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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DISCIPLINA DE ELETRÔNICA FUNDAMENTAL GLACY KELLY MOURA GOMES SEMICONDUTORES São Luís – MA 2021 GLACY KELLY MOURA GOMES SEMICONDUTORES Trabalho apresentado ao curso de Engenharia da Computação da Universidade Estadual do Maranhão como requisito para obtenção parcial da primeira nota da disciplina de Eletrônica Fundamental ministrada pelo professor Jairon Viana Batista. São Luís – MA 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5 2 SEMICONDUTORES ....................................................................................................................... 5 2.1 Semicondutores Intrínsecos ..................................................................................................... 6 2.2 Semicondutores Extrínsecos ................................................................................................... 7 3 CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 10 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Silício e Germânio .............................................................................................................. 5 Figura 2. Bandas de Energia ............................................................................................................. 6 Figura 3. Estrutura cristalina homogênea de Silício....................................................................... 6 Figura 4. Ligação Covalente do Silício ............................................................................................. 7 Figura 5. Boro na estrutura cristalina de Silício .............................................................................. 8 Figura 6. Fósforo na estrutura cristalina de Silício ......................................................................... 8 Figura 7. Junção PN e Camada de Depleção ................................................................................ 9 5 ¹ Disponível em: < www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo_1_diodos.pdf >. Acesso 09 de dez 2021 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo mostrar o conceito de semicondutores e seus tipos que consistem em dois: intrínsecos e extrínsecos. Um tem mais utilidade para a eletrônica do que o outro, devido à suas características de isolante ou condutor. Essas características também devem ser abordadas para que se possa conceituar um semicondutor, já que, ele pode atuar como um isolante ou um condutor. 2 SEMICONDUTORES Os semicondutores são materiais que possuem a característica de mudar sua condição de isolante para condutor, ou seja, sua condutividade elétrica é intermediária fazendo com que, ela esteja entre os materiais isolantes ou condutores. Os semicondutores mais utilizados na eletrônica são o Silício e o Germânio, e cada um só tem quatro elétrons na última camada. Por isso, deve-se explicar primordialmente como funcionam os condutores e os isolantes. Figura 1. Silício e Germânio Fonte: Autoria Própria. Os condutores são materiais que tem átomos que deixam os elétrons transitar de um átomo para o outro. Isso gera vários elétrons livres dentro de um sólido, e esses elétrons livres, quando são injetados algum tipo de fonte de energia são reordenados e passam a conduzir corrente elétrica que necessita desses elétrons para existir. Já nos materiais isolantes, os átomos e moléculas que fazem parte deles, são aqueles que não permitem a transição livre de elétrons entre um átomo e outro. Isso resulta em um material sem muitos elétrons livres, o que dificulta a passagem de uma corrente elétrica, já que ela precisa muitos elétrons livres para propagar a corrente no material. O condutor tem uma maior facilidade de conduzir eletricidade, já o isolante, é o oposto disso e tem dificuldade para passar corrente elétrica. E o semicondutor é o meio-termo, podem apresentar algum tipo condução ou não, dependendo de sua 6 ¹ Disponível em: < www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo_1_diodos.pdf >. Acesso 09 de dez 2021 aplicação. Isso se dá devido às bandas de energia, que estão representadas na figura 2 logo abaixo. Figura 2. Bandas de Energia Fonte: Unesp.1 Os átomos juntos num material sólido podem provocar alterações nos níveis de energia que ficam acima da camada de valência, podendo ser chamado de nível proibido ou banda proibida. Os elétrons que ficam na camada de valência que sofrem uma ação de um potencial elétrico, pulam do nível de valência para um nível de condução ou banda de condução. Sendo assim, nos condutores não existem a banda proibida, o que facilita a condução da corrente da camada de valência para a banda de condução. Já no isolante, existe uma extensa banda proibida, o que dificulta a passagem de corrente. No semicondutor a banda proibida tem um tamanho médio, o que significa que podem conduzir corrente, porém não tão eficaz quanto o condutor e também não isola como o isolante que uma banda proibida maior que os outros. 2.1 Semicondutores Intrínsecos Quando os silícios são organizados em pares distintos formam-se a ligação covalente entre eles, tornando-os dessa forma, estáveis. Esse tipo de ligação é chamado de semicondutor intrínseco (puro) pois apenas existem silícios com ligações covalentes que formam uma estrutura cristalina homogênea. Figura 3. Estrutura cristalina homogênea de Silício Fonte: Autoria Própria. 7 ¹ Disponível em: < www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo_1_diodos.pdf >. Acesso 09 de dez 2021 Os silícios quando são ligados com outros silícios, compartilham elétrons através das ligações covalentes, na qual consiste em um elemento de Silício, ganhar mais um elétron na sua camada de valência. Como tudo na natureza, tende ao equilíbrio, nessa ligação o Silício consegue se estabilizar, pois fica com oito elétrons na sua última camada. Figura 4. Ligação Covalente do Silício Fonte: Autoria Própria. Esses semicondutores intrínsecos (puros) não servem como aplicação prática para eletrônica pois eles ficam estáveis, assim que se ligam. Por estarem estáveis, eles dificilmente liberam elétrons livres, o que os tornam mais parecido com um isolante, do que um condutor. Por isso, o outro tipo de semicondutor (extrínseco) é mais utilizado devido às suas características em relação aos circuitos elétricos, que precisam da passagem de corrente elétrica. 2.2 Semicondutores Extrínsecos Para ter aplicações práticas na eletrônica, os semicondutores extrínsecos (impuros ou dopados) são os melhores, especificamente pois são adicionadas impurezas como elementos trivalentes ou pentavalentes nessa estrutura cristalina, que tem três e cinco elétrons na camada de valência, respectivamente. O ato de adicionar impurezas na estrutura é chamado de dopagem. Quando uma impureza trivalente (Boro, por exemplo) é adicionada na estrutura cristalina de silício é possível perceber que existem lacunas entre os átomos, pois os trivalentes têm três elétrons e o silício apenas quatro elétrons na última camada, o que resulta apenas em sete elétrons na camada de valência, ainda ficando instável e faltando um elétron, essa “falta” de elétron é chamada de lacuna, como ilustrado na 8 ¹ Disponível em: < www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo_1_diodos.pdf>. Acesso 09 de dez 2021 figura 5. Dessa forma, como faltam elétrons, diz-se que a estrutura cristalina está carregada positivamente e por isso será chamado de semicondutor do tipo p (“p” de positivo). Figura 5. Boro na estrutura cristalina de Silício Fonte: Autoria Própria. Já quando uma impureza pentavalente (Fósforo) é adicionada na estrutura cristalina, percebe-se que sobram elétrons no fósforo. Sendo assim, como tem excesso de elétrons diz-se que a estrutura cristalina está carregada negativamente e é chamada de semicondutor do tipo n (“n” de negativo). Figura 6. Fósforo na estrutura cristalina de Silício Fonte: Autoria Própria. Quando existe uma união desses semicondutores de tipo P e N, chama-se de junção PN. Com essa junção, é formada a camada de depleção, em que ficam os elétrons livres e lacunas. Quando uma lacuna e um elétron livre desaparecem esse 9 ¹ Disponível em: < www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo_1_diodos.pdf >. Acesso 09 de dez 2021 processo é chamado de recombinação, na qual a maioria da estrutura cristalina se estabiliza. Figura 7. Junção PN e Camada de Depleção Fonte: Unesp.1 Esse cristal PN é justamente o componente eletrônico chamado de diodo, que, na parte do tipo P está carregado positivamente, e na parte do tipo N, carregado negativamente, sendo assim, um componente utilizado bastante na eletrônica. 3 CONCLUSÃO O semicondutor, como foi visto, pode assumir características de um isolante ou um condutor dependendo de sua aplicação. Porém, sua aplicação mais prática na eletrônica é o semicondutor extrínseco (dopado), pois é inserido na estrutura cristalina elementos trivalentes ou pentavalentes, que tem três e cinco elétrons na camada de valência, respectivamente. Com, foi feito a explicação, da existência e da junção dos materiais semicondutores do tipo P e N, e como consequentemente, são a composição de um componente bastante utilizado na eletrônica: o diodo. REFERÊNCIAS [1] Capítulo 1 – Diodos. Disponível em: <www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo_1_diodos.pdf> . Acesso em: 27 dez. 2020. [2] Semicondutores. Disponível em: <www.guiaestudo.com.br/semicondutores>. Acesso em: 09 jan. 2021. [3] Condutores e Isolantes. Disponível em: <www.todamateria.com.br/condutores- e-isolantes/>. Acesso em: 09 jan. 2021.
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