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ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA-CLÍNICA - ALUNA DÉBORA GALLIS CHAMLET - FALC

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FALC
FACULDADE DA ALDEIA DE CARAPICUÍBA
Débora Gallis Chamlet
Relatório de Estágio Supervisionado Clínico
Carapicuíba – SP
2011
Débora Gallis Chamlet
Relatório de Estágio Supervisionado Clínico
 
Trabalho apresentado como exigência parcial de avaliação para conclusão do Curso de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica apresentado a FALC - Faculdade Aldeia de Carapicuíba, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica, sob a supervisão da orientadora Professora Ms. Teresinha de Fátima Silva e Santos.
Carapicuíba – SP
2011
Agradecimentos 
Primeiramente a Deus, pela graça, força, fé, sabedoria e ajuda na construção deste trabalho e na realização de mais esta etapa que hora se concretiza na minha vida, presenteando-me com um pouco mais de conhecimento, as amizades que conquistei as quais as tenho a peso de ouro. Quero deixar eternizado, aqui, meus agradecimentos, àquelas pessoas e instituição que tive a oportunidade de sua colaboração para o enriquecimento da minha formação.
Aos Mestres: Orientador Cesar, à Secretária Fatima pela compreensão, dedicação, carinho e profissionalismo, que dispensaram a mim.
 É com imensa satisfação que agradeço aos Professores dessa Instituição Faculdade da Aldeia de Carapicuíba principalmente a mestra Teresinha de Fatima Silva e Santos, que não mediram esforços para me ajudar e em especial agradeço aos meus amigos, mais que colegas: Allemori e Claudia que sempre estiveram presentes nos trabalhos realizados e que contribuíram para concluirmos mais esta etapa. 
Dedicatória 
Ao meu Esposo Jeferson que com muito carinho sempre me ajudou, aos Amigos Allemori, Claudia, e a Professora Terezinha.
	
Sumário
1 – INTRODUÇÃO
2 – HISTÓRICO DO PROBLEMA
2.1 - O ALUNO NA ESCOLA								2.2 - O ALUNO COM SEUS PROFESSORES					
2.3 - A CRIANÇA E A FAMÍLIA 							
2.4 - A CRIANÇA E A MÃE								2.5 - A CRIANÇA E O PAI								
2.6 - A CRIANÇA E OS IRMÃOS							
2.7 - A CRIANÇA E O BRINCAR
3 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS							
3.1 - SIGMUND FREUD
3.2 - JEAN PIAGET								
3.3 - ALÍCIA FERNÁNDEZ
4 - TESTES PSICOPEDAGÓGICOS
 
5– TESTES PROJETIVOS
 5.1- TESTE DA FAMÍLIA
 5.2 - TESTE DA FAMÍLIA CINÉTICA
 5.3- TESTE ENSINANTE-APRENDENTE
 5.4 - TESTE APERCETIVO (T.A.P.)
 5.5 - TESTE HORA DO JOGO PSICOPEDAGÓGICO
 6. - TESTES PSICOMÉTRICOS
 6.1 - TESTES DE BENDER
 6.2 - TESTES SONDAGEM DA ESCRITA
 6.3. TESTES PIAGETIANOS
 7. DIAGNÓSTICOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
TESTES PIAGETIANOS
1 – Introdução
A finalidade deste trabalho é apresentar o relato das atividades experimentais com uma criança com 7 anos de idade (E.E.PROFª NELSON GOMES CAETANO), aluna do 1º ano A do Ensino Fundamental I Nelson Gomes Caetano da Rede Estadual, tendo como queixa inicial “Dificuldades de Aprendizagem e Desinteresse”.
Foram utilizadas teorias e práticas diagnósticas psicopedagógicas.
Este trabalho foi desenvolvido no período de 13 sessões de 60 minutos para cada realização do Diagnóstico Psicopedagógico, busca de dados necessários para esclarecimento da Queixa Inicial trazida pela família e identificação da Modalidade de Aprendizagem através dos testes Psicométricos e Projetivos (Testes Psicopedagógicos); conversas informais e demais observações do paciente/cliente.
Após a análise dos testes, chegamos ao Laudo Final e elaboramos as técnicas de intervenções para o tratamento da V.S, visando sanar as dficuldades apresentadas e o desbloqueio existente no processo da lecto-escrita, despertando o desejo e o prazer de aprender. 
Após a devolutiva aos pais.
Neste trabalho adotei as seguintes teorias: Psicopedagogia de Alícia Fernández; Psicogênese da Lecto-escrita de Emília Ferreiro; Epistemologia Genética de Jean Piaget e Psicanálise de Sigmund Freud.
Com este trabalho, espero ser o primeiro passo para o iníco de uma carreira onde poderei auxiliar pessoas com problemas de aprendizagem.
Minhas expectativas como educadora e psicopedagogo possa contribuir e divulgar a importância do papel do psicopedagogo junto âmbito das escolas.
Com o estágio obrigatório, não houve tempo suficiente para o tratamento do (aprendente) paciente/ cliente.
Desenvolvimento 
O Estágio Curricular do curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica da Faculdade da Aldeia de Carapicuíba - FALC , foi realizado no Consultório Psicopedagógico sob a orientação e supervisão da professora mestra Teresinha de Fátima Silva e Santos com a duração de 13 semanas de 60 minutos cada sessão. A carga horária compreende-se em 120 horas, sendo 20 h/a – Dados do local Estagiado (dados fornecidos pela instituição); 35 h/a – Atividades de Observação (nas brincadeiras, jogos, refeições; 55 h/a – Atividades de Participação (nas técnicas psicopedagógicas); 10 h/a – Elaboração do Relatório Final.
DIAGNÓSTICO: OBSERVAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
1	- DIMENSÃO ORGANIZACIONAL
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO:
 Escola Estadual "Cohab Jova Rural III" e passou chamar Nelson Gomes Caetano
2.1.1 - Localização
Rua Antonio Sérgio de Matos, 1910 Jova Rural - São Paulo - SP
CEP 02281-203 - Fone: 6244-0016 
Distrito de Jaçanã - São Paulo - SP
2.1.2 - Atos Legais
Criação - Ensino Fundamental
Decreto 50.498, de 23/01/2006. DOE 24/01/06, inaugurada em 08 de setembro de 2006.
Histórico: A Escola Estadual "Cohab Jova Rural III" está localizada no bairro Jova Rural, periferia da zona norte da Capital de São Paulo.
O Conjunto habitacional Jova Rural foi inaugurado em 1989, oportunidade para diversas famílias que vieram morar no bairro, vindas de variados bairros como Edu Chaves, Jardim Brasil, Vila Nova Galvão, Vila Paulista entre outros bairros da Região Norte. O bairro localiza-se no topo de morro, pertencente à Serra da Cantareira. Inicialmente o primeiro grande movimento foi com a Comunidade Nossa Senhora Aparecida de Jowa Rural, que promoveram o Movimento Pró Moradia. Entretanto, devido as grandes dificuldades encontradas pelos moradores, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), órgão da Secretaria do Estado de Habitação de São Paulo, de um modo muito simples, sem a infra-estrutura urbanística necessária como iluminação pública, rede de água e esgoto, transporte público e pavimentação de vias públicas construiu diversas casas populares.
Segundo informações dos moradores mais antigos do bairro , o terreno pertencia à Santa Casa de Misericórdia e parte dela constituía-se em uma fazenda que tinha como proprietária a Senhora Jova.
Mediante a possibilidade da compra do terreno pelo Estado, moradores de outras regiões como Vila Zilda, Furnas, Jardim Tremembé, reuniram-se em caravana de 50 ônibus para uma reunião com o então governador do Estado de São Paulo, o Sr. Orestes Quércia. O pedido foi analisado e dentre as 1.600 famílias, apenas 906 tiveram a posse do terreno reconhecida e 100 casas seriam construídas pelo governo do Estado. Estas casas foram entregues após 7 anos através de um cadastro das famílias.
Depois de várias organizações e associações, moradores novamente se reuniram, solicitando melhores condições ao bairro, dentre essa nova reivindicação foram construídas 2 creches e a primeira escola de ensino básico “ E.E. Felício Tonetti”.
Com a crescente urbanização da região o CDHU construiu então prédios populares entregues no ano de 1992.
Não existem dados estatísticos da região em números de sua população, porém em divulgação indicados pela Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados) em pesquisa de vulnerabilidade social no ano de 2000 a região encontra-se classificada em alta privação e concentração de jovens, que são formadas por famílias de baixa renda com uma população em cerca de 15.000 adolescentes e jovens adultos, sendo considerada uma região crítica, com baixa escolaridade e não oferecendo condições de preparo cultural exigido pelo mercado de trabalho. Esta estatística é realizada por distritos sendo a Jova Rural localizada no distrito de Jaçanã-Tremembé. Segundo a mesma pesquisa noano de 1996 o índice de jovens entre 15 e 16 anos que não freqüentavam escola era de 21% a 28%. Devido a estes dados a Escola Estadual Gustavo Barroso é construída para minimizar tais índices.
Entretanto, outra área é invadida no morro da Serra da Cantareira sendo nomeada como Parque Felicidade, aumentando ainda mais a população da Jova Rural. Hoje, o bairro Jova Rural está cercado
pelos bairros: Jaçanã, Vila Nova Galvão, Parque Felicidade e Jardim Hebron.
Com o crescimento da população no bairro cresce também a necessidade de vagas para as crianças do Ciclo I, deste modo inicia-se a construção da nossa Escola, que no início do ano letivo de 2006 abre seus portões, atendendo cerca de 400 crianças inicialmente matriculadas na EE Felício Tonetti e também na EE Gustavo Barroso.
Como foi mencionado anteriormente o nome do bairro, segundo os moradores foi devido a área ser de uma fazenda rural de propriedade da senhora Jova, assim nomeou-se o bairro de Jowa Rural. O nome era com Jowa, que foi alterado em 1996 para apenas Jova Rural, e mais recentemente tramita na Secretaria de Habitação uma nova mudança para Alto do Tremembé, nome este que já consta em guias de São Paulo.
 A falta de áreas de recreação e lazer adequada para os jovens aprofunda ainda mais a instabilidade social do bairro pois, aliada à falta de oportunidades de emprego, canaliza as energias dos adolescentes para atos de vandalismo e depredação do patrimônio Público, quando se utilizam principalmente da quadra da Escola fora dos horários de aula e de funcionamento da Escola da Família.
Atualmente a Escola mantém um bom relacionamento com a comunidade, fruto de todo um trabalho de acolhimento desenvolvido pela equipe escolar; apesar disso, a participação da mesma nas atividades regulares da Escola, poderia ser melhor, mas contamos com um número pequeno de pais mais conscientes e cooperativos.
Caracterização da clientela: Fazendo parte da comunidade, é fundamental que a Escola conheça o contexto social de sua vizinhança e da clientela a que serve. Apesar de óbvia, nem sempre essa percepção é alcançada pelas unidades escolares, muitas vezes absorvidas na atividade educativa como expressão de um processo burocrático e indefinido. Conhecer a comunidade em que está inserida (e, portanto, sua clientela), suas necessidades, potencialidades e expectativas, adequando a elas seu trabalho de atendimento educacional, é a única forma possível para a Escola atender às suas finalidades - formar cidadãos, conscientes e capazes, fornecendo, ainda, os conteúdos e habilidades necessários à sua melhor inserção no ambiente social.
A clientela da Escola Estadual "Cohab Jova Rural III " não difere das de outras escolas públicas da periferia de São Paulo: carenciada de modo geral, muitas vezes encontramos casos de criança desnutrida, proveniente de lares desfeitos ou desestruturados pela falta de emprego ou atividade econômica, alcoolismo e uso de drogas. Esse contexto transforma nossos alunos em verdadeiros sobreviventes, para os quais o dia a dia se transforma em batalha pela manutenção da vida e dos poucos bens materiais de que dispõem. Dentro desse quadro, estudar, para uns, torna-se a única forma de escapar desse ambiente e, para outros, uma atividade de rotina, desvinculada das finalidades que nos levam - direção, coordenação e docentes - á tarefa diária de oferecer-lhes as melhores condições possíveis de educação e inserção no ambiente social.
Nossa Escola conta com programa de reforço que procura atender à defasagem pedagógica, característica muito presente entre nossos alunos e com o programa Escola da Família com a finalidade de oferecer à comunidade um espaço de lazer, cultura, a aprendizagem, fazendo com que a Escola faça parte da vida da Comunidade.
•	Turnos e horários de funcionamento:
•	MANHÃ	TARDE
ENTRADA: 07:00 HORAS	ENTRADA: 13:00 HORAS
1ª. aula: 07:00 às 07:50 h.
2ª. aula: 07:50 às 08:40 h.
3ª. aula: 08:40 às 09:30 h.	1ª. aula: 13:00 às 13:50 h.
2ª. aula: 13:50 às 14:40 h.
3ª. aula: 14:40 às 15:30 h.
INTERVALO: 09:30 às 09:50 h.	INTERVALO: 15:30 às 15:50 h.
4ª. aula: 09:30 às 10:40 h.
5ª. aula: 10:40 às 11:30 h.	4ª. aula: 15:50 às 16:40 h.
5ª. aula: 16:40 às 17:30 h.
SAÍDA: 11:30 h.	SAÍDA: 17:30h.
DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS
MANHÃ	TARDE
07:00 às 12:00 h.	13:00 às 18:00 h.
1ª série A- 29 alunos	1ªsérie D – 27 alunos
1ª série B- 29 alunos	1ªsérie E – 29 alunos
1ª série C- 32 alunos	1ª série F – 28 alunos
2ª série A – 28 alunos	1ªsérie G – 30 alunos
2ª série B - 27 alunos	1ªsérie H - 28 alunos
2ª série C - 26 alunos	2ªsérie E – 32 alunos
2 ª série D- 27 alunos	2ªsérie F – 28 alunos
3 ª série A- 35 alunos	2ªsérie G – 29 alunos
4 ª série B- 35 alunos 	4ªsérie A – 35 alunos 
TOTAL DE ALUNOS: 534
•	Números de profissionais e respectivas funções:
 - Administrativo Números de funcionários
	Professores: 51
	1 Diretores:
	1 Vice - Diretores: 
	Coordenadores: 2
	Orientadores educacionais: 1
	Supervisores educacionais: 1
	Serviços gerais: 5
	Secretário: 2
	Outros profissionais: 02
	Equipe técnica-pedagógica: 
 
•	Situação funcional (forma de contratação): Regime 
 Estatutário
•	Jornada de trabalho semanal: 40 horas semanais
A)	ASPECTOS FÍSICOS RELEVANTES
•	Conservação do prédio: O prédio é bem conservado 
•	Salas de aula (consideração de iluminação, ventilação, tamanho e distribuição do mobiliário): As salas são bem conservadas em termos de pintura, iluminação, e ventilação. Comportam um número de 29 crianças bem acomodadas. O mobiliário é adequado para cada faixa etária.
•	Número de alunos por sala de aula:
 1º ano A –25 alunos 
MANHÃ	TARDE
07:00 às 12:00 h.	13:00 às 18:00 h.
1ª série A- 29 alunos	1ªsérie D – 27 alunos
1ª série B- 29 alunos	1ªsérie E – 29 alunos
1ª série C- 32 alunos	1ª série F – 28 alunos
2ª série A – 28 alunos	1ªsérie G – 30 alunos
2ª série B - 27 alunos	1ªsérie H - 28 alunos
2ª série C - 26 alunos	2ªsérie E – 32 alunos
2 ª série D- 27 alunos	2ªsérie F – 28 alunos
3 ª série A- 35 alunos	2ªsérie G – 29 alunos
4 ª série B- 35 alunos 	4ªsérie A – 35 alunos 
TOTAL DE ALUNOS: 534
 
•	Biblioteca: É organizado em cada sala de aula um Acervo literário diversificado.
•	Dispensa – cozinha: A merenda é terceirizada (SP – 
 Alimentos e a dispensa e cozinha são de responsa-
 bilidades das nutricionistas contratadas pela 
 empresa em questão. 
•	Banheiros: Os banheiros são adaptados com vasos 
 sanitários pequenos e pia é instalada do lado de fora 
 dos banheiros.
•	Almoxarifado: O almoxarifado tem um local apropriado
 para materiais de escritório, pedagógicos, etc. 
•	Refeitório: O refeitório amplo e bem arejado, contém
 8 meses próprias para a merenda.
 
•	Quanto ao espaço para a Educação Física, quadra coberta, local adequado para esportes sala para equipamentos esportivos.
•	Acesso adaptável a crianças portadoras de necessidades especiais: disponibiliza um local específico para crianças portadoras com deficiências.
•	Laboratórios: A escola tem equipamentos adequados.
DIMENSÃO PEDAGÓGICA 
A Proposta Pedagógica desta Unidade Educacional contempla:
Programa Ler e Escrever – Prioridade na escola Estadual, viabilizado pelos Projetos Especiais de Ação “Construindo a Leitura e a Escrita e Grupos de Estudos – O Novo Ensino Médio”; no desenvolvimento das ações pedagógicas direcionadas: aos anos iniciais do ciclo I “Toda Força ao primeiro ano do ciclo I e Projeto Intensivo do Ciclo”, destinado aos alunos do 4º ano do ciclo I, que ainda não dominam o sistema da escrita e linguagem, em todo o ciclo II nas ações do “Ler e Escrever em todas a áreas do conhecimento”. 
As formas de registro do acompanhamento da ação educativa, tomando como base as metas de aprendizagem e os resultados obtidos nos projetos desenvolvidos, inclusive para o novo enfoque dado ao Programa São Paulo é uma escola.
•	Os registros dos resultados de aprendizagemobtidos pelos alunos são feitos nos Diários de Classe dos professores, acompanhados pela Coordenação e analisados nos horários coletivos, quando há necessidade, e informatizados no final de cada semestre.
Proposta pedagógica (qual o processo que a fundamenta - grupo); as propostas pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de forma eficaz;
- fornecer os meios de para o entrosamento entre a Escola e a comunidade;
- trabalhar na criação de condições para que haja um processo de ensino/aprendizagem adequado à realidade do educando, bem como adequá-lo às suas necessidades;
- atuar junto aos Conselhos de Classe e Série, detectando problemas e auxiliando em possíveis soluções;
- reuniões pedagógicas voltadas para a troca de experiências e informações, onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplicando-a no exercício do cotidiano;
- verificar a regularidade, variedade e quantidade de merenda fornecida aos alunos;
Em síntese: desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento da Escola, em todos os segmentos: zelando pela melhor consecução possível da tarefa de toda a equipe escolar
Será feita pela equipe escolar, no curso das atividades da Escola.
Núcleo Técnico-Pedagógico
Acompanhamento e avaliação da Proposta Pedagógica da Escola, incluindo atividades coletivas de trabalho pedagógico e os projetos de reforço para recuperação da aprendizagem.
- reuniões pedagógicas mensais, onde para exposição dos problemas enfrentados pelos membros da equipe escolar e leitura de textos de interesse do grupo, apresentação de atividades práticas que funcionaram bem em sala de aula, seleção interdisciplinar de textos a serem utilizados nas aulas sobre componentes curriculares comuns;
- reuniões de professores de áreas afins, para trabalhar a multi-disciplinaridade (HTPC);
- avaliação do trabalho de grupo, detectando as dificuldades de cada um, apresentação de cursos de aperfeiçoamento e reciclagem;
- organização de grupos de reforço, selecionando o conteúdo a ser reforçado, relacionando os alunos necessitados de reforço e discussão sobre as formas mais adequadas de se trabalhar com essa clientela específica;
- organização de festas escolares, contando com a participação de todos, para que haja envolvimento com os projetos;
- promover a união do grupo de professores, melhorando o ambiente e facilitando o trabalho em equipe;
- organizar atividades lúdicas, com jogos e brincadeiras, para incentivar a integração dos alunos;
- organizar excursões diversas, com objetivos educativos e recreativos;
- incentivar a participação da comunidade na Escola, APM, festas escolares, com o objetivo de melhor integrá-la e promover a conscientização de que a participação da comunidade é benéfica para o rendimento dos alunos
Será feita pela equipe escolar, no decorrer do desenvolvimento das atividades da Escola.
Objetivos
- elaboração dos Planos de Ensino de acordo com a Proposta Pedagógica, Plano de Gestão e Plano de Curso da Escola enfatizando o previsto na LDB 9.394/96, Parâmetros Curriculares Nacionais e orientações da Secretaria de Educação do Estado;
- desenvolver as atividades relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem dos alunos;
- participar das horas de estudos dentro da Escola (HTPC - Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), visando a consecução da Proposta Pedagógica;
- dar cumprimento à Proposta Pedagógica da Escola, tendo em vista a finalidade do Ensino Fundamental: formar cidadãos, fornecendo, ainda conhecimentos e habilidades necessários à sua mais ampla e efetiva inserção na sociedade;
- oferecer os conteúdos necessários à continuidade de estudo
- reuniões com Direção e Professores Coordenadores para estudo e pesquisa;
- utilização de métodos e de técnicas que incentivem e levem ao aprendizado;
- elaboração e reformulação do Plano de Curso e Plano de Ensino, quando necessário;
- proceder ao acompanhamento e avaliação dos alunos, dando prioridade aos aspectos qualitativos em relação aos quantitativos, em termos de rendimento escolar.
Quem a elaborou (o que prioriza); Governo do Estado de São Paulo, MEC.
Qual o papel que os profissionais da educação efetivamente desempenham na instituição; - criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para a vida em sociedade;
- permitir ao aluno exercitar sua cidadania a partir da compreensão da realidade, para que possa contribuir em sua transformação;
- buscar novas soluções, criar situações que exijam o máximo de exploração por parte dos alunos e estimular novas estratégias de compreensão da realidade;
- melhorar a qualidade do ensino, motivando e efetivando a permanência do aluno na Escola, evitando a evasão;
- criar mecanismos de participação que traduzam o compromisso de todos na melhoria da qualidade de ensino e com o aprimoramento do processo pedagógico;
- promover a integração escola-comunidade;
- atuar no sentido do desenvolvimento humano e social tendo em vista sua função maior de agente de desenvolvimento cultural e social na comunidade, a par de seu trabalho educativo.
- diminuição dos níveis de evasão escolar;
- aumento da promoção com rendimento satisfatório; 
- conscientização e implantação da cidadania e da dimensão política;
- envolvimento e interação da comunidade, com vistas a uma participação ativa;
- adequação da elevação da qualidade de ensino; 
- unificação de linguagens didáticas; 
- alfabetizar em todas as áreas; 
- preparar para a construção do conhecimento; 
- saber respeitar o "próximo", em seus bens materiais e morais;
- usufruir dos bens da natureza, minimizando os danos à mesma;
- formar e não apenas informar;
- dominar os conteúdos básicos programáticos;
- internalizar seu papel como cidadão do mundo;
- conscientizar sobre a importância da sua contribuição para o bem estar da comunidade;
- valores morais definidos;
- conscientização sobre a importância do estudo para o crescimento interior e auto-realização;
•	- formar cidadãos críticos e conscientes;
- desenvolvimento das habilidades dos educandos.
Quais são as técnicas de administração;
Tomada de decisões, planejamento, organização, coordenação, avaliação e integração de todas as atividades desenvolvidas na escola.
* coordenar as atividades de orientação educacional e vocacional;
* compete ainda instituir o conselho, a natureza consultiva para opinar sobre: diretrizes de soluções para os problemas de natureza pedagógica, instalação e regulamentação das instituições auxiliares do colégio, programas especiais visando a integração escola, família e comunidade, acompanhar o trabalho dos diversos sub – setores presidindo e coordenando as reuniões. 
 * atendimento ao público em geral e do pessoal que trabalha no colégio
* manutenção e conservação das instalações e equipamentos;
* zelar pela disciplina dos alunos;
* atendimento e acompanhamento de casos que mereçam atenção especial.
Como ocorrem as reuniões pedagógicas, pré-conselhos, conselhos de classe, hora atividade, etc.; função do Conselho de Classe é discutir e avaliar o aproveitamento de cada aluno. Cabendo ao diretor de acordo com os No que se refere ao calendário escolar, para os cursos de Educação Infantil e Ensino Fundamental estão previstos 200 dias letivos /100 dias letivos e 4h diárias mínimas e carga horária especificada nas grades curriculares.
 O calendário escolar é apresentado em forma retangular, onde são apresentados os dias do ano letivo. São apresentadas todas as atividades que serão desenvolvidas durante o ano letivo, como: festas, atividades extra – classe, datas comemorativas
Também aparece no calendário escolar assinatura e carimbo da diretora, carimbo do colégio e da delegacia de ensino, com data de homologação e publicação. Carimbo e assinatura da supervisora de ensino e do dirigente regional do ensino.
Projetos inter e extra classe; - utilização da Sala de Leitura (estímulo à leitura) e do laboratório de Informática, Sala de Vídeo;
Programação anual (viagens , passeios, festas, comemorações cívicas, etc.). - Comemorações visandoestimular o acolhimento e a participação da comunidade: Dia das mães, Junina, Aniversário da Escola, Folclore-Primavera- Feira do Meio Ambiente; Formatura Proerd, Festa/Formatura no final do ano letivo.
DIMENSÕES SÓCIO-CULTURAL
B)	FORMAS DE RELAÇÃO ENTRE:
•	Instituição – família / família – instituição;
•	Professor – família – criança;
•	Instituição – bairro – comunidade;
•	Projetos em conjunto com as outras instituições (parcerias);
•	Integração da criança com a sua comunidade;
Participação dos pais na instituição; Fazendo parte da comunidade, é fundamental que a Escola conheça o contexto social de sua vizinhança e da clientela a que serve. Apesar de óbvia, nem sempre essa percepção é alcançada pelas unidades escolares, muitas vezes absorvidas na atividade educativa como expressão de um processo burocrático e indefinido. Conhecer a comunidade em que está inserida (e, portanto, sua clientela), suas necessidades, potencialidades e expectativas, adequando a elas seu trabalho de atendimento educacional, é a única forma possível para a Escola atender às suas finalidades - formar cidadãos, conscientes e capazes, fornecendo, ainda, os conteúdos e habilidades necessários à sua melhor inserção no ambiente social.
A clientela da Escola Estadual "Cohab Jova Rural III " não difere das de outras escolas públicas da periferia de São Paulo: carenciada de modo geral, muitas vezes encontramos casos de criança desnutrida, proveniente de lares desfeitos ou desestruturados pela falta de emprego ou atividade econômica, alcoolismo e uso de drogas. Esse contexto transforma nossos alunos em verdadeiros sobreviventes, para os quais o dia a dia se transforma em batalha pela manutenção da vida e dos poucos bens materiais de que dispõem. Dentro desse quadro, estudar, para uns, torna-se a única forma de escapar desse ambiente e, para outros, uma atividade de rotina, desvinculada das finalidades que nos levam - direção, coordenação e docentes - á tarefa diária de oferecer-lhes as melhores condições possíveis de educação e inserção no ambiente social.
Nossa Escola conta com programa de reforço que procura atender à defasagem pedagógica, característica muito presente entre nossos alunos e com o programa Escola da Família com a finalidade de oferecer à comunidade um espaço de lazer, cultura, a aprendizagem, fazendo com que a Escola faça parte da vida da Comunidade.
•	Profissionais de outras áreas que atuam na instituição, e como se realiza essa atuação. O conselho tutelar , Especialista de Educação Especial, através desses profissionais entramos em contato com esses profissionais abaixo.
1.	Assistente Social;
2.	Fonoaudiólogo;
3.	Nutricionista;
4.	Psicólogo
5.	Psicopedagogo
2. HISTÓRICO DO PROBLEMA
Pretende-se neste capítulo relatar dados significativos da história de vida do paciente (E.S.).
Ele chegou à Clínica de Atendimento Psicopedagógico da UNIP. encaminhado pela diretora da escola em que estuda, com a queixa de ser um aluno desatento e desinteressado. Os dados a seguir foram obtidos através de conversas e entrevistas com os pais e com o próprio paciente, eles são pertinentes para compreender fatos que poderão ser suscitados durante as sessões, também possibilita traçar um plano de como é o indivíduo em seu meio ambiente, ou seja, em seu contexto familiar, escolar e social.
2.1. O ALUNO NA ESCOLA
E.S. tem oito anos de idade, é aluna do segundo ano do Ensino Fundamental da Rede Estadual, segundo relatório da escola, se trata de uma criança que não acompanha as atividades propostas relacionadas com sua faixa etária, desatenta e agressiva com os colegas e não atende a professora quando solicitada. Se nega em executar e participar das atividades . É excluída pelo grupo devido a agressividade. 
2.2. O ALUNO COM SEUS PROFESSORES
Segundo o relatório da escola o relacionamento de E.S. com sua professora da sala é difícil, pois quer brincar e conversar todo tempo pois tem um comportamento muito infantil para sua idade demostrando uma diferença das demais crianças para sua idade. Com o professor de Educação Física ela participa das atividades propostas participa e demonstra entusiasmo em algumas atividades.
2.3. A CRIANÇA E A FAMÍLIA
No âmbito familiar, conforme relato da mãe, E.S. tem um relacionamento conflituoso querendo a tenção somente para ela ,está sempre agitada e não acata as orientações e solicitações. 
2.4. A CRIANÇA E A MÃE
A mãe demonstra ter carinho pela criança tenta fazer o melhor , mas trabalha para ajudar no sustento do lar, a criança fica com avó enquanto a Mãe trabalha a criança e bem amparada pela mesma, tem cursos extras como natação, conforme orientação médica para criança acalmar. 
2.5. A CRIANÇA E O PAI
O pai é separado, não e muito presente, pois tem outra família.
 E.S. não tem muito contato, mas gosta de falar sobre o pai mesmo o pouco que se relaciona, gosta de ficar com o pai.
2.6. A CRIANÇA E OS IRMÃOS
E.S. tem um irmão de ( doze anos) gosta dele, mas o relacionamento envolve ciúmes e brigas. Em algumas situações, provoca seu irmão com a intenção de chamar a atenção da mãe.
2.7. A CRIANÇA E O BRINCAR
E.S. gosta de brincar com outras crianças com faixas etárias abaixo da sua idade, sempre quer ser líder e não gosta de ser interpelada e gosta de ficar no seu quarto brincando com seus brinquedos. 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
3.1 TEORIA SIGMUND FREUD
A psicologia é a ciência que tem por finalidade estudar o comportamento humano, estudar os fenômenos mentais, as estruturas e o desenvolvimento da mente humana em seus diversos aspectos, tais como: consciência, vontade, linguagem, emoções, imaginação, memória. Busca, a partir da observação de fatos psíquicos, determinar a causa de tais fatos. Dentro das subdivisões dessa ciência, a estrutura da personalidade é um dos ramos que o médico Freud propôs em sua teoria psicanalítica.
A psicanálise teve Sigmund Freud como seu precursor. Ele tentou ordenar em três componentes básicos a vida psíquica humana. São eles: o id, o ego e o superego. O id é a instância inteiramente inconsciente; o ego, a instância consciente; e o superego possui aspectos inconscientes e aspectos conscientes.
O id é a parte mais primitiva da personalidade, o sistema original com o qual o recém-nascido já nasce. Ele é formado por instintos, impulsos orgânicos e regido pelo prazer. Contém tudo o que é herdado dos pais, que se acha presente no indivíduo desde o nascimento, ou seja, aquilo que está presente na constituição do ser da pessoa. O id é um componente fundamental da estrutura da personalidade. É a estrutura original, básica e mais central da personalidade. As outras estruturas se desenvolvem a partir dele. Ele próprio é amorfo, caótico, e desorganizado; é o reservatório de energia de toda a personalidade. O id em si mesmo é cego. Os seus conteúdos são quase todos inconscientes, incluem configurações mentais que nunca foram conscientes, como também o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Estes materiais esquecidos conservam a mesma quantidade de energia.
Outra estrutura existente na perspectiva freudiana é o ego. Ele começa a se desenvolver logo após o nascimento, quando o bebê inicia sua interação com o seu ambiente. O ego busca o prazer em contato com a realidade. É a parte do aparelho psíquico que se desenvolve a partir do id, para atender e aplacar suas exigências. Tem como tarefa garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. A sua função é enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Busca controlar ou regular os impulsos do id, de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. 
A terceira parte da estrutura da personalidade é o superego, que representa o aspecto moral dos seres humanos; o seu desenvolvimento ocorre quando os pais, ou outros adultos, transmitem os valores e as normas da sociedade para a criança. O superego é a última parte da personalidade e se desenvolve a partir do ego. Atua como juiz censor dizendo para o ego o que é certo e o que éerrado sobre as atividades mentais e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. O superego é o processo que a criança faz de identificação com a figura paterna. Ele é construído a partir do superego dos pais. É o veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que se transmitiriam de geração em geração.
O id, o ego e o superego constituem o modelo estrutural da personalidade segundo Freud, e pode-se dizer que representam à impulsividade, a racionalidade e a moralidade, respectivamente. No entanto, é importante lembrar que são simplesmente conceitos.
Freud, quando propôs esta divisão da estrutura da personalidade deu um passo à frente na história da psicologia. Com a criação da psicanálise ele muito colaborou com a medicina e para o tratamento de diversas doenças mentais. No início, recebeu críticas, mas, ao longo do tempo conseguiu muitos adeptos.
Contudo, nota-se que a contribuição freudiana é incalculável quando se trata do avanço do pensamento. Como a psicologia era incapaz de lidar com algumas questões relativas à mente humana, a psicanálise abriu novas perspectivas e encontrou novas respostas para o entendimento da consciência humana. Mesmo assim, o homem sente anseios por desvendar este "mistério" que ele próprio desconhece que é a sua própria consciência.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/16142/1/A-Estrutura-da-Personalidade-do-Ponto-de-Vista-Freudiano/pagina1.html#ixzz1NyzIIddl
Definição
Freud apresenta duas teorias tópicas do aparelho psíquico, a primeira das quais faz intervir os sistemas inconscientes, pré-consciente, consciente e a segunda as três instâncias id, ego e superego, é corrente em psicanálise admitir que a noção de ego só se teria revestido de um sentido estritamente psicanalítico, técnico, após aquilo a que se chamou a “virada” de 1920. 
Freud utiliza a noção de ego desde os primeiros trabalhos e é interessante ver destacarem-se dos textos do período de 1894-1900 certos temas e problemas que se reencontrarão ulteriormente.
Foi a experiência clínica das neuroses que levou Freud a transformar radicalmente a concepção tradicional do ego. A psicologia e, sobretudo a psicopatologia leva, por volta dos anos 1880, pelos estudos das “alterações e desdobramentos da personalidade”, dos “estatutos segundos”, etc., a desmantelar a noção de um ego uno e permanente.
Henri F. Ellenberg dá mostras de excessiva severidade ao escrever, a propósito da segunda tópica freudiana, que “o ego (eu) não passa de um antigo conceito filosófico, vestido numa nova roupagem psicológica”. Sem dúvida, Freud foi tão pouco inventor do termo “eu” quanto criador dos termos inconsciente e consciente. A idéia do ego, muitas vezes sinônima da de consciência, de fato está presente nas obras da maioria dos grandes filósofos, sobretudo os alemães, desde meados do século XVIII. E, ante a constatação das experiências das experiências mesmerianas, Wilhelm von Schelling (1775-1854) e Johann Gottlieb Fichte (1762-1814) relativizaram a importância do eu em sua concepção do funcionamento mental. Essas referências filosóficas constituem o pano de fundo contra o qual se desenvolveram as primeiras etapas de uma psiquiatria dinâmica que procurava desvincular-se das concepções organicistas do funcionamento do espírito humano.
Assim, podemos considerar que Wilhelm Griesinger (1817-1869), inspirador de Theodor Meynert, foi um dos ancestrais de Freu. Nomeado diretor, em 1860, do novíssimo hospital psiquiátrico de Zurique, o Burghölzli, Griesinger foi um dos primeiros psiquiatras a afirmar que a maioria dos processos psicológicos decorria de uma atividade inconsciente. Ele elaborou uma psicologia do eu cujas distorções são tidas como resultantes do conflito que opõe esse eu a representações que ele não consegue assimilar.
Meynert, cujas aulas Freud acompanhou em 1883, formulou, por sua vez, uma concepção dual do ego, fazendo uma distinção entre o ego primário, parte inconsciente da vida mental que tem sua origem na infância, e o ego secundário, ligado à percepção consciente.
Encontramos a marca desse ensino na primeira grande elaboração teórica de Freud, seu “Projeto para uma psicologia científica”. Desde esse momento, o ego se inscreve na trama da análise do conflito psíquico. Assim, nessa primeira síntese teórica, evocando o conflito entra a “atração provocada pelo desejo” e a tendência ao recalcamento, cujo teatro é o sistema neuronal concernido nas excitações endógenas, Freud discerne a existência de uma “instância” cuja presença entrava a passagem das quantidades energéticas, quando esse fluxo é acompanhado de sofrimento ou de satisfação. “Essa instância”, diz Freud, “chama-se o ego (eu)”. Esse ego tem um modo duplo de funcionamento: esforça-se por se livrar dos investimentos dos quais é objeto, procurando a satisfação, e tenta por meio do processo que Freud denomina de inibição, evitar a repetição de experiências dolorosas.
A reformulação que começou a se efetuar com a introdução do conceito de narcisismo, em 1914, contribuiu para conferir ao ego um lugar de primeiro plano. Em seguida aos trabalhos de Karl Abraham, o estudo das psicoses permitiu estabelecer que o ego podia ser sede de um investimento libidinal, como qualquer objeto externo. Surgiu assim uma libido do ego, oposta à libido objetal, com Freud enunciando a hipótese de um movimento de balança entre as duas. A partir daí, o eu deixou de ter apenas o papel de mediador perante a realidade externa, sendo também objeto de amor e se tornando, em virtude da distinção entre narcisismo primário – que se pressupõe a existência de uma libido no ego e narcisismo secundário, um reservatório de libido.
3.2. TEORIA COGITIVA DE JEAN PIAGET
Jean Piaget nasceu a 9 de Agosto de 1896 e faleceu a 16 de Setembro de 1980. Piaget foi biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo. Foi, ainda, professor de Psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954 e ficou conhecido por organizar o desenvolvimento cognitivo em uma série de estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano:
•	Sensório-motor, 
•	Pré-operacional,
•	Operatório concreto
Definição:
Teoria que se baseia na ideia de que a criança, no seu desenvolvimento, constrói estruturas cognitivas sofisticadas que vão dos poucos e primitivos reflexos do recém-nascido até às mais complexas atividades mentais do jovem adulto. De acordo com Piaget, a estrutura cognitiva é um "mapa" mental interno, um "esquema" ou uma "rede" de conceitos construidos pelo indivíduo para compreender e responder às experiências que decorrem dentro do seu meio envolvente.
Princípios:
A teoria cognitiva de Piaget identifica quatro estágios de desenvolvimento e um conjunto de processos através dos quais a criança progride de um estágio a outro:
1)	Estágio Sensório-Motor ( do nascimento aos 2 anos) - a criança, através de uma interação física com o seu meio, constrói um conjunto de "esquemas de ações" que lhe permitem compreender a realidade e a forma como esta funciona. Acriança desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói alguns esquemas sensório-motores coordenados e é capaz de fazer imitações genuínas (adquirindo representações mentais cada vez mais complexas);
2)	Estágio Pré-Operatório (2 - 6 anos) - a criança é competente ao nível do pensamento representativo mas carece de operações mentais que ordenem e organizem esse pensamento. Sendo egocêntrica e com um pensamento não reversivel, a criança não é ainda capaz, por exemplo de conservar o número e a quantidade.
3)	Operações Concretas (7 - 11 anos) - conforme a experiência física e concreta se vai acumulando, a criança começa a conceitualizar, criando "estruturas lógicas" para a explicação das suas experiências, mas ainda sem abstração.
4)	Operações Formais (11- 15 anos) - Como resultado da estruturação progressiva do estágio anterior, a criança atingeo raciocínio abstrato, conceitual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis e sendo capaz de pensar cientificamente.
Essa capacidade de sair-se bem com as palavras e essa independência em relação ao recurso concreto permite: ganho de tempo; aprofundamento do conhecimento; domínio da ciência da filosofia. 
As relações entre afetividade e inteligência podem ser vistas de duas maneiras diferentes. O apogeu da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais. 
Analisando a duplicidade desta relação inteligência e afeto, podemos requerer que o afeto faz ou pode causar a formação de estruturas cognitivas.
O estudo do dualismo nestas relações para muitos autores é muito interessante. O esquema do objeto permanente - as descobertas que o bebê faz sobre a permanência do objeto quando ele
some do seu campo visual - é causado por sentimento, por relações objetais ,afirma Charles Odier em seu estudo criterioso das relações entre psicanálise em psicologia infantil. Desta forma, compreendemos as relações afetivas da criança com o objeto ou pessoa envolta. Por conseguinte,
as relações afetivas da criança com o objeto-mãe, ou ainda outras pessoas, respondem pela formação das estruturas cognitivas.
Jean Piaget define a afetividade como todos os movimentos mentais conscientes e inconscientes não-racionais(razão), sendo o afeto um elemento indiferenciado do domínio da afetividade.
Afirma ele, que o afeto é uma importante energia para o desenvolvimento cognitivo e estudos que integram suas pesquisas e também de Freud especificam que a afetividade influi na construção do conhecimento de forma essencial através da pulsão de vida e da busca pela excelência.
3.3. PSICOPEDAGGIA DE ALÍCIA FERNANDES
Nasceu em Buenos Aires em 1944, filha de pai espanhol e mãe italiana. Estudou psicopedagogia na Universidade de El Salvador. Estudou psicologia na Universidade de Buenos Aires, onde teve contato com a psicanálise através de Pichon Rivière e Bleger, professores que lecionavam naquela faculdade, pouco antes de 1966.
Tem desempenhado fundamental papel no desenvolvimento e formação de psicopedagogos em toda a América Latina e em Portugal. Seus livros são a base teórica de muitos estudos recentes nesta área.
É diretora de E.Psi.B.A., que originalmente se chamava Escuela Psicopedagogica de Buenos Aires, depois do crescimento de sua abrangência passou a se chamar Espacio Psicopedagogico Brasil Argentina e atualmente, graças à sua contínua expansão passou a ser o Espacio Brasileño-Argentino-Uruguayo. Essa evolução coincide com o próprio avanço da Psicopedagogia, bem como com a relevância da atuação de Fernández, nesse processo.
Sua atuação parte de Buenos Aires, passando pelo interior da Argentina e inclusive por outros países, onde tem sedimentado núcleos de trabalho permanente através de cursos de Pós-graduação e de seminários periódicos em diversas cidades brasileiras e argentinas, em Montevideo e Lisboa.
A Psicopedagogia e as Modalidades de Aprendizagem do Sujeito
O trabalho psicopedagógico, ou seja, o diagnóstico psicopedagógico, segundo Alícia Fernández é o de olhar para uma criança ou adolescente e considerar entre vários aspectos três níveis de suma importância que são: o nível individual, o nível vincular e o dinâmico. Estes três níveis são a base do diagnóstico, visto que o nível individual possibilita ao psicopedagogo uma visão para orientar-se através da relação do sujeito com o conhecimento. O nível vincular possibilita a observação de como circula o conhecimento e as informações entre os membros da família e por último o nível dinâmico, o qual permite observar como é o sistema de papéis atribuído para o grupo familiar.
Ao mencionar os quatro níveis que intervêm e articulam-se no processo de aprendizagem não podemos deixar de ressaltar a inteligência e o desejo.
Estes são a base para o processo de aprendizagem.
Enquanto a inteligência se propõe a apropriar-se do objeto conhecendo-o, generalizando-o, incluindo-o em uma classificação, o desejo se propõe a apropriar-se do objeto, representando, portanto, a inteligência, construída na interação, refere-se à presença de estruturas lógicas capazes de organizar os objetos do conhecimento, os objetos se convertem em estímulos à medida que podem ser assimilados de forma significativa. Se não há estruturas prévias suficientes, a interação com o real mantém-se desadaptada e relativa.
Toda possibilidade de compreensão supõe, portanto, uma coordenação entre os esquemas mentais da criança e os temas de seu conhecimento.
Segundo Fernández ( 1900, p. 73 – 74), O desejo é a dimensão simbólica, significante e a lógica da aprendizagem, conferindo-lhe um caráter individual, original e subjetivante. O nível simbólico ( do inconsciente) organiza nossa vida afetiva através de emoções e do inconsciente e permite nos pôr em relação num movimento oposto ao da estrutura lógica que nos universaliza.
A trama resultante da significação simbólica e da organização lógica é que constitui o pensamento, nele, desejo e inteligência estão intimamente relacionados. Os transtornos permitem observar os efeitos que ocorrem quando a inteligência está submetida ao desejo.
O problema da aprendizagem que se origina neste contexto individual é entendido como um sintoma, na conceituação psicanalítica, segundo Pain (1986, p. 28); Através da repressão do aprender, o indivíduo simboliza algo que tem uma função própria, integradora e equilibrante na dinâmica familiar. Corresponde o sintoma do não aprender à maneira que o sujeito tem para inserir-se numa realidade, constituída por uma situação peculiar. O sintoma marca a construção do corpo e da inteligência e assim a imagem corporal fica comprometida juntamente com a estrutura cognitiva.
A criança com problema de aprendizagem não dispõe de recursos cognitivos para expressar sua queixa e simbolizar seu problema seja pelo brinquedo, pelo desenho ou pela linguagem, diferentemente da criança com problemas emocionais, mas com estrutura cognitiva intacta que pode falar sobre seu problema e assim objetivá-lo.
Não é a escola que gera o problema, ele já está instalado, o que a escola faz é denunciá-lo.
A avaliação psicopedagógica, no quadro de fatores internos dos problemas de aprendizagem, vai reportar-se às relações familiares, ao significado do problema para a família, à modalidade de transmissão do conhecimento no contexto familiar, se é baseada em segredos, em conteúdos ocultos ou desfigurados, se é associados a poder e autoridade, ou seja, a investigação volta-se para o simbólico mais do que para o real.
A amamentação, o aprender a andar e comer sozinho, o controle dos esfíncteres são exemplares segundo Pain (1986, p. 35 – 47), Para compreendermos o universo de significações em que a criança entrou como aprendente e os sentidos figurados do aprender que circulam na família. É importante que observemos o modo como estas aprendizagens ocorrem.
Ressaltamos que segundo Fernández: (1990, p. 108), a aprendizagem é um processo em que intervêm a inteligência, o corpo, o desejo, o organismo, articulados em um determinado equilíbrio, mas a estrutura intelectual tende também a um equilíbrio para estruturar a realidade e sistematizá-la através de dois movimentos que Piaget definiu como variantes: assimilação e acomodação.
Fernández define como assimilação: (1990, p. 108), o organismo para poder incorporar o seu sistema os valores alimentares das substâncias que absorve, deve transformá-las, é o movimento do processo de adaptação pelo qual os elementos do ambiente alteram-se para ser incorporados à estruturas do organismo.
Segundo Fernández: (1990, p. 109), a acomodação é o movimento do processo de adaptação pelo qual o organismo altera-se, de acordo com as características do objeto a ser ingerido.
Portanto, todo ato de inteligência, supõe uma interpretação da realidade externa, ou uma assimilação do objeto por conhecer a algum tipo de sistemas de significados existentes no sujeito.
Assim, como se podem encontrar atividadespredominantemente, assimilativas como o jogo e outras predominantemente acomodativas como a cópia de um desenho ou cumprimento de uma consigna, também podemos encontrar pessoas que agem cognitivamente de um modo hiperassimilativo e outras hiperacomodativas. Entretanto como a inteligência é somente uma das estruturas que intervêm no processo de aprendizagem e de outra forma não se pode separar do desejo e da corporeidade, na análise de um sujeito em particular, é preferível falar de modalidade de aprendizagem e não de modalidade de inteligência.
 
•	Hipoassimilação
- Modalidade: pobreza de contato com o objeto, esquemas de objeto 
 empobrecidos. 
 
- Conseqüência: incapacidade de coordenar estes esquemas, défict lúdico e criativo, prejuízo da função antecipatória, da imaginação e da criação. 
 
•	 Hiperassimilação 
 - Modalidade: precocidade na internalização dos esquemas representativos, predomínio do lúdico e da fantasia, subjetivação excessiva. 
 
 - Conseqüência: não permite antecipação de transformações, desrealização do pensamento, resistência aos limites, dificuldade para resignar-se. 
•	Hipoacomodação 
- Modalidade: não respeito ao ritmo, tempo da criança não obediência à necessidade de repetição de uma experiência, reduzido contato com o objeto. 
 
- Conseqüência: déficit na representação simbólica, dificuldade na internalização das imagens, problemas na aquisição da linguagem, falta de estimulação, abandono. 
 
•	Hiperacomodação 
 - Modalidade: superestimação da imitação, reduzido contato com a subjetividade, falta de iniciativa, obediência cega às normas, submissão, não dispõe de suas experiência anteriores. 
 
-	Conseqüência: superestimulação da imitação, falta de iniciativa, obediência a crítica às normas, submissão. 
 A partir deste esquema sobre as modalidades de inteligência, o sujeito constrói sua não-aprendizagem, da seguinte forma: 
 
•	Hipoassimilação/Hiperacomodação 
 - Alunos “bonzinhos”, mas não colocam significados; imitação estereotipada. 
 - Modalidade dominante na escola 
 
•	Hiperassimilação/Hipoacomodação
 - Problemas de aprendizagem com estrutura psicótica ou de Sintoma 
 •	Hipoassimilação/Hipoacomodação 
 - Não reproduz, não fantasia, 
 - Inibição Cognitiva 
 
Outro aspecto que o psicopedagogo deverá considerar: o processo ensino-aprendizagem é sempre um caminho de via dupla. As modalidades de aprendizagem que interferem neste processo dizem respeito não exclusivamente ao aprendente, mas também ao ensinante.
 
Isso nos leva a refletir na nossa própria modalidade de aprendizagem, uma vez que ela poderá construir uma modalidade de ensinagem geradora de modalidades de aprendizagem patógenas. 
 
			
4. TESTES PSICOPEDAGÓGICOS	
	 	 	 
No diagnóstico psicopedagógico usa-se testes para investigar questões relacionadas à personalidade e questões relacionadas à aprendizagem humana, são os testes psicopedagógicos (Testes Projetivos e Psicométricos).
Os Testes Projetivos como o nome sugere, vão projetar os conteúdos inconscientes do paciente, são eles:
	Teste da Família;
	Teste da Família Cinética;
	Teste Par Educativo;
	Teste Aperceptivo Psicopedagógico ( T.A.P.);
	Teste Hora do Jogo Psicopedagógico.
Os Testes Psicométricos vão avaliar as questões cognoscitivas, são eles:
	Teste de Bender;
	Teste Sondagem da Escrita;
	Testes Piagetianos.
Deve-se aplicar um teste a cada sessão e ele pode durar o tempo necessário dentro dessa sessão de sessenta minutos. Também é preciso oferecer o material adequado para a realização de cada teste.
Estes testes nos fornecem indicadores que analisados juntamente com a anamnese (dados fornecidos pelos pais, sobre a história de vida do paciente), vão nos esclarecer possíveis bloqueios cognitivos e emocionais como também a maneira de aprender do paciente, ou seja, sua modalidade de aprendizagem, que pode ser, segundo Fernández: (1990, p. 110).
HIPOASSIMILAÇÃO: pobreza de contato com o objeto que redunda em 
esquemas de objeto empobrecidos, déficit lúdico e criativo.
HIPERACOMODAÇÃO: pobreza de contato com a subjetividade, superestimulação da imitação, falta de iniciativa, obediência a crítica, às normas, submissão. Lamentavelmente, a modalidade de aprendizagem hipoassimilativa/hiperacomodativa é a vedete de nosso sistema educativo. Muitos bons alunos encontram-se nesta situação.
HIPOACOMODAÇÃO: pobreza de contato com o objeto, dificuldade na internalização de imagens, a criança sofreu a falta de estimulação ou o abandono.
HIPERASSIMILAÇÃO: predomínio da subjetivação, desrealização do pensamento, dificuldade para resignar-se.
Nos Testes Psicopedagógicos não analisa-se somente o conteúdo final, mas também o processo durante a aplicação dos mesmos, como ocorreu a produção e como o paciente realizou os testes, considerando estes pontos específicos:
USO DA BORRACHA
	Normal: autocrítica
	Ausência total: falta de crítica
	Uso exagerado: indecisão, dificuldade de lidar com o erro, como também com situações novas, espírito muito crítico e perfeccionista.
USO DA RÉGUA
A pessoa que usa a régua excessivamente, é uma pessoa muito rígida. Ela tem dificuldade em trabalhar com as exceções e também com a questão de flexibilidade de pensamento, tem rigidez de pensamento. É uma pessoa que tem dificuldade em acomodar situações novas, é presa a regras, tem dificuldade em lidar com a afetividade.
TRAÇADO
	Traços retos: remetem a questões cognitivas, a figura masculina, a questão fálica e a sexualidade.
	Traços arredondados: remetem a questões emocionais, afetivas intuição, receptividade, a figura feminina.
	Traços que não são contínuos pode indicar uma pessoa insegura.
PRESSÃO DO LÁPIS
	Muita pressão: imaturidade do tonus muscular (questão orgânica), tensão interna (questão emocional), dificuldade de flexibilidade, dificuldade em aprender novos padrões de comportamentos (questão da assimilação).
	Normal: apresenta padrão de tensão muscular dentro dos padrões de normalidade, bom tonus emocional e cognitivo.
	Pouca pressão: pode significar dificuldade de lidar com situações de evidência, baixo auto-estima, inibição, tem dificuldade de expor seus sentimentos (questão emocional).
UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO
	Nos testes quando se dá uma folha de papel para o paciente, ele representa o seu mundo neste papel. O desenho representa como esta pessoa se situa no espaço e no mundo.
	Desenho pequeno no canto da folha: pode indicar uma pessoa com baixa auto-estima, ela se vê muito pequena no mundo, sente-se inferior.
	Desenho no meio da folha: pode ser uma pessoa bem estruturada, nas questões cognitivas e afetivas, pessoa centrada em seu meio.
	Desenho muito grande: pode indicar uma pessoa que tem dificuldade de lidar com limites, sendo uma pessoa sem limites.
ESQUEMA CORPORAL
	Cabeça: questão relativa a inteligência, quando a pessoa utiliza muito a borracha pode indicar dificuldade de lidar com essa inteligência.
	Cabeça grande pode indicar uma super valorização da inteligência.
	Cabeça muito pequena, pode indicar inteligência desvalorizada.
	Cabelos: diz respeito a sexualidade, diferenças sexuais, pode indicar boa elaboração no processo de castração.
	Ausência de mãos: dificuldades em estabelecer contato com o objeto de conhecimento e com o mundo.
	Ausência de braços: dificuldade de estabelecer vínculos afetivos.
	Ausência de pernas: dificuldade de ir a busca do conhecimento.
	Ausência dos pés: falta possibilidades de aproximar e afastar-se do objeto de conhecimento, podendo indicar processo de castração mal elaborado.
5. TESTES PROJETIVOS
5.1 TESTE DA FAMÍLIA
O objetivo deste teste é analisar a relação existente entre o paciente e os membros da família, ou seja, como ele se situa em relação aos membros da família e a relação dos demais membros.
A consigna é pedir ao paciente que desenhe uma família.
Ao analisar este teste não podemos nos esquecer que vamos analisarquestões referentes a aprendizagem e não relacionadas a personalidade. Como também não podemos perder de vista que o paciente vai projetar a relação dele com os seus familiares.
A duração deste teste é de uma sessão. Ao término do desenho é pedido ao paciente que ele nomeie as pessoas daquela família. Enquanto ele vai nomeando, o psicopedagogo vai fazendo as anotações em um papel a parte, nunca no papel do teste. Depois que ele nomear e falar as características de cada um, pedir que ele conte uma história sobre o desenho. 
O psicopedagogo deve levar ao conhecimento do paciente, que a família (psicanalítica) é formada pelo pai, pela mãe e filhos.
Para a realização do teste, é preciso fornecer ao paciente todo o material gráfico, ou seja, lápis grafite, apontador, lápis de cor, giz de cera, canetas hidrocolor, régua e uma folha de sulfite.
A análise do desenho deve ser feita de forma global, ou seja, como foi a utilização do espaço, o uso da borracha, o traçado, a pressão do lápis, o esquema corporal das figuras, a relação entre as figuras, figura feminina no plano principal e figura masculina do plano secundário ou mulheres de um lado e homens do outro, a posição do paciente entre os personagens, se ele está próximo do pai ou da mãe, número de personagens e outros aspectos pertinentes a análise do teste.
Após a análise levantar uma hipótese sobre o tipo de modalidade de aprendizagem, levando em consideração os fatos anteriores, como por exemplo a anamnese.
O psicopedagogo deve também levantar uma hipótese psicanalítica relacionada ao processo de Édipo ou Castração.
5.2 TESTE DA FAMÍLIA CINÉTICA 
Este teste tem por objetivo analisar como se dá o estabelecimento de vínculos entre os membros da família. A consigna consiste em pedir que o paciente desenhe uma família fazendo alguma coisa (em movimento).
Quando o paciente terminar, pedir a ele que conte uma história sobre o desenho fale dos personagens, nomeie-os e diga o que estão fazendo. Este teste possibilita verificar três aspectos:
1-	O paciente desenha todos os membros da família fazendo alguma coisa em comum, de forma a exigir a participação mútua. Esta situação pode demonstrar uma interdependência entre os membros da família, dando um indício de normalidade.
2-	O paciente desenha todos os membros da família fazendo alguma coisa junta, mas não há uma inter-relação entre eles. Esta situação pode indicar a existência de um vínculo frágil entre os familiares, como também a dificuldade de estabelecer vínculos nessa família.
3-	O paciente desenha cada pessoa da família fazendo uma coisa diferente. 
Esta situação pode indicar que há pouco contato afetivo entre as pessoas, possivelmente, os vínculos familiares estão prejudicados.
A criança com problema de aprendizagem apresenta-se relacionada aos dois últimos casos.
Neste teste também, o psicopedagogo deve fornecer o material gráfico e uma folha de sulfite e fazer a análise do processo do desenho de forma global, não se esquecendo dos fatos anteriores a este teste, levantando a hipótese da 
modalidade de aprendizagem a hipótese psicanalítica do paciente.
5.3 TESTE ENSINANTE-APRENDENTE
Este teste tem por objetivo analisar a relação ensinante – aprendente e objeto de conhecimento.
A consigna é pedir ao paciente que desenhe alguém aprendendo alguma 
coisa.
Neste teste analisa se o paciente desenha ou não a figura do ensinante, se não desenhar pode indicar dificuldades de relação entre ambos, ou seja, esta relação pode estar fragilizada.
No entanto, quando ele desenha o ensinante, a relação entre ambos pode não apresentar dificuldades aparentemente, mas deve se analisar outros pontes específicos. 
Não se deve esquecer nesta análise que os pais foram os primeiros ensinantes, portanto, o paciente pode estar projetando no papel esta relação.
O psicopedagogo deve fornecer o material gráfico e uma folha de sulfite para a realização do teste. Ao término pedir ao paciente que conte uma história sobre o desenho.
Durante a realização do teste, o psicopedagogo deve observar o processo do desenho e fazer a análise de forma global, levantando a hipótese psicanalítica e a hipótese de modalidade de aprendizagem do paciente, considerando os testes anteriores.
5.4 TESTE APERCETIVO (T.A.P.)
Este teste conhecido como T.A.P. (Teste Aperceptivo Infantil Psicopedagógico) teve sua origem no teste psicológico C.A.T. que tem dez pranchas diferentes, as quais são apresentadas para a paciente e ele elabora histórias que serão analisadas.
A Psicopedagogia numa perspectiva analítica percebeu que podia usar três pranchas do C.A.T. para um outro teste, o T.A.P., ou seja, as figuras de uma cena da alimentação, de uma cena familiar, inferindo a comunicação de um segredo e uma cena remetendo-se ao controle dos esfíncteres.
Este teste possibilita que o paciente projete seus conteúdos inconscientes por meio de histórias, relatos e contos e não por meio de desenhos.
São apresentadas as três pranchas e retiradas, depois mostradas novamente uma de cada vez, dando a consigna, que é pedir que o paciente conte uma história sobre cada figura e que dê um título a cada história.
Em cada história o paciente vai usar apenas um dos três tipos de textos existentes, ou seja:
TEXTO DESCRITIVO: 
É um texto que não tem enredo. O paciente simplesmente descreve o que observa na prancha. Ele não se desloca, não se afasta da prancha para criar. Esse tipo de discurso pode indicar uma pessoa com pouca energia no id, que fica muito presa no momento, nos acontecimentos, no aqui e no agora.
Pode ser uma pessoa insegura, que tem uma certa dificuldade em estabelecer vínculos, pois fica muito presa a situações, não conseguindo interagir com o objeto. Não consegue se direcionar ao passado e muito menos ao futuro e se prende ao presente.
Pode ser um paciente com déficit lúdico e criativo, o qual se prende a modelos, trabalha com esquemas pré-estabelecidos, fala pouco, na maioria das situações se omite, enfim, há uma inibição cognitiva.
Este paciente, pode ser hipoassimilativo ou hipoacomodativo. Ele está 
mais próximo da modalidade de aprendizagem hipoassimilativa.
TEXTO DESCONTEXTUALIZADO: 
É um texto inicialmente direcionado ao que se observa na prancha, um enredo correto, mas de repente o paciente descontextualiza, foge do contexto, começa a devanear.
Este tipo de paciente observa e guarda pouco as situações que lhe é apresentada na prancha, isto pode indicar uma pessoa com dificuldade em lidar com limites, dificuldade em lidar com a realidade. Uma pessoa com muita energia no id. Exemplo: a criança que pergunta muito não houve a resposta; come um pouco de cada coisa, mas não termina nada, vive beliscando.
Este tipo de paciente pode apresentar uma modalidade de aprendizagem hiperassimilativa.
TEXTO INTEGRADO: 
Este texto caracteriza-se por estar adequado ao tema apresentado na prancha, ou seja, está dentro de um padrão de normalidade. É perceptível no enredo, tem começo, meio e fim, ou seja, uma seqüência de idéias. É o texto que se espera de uma criança que não apresenta problema, se o paciente usar este texto devemos analisar o conteúdo em si da história.
O psicopedagogo deve levantar hipóteses da modalidade de aprendizagem e psicanalítica para cada história contada.
PRIMEIRA PRANCHA: DAS GALINHAS (ANEXOS 1)
O objetivo é analisar a relação ensinante-aprendente e conhecimento.
Esta prancha remete a questão da alimentação, paradigmaticamente associada ao aprender, pode-se observar, por exemplo, as figuras paterna e materna como ensinantes projetadas na galinha, os pintinhos como aprendentes (filhos) e o tipo de vínculo estabelecido entre eles.
A prancha ainda possibilita confirmar ou não as hipóteses apresentadas no Teste Par Educativo. O paciente projeta inconscientemente uma relação da alimentação com a aprendizagem.
A galinha representa o ensinante, como este ensinante passa o conhecimento para seu aprendente, se é de forma autoritária, descontraída, ou só quando acha necessário, enfim, qual é o papel do ensinante nesteprocesso.
Os pintinhos representam os aprendentes. O paciente pode se projetar no pintinho que está sem o guardanapo, isto nos remete a uma posição de destaque, ou seja, o paciente pode se sentir em uma posição de realce.
O conteúdo dentro da tigela (rosto masculino) representa o conhecimento.
Quando o paciente não sabe que tipo de alimento há dentro da tigela, pode indicar que o conhecimento não está claro para ele.
O paciente projeta como ele percebe o conhecimento, quem apresenta, como ele se apropria ou não do mesmo e qual o papel do ensinante neste processo, sempre relacionando o conhecimento com o alimento que está na tigela.
Para se chegar à uma hipótese sobre essa prancha, deve levar em consideração o enredo e os conteúdos apresentados durante a realização do teste.
SEGUNDA PRANCHA : DOS MACACOS (ANEXOS 2)
O objetivo é analisar como se dá a questão da circulação do conhecimento dentro da família. 
Essa prancha sugere uma situação familiar, uma conversa, uma situação de segredo. Observar, se o segredo está entre os dois personagens que tem um objeto em comum nas mãos, o alimento.
Normalmente, o paciente se projeta no macaquinho menor.
Observar e analisar como ele se percebe nesta situação familiar, é alguém que conhece ou desconhece o objeto de conhecimento, como um ser que compartilha ou não do conhecimento. Se é uma pessoa excluída do grupo familiar, como alguém que não pode conhecer, ou é incluída por um dos membros desta família.
Além do relato feito pelo paciente, o psicopedagogo pode se valer da anamnese para levantar hipóteses.
Outro fato importante a observar é se o paciente observa e comenta a figura do quadro na parede o que pode remeter a questão do superego. O medo 
da morte, a angústia da castração e os conflitos psíquicos.
É pertinente observar a interação do grupo familiar, quem detém o conhecimento, qual a solução que é dada quando se apresenta o conhecimento e como é a aceitação do grupo, de forma passiva ou não.
TERCEIRA PRANCHA: DOS CACHORROS (ANEXOS 3)
O objetivo é analisar como o paciente lida com normas, regras e a questão dos esfíncteres. Essa prancha retrata dois cachorros: um adulto e um filhote. O ambiente sugere um banheiro, o que nos remete a uma situação que pode estar associada a higiene e controle dos esfíncteres. Possibilitando analisar como o paciente incorpora as regras, as normas, as convenções e como ele está estruturando o superego.
Ao analisar a história, o psicopedagogo deve investigar como é a relação de quem ensina e de quem aprende, nesta situação específica (controle dos esfíncteres) de regras, deve observar como foi e a interiorização das mesmas. 
Após as análises, o psicopedagogo, levanta hipóteses para cada história, 
como já foi dito.
5.5 TESTE HORA DO JOGO PSICOPEDAGÓGICO 
A hora do jogo é um momento muito rico para o psicopedagogo, pois, ele pode esclarecer uma série de situações hipotéticas que ficaram pendentes em outros testes.
Segundo Alícia Fernández esta hora é só para crianças, mas na verdade, ela serve para qualquer idade e qualquer sexo.
Este teste tem por objetivo observar e identificar como o paciente lida com o objeto de conhecimento; como ele se apropria do objeto; como ele lida com situações desconhecidas e inesperadas.
A duração de teste consiste em uma sessão e o psicopedagogo pode ir informando ao paciente o tempo que ele se dispõe.
Hora do Jogo Psicopedagógico é muito importante pois dentro deste espaço e tempo a criança auto confia para criar.
Muitos pacientes, apresentam um déficit no jogar, juntamente como o déficit na aprendizagem. Esse espaço do jogo ajuda a recuperar o prazer de jogar, de brincar, de criar e de aprender. 
A hora do jogo é pertinente para poder compreender alguns processos como:
O espaço de aprender e o espaço de jogar são coincidentes;
	Ambos os processos têm três momentos de construção, que é inventário, planejamento e integração;
	A modalidade desenvolvida no jogo e o tipo de tratamento do objeto são os mesmos na aprendizagem; 
	O brincar possibilita o desenvolvimento das significações de aprender. O que pode ser mostrado tanto de forma verbal quanto lúdica. Ambas as linguagens mostram e escondem, guardam e ocultam.
A Hora do Jogo Psicopedagógico permite observar a dinâmica da aprendizagem, os processos de assimilação, acomodação e possíveis desequilíbrios, como ainda observar a capacidade da criança para argumentar e organizar seu mundo simbólico.
MATERIAL:
Colocamos dentro de uma caixa, com tampa separável diversos e desestruturados materiais para desenhar, recortar, pegar, costurar, olhar, ler, escrever, guardar, modelar, juntar e caixinhas de diferentes tamanhos que possam ser encaixadas umas nas outras. Se possível incluir vários materiais diferentes que sirvam para uma mesma ação, como: durex, cola plástica, fita adesiva, alfinetes, ganchinhos que possibilitem o desdobramento se o paciente quiser, diferentes formas de unir, além disso para que o instrumento em si não condicione a forma de juntar. Na análise, vamos nos deter nas ações desenvolvidas e na maneira de desenvolvê-las.
Colocamos, também, papéis, folhas de caderno, cartolinas, revistas, livros, tesouras, marcadores, lápis grafite e de cor, massa para modelar, barbantes, fitas, botões, contas, jogos de encaixe, jogos faltando peças e o que achar necessário para atingir o objetivo deste teste. Os materiais não precisam ser novos, mas devem estar em condição de uso e ser de boa qualidade.
Apresentamos a caixa fechada com sua tampa. A caixa deve estar em lugar cômodo para a manipulação. Se ela é colocada sobre uma mesa, esta deve ser suficientemente grande e baixa para permitir o deslocamento dos objetos na hora do jogo. É preferível colocar a caixa no chão, sobre um tapete.
A consigna é dizer: você vai pegar esta caixa e fazer o que quiser com o que estiver dentro dela.
O psicopedagogo vai durante este tempo ficar observando e anotando todo o processo de desenvolvimento do teste.
O processo permite analisar quatro possibilidades de procedimentos:
1 -	O paciente que não faz nada, apático, não estabelece contato espontaneamente, nem levanta a tampa da caixa para ver o que há dentro. Esse paciente precisa de autorização para mexer na caixa, é um paciente que precisa de motivação, de um intervenção por parte do psicopedagogo, para poder mexer na caixa.
Esse paciente parece ser tímido, mas, não podemos confundir timidez e vergonha com a falta de curiosidade. Essa que é saudável e normal em toda pessoa. A falta desta curiosidade implica na passividade.
Pode ser o tipo de paciente que aceita tudo que lhe é oferecido na hora da 
alimentação, não escolhe nada para comer, tudo está bom. É um paciente que tem medo de errar, medo de estar em evidência, medo de agir, pois se errar ou acertar implicará estar em evidência, portanto, acaba-se omitindo. É uma pessoa crítica mas que não sugere nada melhor.
Este paciente pode apresentar uma modalidade de aprendizagem hipoassimilativa ou hiperacomodativa.
2 -	O segundo paciente é o que estabelece contato superficial com a caixa, se contenta com uma análise superficial do conteúdo inserindo na mesma. É o tipo de paciente que ao mexer na caixa parece que vai quebrar o que está dentro. Para este paciente aprendizagem e conhecimento podem significar perigo. Ele tem dificuldade em estabelecer vínculos afetivos e ou cognitivos. É taxado de desatento e preguiçoso, faz o que lhe é permitido e de qualquer jeito, na hora do jogo sua produção é pobre e sem detalhes.
Pode ser uma pessoa que come pouco, muitas vezes sem saborear o alimento, geralmente possui um trânsito intestinal muito rápido. Se apropria pouco do alimento, analiticamente do conhecimento também, o que leva a supor que sua modalidade de aprendizagem é hipoacomodativa.
3 -	Este paciente tem pouca energia no id, pode até ser elogiado pela sua postura questionadora e investigadora. Come um pouquinho de tudo, não consegue fazer escolhas, priorizar, estabelecer ordens, classificar, acaba por não terminarnada. Sempre acha que uma outra idéia é melhor do que a sua, não consegue estabelecer vínculos significativos. Perante isso, podemos supor que a sua modalidade de aprendizagem seja hiperassimilativa.
4 -	É o paciente que se encontra dentro dos padrões de normalidade, ou seja, ele apresenta os três momentos da construção sem dificuldades.
Estes três momentos acontecem em toda aprendizagem. Se observamos o brinquedo de uma criança encontraremos os três momentos na brincadeira.
Inventário ou construção: A criança trata de classificar de alguma maneira, o conteúdo da caixa através da manipulação superficial dos objetos, experimentando seu funcionamento, ou por meio de uma olhada. Procurará avaliar os elementos com que conta, de maneira que estes lhe dêem as possibilidades de ação. Sabemos que para aprender, o sujeito deverá estar diferenciado do objeto e manter com ele uma distância necessária para que o objeto se diferencie.
Há paciente que quando o psicopedagogo está dando a consigna, já estão abrindo a caixa.
Devemos observar que tipo de inventário faz o paciente com os objetos da caixa. Se os experimenta, se pega rapidamente o primeiro que encontra e o usa, se procura um objeto ou instrumento em particular em função de um projeto, ou se os objetos, sozinhos determinam o uso. Devemos observar se esse momento acontece com segurança ou insegurança para a criança.
 
Planejamento ou organização: Este momento tem a ver com a postulação de um jogo. O material começa a fazer parte de uma organização simbólica, que se realiza por comparações sucessivas e começa a desenvolver-se um argumento, para o qual se utilizam vários elementos da caixa.
As dificuldades neste momento tem a ver com obstáculos para entender relações, formular hipóteses, apresentar e resolver problemas.
Integração ou apropriação: É a possibilidade de chegar a uma conclusão argumenta que mostre as conseqüências de relação entre objetos. Relaciona-se também com a capacidade de decisão, com a capacidade de domínio, com a aceitação da carência, com a capacidade de mostrar e portanto de guardar, com as possibilidades de lembrar. Um paciente que apresenta um problema de aprendizagem, sintoma ou inibição cognitiva, não poderá chegar a este terceiro momento de jogo e apresentará dificuldades também nos dois momentos anteriores. A criança que fracassa no aprender por razões de ordem reativa ao sistema educacional, não tem por que apresentar dificuldades na organização destes três momentos da hora do jogo.
6. TESTES PSICOMÉTRICOS
6.1 TESTE DE BENDER
Este teste tem por objetivo avaliar o nível de aquisição e disposição dos comportamentos cognitivos do paciente, verificar sua coordenação visual e motora, sua maturidade visomotora e sua função neurológica.
O Bender é um teste psicométrico constituído por nove cartelas. A primeira tem a letra A e as demais são numeradas de um a oito.
Ele deve como os demais testes, ser aplicado em uma sessão. O psicopedagogo apresenta todas as cartelas ao paciente e logo após, as recolhe. Volta a mostrar uma a uma e dá a consigna: “Você vai desenhar as figuras iguais as que eu vou mostrar, faça o melhor que você conseguir.”
Para a realização do teste é necessário fornecer ao paciente, lápis preto HB, borracha, apontador e uma folha de sulfite.
Além de observar questões referentes à coordenação visomotora, este teste permite observar também questões neurológicas, cognitivas e afetivas.
O psicopedagogo deve anotar todas as condutas do paciente durante o teste.
As hipóteses a serem observadas tanto no processo quanto no desenvolvimento são:
1-	Fatores organizacionais: aspectos de disposição das figuras na página ou páginas usadas pelo indivíduo.
2-	Seqüência: Por seqüência, se entende o arranjo ou a ordem das figuras estímulos, enquanto reproduzidas. As possíveis ordens de seqüência são:
	Rígida: todas as figuras são desenhadas numa seqüência direta na página, seja numa direção horizontal ou vertical. A colocação dos desenhos parece forçada e sem consideração por tamanho ou forma.
	Ordenada: é feita uma sucessão regular das figuras, seja numa seqüência 
	horizontal ou vertical, com a exceção da realização de uma inversão (mudança de direção).
	Irregular: pode ser evidente mais de uma mudança na direção mas as mudanças são lógicas, para possibilitar mais espaço para as figuras.
	Confusa: não são desenhadas mais do que três figuras em seqüência direta, as restantes estão espalhadas pela página.
	Figura A no centro: com as outras figuras colocadas arbitrariedade em torno. Este é um tipo de ordem confusa.
	A ordem rígida está associada com um funcionamento intelectual rígido, a ordem confusa está associada com desorganização do funcionamento intelectual, o arranjo confuso, descrito como uma sucessão desordenada da figuras em torno da figura A, está associado com comportamento de atuação.
	Coesão na página: A localização dos desenhos na folha, se no canto, no meio, no alto ou na base.
	Organização do espaço: Se usa uma pequena área da folha, se há ou não arranjo expansivo, e o uso de mais de uma folha para o teste.
	Adequação do desenho à realidade: Observar se aumenta ou diminui o tamanho linear das figuras, em relação ao tamanho da figura que lhe é apresentada, se desrealiza o pensamento.
3 - A dificuldade no fechamento ou na junção é uma expressão de medo ou de excessivo atrito nas relações interpessoais.
	Domínio da folha: proporção do desenho em comparação com a folha.
	Rotação da folha: O paciente emocionalmente perturbado apresentam rotações na folha. Pode-se dizer que se fazem rotações no sentido dos ponteiros do relógio, habitualmente, têm pobreza de impulsos. Pequenas rotações, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, estão associadas com condições da expressão do afeto.
	Representação das linhas: O tamanho e as proporções das figuras de linhas curvas revelam atitudes em relação à aceitação do papel feminino. 
	Atitudes quanto ao papel masculino são reveladas, em aspectos similares, das figuras de linhas retas.
	Ordem e direção: A ordem e a direção do desenho de cada uma das figuras são aproximadamente as mesmas, para todas as pessoas de diferentes idades.
	É importante observar se a pessoa é canhota ou destra. A pessoa que é forçada a escrever com outra mão, pode ser vítima de um problema visual. Exemplo: quando uma criança usa o espaço de forma inadequada, isto pode indicar uma criança canhota que foi forçada a deslocar a função dominante por uma repressão.
	Uso da borracha: A criança com desenvolvimento normal, embora não indevidamente exigente ou hipercrítica, usa a borracha, num esforço de tornar as linhas, os ângulos mais aproximados aos modelos, também podemos observar criança com ausência total ou com uso exagerado.
	Figuras emolduradas: O uso de linhas, para separar as figuras, é uma maneira do paciente expressar insegurança e ansiedade. Ele se sente inadequado, em relação às exigências feitas pelos outros, se torna um tanto isolado. Está também ligado a questão do vínculo familiar.
	Pedido de régua: Pode indicar ser um paciente inseguro, ligado à padrões rígidos, (não fornecer).
	Reversibilidade: Indica boas habilidades mentais e cognoscitivas.
	Questão da viscosidade: O paciente olha para uma figura e para outra e acaba levando a imagem da primeira para a segunda, ou seja, não consegue desligar-se de uma imagem para fazer outra. Isto pode indicar uma dificuldade de estabelecer vínculos, precisa cortar o cordão umbilical com a mãe ou com o pai. Também pode ser um problema de questão neurológica e não afetiva.
FIGURA A 
Esta figura permite observar mais especificamente a questão da articulação da afetividade e da cognição, ou da figura feminina e a figura masculina.
O primeiro desenho, o círculo representa a questão da afetividade e está relacionado com a figura feminina.
O segundo desenho, o quadrado a direita do círculo, está relacionado com a questão da afetividade, como também a questão cognitiva que alude-se a figura masculina.
Quando ambos

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