Buscar

Tecido Cartilagineo

Prévia do material em texto

Tecido Cartilagíneo
  O tecido Cartilagíneo é uma forma especializada de tecido conjuntivo envolvido na sustentação do organismo, e por esse motivo, apresenta maior rigidez do que o tecido conjuntivo propriamente dito.
 
Funções:
As funções do tecido cartilagíneo são:
· Suporte dos tecidos moles. ​
Aplicação clínica: pavilhão auricular e no sistema resp
· Revestimento de superfícies articulares. 
Aplicação clínica - Facilita o deslizamento das superf
· Absorve choques.
· No feto, uma grande parte do sistema esquelético é formada por tecido cartilaginoso. As peças cartilaginosas têm a forma de futuros ossos e servem de molde para o desenvolvimento do tecido ósseo e de grande parte do sistema esquelético definitivo. A cartilagem é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos, na vida intrauterina e depois do nascimento.
​
Constituição:
· Matriz extracelular
· Condrócitos - células responsáveis pela manutenção da matriz. Ocupam umas cavidades que se designam lacunas. Cada lacuna pode possuir um ou mais condrócitos.
 
  Nos cortes histológicos os condrócitos parecem não ocupar todo o espaço da lacuna (Figura 1). Tal deve-se à retração que ocorre durante o processo de obtenção e fixação dos tecidos e durante a preparação dos blocos de parafina. A retração que ocorre nos condrócitos parece ser superior à da matriz extracelular. In vivo os condrócitos ocupam todo o espaço da lacuna.
  O tecido cartilaginoso não é vascularizado, sendo esta uma das razões pelas quais as peças cartilaginosas tendem a ser pequenas em comprimento e quase sempre são delgadas. Desta forma, são pequenas as distâncias que os nutrientes, metabólitos e gases devem percorrer para se difundir no interior da matriz cartilaginosa a partir dos vasos sanguíneos localizados no tecido conjuntivo propriamente dito que envolve a cartilagem, para atingirem os condrócitos que estão no interior da cartilagem.
​
​
Tipos de tecido conjuntivo cartilagíneo
 
Cartilagem Hialina
  A cartilagem hialina é o tipo de cartilagem mais encontrada no corpo humano. No adulto faz parte da parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, da extremidade ventral das costelas e, reveste ainda as superfícies articulares dos ossos longos (articulações com grande mobilidade).
 
Constituição
Matriz extracelular
· Colágeno tipo II associado a ácido hialurónico;
· Proteoglicanos;
· Glicoproteínas:
· Condronectina - é uma glicoproteína estrutural e um importante componente da matriz da cartilagem hialina. É uma macromolécula que se liga aos condrócitos, fibras de colagénio tipo II e glicosaminoglicanos.
 
Condrócitos
· São células secretoras da matriz.
· Apresentam uma forma alongada na periferia da cartilagem hialina, e uma forma arredondada se localizados mais profundamente, surgindo por vezes em grupos de até oito células, designados grupos isógenos.
 
 
 
 Pericôndrio
· É uma camada de tecido conjuntivo denso vascularizado, constituído por colágeno tipo I numa parte mais superficial e mais rico em células (semelhantes aos fibroblastos) à medida que se aproxima da cartilagem.
· Existe em todas as cartilagens hialinas exceto nas cartilagens articulares (para que as suas superfícies sejam bastante lisas) e na fibrocartilagem.
· É uma fonte de novos condrócitos, sendo responsável ainda pela nutrição, oxigenação e eliminação de detritos metabólicos da cartilagem, uma vez que apresenta vasos sanguíneos e linfáticos, que são inexistentes no tecido cartilaginoso.
​​
 
 Crescimento
  O crescimento das cartilagens pode ocorrer por dois processos distintos: o crescimento intersticial ou o crescimento aposicional.
 
Crescimento Intersticial
  Este tipo de crescimento consiste na divisão mitótica dos condrócitos preexistentes. É considerado menos importante, já que ocorre praticamente só nas primeiras fases da vida da cartilagem.
 
Crescimento Aposicional
  Já o crescimento aposicional é o mais importante e predominante ao longo da vida.
Ocorre por diferenciação das células mesenquimais em condroblastos, que se multiplicam e diferenciam-se em condrócitos.
  Estes são adicionados à superfície da cartilagem, sendo por isso este crescimento chamado por aposição. 
  Assim, os novos condrócitos irão sintetizar matriz, produzindo fibras de colagénio, proteoglicanos e glicoproteínas, tornando o crescimento real superior ao produzido pelo aumento do número de células.
 
Cartilagem Elástica
  A cartilagem elástica encontra-se no pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe.
  É um tipo de cartilagem com caraterísticas semelhantes à cartilagem hialina. Tal como esta, apresenta pericôndrio e cresce fundamentalmente por aposição. Todavia apresenta algumas diferenças, nomeadamente na sua constituição, já que além das fibras de colagénio tipo II é, ainda, formada por uma extensa rede de fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio. 
  A matriz da cartilagem hialina é mais homogénea e os grupos isógenos surgem mais bem definidos e com uma distribuição mais regular do que na cartilagem elástica. Esta última é também menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina.
 
Cartilagem Fibrosa ou Fibrocartilagem
  Este tipo de cartilagem apresenta caraterísticas semelhantes ao tecido conjuntivo denso e à cartilagem hialina. É um tipo de cartilagem com uma estrutura bastante forte, com grande capacidade de resistência à pressão mecânica, torção e tensão.
  Encontra-se nos discos intervertebrais, inserção de alguns tendões e ligamentos nos ossos, na articulação temporo-mandibular e na sínfise pubiana.
​
 
Constituição
· Matriz extracelular
· Matriz acidófila (ao contrário das outras cartilagens cuja matriz é basófila), ou seja, apresenta uma grande quantidade de fibras de colagénio (principalmente do tipo I). As fibras de colagénio estão organizadas em feixes com orientação que varia entre irregular ou paralela entre os condrócitos.
· A substância fundamental (ácido hialurónico, proteoglicanos e glicoproteínas) é escassa e limitada à proximidade das lacunas.
· Condrócitos
· Encontram-se nas lacunas.
· Estão dispostos em filas entre as fibras de colagénio espessas.
· Não existe pericôndrio.
 
O diagnóstico diferencial entre fibrocartilagem e tendão pode ser feito através das células que os constituem: fibroblastos no tendão e condrócitos na fibrocartilagem.
​
O pericôndrio favorece o crescimento aposicional da cartilagem ao fornecer novos condrócitos. A transformação de condroblastos em condrócitos resulta no aumento da peça cartilaginosa, sendo que a população de condroblastos é mantida por divisões mitóticas. 
Tecido Adiposo
O que é o tecido adiposo?
​
   O tecido adiposo é formado a partir das células mesenquimatosas e é um tipo de tecido conjuntivo especial. Observa-se uma predominância de células adiposas, ou adipócitos. Estas células podem encontrar-se isoladas ou agrupadas entre o tecido conjuntivo laxo, mas é mais frequente encontrarem-se em grandes grupos agregados e distribuídos por todo o corpo.
   Tipicamente o tecido adiposo constitui 20-25% do peso corporal na mulher e de 15-20% do peso corporal dos homens.
 
Funções do tecido adiposo:
​
· Acumulação de energia – O tecido adiposo é um grande depósito corporal de energia sob a forma de triglicerídeos.
· Absorção de forças de impacto
· Manutenção da temperatura corporal – O tecido adiposo é um mau condutor de calor, logo contribui para o isolamento térmico do corpo.
· Preenchimento de espaços, mantendo órgãos na posição correta
 
Existem 2 tipos de tecido adiposo:
​
· Tecido Adiposo Unilocular;
· Tecido Adiposo Multilocular.
​
​
Tecido Adiposo Unilocular
​
   O tecido adiposo unilocular é também denominado de tecido adiposo branco ou amarelo, devido à sua coloração que varia entre o branco e amarelo escuro, consoante a dieta. A sua cor amarelada deve-se a um pigmento presente nos lípidos, o caroteno. Este tecido é encontrado maioritariamente no tecido adulto e o local onde há maior acumulação depende do sexo e idade do indivíduo.
   No recém-nascido,o tecido adiposo unilocular forma o panículo adiposo, que é uma camada uniforme de tecido adiposo sob a pele que tende a desaparecer de certas regiões com a idade, mas acumula-se noutras. A acumulação do tecido adiposo unilocular em certas regiões corporais depende das hormonas sexuais e das hormonas produzidas pela camada cortical da glândula adrenal.
   As células do tecido adiposo unilocular contem uma só gotícula de gordura que ocupa todo o citoplasma. As células adiposas uniloculares são grandes, de forma esférica quando isoladas ou poliédricas quando comprimidas por outros adipócitos. 
   Os corantes usados nas técnicas histológicas possuem álcool e xileno que dissolvem a gotícula lipídica. Portanto, nos cortes histológicos é apenas visível um anel de citoplasma rodeando o espaço onde estava a gotícula lipídica. O tecido unilocular apresenta septos de tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e nervos.
 
​
Aplicação clínica:
​
A obesidade é um desequilíbrio dos sistemas reguladores do peso em que existe um aumento da quantidade de triglicerídeos depositados em cada adipócito unilocular sem que haja um aumento do número de adipócitos. Tipicamente existe uma propensão à acumulação de adipócitos na região abdominal.
​
​
Tecido adiposo multilocular
​
   Comparativamente às células do tecido adiposo unilocular, as células do tecido adiposo multilocular são menores do que o tecido adiposo unilocular. Também possuem a forma poliédrica. O seu citoplasma tem imensas gotículas lipídicas de variados tamanhos e numerosas mitocôndrias avermelhadas que, juntamente com a vascularização abundante, conferem uma coloração avermelhada ao adipócito.
   Este tecido é característico do feto e recém-nascido, acumulando-se em pontos específicos do corpo.  A principal função do tecido adiposo multilocular é a manutenção da temperatura corporal do recém-nascido.  
   O tecido adiposo multilocular possui uma grande importância na vida inicial de um recém-nascido, mas não apresenta crescimento ao longo da vida. Assim no adulto, as quantidades deste tecido são residuais, concentrando-se maioritariamente nas axilas, pescoço, mediastino e sob a pele do dorso.
Tecido ósseo
O tecido ósseo é um dos tecidos especializados do tecido conjuntivo. É constituído por células e material extracelular calcificado, que se denomina de matriz óssea.
 
 
Funções
· Sustentação - Permite a sustentação dos músculos esqueléticos, conferindo a capacidade de locomoção.
· Proteção - Proteção de tecidos moles, órgãos e da medula óssea.
· Reservatório de iões como o ião cálcio
​
 
Constituição do Tecido Ósseo
 
O tecido ósseo é constituído por células (osteoblastos, osteoclastos e osteócitos) e por uma matriz orgânica (pode ser orgânica ou inorgânica).
 
Relativamente às células que constituem o tecido ósseo:
Osteoblastos
· São células que se apresentam com um formato cubóide e com um citoplasma basófilo, quando em grande atividade sintética. No entanto, quando em menor atividade surgem achatadas e com menor basófila do seu citoplasma. Apresentam núcleo arredondado, frequentemente mais deslocado para um dos lados da célula.
· Dispõem-se nas superfícies ósseas, lado a lado, num arranjo semelhante ao epitélio simples.
· O seu tempo de vida de aproximadamente 8 dias.
· Têm a capacidade de se dividir dando origem a outros osteoblastos, existindo assim uma renovação continua.
· São responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz (fibras de colagénio do tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas). Produzem ainda osteonectína, que facilita a deposição de cálcio, e ainda a osteocalcina, que estimula a atividade dos osteoblastos.
· Encontram-se no Periósteo (membrana fina que reveste o osso) e também no Endósteo (membrana de tecido conjuntivo).
 
Osteócitos
· Células adultas, fusiformes e com numerosos prolongamentos citoplasmáticos que se encontram no interior das lacunas da matriz óssea, nas quais partem canalículos. Cada lacuna apresenta um osteócito.
· Dentro destes canalículos passam pequenas moléculas e iões de um osteócito para outro. Não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, logo os canalículos constituem a via de intercâmbio de moléculas entre os osteócitos e o sangue dos capilares do periósteo e endósteo.
· Produzidos pela osteoma que os reveste.
· Papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea. Quando um osteócito morre, existe a reabsorção da matriz óssea.
· Apresentam uma atividade metabólica mais reduzida relativamente aos osteoblastos. Isto deve-se a um subdesenvolvimento dos seus organelos, como o Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi.​
​
Osteoclastos
· Células gigantes, móveis, extensamente ramificadas e multinucleadas, com grande capacidade fagocitária.
· Tempo de vida de aproximadamente 2 dias.
· Apresentam um citoplasma granuloso.
· Encontram-se aderidas à superfície de reabsorção do osso nas chamadas Lacunas de Howship (pequenas cavidades no tecido ósseo que resultam da atividade destas células).
· Função: reabsorver a matriz óssea.
 
 
Relativamente á matriz óssea:
Matriz óssea
· É composta por uma porção orgânica e outra inorgânica.
· A porção orgânica (designada por osteóide antes de ocorrer a mineralização), é produzida e secretada pelos osteoblastos. É constituída por fibras de colagénio (do tipo I) na sua maioria e por pequenas quantidades de proteoglicanos e glicoproteínas.
· A porção inorgânica é maioritariamente constituída por iões como o fosfato e cálcio. Podem também ser encontrados iões como o magnésio, bicarbonato, potássio e sódio. O cálcio e o fósforo formam uma importante estrutura designada cristal de hidroxipatite. Associação entre estas estruturas com as fibras de colagénio tornam o tecido ósseo mais duro e resistente.
 
O tecido ósseo, exteriormente é revestido pelo periósteo e internamente pelo endósteo (em contacto com a medula):
· Periósteo
· Camada mais externa que reveste o tecido ósseo. 
· O periósteo possui duas membranas, uma membrana mais externa e outra mais interna. A camada mais externa é rica em fibroblastos e fibras de colagénio, nomeadamente as fibras de Sharpey. Estas fibras são feixes de fibras de colagénio que penetram o tecido ósseo e prendem o periósteo ao osso. A sua camada mais interna, ou camada osteogénica, é constituída por células mesenquimatosas precursoras dos osteoblastos.
· Função: nutrir o tecido ósseo a partir dos vasos que nele penetram, ou seja, através dos canais de volkmann.
 
· Endósteo
· Camada mais interna do osso compacto constituída por uma camada de tecido conjuntivo laxo. É constituído por uma camada de células osteogénicas achatadas que revestem as cavidades do osso esponjoso, canal medular, e os canais de Havers e de Volkmann.
​
 
As principais funções do endósteo e periósteo são a nutrição do tecido ósseo e fornecimento de osteoblastos para o crescimento do osso.
 
 
· ​Os osteócitos dentro dos osteoplastos (lacunas), comunicam entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso através de canalículos radicais designados Canais de Volkmann. Estes últimos diferem dos Canais de Havers por não apresentarem lamelas ósseas.
· O diâmetro dos Canais de Havers são bastante variáveis porque o tecido ósseo esta em constante remodelação.
· Encontra-se principalmente nas diáfises
​​
​
· Osso esponjoso (ou Osso trabecular)
· Os espaços medulares são relativamente amplos e dispostos irregularmente, sendo formado por várias trabéculas que dão um aspeto poroso ao tecido.
· A medula óssea ocupa o espaço entre as trabéculas ósseas.
· Encontra-se normalmente nas epífises dos ossos longos.
 
Nota: Estas regiões têm os mesmos tipos de células e de substância intercelular, mas diferem entre si quanto à disposição dos seus componentes e à proporção entre espaços medulares e substância óssea.
 
​
Histogénese
Existem 3 tipos de ossificação:
 
Ossificação Intramembranosa
· Existe a diferenciação de células mesenquimatosas em osteoblastos no interior de membranas conjuntivas, formando o osteóide, que é uma matriz não mineralizada.O local onde este processo se inicia é denominado de centro de ossificação primária que cresce radialmente. São formados simultaneamente diversos centros de ossificação que vão substituir a membrana conjuntiva preexistente.
· Nos recém-nascidos existem regiões do crânio que possuem regiões moles, que se denominam de fontanelas. Estas zonas correspondem à membrana de tecido conjuntivo que ainda não foi substituído por tecido ósseo.
· É o processo formador de diversos ossos do crânio, como o frontal, parietal, temporal, porções do occipital, maxilar e mandíbula, mas também está envolvido na formação de ossos curtos e aumento de espessura de ossos longos.
 
Ossificação Endocondral/Cartilaginosa
· Inicialmente, existe uma estrutura composta por cartilagem hialina com o formato de osso que sofre alterações progressivas que terminaram com a sua substituição por tecido ósseo. Mas nem todas as áreas são substituídas por osso, existindo regiões ainda com tecido cartilagíneo. 
· Este processo inicia com a invasão de vasos sanguíneos provenientes do periósteo para o molde cartilagíneo. Aos vasos sanguíneos juntam-se as células do periósteo, que se diferenciam em odontoblastos no interior do molde cartilagíneo, permitindo o início da síntese de matriz óssea e a sua consequente mineralização.
· Na porção média da diáfise surge o centro de primário de ossificação, que possui um crescimento rápido no sentido longitudinal, fazendo assim o crescimento do cilindro ósseo. Também surgem centros de ossificação secundários nas epífises que tem um crescimento radial.
· A ossificação endocondral é responsável pela formação de ossos longos
​
Ossificação ectópica
· A ossificação ectópica ocorre a partir de células mesenquimatosas existentes em qualquer local do corpo, em tecidos conjuntivos.
Tipos de tecido ósseo:
· Osso compacto (ou Osso cortical)
· É composto por poucos espaços medulares, sendo apenas percorrido por canalículos, os Canais de Havers (principais) e Canais de Volkmann (secudários). Estes canais são compostos por nervos e vasos sanguíneos.
· Os Canais de Havers, que percorrem o osso longitudinalmente, estão rodeados por várias lamelas concêntricas de substância intercelular e de células ósseas que formam, em conjunto, o chamado sistema de Havers. 
· As fibras de colagénio dispõem-se paralelas umas às outras ou em camadas concêntricas em torno dos Canais de Havers. A separar os grupos de lamelas surge uma substância cimentante, que consiste em matriz mineralizada com pouco colagénio.
Tecido Muscular
Músculo Estriado Esquelético
Músculo Liso
Músculo Estriado Cardíaco
O que é o tecido muscular?
  O tecido muscular é um tipo de tecido que corresponde a cerca de 80% da massa corporal dos seres vivos vertebrados, cujas fibras tem a capacidade de contrair mediante certos estímulos.
 
Origem do tecido muscular:
  O tecido muscular tem origem mesodérmica, tendo a célula base deste tecido (o miócito) origem na diferenciação dos mioblastos. As células que compõem o tecido muscular secretam ao nível do seu citoplasma as proteínas contráteis referidas.
 
Funções do tecido muscular:
  O tecido muscular é o responsável por promover a movimento, regulação da temperatura corporal, a distribuição correta do peso no organismo e também serve de proteção aos órgãos viscerais.  Os músculos permitem a locomoção, mas também permitem o deslocamento de substâncias no interior do organismo, como o sangue, secreções glândulares e outros produtos no interior do lúmen de várias estruturas como o tubo digestivo. Essa capacidade de mover ou permitir o deslocamento, deve-se a facto de as células do tecido muscular terem a capacidade de se contrair e distender, gerando forças suficientes para gerar a contração muscular. 
​
  
Essa capacidade contrátil das células depende diretamente da interação entre dois tipos de proteínas que encontramos nas mesmas: a actina e a miosina.
  
 
O que são as células mioepiteliais e os Periócitos?
  Existem outros três tipos de células contráteis além das células do tecido muscular. São as células mioepiteliais e os periocitos. Estas contraem-se de forma isolada, estando dispersas noutro tecido que não o tecido muscular, com diversos objetivos:
​
· Células mioepiteliais – são células de musculo liso que se encontram em alguns tipos de glândulas ajudando a expulsar o conteúdo produzido pela glândula para fora da mesma (devido à sua capacidade contrátil).
· Periócitos – são células que se encontram nas paredes dos vasos sanguíneos, semelhantes às células do tecido muscular liso.
 
  Porém, no tecido muscular, existem grupos celulares organizados que funcionam como um conjunto multicelular para promover essa contração. Formam grandes unidades multicelulares (um tecido) com a capacidade de contração e distenção. 
 
Tipos de Tecido Muscular
 
O tecido muscular é representado por dois grupos de tecidos com base nas suas características funcionais e morfológicas:
· Tecido Muscular Estriado – que se subdivide em 
· Musculo Estriado Esquelético;
· Musculo Estriado Cardíaco;
· Tecido Muscular Liso
 
 
  Estes tipos de tecidos distinguem-se essencialmente pela aparência histológica, dado que o tecido muscular estriado, histologicamente, tem uma aparência (em corte longitudinal) de placas brancas e escuras que se intercalam (estrias). Porém, no tecido muscular liso essa aparência não existe.
  A célula do tecido muscular chama-se de fibra muscular, e é no interior do citoplasma das mesmas que existem as proteínas contráteis mencionadas, a actina e a miosina e independentemente do tipo de tecido muscular, todos eles contraem pela interação dessas proteínas.
 
Os organelos citoplasmáticos das fibras tomam um nome específico:
· Sarcolema – designação de membrana plasmática;
· Retículo sarcoplasmático – designação de retículo endoplasmático;
· Sarcoplasma – designação de citomplasma;
· Sarcossoma – designação de mitocôndria;
​
Nota: O sufixo Sarco- significa músculo.
Músculo Esquelético
  Corresponde à maior parte de tecido muscular presente no organismo e por estar presa aos ossos, é designado por tecido muscular esquelético. Este tipo de tecido tem a particularidade de se contrair voluntariamente.
​
  O tecido muscular esquelético é composto por fibras musculares longas e cilíndricas em corte longitudinal, que possuem múltiplos núcleos dispostos na periferia das fibras. No músculo esquelético existem as fibras rodeadas por uma matriz de tecido conjuntivo e colagénio. 
  As fibras musculares esqueléticas podem ter entre 10 a 100ym de diâmetro e múltiplos centímetros de comprimento; são fibras individuais que não se fundem com as adjacentes
​
  O tecido muscular forma-se a partir de mioblastos, que são as células precursoras do músculo estriado esquelético. Os mioblastos fundem-se e formam uma fibra muscular esquelética. Mas, alguns mioblastos não se fundem e formam as células satélite. Caso que ocorra alguma lesão nas fibras do músculo esquelético, as células satélite multiplicam-se e fazem a regeneração do tecido lesado.
​
O tecido muscular esquelético organiza-se da seguinte forma:
· Cada fibra muscular é rodeada pelo Endomísio.
· Um conjunto de fibras musculares forma um feixe e este é rodeado pelo Perimísio.
· Um conjunto de feixes forma um músculo e este é rodeado pelo Epimísio.
 
  O Endomísio, Perimísio e Epimísio são constituídos por tecido conjuntivo denso não modelado, que é bastante irrigado e enervado.
  Estas três camadas de tecido conjuntivo denso não modelado permitem a transmissão de forças geradas pelo músculo ao osso, conferem resistência ao músculo, e também servem para manter a sua forma.​
​
Miofibrilhas
 Estas miofibrilhas não são mais que sarcómeros unidos transversalmente, e estas são constituídos por actina e a miosina, que se intercalam em bandas transversais onde: 
· Os filamento de miosina formam as bandas escuras, chamadas ansiotrópicas – a banda A; 
· Os filamentos de actina formam as bandas claras, chamadas isotrópicas – a banda I;
· Na banda I encontramos uma linha mais escura – a linhaZ;
· Entre duas linhas Z consecutivas constitui-se a unidade contrátil da célula muscular, que se designa de sarcómero;
· No meio da banda A, existe também uma linha diferente, neste caso mais clara – essa linha, a linha H, aparece quando a fibra está relaxada e desaparece durante a contração. 
​
Mecanismo de contração muscular:
  Na contração muscular, a fibra não diminui de tamanho. O que acontece é que existe um deslizamento dos filamentos de actina sobre os filamentos de miosina, reduzindo a largura da banda H e promovendo a contração da fibra muscular e por isso do músculo. Os sarcómeros adjacentes, sobrepõem-se.
​
  A contração é um processo regulado por outras duas proteínas, a tropomiosina e a troponina. A tropomiosina, com cerca de 40nm, é uma proteína composta por duas cadeias polipeptídicas que se localiza entre as cadeias da actina; a troponina é um complexo de três subunidades que regula a interação entre a actina e a miosina.
​
  A contração do músculo esquelético é induzida por potenciais de ação que são recebidos pela célula e transmitidos ao retículo sarcoplasmático por uma estrutura designada de sistema de túbulos transverais T (ou Tubulo T). O retículo promove a libertação de cálcio pela ligação à troponina, que desloca a tropomiosina de sítio, e permite a exposição e ativação da actina, que e liga à miosina e promovem a contração.
​
 
Outras características do tecido muscular esquelético:
· As fibras musculares esqueléticas são compostas por vários miócitos, que podem ter entre 10 a 100ym de diâmetro e múltiplos centímetros de comprimento; são fibras individuais que não se fundem com as adjacentes;
· A força muscular depende do número e do diâmetro das fibras que podem ser de 3 tipos:
· Fibras brancas – contraem rapidamente, mas cansam-se igualmente rapidamente; 
· Fibras vermelhas – contraem lentamente e demoram mais tempo a entrar em fadiga; 
· As fibras brancas contraem mais rápido, mas entram em colapso mais cedo porque a atividade celular é menor e a irrigação sanguínea também (logo, menor aporte de oxigénio e nutrientes)
· Fibras intermédias – tempo de contração e de fadiga, entre as duas fibras anteriores.
 Músculo Liso
 Este tipo de tecido muscular, distingue-se do tecido estriado por não ter essa aparência. A justificação para isso acontecer está numa organização espacial diferente da miofibrilhas de miosina e actina que se julga estarem organizadas em espiral ao longo da fibra muscular e portanto, em corte longitudinal, não aparecem estrias na fibra muscular.
​
  As fibras do tecido muscular liso ou visceral têm 0,2 a 10ym e com comprimentos que varia entre os 50 e os 200 ym, são uninucleadas, estando este núcleo localizado no centro da fibra. Têm forma fusiforme (celulas grossas no centro, de extremidade fina).
  
A aparência geral do tecido é de múltiplas células fusiformes unidas entre si pelas extremidades, sem estrias. Cada célula está inclusa numa matriz de fibras de tecido conjuntivo, o endomíso (que também neste tecido tem a função de suporte e de transmissão das forças de contração geradas por cada célula, às adjacentes).
​
 
Locais onde existe músculo liso:
  Funcionalmente contrai-se de forma lenta e involuntária e por isso é o tipo de tecido muscular existente nas vísceras que se contraem independentemente da nossa vontade. 
​
Está por isso presente nos seguintes locais:
· Artérias;
· Orgãos do tubo digestivo (estômago, esófago, intestino); 
· Vias urinarias;
· Órgãos do sistema reprodutor (como o útero e as trompas uterinas);
· Veias, Artérias.
Todos estes órgãos que estão sobre o controlo hormonal e autónomo.
​
​
Músculo Estriado Cardíaco
  O tecido muscular cardíaco é um tipo específico de tecido muscular estriado (ou seja, com longas fibras com bandas claras e escuras intercaladas) mas que se contrai involuntariamente e ritmadamente e é exclusivo do coração (todo o músculo cardíaco, o miocardio, é tecido muscular estriado cardíaco).
 
  As fibras são cilíndricas, longas com cerca de 10 a 20ym de diâmetro e 50 a 100ym de comprimento, com um ou dois núcleos centrais. Uma característica única das fibras de músculo cardíaco é o facto destas serem ramificadas.
  
Disco Intercalar
As fibras de músculo cardíaco unem-se entre si através da presença de uma estrutura própria de união: o disco intercalar, assim, distingue-se do tecido muscular esquelético por não existirem longas fibras individualizadas, mas sim, ramificadas e unidas entre si;
  O disco intercalar é uma linha escura, transversal, que permite a conexão física e elétrica de todas células cardíacas; essa conexão faz com que se propague por todas as células um estímulo iónico promotor da contração (contração esta que é autoproduzida pelas células cardíacas e não depende de um estímulo nervoso pensado/voluntário). Os discos intercalares são únicos deste tipo de tecido muscular.
​
Contração Muscular
  A contração ocorre no mesmo padrão que a do tecido muscular esquelético, porém, os túbulos (tubúlos T), responsáveis por transferir o potencial de ação nervoso ao retículo sarcoplasmático, são mais numerosos, o retículo é menos abundante e os números de mitocôndrias são superiores. A contração é além disso espontânea e transmitida às células de todo o coração pela propagação de um estímulo elétrico. 
  O tecido nodal (sistema de condução) é responsável pelo batimento autónomo e repetitivo do miocárdio.
​
O músculo cardíaco não tem capacidade regenerativa pois as suas fibras não realizam mitoses e não existem células satélites como no músculo estriado esquelético. Quando há uma lesão do músculo cardíaco, as fibras musculares morrem e são substituídas por tecido conjuntivo fibroso, que é característico das cicatrizes.
s.
​
Tecido Nervoso
O tecido nervoso encontra-se distribuído pelo organismo e se interliga para formar o sistema nervoso.
 
Funções do Tecido Nervoso
· Perceção e reação a estímulos e condições externas;
· Ajuste do organismo ao ambiente;
· Coordenação motora e dos órgãos.
Neurónios
 
Os Neurónios são a unidade básica do sistema nervoso. São responsáveis pela receção, transmissão e processamento dos impulsos nervosos sob a forma de sinais elétricos.
Estas células são metabolicamente muito ativas e com pouca capacidade regenerativa.
​
 
São constituídos por:
· Corpo celular ou Pericário – Porção do neurónio constituída pelo citoplasma e um único núcleo central. É no núcleo onde ocorre a síntese proteica e a convergência das correntes elétricas geradas na árvore dendrítica. É desta região que partem os prolongamentos, ou dendrites.
· Axónios – prolongamentos únicos, especializado e de calibre constante que se liga ao corpo celular pelo cone de implantação. Encontram-se envolvidos pela bainha de mielina, que é produzida pelas células de Schwann do SNP, ou pelos oligodendrócitos no SNC. As constrições da bainha de mielina chamam-se Nódulos de Ranvier. A sua função é a condução de impulsos elétricos que partem do corpo celular para outros neurónios, músculos ou glândulas.
· Dendrites - prolongamentos especializados em receber e transportar os estímulos das células sensoriais, dos axónios e de outros neurónios. Constituídos por múltiplas ramificações o que lhes permite receber diversos estímulos em simultâneo.
 
Segundo a sua morfologia, os neurónios são classificados da seguinte forma:
· Neurónios Multipolares – Apresentam mais de dois dendrites, mas um único axónio. A maioria dos neurónios são multipolares.
· Neurónios Bipolares – Possuem uma única dendrite e um axónio
· Neurónios Unipolares ou Pseudo-Unipolares – Possuem uma única dendrite longa, que, do ponto de vista funcional, é um axónio, e também possuem um axónio curto que se liga à espinal-medula. Estes neurónios existem no SNP. Embriologicamente são neurónios bipolares.
 
Segundo a sua função, os neurónios são classificados da seguinte forma:
· Neurónios motores (eferentes) - controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares.
· Neurónios sensoriais (aferentes) – recebem estímulos externos e do organismo.
· Interneurónios– formam um circuito de conexão entre outros neurónios.
 
 
 
Células da Glia ou Neuroglia
 
Características das células da glia
· Responsáveis pela sustentação, proteção e isolamento dos neurónios.
· São menores que os neurónios, porém em maior quantidade.
· Têm potencial regenerativo.
· Não recebem nem conduzem estímulos.
​
Constituintes das células da glia
· Oligodendrócitos – Estas células têm corpo celular arredondado e de pequenas dimensões, com poucos prolongamentos. Tem a função de sintetizar a bainha de mielina do axónio dos neurónios que pertencem ao SNC.
· Células de Schwann – Possuem a mesma função que os oligodendrócitos, mas localizam-se à volta dos axónios que pertencem ao SNP.
· Astrócitos – Possuem a forma de uma estrela, são as maiores células da Neuróglia. Podem ser protoplasmáticos, fibrosos ou mistos. Têm funções metabólicas, de sustentação, de nutrição e de captar os neurotransmissores.
· Microglia – tem origem na medula óssea, com capacidades fagocíticas e antigénicas é responsável pela defesa imunológica do SNC. São células imunitárias especializadas no SNC.
· Células ependimárias - Coletivamente chamam-se de epêndima ou epitélio ependimário e são células epiteliais colunares que revestem as cavidades do encéfalo e da medula, estando em contacto com o líquido cefalorraquidiano. Estas podem ainda ser ciliadas, para facilitar a movimentação do LCR.
 
 
 
Sinapse
A sinapse é uma região de contacto muito próximo entre a extremidade do axónio de um neurónio e a superfície de outras células (que podem ser outros neurónios, células sensoriais, musculares ou glandulares).
Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica), antecedido pelo neurónio pré-sináptico e sucedido pela célula pós-sináptica.
As terminações de um axónio podem estabelecer várias sinapses em simultâneo.
A maioria das sinapses transmite informações por meio da libertação de neurotransmissores. Existem também os neuromoduladores que são mensageiros químicos que, apesar de não agirem diretamente sobre as sinapses, modificam a sensibilidade neuronal.
 
 
 Sistema Nervoso Central
 
Quando cortados longitudinalmente, o cérebro, o cerebelo e a medula apresentam regiões brancas (substância branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta).
​
· Na substância branca os principais constituintes são axónios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da glia.
· Por sua vez, a substância cinzenta é composta por corpos de neurónios, dendrites, a porção inicial e não mielinizada dos axónios e células da glia. Esta substância predomina na periferia do cérebro e cerebelo.
 
O SNC está contido e protegido na caixa craniana e na coluna vertebral por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges, formadas por 3 camadas. De fora para dentro as camadas denominam-se dura-máter, aracnoide e pia-máter.
 
​
· Cérebro
Substância branca a ocupar a posição central, com distribuição periférica e cortical de substância cinzenta (córtex cerebral).
 
Organizado em 6 camadas:
· Camada molecular ou plexiforme
· Camada granulosa externa
· Camada piramidal externa
· Camada granulosa interna
· Camada piramidal interna
· Camada fusiforme ou multiforme
 
 
· Cerebelo
Responsável pela manutenção do equilíbrio e postura corporal, controlo do tónus muscular e dos movimentos voluntários, assim como pela aprendizagem motora.
 
O córtex cerebelar é organizado em 3 camadas:
· Camada molecular – mais externa
· Camada das células de Purkinje – mais central. As células de Purkinje são bem visíveis pois possuem dendrites muito desenvolvidas que se assemelham a um leque.
· Camada de células granulosas – mais interna. Formada por neurónios muito pequenos (os mais pequenos do organismo) e com organização compacta.
 
​​
· Espinal Medula
Se observada em corte transversal é composta por substância cinzenta, em forma de H, na região central e circundada por substância branca. No centro do H surge um orifício que é o canal central da medula, ou canal ependimário, revestido por células ependimárias. Nos traços verticais do H, a substância cinzenta forma os cornos anteriores, com neurónios motores, e os cornos posteriores, onde se situam as fibras sensitivas dos neurónios dos gânglios das raízes dorsais, dos nervos espinhais.
Os neurónios medulares são multipolares e volumosos, principalmente os neurónios motores.
​
 
Sistema Nervoso Periférico
​
· Nervo
É um feixe de fibras nervosas, envolvidas por tecido conjuntivo.
Devido ao seu conteúdo em mielina e colagénio os nervos são esbranquiçados, exceto os nervos composto por fibras amielínicas.
· Nervos Motores – eferentes, conduzem os estímulos do Sistema Nervoso Central à periferia, onde alcançam os músculos ou glândulas.
· Nervos Sensitivos - aferentes, transmitem os estímulos da periferia ao Sistema Nervoso Central.
· Nervos Mistos - compostos por axónios de neurónios sensoriais e por neurónios motores.
· Epineuro – camada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso que constitui o tecido de sustentação dos nervos. Esta camada reveste os nervos e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas.
· Perineuro - bainha de células achatadas e justapostas que reveste os feixes nervosos. As células desta camada perineural unem-se formando uma barreira à passagem de várias macromoléculas, atuando como mecanismo de defesa contra agentes nocivos. Dentro desta bainha encontramos os axónios.
· Endoneuro – camada de tecido conjuntivo que envolve os axónios (contidos no perineuro), constituída principalmente por fibras reticulares sintetizadas pelas células de Schwann.
 
​
· Gânglios
Local onde se encontra o corpo celular de nervos eferentes com axónios aferentes. Os gânglios estão localizados fora do sistema nervoso periférico. Geralmente são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos

Continue navegando