Buscar

Alfabetiz Storytelling Unip pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MÁRCIA VANESSA CRUZ TOLEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO STORYTELLING NA ALFABETIZAÇÃO E NO 
LETRAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMERICANA – SP 
2019
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
MÁRCIA VANESSA CRUZ TOLEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO STORYTELLING NA ALFABETIZAÇÃO E NO 
LETRAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMERICANA – SP 
2019 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito parcial para a obtenção do título Graduação de 
Pedagogia Universidade Paulista – Polo Iesa Americana 
Orientação: Elaine Nunes. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradeço a deus por me permitir realizar um sonho de criança, ser professora, 
agradeço também ao meu marido e filhos por entenderem e me apoiarem durante 
este curso de licenciatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho analisa os conceitos da alfabetização e o porquê de se alfabetizar. 
Discorre sobre os conflitos sociais e na forma que o analfabeto é visto pela sociedade. 
Faz um estudo acerca do processo de alfabetização, a ressaltar ferramentas para as 
possibilidades de desenvolvimento. Mostra a importância do Storytelling como 
metodologia lúdica, um processo pedagógico, capaz de relacionar e motivar a criação. 
Revela o processo da alfabetização por meio da contação de histórias e os vínculos 
do ensino-aprendizagem. A apresentar a importante relação que existe entre a 
criança, o ato de brincar — como ferramenta lúdica — e o Storytelling. Apresenta 
relações e adequações ao formato que fazem parte da vida escolar, familiar e 
individual da criança. Tem como objetivo estender o conhecimento das narrativas — 
no que diz respeito à oralidade e escrita —presentes nas histórias — lendas urbanas, 
contos de fadas, histórias folclóricas. A trazer uma revisão de literatura que discorra 
sobre o lúdico, o processo de storytelling e o reflexo disso na formação do indivíduo. 
Diante da importância de consolidar e entender os conceitos e mecanismos do 
processo do Storytelling definiu-se como objetivo específico: identificar e analisar a 
importância das narrativas/contação de histórias nas marcas, numa análise 
minuciosa. Esta pesquisa analisará o Storytelling em diferentes vertentes, a auxiliar 
as organizações escolares a potencializarem as competências de seus recursos com 
a finalidade de unificar o conhecimento. Justifica-se a escolha do presente tema pela 
relevância do assunto e para o sucesso do ensino aprendizagem da língua materna e 
alfabetização. Conscientizando-as de terem objetivos claros e definidos. A usar 
estruturas que, na verdade, fazem parte da realidade humana — estão inseridos no 
inconsciente coletivo. O processo de Storytelling traz crescimento e retorno para todos 
os envolvidos. Afinal, histórias encantam, resgatam e trazem modelos — identidades 
necessárias para a vida aqui na terra. 
Palavras-chaves: Alfabetização; Ensino-Aprendizagem, Storytelling. 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
The present work analyzes the concepts of literacy and why to become literate. Social 
issues and how the illiterate is viewed by society. It conducts a study on the literacy 
process, a development tool for development possibilities. It shows the importance of 
Storytelling as a playful methodology, a pedagogical process, capable of relating and 
motivating creation. It reveals the literacy process by containing stories and teaching-
learning links. Present an important relationship that exists between the child, playing 
play - like the playful tool - and Storytelling. Relationships and appropriateness to 
performance are part of a child's school, family, and individual life. She is interested in 
expressing the narratives - notions about orality and writing - presents the stories - 
urban legends, fairy tales, folk stories. The magazine is a literature review on the 
playful, the process of telling stories and the reflection of this in the formation of the 
individual. The importance of understanding and understanding the concepts and 
mechanisms of the narrative process was defined as a specific expression, identifying 
and analyzing the narratives / counting with the marks in the narratives, in a detailed 
analysis. Storytelling in different strands, such as school skills and empowered as 
competencies of their resources with a purpose of unifying knowledge. The choice of 
topic for learning the theme and for the success of mother tongue and literacy 
education is justified. Being aware of having clear and defined goals. To use structures 
that are actually part of human reality - are embedded in the collective unconscious. 
The storytelling process brings growth and feedback to all involved. After all, waves 
enchant, rescue and bring models - identities necessary for a life here on earth. 
Keywords: Literacy; Teaching-Learning, Storytelling. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6 
2 AS HISTÓRIAS E AS NARRATIVAS ..................................................................................................... 8 
2.1 A arte de contar histórias ...................................................................................................... 10 
2.2 O storytelling em sala. ........................................................................................................... 12 
3 STORYTELLING E A ALFABETIZAÇÃO.............................................................................................. 15 
3.1 STORY READING .................................................................................................................... 16 
3.2 A história como princípio interativo...................................................................................... 18 
3.3 A alfabetização e o letramento ............................................................................................. 19 
4 APRENDIZADO: AS CRIANÇAS E AS HISTÓRIAS ............................................................................. 22 
Por que compramos/consumimos tantas histórias? ........................................................................ 23 
Qual a importância da história para as nossas vidas?....................................................................... 23 
Abordagens em sala de aula ............................................................................................................. 23 
Pinóquio ............................................................................................................................................ 24 
5 COMO USAR AS HISTÓRIAS EM SALA DE AULA ............................................................................. 29 
5.1 Tipos de histórias .................................................................................................................. 29 
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 32 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Quando se fala em alfabetizar, imediatamente vem em nossa mente uma sala 
clara com crianças sentadas e letras coloridas espalhadas pelo chão. Nitidamente é 
assim que enxergamos a alfabetização e o letramento. Mas para falarmos de 
alfabetização precisamos, primeiramente, analisar e discutir o porquê da 
alfabetização. É preciso entender as questões sociais que levam à alfabetização. E 
refletir sobre o analfabetismo e seuefeito na vida do indivíduo. Do contrário, não há 
razão para se falar em alfabetizar. 
O processo de alfabetização é árduo e pode trazer problemas em relação ao 
conteúdo e a forma que é apresentado. No entanto, estratégias lúdicas podem 
entregar mecanismos que despertem o interesse no aluno de aprender. Nessa 
perspectiva se encontra uma arte milenar da humanidade que contribuiu e contribui 
para o aprendizado: O storytelling. 
Storytelling é um termo em inglês. Está relacionada com uma narrativa e 
significa a capacidade de contar histórias relevantes. Em inglês a expressão "tell a 
story" significa "contar uma história" e storyteller um contador de histórias. Consiste 
em um processo que utiliza palavras ou recursos audiovisuais para transmitir uma 
história. Esta história pode ser improvisada ou construída. O storytelling é muito usado 
no contexto da aprendizagem, sendo uma importante forma de transmissão de 
conhecimento, elementos culturais como regras e valores éticos. 
Histórias vão além da arte. Alcançam patamares ainda ditos como insolúveis 
numa camada mais profunda e subliminar. Na maioria das vezes só nos damos conta 
da influência do storytelling depois. Estamos tão absorvidos pela narrativa/contação 
que não percebemos. 
Seja por meio de narrativas audiovisuais, livros, canções, seja com o objetivo 
de entreter ou com objetivo de mercado, as histórias estão presentes em nossa vida. 
São importante recurso. Causam conforto e nos levam à catarse. Proporcionam 
momentos mágicos e jamais imaginados. As narrativas consolam e trazem modelos 
de vida, de conduta de atuação. 
7 
 
O fato é que histórias são usadas para educar, treinar, divertir e comunicar. Há 
muito escrito sobre o uso da narração de histórias na área da saúde (incluindo saúde 
mental) e contextos de educação em saúde, trazer mudanças positivas para os 
pacientes, e promover as melhores práticas para profissionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
2 AS HISTÓRIAS E AS NARRATIVAS 
 
Não é de hoje que o homem se comunica por meio das narrativas. Seja em 
uma conversa informal, numa reunião de negócios, vendo um filme ou lendo um livro 
as histórias comunicam entretém e trazem significados intrínsecos à vida humana. O 
potencial das histórias se faz presente. 
O storytelling também tem sido usado entre serviços de vendas no mercado 
coorporativo, nas grandes empresas e instituições. No entanto, há menos avaliação 
documentada de como os impactos da narrativa na prática e no indivíduo. A evidência 
disponível sobre o uso de histórias em saúde, educação e mercado coorporativo 
aplicava-se de uma forma inconsciente. No entanto, hoje com os estudos sobre as 
narrativas — arquétipos e estereótipos — a concepção, abordagem e aplicação 
mudou consideravelmente. 
No que diz respeito ao aprendizado, podemos afirmar que o storytelling é o 
maior veículo para se apresentar conceitos, técnicas e ideias. As estratégias 
educativas por esse processo permitem um grande avanço no ensino-aprendizagem. 
Um importante mecanismo para o aprendizado da língua materna e , também, 
absorção da cultura. 
Storytelling pode comunicar o físico (corpo e linguagem verbal, voz e 
entonação), aspectos intelectuais e emocionais de uma pessoa, o contexto de suas 
experiências passadas ou presentes, que permite uma compreensão mais completa 
do seu Eu. 
Field (2012) afirma que uma boa história combina o explícito com o tácito, a 
informação com a emoção. Mas diante de tudo isso, qual seria a influência das 
histórias na aprendizagem? O que isso resultaria? Qual seria o reflexo na formação 
do aluno? E o que isso causa no indivíduo? 
Os objetivos gerais do presente manuscrito é estender o conhecimento das 
narrativas — no que diz respeito à oralidade e escrita — no processo de alfabetização. 
A trazer uma revisão de literatura que discorra sobre o storytelling e o reflexo disso na 
formação do indivíduo — alfabetização e letramento. 
Diante da importância de consolidar e entender os conceitos e mecanismos do 
processo do Storytelling definiu-se como objetivo específico: identificar e analisar a 
9 
 
importância das narrativas/contação de histórias na formação do indivíduo. Discutir a 
relação das histórias e o processo de alfabetização e letramento. 
A globalização e as novas tecnologias levaram as escolas a sistematizarem 
ferramentas que até então eram usadas de forma empírica. O Storytelling faz parte 
desses mecanismos e é o processo mais explorado — e foi por muito tempo de forma 
inconsciente. As estruturas que resultam nas narrativas se tornaram ferramentas 
importantes na disseminação do conhecimento. 
Esta pesquisa tem como objetivo analisar o Storytelling em diferentes vertentes, 
a auxiliar as organizações escolares a potencializarem as competências de seus 
recursos com a finalidade de unificar o conhecimento. 
Justifica-se a escolha do presente tema pela relevância do assunto e para o 
sucesso do ensino aprendizagem. Conscientizando-as de terem objetivos claros e 
definidos. A usar estruturas que, na verdade, fazem parte da realidade humana — 
estão inseridos no inconsciente coletivo. O processo de Storytelling traz 
crescimento e retorno para todos os envolvidos. Afinal, histórias encantam, 
resgatam e trazem modelos — identidades necessárias para a vida aqui na terra. 
Contar histórias é uma ação que envolve mais de uma pessoa. Segundo 
Field (2012), quando você conta algo, conta para alguém. Então é importante saber 
quem é seu ouvinte, pois ele é parte da sua história. 
 
O seu Storytelling é criado e estruturado para que ele gere algum tipo de 
impacto na pessoa para quem ele está sendo contado. O impacto pode 
ser um aprendizado, uma emoção ou até mesmo uma reação. Por isso é 
interativa: você espera que o seu ouvinte reaja de alguma forma ao seu 
conteúdo. (FIELD,2012,p.102) 
 
E é isso que o diferencia de artes como a dança ou a mímica. São usadas 
palavras e ações para comunicar sua história. Ações como a fala, gestos, 
comportamento e movimentação são complementares às palavras usadas e 
adicionam elementos não verbais ao seu texto. Quando palavras e ações são 
usadas em conjunto, a história ganha em emoção, atenção e profundidade. 
 
 
 
 
 
10 
 
2.1 A arte de contar histórias 
 
Desde que os seres humanos se sentaram ao redor do fogo em cavernas, eles 
contaram histórias para ajudá-los a lidar com a vida e a luta pela sobrevivência (McKee 
e Fryer, 2002). Histórias nos dão uma visão mais profunda da experiência vivida — 
passado, presente e imaginado futuro (McAdams, 2007). Pode-se argumentar que a 
arte de contar e ouvir histórias está no coração e traduz um significado existencial 
para o ser humano. Revela como os seres humanos articulam suas experiências de 
mundo e como fazer sentido disso. 
 
 
Figura 1O homem primitivo e as histórias. Fonte:filmow.com 
 
Esta revisão explora a história e a narrativa e o valioso impacto na prática que 
e pode gerar mudanças positivas e significativas para a humanidade. Examina como 
contação de histórias tem sido usada em todos os serviços sociais até o momento, 
11 
 
considera seu valor e destaca algumas considerações para quem cria e usa histórias. 
Provas de estudo são fornecidas para mostrar benefícios da narrativa na prática. 
Uma história é um acontecimento real ou imaginado de eventos que descrevem 
a experiência humana. Os termos "História" e "Narrativa" são frequentemente usados 
de forma intercambiável. Contudo, algumas pesquisas destacam que a história é a 
informal forma de contar a experiência vivida, enquanto a narrativa é uma 
interpretação estruturada da história, que inclui adições e omissões. (Hardy, 2011). 
Nas palavras de Vogler (2007) “Storytelling é a contação individual de um 
evento para criar uma imagem memorável na mente do ouvinte”. Estudos de Mckee 
(2002) e Vogler(2007) já ofereciam um comparativo de definições, essencialmente 
baseadas em palavras e ações sendo usadas para descrever uma sequência de 
eventos e evocar a imaginação do ouvinte. 
Enquanto contar histórias envolve muitas vezes pessoas e situações sem o uso 
de impressão ou tecnologia, vídeo e áudio modernos, atualmente tornou-se mais fácil 
utilizar esse processo graças a tecnologia. A tecnologia fornece oportunidades para 
as pessoas criarem e divulgarem histórias muito mais amplamente e informalmente. 
 
 
Figura 2Vogler e seu famoso curso que mudou a história da industria cinematográfica. Fonte:Writers Story 
12 
 
 
 
As histórias podem ser orais, escritas, visuais ou digital — vários formatos e em 
vozes diferentes. A narração está sujeita à maneira como pessoa usa oral (incluindo 
linguagem corporal se visual) e linguagem escrita ou imagens. As histórias trazem 
concepções de ideias e fatos históricos. 
 
 
Figura 3Storytelling: consolidação de ideias e fatos. Fonte: revista Educa saber 
 
Diante da importância de consolidar ideias e, principalmente, estabelecer um 
contato com o conhecimento as diretrizes educacionais do mundo moderno 
recorreram ao storytelling e no conjunto de arquétipos e estereótipos — com base em 
estruturas estereotipadas — para ir além do “novo”, das “regras”. A contribuição do 
processo storytelling pedagogicamente falando transita por entre todas as disciplinas 
e tipologias de ensino. 
2.2 O storytelling em sala. 
 
O uso de narrativa na sala de aula cria um bom ambiente de aprendizagem 
e fornece contribuição significativa e compreensível. Para Krashen (1981), por 
meio das histórias, o dispositivo de aquisição de idioma é ativado e é fácil para as 
13 
 
crianças induzirem a linguagem elementos dos dados fornecidos pelas histórias. 
Contar histórias tem valores pedagógicos especiais para a sala de aula e 
proporciona maior interação e ludicidade no processo de alfabetização. 
 
As histórias são eficazes como ferramentas educacionais porque são 
crível, memorável e divertido. A credibilidade decorre do fato de que as 
histórias lidam com a experiência humana que tendemos a perceber 
como uma fonte autêntica e credível de conhecimento. Histórias tornam 
a informação mais memorável porque eles nos envolvem em ações dos 
personagens. Ao fazê-lo, histórias convidam a criação de significado 
ativo. (Rossiter,2002) 
 
 
As histórias contribuem para a aquisição da língua materna, a desenvolver 
o vocabulário e, consequentemente, a escrita. Alunos de idiomas podem se 
beneficiar da narrativa porque as histórias os ajudam a desenvolver a habilidade 
para entender a linguagem falada e se envolver em habilidades de pensamento. 
Em conexão com isso, Castro (2002, p. 52) relata um estudo realizado na 
Colômbia e enfatiza que “Ouvir histórias desenvolve a escuta e a concentração das 
crianças habilidades e sua capacidade de receber e entender informação expressa 
em palavras. Além disso, com as histórias crianças desenvolver estratégias de 
aprendizagem, tais como ouvindo o significado geral, prevendo, adivinhando 
significado e hipótese ”. 
Por meio das histórias, os aprendizes tornam-se conscientes de valores 
culturais diferentes dos deles, aguçar sua memória e desenvolver a capacidade de 
prever e inferir. Machado (2004) afirma que Isso não restringe a uma ideia 
sistematizada e sim gera uma amplitude de conhecimentos. 
Machado (2004) ressalta que as histórias tem papel importante na vida do 
homem e que as narrativas constroem parte do que ele é e sabe. 
Para Machado (2004) o fato do aluno ver estruturas similares em narrativas 
fazem com que ele assimile não apenas o contexto e as estruturas, mas que tenha 
um maior conhecimento de tudo que envolve e contribui a história. A narrativa é 
um mecanismo, um processo de aquisição. Estruturas, palavras, conceitos, 
conhecimento ficam em poder do aluno e ele pode criar, julgar, analisar cada 
acontecimento. 
É possível, além de perpetuar histórias, desenvolver habilidades, aprender 
e criar. E dentro do âmbito escolar é possível desenvolver estratégias de ensino 
com as narrativas que servem como um meio de comunicação. 
14 
 
Existem questões acerca da organização docente isso no que diz respeito à 
elaboração de uma aula com o storytelling. Isso pelo fato do tempo e da preparação 
da aula. 
As aulas devem ser preparadas e direcionadas. Embora essas narrativas de 
estratégia de ensino podem ser, pode ser difícil separar o tempo de nossos 
ocupados planos de aula do dia-a-dia para inseri-las. Por outro lado, inseri-las 
valerá cada esforço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
3 STORYTELLING E A ALFABETIZAÇÃO 
 
Contação de histórias fornece para os alunos a oportunidade de falar e se 
comunicar de forma criativa, integrar informações e conhecimentos que aprendem 
de outras fontes a tornarem-se mais confiante na capacidade de se expressar 
espontaneamente. 
Segundo Curtain & Dahlberg (2004), narrativa pode fornecer experiência 
com o modo interpretativo para crianças, mesmo em muito cedo fases de aquisição 
da linguagem, quando as histórias atender aos seguintes critérios: a história é 
altamente previsível ou familiar para as crianças de sua cultura nativa, com uma 
grande proporção de vocabulário previamente aprendido. Nos estágios iniciais, é 
especialmente útil escolher histórias que incluam vocabulário representando a 
casa e a escola ambientes das crianças. 
 
 
Figura 4Storytelling em sala de aula. Fonte: revista Curta Mais 
 
A história é repetitiva, fazendo uso de fórmulas e padrões que ocorrem 
regularmente e previsivelmente. Nas melhores histórias escolhidas, esses 
elementos repetidos fornecer linguagem que as crianças podem usar mais tarde 
16 
 
para seu próprio propósito expressivo. 
Cameron (2001) define este padrão repetitivo em uma história como 
paralelismo. “O padrão de previsibilidade + surpresa, ou repetição + mudança é 
frequentemente refletida em padrões de repetição da linguagem. 
Este padrão repetido, ou paralelismo, cria um caminho para a história para 
o ouvinte ativo, bem como fornecer um suporte natural para a aprendizagem de 
línguas.” histórias são memoráveis, como a linguagem é repetida, e isso incentiva 
os alunos a participar. 
Esta reciclagem de padrões incita os alunos a prever o que vem a seguir na 
história e, ao mesmo tempo, exercita sua imaginação. Além do que, além do mais, 
Lipton (1998) ecoa a ideia de participação por parte dos alunos, dizendo que a 
história ideal “deveria ter um refrão curto que é repetido periodicamente ao longo 
da história, de modo que depois de um tempo as crianças naturalmente gritam e 
repita o refrão sem ser perguntado”. 
Quando as histórias atendem a esses critérios, é muito mais fácil para os 
alunos para tornar o significado claro não só porque as histórias são relacionadas 
ao seu real ambiente de vida, mas também porque o uso de pantomima e 
linguagem corporal fazem a história mais compreensível para os alunos. Por outro 
lado, as histórias contêm padrões que ajudam os alunos para se familiarizar com 
e internalizar uma nova linguagem. 
3.1 STORY READING 
 
Ler histórias em voz alta permite que as crianças façam conexões entre a 
linguagem oral e a impressão que representam essa linguagem oral. Enquanto lê 
em voz alta, o professor deve apontar para a palavra ou linha para enfatizar essas 
conexões. O propósito de ler histórias é dar aos alunos a linguagem oral entrada e 
uma ponte para a alfabetização na nova língua. 
Para ler histórias nos primeiros estágios da linguagem, o professor deve 
primeiro fazer muitas pré-leituras trabalho que prepara o aluno para poder. Este 
trabalho de pré-leitura é focado na construção de vocabulário através de diferentes 
tipos de atividades, como jogos, quebra-cabeças, correspondência atividades, 
músicas e outros tiposde atividades que ajudam os alunos para se familiarizarem 
com a nova língua. 
17 
 
 
Figura 5 Histórias em voz alta ajudam na alfabetização. Fonte: Canal do Ensino 
 
Depois de ler a história em voz alta, o aluno pode ser envolvido numa 
variedade de tarefas de pós-leitura e atividades de linguagem que podem tornar a 
história mais compreensível e movê-los de forma receptiva às habilidades (ouvir e 
ler) para habilidades produtivas (falando e escrevendo). Sobre a importância de 
um grande livro, com ritmo impactante e histórias envolventes, Curtain & Dahlberg 
(2004) falam a respeito: 
 
Um grande livro é uma peça ampliada de comerciais ou feitos por 
estudantes literatura, destinada a recriar a intimidade e os bons 
sentimentos de sessões one-on-one de “leitura em voz alta” com uma 
turma inteira. Então eles são grandes o suficiente para que toda a turma 
possa ver e compartilhar experiência. A maioria dos grandes livros tem 
uma história previsível com ritmo forte, rima, padrões repetidos, 
sequência lógica e ilustrações de apoio. 
 
 
Uma ferramenta importante é a leitura de histórias em voz alta é o uso de 
grandes livros. Ao ler em voz alta, grandes livros tocam papel importante, pois 
podem ser uma boa fonte para professor e alunos fazerem conexões entre as 
imagens e o texto escrito. As fotos nos grandes livros ajudam muito as crianças 
porque eles podem associar fotos e palavras e chegar a uma melhor compreensão 
18 
 
da história. 
 
3.2 A história como princípio interativo 
 
Uma história é memorável se relacionada a uma sequência de fotos. 
Grandes livros se tornam uma ferramenta muito envolvente para lendo em voz alta; 
eles são feitos de ótimas ilustrações que ajudam os alunos a entender a história 
como bem como fazer previsões. Eles incluem textos curtos com padrões repetidos 
que permitem aos estudantes interiorizar o novo vocabulário e estruturas em uma 
maneira agradável e inconsciente. 
As crianças gostam de ouvir histórias repetidas várias vezes; esta repetição 
permite-lhes adquirir certos itens de linguagem e reforçar outros 
inconscientemente. Usando histórias permite aos professores introduzir novos 
vocabulário expondo as crianças à linguagem em diferentes contextos, 
enriquecendo assim o seu pensamento habilidades e introduzindo-os para as 
habilidades produtivas. 
Além disso, como observado por Ellis & Brewster (2002), muitas histórias 
têm repetição natural do vocabulário chave e estruturas que ajudam as crianças a 
lembrar detalhes e aprenda a antecipar o que está prestes a acontecer a seguir na 
história. 
Histórias repetitivas são particularmente fáceis para crianças para 
memorizar. Repetição ajuda as crianças aprenda os padrões e a estrutura de uma 
história e, eventualmente, reconhecimento de palavras. Repetição faz livros 
previsíveis e ajuda a desenvolver o vocabulário e sequenciamento. 
Padrões repetitivos podem ser esquema para a compreensão dos alunos e 
por serem capazes de prever a ação na trama e no fim, a leitura flui de forma lúdica 
e sistemática. Frases e eventos recorrentes podem ajudar na sua compreensão e 
memória. Além disso, a repetição apresentava no texto é uma ótima maneira para 
as crianças melhorarem suas habilidades de leitura. Também lhes dá uma base 
forte para desenvolver a confiança para passar para mais textos interessantes e 
complexos. 
 
19 
 
3.3 A alfabetização e o letramento 
 
Sabe-se que uma pessoa não alfabetizada é uma pessoa analfabeta. Antes de 
ressaltar esse ponto e sua relação com a sociedade é preciso entender os 
aspectos sociais que distinguem um indivíduo alfabetizado e um indivíduo não 
alfabetizado. Diante disso a pergunta que se deve fazer é: Por que alfabetizar? 
O analfabetismo ocupa parte considerável do cenário brasileiro. O maior 
problema que existe nesse fenômeno linguístico é a dominação que existe por parte 
do alfabetizado. Esse domínio está enraizado em nossa cultura e tem como força o 
preconceito linguístico. Embora em nosso país exista uma diversidade linguística 
significativa, o preconceito estabelece regras com base numa norma culta “não 
falada”. 
Essa ideia está inserida na mente das pessoas, um paradigma linguístico que 
assola nossa sociedade. Isso cria uma barreira, uma muralha, não apenas na 
comunicação, mas na atuação social e profissional do indivíduo. O opressor possui 
domínio não apenas da fala, mas do código da escrita. Isso o coloca numa posição 
elevada. Oferece oportunidades e garante posição social. 
A linguagem é definida como uma ferramenta de comunicação em que o 
conteúdo pré-posicionável e o conhecimento prático são transmitidos. Funciona como 
uma espécie de condutor, mediador cultural. Talvez o maior problema no que diz 
respeito à linguagem é o fato de os livros de gramática usar itens linguísticos com 
apropriações distantes do uso diário, diluindo no certo e errado — embora exista uma 
análise científica de língua com plano primário. 
Para que exista um preconceito são necessárias relações entre diferentes 
grupos sociais, graus de domínio linguístico, analfabetismo. Instala-se a maneira 
como o indivíduo ou seu grupo resgatam seus respectivos papéis. É certo de que 
um preconceito pode ser reconhecido pela sociedade ou apenas por um pequeno 
grupo. A valorização e a exclusão dependem do grupo no qual o indivíduo está 
inserido. Ele pode participar de um grupo que sofra preconceito e outros que não. 
Pode sofrer preconceito em determinado lugar/grupo e, numa atitude contrária, ser 
valorizado em outro. O reconhecimento do preconceito ocorre de modo autônomo 
dentro do próprio grupo. A articulação e o desafio ao status quo é o que pode 
20 
 
alavancar mudanças. 
O preconceito linguístico é um mal silencioso que age sem dar vestígios de 
sua existência. Falta esclarecimento à sociedade e, na maioria das vezes, ele ocorre 
no ambiente escolar. Ele diz respeito ao fato do grupo desconhecer e contribuir para 
a sua propagação. A valorização exacerbada dos usuários da norma padrão é o 
elemento gerador do preconceito. Traz assim a língua padrão em oposição às 
variantes populares. Os usuários da variante não padrão perdem a credibilidade e 
são vistos como incapacitados intelectualmente. 
Estabelecem concepções a considerar que alcançaram esse status por 
preguiça, falta de estudo, falta de interesse. No entanto, o preconceito linguístico 
envolve questões sociais, biológicas — a fala, as síndromes, as deficiências — 
culturais. Nosso país é um campo vasto de linguagem com diferentes ramificações 
e prática. 
 
 
Figura 6A leitura como ferramenta de aprendizagem. Fonte: FBV 
 
 
21 
 
Na vida adulta um indivíduo não alfabetizado terá sérios problemas para se 
relacionar com pessoas, trabalhar e interagir em um mundo globalizado e 
internetizado. Além disso, vale ressaltar que aprender a ler e a escrever é uma 
oportunidade para que o indivíduo se senta um cidadão e realize suas funções, 
anseios, desejos de forma livre. Dessa forma, um país deve proporcionar situações e 
dar condições para que a população possa ser alfabetizada com excelência. 
 
Figura 7A escrita: uma importante ferramenta para a formação do indivíduo. Fonte. edu.br 
 
Um indivíduo alfabetizado tem melhores condições de procurar informações, 
conhecimento e pode se expressar por meio da escrita, já que é capaz de ler e 
escrever. A escrita trará inúmeros benefícios. Ela é indispensável para o trabalho, 
estudos e pode proporcionar momentos jamais experimentados. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
4 APRENDIZADO: AS CRIANÇAS E AS HISTÓRIAS 
 
O que ajuda as crianças a aprender de uma maneira divertida e significativa 
são histórias criadas de acordo com as suas realidades. A análise de necessidades 
e interesses é muito importante porque conhece as preferências dos alunos e 
interesses ajudando a implementar uma abordagem pedagógica proposta que as 
crianças encontrem significativae interesse. 
As histórias auxiliam na aquisição da língua materna. Dessa forma o aluno 
desenvolve o vocabulário e, consequentemente, a escrita. Aprender é algo 
interessante e agradável. Os professores devem levar em conta seus gostos e 
interesses. É uma forma de conectar ao novo aprendizado com suas vidas. A 
criança terá uma melhor compreensão das histórias e permitiu-lhes ter sucesso ao 
ler porque fizeram conexões com suas experiências anteriores com o texto. 
Segundo Curtain & Dahlberg (2004) ressaltam que a “experiências de leitura 
significativa tanto em primeira como salas de aula de segunda língua são 
dependentes da compreensão da linguagem oral dos alunos e também no 
conhecimento prévio existente dos alunos e sua experiência. À medida que os 
alunos desenvolvem sua escuta/compreensão, eles começam a fazer conexões 
entre a linguagem oral e a impressão que representa esta linguagem oral. 
Para ajudar os alunos a ter uma melhor compreensão de um texto de leitura, 
é muito útil prepará-los ativando seus conhecimentos, não só na língua-alvo, mas 
também em sua primeira língua. 
A Compreensão de leitura depende muito das experiências e informações 
anteriores já armazenadas na memória dos alunos. Por outro lado, deve haver 
trabalho intensivo por meio de diferentes tipos de atividades orais antes de ler para 
garantir compreensão e compreensão dos alunos sobre o que eles vão ler. Uma 
vez que os alunos estejam familiarizados com a nova língua através de atividades 
orais, eles estão prontos para enfrentar o texto escrito. 
 
 
 
 
23 
 
 
Por que compramos/consumimos tantas histórias? 
 
A resposta mais rápida seria: diversão, distração, entretenimento. Mas, afinal, 
o que é entretenimento? 
Ser entretido é emergir na cerimônia da história para um fim intelectual e 
emocionalmente satisfatório. Nosso apetite por narrativas (filmes, séries, livros, HQs, 
games, músicas) é um reflexo da necessidade profunda do ser humano em 
compreender os padrões do viver, não meramente como um exercício intelectual, mas 
como uma experiência pessoal e emocional. 
Qual a importância da história para as nossas vidas? 
 
A vida não nos informa como ser vivida. Precisamos de modelos. Os 
contadores de história oferecem insights sobre as formas e trazem em suas narrativas 
esses padrões. A história não é uma fuga da realidade, mas um veículo que nos 
carrega em nossa busca por ela. 
 
Quando a história está em sua mente, você percebe sua relevância para com 
aquilo que esteja acontecendo em sua vida. Isso dá perspectiva ao que lhe 
está acontecendo. Com a perda disso, perdemos efetivamente algo, porque 
não possuímos nada semelhante para pôr no lugar. (CAMPBELL, 1988, p. 
65) 
 
 
Abordagens em sala de aula 
 
A alfabetização virá de forma natural apenas pelo ouvir. As histórias tem 
esse poder, elas enfatizam situações, palavras e sensações. É possível, então, 
além de alfabetizar, trazer uma valorização e inclusão da raça negra, valores, e 
incentivar à leitura de forma lúdica e prazerosa. 
Cada história traz uma mensagem em sua concepção estereotipada. A 
alfabetização vem acompanhada de simbologias e respostas. Veremos abaixo a 
representação de umas delas: 
24 
 
 
 Pinóquio 
 
A história do boneco de madeira Pinóquio é uma história sobre inclusão. 
São inúmeras as referências acerca do processo inclusivo. Há um forte apelo a 
boa conduta e bons comportamentos — boas companhias. E uma análise sobre a 
mentira e suas consequências. 
 
 
 
Figura 8 Pinóquio. Fonte:G1 - Globo.com 
 
 
Conta a história de um garoto que tinha um defeito, era um boneco de 
madeira. Era diferente e isso fazia dele um garoto solitário. Sonhava em se tornar 
um menino de verdade. Moral da história: O que importa não é o que você tem, 
mas sim quem você é. A beleza, a igualdade está dentro de cada um. 
A bela narrativa de Pinóquio segue os doze passos da Jornada do Herói e 
traz as concepções do declínio moral de um personagem que via apenas o mundo 
exterior. É uma forte reflexão sobre as diferenças. 
Há o momento de retirada do herói — um dos doze passos da jornada do 
Herói —, um momento para reflexão. Aqui, este momento acontece no ventre de 
25 
 
um peixe. 
 
Figura 9Ventre do peixe. Fonte:http://www.marcelodalla.com 
 
O ventre da baleia é uma importante passagem. Requer reflexão 
aprofundada. E é importante fazer uma comparação acerca dessa estrutura 
estereotipada. Seu significado é crucial para a formação das crianças. A simbologia 
às vezes é representada pelo deserto, monte ou buraco/gruta. 
 
Maria Bonita do laço de fita 
 
A história leva a reflexão de algumas questões e dessa forma as crianças 
podem pensar e verbalizar suas opiniões. Após a troca de opiniões, informações, 
deve-se retornar a contação do trecho da história. “O coelho achava a menina a 
pessoa mais linda que ele já tinha visto toda a vida! E pensava: — Ah, quando eu 
casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela!”. As crianças serão 
questionadas: O que é ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita? 
 
Todas essas histórias e muitas outras que são contadas nos anos iniciais 
envolvem as crianças e fazem com que elas mergulhem em um mundo novo. 
Dessa forma o processo de aquisição de palavras, construção de frases é imediato. 
O processo de escrita que é posterior pode ser acelerado com a 
26 
 
apresentação das letras, palavras, figuras como na imagem abaixo: 
 
 
Figura 10Letras e imagens, importantes recursos no processo de letramento. Fonte: Espaço Educar. 
 
Usar recursos pedagógicos, tais como jogos e imagens durante a contação 
de história a fim de que o aluno reconheça a primeira letra do nome de cada 
personagem ou objeto. Esse processo deve ser natural. Um estímulo lógico e 
analógico. Algo que realmente envolva o aluno de forma que ele participe e se sinta 
essencial para a atividade. 
Deve-se observar a realidade do aluno, o meio em que está inserido e 
trabalhar aquilo que ele já está familiarizado. É possível traçar estratégias para isso 
com o auxílio das narrativas. Este é outro benefício das histórias. A possibilidade 
de adaptação, dar uma nova roupagem para a história. 
 
 
27 
 
 
Figura 11 Ferramentas lúdicas. Fonte: revista Brincar e Educação 
 
Todo e qualquer processo deve acontecer de forma participativa e lúdica. O 
aluno deve enxergar a escola como uma extensão de sua casa. O processo de 
alfabetização e o de letramento não precisa ser árduo. 
 
Deve-se avaliar as propostas pedagógicas e adequá-las ao meio em que 
será aplicada. É preciso relacionar o conceito e sua execução. Assim, é 
possível compreender que há certo distanciamento no processo de 
realizar aulas lúdicas nas aulas. Isso traz um novo retrospecto que vai 
além das condições e propostas estudadas. A contação de histórias entra 
nesse processo como importante passo que corresponde a uma 
ambientação e interiorização que permite ao aluno autonomia, senso-
crítico e auto-conhecimento. ( MACHADO, 2004,p.124) 
 
28 
 
O storytelling retoma questões que ampliam o conhecimento dos alunos e 
trazem aquisições de novas palavras, imagens, conceitos. Produz alunos críticos 
e transforma a sala de aula em um palco de grandes acontecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
5 COMO USAR AS HISTÓRIAS EM SALA DE AULA 
 
 
Compartilhe suas próprias histórias, apenas por diversão. O educador pode 
contar quando tinha a idade dos alunos, sobre as vezes que falhou, que teve 
sucesso ou sobre as lições memoráveis que aprendeu. Isso cria uma forte conexão 
entre o educador e sua sala de aula, permitindo que os alunos saibam que podem 
se relacionar e trocar experiências. Essa prática tem uma ação empática. Ela gera 
uma situação de proximidade, de se colocar no lugar do outro. 
Deve-se usar as histórias como introduçõescom a finalidade de incentivar 
os alunos a usar dispositivos que atraem a atenção para seus ensaios e discursos, 
podendo usar a mesma técnica que os educadores. Começar a aula com uma 
história interessante, mas que seja relevante para o foco do aprendizado. 
Usar histórias com ilustrações é uma estratégia para quando se está com 
um conceito relativamente difícil com a turma, uma maneira fácil de explicar isso é 
ilustrar o conceito com uma história. Quando fatos e números não acontecem, 
narrativas simples podem ajudar. 
Relacionar histórias com metas de aprendizado para que os alunos 
desenvolvam habilidades de compreensão auditiva e incorporem a narração de 
histórias ao quadro mais amplo de alcançar esses resultados. 
Contar histórias para engajar alunos relutantes, alguns alunos enfrentam 
dificuldades para se conectar a livros didáticos ou conceitos abstratos. No entanto, 
esses mesmos alunos, geralmente, têm pouca dificuldade em se conectar a 
histórias. Ao contar histórias, o educador torna a vida e o aprendizado mais 
relevantes, a proporcionar aos alunos relutantes um melhor ângulo de 
engajamento. 
 
5.1 Tipos de histórias 
 
Existem vários tipos diferentes de histórias que podem ser usados em sala 
de aula. E é possível trocar ou adequar os tipos/gêneros de acordo com a realidade 
30 
 
dos alunos. 
 
— Uma história verdadeira da sua vida. 
— Uma história verdadeira da vida de alguém que você conhece, como um amigo, 
membro da família ou vizinho. 
— Uma história verdadeira das notícias ou de um evento atual. 
— Uma história que aconteceu em algum momento da história. 
— Uma história fictícia, com personagens ou eventos inventados. 
— Uma história "Imagine se ..." que cria uma situação hipotética. 
 
Claro, existem vários gêneros e estilos de contar histórias, isso são apenas 
algumas ideias e representam a variedade essencial que se pode incorporar na 
sala de aula. Em sua forma mais simples, a narração de histórias continua sendo 
um poderoso elemento de comunicação, sendo a narrativa igualmente tão atraente 
quanto ensaios e livros didáticos. Elas humanizam o aprendizado. 
O Storytelling oferece a oportunidade de se conectar a personagens com 
ideias afins ou ver o mundo literalmente de dentro da pele de outra pessoa. 
Histórias tocam nossas emoções e nos fazem rir, chorar, temer e ficar com raiva, 
um forte contraste com uma apresentação simples e antiga. 
 
Além disso, não importa o quão organizado ou detalhado possa ser um 
livro/texto, há algo sobre a forma de uma narrativa — a exposição, o problema, a 
busca de uma solução, a resolução que ressoa com nossa constituição mental. 
Ao incorporar suas próprias histórias, reconhece-se a conexão delas com os 
alunos em um nível diferente. 
As narrativas permitem que os alunos interajam, escrevam, ilustrem e 
contem suas próprias histórias. A maneira como o educador incorpora isso pode 
variar dependendo de suas metas curriculares, mas é essencial que as crianças 
entendam como contar uma boa história e como isso se relaciona com o 
cumprimento efetivo de um objetivo. 
Os alunos podem usar histórias em seus ensaios e argumentações, podem 
ajudar a lembrar processos ou fórmulas, conectar eventos uns com os outros. As 
oportunidades são infinitas e fáceis de empregar. 
Narrativas fornecem oportunidades de criar, falar e se comunicar de forma 
31 
 
criativa. As correlações coma realidade e a irrealidade demonstram a integração 
desinformações e conhecimentos que levam as crianças a melhorar seu 
desempenho e construir seu mundo. Forma cidadãos mais confiante na 
capacidade de se expressar. 
Segundo Curtain & Dahlberg (2004), narrativa entrega uma experiência 
única. Histórias atendem a diversos critérios e consolidam ideias, a fomentar as 
práticas de criação, desenvolvimento cognitivo. Nos estágios iniciais, é útil e 
contributivo escolher histórias que tragam vocabulário presente no cotidiano das 
crianças, situações de sua rotina. 
O ato de escutar histórias leva ao desenvolvimento da escuta. Traz 
concentração e integra a capacidade de receber e entender informações expressas 
em palavras. Por meio das narrativas, os alunos se tornam conscientes de valores 
culturais e passam a desenvolver a empatia e o senso crítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Os professores devem selecionar a metodologia apropriada e didática, a fim de 
tornar a aprendizagem interessante e significativo para as crianças. O uso de histórias 
e a metodologia lúdica tornou o processo de aprendizagem de línguas significativo e 
divertido para as crianças. 
Histórias são ferramentas para se utilizar no processo de alfabetização. Elas 
desenvolvem nas crianças a capacidade de absorver a linguagem quando as 
atividades são familiares e agradáveis. Assim, ensinando a língua materna por meio 
de histórias se cria um ambiente de aprendizagem que é ao mesmo tempo familiar e 
divertido. 
A história, a narrativa e o valioso impacto na prática pode gerar mudanças 
positivas e significativas para a humanidade. A contação de histórias tem sido usada 
em todos os serviços sociais até o momento, considera seu valor e destaca algumas 
considerações para quem cria e usa histórias. As histórias são importantes 
ferramentas para o ensino aprendizagem. Elas contribuem para a aquisição da língua 
materna, a desenvolver o vocabulário e, consequentemente, a escrita 
O uso de histórias na sala de aula cria um ambiente de aprendizagem lúdico 
e contribui para a formação do indivíduo. Por meio das histórias, ativa-se a 
aquisição de idioma o que torna fácil para as crianças induzirem a linguagem 
elementos dos dados fornecidos pelas histórias. 
Narrativas tem valores pedagógicos especiais para a sala de aula. 
Proporcionam maior interação e ludicidade no processo de alfabetização. As 
histórias são ferramentas educacionais. Histórias lidam com a experiência humana 
que tendemos a perceber como uma fonte autêntica e credível de conhecimento. 
Histórias tornam a informação memorável. Elas envolvem ações e convidam a 
criação de significados. 
As histórias contribuem para a aquisição da língua materna. Elas 
desenvolvem o vocabulário e a escrita. As histórias ajudam a desenvolver a 
habilidade para entender a linguagem falada e se envolver em habilidades de 
pensamento. 
 
33 
 
Deve-se enfatizar que a pesquisa é uma maneira eficaz para os professores 
melhorarem práticas pedagógicas. Por meio dela, professores, estudantes podem 
refletir sobre a prática, ajudando a melhorar o processo de ensino e encontrar 
melhores estratégias para ajudar os alunos a se tornarem bem-sucedidos no processo 
de ensino-aprendizagem. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAMERON, L. (2001). Teaching languages to young learners. Cambridge: 
Cambridge University Press. 
 
CASTRO, M. (2002). The magic world of storytelling: Some points for reflection. 
PROFILE, Issues in Teachers’ Professional Development, 3, 52-54. 
 
CURTAIN, H., & Dahlberg, C. A. (2004). Languages and children: Making the 
match. Boston: Pearson Education. 
 
ELLIS, G., & BREWSTER, J. (2002). Tell it again: The new storytelling handbook 
for primary teachers. United Kingdom: Pearson Education. 
 
FIELD.S, Screenwriter season: about stories , Penguin, 5 ed. 2012. 
 
HARDY P (2007) An investigation into the application of the Patient Voices digital 
stories in healthcare education: quality of learning, policy impact and practice-
based value, Belfast: University of Ulster 
 
KRASHEN, S. D. (1981). Second language acquisition and second language 
learning. Oxford: Pergamon Press. 
 
KRASHEN, S. D., & Terrell, T. (1983). The natural approach: Language acquisition 
in the classroom. Hayward, CA: Alemany Press. 
LIPTON, G. (1998). Practical handbook to elementary foreignlanguage 
programs. Lincolnwood, IL: National textbook. 
 
MACHADO, R.A. Fundamentos teóricos-poéticos da arte de contar histórias. São 
Paulo: DCL, 2004 
 
 
35 
 
MCKEE R and Fryer B Storytelling that moves people, Harvard Business , 2003. 
 
MCLEAN KC, Pasupathi M and Pais JL Selves creating stories creating selves: a 
process model of self development, Altl,Click, 2007. 
 
NUNAN, D. (1990). Second language teacher education. Cambridge: Cambridge 
University Press. 
 
OWOCKI, G. (2003). Comprehension “Strategic Instruction for K-3 students. 
Portsmouth, NH: Heinemann Educational Books. 
 
ROSSITER, M. (2002). Narrative and stories in adult teaching and learning. 
(Report No. EDO-CE-02241). Washington, DC: Education Resources Information 
Center.

Continue navegando