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Ética e Jornalismo: A Busca pela Verdade

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO
A ética está envolvida na ideia da busca pela verdade. A verdade é uma manifestação da realidade e
uma construção de determinados grupos humanos .
Há um consenso de que a verdade plena , total e única é inalcançável , mas é possível se aproximar dela por
meio de alguns critérios estabelecidos
A verdade é construída por grupos humanos , ou seja , as concepções variam , cada grupo estabelece a sua
verdade. Mas não há consenso sobre sua construção e nem sobre o que ela é de fato.
A constituição é a "fonte" das verdades , elas são embasadas nela e na ciência. É a expressão coletiva daquilo
que é aceitavel , do que as pessoas acham conveniente.
NO JORNALISMO
A relação da humanidade com a ciência é recente. Ao longo da história , os seres
humanos não foram orientados por ela em suas práticas sociais. Basearam-se em
mitos , religião , experiência
Isso gera um conflito entre os valores da sociedade tradicional e da sociedade
moderna. Há uma valorização da experiência em detrimento da ciência
O jornalismo está entre a discussão ciência x senso comum e também da ética. É uma prática ligada à
modernidade e tem a própria ciência como parâmetro
A verdade que o jornalismo deve se dirigir é a que tem a ciência como principal fonte
O jornalismo é herdeiro do conhecimento científico e não pode tratar o conhecimento religiosos e o senso
comum como verdade.
Revista Veja
Em 1989 , a Veja realizou uma entrevista com o cantor Cazuza. Esse sofria de AIDS e abriu sua casa e sua
intimidade para a revista. Na publicação , a Veja colocou uma foto e a seguinte manchete "Cazuza: Uma vítima
da AIDS agoniza em praça pública".
Isso gerou reações negativas e positivas da sociedade , de artistas , intelectuais e do próprio Cazuza.
Era a oportunidade da Veja , influente e com público formador de opinião , de mostrar e
desmistificar a doença , aprofundar conhecimentos sobre a AIDS , mas não foi isso que
ocorreu
A reportagem não foi falsificada , mas o problema foi o viés interpretativo dado a ela. A
Veja agendou o tema de AIDS de forma moralista, julgou o personagem (no caso o
Cazuza). Focou em um grupo de risco e não no comportamento de risco, reforçando a
ideia de que se você não fosse homossexual não correria riscos de contrair a doença.
Poderia “destruir” estereótipos ao levar médicos, especialistas, mas preferiram focar
no lado moralista
Razão Autoritária
É um artigo escrito por Eugênio Bucci , analisando essa reportagem. Ele diz que existe uma razão autoritária
que orienta a produção jornalística e esse comportamento autoritário é um reflexo da imprensa brasileira
A imprensa toma como verdade aquilo que é apenas uma possibilidade ( o contrário do que se deve fazer , já
que é necessário ter o princípio da dúvida).O jornalismo deve se aproximar cada vez mais da verdade , levando
em conta a ciência
Ela se afasta da verdade por ser antiética e autoritária e não estabelecer o debate. A imprensa brasileira não é
capaz de realizar uma autocritica e se move por uma razão que não é razão , mas sim uma imposição de uma
ideia. Não há um contraponto
É uma razão que se limita à tese, descartando antíteses e sínteses, que é um falso
raciocínio, que se resume a postulados. Falseamento sistemático jogado na relação do
veículo com seus leitores , o território da ideologia, constrói o edifício do que se
poderia chamar de razão autoritária.
Há muita emoção e pouca racionalidade. A imprensa deveria contribuir para a racionalidade, já que é fruto do
iluminismo. Considera-se o sensacionalismo antiético, pois ilumina muito um aspecto e deleta outros. A
narrativa Bem x Mal, punição do “vilão” (colocando a condição do Cazuza como uma punição pelo seu
comportamento) ,dá um peso muito grande ao emocional.
O jornalista deve entender que os fatos são estruturais, levar pela objetividade, julgar e punir pelo o que existe
nas normas da constituição.
A matéria é a reelaboração daquilo que foi apurado na realidade, ela não é produto da entrevista - mas de uma
leitura e de uma interpretação desta entrevista. 
Duas filtragens: a primeira capta as declarações, capta umas em detrimento de outras, e a segunda interpreta o
que foi captado, dando ao todo um sentido dramático de historinha. 
Realidade, reportagem e edição estabelecem-se enquanto planos distintos, que guardam tensões entre si:
espelham-se e dissimulam-se.
A Veja exerce um papel de suprir ideologicamente a sociedade brasileira, paira acima da crítica não é passível
de crítica, veículo único sem concorrentes. A revista é um reflexo da classe média brasileira
Construção de mitos, o leitor só pode ter uma relação de concordância, adoração, obediência e respeito. Essas
forças míticas se colocam em campos diferentes: há um ídolo e a revista, esses dois mitos foram colocados em
contato. A revista é vendida como ídolo inquestionável por uma parte da sociedade enquanto outra parte coloca
o Cazuza como um ídolo inquestionável
O respeito e o serviço ao leitor jamais podem ficar acima do processo de produção da matéria.
O repórter garimpa a matéria prima , mas não a escreve. A reescrita de uma matéria jornalística devem ser
escrita com objetividade e clareza. Respeito ao jornalista durante o processo
O caso mostra a ausência de percepção do jornalista sobre o processo. A imprensa é uma linha de montagem
impessoal , fabrica artefatos (produção cultural) e lidam com valores morais. Da uma sensação de harmonia
onde se parece que tudo se encaixa . Existe uma coerência na cobertura que não existe no mundo.
A notícia como mercadoria , linha de produção onde cada um tem um papel e sai alienado do produto final.
Contradição sem saída (enxergar o mundo pelos próprios olhos x enxergar pela a ideologia da empresa).A Veja
é uma fabrica de ideologia que molda a visão do jornalista para que ele passe a enxergar da mesma maneira
que a empresa. A equipe esta dentro de uma ótica comum , com o objetivo de agradar seu publico alvo
A revista é antitética porque ela é autoritária e porque é uma fabrica que produz um resultado que dissocia os
produtores do produto final 
ILUSÕES PERDIDAS
O personagem não conseguiu seguir na carreira literária e seguiu no jornalismo. Há uma relação de oposição :
escritores são éticos x jornalistas não. Os jornalistas formam um “eixo do mal” . Os jornalistas não medem
esforços para alcançar seus objetivos
Mudanças estruturais na sociedade francesa
O escritor vai utilizar sua experiência e produzir peças culturais para vender. Escritores eram contratados por
empresas jornalísticas para publicar seus livros nos jornais .Com a publicação dos livros nos jornais , eles
ganham espaço para produzir mais. Transforma escritores em personalidade publicas
Idealista x realidade
Construção melodramática de um ideal
O personagem é um idealista , num mundo de indústria e comércio esta sendo idealista ao tentar colocar seus
livros dentro desse universo. Não é necessário apenas ter talento , é necessário provar
O jovem de hoje não tem idealismo , as novas gerações só enxergam o mercado. O que o jovem quer é a
realização profissional
“acumulação primitiva da indústria cultural” – movimentos que elevaram a consolidação como indústria
cultural (sistema de produção de bens simbólicos, cultura voltada para o mercado). Jornal impresso , livro e
junção dos dois no romance de folhetim . Entretenimento e informação no mesmo objeto 
O jornalismo tem como principio básico a mercantilização .Vinculo primordial com o mercado, interesses
econômicos acima do interesse publico
No texto “Ilusões perdidas” José Miguel Wisnik avalia que entre os significados possíveis para “ilusões
perdidas” estão desilusões individuais; destruição pelo capitalismo, do humanismo ,revolucionário das
primeiras concepções burguesas da sociedade e da cultura.
A imprensa, para Balzac, concentra o mal do mundo: tudo é mercantilizado, deixa de existir valor universal, não
há ética. Tudo tem seu preço. No romance, Balzac analisa o “destino problemático da cultura diante da indústria
da cultura”.O poder do jornalismo ocorre em função de dois aspectos: 1. intimidação pela “derrisão”. 2.
tomar como verdade tudo o que é provável. Assim, o jornal faz e desfaz contextos. É
um gênero ficcional não confessado.
Em “Ilusões Perdidas”, o jornalismo é tema da literatura, invertendo a lógica que até então apresentava
sempre a literatura como tema do jornalismo. Balzac considera o jornalismo como prática que está longe do
real. É um “jogo de representações”. Para ele, a imprensa, mundo da mentira, avança sobre a verdade
da literatura. A publicidade é mais um item da mentira.
ÉTICA E COMISSÕES
O sistema deontológico dos jornalistas brasileiros é extremamente frágil , dado o limitado alcance das sanções
previstas nos códigos de ética
Os jornalistas que cometem infrações e descumprem o documento estão sujeitos a : observação , advertência
, suspensão e exclusão do quadro social do sindicato e a publicação da decisão da comissão de ética em
veículo de ampla circulação. Não há possibilidade de cassação 
No Brasil, a ética profissional dos jornalistas encontra respaldo em alguns constructos sociais, basicamente
códigos de conduta e instâncias de fiscalização do atendimento dessas normas.
O código de ética é o documento mais comum para orientação de atitudes e respostas pode ser privativo de
um veículo , de organização jornalística e os circunscritos a entidades de classe
Na categoria profissional, quem tem papel de liderança é a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
Os códigos de ética servem para padronizar atitudes, instruir respostas a desafios cotidianos, e dar satisfações
ao público, na medida em que externam posicionamentos. Têm caráter normativo, pedagógico e de rendimento
de contas
Códigos de ética são documentos sem força de lei, dependendo da assunção de seus valores pelos
profissionais da área, e de suas consciências e convicções.
Embora os códigos sirvam para orientação da prática jornalística, para a determinação dos papéis sociais e
para o estabelecimento de normas profissionais, seus efeitos são questionáveis porque possíveis sanções ou
formas potenciais de pressão são bastante baixas ou quase inexistentes.
 CÓDIGOS DE ÉTICA NA 
 AMÉRICA DO SUL
Os códigos de ética são, apesar das críticas em relação à efetividade dos mesmos, ao lado dos Ombudsmen e
dos conselhos de imprensa, os mecanismos mais difundidos de responsabilidade. 
É importante haver códigos de ética, pois estes afirmam as responsabilidades nas práticas jornalísticas.
Embora os códigos sirvam para orientação da prática jornalística, para a determinação dos papéis sociais e
para o estabelecimento de normas profissionais, seus efeitos são questionáveis, uma vez que possíveis
sanções ou formas potenciais de pressão são bastante baixas ou quase inexistentes
Analisando os códigos de ética da América do Sul , percebe-se que a maioria desses
aspectos :Veracidade e objetividade; liberdade de imprensa e expressão; proteção à
esfera privada do indivíduo; engajamento atribuído aos jornalistas; e o problema do
sensacionalismo foram encontrados nos códigos de diversas maneiras. O que difere é a
terminologia com que tais temas são abordados
A maioria dos documentos entende objetividade como um “tratamento honesto à informação”, seriedade,
responsabilidade, equilíbrio, exatidão, separação entre notícia e opinião, versão fidedigna dos fatos, informação
completa, independente e contextualizada”
Os códigos possibilitam uma responsabilidade baseada nas funções exercidas.
O objetivo principal seria evitar o abuso de poder da liberdade de expressão, alcançar padrões para o ofício
jornalístico e assegurar a qualidade. Entre as diversas funções dos códigos estão :
1) a socialização dos jornalistas dentro da profissão; 
2) a formação de quadros profissionais; 
3) o fortalecimento do julgamento moral; 
4) a formulação de diretrizes; 
5) o estímulo do debate público sobre a prática da comunicação; 
6) o aumento da credibilidade da profissão aos olhos da esfera pública; 
7) evitar as influências do controle externo e restrições ao campo jornalístico
Para Restrepo (1999), os jornalistas latino-americanos tratam, em geral, a ideia de objetividade como
mito e, desse modo, substituem o termo “objetivo” pelo conceito da obrigatoriedade de informar
honestamente e trabalhar de acordo com os interesses públicos.
LEGISLAÇÃO
O Brasil adapta sua legislação a cada contexto histórico, a um determinado grupo social que varia nos quesitos
de autonomia , segurança ,liberdade de expressão.
Isso é um dos grandes problemas do Brasil, pois há uma grande instabilidade na legislação que da sustentação
as nossas práticas. Essas instabilidades mudam muito o modo de fazer jornalismo, pois esse usa como
referência as experiências das gerações passadas, há uma cultura jornalística que envolve as experiências de
antecessores. Muitas vezes as elas vão se perdendo por conta dessas instabilidades.
Ao longo de sua história e de forma gradual, o Brasil construiu os mecanismos responsáveis pelas garantias
fundamentais que hoje resguardam todos os cidadãos. Este processo evolutivo atingiu seu auge com a Carta
Magna de 1988.
A Constituição Cidadã apresenta uma série de regras voltadas aos direitos e deveres individuais e coletivos.
Reunidos no Artigo 5º, eles estão fundamentados pelo seguinte princípio: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade”
Entre as garantias expressas pelo artigo 5º estão : a igualdade de direitos e obrigações para homens e
mulheres; a livre manifestação do pensamento; a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas; a liberdade de consciência e de crença; que a prática do racismo
constitui crime inafiançável e imprescritível, entre diversos outros direitos fundamentais.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
 V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral
ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;
O artigo 220 da Constituição Federal de 1988 dispõe que a manifestação do pensamento, a criação, a
expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado
apenas o que nela está disposto. Tal dispositivo visa garantir a liberdade de comunicação que é o conjunto de
direitos, formas, processos e veículos que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e
difusão do pensamento e da informação. 
O artigo 220 tem por princípio geral a ampla liberdade de expressão, só que aplicado especificamente à
comunicação social. Outros princípios também podem ser extraídos desta norma constitucional, entre eles o da
liberdade de informação, que abrange tanto o direito de informar quanto o de ser informado.
As regras constitucionais da comunicação, além do disposto pelo artigo 220, estão previstas no artigo 221,que
trata das restrições da liberdade de comunicar; e nos artigos 222 e 223 que dispõem sobre a propriedade das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e televisiva; e da concessão e permissão para tais serviços;
além do artigo 224 que prevê a instituição do Conselho de Comunicação Social.
É importante verificar que não se está garantindo uma liberdade irresponsável e sem qualquer critério do
poder de informar ou mesmo do direito de criar ou de manifestar o pensamento, pois existem meios legítimos,
previstos pela Constituição, de se controlara liberdade de comunicação. Pois, muitas vezes a liberdade de
comunicação vai de encontro aos direitos de terceiros, ou contraria outros preceitos constitucionais; fato que
deve ser analisado judicialmente, dentro do contexto constitucional.
A liberdade é um dos valores básicos para a existência humana digna, mas não pode ser ilimitada, de maneira a
atropelar outros direitos. A liberdade de expressão deve observar a mesma regra, ou seja, deve se ater a certos
limites para não lesar direito de terceiro. 
Assim, o legislador constituinte estabeleceu alguns limites à liberdade de comunicação; entre eles estão: a)
o anonimato é vedado (art. 5o, IV); b) é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além
da indenização por dano material, moral ou à imagem (art. 5o, V); c) são invioláveis a intimidade, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente da sua violação; d) observância dos princípios do art. 221 da Constituição.
O art. 221 da Constituição, que deverão ser observados em especial pelas emissoras de rádio e televisão:
 
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. Os conceitos aqui tratados são
muito amplos, sendo que não representam uma restrição considerável ao conteúdo, e ainda, é uma questão de
preferência;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos sociais da pessoa e da família.
O art. 222 da Constituição : 
A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros
natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sede no País.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas
jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das
atividades e estabelecerão o conteúdo da programação.
§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas
de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social.
§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação
do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que também
garantira a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções nacionais.
§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º.§ 5º As alterações
de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso Nacional.
O art. 223 da Constituição regulamenta a competência do Poder Executivo para outorgar e renovar concessão,
permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Há uma defesa de uma legislação geral que oriente as práticas jornalísticas , como uma pratica que se da
dentro de um determinado grupo humano e que esse ambiente dê a segurança para que a profissão seja
exercida,
O melhor ambiente para se exercer o jornalismo é em um ambiente democrático , com garantias democráticas
e uma sociedade que prospera economicamente , um jornalismo pautado nos valores desses grupos humanos
Lei De Imprensa :
No dia 9 de fevereiro de 1967, o presidente Castelo Branco sancionou a Lei de Imprensa, que restringia a
liberdade de expressão no Brasil. Com a entrada em vigor desta lei, pelas novas regras, todos os programas
exibidos na televisão deveriam apresentar na tela, antes do início, uma autorização rubricada pelos censores. 
 De acordo com o texto, jornalistas e veículos de comunicação poderiam ser punidos e multados se
publicassem algo que ofendesse a “moral e os bons costumes”, especialmente se o alvo fosse alguma
autoridade. Em caso de vigência do estado de sítio, o governo iria enviar agentes às redações de jornais, rádios
e TV para fazer a censura prévia.
Em abril de 2009, o STF decidiu tornar sem efeito uma das últimas legislações do governo militar que ainda
estava em vigor: a lei de imprensa. Com a revogação da lei 5.250/67, todos os julgamentos de ações contra
jornalistas passam a ser feitos com base na Constituição e nos códigos Civil e Penal.
→ De acordo com a lei 5.250/67, os crimes de injúria, calúnia e difamação
poderiam ser punidos com pena de até três anos de prisão.
→ Pela as leis específicas da Constituição, códigos Civil e Penal, as previstas para
estes crimes são mais brandas.
→ Pelo Código Penal, por exemplo, as penas não passam de dois anos. Na antiga
lei, se os três crimes fossem cometidos contra o presidente da República ou
outras autoridades, as penas ainda eram aumentadas em um terço.
Direito de resposta
A norma garante que os ofendidos por notícias possam responder ou retificar informações em espaços
gratuitos e de forma proporcional.
Art. 1º Esta Lei disciplina o exercício do direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria
divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social.
Art. 2º Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é
assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo.
Definição de matéria divulgada e ressalva em relação a publicações na internet (do art. 2º):
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se matéria qualquer reportagem, nota ou notícia divulgada por veículo
de comunicação social, independentemente do meio ou da plataforma de distribuição, publicação ou
transmissão que utilize, cujo conteúdo atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra, a
intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica identificada ou
passível de identificação.
§ 2º São excluídos da definição de matéria estabelecida no § 1º deste artigo os comentários realizados por
usuários da internet nas páginas eletrônicas dos veículos de comunicação social

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