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Compreensão e Interpretação de textos com questões

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Disciplina: Língua Portuguesa 
Assunto: Compreensão e Interpretação 
Data: 
Aluno: 
 
 
 
A leitura do mundo precede a leitura da palavra. (Paulo Freire) 
 
 A frase serve para ilustrar, mas também muito para refletir sobre a importância da leitura nas relações 
comunicativas em que o homem está inserido. Como viver no mundo ser ler? Falo aqui no sentido amplo, no 
sentido funcional e instrutivo. Paulo Freire nos permite pensar que apenas ler as palavras, aquilo que se faz 
presente explicitamente no texto é insuficiente para se compreender tudo aquilo que um texto pode nos 
oferecer: informações, reflexões, associações com fatos externos, construção de um pensamento crítico, 
conhecimento; e por que não dizer também entretenimento. Pois é, se a leitura nos oferece tudo isso e muito 
mais, não se deve pensar que ela pode ser uma atividade opcional, não é verdade? 
 E vale aqui destacar que a leitura nos permite adquirir duas habilidades coexistentes: a compreensão e 
interpretação de textos, que, além de fazer parte do nosso cotidiano, de modo específico, nos acompanha na 
vida escolar, nos vestibulares, no Enem e em todos os concursos públicos. Muitas pessoas, que se queixam de 
que não sabem compreender e interpretar textos, acham-se incapazes de resolver questões sobre compreensão 
e interpretação de textos. No entanto, com uma prática de leitura mais frequente e resolução de questões, 
muitos conseguem vencer essa dificuldade rapidamente. 
Nos concursos públicos, esse item está presente nas mais variadas formas. Nas provas, há sempre vários 
textos, alguns bem grandes, sobre os quais há muitas perguntas com o objetivo de testar a habilidade do 
concurseiro em leitura, compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com muita atenção, reler e, na hora 
de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com muita confiança. 
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de textos, além de ser importante para responder 
às questões específicas de Língua Portuguesa, é fundamental para que se compreenda o enunciado das questões 
de atualidades, de matemática, de direito e de raciocínio lógico, por exemplo, e assim responder com êxito. 
Muitos candidatos, embora tenham bastante conhecimento dos conteúdos que são exigidos nas provas, erram 
nas questões, porque simplesmente não entendem o que a banca examinadora está pedindo, ou seja, não 
compreendem o comando da questão. Por isso, é essencial estudar com muita atenção e exercitar bastantes 
questões das mais variadas bancas, pois o treino conduzirá ao aprendizado. O fato é que é preciso ter uma 
habilidade bem satisfatória nessa área de conhecimento, pois as questões de compreensão e interpretação de 
textos vêm ganhando espaço nos concursos públicos, muitas vezes, compreendem 50% da prova. Também é a 
partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos 
de hoje em dia. Por isso, é cada vez mais importante observar os comandos das questões. 
 Diante de todas essas elucidações, há de se pensar que essas habilidades são ESSENCIAIS para qualquer 
concurseiro, não é verdade? Então, vamos iniciar aqui nossos estudos, buscando compreender o que é o TEXTO. 
Você já parou para pensar sobre o que significa um texto? Muito pensam que se trata apenas de um conjunto 
de palavras, que formam frases, períodos, parágrafos, possibilitando o exercício da leitura. Todavia, é muito mais 
que isso. 
 
Mas afinal de contas, o que é texto? 
A palavra texto vem do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. Essa origem aponta a ideia 
de que texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um todo 
inter-relacionado, um todo coeso e coerente. Isso vai muito além da ideia de que se tem de que texto é um 
amontoado de palavras. Primeiramente, é importante entender que TEXTO é uma unidade de sentido, em que 
o que se pretende apresentar é organizado através de ideias relacionadas entre si, podendo se apresentar de 
modo formal ou informal, escrito ou oral; formando, assim, um todo significativo, capaz de produzir interação 
comunicativa. É nesse processo que também se identifica o CONTEXTO, já que todo texto surge por meio de um 
contexto, isso se refere ao momento da sua produção, quem o produziu, com quais intenções. Compreender 
todo esse conjunto de informações externas e internas possibilitará o entendimento com êxito. Buscar uma 
leitura, associando a outras informações cabíveis, como histórica, espacial, ideológica, cultural, fará com que 
você construa uma aptidão para a leitura de qualquer texto a que tiver acesso. Um outro ponto que merece 
destaque para uma melhor compreensão é o INTERTEXTO. Muitos textos que lemos dialogam com outros de 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
outrora, seja confirmando sua ideia original (PARÁFASE), seja negando as ideias do texto-fonte (PARÓDIA). 
Quando se percebe um texto sendo citado em outro, dá-se o nome de intertexto. 
 
INTERTEXTUALIDADE 
 
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece entre dois textos, quando um texto já 
criado exerce influência na criação de um novo texto. 
Diversos autores utilizam textos já existentes e reconhecidos, chamados de textos fontes, para servir de 
base às suas novas criações. Contribuem assim para o enriquecimento da exploração de um determinado tema, 
da exaltação de uma personalidade, da comemoração de um acontecimento, da valorização da cultura de um 
povo,... 
A intertextualidade pode ocorrer de várias formas, nos diversos gêneros: na prosa, na poesia, nas letras 
de música, na publicidade, nas imagens, na pintura,... 
Embora possa ocorrer de forma acidental, sendo uma mera coincidência, a intertextualidade é 
maioritariamente planejada, apresentando vestígios mais ou menos diretos do texto original, que permitem aos 
leitores reconhecer a influência exercida pelo texto fonte. 
Dos diversos exemplos de intertextualidade existentes na literatura brasileira, um dos mais conhecidos 
é o poema Vou-me embora pra Pasárgada, de Millôr Fernandes, cujo texto fonte é o poema, com o mesmo, de 
Manoel Bandeira. 
 
Tipos de intertextualidade 
 
A intertextualidade pode assumir diversas formas e ser feita de diversas maneiras, 
apresentando assim diferentes tipos. Destacamos os seguintes como os principais: 
 
1. Paráfrase 
Na paráfrase, a intertextualidade incide na temática. Há uma reafirmação das ideias do texto 
fonte. É utilizado um tema previamente explorado por outro autor na criação de um novo texto com 
estrutura e estilo próprios. 
 
Exemplo de paráfrase: 
"Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá..." (Canção do exílio, Gonçalves Dias) 
"Do que a terra mais garrida / teus risonhos, lindos campos têm mais flores / nossos bosques têm mais 
vida..." (Hino Nacional Brasileiro, J.O.D. Estrada) 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
"Moro num país tropical / abençoado por Deus / e bonito por natureza..." (País Tropical, Jorge Ben Jor) 
 
2. Paródia 
Na paródia, ocorre a subversão da temática do texto fonte, alterando e contrariando o que foi 
expresso anteriormente de forma irônica e satírica. Visa a crítica e a reflexão, promovidas através de 
um momento de fruição e jocosidade. 
 
Exemplo de paródia: 
Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. (ditado popular) 
Se Maomé não vai à montanha, a montanha vaia Maomé. (paródia) 
3. Referência ou alusão 
Na referência ou alusão, é feita a sugestão ou insinuação de um acontecimento, personalidade, 
personagem, local, obra,... Não é apresentada a intertextualidade de forma direta, mas sim através da 
apresentação de características simbólicas. 
 
Exemplo de referência ou alusão: 
A mais bonita de todas era sem dúvida Helena - a minha filha e não a outra. 
(Alusão a Helena de Troia, a mulher mais bonita do mundo) 
 
4. Citação 
Na citação, ocorre uma intertextualidade direta, havendo a reprodução de parte do texto 
fonte. Há umatranscrição das palavras de outro autor, devidamente destacada com aspas e com a 
identificação desse autor. A citação visa conferir credibilidade ao novo texto. 
 
Exemplo de citação: 
Segundo Bechara (2015, p.276), "o verbo se diz pronominal quando o pronome oblíquo se refere ao 
pronome reto". 
 
5. Pastiche 
No pastiche, há a imitação direta do estilo de outros autores, mesclando esses diversos estilos 
numa única obra. Aparece como uma criação independente, sem o intuito de criticar ou satirizar. O 
pastiche é muito utilizado em músicas e imagens. 
 
Exemplo de pastiche: 
"Quis gravar “amor” 
no tronco de um velho freixo: 
“Marília”, escrevi." 
(Manuel Bandeira) 
 
6. Tradução 
A tradução é a passagem de um texto de uma língua estrangeira para a língua nativa de um 
determinado país. É considerada uma intertextualidade por haver diferentes interpretações e pela 
possibilidade de uso de diferentes expressões na adequação à realidade da nova língua. 
 
Exemplos de tradução: 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
Nós amamos com um amor que era mais do que amor. 
"We loved with a love that was more than love." (Edgar Allan Poe) 
 
 
 Nobre concurseiro, percebeu quão necessária é a leitura para ti? Há como ser 
aprovado sem fazer da leitura um hábito? De modo algum! 
 
Voltemos ao tema da nossa aula: COMPREENSÃO E INTERPREAÇÃO DE TEXTOS. Afinal, há 
diferença entre uma habilidade e outra? Primeiro eu me torno competente em uma e depois na outra? 
Existe sim diferença entre uma habilidade e outra, porém são habilidades adquiridas 
concomitantemente. 
 
A compreensão de texto consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do 
texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: 
 
As considerações do autor se voltam para... 
Segundo o texto, está correta... 
De acordo com o texto, está incorreta... 
Tendo em vista o texto, é incorreto... 
O autor sugere ainda... 
De acordo com o texto, é certo... 
O autor afirma que... 
Na opinião do autor do texto... 
 
Já a interpretação de texto consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. O enunciado 
normalmente é encontrado da seguinte maneira: 
 
O texto possibilita o entendimento de que... 
Com apoio no texto, infere-se que... 
O texto encaminha o leitor para... 
Pretende o texto mostrar que o leitor... 
O texto possibilita deduzir-se que... 
 
ENTENDA: Enquanto a compreensão de texto trabalha com as frases e ideias escritas no texto, ou 
seja, aspectos visíveis, a interpretação de textos trabalha com a subjetividade, com o SEU 
entendimento do texto. 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 É nesse processo de entendimento de texto, através da compreensão e interpretação, que 
você precisa também perceber que as palavras nem sempre significam, no texto, exatamente, como 
estão no dicionário. A nossa língua não limita o significado das palavras apenas como consta nos 
dicionários, vai muito além disso. As palavras estão inseridas em um processo semântico que pode se 
apresentar de modo dicionarizado, sentido literal, ou seja, LINGUAGEM DENOTATIVA; mas também 
adotando um sentido figurado, criativo, com ênfase expressiva, ou seja, LINGUAGEM CONOTATIVA. 
Então, vamos aqui compreender melhor essas linguagens? 
 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
 
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e 
significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico 
(significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido 
verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e 
que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada 
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. 
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de 
extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no 
signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). 
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por 
exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, 
não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através 
de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido. 
 
 E vale ressaltar, aqui, a forte presença de textos literários, hoje nos concursos, são poemas, 
contos, crônicas, trechos de romance da nossa Literatura Brasileira. Assim, quem busca um 
amplo conhecimento através da grande diversidade de informações, que há nos mais variados 
textos que circulam na sociedade, estará à frente de muitos que rejeitam essa prática, não é 
verdade? 
 
SÍNTESE: 
 
LINGUAGEM DENOTATIVA LINGUAGEM CONOTATIVA 
Significação restrita das palavras. Palavras com significação ampla, construída 
através do seu contexto. 
Palavra com sentido comum, aquele 
encontrado no dicionário. 
Palavras com sentidos que garantem ao 
enunciado expressividade. 
Palavras empregadas de modo objetivo. Palavras empregadas de modo criativo, 
artístico. 
Linguagem exata. Linguagem múltipla, rica em sentidos. 
 
Acredito que, até aqui, essa parte introdutória ficou clara, certo? É óbvio que foram sucintas 
elucidações acerca dessa área de conhecimento presente em todos os editais de concurso público e 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
com um número considerável de questões em que exige dos alunos competência leitora. Mas, por se 
tratar de uma habilidade, há de fato ausência de regras, o que se deve é treinar, treinar bastante para 
garantir o acerto do maior número de questões relacionadas à compreensão e à interpretação de 
textos. 
 
QUESTÕES DE CONCURSO 
 
Felizes para sempre? Quem dera... 
 (Gláucia Leal) 
 
 Em tempos de tão pouca tolerância consigo mesmo e com os outros, manter relacionamentos 
amorosos duradouros e felizes parece um dos objetivos mais almejados entre pessoas de variadas 
classes sociais e faixas etárias. Fazer boas escolhas, entretanto não é fácil - haja vista o grande número 
de relações que termina, não raro, de maneira dolorosa - pelo menos para um dos envolvidos. Para 
nossos avós, o casamento e sua manutenção, quaisquer que fossem as penas e os sacrifícios atrelados 
a eles, era um destino quase certo e com pouca possibilidade de manobra. Hoje, entretanto, 
convivemos com a dádiva (que por vezes se torna ônus) e escolher se queremos ou não estar com 
alguém. 
 Um dos pesos que nos impõe a vida líquida (repleta de relações igualmente líquidas, efêmeras), 
como escreve o sociólogo Zygmunt Bauman, é a possibilidade de tomarmos decisões (e arcar com 
elas). Filhos ou dependência econômica já não prendem homens e mulheres uns aos outros, e cada 
vez mais nos resta descobrir onde moram, de fato, nossos desejos. E não falo aqui do desejo sexual, 
embora este seja um aspecto a ser considerado, mas do que realmente ansiamos, aspiramos para 
nossa vida. Mas para isso é preciso, primeiro, localizar quais são as nossas faltas. E nos relacionamentos 
a dois elas parecem ecoar por todos os cantos. 
 Dividir corpos, planos, sonhos, experiências, espaços físicos e talvez o mais precioso, o próprio 
tempo, acorda nos seres humanos sentimentos complexos e contraditórios. Passados os primeiros 18 
ou 24 meses da paixão intensa (um período de maciças projeções), nos quais a criatura amada parece 
funcionar como bálsamo às nossas dores mais inusitadas, passamos a ver o parceiro como ele 
realmente é: um outro. E essa alteridade às vezes agride, como se ele (ela) fosse diferente de nós 
apenas para nos irritar. Surge então a dúvida, nem sempre formulada: Continuar ou desistir? (...) 
Disponível em: http://conexoesentreoscasais.blogspot.com.br/2011/04/felizes-para-sempre-quem-dera.html.Acesso 
em 15/04/2018. 
 
01. (INAZ do Pará - 2018 - CREFITO-16ª Região (MA) - Auxiliar Administrativo) O texto “Felizes para 
sempre? Quem dera...” apresenta elementos predominantemente: 
A) Narrativos. 
B) Literários. 
C) Descritivos. 
D) Publicitários. 
E) Dissertativos. 
 
 
 
 
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Disponível em: <https://i0.wp.com/www.humorpolitico.com.br/wp-content/uploads/2012/04/21-de-abril-tiradentes-
220412-brum-humorpolitico.jpg?zoom=2&resize=580%2C455&ssl=1>. Acesso em: 18 maio de 2018. 
 
02. (IF-GO - 2018 - IF-GO – Jornalista) O humor no texto ocorre devido ao fato de: 
A) o estudante não conhecer o significado de herói. 
B) o estudante confrontar o sentido metafórico e literal de “corda no pescoço”. 
C) o estudante inferir que Tiradentes foi enforcado porque lutou por causas trabalhistas. 
D) o estudante não saber quem foi Tiradentes. 
 
 
 
03. (IDECAN - 2018 - CRF-SP - Analista de Suporte) A resolução da breve narrativa de Bill Watterson 
ocorre em qual dos quadros da tira? 
A) Primeiro quadro. 
B) Segundo quadro. 
C) Terceiro quadro. 
D) Quarto quadro. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
04. (FCM - 2018 - IFN-MG - Língua Portuguesa) Leia, atenciosamente, uma passagem do texto 
"Cacarecos da língua", de Gregório Duvivier. 
 
Todo dia uma palavra morre e a gente não se dá conta. [...] Algumas, para não morrer, reinventaram-
se. Trocaram de sexo, de nome e de profissão. A palavra "zoeira" já significou barulho: hoje significa 
troça. [...] 
Pense quando foi a última vez que ouviu que a situação está um despautério, que fulano tá borocoxô, 
que tal roupa é uma coqueluche, que fulana é uma songamonga. 
Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/ 2016/07/1790346-cacarecos-da-
lingua.shtml>. Acesso em: 20 out. 2018. 
 
No texto, há reflexões sobre o uso ou emprego de algumas palavras da língua portuguesa. Nele 
infere-se que a construção dos significados da palavra "zoeira" resulta de um/uma 
A) preconceito linguístico. 
B) inadequação vocabular. 
C) contraste morfossintático. 
D) variação semântica. 
E) diversidade técnico-situacional. 
 
05. (FCM - 2018 - IFN-MG - Língua Portuguesa) A intertextualidade encontra-se na base de 
constituição de todo e qualquer dizer e José Paulo Paes, estrategicamente, utiliza-se dela para 
construir o seu texto. 
 
Canção do exílio facilitada 
 
lá? 
ah! 
 
sabiá... 
papá... 
maná... 
sofá... 
sinhá... 
cá? 
bah! 
 
Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt= 0%2C5&q=- 
can%C3%A7%C3%A3o+do+ex%C3%ADlio+ facilitada&oq= can%C3%A7%C3%A3o Acesso em: 17 out. 2018. 
 
O recurso intertextual utilizado por José Paulo Paes, ao retomar a Canção do Exílio, de Gonçalves 
Dias, é a/o 
A) colagem. 
B) paródia. 
C) pastiche. 
D) paráfrase. 
E) referência. 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
06. (IF-GO - 2018 - IF-GO – Jornalista) Para a compreensão do texto, de que a abolição da escravatura 
aconteceu apenas no discurso, é necessário que o(a) leitor(a): 
 
I. dispense o texto não verbal, pois a imagem funciona como reforço à ideia do texto verbal. 
II. dispense o texto verbal, pois o texto não verbal é suficiente para acionar o efeito de sentido 
desejado. 
III. retome conhecimentos de História do Brasil, pois o texto refere-se a um acontecimento situado no 
contexto cultural nacional. 
IV. faça a associação entre o texto verbal e o não verbal. 
 
A) As alternativas III e IV estão corretas. 
B) Todas as alternativas estão corretas. 
C) Apenas a alternativa II está correta. 
D) Apenas a alternativa I está correta. 
 
Texto I 
 
O açúcar 
 
O branco açúcar que adoçará meu café 
nesta manhã de Ipanema 
não foi produzido por mim 
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. 
 
Vejo-o puro 
e afável ao paladar 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
como beijo de moça, água 
na pele, flor 
que se dissolve na boca. Mas este açúcar 
não foi feito por mim. 
 
Este açúcar veio 
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, 
dono da mercearia. 
Este açúcar veio 
De uma usina de açúcar em Pernambuco 
ou no Estado do Rio 
e tampouco o fez o dono da usina. 
 
Este açúcar era cana 
e veio dos canaviais extensos 
que não nascem por acaso 
no regaço do vale. 
 
Em lugares distantes, onde não há hospital 
nem escola, 
homens que não sabem ler e morrem de fome 
aos 27 anos 
plantaram e colheram a cana 
que viraria açúcar. 
 
Em usinas escuras, 
homens de vida amarga 
e dura 
produziram este açúcar 
branco e puro 
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. 
GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1980). São Paulo: Círculo do Livro, 1983, p.227-228. 
 
Texto II 
 
Como é feito o processamento da cana-de-açúcar nas usinas 
A tecnologia de produção de etanol e açúcar é muito semelhante, do ponto de vista de 
processos, em todas as usinas brasileiras; há variações nos tipos e qualidades dos equipamentos, 
controles operacionais e, principalmente, nos níveis gerenciais. Existe, atualmente, uma boa 
integração entre as áreas agrícola e industrial das usinas, o que permite otimizar toda a cadeia 
produtiva nas unidades mais bem gerenciadas. O sistema de pagamento de cana em uso estimula o 
produtor independente de cana a entregar a matéria-prima em boas condições, pois há penalidades 
ou prêmios dependendo da qualidade da cana entregue na usina. Com efeito, ele leva em conta 
incentivos pelo maior teor de sacarose na cana e deságios pela matéria estranha mineral e os açúcares 
redutores presentes. 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
(Disponível em: htps://www.novacana.com/usina/como-e-feitoprocessamento-cana-de-acucar/Acesso em: 01/09/17) 
 
07. (IBFC - 2017 - Câmara Municipal de Araraquara - SP - Procurador Jurídico) Embora seja possível 
aproximar os temas dos textos I e II, percebe-se que possuem finalidades e linguagens distintas. 
Nesse sentido, assinale a opção em que se faz um comentário correto sobre esses textos. 
A) O primeiro possui uma linguagem mais informal, pois representa uma realidade fantasiada pelo 
autor. 
B) O segundo possui linguagem completamente subjetiva, pois busca convencer o leitor da importância 
do tema tratado. 
C) Ambos apresentam traços de informalidade, todavia o segundo possui um tom de aconselhamento. 
D) Ambos apresentam linguagem formal, mas apenas o primeiro explicita um teor crítico. 
 
08. (FGV - 2018 - AL-RO - Analista Legislativo – Taquigrafia) A frase abaixo que não apresenta 
intertextualidade com um texto amplamente conhecido é: 
A) A Universidade Santa Úrsula adverte: frequentar certos cursos faz mal ao bolso! 
B) A situação econômica do Brasil é grave e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça: todos devemos 
colaborar para que isso não piore! 
C) A ocasião faz o roubo, pois o ladrão já nasce feito! 
D) Acreditar ou não nas religiões: eis a questão! 
E) Juntos salvaremos o Brasil! 
 
09. (FGV - 2018 - AL-RO - Analista Legislativo – Taquigrafia) Uma das características da textualidade 
é a necessidade de coerência interna e externa, construída também pela seleção vocabular. A frase 
abaixo que se mostra coerente é: 
A) O turista, vindo do Rio, afirmava que, na cidade de São Paulo, a queda da temperatura era visível. 
B) O deslizamento inundou de terra todas as casas que ficavam em situação de risco. 
C) Os candidatos procuraram mais informações sobre o concurso. 
D) Após o desmoronamento do prédio, os destroços ficaram vários dias espalhados sobre a calçada. 
 
Para onde vão as palavras 
 Como se sabe, a palavra durante algum tempo foi obrigada a recuar diante da imagem, e o mundo 
escrito e impresso diante do falado na tela. Tiras de quadrinhos e livros ilustrados com um mínimo de 
texto hoje não se destinam mais somente a iniciantes que estão aprendendo a soletrar. De muito mais 
peso, no entanto, é o recuo da notícia impressa em face da notícia falada e ilustrada. A imprensa, 
principal veículo da esfera pública no século X I X assim como em boa parte do século XX, dificilmente 
será capaz de manter sua posição no século X X I. 
 Mas nada disso pode detera ascensão quantitativa da literatura. A rigor, eu quase diría que - apesar 
dos prognósticos pessimistas - o mais importante veículo tradicional da literatura, o livro impresso, 
sobreviverá sem grande dificuldade, com poucas exceções, como as das enciclopédias, dos dicionários, 
dos compêndios de informação etc., os queridinhos da internet. 
 
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 29-30.) 
 
10. (FCC - 2018 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Auditoria) Ao fazer um prognóstico da situação 
da literatura em nosso século, o autor acredita que ela 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
A) perderá toda a sua qualidade artística, em função dos critérios quantitativos pelos quais se 
orientará. 
B) sobreviverá graças aos recursos visuais que pouco a pouco substituirão o espaço dos textos. 
C) assimilará recursos da internet que a farão recuperar seu prestígio como a arte mais querida de 
todas. 
D) sofrerá com o contínuo desprestígio das palavras, que desde o século XIX cedem lugar para as 
imagens. 
E) permanecerá representada pelos livros impressos, à exceção dos dicionários e publicações similares. 
 
GABARITO 
 
1. E 2. B 3. D 4. D 5. B 
6. A 7. D 8. E 9. C 10. E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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