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MÁRCIA VANESSA CRUZ TOLEDO A IMPORTÂNCIA DO STORYTELLING NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO AMERICANA – SP 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA MÁRCIA VANESSA CRUZ TOLEDO A IMPORTÂNCIA DO STORYTELLING NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO AMERICANA – SP 2019 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título Graduação de Pedagogia Universidade Paulista – Polo Iesa Americana Orientação: Elaine Nunes. AGRADECIMENTOS Agradeço a deus por me permitir realizar um sonho de criança, ser professora, agradeço também ao meu marido e filhos por entenderem e me apoiarem durante este curso de licenciatura RESUMO O presente trabalho analisa os conceitos da alfabetização e o porquê de se alfabetizar. Discorre sobre os conflitos sociais e na forma que o analfabeto é visto pela sociedade. Faz um estudo acerca do processo de alfabetização, a ressaltar ferramentas para as possibilidades de desenvolvimento. Mostra a importância do Storytelling como metodologia lúdica, um processo pedagógico, capaz de relacionar e motivar a criação. Revela o processo da alfabetização por meio da contação de histórias e os vínculos do ensino-aprendizagem. A apresentar a importante relação que existe entre a criança, o ato de brincar — como ferramenta lúdica — e o Storytelling. Apresenta relações e adequações ao formato que fazem parte da vida escolar, familiar e individual da criança. Tem como objetivo estender o conhecimento das narrativas — no que diz respeito à oralidade e escrita —presentes nas histórias — lendas urbanas, contos de fadas, histórias folclóricas. A trazer uma revisão de literatura que discorra sobre o lúdico, o processo de storytelling e o reflexo disso na formação do indivíduo. Diante da importância de consolidar e entender os conceitos e mecanismos do processo do Storytelling definiu-se como objetivo específico: identificar e analisar a importância das narrativas/contação de histórias nas marcas, numa análise minuciosa. Esta pesquisa analisará o Storytelling em diferentes vertentes, a auxiliar as organizações escolares a potencializarem as competências de seus recursos com a finalidade de unificar o conhecimento. Justifica-se a escolha do presente tema pela relevância do assunto e para o sucesso do ensino aprendizagem da língua materna e alfabetização. Conscientizando-as de terem objetivos claros e definidos. A usar estruturas que, na verdade, fazem parte da realidade humana — estão inseridos no inconsciente coletivo. O processo de Storytelling traz crescimento e retorno para todos os envolvidos. Afinal, histórias encantam, resgatam e trazem modelos — identidades necessárias para a vida aqui na terra. Palavras-chaves: Alfabetização; Ensino-Aprendizagem, Storytelling. Abstract The present work analyzes the concepts of literacy and why to become literate. Social issues and how the illiterate is viewed by society. It conducts a study on the literacy process, a development tool for development possibilities. It shows the importance of Storytelling as a playful methodology, a pedagogical process, capable of relating and motivating creation. It reveals the literacy process by containing stories and teaching- learning links. Present an important relationship that exists between the child, playing play - like the playful tool - and Storytelling. Relationships and appropriateness to performance are part of a child's school, family, and individual life. She is interested in expressing the narratives - notions about orality and writing - presents the stories - urban legends, fairy tales, folk stories. The magazine is a literature review on the playful, the process of telling stories and the reflection of this in the formation of the individual. The importance of understanding and understanding the concepts and mechanisms of the narrative process was defined as a specific expression, identifying and analyzing the narratives / counting with the marks in the narratives, in a detailed analysis. Storytelling in different strands, such as school skills and empowered as competencies of their resources with a purpose of unifying knowledge. The choice of topic for learning the theme and for the success of mother tongue and literacy education is justified. Being aware of having clear and defined goals. To use structures that are actually part of human reality - are embedded in the collective unconscious. The storytelling process brings growth and feedback to all involved. After all, waves enchant, rescue and bring models - identities necessary for a life here on earth. Keywords: Literacy; Teaching-Learning, Storytelling. Sumário 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6 2 AS HISTÓRIAS E AS NARRATIVAS ..................................................................................................... 8 2.1 A arte de contar histórias ...................................................................................................... 10 2.2 O storytelling em sala. ........................................................................................................... 12 3 STORYTELLING E A ALFABETIZAÇÃO.............................................................................................. 15 3.1 STORY READING .................................................................................................................... 16 3.2 A história como princípio interativo...................................................................................... 18 3.3 A alfabetização e o letramento ............................................................................................. 19 4 APRENDIZADO: AS CRIANÇAS E AS HISTÓRIAS ............................................................................. 22 Por que compramos/consumimos tantas histórias? ........................................................................ 23 Qual a importância da história para as nossas vidas?....................................................................... 23 Abordagens em sala de aula ............................................................................................................. 23 Pinóquio ............................................................................................................................................ 24 5 COMO USAR AS HISTÓRIAS EM SALA DE AULA ............................................................................. 29 5.1 Tipos de histórias .................................................................................................................. 29 CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 34 6 1 INTRODUÇÃO Quando se fala em alfabetizar, imediatamente vem em nossa mente uma sala clara com crianças sentadas e letras coloridas espalhadas pelo chão. Nitidamente é assim que enxergamos a alfabetização e o letramento. Mas para falarmos de alfabetização precisamos, primeiramente, analisar e discutir o porquê da alfabetização. É preciso entender as questões sociais que levam à alfabetização. E refletir sobre o analfabetismo e seuefeito na vida do indivíduo. Do contrário, não há razão para se falar em alfabetizar. O processo de alfabetização é árduo e pode trazer problemas em relação ao conteúdo e a forma que é apresentado. No entanto, estratégias lúdicas podem entregar mecanismos que despertem o interesse no aluno de aprender. Nessa perspectiva se encontra uma arte milenar da humanidade que contribuiu e contribui para o aprendizado: O storytelling. Storytelling é um termo em inglês. Está relacionada com uma narrativa e significa a capacidade de contar histórias relevantes. Em inglês a expressão "tell a story" significa "contar uma história" e storyteller um contador de histórias. Consiste em um processo que utiliza palavras ou recursos audiovisuais para transmitir uma história. Esta história pode ser improvisada ou construída. O storytelling é muito usado no contexto da aprendizagem, sendo uma importante forma de transmissão de conhecimento, elementos culturais como regras e valores éticos. Histórias vão além da arte. Alcançam patamares ainda ditos como insolúveis numa camada mais profunda e subliminar. Na maioria das vezes só nos damos conta da influência do storytelling depois. Estamos tão absorvidos pela narrativa/contação que não percebemos. Seja por meio de narrativas audiovisuais, livros, canções, seja com o objetivo de entreter ou com objetivo de mercado, as histórias estão presentes em nossa vida. São importante recurso. Causam conforto e nos levam à catarse. Proporcionam momentos mágicos e jamais imaginados. As narrativas consolam e trazem modelos de vida, de conduta de atuação. 7 O fato é que histórias são usadas para educar, treinar, divertir e comunicar. Há muito escrito sobre o uso da narração de histórias na área da saúde (incluindo saúde mental) e contextos de educação em saúde, trazer mudanças positivas para os pacientes, e promover as melhores práticas para profissionais 8 2 AS HISTÓRIAS E AS NARRATIVAS Não é de hoje que o homem se comunica por meio das narrativas. Seja em uma conversa informal, numa reunião de negócios, vendo um filme ou lendo um livro as histórias comunicam entretém e trazem significados intrínsecos à vida humana. O potencial das histórias se faz presente. O storytelling também tem sido usado entre serviços de vendas no mercado coorporativo, nas grandes empresas e instituições. No entanto, há menos avaliação documentada de como os impactos da narrativa na prática e no indivíduo. A evidência disponível sobre o uso de histórias em saúde, educação e mercado coorporativo aplicava-se de uma forma inconsciente. No entanto, hoje com os estudos sobre as narrativas — arquétipos e estereótipos — a concepção, abordagem e aplicação mudou consideravelmente. No que diz respeito ao aprendizado, podemos afirmar que o storytelling é o maior veículo para se apresentar conceitos, técnicas e ideias. As estratégias educativas por esse processo permitem um grande avanço no ensino-aprendizagem. Um importante mecanismo para o aprendizado da língua materna e , também, absorção da cultura. Storytelling pode comunicar o físico (corpo e linguagem verbal, voz e entonação), aspectos intelectuais e emocionais de uma pessoa, o contexto de suas experiências passadas ou presentes, que permite uma compreensão mais completa do seu Eu. Field (2012) afirma que uma boa história combina o explícito com o tácito, a informação com a emoção. Mas diante de tudo isso, qual seria a influência das histórias na aprendizagem? O que isso resultaria? Qual seria o reflexo na formação do aluno? E o que isso causa no indivíduo? Os objetivos gerais do presente manuscrito é estender o conhecimento das narrativas — no que diz respeito à oralidade e escrita — no processo de alfabetização. A trazer uma revisão de literatura que discorra sobre o storytelling e o reflexo disso na formação do indivíduo — alfabetização e letramento. Diante da importância de consolidar e entender os conceitos e mecanismos do processo do Storytelling definiu-se como objetivo específico: identificar e analisar a 9 importância das narrativas/contação de histórias na formação do indivíduo. Discutir a relação das histórias e o processo de alfabetização e letramento. A globalização e as novas tecnologias levaram as escolas a sistematizarem ferramentas que até então eram usadas de forma empírica. O Storytelling faz parte desses mecanismos e é o processo mais explorado — e foi por muito tempo de forma inconsciente. As estruturas que resultam nas narrativas se tornaram ferramentas importantes na disseminação do conhecimento. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o Storytelling em diferentes vertentes, a auxiliar as organizações escolares a potencializarem as competências de seus recursos com a finalidade de unificar o conhecimento. Justifica-se a escolha do presente tema pela relevância do assunto e para o sucesso do ensino aprendizagem. Conscientizando-as de terem objetivos claros e definidos. A usar estruturas que, na verdade, fazem parte da realidade humana — estão inseridos no inconsciente coletivo. O processo de Storytelling traz crescimento e retorno para todos os envolvidos. Afinal, histórias encantam, resgatam e trazem modelos — identidades necessárias para a vida aqui na terra. Contar histórias é uma ação que envolve mais de uma pessoa. Segundo Field (2012), quando você conta algo, conta para alguém. Então é importante saber quem é seu ouvinte, pois ele é parte da sua história. O seu Storytelling é criado e estruturado para que ele gere algum tipo de impacto na pessoa para quem ele está sendo contado. O impacto pode ser um aprendizado, uma emoção ou até mesmo uma reação. Por isso é interativa: você espera que o seu ouvinte reaja de alguma forma ao seu conteúdo. (FIELD,2012,p.102) E é isso que o diferencia de artes como a dança ou a mímica. São usadas palavras e ações para comunicar sua história. Ações como a fala, gestos, comportamento e movimentação são complementares às palavras usadas e adicionam elementos não verbais ao seu texto. Quando palavras e ações são usadas em conjunto, a história ganha em emoção, atenção e profundidade. 10 2.1 A arte de contar histórias Desde que os seres humanos se sentaram ao redor do fogo em cavernas, eles contaram histórias para ajudá-los a lidar com a vida e a luta pela sobrevivência (McKee e Fryer, 2002). Histórias nos dão uma visão mais profunda da experiência vivida — passado, presente e imaginado futuro (McAdams, 2007). Pode-se argumentar que a arte de contar e ouvir histórias está no coração e traduz um significado existencial para o ser humano. Revela como os seres humanos articulam suas experiências de mundo e como fazer sentido disso. Figura 1O homem primitivo e as histórias. Fonte:filmow.com Esta revisão explora a história e a narrativa e o valioso impacto na prática que e pode gerar mudanças positivas e significativas para a humanidade. Examina como contação de histórias tem sido usada em todos os serviços sociais até o momento, 11 considera seu valor e destaca algumas considerações para quem cria e usa histórias. Provas de estudo são fornecidas para mostrar benefícios da narrativa na prática. Uma história é um acontecimento real ou imaginado de eventos que descrevem a experiência humana. Os termos "História" e "Narrativa" são frequentemente usados de forma intercambiável. Contudo, algumas pesquisas destacam que a história é a informal forma de contar a experiência vivida, enquanto a narrativa é uma interpretação estruturada da história, que inclui adições e omissões. (Hardy, 2011). Nas palavras de Vogler (2007) “Storytelling é a contação individual de um evento para criar uma imagem memorável na mente do ouvinte”. Estudos de Mckee (2002) e Vogler(2007) já ofereciam um comparativo de definições, essencialmente baseadas em palavras e ações sendo usadas para descrever uma sequência de eventos e evocar a imaginação do ouvinte. Enquanto contar histórias envolve muitas vezes pessoas e situações sem o uso de impressão ou tecnologia, vídeo e áudio modernos, atualmente tornou-se mais fácil utilizar esse processo graças a tecnologia. A tecnologia fornece oportunidades para as pessoas criarem e divulgarem histórias muito mais amplamente e informalmente. Figura 2Vogler e seu famoso curso que mudou a história da industria cinematográfica. Fonte:Writers Story 12 As histórias podem ser orais, escritas, visuais ou digital — vários formatos e em vozes diferentes. A narração está sujeita à maneira como pessoa usa oral (incluindo linguagem corporal se visual) e linguagem escrita ou imagens. As histórias trazem concepções de ideias e fatos históricos. Figura 3Storytelling: consolidação de ideias e fatos. Fonte: revista Educa saber Diante da importância de consolidar ideias e, principalmente, estabelecer um contato com o conhecimento as diretrizes educacionais do mundo moderno recorreram ao storytelling e no conjunto de arquétipos e estereótipos — com base em estruturas estereotipadas — para ir além do “novo”, das “regras”. A contribuição do processo storytelling pedagogicamente falando transita por entre todas as disciplinas e tipologias de ensino. 2.2 O storytelling em sala. O uso de narrativa na sala de aula cria um bom ambiente de aprendizagem e fornece contribuição significativa e compreensível. Para Krashen (1981), por meio das histórias, o dispositivo de aquisição de idioma é ativado e é fácil para as 13 crianças induzirem a linguagem elementos dos dados fornecidos pelas histórias. Contar histórias tem valores pedagógicos especiais para a sala de aula e proporciona maior interação e ludicidade no processo de alfabetização. As histórias são eficazes como ferramentas educacionais porque são crível, memorável e divertido. A credibilidade decorre do fato de que as histórias lidam com a experiência humana que tendemos a perceber como uma fonte autêntica e credível de conhecimento. Histórias tornam a informação mais memorável porque eles nos envolvem em ações dos personagens. Ao fazê-lo, histórias convidam a criação de significado ativo. (Rossiter,2002) As histórias contribuem para a aquisição da língua materna, a desenvolver o vocabulário e, consequentemente, a escrita. Alunos de idiomas podem se beneficiar da narrativa porque as histórias os ajudam a desenvolver a habilidade para entender a linguagem falada e se envolver em habilidades de pensamento. Em conexão com isso, Castro (2002, p. 52) relata um estudo realizado na Colômbia e enfatiza que “Ouvir histórias desenvolve a escuta e a concentração das crianças habilidades e sua capacidade de receber e entender informação expressa em palavras. Além disso, com as histórias crianças desenvolver estratégias de aprendizagem, tais como ouvindo o significado geral, prevendo, adivinhando significado e hipótese ”. Por meio das histórias, os aprendizes tornam-se conscientes de valores culturais diferentes dos deles, aguçar sua memória e desenvolver a capacidade de prever e inferir. Machado (2004) afirma que Isso não restringe a uma ideia sistematizada e sim gera uma amplitude de conhecimentos. Machado (2004) ressalta que as histórias tem papel importante na vida do homem e que as narrativas constroem parte do que ele é e sabe. Para Machado (2004) o fato do aluno ver estruturas similares em narrativas fazem com que ele assimile não apenas o contexto e as estruturas, mas que tenha um maior conhecimento de tudo que envolve e contribui a história. A narrativa é um mecanismo, um processo de aquisição. Estruturas, palavras, conceitos, conhecimento ficam em poder do aluno e ele pode criar, julgar, analisar cada acontecimento. É possível, além de perpetuar histórias, desenvolver habilidades, aprender e criar. E dentro do âmbito escolar é possível desenvolver estratégias de ensino com as narrativas que servem como um meio de comunicação. 14 Existem questões acerca da organização docente isso no que diz respeito à elaboração de uma aula com o storytelling. Isso pelo fato do tempo e da preparação da aula. As aulas devem ser preparadas e direcionadas. Embora essas narrativas de estratégia de ensino podem ser, pode ser difícil separar o tempo de nossos ocupados planos de aula do dia-a-dia para inseri-las. Por outro lado, inseri-las valerá cada esforço. 15 3 STORYTELLING E A ALFABETIZAÇÃO Contação de histórias fornece para os alunos a oportunidade de falar e se comunicar de forma criativa, integrar informações e conhecimentos que aprendem de outras fontes a tornarem-se mais confiante na capacidade de se expressar espontaneamente. Segundo Curtain & Dahlberg (2004), narrativa pode fornecer experiência com o modo interpretativo para crianças, mesmo em muito cedo fases de aquisição da linguagem, quando as histórias atender aos seguintes critérios: a história é altamente previsível ou familiar para as crianças de sua cultura nativa, com uma grande proporção de vocabulário previamente aprendido. Nos estágios iniciais, é especialmente útil escolher histórias que incluam vocabulário representando a casa e a escola ambientes das crianças. Figura 4Storytelling em sala de aula. Fonte: revista Curta Mais A história é repetitiva, fazendo uso de fórmulas e padrões que ocorrem regularmente e previsivelmente. Nas melhores histórias escolhidas, esses elementos repetidos fornecer linguagem que as crianças podem usar mais tarde 16 para seu próprio propósito expressivo. Cameron (2001) define este padrão repetitivo em uma história como paralelismo. “O padrão de previsibilidade + surpresa, ou repetição + mudança é frequentemente refletida em padrões de repetição da linguagem. Este padrão repetido, ou paralelismo, cria um caminho para a história para o ouvinte ativo, bem como fornecer um suporte natural para a aprendizagem de línguas.” histórias são memoráveis, como a linguagem é repetida, e isso incentiva os alunos a participar. Esta reciclagem de padrões incita os alunos a prever o que vem a seguir na história e, ao mesmo tempo, exercita sua imaginação. Além do que, além do mais, Lipton (1998) ecoa a ideia de participação por parte dos alunos, dizendo que a história ideal “deveria ter um refrão curto que é repetido periodicamente ao longo da história, de modo que depois de um tempo as crianças naturalmente gritam e repita o refrão sem ser perguntado”. Quando as histórias atendem a esses critérios, é muito mais fácil para os alunos para tornar o significado claro não só porque as histórias são relacionadas ao seu real ambiente de vida, mas também porque o uso de pantomima e linguagem corporal fazem a história mais compreensível para os alunos. Por outro lado, as histórias contêm padrões que ajudam os alunos para se familiarizar com e internalizar uma nova linguagem. 3.1 STORY READING Ler histórias em voz alta permite que as crianças façam conexões entre a linguagem oral e a impressão que representam essa linguagem oral. Enquanto lê em voz alta, o professor deve apontar para a palavra ou linha para enfatizar essas conexões. O propósito de ler histórias é dar aos alunos a linguagem oral entrada e uma ponte para a alfabetização na nova língua. Para ler histórias nos primeiros estágios da linguagem, o professor deve primeiro fazer muitas pré-leituras trabalho que prepara o aluno para poder. Este trabalho de pré-leitura é focado na construção de vocabulário através de diferentes tipos de atividades, como jogos, quebra-cabeças, correspondência atividades, músicas e outros tiposde atividades que ajudam os alunos para se familiarizarem com a nova língua. 17 Figura 5 Histórias em voz alta ajudam na alfabetização. Fonte: Canal do Ensino Depois de ler a história em voz alta, o aluno pode ser envolvido numa variedade de tarefas de pós-leitura e atividades de linguagem que podem tornar a história mais compreensível e movê-los de forma receptiva às habilidades (ouvir e ler) para habilidades produtivas (falando e escrevendo). Sobre a importância de um grande livro, com ritmo impactante e histórias envolventes, Curtain & Dahlberg (2004) falam a respeito: Um grande livro é uma peça ampliada de comerciais ou feitos por estudantes literatura, destinada a recriar a intimidade e os bons sentimentos de sessões one-on-one de “leitura em voz alta” com uma turma inteira. Então eles são grandes o suficiente para que toda a turma possa ver e compartilhar experiência. A maioria dos grandes livros tem uma história previsível com ritmo forte, rima, padrões repetidos, sequência lógica e ilustrações de apoio. Uma ferramenta importante é a leitura de histórias em voz alta é o uso de grandes livros. Ao ler em voz alta, grandes livros tocam papel importante, pois podem ser uma boa fonte para professor e alunos fazerem conexões entre as imagens e o texto escrito. As fotos nos grandes livros ajudam muito as crianças porque eles podem associar fotos e palavras e chegar a uma melhor compreensão 18 da história. 3.2 A história como princípio interativo Uma história é memorável se relacionada a uma sequência de fotos. Grandes livros se tornam uma ferramenta muito envolvente para lendo em voz alta; eles são feitos de ótimas ilustrações que ajudam os alunos a entender a história como bem como fazer previsões. Eles incluem textos curtos com padrões repetidos que permitem aos estudantes interiorizar o novo vocabulário e estruturas em uma maneira agradável e inconsciente. As crianças gostam de ouvir histórias repetidas várias vezes; esta repetição permite-lhes adquirir certos itens de linguagem e reforçar outros inconscientemente. Usando histórias permite aos professores introduzir novos vocabulário expondo as crianças à linguagem em diferentes contextos, enriquecendo assim o seu pensamento habilidades e introduzindo-os para as habilidades produtivas. Além disso, como observado por Ellis & Brewster (2002), muitas histórias têm repetição natural do vocabulário chave e estruturas que ajudam as crianças a lembrar detalhes e aprenda a antecipar o que está prestes a acontecer a seguir na história. Histórias repetitivas são particularmente fáceis para crianças para memorizar. Repetição ajuda as crianças aprenda os padrões e a estrutura de uma história e, eventualmente, reconhecimento de palavras. Repetição faz livros previsíveis e ajuda a desenvolver o vocabulário e sequenciamento. Padrões repetitivos podem ser esquema para a compreensão dos alunos e por serem capazes de prever a ação na trama e no fim, a leitura flui de forma lúdica e sistemática. Frases e eventos recorrentes podem ajudar na sua compreensão e memória. Além disso, a repetição apresentava no texto é uma ótima maneira para as crianças melhorarem suas habilidades de leitura. Também lhes dá uma base forte para desenvolver a confiança para passar para mais textos interessantes e complexos. 19 3.3 A alfabetização e o letramento Sabe-se que uma pessoa não alfabetizada é uma pessoa analfabeta. Antes de ressaltar esse ponto e sua relação com a sociedade é preciso entender os aspectos sociais que distinguem um indivíduo alfabetizado e um indivíduo não alfabetizado. Diante disso a pergunta que se deve fazer é: Por que alfabetizar? O analfabetismo ocupa parte considerável do cenário brasileiro. O maior problema que existe nesse fenômeno linguístico é a dominação que existe por parte do alfabetizado. Esse domínio está enraizado em nossa cultura e tem como força o preconceito linguístico. Embora em nosso país exista uma diversidade linguística significativa, o preconceito estabelece regras com base numa norma culta “não falada”. Essa ideia está inserida na mente das pessoas, um paradigma linguístico que assola nossa sociedade. Isso cria uma barreira, uma muralha, não apenas na comunicação, mas na atuação social e profissional do indivíduo. O opressor possui domínio não apenas da fala, mas do código da escrita. Isso o coloca numa posição elevada. Oferece oportunidades e garante posição social. A linguagem é definida como uma ferramenta de comunicação em que o conteúdo pré-posicionável e o conhecimento prático são transmitidos. Funciona como uma espécie de condutor, mediador cultural. Talvez o maior problema no que diz respeito à linguagem é o fato de os livros de gramática usar itens linguísticos com apropriações distantes do uso diário, diluindo no certo e errado — embora exista uma análise científica de língua com plano primário. Para que exista um preconceito são necessárias relações entre diferentes grupos sociais, graus de domínio linguístico, analfabetismo. Instala-se a maneira como o indivíduo ou seu grupo resgatam seus respectivos papéis. É certo de que um preconceito pode ser reconhecido pela sociedade ou apenas por um pequeno grupo. A valorização e a exclusão dependem do grupo no qual o indivíduo está inserido. Ele pode participar de um grupo que sofra preconceito e outros que não. Pode sofrer preconceito em determinado lugar/grupo e, numa atitude contrária, ser valorizado em outro. O reconhecimento do preconceito ocorre de modo autônomo dentro do próprio grupo. A articulação e o desafio ao status quo é o que pode 20 alavancar mudanças. O preconceito linguístico é um mal silencioso que age sem dar vestígios de sua existência. Falta esclarecimento à sociedade e, na maioria das vezes, ele ocorre no ambiente escolar. Ele diz respeito ao fato do grupo desconhecer e contribuir para a sua propagação. A valorização exacerbada dos usuários da norma padrão é o elemento gerador do preconceito. Traz assim a língua padrão em oposição às variantes populares. Os usuários da variante não padrão perdem a credibilidade e são vistos como incapacitados intelectualmente. Estabelecem concepções a considerar que alcançaram esse status por preguiça, falta de estudo, falta de interesse. No entanto, o preconceito linguístico envolve questões sociais, biológicas — a fala, as síndromes, as deficiências — culturais. Nosso país é um campo vasto de linguagem com diferentes ramificações e prática. Figura 6A leitura como ferramenta de aprendizagem. Fonte: FBV 21 Na vida adulta um indivíduo não alfabetizado terá sérios problemas para se relacionar com pessoas, trabalhar e interagir em um mundo globalizado e internetizado. Além disso, vale ressaltar que aprender a ler e a escrever é uma oportunidade para que o indivíduo se senta um cidadão e realize suas funções, anseios, desejos de forma livre. Dessa forma, um país deve proporcionar situações e dar condições para que a população possa ser alfabetizada com excelência. Figura 7A escrita: uma importante ferramenta para a formação do indivíduo. Fonte. edu.br Um indivíduo alfabetizado tem melhores condições de procurar informações, conhecimento e pode se expressar por meio da escrita, já que é capaz de ler e escrever. A escrita trará inúmeros benefícios. Ela é indispensável para o trabalho, estudos e pode proporcionar momentos jamais experimentados. 22 4 APRENDIZADO: AS CRIANÇAS E AS HISTÓRIAS O que ajuda as crianças a aprender de uma maneira divertida e significativa são histórias criadas de acordo com as suas realidades. A análise de necessidades e interesses é muito importante porque conhece as preferências dos alunos e interesses ajudando a implementar uma abordagem pedagógica proposta que as crianças encontrem significativae interesse. As histórias auxiliam na aquisição da língua materna. Dessa forma o aluno desenvolve o vocabulário e, consequentemente, a escrita. Aprender é algo interessante e agradável. Os professores devem levar em conta seus gostos e interesses. É uma forma de conectar ao novo aprendizado com suas vidas. A criança terá uma melhor compreensão das histórias e permitiu-lhes ter sucesso ao ler porque fizeram conexões com suas experiências anteriores com o texto. Segundo Curtain & Dahlberg (2004) ressaltam que a “experiências de leitura significativa tanto em primeira como salas de aula de segunda língua são dependentes da compreensão da linguagem oral dos alunos e também no conhecimento prévio existente dos alunos e sua experiência. À medida que os alunos desenvolvem sua escuta/compreensão, eles começam a fazer conexões entre a linguagem oral e a impressão que representa esta linguagem oral. Para ajudar os alunos a ter uma melhor compreensão de um texto de leitura, é muito útil prepará-los ativando seus conhecimentos, não só na língua-alvo, mas também em sua primeira língua. A Compreensão de leitura depende muito das experiências e informações anteriores já armazenadas na memória dos alunos. Por outro lado, deve haver trabalho intensivo por meio de diferentes tipos de atividades orais antes de ler para garantir compreensão e compreensão dos alunos sobre o que eles vão ler. Uma vez que os alunos estejam familiarizados com a nova língua através de atividades orais, eles estão prontos para enfrentar o texto escrito. 23 Por que compramos/consumimos tantas histórias? A resposta mais rápida seria: diversão, distração, entretenimento. Mas, afinal, o que é entretenimento? Ser entretido é emergir na cerimônia da história para um fim intelectual e emocionalmente satisfatório. Nosso apetite por narrativas (filmes, séries, livros, HQs, games, músicas) é um reflexo da necessidade profunda do ser humano em compreender os padrões do viver, não meramente como um exercício intelectual, mas como uma experiência pessoal e emocional. Qual a importância da história para as nossas vidas? A vida não nos informa como ser vivida. Precisamos de modelos. Os contadores de história oferecem insights sobre as formas e trazem em suas narrativas esses padrões. A história não é uma fuga da realidade, mas um veículo que nos carrega em nossa busca por ela. Quando a história está em sua mente, você percebe sua relevância para com aquilo que esteja acontecendo em sua vida. Isso dá perspectiva ao que lhe está acontecendo. Com a perda disso, perdemos efetivamente algo, porque não possuímos nada semelhante para pôr no lugar. (CAMPBELL, 1988, p. 65) Abordagens em sala de aula A alfabetização virá de forma natural apenas pelo ouvir. As histórias tem esse poder, elas enfatizam situações, palavras e sensações. É possível, então, além de alfabetizar, trazer uma valorização e inclusão da raça negra, valores, e incentivar à leitura de forma lúdica e prazerosa. Cada história traz uma mensagem em sua concepção estereotipada. A alfabetização vem acompanhada de simbologias e respostas. Veremos abaixo a representação de umas delas: 24 Pinóquio A história do boneco de madeira Pinóquio é uma história sobre inclusão. São inúmeras as referências acerca do processo inclusivo. Há um forte apelo a boa conduta e bons comportamentos — boas companhias. E uma análise sobre a mentira e suas consequências. Figura 8 Pinóquio. Fonte:G1 - Globo.com Conta a história de um garoto que tinha um defeito, era um boneco de madeira. Era diferente e isso fazia dele um garoto solitário. Sonhava em se tornar um menino de verdade. Moral da história: O que importa não é o que você tem, mas sim quem você é. A beleza, a igualdade está dentro de cada um. A bela narrativa de Pinóquio segue os doze passos da Jornada do Herói e traz as concepções do declínio moral de um personagem que via apenas o mundo exterior. É uma forte reflexão sobre as diferenças. Há o momento de retirada do herói — um dos doze passos da jornada do Herói —, um momento para reflexão. Aqui, este momento acontece no ventre de 25 um peixe. Figura 9Ventre do peixe. Fonte:http://www.marcelodalla.com O ventre da baleia é uma importante passagem. Requer reflexão aprofundada. E é importante fazer uma comparação acerca dessa estrutura estereotipada. Seu significado é crucial para a formação das crianças. A simbologia às vezes é representada pelo deserto, monte ou buraco/gruta. Maria Bonita do laço de fita A história leva a reflexão de algumas questões e dessa forma as crianças podem pensar e verbalizar suas opiniões. Após a troca de opiniões, informações, deve-se retornar a contação do trecho da história. “O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele já tinha visto toda a vida! E pensava: — Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela!”. As crianças serão questionadas: O que é ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita? Todas essas histórias e muitas outras que são contadas nos anos iniciais envolvem as crianças e fazem com que elas mergulhem em um mundo novo. Dessa forma o processo de aquisição de palavras, construção de frases é imediato. O processo de escrita que é posterior pode ser acelerado com a 26 apresentação das letras, palavras, figuras como na imagem abaixo: Figura 10Letras e imagens, importantes recursos no processo de letramento. Fonte: Espaço Educar. Usar recursos pedagógicos, tais como jogos e imagens durante a contação de história a fim de que o aluno reconheça a primeira letra do nome de cada personagem ou objeto. Esse processo deve ser natural. Um estímulo lógico e analógico. Algo que realmente envolva o aluno de forma que ele participe e se sinta essencial para a atividade. Deve-se observar a realidade do aluno, o meio em que está inserido e trabalhar aquilo que ele já está familiarizado. É possível traçar estratégias para isso com o auxílio das narrativas. Este é outro benefício das histórias. A possibilidade de adaptação, dar uma nova roupagem para a história. 27 Figura 11 Ferramentas lúdicas. Fonte: revista Brincar e Educação Todo e qualquer processo deve acontecer de forma participativa e lúdica. O aluno deve enxergar a escola como uma extensão de sua casa. O processo de alfabetização e o de letramento não precisa ser árduo. Deve-se avaliar as propostas pedagógicas e adequá-las ao meio em que será aplicada. É preciso relacionar o conceito e sua execução. Assim, é possível compreender que há certo distanciamento no processo de realizar aulas lúdicas nas aulas. Isso traz um novo retrospecto que vai além das condições e propostas estudadas. A contação de histórias entra nesse processo como importante passo que corresponde a uma ambientação e interiorização que permite ao aluno autonomia, senso- crítico e auto-conhecimento. ( MACHADO, 2004,p.124) 28 O storytelling retoma questões que ampliam o conhecimento dos alunos e trazem aquisições de novas palavras, imagens, conceitos. Produz alunos críticos e transforma a sala de aula em um palco de grandes acontecimentos. 29 5 COMO USAR AS HISTÓRIAS EM SALA DE AULA Compartilhe suas próprias histórias, apenas por diversão. O educador pode contar quando tinha a idade dos alunos, sobre as vezes que falhou, que teve sucesso ou sobre as lições memoráveis que aprendeu. Isso cria uma forte conexão entre o educador e sua sala de aula, permitindo que os alunos saibam que podem se relacionar e trocar experiências. Essa prática tem uma ação empática. Ela gera uma situação de proximidade, de se colocar no lugar do outro. Deve-se usar as histórias como introduçõescom a finalidade de incentivar os alunos a usar dispositivos que atraem a atenção para seus ensaios e discursos, podendo usar a mesma técnica que os educadores. Começar a aula com uma história interessante, mas que seja relevante para o foco do aprendizado. Usar histórias com ilustrações é uma estratégia para quando se está com um conceito relativamente difícil com a turma, uma maneira fácil de explicar isso é ilustrar o conceito com uma história. Quando fatos e números não acontecem, narrativas simples podem ajudar. Relacionar histórias com metas de aprendizado para que os alunos desenvolvam habilidades de compreensão auditiva e incorporem a narração de histórias ao quadro mais amplo de alcançar esses resultados. Contar histórias para engajar alunos relutantes, alguns alunos enfrentam dificuldades para se conectar a livros didáticos ou conceitos abstratos. No entanto, esses mesmos alunos, geralmente, têm pouca dificuldade em se conectar a histórias. Ao contar histórias, o educador torna a vida e o aprendizado mais relevantes, a proporcionar aos alunos relutantes um melhor ângulo de engajamento. 5.1 Tipos de histórias Existem vários tipos diferentes de histórias que podem ser usados em sala de aula. E é possível trocar ou adequar os tipos/gêneros de acordo com a realidade 30 dos alunos. — Uma história verdadeira da sua vida. — Uma história verdadeira da vida de alguém que você conhece, como um amigo, membro da família ou vizinho. — Uma história verdadeira das notícias ou de um evento atual. — Uma história que aconteceu em algum momento da história. — Uma história fictícia, com personagens ou eventos inventados. — Uma história "Imagine se ..." que cria uma situação hipotética. Claro, existem vários gêneros e estilos de contar histórias, isso são apenas algumas ideias e representam a variedade essencial que se pode incorporar na sala de aula. Em sua forma mais simples, a narração de histórias continua sendo um poderoso elemento de comunicação, sendo a narrativa igualmente tão atraente quanto ensaios e livros didáticos. Elas humanizam o aprendizado. O Storytelling oferece a oportunidade de se conectar a personagens com ideias afins ou ver o mundo literalmente de dentro da pele de outra pessoa. Histórias tocam nossas emoções e nos fazem rir, chorar, temer e ficar com raiva, um forte contraste com uma apresentação simples e antiga. Além disso, não importa o quão organizado ou detalhado possa ser um livro/texto, há algo sobre a forma de uma narrativa — a exposição, o problema, a busca de uma solução, a resolução que ressoa com nossa constituição mental. Ao incorporar suas próprias histórias, reconhece-se a conexão delas com os alunos em um nível diferente. As narrativas permitem que os alunos interajam, escrevam, ilustrem e contem suas próprias histórias. A maneira como o educador incorpora isso pode variar dependendo de suas metas curriculares, mas é essencial que as crianças entendam como contar uma boa história e como isso se relaciona com o cumprimento efetivo de um objetivo. Os alunos podem usar histórias em seus ensaios e argumentações, podem ajudar a lembrar processos ou fórmulas, conectar eventos uns com os outros. As oportunidades são infinitas e fáceis de empregar. Narrativas fornecem oportunidades de criar, falar e se comunicar de forma 31 criativa. As correlações coma realidade e a irrealidade demonstram a integração desinformações e conhecimentos que levam as crianças a melhorar seu desempenho e construir seu mundo. Forma cidadãos mais confiante na capacidade de se expressar. Segundo Curtain & Dahlberg (2004), narrativa entrega uma experiência única. Histórias atendem a diversos critérios e consolidam ideias, a fomentar as práticas de criação, desenvolvimento cognitivo. Nos estágios iniciais, é útil e contributivo escolher histórias que tragam vocabulário presente no cotidiano das crianças, situações de sua rotina. O ato de escutar histórias leva ao desenvolvimento da escuta. Traz concentração e integra a capacidade de receber e entender informações expressas em palavras. Por meio das narrativas, os alunos se tornam conscientes de valores culturais e passam a desenvolver a empatia e o senso crítico. 32 CONCLUSÃO Os professores devem selecionar a metodologia apropriada e didática, a fim de tornar a aprendizagem interessante e significativo para as crianças. O uso de histórias e a metodologia lúdica tornou o processo de aprendizagem de línguas significativo e divertido para as crianças. Histórias são ferramentas para se utilizar no processo de alfabetização. Elas desenvolvem nas crianças a capacidade de absorver a linguagem quando as atividades são familiares e agradáveis. Assim, ensinando a língua materna por meio de histórias se cria um ambiente de aprendizagem que é ao mesmo tempo familiar e divertido. A história, a narrativa e o valioso impacto na prática pode gerar mudanças positivas e significativas para a humanidade. A contação de histórias tem sido usada em todos os serviços sociais até o momento, considera seu valor e destaca algumas considerações para quem cria e usa histórias. As histórias são importantes ferramentas para o ensino aprendizagem. Elas contribuem para a aquisição da língua materna, a desenvolver o vocabulário e, consequentemente, a escrita O uso de histórias na sala de aula cria um ambiente de aprendizagem lúdico e contribui para a formação do indivíduo. Por meio das histórias, ativa-se a aquisição de idioma o que torna fácil para as crianças induzirem a linguagem elementos dos dados fornecidos pelas histórias. Narrativas tem valores pedagógicos especiais para a sala de aula. Proporcionam maior interação e ludicidade no processo de alfabetização. As histórias são ferramentas educacionais. Histórias lidam com a experiência humana que tendemos a perceber como uma fonte autêntica e credível de conhecimento. Histórias tornam a informação memorável. Elas envolvem ações e convidam a criação de significados. As histórias contribuem para a aquisição da língua materna. Elas desenvolvem o vocabulário e a escrita. As histórias ajudam a desenvolver a habilidade para entender a linguagem falada e se envolver em habilidades de pensamento. 33 Deve-se enfatizar que a pesquisa é uma maneira eficaz para os professores melhorarem práticas pedagógicas. Por meio dela, professores, estudantes podem refletir sobre a prática, ajudando a melhorar o processo de ensino e encontrar melhores estratégias para ajudar os alunos a se tornarem bem-sucedidos no processo de ensino-aprendizagem. . 34 REFERÊNCIAS CAMERON, L. (2001). Teaching languages to young learners. Cambridge: Cambridge University Press. CASTRO, M. (2002). The magic world of storytelling: Some points for reflection. PROFILE, Issues in Teachers’ Professional Development, 3, 52-54. CURTAIN, H., & Dahlberg, C. A. (2004). Languages and children: Making the match. Boston: Pearson Education. 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