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4 - Atendimento Pré-hospitalar

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ACAPS - Academia de Administração Prisional e Socioeducativa 
Endereço: Rua Heitor Blum 280 | Estreito | Florianópolis/SC | 88075-110 
E-mail: acaps@sap.sc.gov.br / Telefone: (48)3665-9097 - Secretaria Acaps 
 
 
 
 
 
 
 
 
CFP2020 
 ACAPS – Academia de Administração 
Prisional e Socioeducativa 
 
 
Autores: Alexsandro Luiz Julio, 
 Anderson Manoel dos Santos, 
 Gabriel Eduardo dos Santos 
[ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR] 
O Atendimento Pré-Hospitalar consiste nos cuidados realizados antes do atendimento hospitalar. O 
seu objetivo é minimizar sequelas, dar condições para que pessoas vítimas de acidentes ou eventos 
que comprometam sua saúde possam ter uma condição melhor para uma atendimento mais 
qualificado. 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
DEAP – Departamento de Administração Prisional 
SAP – Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa 
APH – Atendimento Pré-Hospitalar 
PHTLS – Prehospitalar Trauma Life Suport 
CIT – Centro de Informações e Assistência Toxicológicas 
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul 
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
RCP – Reanimação Cardiorrespiratória 
CBMSC – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina 
BPM – Batimentos por minuto 
MRPM – Movimentos Respiratórios por minuto 
VOS – Ver, Ouvir e Sentir 
PA – Pressão Arterial 
START – Simple Triage And Rapid Treatment 
AMUVI - Atendimento com Múltiplas Vítimas 
FR – Frequência respiratória 
PR – Parada Respiratória 
PCR – Parada Cardiorrespiratória 
OVACE – Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
FAF – Ferimento por Arma de Fogo 
FAB – Ferimento por Arma Branca 
 
 
SWAT – Special Weapons and Tatics 
DOC – Doctor 
GEPAO/RS – Grupamento de Paramédicos e Apoio Operacional/Resgate e Salvamento 
GSAR – Grupo de Salvamento e Resgate 
GAPH – Grupo de Ações Pré-hospitalares 
POE/GRT – Pelotão de Operações Especiais/ Grupo de Resposta Tática 
TQmil – Torniquete Militar 
CTECC – Committe for Tatical Emergency Casualty Care 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A presente apostila apresenta os conteúdos que serão ministrados durante o curso de 
formação inicial para Agentes Penitenciários do Departamento de Administração Prisional – 
DEAP – da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa do Estado de 
Santa Catarina – SAP – do Estado de Santa Catarina, referente a disciplina de Atendimento 
Pré-Hospitalar. 
 A mesma é base para a instrução e será usada na elaboração das questões da disciplina 
para as avaliações previstas no edital 001/2019 – SAP/SC do presente concurso público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NO COTIDIANO 
Inicialmente devemos entender a diferença entre o Atendimento Pré-Hospitalar - APH 
e o atendimento Intra-Hospitalar. O primeiro são cuidados imediatos a alguém ferido ou 
doente, com a finalidade de: preservar a vida, promover a recuperação ou prevenir que o caso 
piore, portanto trata-se de uma atenção rápida, imediata a uma pessoa que está em perigo de 
vida, realizando tais cuidados para manter as suas funções vitais e reduzindo seus agravos até 
que a vítima receba atendimento de emergência adequado. 
 O atendimento Intra-hospitalar são todos os procedimentos realizados em uma unidade 
de saúde, desde o recebimento até a alta do paciente e/ou vítima de trauma, compreendidos 
em ambiente controlado. Os primeiros cuidados também podem ocorrer dentro do hospital 
caso nenhum técnica tenha sido aplicada na pessoa vítima de um evento traumático. 
 
 
 Afinal, qual a importância do APH em nosso dia-a-dia. Segundo Nicholas Senn, MD 
(1844-1908): “O destino dos feridos está nas mãos de quem aplica o primeiro curativo.” 
(NAEMT-PHTLS, 2016, p.2). 
 Importância no cotidiano pessoal e profissional: 
 Vidas preservadas e sequelas minimizadas; 
 Satisfação pessoal; 
 Incremento de nova técnica no sistema penitenciário. 
 Ênfase em nosso curso? 
 Situações mais comuns dentro do sistema penitenciário (exemplos). 
Figura 1: Equipes de Atendimento Pré-
Hospitalar Fonte: https://saudeemtela.com.br/ 
Figura 2: Equipe Médica intra hospitalar. Fonte: 
https://veja.abril.com.br/ 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO ATO DE SOCORRER 
 Omissão de socorro – art. 135 do Código Penal: 
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança 
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e 
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - 
detenção, de um a seis meses, ou multa.” 
 
 
 Exposição ao perigo – art. 132 do Código Penal 
“Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três 
meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.” 
 Negligência: falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou 
ocorrência. É a indiferença do agente que podendo tomar as cautelas exigíveis, não o faz por 
displicência ou preguiça. 
Figura 3: Ocorrências comuns no sistema penitenciário. Fonte:http://biblioteca.cofen.gov.br/ 
Deve-se entender que, a omissão de socorro 
passa por um espectro que vai desde a ação 
direta sob pessoa que necessite socorro 
passando pelo fato de não chamar socorro 
especializado ou autoridade competente. 
Também abandonar a vítima iniciado o 
atendimento, enquadra-se neste quesito legal. 
 
Figura 4: Omissão de socorro. Fonte: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-
produtos/direito-facil/edicao-semanal/omissao-de-socorro 
 
 
 
 Imprudência: inobservância das precauções necessárias, expondo outros ou a si 
mesmo a perigo. 
 
 Imperícia: É a falta de especial habilidade, ou experiência ou de previsão no exercício 
de determinada função, profissão, arte ou ofício. 
 
 Recusa de atendimento: Adultos com atividades mentais regulares tem o direito de 
recusar o tratamento. Pacientes devem ser informados dos riscos, benefícios, tratamentos e 
alternativas. O socorrista deve obter a assinatura com uma testemunha presente, se possível. 
Submeter paciente a tratamento contra sua vontade é crime previsto em lei (art 146 do Código 
Penal – 03 meses a 01 ano). 
 Aceitação implícita: Quando a vítima encontrar-se inconsciente, sem capacidade de 
assumir seus atos, o socorrista pode agir sem o consentimento da mesma, devido ao risco de 
vida existente. 
 
Figura 5: Exemplo de negligência. Fonte: 
https://www.facebook.com/pages/categor
y/Media/Negligencia-M%C3%A9dica-
2012063902407315/ 
Figura 6: Exemplo de imprudência. Fonte: 
https://www.caaraponews.com.br/noticia/88752/imprude
ncia-no-transito 
Figura 7: Exemplo de imperícia. Fonte: 
http://alexandrebasileis.blogspot.com/2013/09/impericia-na-
conducao.html 
 
 
CANAIS DE EMERGÊNCIA 
 Existem diversos canais que podem ser acionados em casos de emergência, conhecer 
qual canal acionar é fundamental para uma rápida e efetiva ação em uma situação de crise. 
VOCÊ SABE A QUEM CHAMAR EM CASO DE EMERGÊNCIA? 
 
 
 
 
 
 
Como e o que devo informar ao serviço de emergência sobre a ocorrência? 
 Identificação do solicitante; 
 Natureza da ocorrência (acidente trânsito, incêndio, emergência médica, etc.); 
 Dê a melhor localização possível do local; 
 Riscos potenciais (presos amotinados, fios elétricos, produtos perigosos, fogo, 
etc.); 
 Procedimentos já realizados pelo socorrista; 
 Exponha se existe comoção social no local. 
 Estado de saúde da(s) vítima(s); 
SEGURANÇA DO SOCORRISTA 
 Em caso de emergência, garanta sua segurança primeiro. 
 Segurança pessoal e da equipe em primeiro lugar; 
 Não seja mais uma vítima; 
 Gerencie a crise. 
 
 
 Polícia Militar: 190; 
 Bombeiros: 193; 
 S.A.M.U.: 192; 
 Polícia Rodoviária Federal: 191; 
 Polícia RodoviáriaEstadual: 198; 
 C.E.A.T.O.X.: 0800-014 8110 – C.I.T./UFSC: 0800-643-5252; 
 Concessionária da Rodovia (0800...); 
 Fora do Brasil, informe-se qual o número usado; 
 MERCOSUL 128 (Acordo firmado entre os membros). 
 
 
 O que devo fazer no momento em que for intervir na crise? 
 Localizar as vítimas, protegê-las e garantir sua segurança; 
 Chamar socorro especializado; 
 Executar procedimentos de APH, se possível. 
 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E KIT DE 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
Equipamentos de Proteção Individual são todos os dispositivos ou produtos, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de 
ameaçar a sua segurança e a sua saúde. 
 Quais seriam os EPI`s de um AgePen que presta APH? 
 
 
Equipamentos mínimos de um socorrista: luvas de látex, óculos de proteção, máscara 
facial. 
 
 
Já os EPIs de um Agente Penitenciário podem variar a cada situação em que esteja 
operando, como exemplo, escolta, intervenção, movimentações internas de presos, etc. Ter em 
mente que mais de um EPI pode ser usado ao mesmo tempo, sem maiores problemas, 
inclusive deve ser regra dentro do sistema. 
 Podemos somar os dois: 
 Equipamentos de 
Proteção Individual de 
nossa profissão; 
 Equipamentos de um 
socorrista; 
Figura 8: E.P.I.’s de um socorrista. Fonte: www.google.com 
 
 
Quando se trata de kit de APH, existe uma variedade de materiais. Para um socorrista 
leigo podemos listar uma série de materiais que poderão solucionar diversas situações em 
caso de necessidade, são eles: 
 
 
 
 
 
 
Para o dia a dia da nossa profissão, quanto se trata de materiais para compor um kit de 
APH, podemos torna-lo mais minimalista, com condições de ser transportado em 
equipamentos usados diariamente por qualquer profissional, seja em bornais, pochetes ou 
bolsos de coletes táticos, os quais são: 
 Tesoura (ponta romba); 
 Gases 10x15cm (2 unidades); 
 Ataduras de 10 e/ou 20 cm, (1 de cada); 
 Luva descartável; 
 Mascará facial – descartável ou não; 
 Máscara de RCP descartável. 
 
Existem os chamados equipamentos dedicados, de uso em APH tático ou de combate, 
os quais são desenvolvidos para situações específicas. Estes serão apresentados em outro 
momento em que for tratado do assunto específico. 
NOÇÕES DE ANATOMIA HUMANA 
Anatomia humana é o campo da Biologia responsável por estudar a forma e a 
estrutura do organismo humano, bem como suas partes. 
 O que nos interessa? 
 Ter noção mínima do corpo humano, ênfase: 
 EPIs; 
 Tesoura sem ponta; 
 Pinça Pequena; 
 Saches de toalhas anti-sépticas; 
 Protetor solar; 
 Manta aluminizada; 
 
 Gases 10x15cm; 
 Curativos (tipo band-aid) 
 Ataduras de 10 e 20 cm; 
 Termômetro; 
 Repelente de insetos; 
 Soro fisiológico. 
 
 
 
 Posição e divisão do corpo humano; 
 Principais sistemas que podem sofrer danos em caso de acidentes ou traumas. 
Divisão e conformação do corpo humano 
 O corpo humano é constituído fundamentalmente de cabeça, pescoço, tronco e 
membros. 
 
 
 
 
Posições anatômicas 
 O corpo humano deverá estar na posição ereta, de frente ao observador, braços 
estendidos ao longo do corpo e as palmas das mãos voltadas para a frente. 
Figura 9: Divisão do corpo humano. Fonte: https://www.anatomia-papel-e-caneta.com/divisao-do-corpo-
humano-posicao-anatomica-e-planos-de-seccao/ 
 
 
 
 Posturas anatômicas decúbitos 
 
 
Planos anatômicos: são três os planos anatômicos principais: 
 Plano mediano: divide o corpo em duas metades, esquerda e direita; 
 Plano transversal: divide o corpo em duas metades, superior e inferior; 
 Plano frontal: divide o corpo em duas metades, anterior e posterior. 
Figura 10: Posição para estudos 
em anatomia. Fonte: 
https://personallplus.wordpress.c
om/2015/09/12/posicao-
anatomica/ 
Figura 11: Posição usadas no APH. Fonte: 
https://www.facebook.com/rtradiologia/photos/a.344532142319716/354733887966208/?type=1&theater 
Decúbito dorsal: pessoa deitada de costas, com 
a face para cima, dizemos que ela está em 
decúbito dorsal ou posição supina. 
 
Decúbito ventral: pessoa deitada de frente, 
com a face voltada ao chão, dizemos que ela 
está em decúbito ventral ou posição pronada. 
 
Decúbito lateral: pessoa deitada lateralmente, 
dizemos que ela está em decúbito lateral, 
podemos ainda dizer decúbito lateral 
esquerdo ou direito. 
 
 
 
 
 
Sistemas do corpo humano 
Sistema esquelético: O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos 
ligamentos e tendões. Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e 
armazenamento de sais minerais, como o cálcio. 
 
 
 
 
 
 O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica, pois tem a capacidade de se 
regenerar quando sofre uma fratura. Abaixo temos um esquema mostrando alguns dos ossos 
do corpo humano. 
Figura 12: Planos de estudo do corpo humano. Fonte: CBMSC 
 Dá forma ao corpo; 
 Protege os órgãos; 
 Permite os movimentos do corpo 
humano; 
 Atua como armação para os músculos; 
 Formado por 206 ossos. 
 
 
 
 
 
Sistema muscular 
 
 
 
O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que trabalham em 
conjunto com ossos, articulações e tendões para permitir que façamos diversos movimentos. 
O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo 
humano. Veja a seguir quais são essas funções: 
 Estabilidade corporal; 
 Produção de movimentos; 
 Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal); 
Figura 13: Maiores ossos do corpo humano. Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-esqueletico/ 
Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de 
permitir a contração e produção de movimentos. As fibras musculares, por sua vez, são 
controladas pelo sistema nervoso, que se encarregam de receber a informação e respondê-la 
realizando a ação solicitada. 
https://www.todamateria.com.br/corpo-humano/
 
 
 Preenchimento do corpo (sustentação); 
 Auxílio nos fluxos sanguíneos. 
 
 Os músculos são divididos em três tipos, pois cada um exerce uma atividade específica 
no corpo humano, tem tamanho e formas distintos, a saber: 
Músculos lisos: localizados nos vasos sanguíneos, vias aéreas e na maioria dos órgão 
como por exemplo, músculos dos órgãos internos (estômago, fígado, intestino), pele, vasos 
sanguíneos, sistema excretor (movimentos peristálticos). Possui ação involuntária que é 
controlada pelo sistema nervoso autônomo. 
Músculos estriados esqueléticos: O tecido muscular esquelético é chamado de estriado 
porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. 
São os responsáveis por realizar os movimentos que podemos controlar (voluntários). 
Músculo estriado cardíaco: é o musculo do coração (miocárdio). Controlado pelo 
sistema nervoso vegetativo, mesmo sendo estriado. Possui movimentos involuntários e auto 
ritmados. 
Figura 14: Principais músculos do 
corpo humano. Fonte: 
https://www.todamateria.com.br/sis
tema-muscular/ 
 
 
 
 
Sistema respiratório 
 Formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões, é o sistema que tem por finalidade 
captar o ar e utilizar o oxigênio presente nele para a respiração a nível celular. Também tem 
a função de eliminar o gás carbônico retirado das células pela expiração. 
Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos 
químicos, ele passa pelas vias respiratórias e chega aos pulmões. É nos pulmões que acontece 
a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos respiratórios que este 
órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos 
pelo Sistema Nervoso Central. 
A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e 
dos músculos que trabalham na respiração.São eles que permitem o fluxo do ar das cordas 
vocais e da boca. 
O sistema respiratório é composto, basicamente pelos seguintes órgãos descritos na 
figura abaixo: 
Figura 15: Diferentes tipos de músculos. Fonte: 
http://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2018/04/03/sistema-muscular-parte-i/ 
 
 
 
 
 
Quando o ar passa pelas cavidades do sistema, ele é aquecido, o que torna sua 
absorção mais fácil. 
Sistema circulatório ou cardiovascular 
 O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável 
pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o 
corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração. 
O coração é um dos órgão que compõem este sistema e está localizado na caixa 
torácica, entre os pulmões e atrás do osso esterno. É um órgão oco, composto por cavidades 
denominadas cardíacas, uma membrana externa que o reveste, pericárdio, e outra interna, 
endocárdio. Além do musculo propriamente dito, miocárdio. 
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores 
denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito 
e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os átrios. 
O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o 
movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o 
movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue. 
Figura 16: Órgãos do sistema respiratório. Fonte: 
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ 
https://www.todamateria.com.br/sistole-e-diastole/
 
 
Além do coração, que é o órgão central deste sistema, temos os vasos sanguíneos que 
são de três tipos: 
 Artérias; 
 Veias e 
 Capilares. 
 
 As principais artérias e veias do corpo humano estão indicadas nas figuras abaixo. 
 
Sistema nervoso 
De acordo com o dicionário de significados, sistema nervoso compreende o conjunto 
formado por ligações de nervos e órgãos do corpo, com a função de captar informações, 
mensagens e demais estímulos externos, assim como também respondê-los, além de ser o 
responsável por comandar a execução de todos os movimentos do corpo, sejam eles 
voluntários ou involuntários. 
Figura 17: Tipos de vasos sanguíneos. Fonte: 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Co
rpo/Circulacao2.php 
Figura 18: Grande vasos do corpo humano. 
Fonte: 
https://www.cienciasresumos.com.br/anatom
ia/pequena-e-grande-circulacao-veias-e-
arterias// 
 
 
Não há uma atividade em nosso corpo em que o sistema nervoso não esteja presente. 
Ele pode ser dividido em duas porções: 
•Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo e medula espinhal. 
 
•Sistema nervoso periférico: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. 
 A porção central do sistema nervoso do corpo humano é considerada como a 
“central de controle” do organismo, e é dividida em duas partes principais: encéfalo e 
medula espinhal. 
 
 Encéfalo: O encéfalo é o centro do sistema nervoso em todos os animais vertebrados, 
e em muitos invertebrados 
 Medula espinhal: é a parte mais alongada do sistema nervoso central. É caracterizada 
por um cordão cilíndrico, composto de células nervosas, localizado no canal interno 
das vértebras da coluna vertebral. A coluna vertebral é dividida por regiões e suas 
vértebras (ossos que a compõem) tem formatos e tamanhos diferentes. A saber as 
regiões da coluna vertebral estão na figura a seguir; 
 
 
 
 
 
Figura 19: Esquema simplificado do sistema nervoso central. Fonte: 
http://professor.ufrgs.br/simonemarcuzzo/files/aula_neuro_embriolog
ia.pdf 
Figura 20: Coluna e suas divisões. Fonte: 
https://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso-central/ 
 
 
A porção periférica do sistema nervoso central é composta pelos nervos e gânglios 
nervosos. É por eles que a parte periférica leva e recebe as informações do corpo 
humano. Os nervos podem ser classificados como cranianos (partem do encéfalo) e 
raquidianos (saem da medula espinhal). 
 
SINAIS VITAIS 
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico 
inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles: 
 Pulso; 
 Respiração; 
 Perfusão periférica; 
Para a verificação dos sinais vitais, deve-se atentar as condições ambientais, as 
condições pessoais e os equipamentos usados serem apropriados e calibrados. 
Pulso ou frequência cardíaca: Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a 
parede arterial cada vez que o CORAÇÃO se contrai. Em locais onde as artérias de grosso 
calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. 
 Podem ser considerados normais os seguintes índices de frequência cardíaca: 
 • Adultos – 60 a 100 bpm; 
 • Crianças – 80 a 120 bpm; 
 • Bebês – 100 a 160 bpm. 
 Quais são os pontos onde podemos medir o pulso? Existem vários pontos no corpo 
humano em que se consegue medir o pulso, sempre usando artérias de grande calibre como 
referência. 
 Pressão arterial; 
 Temperatura. 
 
 
 
Como deve ser feita a medição do pulso? Dedos médios e indicador sobre uma 
artéria superficial e comprima levemente; Conte os batimentos durante 1 min; Observe 
arritmias e amplitude. 
Atenção: Ao aferir o pulso, não o faça com o dedo polegar, o mesmo dará resultado 
falso. 
Temperatura: A temperatura corporal de uma pessoa varia de acordo com o sexo, suas 
atividades físicas recentes, consumo de alimentos e líquidos, horário do dia que é mensurada 
e nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual. 
 Normalmente os termômetros clínicos são calibrados em graus e décimos de graus, 
na faixa de temperatura de 35ºC a 42ºC. Não é necessária uma faixa de temperatura mais 
ampla, pois raramente o ser humano sobrevive com temperatura corporal fora desta faixa. 
 
Valores de referência para a temperatura 
 Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C; 
 Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C; 
 Temperatura retal: 37°C a 38°C. 
Figura 21: Locais de medição de 
pulso. Fonte: 
https://comunidadeacademicadesaude.
files.wordpress.com/2017/12/pulso11
62776033.jpg 
Figura 22: Temperatura do corpo e relação com 
sinais vitais. Fonte: 
https://www.bahiahomecare.com.br/fatores-
temperatura-corporal/ 
 
 
Respiração: Respiração é o processo através do qual ocorre troca gasosa entre a atmosfera e 
as células do organismo. É composta pela ventilação e pela hematose. Na ventilação ocorre a 
entrada de ar rico em oxigênio para os pulmões (inspiração) e a eliminação de ar rico em 
dióxido de carbono para o meio ambiente (expiração). A hematose consiste na liberação de 
dióxido de carbono e captação de oxigênio feita pelas hemácias durante a perfusão pulmonar. 
 
A frequência respiratória pode variar com a idade: 
 • Adultos – 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto (mrpm); 
• Crianças – 20 a 30 mrpm; 
 • Bebês – 30 a 60 mrpm. 
Podem ser encontradas as seguintes alterações nos padrões respiratórios: 
 • Apnéia – Cessação intermitente (10 a 60 segundos) ou persistente (parada 
respiratória) das respirações; 
 • Bradipnéia – Respiração lenta e regular; 
• Taquipnéia – Respiração rápida e regular; 
 Ortopnéia – Dificuldade de respirar na horizontal; 
• Dispnéia – Respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos 
acessórios. 
Na nossa avaliação da respiração enquanto sinal vital, devemos contar durante um 
minuto, a quantidade de respirações de uma pessoa. Podemos verificar isso através do 
movimento torácico e abdominal que a pessoa realiza ao respirar. 
Figura 23: Movimentos respiratórios e 
estruturas envolvidas. Fonte: 
www.google.com 
 
 
Além da quantidade de respirações por minuto, devemos avaliar a profundidade e o 
ritmo da respiração. 
 
 
 
 
 
 
Pressão arterial (PA): A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue no interior das 
artérias. Depende da forçadesenvolvida pela sístole ventricular, do volume sanguíneo e da 
resistência oferecida pelas paredes das artérias. 
 A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, 
de maior valor, corresponde à pressão sistólica, enquanto o segundo, de menor valor, 
corresponde à pressão diastólica. Não há um valor preciso de pressão normal, mas, em 
termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal para um 
adulto jovem. 
 Para a aferição da pressão arterial podemos usar equipamentos analógicos e digitais. 
No caso dos analógicos são usados dois equipamentos de modo simultâneo, o 
ESFIGMOMANÔMETRO E ESTETOSCÓPIO. Já os aparelhos digitais são uma única 
peça, onde o processo de inflar, desinflar e aferir é realizado pelo próprio aparelho. As 
figuras a seguir mostram ambos os equipamentos. 
 
 
 
Ver, Ouvir e Sentir – V.O.S. 
1 - Aproxime sua face a do paciente; 
2 – Veja os movimentos do tórax; 
3 – Ouça a respiração; 
4 – Sinta o fluxo de ar. 
Figura 25: Tipos de aparelhos para aferição da pressão arterial. Fonte: google.com 
Figura 24: Procedimento de verificação da respiração. Movimentos respiratórios e estruturas envolvidas. 
Fonte: www.google.com 
 
 
Perfusão periférica: É o tempo de resposta do preenchimento de artérias capilares após a 
compressão das mesmas em extremidades do corpo. O tempo máximo de preenchimento não 
pode ultrapassar os dois segundos. 
PRIORIDADE DE ATENDIMENTO E MÉTODO S.T.A.R.T. 
 Quem deve receber o atendimento prioritário de APH m uma situação onde existe 
mais de uma pessoa envolvida no fato? Essa é uma pergunta que pode deixá-lo em dúvida e 
para pessoas que não convivem com isso podem pensar que há algo errado com o 
atendimento. 
 É nessa hora que, quem presta o primeiro socorro, deve manter a calma e não se deixar 
influenciar por curiosos, pessoas que não colaboram com o cenário, parentes das vítimas e 
com as próprias vítimas. Para isso existem protocolos e métodos que veremos a seguir. 
 Para caso com grande número de vítimas graves são considerados atendimentos em 
que o cenário compreende uma classificação de múltiplas vítimas. Temos o evento conhecido 
como Atendimento com Múltiplas Vítimas (A.M.U.V.I.), e veremos suas particularidades. 
 Quem deve receber a primeiro atenção em caso de APH, nesta ordem: 
 Vítimas conscientes e com hemorragias ou suspeita de fratura de coluna; 
 Vítimas inconscientes; 
 Vítimas conscientes com fraturas não expostas. 
 Em cenários mais complexo, em que temos uma situação de A.M.U.V.I., as equipes ou 
pessoas que chegam logo após o fato deverão tomar providências não de atendimento mas sim 
de classificação, com a utilização do método S.T.A.R.T. 
 Método S.T.A.R.T.: A tática de triagem adotada por vários órgãos de urgência e 
emergência, obedece a técnica denominado S.T.A.R.T. (Simples Triagem e Rápido 
Tratamento) por ser um método simples, que se baseia na avaliação da respiração, circulação 
e nível de consciência, dividindo as vítimas em quatro prioridades. Foco não é o diagnóstico, 
mas a chance de sobreviver e a necessidade de cuidados. A prioridade de atendimento 
obedece a seguinte ordem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Internacionalmente, equipes de socorro usam cartões coloridos e/ou lonas com as 
mesmas cores do cartão para definir cada uma das prioridades. 
 
 Em síntese, podemos resumir o método START e suas condutas no seguinte quadro: 
 
 
 
 
 
Risco imediato de vida; F.R. >30 mrpm, respiram após manobra, 
necessitam tratamento médico antes do transporte rápido ao hospital. 
Vítimas que não apresentam risco de vida imediato; necessitam de 
algum tipo de tratamento no local enquanto aguardam transporte ao 
hospital. 
Vítimas com capacidade para andar; não necessitam de tratamento 
médico ou transporte imediato, possuem lesões sem risco de vida. 
Vítimas em óbito ou que não tenham chance de sobreviver; não 
respiram, mesmo após manobras simples de abertura da via aérea. 
Figura 26: Diferentes formas de utilizar o método START Fonte: 
google.com 
Figura 27: Fases método S.T.A.R.T. Fonte: http://internatodiario.blogspot.com/2012/03/triagem-
de-vitimas-em-trauma-metodo.html 
 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
 A avaliação primária é o exame que tem como objetivo avaliar, rapidamente, as 
funções vitais e o risco de morte da vítima. Os procedimentos realizados durante a avaliação 
são: 
 X- Controle de hemorragias massivas; 
 A – Abertura de vias aéreas com controle de cervical; 
 B – Respiração; 
 C – Circulação e controle de hemorragias; 
 D – Estado de consciência e 
 E – Exposição e ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 28: Avaliação primária. Fonte imagens: google.com 
XABCDE 
 
 
DESMAIO 
 Perda momentânea da consciência de curta duração que não necessite manobras 
específicas para recuperação. As causas para esta perda de consciência podem ser variadas, 
sendo as mais frequentes baixa da pressão arterial, hipoglicemia, hipóxia, dor intensa, estado 
emocional, diabetes, agressões diretas ao encéfalo, intoxicações exógenas entre outras menos 
comuns. 
 Uma observação que deve ser tomada por quem vai prestar socorro a uma vítima de 
desmaio e que não presenciou a cena é tratar a mesma como vítima de queda. Então, quais 
outras medidas tomar nestes casos? 
 Mantê-lo deitado, se possível com a cabeça abaixo do nível do corpo. Caso possível 
elevar membros inferiores a 20 cm do solo; 
 Dar a melhor ventilação ou circulação de ar possível, sendo preciso remover de local 
fechado ou mal ventilado; 
 Libere vestimentas apertadas; 
 Não forneça alimentos ou bebidas. Também não faça o mesmo cheirar qualquer 
produto; 
 Procurar informações sobre histórico clínico. 
Importante destacar que, uma vítima de desmaio voltará lembrando do último momento 
antes da perda de consciência. Cuidar para que a mesma não faça ou provoque algo que possa 
ferir-se ou a terceiros. 
PARADA RESPIRATÓRIA 
 Denomina-se parada respiratória ou paragem respiratória a ausência de fluxo de ar 
nos pulmões, por ausência de movimentos respiratórios, seja pelo colapso dos pulmões, 
paralisia do diafragma ou outras causas. Geralmente coincide, é precedida ou leva 
a parada cardíaca (por hipoxemia). 
 Parada respiratória (e dificuldade respiratória que pode evoluir até parada 
respiratória) pode ser causada por: 
 Obstrução das vias aéreas; 
 
 
 Esforço respiratório diminuído; 
 Fraqueza dos músculos respiratórios. 
Os sinais clássicos de uma parada respiratória são: 
 Inconsciência; 
 Tórax imóvel e 
 Ausência de saída de ar pelas vias aéreas. 
Na ocorrência de uma parada respiratória, quais os procedimentos devem ser adotados? 
 Deve-se verificar se as vias aéreas encontram-se obstruídas por corpos estranhos, 
existindo, devem ser removidos; 
 Execução de manobras de desobstrução de vias aéreas: chin-lift – extensão da cabeça - 
(não havendo trauma) ou jaw-trust – empurre mandibular - (caso de trauma); 
 Verificar se a respiração retornou; 
 Verificar sinais vitais; 
 Acionar serviço de emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deve-se atentar a possibilidade de evolução de uma Parada Respiratória – PR – 
evoluir para uma Parada Cardiorrespiratória – PCR – ocorrendo tal fato, iniciar imediatamente 
manobras de Reanimação Cardiorrespiratória – RCP. 
 
Figura 29: Manobras de desobstrução de vias 
aéreas. Fonte: 
https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPass
os/posts/1315769275227423/ 
No caso de PR confirmada, realizar uma ventilação a cada 5 segundos, com o uso das 
seguintes manobras: 
o Boca a boca (desuso); 
o Boca – mascara; 
o Boca-boca nariz 
 
 
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA 
 
Parada cardiorrespiratória - PCR - é um evento grave que pode levar à morte e 
caracteriza-se pela interrupção do funcionamento do coração e da respiração. Parada 
cardiorrespiratória é um evento definido comoa interrupção da atividade mecânica do 
coração e da atividade respiratória. 
Sinais de uma PCR: 
 Não responsivo e inconsciente; 
 Ausência de movimentos respiratórios; 
 Ausência de batimentos cardíacos; 
 Palidez da pele; 
 Ausência de pulso; 
 Dilatação as pupilas por hipóxia (falta oxigênio). 
Quais são os procedimentos a serem realizados em caso de uma PCR? 
1. Constatação do nível de consciência; 
2. Ativar serviço de emergência; 
3. Aberturas de vias aéreas; 
4. Verificar respiração – V.O.S.; 
5. Circulação – pulso. 
 
 
 
6. Posicionar a vítima em uma local plano e rígido em decúbito dorsal; 
7. Ajoelhar-se próximo a vítima; 
8. Liberar as vestimentas apertadas – cintos, sapatos, roupas, etc.; 
9. Expor o tórax da vítima; 
10. Localizar o ponto de compressão no osso esterno – centro do tórax; 
11. Realizar as compressões no ritmo conforme o uso de ventilação ou não, 
verificando a cada ciclo de tempo: 
a. Se não houver o uso de ventilação, o ritmo deverá ser de 100 a 120 
compressões por minuto; 
b. Se houver o uso de ventilação (diferentes técnicas), o ritmo deverá ser 
de 30 compressões e 2 ventilações, fechando o ritmo de 100 
compressões em um minuto. 
Tendo todos estes procedimentos realizados sem resposta, deve-se iniciar as manobras de 
Reanimação Cardiorrespiratória - RCP. 
 
 
12. Reavaliar os sinais vitais da vítima após 5 ciclos ou a cada 2 minutos. 
13. Caso a vítima recobre a consciência e apresente sinais vitais, coloca-la em 
posição de recuperação e monitorá-la constantemente. 
14. Caso a vítima volte a apresentar os sinais de uma PCR, reiniciar os 
procedimentos de RCP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posicionamento do socorrista 
no momento da realização da 
manobra de RCP (item 7). O 
afundamento não pode ser 
superior a 5 cm e inferior a 3 
cm. 
 
Figura 31: Posicionamento RCP com ventilação. Fonte: www.google.com 
 
Figura 30: Posição para RCP. 
Fonte: www.google.com 
- Até o retorno da circulação e da respiração; 
- Chegue pessoal mais capacitado; 
- Socorrista esteja completamente exausto. 
 
 
TRAUMA 
 A palavra trauma tem origem grega e significa ferida. Geralmente são externas, e 
quando são internas atingem os órgãos causando-lhes lesões graves. 
 Quais os principais tipos de trauma externos mais comuns: 
 
 
 Escoriação: ferimento abrasivo, sem a formação de bordas definidas. Exemplo, queda 
de moto. 
 Ferimento incisivo: ferimento com bordas regulares, causada por objeto cortante. 
Exemplo, ferimento por faca, lâminas, etc. 
 Ferimento perfurante: feridas perfurante com a presença ou não do agente causal 
visível. Exemplo, perfuração por arma de fogo, por arma branca ou outros objetos. 
 
 
 Laceração: feridas profundas com bordas irregulares. Causam grande danos aos 
tecidos. Exemplo: explosivos, projeteis de alta velocidade, acidentes com grande energia, etc. 
 Evisceração: qualquer ferimento que coloque as vísceras a exposição. Não se deve 
tentar recolocar as mesmas no abdômen. 
Amputação: ferida em que ocorre a perda de um membro, causada por evento de alta 
energia. Nestes casos, deve-se envolver o membro afetado em tecido, colocando o membro 
amputado em saco com gelo, de forma indireta. 
1 2 3 
Figura 32: 1-Escoriação; 2-ferimento incisivo e 3-Ferimento perfurante. Fonte: www.google.com 
1 2 3 
Figura 33: 1-Laceração; 2-Evisceração e 3-Amputação. Fonte: www.google.com 
 
 
 
 
Objeto empalado: perfuração de um objeto em alguma cavidade do corpo, podendo ser 
na boca, olho, ouvido, nariz, ânus ou vagina. 
 Objeto encravado: em um ferimento perfurante quando o objeto encontra-se preso 
junto a uma parte do corpo. 
 
 
 
 
FRATURA 
Definição: Fratura é a perda da continuidade da estrutura 
óssea, seu rompimento pode ser total ou parcial, podendo 
ainda ser aberta ou fechada 
Fratura fechada ou simples: ocorre quando o osso não 
rompe tecido cutâneo, sem exposição óssea 
Fratura aberta ou exposta: quando o osso rompe o tecido 
cutâneo, havendo exposição óssea. 
Sinais e sintomas 
 Dor no local fraturado. 
 Edema. 
 Deformidade e alteração na coloração. 
 Impotência funcional do membro afetado. 
 Fragmentos expostos, caso seja exposta. 
Observação 
Nos casos em que houver objetos empalados ou encravados não se deve remover o 
objeto, devendo imobilizá-lo da forma em que se encontra. 
 
Figura 35: Tipos de fatura. Fonte: 
www.google.com 
1 2 
Figura 34: 1- Objeto empalado; 2- Objeto encravado. Fonte: www.google.com 
 
 
Procedimentos a serem realizados em caso de fratura: 
 Observar a continuidade do membro 
 Acionamento do serviço de emergência médico 
 Imobilização do membro afetado 
 Não se deve: reduzir a fratura nem movimentar ou recolocar o osso 
 Aplicar gelo 
 Se exposta cobrir o osso com tecidos limpos 
 No caso de hemorragias deve haver a contenção 
Luxação: É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo com que as 
superfícies percam contato entre si. 
Entorse: Distinção ou torção brusca de uma articulação além de seu grau normal de 
amplitude. 
 Para estes casos, também devemos seguir o protocolo utilizado em fraturas. 
 
IMOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE VITIMAS 
 Em situações onde é necessária a remoção de vítimas, saber qual técnica usar, para 
imobilizar a mesma e que permita menor esforço, risco de lesão do socorrista e da vítima e 
que possa ser feita com rapidez e com qualidade. Saber estas técnicas é fundamental. 
Imobilização de membros 
 Para um adequado transporte, minimizar dores, minimizar lesões de músculos e vasos 
sanguíneos, evitar sangramentos excessivos e melhorar o conforto da vítima imobilizar 
fraturas é fundamental. 
 Expor o local, retirar ou cortar as vestimentas; 
 Controlar hemorragias e não reduzir fraturas, apenas cobri-las; 
 Verificar perfusão sanguínea; 
 Realizar imobilização, com suavidade, mas não de forma a deixar solto; 
 Imobilizar toda a estrutura óssea, uma articulação acima e outra abaixo do local 
da fratura. 
 Revisar circulação sempre após a imobilização. 
 
 
 
 
 
Transporte de vítimas: 
ATENÇÃO, não utilizar estas técnicas com lesão de coluna cervical suspeita ou confirmada, 
neste caso o não deslocamento é recomendado, exceto em risco eminente a vida da vítima 
causada por agente externo. 
 
 
 
Técnicas com um socorrista: 
 
 
 
 Quando remover uma vítima? 
 Risco imediato ao paciente; 
 Os cuidados não podem ser realizados no local; 
 Impossibilidade de acesso a pacientes mais graves. 
Arrastamento com uso de cobertor ou tecido. Colocar 
a vítima sobre algo que sirva de base para arrastá-la. 
Para colocar a vítima conte com apoio de um terceiro 
ou da mesma. 
Figura 37: Arrastamento com uso de manta. Fonte: 
www.google.com 
Arrastamento com uso do 
corpo. Ajoelhe-se. Apoie as 
costas da vítima em suas 
pernas, cruze os braços da 
mesma abraçando-a por trás. 
Levante-se com o uso das 
pernas, arraste a vítima. Para 
descer o processo é reverso. 
Imobilização de fratura 
fechada e fratura exposta de 
membros. Na fratura 
exposta não imobilizar o 
osso exposto, firmando a 
imobilização nas 
articulações. 
Figura 36: Imobilização para fratura aberta e fechado. Fonte: www.google.com 
Figura 38: Arrastamento. Fonte: www.google.com 
 
 
 
Técnicas com dois socorristas: 
 
 
 
Apoio lateral. Usado em vítimas sem lesão da cintura escapular. A 
vítima se apoia sobre o pescoço com o braço. Usado em casos de 
lesão de membro inferior. 
Figura 39: Transporte com apoio de ombro. Fonte: www.google.com 
 
Cadeirinha: Entrelaçando os 
braços de forma a fechar um 
quadrado, os socorristas colocam 
a vítima sentada, sendo que ela 
mesma faz o movimento. Usada 
em casos onde a vítima está 
consciente. 
Figura: 40. Transporte tipo cadeirinha. 
Fonte: www.google.com 
Balaio: Usada em casos onde a vítima está consciente. Os socorristas 
seguram noombro de ambos e nos punhos um dos outros. Após a 
vítima senta-se sobre seus braços. Nesta posição a vítima pode ir 
levemente inclinada para trás. 
Figura: 41. Transporte tipo cadeirinha. Fonte: www.google.com 
 
Transporte pelas extremidades: Um 
socorrista abraça a vítima por trás 
entrelaçando os braços da vítima e o 
outro segura a mesma pelos joelhos ou 
pernas. Para levantar a vítima quem está 
com o tronco dá o comando. Usado em 
vítimas inconscientes. 
Figura: 42: Transporte pelas extremidades. Fonte: 
www.google.com 
 
 
Técnica com três socorristas: 
 
 
 
 
 
ACIDENTES CAUSADOS POR CHOQUE ELÉTRICO 
 A eletricidade é uma forma de energia (corrente elétrica) que pode fluir entre dois 
pontos, desde que entre eles exista uma diferença de potencial elétrico (voltagem ou tensão), 
ou seja, desde que um deles esteja mais carregado de energia elétrica que o outro. 
 O dano se dá pela conversão da energia elétrica em calor, pois o corpo humano irá agir 
como uma resistência na passagem do fluxo da energia elétrica. Os danos causados por 
acidente com energia elétrica dependerão: 
 Do tipo de corrente; 
 Intensidade de corrente; 
 Duração do contato; 
 Caminho percorrido. 
 
 
 
 
Levantamento em bloco: socorrista região cabeça, passar o braço sob o pescoço e segurar 
com firmeza o ombro. Socorrista região da cintura, passa um braço na região lombar e o 
outro braço abaixo das nádegas. Socorrista região das pernas passa um braço nos joelhos e 
o outro nos calcanhares. Quem dá o comando, quem tem a região da cabeça. 
Figura: 43. Transporte em bloco. Fonte: www.google.com 
O dano superficial pode ser pequeno, 
porém os danos internos podem ser muito 
maiores. 
 
Figura 44: Acidente com energia elétrica. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
70942017000500527&script=sci_arttext&tlng=pt 
 
O potencial de um acidente elétrico pode 
ir de uma simples queimadura até uma 
parada cardiáca e a morte. 
 
 
 Não se engane: 
 Acidentes com eletricidade podem ser enganosos; 
 Os danos podem não ser aparentes; 
 A vítima passa a ser condutora de eletricidade; 
 Uma elemento que é isolante pode vir a ser condutor; 
 Queimaduras em acidentes elétricos não são o foco; 
 Devemos ter cuidados com as PCR e a PR; 
 Verificar consciência da vítima. 
 
 A sua segurança vem em primeiro lugar. A prioridade nestes casos é cessar a fonte de 
alimentação de energia, preferencialmente desligando disjuntores, chaves ou acionando a 
empresa de fornecimento de energia. Atentar para risco de incêndio ou chamas. 
 Controlada a fonte de alimentação devo observar o seguinte: 
 1 – Chame socorro especializado; 
 2 – Com uso de material isolante, seco, devo retirar o ponto de contato; 
 3 – Deixar a vítima deitada; 
 4 – Verificar sinais vitais, e se necessário entrar com RCP; 
 5 – Procure por mais pontos com queimaduras além do ponto de contato. 
HEMORRAGIAS 
 É rompimento de vasos sanguíneos com a consequente perda de sangue tanto para o meio 
externo quanto para as cavidades corpo, com isso alterando o fluxo sanguíneo. 
 Podemos classificar as hemorragias nos seguintes tipos; internas e externas. Ainda 
conforme a característica de mesma ela pode ser de três tipos, conformo mostra a figura 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
- Arterial: Dano causado nas artérias. Perda de sangue 
vermelho vivo, intermitente ou em jatos; 
- Venoso: Dano causado em veias. Perda de sangue 
vermelho escuro, de forma contínua; 
- Capilar: pode ser arterial ou venoso, mas o sangue sai em 
pequenas quantidades. 
Os três tipos ocorrem tanto de forma externa quanto 
interna. 
 
Figura 45: Tipos de hemorragias. Fonte: www.google.com 
 
 
 O quadro mais grave que podemos ter com hemorragias, em especial em caso de APH é o 
choque hipovolêmico. Isso se deve a perde de volume sanguíneo que faz com que o oxigênio 
não irrigue órgãos e tecidos, levando ao mal funcionamento e falência dos mesmos. 
 O corpo não pode tolerar mais de 40% de perda do volume sanguíneo, em adultos, 
equivale cerca de 2.000 ml. Quais são os sintomas de uma pessoa em choque hipovolêmico e 
de onde eles advém: 
 Pele fria e pegajosa – baixa temperatura; 
 Cor da pele azulada ou arroxeada – cianose (baixo O2 no sangue); 
 Pressão arterial diminuída – falta de sangue nos vasos; 
 Nível de consciência alterado – hipóxia; 
 Enchimento capilar retardado – sangue não alcança as extremidades. 
 Frente a hemorragias externas, quais são as técnicas que podem ser empregadas para o 
controle do sangramento? 
Pressão direta: Com o uso de gaze ou panos limpos se realiza a compressão do local lesado 
com a mão. Deve-se manter a pressão até a coagulação do sangue. A interrupção precoce do 
procedimento reiniciará o sangramento. Com o uso de ataduras formar um curativo 
consistente. 
 
 
Uso de torniquete: A frase: “situações extremas pedem medidas extremas” se aplica a esta 
ferramenta, que por anos foi renegada no APH convencional e voltou ser usada com bastante 
eficiência após estudos. Trata-se da combinação do uso e um bandagem (atadura) ou 
bandagem triangular ou mesmo um tecido com uma haste rígida formando uma espécie de 
registo. 
Figura 46: Compressão direta. Fonte: www.google.com 
 
 
 
Precauções com Torniquete: 
• Coloque o mais próximo possível da ferida, mas não próximo a articulações; 
 • Use acolchoamento abaixo do torniquete; 
 • Nunca cubra um torniquete com bandagem; 
 • Uma vez aplicado, não afrouxe o torniquete; 
• Marque o horário da aplicação; 
 Para hemorragias internas o único procedimento a ser realizado é verificar sua 
presença, que será por meios dos sintomas já citados, somando a verificação de inchaço e 
rigidez na grandes cavidades do corpo: abdômen, região de grandes músculos, tórax. Somado 
a isso, o deslocamento ao recurso hospitalar mais próximo se faz com brevidade. 
 
CONVULSÃO 
 Distúrbio eletrofisiológico do sistema nervoso que ocorre no cérebro. Devido a este 
fato, ocorre a contração involuntária da musculatura provocando movimentos desordenados. 
Em geral, está associada a perda da consciência. A soma destes eventos temos uma crise 
convulsiva. 
Figura 47:Torniquete com uso de 
matérias convencionais. Fonte: 
www.google.com 
Figura 48: Acumulo de sangue em partes do corpo 
devido a hemorragia interna. Fonte: 
https://www.cursodebombeiro.com.br/controle-de-
hemorragia/ 
 
 
 Além da perda controle muscular, outros sintomas podem acompanhar uma crise 
convulsiva, sendo: sudorese, salivação excessiva, micção e/ou defecação. 
 Quais os procedimento a serem adotados para uma pessoa que está em uma crise 
convulsiva? 
 Não tente tracionar a língua com sua mão, colocar objetos para manter a boca 
aberta; 
 Proteja a pessoa de novos acidentes; 
 Oferte privacidade; 
 Afrouxe roupas, cintos, sapatos e etc. 
 Verificar respiração; 
 Gire a cabeça para uma lateral para evitar engasgamento com a saliva da 
vítima; 
 Ao fim da crise, procure induzir o sono e descanso a pessoa. 
 
ENGASGAMENTO 
 Também chamado de Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho – OVACE – 
consiste na obstrução de vias aéreas causada por aspiração de corpo estranho, geralmente 
localizado na laringe ou traqueia. 
 Sinais visíveis de uma OVACE: 
 Não fala ou respirar; 
 Visível estado de angústia; 
 Olhos e bocas abertos além do normal; 
 Sinais de cianose; 
 Costuma levar a mão ao pescoço. 
 
Quais os procedimentos e técnicas a serem empregados em uma situação de OVACE? 
Isso irá depender da situação atual da crise. 
Tapotagem; Com a vítima ainda em pé e consciente, coloque-se atrás da vítima, incline-a 
para a frente e com a palma da mão de pancadas firmes em suas costas na altura das 
escápulas, verifique se o corpo estranho saiu. 
 
 
 
Manobra de Heimlich: Caso não funcione o procedimento acima, e com a vítima ainda em pé 
e consciente, deve-se tentar a manobra a seguirpara a desobstrução causada pelo corpo 
estranho. 
1. Posicione-se atrás da vítima, com uma de suas pernas entre as pernas da mesma de 
forma a criar uma base de apoio; 
2. Coloque a sua mão fechada com o polegar contra o abdome da vítima entre o umbigo 
e o apêndice xifóide abraçando-a por trás; 
3. Com a outra mão envolver o punho fechado e efetuar de cinco a oito compressões 
abdominais para dentro e para cima – Forma de ‘J’. 
4. - Devem ser pausadas, seguras e secas. Repetir até a retirada do corpo estranho; 
5. Atentar para diferença do ponto de compressão em grávidas e pessoas obesas, deve-se 
fazer compressões no tórax em vez do abdômen. 
 
 
Figura 49: Tapotagem em caso de OVACE. Fonte: 
https://pt.wikihow.com/Executar-a-Manobra-de-
Heimlich 
Figura 50: Manobra de Heimlich em adultos. Fonte: www.google.com 
 
 
 Para crianças que ainda estejam conscientes, temos a adequação das técnicas (tapotagem 
e manobra de Heimlich), em que o socorrista ajoelha-se atrás da mesma para poder estar em 
altura aproximada com ela. Para crianças que consigam já permanecer por meios próprios, a 
partir de um ano de idade, até cerca de 10 anos em média. 
 
 Para bebês menores de um ano, não se utiliza a monobra de Heimlich, sendo usado o 
tapotagem ou a simples retirada do objeto que causa a OVACE com o uso das mãos. A forma 
de realizar estas manobras é descrita e apresentada nas figuras a seguir. 
 
QUEIMADURAS 
 É toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de calor ou frio, produtos 
químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água-
viva, urtiga), entre outros. 
 Dependendo da intensidade pode causar dor intensa e perda de sensibilidade. Atente-se 
para as situações de desmaio da vítima. 
 O nível de gravidade da maioria das queimaduras se baseia no tamanho e na 
profundidade da queimadura, e estão divididos em três níveis, que são descritos abaixo 
juntamente com os procedimentos a serem realizados em caso de queimaduras por calor. 
Queimaduras de primeiro grau: são aquelas que envolvem apenas a epiderme, a camada mais 
superficial da pele. Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele 
Figura 51: Manobras de OVACE em crianças. 
Fonte: www.google.com 
Figura 52:Manobra de 
OVACE em bebês. 
Fonte: 
https://pt.slideshare.ne
t/asdonha/ovace-
55601843 
 
 
 
quando se toca. Não produz bolhas. Geralmente melhoram no intervalo de 3 a 6 dias, podendo 
descamar e não deixam sequelas. Um exemplo clássico é a queimadura de sol. 
 Procedimentos a serem realizados: manter o local limpo, hidratar bem a pessoa, lavar 
com muita água, não aplicar gelo. Medicamentos somente sobre orientação médica. 
 
Queimaduras de segundo grau: A queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a 
epiderme e a porção mais superficial da derme. Os sintomas são os mesmos da queimadura de 
1º grau, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida da lesão. 
 Procedimentos a serem realizados: lavar com água em abundância, não furar as bolhas, 
não aplicar medicamentos sem orientação médica, não use gelo. 
 
Queimaduras de terceiro grau: são profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos 
subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e 
capilares sanguíneos, podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. 
 Procedimentos: lave o local lesado, não remova roupas, isole o local com o uso de folhas 
de alumínio para não existir perda de calor. Demais cuidado seguem o recomendado para 
queimaduras de segundo grau. 
 
Figura 53:Queimadura de primeiro grau. Fonte: www.tuasaude.com 
Figura 54: Queimadura de segundo grau. Fonte: www.tuasaude.com 
Figura 55:Queimadura de terceiro grau. Fonte: www.google.com 
 
 
 
 Para os casos de queimadura com produtos químicos, recomenda-se as seguintes 
condutas em caso de acidente: 
 Enxágue o local por, pelo menos, 20 minutos em água corrente. 
 Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos, sapatos e roupas, 
antes que a área afetada comece a inchar. 
 Remova resíduo de roupa contaminada pelo produto, prevenindo queimadura em 
outras áreas. 
 No caso dos olhos terem sido afetados: enxágue abundantemente em água corrente até 
ajuda médica. Se usar lentes de contato, removê-las imediatamente. 
FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO – FAF – E FERIMENTO POR ARMA 
BRANCA - FAB 
 São lesões causadas por agentes de baixa energia (facas, lâminas e outros objetos 
perfuro cortantes) e de média ou alta energia (armas de fogo). Deles podem resultar diversos 
tipos de traumas. 
 
Para ferimentos com armas de baixa energia os procedimentos dependerão se o objeto 
ainda está na cavidade que o mesmo formou no corpo da vítima ou não. 
 Se o mesmo estiver encravado ou empalado no corpo da vítima: 
a) Chame socorro especializado; 
b) Faça avaliação primária; 
c) Não remova o mesmo; 
d) Estabilize o mesmo com o uso de ataduras, gaze e outros equipamentos que estiver 
disponível; 
e) Não faça a transfixação do mesmo pelo corpo da vítima. 
Figura 56:Tipos de armas. Fonte: www.google.com 
 
 
f) Faça o controle de hemorragia. 
Se o objeto não estiver encravado ou empalado na vítima: 
a) Chame socorro especializado; 
b) Faça avaliação primária; 
c) Trate das hemorragias existentes; 
d) Use curativo três pontas em tórax com hemotórax e pneumotoráx 
 
 
 Para ferimentos causados por agentes de média e alta energia (armas de fogo) devem-
se tomar as seguintes medidas: 
a) Chame socorro especializado; 
b) Realize a avaliação primária; 
c) Controle as hemorragias; 
d) Procure por pontos de entrada e saída dos objetos na região do tórax e em caso 
de pneumotórax ou hemopneumotorax aplique o curativo de três pontos. 
e) Em caso de articulações use curativos compressivos ou torniquete.
 
 
 
NOÇÕES DE APH TÁTICO 
O Atendimento Pré-hospitalar Tático (APH Tático) é uma derivação do APH 
convencional onde técnicas criadas para situações de enfrentamento armado exigem cuidados 
com pessoas feridas. 
Figura 57: Ferimento com arma branca. Fonte: www.google.com 
Figura 58: Ferimento com de fogo. Fonte: www.google.com 
 
 
É o atendimento mínimo a uma vítima de agressão, por agente armado, com o intuito 
de aumentar a chance de sobrevivência, sendo realizado por equipes não convencionais em 
cenas não seguras. 
 
 
 Diferente do APH convencional onde os protocolos colocam como socorrista da cena 
a primeira pessoa ou equipe a chegar no local, no APH tático o primeiro socorrista é a 
própria vítima, ou seja, temos o conceito do auto socorro em situações hostis. O demais 
membros em uma situação de APH tático serão os demais membros de sua equipe. 
 
 
 Para entender que essa vertente não é algo novo, mas tem uma história de evolução e 
aperfeiçoamento como ocorre com o APH convencional, vamos ver uma breve história do 
desenvolvimento do APH convencional. 
 Durantes as guerras Napoleônicas, no século XIX, Barão Dominique Jean Larrey – 
Criador da ambulância – realizado a retirada dos soldados do campo de batalha. Não havia 
nenhuma intervenção neste momento. 
Figura 59: Equipe policial em atendimento 
simulado. Fonte: www.google.com 
Figura 60: Exemplo de auto socorro realizado no APH tático. Fonte: 
www.google.com 
 
 
 
 
Durante a guerra civil americana (1861-1865), o exército da União, teve com o início 
do emprego de ambulâncias e o uso de hospitais de campanha, idealizados por Lettermam, 
onde os soldados recebiam os primeiros socorros. 
As equipes médicas ainda estavam distantes dos campos de batalha, os procedimentos 
eram realizados sem o emprego de técnias de biossegurança, sem lavar os intrumentos 
cirurgicos. 
Além disso, nem sempre quem realizada procedimentos como amputaçoes eram 
médicos, muitas vezes barbeiros realizam tal cirurgia. Há estudos que apontam que era maior 
a possibilidadede sobreviver no campo de batalha que nos hospotais de campanha daquela 
guerra. 
 
 Já no início do século XX, durante a primeira guerra mundial, e o advento do 
automóvel, o modo de atender os feridos no campo de batalha muda. Além da evolução da 
medicina, as equipes médicas estão mais próximas ao cenário de combate. 
 Surge a ambulância motorizada, identificada com a cruz vermelha, permitindo 
deslocamento mais rápido. Além disso, começam a serem empregados controles de 
hemorragias, imobilização de fraturas, além do uso de analgésicos como a morfina em 
pequeno espectro. 
Figura 61: Primeira ambulância usada em campos de combate. Fonte: www.google.com 
Figura 62: Ambulâncias usadas na guerra civil 
americana. Fonte: www.google.com 
 
 
 
 Já na segunda guerra mundial, com o advento da penicilina, maior uso da morfina para 
analgesias, além da evolução do conceito de hospital de campanha e de materiais usados no 
atendimento aos combatentes, a chance de sobreviver recebe um incremento. 
 Os hospitais de campanha ganham uma identificação como locais de tratamentos, e a 
“ética da guerra” permite que estes locais não sejam alvos prioritários de ataque, já que 
também atendiam civis e as potencias militares temiam represálias entre si. 
 Também nasce o transporte e evacuação aero médica com o uso de aviões e 
helicópteros. 
 
 
 Já nos próximos grandes conflitos militares do século XX, onde podemos citar a 
guerra da Coreia, guerra do Vietnã, guerra do Golfo e do Afeganistão, a evolução do 
atendimento em APH de tático é visível. 
As técnicas aplicadas, o uso de recursos como transporte aero medico, os matérias de 
consumo dedicados e especializados a guerra, a presença de profissionais médicos ou soldado 
treinados a executar procedimentos que deram sobrevida a soldados feridos em campo de 
batalha salvaram milhares de soldados. 
Figura 63: Ambulâncias usadas na primeira 
guerra mundial. Fonte: www.pintrest.come.com 
Figura 64: Ambulâncias usadas na segunda guerra 
mundial e soldados prestando socorro no front. 
Fonte: www.pintrest.come.com 
 
 
 
 Já nos anos 70, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, surge um grupamento 
diferenciado na polícia local, para atendimentos de alta complexidade, a S.W.A.T. – Special 
Weapons and Tatics – Armas e Táticas Especiais em tradução livre. Formada inicialmente por 
veteranos de guerra incorporados a força policial. 
 Este estilo de grupamento se espalha pelos E.U.A. mas, com ele vem a necessidade de 
um estilo militar de atendimento de feridos em ocorrências. Ou seja, as equipes começam a 
incorporar novas técnicas, novos profissionais e novos equipamentos em seu dia a dia. 
 
 
 A doutrina adotada naquele pais, leva a uma evolução cada vez maior, surgindo nas 
equipes a figura do “DOC”, que é um profissional treinando em academias de polícia e 
mesmo em universidades. No Brasil, nós os conhecemos mais como PARAMÉDICOS. 
Não são profissionais formados em medicina, mas tem cursos em que podem realizar 
até mesmo pequenas cirurgias no atendimento de APH. Em geral atrás de um time tático 
como a S.W.A.T. há um aparato para situações de enfrentamento com vítimas. 
 
Figura 66: Equipe policial em atendimento de APH a civil. Fonte: 
www.google.com 
Figura 67: Equipamentos APH usados 
pela polícia dos Estados Unidos Fonte: 
www.google.com 
Figura 65: Evolução do APH 
tático em diferentes conflitos. 
Fonte: www.pintrest.come.com 
 
 
 
 Visto que, o emprego de equipes de socorristas em cenários como estes 
parecem ser impossibilitados, seja pela segurança da equipe, por seus protocolos e pelas 
circunstâncias, ter equipes com treinamento para realizar o APH nestas condições passa a ser 
fundamental para a manutenção e preservação de vidas. 
 
 
 
 
 
No final do anos 80 do século XX, o Ministério da Saúde por meio do projeto 
PEET/PAPH dá início ao APH no Brasil. Já em 1995, a PMRJ cria o GPAO/RS - 
Grupamento de Paramédicos e Apoio Operacional/Resgate e Salvamento – muda para 
GSAR – atual GAPH Grupo de Ações Pré-hospitalares. 
Figura 68:Aplicabilidade do APH tático nas 
forças de segurança pública. Fonte: 
www.google.com 
Figura 69: Aplicabilidade do APH tático nas forças de segurança pública. Fonte: www.google.com 
E qual a história do 
APH tático aqui no 
Brasil? 
 
 
No ano de 1989 a polícia militar em Joinville cria um grupo com uma ambulância para 
atendimento. Essa grupo evolui em 2004 o mesmo passa a ser focado no APH tático com o 
POE/GRT. 
Nos jogos Pan Americanos de 2007 no Rio de Janeiro, foram usados bombeiro no 
patrulhamento, fato este que iniciou-se em 2003 como preparativo para aquele evento. Hoje 
no Brasil muitos grupos especializados já contam com profissionais treinados para o APH 
tático, tendo um profissional sendo referência e os demais aptos a operar estas técnicas dentro 
do grupo. 
Noções de balística 
Balística é a ciência que estuda o movimento de projéteis, seu comportamento, em 
especial em armas de fogo, desde o interior destas, como no seu exterior, a trajetória, o 
impacto, as marcas, as explosões e outros eventos envolvidos em movimento dos projéteis. 
Primeiros estudos remontam a Leonardo da Vinci, com conceitos válidos até hoje. 
Isaac Newton também realizou vários estudos como a interação dos projéteis nos meios em 
que se deslocam, sua velocidade postulando uma lei sobre isso, lei da Energia Cinética. 
Energia Cinética, é uma das formas da energia mecânica, é definida como energia de 
movimento, porque ela está associada ao estado de movimento de um corpo. Podemos 
calcula-law com a sanguine formula: Ec = m.v
2
/2. 
A balística se subdivide em quarto ramos de estudo: interna, intermédia ou de 
transição, externa e terminal. No nosso curso, traremos apenas da final, de forma sucinta. 
A Balística Terminal é o estudo da interação entre os vários géneros de projéteis e os seus 
alvos. Resultado da energia restante no projétil no momento do impacto, a energia que se 
perde na penetração até a perda total do movimento. Resumindo, o que nos interessa são os 
ferimentos causados por estes projeteis ou objetos que possam causar ferimentos. 
 
 
Cavidade permanente é igual a temporária. 
Energia é a produzida pelos músculos. 
Figura 70: Dano causado por arma de baixa energia. Fonte: www.google.com 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, quanto maior a energia do corpo penetrante, maiores serão os danos causados, 
ou seja, o que importa mesmo e a velocidade do mesmo, no caso das armas de fogo. 
 
 
 
 
Cavidade permanente é diferente a temporária. 
Energia é a produzida velocidade do projetil. 
Figura 71: Esquema mostrando a penetração de uma projetil e dano causado. Fonte: www.google.com 
Figura 72: Tabela de calibres e dados sobre os 
mesmos. Fonte: Adaptado de: 
http://www.combatblindagens.com.br/tabela-
balistica.php 
Figura 73: Ferimentos por projeteis de alta energia, a esquerda calibre 5.56 mm e a direita, calibre 7.62mm. 
Fonte: www.google.com 
 
 
Equipamento usados no APH tático 
Como as características da ocorrência em que temos o enfrentamento de grupos 
armados – confronto policiais e criminosos, países em guerra, etc. – são distintos de 
ocorrências de APH convencional, os materiais também são diferenciados. 
Aqui faremos a apresentação de alguns dos mais comuns, comparando com os de uso 
civil, mostrando a aplicabilidade dos mesmos no teatro de operações. 
Manta de extricação: Manta fabricada em material têxtil com alças laterais usadas para os 
socorristas possam realizar o transporte em necessidade de retirada de feridos em combate. É 
a versão militar equivalente as pranchas rígidas. 
 
 
Bandagem israelense: Desenvolvida e criada no país de mesmo nome, é a soma da atadura 
elástica e o gaze, ou seja, é um têxtil elástico com uma placa de material absorvente. 
Comparada com o que se usa no APH convencional é o mesmo que um curativo compressivo. 
Existemdiversos modelos, mas todos tem o mesmo objetivo, controle de hemorragias. 
 
Torniquete Militar: existem diversos modelos de Torniquete Militar (TQMil), sendo que o 
modelo mais usado consiste na união de uma única peça de uma barra rígida, um tirante e 
travas metálicas. Recomenda-se que se use somente TQMil homologados pelo CTECC – 
Committer for Tatical Emergency Casualty Care – evitando os não homologados, de baixa 
qualidade e os falsificados. 
Figura 74:Manta de extricação e prancha rígida. Fonte: 
www.google.com 
Figura 75:Bandagem 
israelense e curativo 
compressivo. Fonte: 
www.google.com 
 
 
 
Selo de tórax: É um dispositivo de material aderente, podendo ser valvulado ou não, utilizado 
em ferimento de tórax, tanto de FAF ou FAB. Também deve ser usado em caso de 
hemopneumotórax e hemotórax. Seu comparativo civil é o curativo de três pontas. 
 
 Além destes materiais existem outros, que conforme o nível de conhecimento do 
operador de segurança pública podem vir a compor seu kit de APH. Muitos deles não são 
vendidos no mercado nacional, ou não são encontrados com facilidade, sendo comercializados 
por empresas especializadas. 
 
Nomenclatura e fases do APH tático 
 Em situações onde ocorra o atendimento de feridos sobre fogo, devemos 
conhecer as terminologias e fases do mesmo. A saber as seguintes nomenclaturas: 
a) Zona segura: local onde não há ameaças que possam ocorrer por parte de 
agressores; 
b) Zona morna: local com menor possibilidade de enfrentamento, porém fora da zona 
de conflito; 
c) Zona de morte: local do conflito. 
Já as fases de APH tático compreendem as seguintes medidas: 
a) Repelir ou conter a fonte de ameaça; 
b) Buscar abrigo imediato; 
c) Avaliar e tratar os traumas que provocam riscos de morte iminente; 
d) Iniciar a evacuação para área tranquila; 
Figura 76: Torniquete militar de 
treinamento e com materiais 
convencionais. Fonte: 
www.google.com 
Figura 77: Selo de tórax e 
curativo três pontos. Fonte: 
www.google.com 
 
 
Diferente do APH convencional, estudos realizados em militares apontam que, a maior 
parte dos ferimentos, cerca de 90%, ocorrem em membros, sendo os restantes 10% em outras 
áreas do corpo. 
 
 
Técnicas do APH tático 
O APH tático é bem divido em questão de técnicas que se usam em campo, quanto a 
operação em campo, são elas: 
a) Aproximação: chegada até a vítima da equipe de socorro, com o uso de 
ferramentas que permitam a proteção da equipe e da vítima. Pode ocorrer em equipe ou 
mesmo com apenas um agente. 
b) Atendimento: O primeiro atendimento é ainda na zona de morte, onde a equipe 
deverá conter de imediato com o uso de torniquete todas as hemorragias consideradas severas. 
c) Retirada: Saída da equipe e da vítima da zona de morte para a zona morna ou 
zona fria. Deve ocorrer de forma ordenada, uníssona e de toda a equipe. 
 
 
 
 
 
Membros Superiores 
44,3% 
Membros Inferiores 
43,8% 
Figura 78: Locais de maior incidência de ferimento em militares. Fonte: PHTLS Military. 
Figura 79: Atendimento em zona de morte. Fonte: www.mj.gov.br/forcanacional 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Ao final de nosso estudo sobre o APH, seja no âmbito convencional ou de combate, o 
objetivo é introduzir novos conceitos e ferramentas que possam ser aplicadas tanto no 
cotidiano pessoal quanto no profissional dos servidores da SAP, agregando mais um 
conhecimento que pode ser o diferencial em suas vidas. 
 Cada vez mais, o profissional que atua nas áreas de segurança pública deve estar 
pronto para enfrentar as adversidades que podem encontrar. Nesse escopo saber prestar 
atendimento a vítimas e a si mesmo com as técnicas aqui apresentadas pode ser a diferença 
entre a manutenção da vida ou a sua perda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, Marcelo Gomes de. Suporte Básico de Vida no Trauma. Livraria Médica 
Paulista, 2008. 
DANGELO, J. G; FATTINI, Anatomia humana básica. 4ª edição, Atheneu, 2019. 
FALCÃO, L.F.R. Primeiros socorros. Ed. Martinari, 2010 
HEISKELL L, Tactical Medicine for Law Enforcement, PORAC Law Enforcement News, 
First Responders Master On-Scene Advanced Life Support, pp 8-9, Vol 39 No 7 July 2007. 
JOHNSON M., BROWN LEE, C. Tactical Medicine: An investment you can live with. 
SWAT magazine pp 62-64, 88, May 2008. 
PHTLS - Prehospital Trauma Life Support: Military Version, 7
th
 Edition 2010 Edition. 
MosbyJems. 
Military ATLS Manual- Naval Medical Center, Portsmouth VA USA. 
NAEMT, PHTLS – Pré Hospitalar Trauma Life Suport . 8ª Edição, Artemed, 2016. 
OLIVEIRA, Antônio Claudio de. Manual do socorrista. Ed. Martinari, 2013. 
OLIVEIRA, Beatriz F. M. Trauma, atendimento pré hospitalar. 3ª edição, Atheneu, 2014.

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