciaram-se as novas medidas.
Pronomes Que e Quem
Com o pronome que deve se observar o sujeito ante-
rior; com o pronome quem há a possibilidade de dupla 
concordância, ou com o sujeito anterior ou com a ter-
ceira pessoa do singular, em razão de “quem” significar 
“aquele que”.
Foram eles QUE fizeram o trabalho.
Fui eu QUE fiz o trabalho.
Fomos nós QUEM fez o bolo.
Fomos nós QUEM fizemos o bolo.
Plural aparente
Deve-se observar a presença ou ausência de arti-
go. Com artigo: plural. Sem artigo: singular.
Os Estados Unidos atacam o Irã.
Estados Unidos ataca Irã.
Verbos TER e VIR na terceira pessoa do 
singular e do plural do presente do indicativo
No singular não recebem acentuação gráfica; no plu-
ral, recebem acento circunflexo diferencial. Derivados 
(manter, conter, intervir): no singular recebem acento 
agudo em função de serem oxítonas terminadas em: 
em; no plural, recebem acento circunflexo diferencial.
Eles têm a mesma idade.
Ele tem a mesma idade da prima.
Os professores intervêm na educação das 
crianças.
O professor intervém na educação das crian-
ças.
Expressões partitivas
A concordância pode dar-se com o sujeito ou com 
a expressão partitiva.
A maioria dos eleitores votou.
A maioria dos eleitores votaram.
Concordância nominal
Adjetivo – palavra variável que modifica o sentido 
de um substantivo. Expressa uma qualidade (caracte-
rística) do substantivo.
Advérbio – palavra invariável que modifica o sen-
tido de um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. 
Expressa uma circunstância (tempo, lugar, modo, in-
tensidade etc.).
Regra geral
Os adjetivos, os artigos, os pronomes adjetivos e 
os numerais adjetivos concordam em número e gê-
nero com o substantivo a que se referem.
Exemplo:
As duas belas meninas e seus dois espertos 
cachorrinhos saíram para passear no grande 
cemitério.
De todas as classes gramaticais citadas, aquela 
que apresenta algumas especificidades de concor-
dância é a dos adjetivos.
Adjetivo anteposto 
a mais de um substantivo
A concordância acontece com o substantivo mais 
próximo.
Belas blusas e calçados.
Belo calçado e blusa.
Atenção: Quando a referência é a substanti-
vos próprios o adjetivo vai para o plural.
Meigas Chimene e Andrômaca.
Os inseparáveis Orestes e Astíanax chega-
ram.
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32
Gramática
Adjetivo posposto 
a mais de um substantivo
A concordância acontece com ambos (no masculi-
no, quando há pelo menos um termo masculino), ou 
com o substantivo mais próximo.
Comprei um casaco e uma camisa brancos.
Comprei um casaco e uma camisa branca.
Atenção: desde que o contexto da frase exija o 
adjetivo, mesmo posposto aos substantivos, con-
cordará somente com o mais próximo.
Andava na fazenda quando vi um boi e uma 
casa destelhada.
Especificidades
Expressões do tipo “é bom”, 
“é necessário”, “é proibido”
O adjetivo fica invariável quando o sujeito não es-
tiver indeterminado. Caso o substantivo esteja deter-
minado, o adjetivo concorda com ele.
Tranquilidade é necessário para realizar a pro-
va.
A tranquilidade é necessária para realizar a 
prova.
Sua tranquilidade é necessária para realizar a 
prova.
É proibido entrada de animais.
É proibida a entrada de animais.
Anexo, incluso, mesmo, obrigado, próprio, quite
Concordam com o substantivo a que se referem, 
como quaisquer outros adjetivos.
Foram enviados anexos os arquivos.
As pastas seguem inclusas.
Eles mesmos fizeram a casa.
Muito obrigada, respondeu a menina.
Elas próprias arrumaram a casa.
Eu estou quite contigo.
Observação: Anexo
Quando for adjetivo, concordará com o subs- •
tantivo a que se refere.
Exemplo:
A fotografia segue anexa ao bilhete.
Quando for locução adverbial, será invariável •
e será usada com a preposição em. Essa forma 
ocorrerá quando houver um anexo e dentro dele 
estiver o objeto em questão.
Exemplo:
Enviei as fotos em anexo.
(Esta frase deixa claro que as fotos foram den-
tro de um envelope, e não soltas na embala-
gem, caixa etc.)
Menos e alerta
Como são expressões adverbiais, são invariáveis.
Era menos corajosa do que nós.
Os 25 alunos estavam alerta.
Meio
Quando adjetivo (significando “metade”) concor-
da com o substantivo. Quando advérbio (significan-
do “um pouco”) permanece invariável.
Adjetivo
Ouvimos meias verdades.
Agora era meio-dia e meia (hora).
Advérbio
A mulher estava meio cansada.
Meio enterradas estavam as ferramentas.
Bastante e muito
Quando adjetivos concordam com o substantivo. 
Quando advérbios permanecem invariáveis.
Adjetivo
Havia bastantes/muitas cadeiras no auditó-
rio.
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33
Gramática
Advérbio
Estavam bastante/muito tristes.
Elas eram bastante/muito espertas.
Importante 
Se puder ser substituído por vários ou várias fica-
rá no plural; se puder ser substituído por bem, ficará 
invariável.
Exemplo:
Bastantes (vários) professores ficaram bastante 
(bem) irritados com aquela situação.
Particípios
Equivalem a adjetivos, logo concordam com o 
substantivo a que se referem.
Dadas as circunstâncias, devemos economi-
zar.
Vista a cena, ninguém teve dúvidas.
Feitos os cálculos, nada sobrou para o empre-
gado.
Regência verbal
A regência verbal se ocupa do estudo da relação 
que se estabelece entre os verbos e os termos que os 
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) 
ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
Regência de alguns verbos
a) Querer
VTD = desejar:
Exemplo:
Eu quero a liberdade plena para todos os seres 
humanos.
VTI= estimar, querer bem, gostar:
Exemplo:
Quero muito a meus pais.
b) Pagar e perdoar
VTD – OD = coisa:
Exemplo:
Pagou a dívida.
VTDI – alguma coisa a alguém:
Pagou a dívida ao cobrador. VTI – OI = A alguém.
Pagou ao cobrador.
c) Proceder
VTI = “realizar”, “dar início”:
Exemplo:
O juiz procedeu ao inquérito.
d) Assistir
VTD = dar assistência:
Exemplo:
O governo não assistiu os flagelados. = O governo 
não os assistiu.
VTI = presenciar (prep. a obrigatória):
Exemplo:
Assistimos ao filme Titanic trinta e quatro vezes. = 
Assistimosa ele trinta e quatro vezes.
e) Aspirar
VTD = cheirar, sorver ...
Exemplo:
Aspirei durante muito tempo fumaça de óleo die-
sel.
VTI = ambicionar (prep. a obrigatória):
Exemplo:
Luís aspira ao cargo = Luís aspira a ele.
f) Visar
VTD = pôr o visto:
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34
Gramática
Exemplo:
Esqueci-me de visar o cheque.
VTD = apontar, mirar:
Exemplo:
Visou o olho esquerdo do mosquito.
VTI = ambicionar:
Exemplo:
Luís visa ao cargo. = Luís visa a ele.
g) Obedecer
VTI
Exemplo:
Obedeça a seus pais. = Obedeça-Ihes.
h) Responder
Quando houver apenas um objeto, este terá de ser 
obrigatoriamente objeto indireto.
Exemplo:
Responda a todas as questões, marcando apenas 
uma alternativa.
i) Implicar
No sentido de acarretar é VTD.
Exemplo:
Passar no concurso implica sacrifícios.
j) Preferir
Preferir exige a preposição a.
Exemplo:
Prefiro o “tchan” da Scheila Carvalho ao da Carla 
Perez.
k) Ir, voltar, chegar
Solicitam as preposições a ou de ou para.
Exemplo:
Cheguei a casa.
Fui ao cinema.
l) Avisar, informar, 
comunicar, advertir, prevenir ...
Quando VTDI (OD - coisa ou pessoa), (OI - coisa 
ou pessoa).
Exemplo:
Avisei o aluno da mudança.
Avisei ao aluno a mudança.
Avisei-o de que era proibido.
Avisei-lhe que era proibido.
m) Morar, residir, 
estar situado (residente, sito)
Solicitam a preposição em.
Exemplo:
Moro em um País tropical. Sito na Rua Palmeira 
das Missões.
n) Esquecer-se, lembrar-se / 
esquecer, lembrar
Quando pronominais, solicitam a preposição de.
Esqueça aquilo.
 OD
Esqueça-se daquilo que eu te contei.
 OI
Esqueceu-se do dinheiro.
A preposição e os 
pronomes relativos
No padrão culto, é preciso manter a regência de-
terminada pelo verbo quando seu complemento ou 
modificador é um pronome relativo.
Ela gosta de esporte.
Esse é o esporte de que ela gosta.
Ele tem direito a essa herança.
Essa é a herança a que ele tem direito.
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35
Gramática
Os pronomes relativos têm a função de evitar a 
repetição de um substantivo no mesmo período e a 
estruturação de frases muito curtas.
Os pronomes que, quem, qual, onde e quanto 
são pronomes relativos substantivos, isto é, para evi-
tar a repetição do substantivo numa frase podemos 
utilizar esses pronomes.
O pronome cujo é um pronome relativo adjetivo, ou 
seja, acompanha um substantivo. Este pronome indica 
posse.
Na frase, o pronome relativo cujo deve estar entre 
o possuidor e o possuído (algo de alguém = alguém 
cujo algo).
 Esta é a moça cuja voz ouviste há pouco. 
Crase
Definição
Crase é a contração de preposição e artigo definido 
feminino ou a contração de preposição e pronomes 
demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo”.
NÃO se usa crase
Antes de substantivo masculino
Andar a cavalo.
Vendeu a prazo.
Chegou a tempo.
Antes de verbo
Começou a chover.
Ficou a contemplar a paisagem.
Antes de artigo indefinido
Levou o automóvel a uma oficina.
Antes de pronomes pessoais, 
demonstrativos ou indefinidos
Dei a ela o prêmio merecido.
A ninguém é lícito fugir do trabalho.
Refiro-me a esta moça.
Antes de expressão de 
tratamento introduzida pelo 
possessivo VOSSA ou SUA
Trouxe a V. Sra. a mensagem fatal.
Quando o “a” estiver no singular 
e a palavra seguinte no plural
Refiro-me a lendas antigas.
Depois de preposições
Compareceu perante a banca examinadora.
A reunião foi marcada para as cinco horas.
Observação 
excetua-se o caso da preposição a seguir:
Foi até a praia ou, foi até à praia.
Substituição de termo 
feminino por termo masculino
Não ocorrendo qualquer dos casos anteriores, pode 
haver crase ou não. Para verificarmos, basta substituir 
a palavra feminina que vem após o a por um termo 
masculino. Feita essa substituição, três coisas podem 
acontecer:
1. O a transforma-se em o
Releu a revista.
Releu o livro.
2. O a permanece inalterado
Elas estavam cara a cara.
Elas estavam lado a lado.
3. O a transforma-se em “ao”
Refiro-me a moça.
Refiro-me ao moço
Nesse caso, ocorre a fusão; portanto, temos a cra-
se e o acento grave é indispensável.
Refiro-me à moça.
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Gramática
Colocação pronominal
Próclise
Usa-se a próclise quando houver:
Conjunções Subordinativas
Embora me conheçam, não agirei como es-
peram.
Disseram que te emprestarão o dinheiro.
Pronomes Relativos, Indefinidos, Demonstra-
tivos e Pessoais.
O Homem que me emprestou o dinheiro é o 
dono da loja.
Ninguém nos encontrará aqui.
Isto o impressionará.
Ele me ofereceu o emprego.
Advérbios
Certamente a vi na festa.
Palavras de Negação
Não nos faça voltar atrás.
Jamais te iludas com ele.
Nunca me aponte o dedo.
Objeto Direto Invertido
A casa, ontem, nos deram nossos pais.
Orações Exclamativas
Como se fala alto aqui!
Orações Interrogativas
Quem te trouxe aqui?
Mesóclise
Usa-se a mesóclise quando houver:
Verbos no Futuro do Pretérito
Dar-te-ia os livros se merecesses.
Todas as crianças transformar-se-iam em gê-
nios caso melhorássemos a educação.
Verbos no Futuro do Presente
Emprestar-me-ão o carro amanhã.
Avisar-nos-ão as datas das provas.
Ênclise
Usa-se ênclise quando houver:
Ausência de fator próclise ou mesóclise
Bandidos e policiais enfrentaram-se na favela.
Início de orações
Disseram-me a verdade.
Infinitivo (uso facultativo, mesmo com fa-
tor próclise ou mesóclise)
Não dizer-nos a verdade será um erro.
Imperativo
Dê-me os materiais agora!
Pontuação
O uso da vírgula
Usa-se vírgula
Nas enumerações.a. 
Era uma pessoa bonita, inteligente e simpática.
Janjão possuía imóveis em Casca, Picada Café, 
Quintão e Presidente.
Para separar orações ligadas por conjunções b. 
coordenativas.
A prova foi fácil, mas ninguém gabaritou.
Tomei uma decisão importante, por isso vou 
cumpri-la.
Ou vocês terminam esse serviço agora, ou serão 
dispensados no fim do mês.
Antes da conjunção “e” somente quando os c. 
sujeitos das duas orações forem diferentes.
Chegamos cedo, e todos ficaram surpresos.
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Gramática
Os mantimentos andavam cada vez mais escassos, 
e doenças de várias espécies dizimavam grande 
parte da população.
Para separar orações subordinadas adverbiais d. 
(desenvolvidas ou reduzidas), quando enun-
ciadas antes da oração principal e adjuntos 
adverbiais.
Aberta a sessão, o secretário abriu a ata.
Visto que assim queres, faremos tua vontade.
Se queres a paz, prepara-te para a guerra.
Havia, naquela loja, grande sortimento de livros.
Fizemos, na semana passada, uma grande festa.
Para isolar aposto.e. 
Janjão, o zagueiro, está muito fora de forma.
Lula, o presidente do Brasil, é o atacante do time.
Para separar ou isolar vocativo.f. 
Janjão, vá falar com sua avó.
Gostaria de dizer-lhes, meus amigos, que nada fiz 
além do que era minha obrigação.
Para separar quaisquer outros elementos in-g. 
tercalados.
Os sapos, todos sabem, vivem na lagoa.
O professor aceitou, isto é, tolerou a brincadeira.
Ela é, além disso, excelente pintora.
Veja-se, por exemplo, o que dizem os jornais de 
hoje.
O próximo número sairá amanhã, aliás, depois de 
amanhã.
Você, com a nota deste mês, não conseguiu somar 
vinte pontos.
Para separar orações adjetivas explicativas.h. 
O Fusca, que foi

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