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Capitulo 1 tcc unip

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6 
 
 
RESUMO 
Reconhecer a importância da literatura infantil, é incentivar a formação do 
habito de leitura, isto é, na infância, é o que este trabalho de curso vem propor. 
Neste sentido, a literatura infantil é o caminho que leva a criança a desenvolver 
a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. Hoje, 
a dimensão da literatura infantil é ampla e importante para o desenvolvimento 
intelectual e emocional do ser humano, e melhor ainda, quando começa bem 
cedo a ser trabalhado pela família e pela escola. Ela proporciona a criança em 
desenvolvimento emocional, social e cognitivo incontestável, pois todos tem a 
necessidade de contar aquilo que vivenciamos, sentimos, pensamos e 
sonhamos. Desta forma o trabalho buscou apresentar pontos que demostram a 
importância da literatura infantil na vivencia das crianças, como o contar de 
história de conto de fadas, o contato com os livros, a possibilidade da criança 
crescer tento familiares com tal instrumento, agrega em suas descobertas e de 
desenvolvimento, incentivando o aguçar da imaginação, a oralidade, as 
brincadeiras imaginarias e criativas, novas descobertas, instruindo e fornecendo 
auxilio na alfabetização, fazendo a interação da criança na vivencia social e 
desenvolvendo da mesma o gosto pelo ato de ler se fazendo efetivo na formação 
de leitura. 
Palavras-chaves: literatura infantil, alfabetização, contação de 
histórias, criança e educação 
 
Recognizing the importance of children's literature is to encourage the 
formation of a reading habit, that is, in childhood, is what this course work 
proposes. In this sense, children's literature is the way that leads the child to 
develop imagination, emotions and feelings in a pleasant and meaningful way. 
Today, the dimension of children's literature is wide and important for the 
intellectual and emotional development of the human being, and even better, 
when it starts very early to be worked by the family and the school. It provides 
the child with undeniable emotional, social and cognitive development, as 
everyone has the need to tell what we experience, feel, think and dream. In this 
way, the work sought to present points that demonstrate the importance of 
 
7 
 
children's literature in children's experiences, such as the telling of a fairy tale 
story, contact with books, the possibility of the child growing up with family 
members with such an instrument, adds to their discoveries and development, 
encouraging the sharpening of the imagination, orality, imaginary and creative 
games, new discoveries, instructing and providing assistance in literacy, making 
the child's interaction in social experience and developing the same taste for the 
act of reading becoming effective in reading training. 
Keywords: children's literature, literacy, storytelling, child and education 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Agradecimentos 
Agradecer a Deus primeiramente, que nos deu força para concluir esta etapa de 
nossas vidas. 
Agradecer aos nossos esposos, mães e filhos, agradecer aos professores de 
forma direta que nos ajudam. 
Agradecer ao nosso senhor por todas as forças que colocou em nossos 
corações, que nos ajudou a lutar até o fim 
A instituição UNIP, juntamente com os tutores e demais da instituição de ensino 
que nos proporcionaram a oportunidade de possuir o ensino superior e a expansão de 
nossos horizontes. 
Agradecer um jovem muito especial chamado Felipe Monteiro Picanço, por toda 
a sua dedicação até o final, mesmo com toda a dificuldade, nunca nos abandonou. 
Agradecer diretamente ou indiretamente por todos aqueles que nos ajudaram. 
Por fim, agradecer a Deus por todos os dias das nossas vidas, por mais uma 
etapa vencida em nossas vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
Dedicamos está monografia a Deus, pois sem ele não estaríamos 
aqui. Dedicamos também aos nossos familiares, esposos, mães, 
filhos e irmãos. E a todos que sempre acreditam em nós e 
principalmente aqueles que gostam de uma boa história. 
 
 
9 
A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais 
da criança, sendo por isso, indispensável à pratica educativa. 
Jean Piaget 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a literatura 
nos mantém em contato com aqueles que vieram antes de nós. Isso nos 
permite conectar com aqueles que nos rodeiam. É nutritivo, social e, mais 
importante, humano. Se cuidadosamente elaborado em um espaço 
escolar, revela-se um verdadeiro tesouro na preparação de nossos filhos 
para a vida. 
Considerando a importância da literatura, ressalta-se que quando 
falamos em literatura infantil no processo de alfabetização, não estamos 
falando em utilizá-la apenas como aparato para alfabetização e sim como 
instrumento de desenvolvimento e aprendizagem das crianças. 
Segundo Rego (1995, p.10), “na literatura as palavras funcionam 
como matéria-prima da criação artística nos seus mais diferentes 
gêneros”. Ademais, compreende-se que a mesma amplia o conhecimento 
de mundo das crianças e que nesta fase de alfabetização pode facilitar o 
processo de aquisição da leitura e da escrita, pois a mesma não fica restrita 
apenas a codificação e decodificação de palavras soltas e 
descontextualizadas, que não possuem sentido algum para as crianças, 
como é feito na utilização das cartilhas que ainda são utilizadas para 
alfabetizar as crianças. 
A literatura em sua essência é instrumento motivador e desafiador, 
sendo capaz de transformar um indivíduo em sujeito ativo, reflexivo e que 
sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo quando 
necessário, por isso ela desempenha a função social. Caldin (2003, p.5), 
relata em seu estudo que a função social da literatura é tornar o homem 
mais compreensível, libertando-se assim dos dogmas que lhe são 
impostos pela sociedade. Isso pode ser alcançado por meio da reflexão 
crítica e da leitura. Se a sociedade busca a formação de novas pessoas, 
ela deve focar na infância para atingir esse objetivo. Desta forma, quanto 
mais cedo os livros de Literatura Infantil forem inseridos no cotidiano das 
crianças, maiores são as chances de as crianças desenvolverem o 
gosto pela leitura. Ler literatura é, uma prática que precisa ser aprendida 
e a escola deve encontrar meios para que esta prática se efetive. Neste 
 
11 
 
sentido, o professor assume uma tarefa de suma importância, ele deve 
mediar o conhecimento através de atividades que agucem no pequeno 
leitor o gosto pela leitura, assim como é descrito por arena (2010, p.17), 
que reforça este papel de mediador que tem o professor. 
Assim, a formação de leitores se faz de maneira indissociável com 
as práticas pedagógicas estabelecidas pela escola e é este processo de 
formação do leitor, que através da leitura literária, desenvolve-se o 
letramento literário, que para Rildo Cosson (2007, p.12) o letramento 
literário possui uma configuração especial, sendo um processo que se faz 
vias textos. Na formação do ser, na constituição do leitor e na constituição 
de todos que estão envolvidos no processo de aprendizagem, o 
letramento literário é indispensável. 
Refletindo sobre as possibilidades de ampliação do conhecimento 
através da literatura infantil buscou-se como objetivo geral nesta pesquisa 
monográfica construir a compreensão de como a literatura infantil pode 
contribuir no processo de aquisição da leitura e da escrita, na sala de aula 
nos anos iniciais. Temos ainda como objetivos específicos para esta 
pesquisa: mostrar que ler e escrever são atividades funcionais que servem 
a propósitos específicos de comunicação; Compreender o sistema de 
escrita; Mostrar que a língua que se encontra nos textos escritos tem 
características diferentes da que usamos para conversar; Fazer com que 
as crianças leiam e compreendam os textos; Incentivar os alunos a criaremseus próprios textos; Estimular o hábito da leitura; Desenvolver 
habilidades para leitura de imagens e facilitar o desenvolvimento cognitivo 
e a aprendizagem das crianças. 
Desta forma, necessita-se compreender a atual situação das 
escolas, no que diz respeito ao desenvolvimento de ações que possam 
difundir o prazer pela literatura infantil contando com a contribuição das 
ideias de autores como Zilberman (1985), Novaes Coelho (2000), Peruzzo 
(2011), Faria (2004), Santos (2009), Caldim (2003), Lajolo (2008), 
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (1997), Cosson 
(2006), Siqueira (2008), entre outros que defendem despertar o gosto pela 
leitura desde muito pequenos através de seu uso pedagógico e artísticos. 
 
12 
 
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
Em cada historinha narrada à criança recebe uma interferência mutua que 
envolve quem lê e quem escuta o que fortalece o imaginário infantil, e lhe dá 
subsídios para desenvolvimento da linguagem, pois é através da leitura que ela 
conhece novos termos e amplia seu vocabulário, e no momento da produção 
esses subsídios servirão de suporte para a aquisição e o desenvolvimento da 
escrita. A exploração de textos da literatura infantil nas tarefas do dia a dia 
escolar é uma ferramenta que se bem utilizada pode contribuir de maneira muito 
eficaz não só no período da alfabetização como ao longo da vida, pois, 
desenvolve capacidade de analise, que é fundamental à formação de cidadãos 
conscientes e conhecedores de seu papel na sociedade, capazes de transformá-
la. “Ler é mais do que decifrar um código linguístico. É construir sentido a partir 
do texto” (SOARES, 2010, p.46). Desse modo (Brasil, 1997, p. 28) descreve que, 
Linguagem é uma forma de ação interindividual orientada por 
finalidade específica; um processo de interlocução que se 
realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de 
uma sociedade em distintos momentos da sua história [...] é um 
sistema de signos histórico e social que possibilita o homem 
significar o mundo e a realidade. Assim, aprender é aprender 
não só as palavras, mas, também, os significados culturais. 
 
É de fundamental importância desenvolver habilidades e o gosto pela 
leitura desde a mais tenra idade, pois é através da leitura que o indivíduo se 
localiza no contexto social, econômico e cultural a qual está inserido, a 
compreensão do que lê, o torna capaz de manter um pensamento organizado, 
com atitudes reflexivas e críticas sobre o momento social e histórico ao qual ele 
pertence. 
 
1.1 A Literatura Infantil 
A palavra literatura é intransitiva e, independente do adjetivo que receba, 
é arte e deleite. Sendo assim, o termo infantil associado à literatura não significa 
que ela tenha sido feita necessariamente para crianças. Na verdade, a literatura 
infantil acaba sendo aquela que corresponde, de alguma forma, aos anseios do 
leitor e que se identifique com ele. 
É, no entanto, com qualquer forma de literatura que os homens têm a 
oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de 
vida, compreendendo o mundo e assim vivendo melhor. 
 
13 
 
De acordo com Lajolo (1997, p.106), é a Literatura, como linguagem e 
como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes 
sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade 
expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. 
Por meio da literatura, das vivências que ela oferece, o indivíduo entende 
o mundo no qual vive e percebe-se como ser atuante e responsável pelo 
desenvolvimento do mesmo. Ela proporciona ao homem uma visão mais 
completa e crítica de sua realidade ao possibilitar que por intermédio da 
imaginação ele interaja com seu cotidiano, com o mundo das coisas e dos outros. 
A literatura infantil também se comunica com seu leitor, abordando fatos 
com os quais o leitor vive cotidianamente. Não importa se a fantasia exceda a 
expectativa do indivíduo, se as circunstâncias de espaço e tempo estão 
distanciadas dele, a literatura infantil sempre estará se comunicando com o seu 
destinatário atual, pois ainda retrata seu mundo, com todas as características 
presentes nele, com as dificuldades e as soluções. No entanto, além de 
apresentar essa similaridade com o mundo do leitor, a literatura infantil o ajuda 
a conhecê-lo melhor e a modificá-lo. 
A criança carece do conhecimento de si mesma e do ambiente no qual 
está inserida, partindo do seu ambiente familiar e seguindo-se do que a rodeia 
como a história e a vida social. A literatura irá ajudar a criança a expandir sua 
visão de mundo utilizando uma linguagem simbólica, mas que permite ao leitor 
reconhecer o contexto do qual faz parte, relacionar às situações vivenciadas e 
identificar possíveis interferências e mudanças. 
A literatura infantil fornece ao leitor um conhecimento do mundo e do ser, 
por intermédio da fantasia criada pelo escritor. Ou seja, é por meio da fantasia e 
do imaginário que o leitor vai formando suas concepções de mundo, aprende a 
lidar com novas situações que lhe são exigidas, reconhece a participação dos 
indivíduos na formação social, desperta sua criatividade e promove seu 
desenvolvimento pessoal. 
A fantasia, embora preencha as lacunas que o indivíduo apresenta 
durante sua infância com relação ao mundo devido não possuir um 
conhecimento concreto do real ajudando-o a ordenar suas novas experiências, 
não pode deixar de apresentar possibilidades e necessidades condizentes com 
a realidade. 
 
14 
 
Segundo Zilberman (1997, p.106), a literatura infantil possui um tipo de 
leitor que carece de uma perspectiva histórica e temporal que lhe permita pôr em 
questão o universo representado. Por isso, ela é necessariamente formadora, 
mas não educativa no sentido escolar do termo; e cabe-lhe uma formação 
especial que, antes de tudo, interrogue a circunstância social de onde provém o 
destinatário e seu lugar dentro dela 
A literatura ocupa uma função determinada na vida infantil que é a de 
orientar a formação da criança. Por meio dela, o pequeno leitor tem acesso a 
diferentes normas de comportamento, formas de decodificar o mundo em que 
vive integrando-se e adequando-se a ele. É por meio das verbalizações das 
personagens, das situações que elas enfrentam e das possíveis sugestões que 
elas apresentam que a criança abstrai, de forma bem própria, suas dificuldades 
que impedem seu crescimento. 
A literatura infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser 
utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a 
expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. E para investir na 
relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor 
sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e 
problemas universais inerentes ao ser humano, que juntem o imaginário ao real, 
como ocorre nos contos de fadas. 
 
1.1.1 O Surgimento da Literatura Infantil 
De acordo com Zilberman e Lajolo (2002), o surgimento da Literatura 
Infantil aconteceu na primeira metade do século XVIII, porém antes disso 
algumas obras foram utilizadas para trabalhar com crianças tais como as 
Fábulas de La Fontaine, Fenelon e Charles Perrault. 
O desenvolvimento da literatura para crianças não foi exclusivo dos 
franceses e expandiu-se também na Inglaterra onde o movimento juntou-se a 
questões econômicas e sociais que determinaram algumas características que 
foram adotadas a partir daí. 
Com o processo de industrialização no século XVIII a criança assume um 
papel social e gera interesse em objetos industrializados e culturais, junto com a 
psicologia infantil, pedagogia e pediatria onde inicia o interesse por brinquedos 
e livros direcionados a sua idade. 
 
15 
 
A escola também passou a colaborar para a solidificação da ideologia e 
da política da burguesia, pois deixou de ser facultativa epassa a atuar de forma 
compulsória com isso a frequência escolar passa a ser natural. A obrigação de 
frequentar a escola justificou-se para o preparo das crianças em enfrentar o 
mundo com a mediação da família e da escola entre sociedade e a criança, 
complementando os trabalhos entre si. 
A escola começa a incorporar novos papeis reforçando sua importância, 
tornando-se socialmente imprescindível e obrigatória a todas as crianças sem 
distinção de classe social, tirando do mercado de trabalhos pequenos operários 
dando espaço para a mão de obra adulta que não tinha emprego. 
Ainda conforme escreveram Zilberman e Lajolo (2002), as marcas desse 
período na literatura infantil que apesar de ter surgido na aristocracia francesa 
se difundiu na Inglaterra, país que era potência comercial na época e contava 
com um mercado consumidor em expansão tanto na Europa como na América. 
Com industrialização e a introdução de novos recursos tecnológicos a 
literatura infantil passa a ser vista como mercadoria proliferando os gêneros 
literários que se adéquam a situação daquele momento, como literatura infantil 
trabalha com a linguagem escrita exige-se que a criança saiba ler e para isso 
precisa passar pela escola. 
O elo entre literatura infantil e escola inicia-se com a inclusão da criança 
no consumo de livros por intermédio da literatura a criança começa a fazer parte 
da sociedade de consumo e a escola acompanha, promove e estimula esse 
consumo como forma de manter viável. 
Neste sentido, o gênero dirigido â infância está no bojo dos processos que 
vem marcando a sociedade contemporânea desde os sinais da implantação 
desta, permitindo-lhe indicar a modernidade do meio onde se expande. Tem 
características peculiares ‘a produção industrial, a começar pelo fato de todo livro 
é, de certa maneira, o modelo em miniatura da produção em série. E configura-
se desde sua denominação- trata-se de uma literatura para- como criação 
visando a um mercado especifico, cujas características precisa respeitar e 
mesmo motivar sob pena de congestionar suas possibilidades de circulação de 
consumo (ZILBERMAN e LAJOLO, 2002 p.18) 
O gênero depende também que a criança seja escolarizada, fato que a 
coloca a escola como essencial à educação adotando posturas pedagógicas 
 
16 
 
tornando-se útil a sociedade, inspirando confiança na burguesia, endossando 
seus valores e imitando seu comportamento. Aos poucos o estudo da literatura 
infantil torna-se relevante, superando condicionamentos externos tanto de 
âmbito social quanto comercial que a submetem de várias maneiras. 
 
1.1.2 A Literatura Infantil no Brasil 
A literatura Infantil no Brasil acontece após a chegada da Família Real em 
1808, e a partir da implantação da imprensa Régia tem-se início a impressão de 
livros para crianças, conforme cita Zilberman e Lajolo (2002), com a publicação 
da tradução de as aventuras pasmosas do Barão de Munkausen, e em 1818 uma 
coletânea de José Saturnino da Costa Pereira, destinada ao público infantil 
masculino. De acordo com as autoras, as publicações eram esporádicas, e que 
somente em 1848 surgiu outra publicação das Aventuras do Barão de 
Munchhausen, e devido à escassez de publicações é insuficiente para 
caracterizar como produção literária infantil brasileira. 
Em primeiro lugar, entre 1890 e 1920, com o desenvolvimento das 
cidades, o aumento da população urbana, o fortalecimento das classes sociais 
intermediárias entre a aristocracia rural e a alta burguesia de um lado, escravos 
e trabalhadores rurais de outro, entra em cena um público virtual. Este é 
favorável, em princípio, ao contato com os livros e literatura, na medida em que 
o consumo desses bens espelha o padrão de escolarização e cultura com esses 
novos segmentos sociais desejam apresentar-se frente a outros grupos, com os 
quais buscam ou identificação (no caso da alta burguesia) ou a diferença (os 
núcleos humildes de onde provieram) (ZILBERMAN e LAJOLO, 2002, p. 27). 
Já com o período de urbanização que o Brasil passou no fim do século 
XIX início do século XX, com um ambiente social e econômico em 
desenvolvimento, propiciou o surgimento efetivo da Literatura Infantil brasileira, 
com o sucesso da publicação da revista infantil Tico-Tico, que abriu caminho 
para uma produção com o intuito didática literária, direcionada particularmente 
ao público infantil. 
Havia no Brasil um grande apelo com valorização à instrução e a escola, 
e devido à carência de materiais didático destinado a população infantil, houve 
um movimento com a participação de intelectuais, professores e jornalistas que 
começaram a produzir livros destinados aos pequenos leitores e as escolas. 
 
17 
 
 
1.1.3 A Importância da Literatura Infantil 
É sabido que a sociedade é rodeada de símbolos e imagens, são tantos 
conteúdos, gêneros de textos, informativos, jornais, revistas, livros didáticos e 
literários, infantil ou adulto, são inúmeras as imagens para leitura, placas de 
trânsito, outdoors, desenhos, pinturas, cartões de visita, entre outros a serem 
lidos e decifrados. 
Deste modo vivemos e convivemos diariamente na sociedade de forma 
facilitada a entender onde se esta, para onde se deseja ir, qual supermercado, 
farmácia, loja de roupa, escola, instituição e já fazemos isso de forma tão natural 
e quase imperceptível ao nosso subconsciente, pois adquirimos a algum tempo 
a alfabetização e letramento. 
É como a maioria que frequenta ou já frequentou à escola é ensinado a 
fazer, decifrar códigos para se introduzir e permanecer com facilidade no meio 
social, o mesmo que exige das pessoas uma forma mínima de interação para 
convivência. Assim pode-se definir a primeira importância de ser alfabetizado. 
Para tanto a inserção social da criança se dá no conhecer e aconchego 
familiar, com o passar do tempo a convivência social busca novos horizontes, 
onde é estimulada a interação de um ser e outro por meio da fala e entendimento 
do código linguístico. 
Com intenção de atender a esse novo horizonte e/ou essa nova etapa de 
colocação no social que se faz a importância da alfabetização já na fase inicial 
escolar. “A alfabetização promove a socialização do indivíduo na medida em que 
possibilita novas formas de trocas simbólicas com outros indivíduos e acesso a 
bens culturais” (CRISTINA, p. 4). 
Dá se aí a importância da alfabetização da criança, sua formação escolar 
e interação com o meio em que se está, tudo se dá de forma natural quando é 
incentivada a conhecer novos amigos, frequentar o ambiente escolar, interagir 
em novas brincadeiras, e ter a curiosidade de decifrar novos códigos e ler novas 
imagens. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados 
pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de 
reciprocidade e de interdependência com o meio (BNCC, p. 40). 
Uma criança que não está em processo de iniciação de alfabetização ou 
estimulação da mesma, está à mercê de um meio social, onde sem a interação 
 
18 
 
que preferencialmente dá se pela fala e leitura pode correr o risco de se tornar 
um ser isolado. 
Portanto a criança sem interação com o meio linguístico também não se 
tem interação com seu meio social, pois é dita de timidez e se considera um ser 
mais distante dos outros pela falta de conhecimento da sua cultura falante, 
pobreza de comunicação, dificuldades de se ler uma história usando a 
imaginação e de brincar com crianças de sua mesma faixa etária. 
Ler representa também uma dimensão da inclusão social. Os analfabetos 
no sentido literal do termo e os analfabetos funcionais são pessoas que sentem, 
a cada passo, o peso da exclusão social. Ela manifesta-se de diversas formas, 
entre as quais, por exemplo, a falta de autonomia para se orientar numa zona 
desconhecida de uma cidade, a deficiente compreensão de um filme legendado, 
o não acesso a informações que diversas entidades e organizações afixamnas 
suas vitrines. São dificuldades reais da vida quotidiana que afetam a qualidade 
de vida destas pessoas. (MANUELA, 2008, p.2) 
 
1.2 A Alfabetização 
Historicamente, o conceito de alfabetizar se identificou ao ensino- 
aprendizado da “tecnologia da escrita”, ou seja, alfabetizar resumia-se apenas a 
“decodificar os sinais gráficos, transformando-os em “sons”, e, na escrita, a 
capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos” 
(BRASIL. Pró-Letramento, 2008, p. 10). Portanto, até os anos 1980 a 
alfabetização limitava-se apenas a ler e escrever palavras, 
[...] primeiro, era preciso aprender a ler, para só depois ler. 
Embora pareça uma afirmação contraditória, acreditava-se que 
a criança não podia ler antes que soubesse ler: não podia “ler de 
verdade” antes que fosse capaz de “decodificar” a língua escrita, 
aprendida em “textos” construídos não para ler, mas para 
ensinar a ler (SOARES, s/d, p.14). 
 
Nestes textos as palavras eram intencionalmente selecionadas para 
decomposição em sílabas e fonemas. A criança não tinha acesso a livros, a gibis 
ou a qualquer tipo de material escrito que não fossem os selecionados, sem 
antes passar pelo processo de codificação e decodificação das palavras. 
Nesse sentido, dentro deste contexto histórico, a alfabetização estava 
vinculada a uma concepção de, 
 
19 
 
[...] aprendizagem inicial da leitura e da escrita tinha como foco 
fazer o aluno chegar ao reconhecimento das palavras 
garantindo-lhe o domínio das correspondências fonográficas. No 
máximo, buscou-se assegurar, de acordo com algumas 
abordagens, que este saber se desenvolvesse num universo de 
palavras que fossem significativas para o aluno no seu meio 
cultural, como nas famosas cartilhas regionais. Mas de uma 
maneira geral, tratava-se de uma visão comportamental da 
aprendizagem que era considerada de natureza cumulativa, 
baseada na cópia, na repetição e no reforço. A grande ênfase 
era nas associações e na memorização das correspondências 
fonográficas, pois se desconhecia a importância de a criança 
desenvolver a sua compreensão do funcionamento do sistema 
de escrita alfabética e de saber usá-lo desde o início em 
situações reais de comunicação. (REGO, s/d, p. 1). 
 
Lena Lois (2010, p.17), enfatiza isso quando afirma que alfabetizar “era 
tornar o estudante apto a decifrar e decodificar o signo escrito e ter fluência sobre 
ele”. O indivíduo apenas lê e escreve, não utiliza estas habilidades na sociedade 
em suas práticas cotidianas e a escola tornava a leitura uma mera repetição 
técnica. Ainda, segundo Lena Lois (2010, p.17 e 18), 
O texto, em sua totalidade e contextualidade, se perdia para dar 
lugar a um objeto passivo e sem nenhum tipo de diálogo com o 
“leitor em formação”. Ele estava ali para ser fragmentado, 
desconstruído e para treinar o estudante em seu aprendizado de 
regras gramaticais. [...] A compreensão e interpretação do texto, 
por sua vez, possuía o limite das palavras do autor. 
 
Os textos lidos pelo aluno alfabetizado, neste contexto educacional de 
alfabetização, serviam apenas para que o aluno fizesse uma leitura mecânica e 
memorizada, em que não se tinha como objetivo a formação de um leitor 
pensante, capaz de fazer reflexões sobre o meio que o cerca. 
De acordo com Leda Verdiani Tfouni (1998, p. 9), o termo alfabetização: 
[...] refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de 
habilidades para leitura, e as chamadas práticas de linguagem. 
Isto é levado a efeito, em geral, através do processo de 
escolarização, e, portanto, da instrução formal. A alfabetização 
pertence, assim, ao âmbito do individual. 
 
Assim, entendemos que a alfabetização era compreendida como um 
processo de decifração da leitura e aquisição da escrita. Nestes termos, 
ratificamos que a alfabetização se resumia apenas decodificação e codificação 
das palavras sem levar em consideração que para ser tornar um sujeito reflexivo 
e ativo na sociedade é necessário utilizar as habilidades da leitura e da escrita 
em suas práticas sociais. 
 
20 
 
Então, somente a partir dos anos de 1980 começaram a surgir novos 
questionamentos sobre as concepções da alfabetização, baseadas em 
resultados de pesquisas na área da psicologia cognitiva e da psicolinguística; 
com estes resultados aumentou a “necessidade de se compreender o 
funcionamento dos sistemas alfabéticos de escrita e de se saber utilizá-lo em 
situações reais de comunicação escrita, prevenindo-se desde o início da 
alfabetização o chamado analfabetismo funcional” (REGO, s/d, p. 2). 
Desta forma, surgem novas propostas de a alfabetização e a ideia de que 
o foco principal da alfabetização era fazer o aluno reconhecer as palavras aos 
poucos foi sendo desconstruída, pois o indivíduo, além de saber ler e escrever, 
precisava também saber fazer uso da leitura e da escrita. 
 
1.2.1 Literatura Infantil – Apoio no Processo de Alfabetização 
A literatura infantil vem trazendo ao longo da história mudanças e traçando 
percursos pelas folhas de papel e por diversos outros materiais, passou pela 
tecnologia e desenvolveu nela diversas fontes de suportes para a literatura 
chegar até as crianças em especial aqui trabalhadas. 
A literatura que recebe hoje uma abrangência de conteúdos e 
desenvolvimento em novos suportes, vem dando de forma inovadora um apoio 
no avanço do processo de alfabetização no ambiente escolar, quando usado de 
maneira associada ao plano de aula elaborado segundo as diretrizes e 
orientações da educação, pode transformar o desenvolver da alfabetização. 
Com tamanha distribuição dos materiais literários chegando a toda parte 
e de diversas formas, abre um léxico de oportunidades para a realização de 
diversas atividades em distintos formatos e maneiras, pois, o mesmo vem 
trazendo ilustres obras que disponibiliza encantadoras histórias e contextos que 
se transformam em atividades a serem trabalhadas. 
Tem se uma grande parceria quando se fala em literatura em conjunto do 
trabalho pedagógico, e muito se vem esquecendo dela e desenvolvendo apenas 
atividades ‘antigas’ e repetitivas, apesar de tanto desejo e orientação em se 
mudar, nos deparamos com um abismo entre o antigo e o inovador na educação. 
Falar do trabalho pedagógico é se falar em orientar, ensinar, alfabetizar e 
mostrar o novo, o conhecimento e o desconhecido, o pedagogo faz o trabalho 
de orientar e apresentar a criança o que há ajudará a se desenvolver em seu 
 
21 
 
meio. Porém esse trabalho não deve ser feito separadamente nem isolado do 
trabalho familiar e literário em especial, pois o mesmo vem de auxilio nesse 
processo e ensina de forma inovadora, lúdica e diferenciada. 
Quando é realizado o trabalho literário na infância, diga-se a infância em 
casa mesmo, a dos pais apresentar ao filho novidades da escrita, do desenho, 
da leitura, das cores entre outros, é mostrar a criança o que a ela é destinado 
mais à frente no seu período de alfabetização. Mostra-se aí o início do apoio da 
literatura no alfabetizar, pois, proporciona a criança um poder de conquista entre 
o infantil brincar e o infantil leitor e escritor, pois ao escutar uma história e brincar 
de reconta-la a criança conquista o ato prazeroso da iniciação da decifração do 
código linguístico. 
Deixando se mostrar o ser que está sendo gerado para a comunicação e 
letramento do meio social, “a leitura e a escrita são partes da realidade, que 
despertam curiosidade nas crianças, na medida em que entram em contato com 
os materiais e não os compreendem” (BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 5). 
Quando é realizado esse trabalho de apresentar a criança o literário em 
casa, a tarefa do pedagogo em buscar e reconhecer os conhecimentos prévios 
do aluno, e inserir ele em um meio que já é de sua intimidade se torna mais claro 
e simplificado, uma vez que o trabalho será apenas apresentar ao mesmo quais 
são as letras e como as uni para fazer a leitura. 
Levantandoo conhecimento e sendo considerado que todo o manuseio 
do livro, a leitura das imagens e formas de desenvolver o contar de história 
imaginário já foi trabalhado e feito anteriormente. Relata Ravena (2013, p. 196), 
os estudos revelam que aquelas crianças que em seus lares contam com a 
presença de diversos textos e famílias com maiores níveis de escolaridade, que 
utilizam a linguagem escrita de forma cotidiana e com distintos propósitos, têm 
mais possibilidades de conseguir melhores aprendizagens. 
Os livros do acervo literário infantil, são de grande valia para desenvolve 
atividades em diferentes etapas da infância, com um livro é possível: o 
descobrimento de sensações ao pegar no livro (se é frio, liso, grosso, áspero...), 
propor uma leitura das imagens, conhecer o nome e a diversidade das cores e 
animais, recontar a história, trabalhar o recorte desenvolvendo a coordenação 
motora fina, buscar letras do alfabeto conhecidas, circular silabas e exercer a 
arte de ouvir. 
 
22 
 
Ainda se pode interpretar e representar de forma teatral o desfecho dos 
personagens, reinventar finais felizes, um aluno realizar a leitura em voz alta, 
realizar visita a biblioteca, leituras em grupos, enfim são inúmeras as atividades 
que podem ser propostas e realizadas com os livros. 
Nos livros de literatura infantil há muito que trabalhar. Cabe ao professor 
atuar com sensibilidade e percepção para reconhecer as mensagens que eles 
trazem, incentivando boa leitura, proporcionando diversas interpretações 
(BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 10). 
Tal incentivo sendo feito através de trabalhos com os livros pode gerar no 
aluno um interesse em descobrir e desbravar aventuras através de páginas de 
livros, inserir o aluno a leitura de forma prazerosa é dar a ele a satisfação se ser 
inserido no meio letrado sem dor e cansaço. 
Quando o que se deseja é formar uma criança que tenha princípios e 
valores capazes de recriar um mundo melhor, a literatura infantil tem que ser 
considerada como um auxilio importante, porque é capaz de possibilitar acesso 
ao real sem impedir a riqueza do imaginário (SANTA’NNA, 2004, p.32 Apud 
BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 10). 
Para tanto os livros literários trazem apoio para a alfabetização, e geram 
gosto pela leitura, despertam a curiosidade dos alunos pelas páginas dos livros 
e seu material, oferecem aos professores possibilidades de atividades e aulas 
dinâmicas, a famílias o lado afetivo e brincalhão, e o mais importante promove a 
criança a formação leitora de qualidade. 
 
1.2.2 Contação de História na Alfabetização 
A alfabetização da criança depende do interesse e da estratégia que o 
professor utilizará. Alfabetizar não é apenas a codificação e decodificação das 
palavras; e sim interpretar o que está sendo lido. Para aprender a ler é preciso 
prática e prazer nos momentos da leitura, pois “sabemos que a construção da 
leitura e da escrita é algo bastante complexo e individual, mas a intervenção do 
professor torna-se fundamental para que os alunos tenham um bom 
desenvolvimento neste processo” (WENDT, 2011, p. 10). 
A contação de história é uma estratégia que promove uma significativa 
contribuição no desenvolvimento oral dos alunos, facilitando a comunicação. 
 
 
23 
 
Conforme Wendt (2011, p. 13), 
Ao utilizarmos a estratégia da contação de histórias podemos 
constatar que, com o desenvolvimento das atividades, os 
alunos, apesar de sua pouca experiência, trazem ao grupo suas 
vivências, contribuindo assim, nos debates e diálogos, o que os 
enriquece e desperta o interesse de todos. 
 
Conforme Seidel (2007), o contato com textos no processo de 
alfabetização pode ser proporcionado aos alunos por diferentes modos; e 
mesmo que eles não consigam ler, é muito importante que os professores levem 
os alunos na biblioteca, para que leiam livros que despertem seus interesses, 
aprimorando a leitura. 
Segundo Wendt (2011, p. 15), “através das contações eles [os alunos] 
aprenderam a criar, produzir palavras, frases e textos, além das contagens 
matemáticas”, assim, a contação de história é um incentivo à criatividade 
estimulando a produção acadêmica. 
Assim, Aguiar (2001, p. 72) e colaboradores, retrata que “os primeiros 
versos e as primeiras histórias que o indivíduo ouve ou lê quando criança são 
muito importantes para o desenvolvimento do seu apreço pela leitura”; o que 
reforça a importância do contato do aluno com o livro no processo da leitura e 
escrita. 
Despertar o interesse do aluno para a leitura e escrita é um desafio para 
os professores; devendo estes, planejar aulas prazerosas, com estratégias 
pedagógicas e práticas de contação de histórias com o intuito de despertar o 
interesse das crianças e atingir o objetivo almejado. 
 
1.3 Contação De História 
Há muito tempo as histórias vêm sendo repassadas ao longo das 
gerações, sendo transmitidas através da oralidade, despertando curiosidade e 
fantasia dos ouvintes. A transmissão oral de histórias e acontecimentos foi a 
maneira encontrada para repassar informações, saberes, valores e crenças às 
gerações mais novas, por comunidades que não possuíam ainda a escrita 
(RAMOS, 2011). 
O conto oral é uma das mais antigas formas de expressão. E a voz 
constitui o mais antigo meio de transmissão. Graças à voz, o conto é difundido 
no mundo inteiro, preenche diferentes funções, dando conselhos, estabelecendo 
 
24 
 
normas e valores, atentando os desejos sonhados e imaginados, levando às 
regiões mais longínquas a sabedoria dos homens experimentados (PATRINI, 
2005, p.118). 
Considerada uma excelente estratégia para docentes apresentarem às 
crianças boas histórias, contos e fábulas, a contação de histórias além de 
proporcionar o primeiro contato com os livros de forma agradável, é capaz 
também de distraí-las, levá-las a lugares distantes, onde, através do imaginário 
e da fantasia, poderão viver situações, experiências e aventuras das mais 
variadas possíveis. Experiências que podem “recrear, informar, transformar, 
curar, apaziguar e integrar” (SISTO, 2005, p.88). 
O hábito de ouvir histórias desde a infância pode contribuir para a 
formação de identidades, pois durante o ato de contar a história, se estabelece 
uma relação de troca entre contador e ouvinte, interferindo de forma positiva para 
que toda a bagagem cultural e afetiva destes ouvintes venha à tona, levando-os 
a ser quem são. “Contar histórias é uma arte porque traz significações ao propor 
um diálogo entre as diferentes dimensões do ser” (BUSATTO, 2003, p. 10). 
A palavra narrar vem do verbo latino narrare, que significa expor, contar, 
relatar. E se aproxima do que os gregos antigos clamavam de épicos – Poema 
longo que conta uma história e serve para ser recitado. Narrar tem, portanto, 
essa característica intrínseca: pressupõe o outro. Ser contada ou ser lida: é esse 
o destino de toda história. E se as coisas estão prenhes da palavra, como 
preferia Bakhtin (1997), ao narrar falamos de coisas ordinárias e extraordinárias 
e até repletas de mistérios, que vão sendo reveladas ou remodeladas no ato da 
escuta ou na suposta solidão da leitura (PRADO & SOLIGO, 2007, p. 48). 
A contação de histórias infantis é uma ferramenta que não deve ser 
excluída do cotidiano das crianças, pois a mesma pode contribuir para o seu 
desenvolvimento pleno. Durante uma narrativa é essencial que o docente 
vivencie a história, buscando dramatizar e utilizar formas diversas de contar, 
proporcionando ao educando a aprendizagem (VITOR & KORBES, 2011). 
 
Na Educação Infantil, é fundamental que sejam utilizados diversos 
recursos pelo contador de histórias para fazer com que as crianças mergulhem 
no mundo imaginário deforma prazerosa. “Inventar, ler e contar histórias são 
tarefas importantes nas creches e pré-escolas. A narrativa para crianças 
 
25 
 
pequenas envolve todas as oportunidades de interação que a criança tem com 
seu mundo imaginário”(COSTA et al., 2006, p. 91). 
Geralmente as crianças são irrequietas por natureza, e difíceis de manter 
a atenção numa mesma atividade por muito tempo, por isso o uso de uma boa 
técnica narrativa é essencial para evitar longas descrições, quando o educador 
for trabalhar com literatura. O ideal ao trabalhar com crianças é utilizar primeiro 
a técnica de contar histórias ao invés de ler. A contação se torna mais agradável 
ao espírito infantil por predominar o discurso direto, por envolver mais facilmente 
as crianças, tornando os fatos e as cenas atuais e reais. Cabe ainda ressaltar a 
importância de mostrar o livro para os educandos após uma contação, ou 
intercalar momentos em que as histórias são lidas, para que eles percebam de 
onde vieram as histórias, o que poderá estimular seu interesse para buscar 
novas histórias e novos livros (REGATIERI, 2008). 
De acordo com Coelho (1991) existem diversas definições de fábulas, 
contos, histórias estórias, pois mesmo encantando crianças e adultos as 
abordagens e finalidades podem ser bem diferentes. Fábulas são definidas por 
Freire e Guimarães (2007, p. 04) como, 
Um tipo de narrativa originária desde as mais antigas 
civilizações. Estes povos, através das histórias que contavam, 
passavam ensinamentos e preservavam sua cultura. Graças à 
tradição oral e mais tarde ao texto impresso, a arte de contar 
histórias foi passada de geração a geração, constituindo até os 
dias de hoje, importantes fontes de informações para 
entendermos a história das civilizações. 
 
Os contos possuem características próprias, como definem os autores 
Freire e Guimarães (2007, p. 10), 
São sempre assumidamente de ficção, ou seja, não pretendem 
ter acontecido de fato; misturam realidade e fantasia, atualizando 
e reinterpretando questões universais, tais como a dicotomia 
entre o bem e o mal, o forte e o fraco, a riqueza e a pobreza, o 
belo e o feio, entre outras; envolvem algum tipo de magia, 
metamorfose, encantamento, instrumentos mágicos, vozes do 
além, viagens extraordinárias e amigos ou inimigos 
sobrenaturais; o enredo expressa os obstáculos ou provas que 
precisam ser vencidos, como um verdadeiro ritual iniciático; 
temporalidade difusa, isso é, o tempo não é definido, é remoto, 
é o tempo do “Era uma vez...”; os personagens normalmente não 
possuem nomes; a moral da história corresponde a um 
conjunto de normas de comportamento destinado a regular as 
relações entre os indivíduos. 
 
Quanto à definição de histórias, pode-se dizer que “são narrações de 
 
26 
 
acontecimentos ou situações significativas para o conhecimento da evolução dos 
tempos, culturas, civilizações, nações etc.” (COELHO, 1991, p. 85). Além da 
exposição de fatos, é o resultado de uma indagação inteligente e crítica dos 
fenômenos com o objetivo do conhecimento da verdade. Sobre a diferença dos 
termos história e estória, o autor Moreno (2009) relata que, 
 
Em 1919, João Ribeiro, gramático da Academia Brasileira de 
Letras, propõe o emprego de estória para diferenciar os contos 
infantis ou irreais em contraposição a história, utilizado para 
designar fatos considerados reais. Em 1943, com a reforma 
ortográfica, foi eliminada tal distinção gráfica, recomendando-se 
o uso de “história” em qualquer situação: realidade ou ficção. 
 
A palavra estória, portanto, atualmente não é muito utilizada, pois o termo 
“história” pode servir para descrever tanto narrativas reais quanto narrativas 
ficcionais. Sendo assim, para distinguir os dois termos é necessária a análise por 
meio do contexto de sua utilização (SARRAPIO, 2016). 
 
1.3.1 O Contar de História para Crianças 
Quando parado par pensar na ocasião que se iniciou o contar de história, 
a memória se perde ao tempo, pois o mesmo existe muito antes da escrita, ela 
vem junto com a comunicação das pessoas, vem com o sentar em roda ou estar 
próximos e dividir ali fatos acontecidos. 
Assim se foi passando a cultura e vivencias dos povos, como de geração 
em geração as sociedades foram se formando, sobrevivendo e crescendo, seus 
mitos, suas crenças, seus alimentos, modos de plantio, táticas de caça, maneiras 
de navegação, e tudo mais que se pode imaginar. Foi inicialmente passado pela 
fala, ou seja, pelo contar de história, experiências vividas pessoalmente, 
aprendizado adquirido na ‘pele’. Sem essa prática do contar as histórias 
vivenciadas, teriam muitas coisas sido perdidas ao passar as gerações. 
Pode-se dizer que com a evolução da sociedade o iniciar da contação de 
história para as crianças se deu com o sentido principal de amedrontar e 
assustar, como assim? Crianças ‘mal criadas’ e ditas como presepeiras, eram 
ouvintes de tal história, olha só o bicho papão, o pai do mato, o homem do saco, 
muitos já ouvimos esses contos na infância que se diziam verdades para causar 
medos. 
 
27 
 
Quem nunca se sentou para ouvir histórias contadas pelos avôs? Em volta 
de fogueiras, ficou assustado com contos que se diziam terem sido reais de 
fantasmas, lobisomem entre outros personagens? Felizmente tais contos foram 
dando lugar aos novos e começam a tomar conta do meio literário, a ‘menina de 
nariz arrebitado’, contos de fadas, parlendas, fabulas e tantos outros gêneros 
que foram sendo criados e que se fez presentes para levar as crianças histórias 
existentes com imagens ilustrando. 
Damos aí a importância dessa prática que ao evoluir da sociedade foi se 
aperfeiçoando e tornando algo não só para o passar de táticas para 
sobrevivência, mas para entreter, ensinar, ninar, acalmar, alegrar, assustar e dar 
curiosidade. Quem nunca se deliciou, se emocionou, riu e chorou em ouvir belos 
contos? São essas fases que marcam a vivencia e registram bons momentos, 
sentimos e constroem história de vidas para serem repassadas. 
Saudades se faz presente em muitos, de poder: sentar em um banco de 
praça e trocar uma prosa com um amigo ou vizinho, em dormir ao som de uma 
história, ao cantar de um conto, ao recitar de uma poesia. E se os adultos se 
sentem assim, imaginem o que uma história pode refletir em uma criança, onde 
o mundo é novidade e cada pedaço de descoberta é admirável, cada gesto faz 
a diferença e a afetividade é construída e faz parte do crescimento emocional. 
O ouvir agrega na criança o vocabulário, e pode a tornar um ser paciente 
e atencioso, onde o instigar a ‘intromissão’ pela leitura e descoberta dos livros 
vira qualidade, e a faz ser introduzida no letramento sem dificuldade. A criança 
e o adulto, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, todos, enfim, ouvem com 
prazer as histórias – uma vez que essas histórias sejam interessantes, tenham 
vida e possam cativar a atenção (TAHAN, 1966, p.16 Apud OLIVEIRA; DALLA, 
2011, p. 3). 
É sendo inovadas sempre de várias formas que a literatura infantil alcança 
e atende desde famílias, crianças, escolas, bibliotecas e até hospitais, assim a 
contação de história se torna uma ajuda de várias formas. Hoje se encontra o 
contar de história em disposição na rede mundial de internet, em plataformas de 
áudio, em aplicativos, livros impressos, livros digitais, histórias com diversos 
tipos de sonorização além da voz entre outros recursos. 
Essa disposição e preocupação em levar o acesso do ouvir contos de 
forma prazerosa e de qualidade está tanto no meio acadêmico como nos órgãos 
 
28 
 
responsáveis pela educação, o MEC tem iniciativa para a literacia em casa com 
o programa “Conta pra Mim”, isso para incentivar e trabalhar a importância que 
tem para os pequenos o ouvir de histórias em casa e embalar os pais, escola e 
professores no incentivo desse gesto tão simples. 
De fato, algumas crianças, por conta das experiências relacionadas à 
leitura e à escrita vivenciadas em casa, ingressam no ensino fundamental com 
conhecimentos e habilidades fundamentais para a alfabetização adquiridos 
desde muito cedo, como o conhecimento alfabético e a consciência fonológica. 
Essascrianças terão mais possibilidades de obter sucesso no processo de 
alfabetização e de aprender a ler e escrever ao menos palavras e textos simples 
até o final do 1º ano (PNA, 2019, p. 32). 
Para tanto o contar de história para as crianças, é espelhar para elas o 
gosto próprio que se obteve na infância, em casa ou na escola, é querer dar a 
ela o gosto de se banhar nas aventuras através da imaginação, incentiva-la a 
desenvolver as habilidades de leitura, pois, bem nos relata Zilberman (2010), 
dizendo que as pessoas aprendem a ler antes de se formar alfabetizadas, pois 
o mundo se transmite pelas letras e imagens. 
 
1.3.2 As Influencias de Monteiro Lobato 
A partir de 1920 com as publicações das obras de Monteiro Lobato, que 
foi um precursor brasileiro da literatura voltada ao universo e imaginário infantil, 
com produções como Narizinho Arrebitado, que de acordo com (ZILBERMAN e 
LAJOLO, 2002), foi o segundo livro de leitura para uso em escolas primárias. 
Depois desta publicação e com o sucesso dela, Monteiro Lobato investe 
maciçamente em obras destinadas aos pequenos. Suas histórias com 
personagens que retratavam a sociedade brasileira da época, como Dona Benta, 
Tia Anastácia, Emilia, Pedrinho e Narizinho que encantaram e encantam o 
público infantil até hoje. Este autor com o uso do folclore brasileiro criou um 
universo rico ao imaginário infantil, criando personagens que retratavam a 
realidade brasileira, na linguagem, no comportamento expressado e na relação 
com a natureza, características que contribuíram para o sucesso de suas obras. 
No final dos anos 70 começo dos anos 80, a literatura infantil passa a ter 
um enfoque mais abrangente e começa a ser discutida nos projetos 
educacionais, havia um medo de autores, que devido aos avanços tecnológicos 
 
29 
 
a literatura infantil perderia seu espaço, conquistado ao longo dos tempos. 
Conforme destaca Coelho, que diz “a literatura, em especial a infantil, tem uma 
tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação, seja no 
espontâneo convívio leitor/livro, seja no dialogo leitor/texto estimulado pela 
escola” (COELHO, 2000, p.15.). 
A exploração do livro infantil durante as aulas de alfabetização facilita a 
aprendizagem e leva descoberta de um mundo rico ao imaginário infantil. A 
linguagem escrita, visual e oral está diretamente ligada no momento em que a 
criança explora o livro infantil. A partir do livro é possível entrar num universo 
paralelo repleto de imaginação, onde é possível viajar, conhecer personagens 
mágicos, culturas diferentes história que fazem sentido a essa fase tão 
importante da criança. 
O colorido dos livros, a diversidades dos formatos, a textura, o uso de 
imagem com relevos, as diferentes formas dos desenhos, são recursos utilizados 
pelas editoras para atrair a atenção dos pequenos, despertando o interesse 
destes pelo livro e consequentemente os levam a explorar e a conhecê-lo de 
forma única e especial. 
O mercado editorial é influenciado de diversas formas por esse contexto. 
De forma mais direta, muitos livros dirigidos a crianças são hoje baseados em 
produções oriundas do cinema, mesmo que muitas dessas tenham origem na 
própria literatura infantil. Mas talvez o desafio mais importante seja justamente o 
de atrair o interesse das crianças em um universo povoado por estímulos 
sensoriais cada vez mais sofisticados (PIASSI, 2012, p.41). 
O mesmo autor ainda faz uma classificação de livros infantis utilizados em 
sala de aula para o ensino das ciências: 
a) Em relação ao texto o livro não deve apresentar mais do que duas 
linhas por página, para que a crianças vá avançando 
gradualmente no processo; 
 
b) Em relação à tipografia, o tamanho de ser razoável, de 
preferência no formato bastão, de maneira a favorecer a criança 
na leitura; 
 
30 
 
c) Em relação à imagem o tamanho e a quantidade de imagem 
devem contribuir como um recurso atrativo para a criança e que 
seja estimulador a leitura; 
d) Em relação ao tema ele destaca o tema animais por se tratar de 
um assusto atrativa a idade, além de ser um tema comum 
utilizado na literatura infantil. 
O papel do professor na seleção dos materiais a serem utilizados 
como recurso pedagógico em sala deve ser criterioso, todo material precisa 
ser observado e analisado antes de ser utilizado, é necessário levar em 
conta o nível de desenvolvimento da turma bem como a faixa etária em que 
se encontra. 
1.3.3 Contos de Fada 
A literatura infantil se trata de um universo único, desde as histórias 
ouvidas ou livros que foram lidos, a criança adquire mais experiencia pois, na 
literatura ela descobre seu mundo, sua voz, os personagens conhecidos nas 
histórias representam suas inseguranças, emoções em variadas situações 
parecidas com o cotidiano delas próprias. Segundo Paiva (2008, p. 36), “a 
Literatura infantil pode contribuir de forma decisiva para a formação do futuro 
leitor”. 
Pode-se dizer que a literatura atua de diferentes formas. Neste contexto, 
fica claro que a cada dia compreende as histórias a sua maneira e suas 
capacidades. O mais importante e interessante, contudo, é constatar que a 
literatura oferece muitos atributos, ela enriquece o mundo com seus significados. 
Não é exagero afirmar que a literatura enriquece a existência da criança de 
muitas formas (NASCIMENTO, 2013). 
Conforme explicado acima a leitura é capaz de contribuir para a formação 
desses pequenos leitores, que compreendem esses contos muito mais do que 
qualquer história. Os contos estimulam a imaginação dês crianças e os auxiliam 
suas excreções, uso de suas ideias, e essas contribuições os contos de fada 
podem fazer, melhor do jeito que os outros tipos de literatura não são capazes 
de oferecer. 
A leitura é uma maneira de construir autonomia, significado e 
estrutura; ela é uma forma de manifestar expressões, emoções, uma visão 
 
31 
 
mais apurada do mundo dos indivíduos que se apropriam desse benefício, 
atrelando ao conhecimento, de forma difusa e inconsciente (CANDIDO, 
2011). O autor deixa claro que a leitura oferece benefícios, que se espalham 
em várias direções possíveis em forma de construção fazendo que os 
usuários que se beneficiam com leitura conquistem essas habilidades 
inconscientemente. 
Pode-se dizer que que as duas citações acima defendem o ato de ler. 
Neste contexto, fica claro que conforme mencionado pelo autor, a leitura 
oferece. O mais importante, contudo, é constatar que o ator define que os 
contos de fada têm essa maior capacidade de chegar na criança. Segundo 
Candido (2011, p. 177), “cada sociedade cria as suas manifestações 
ficcionais, poéticas e dramáticas de acordo com os seus impulsos, as suas 
crenças, os seus sentimentos, as suas normas, a fim de fortalecer em cada 
um a presença e atuação deles”. 
De acordo com Bettelheim (1992, p. 4), para encontrar um significado 
mais profundo, devemos ser capazes de transcender os limites estreitos de uma 
existência autocentrada e acreditar que daremos uma contribuição significativa 
para a vida - senão imediata- mente agora, pelo menos em algum tempo futuro. 
Este sentimento é necessário para uma pessoa estar satisfeita consigo mesma 
e com o que está fazendo. Para não ficar à mercê dos acasos da vida, devemos 
desenvolver nossos recursos interiores, de modo que nossas emoções, 
imaginação e intelecto se ajudem e se enriqueçam mutuamente. Nossos 
sentimentos positivos dão-nos força para desenvolver nossa racionalidade; só a 
esperança no futuro pode sustentar-nos nas adversidades que encontramos 
inevitavelmente. 
A vida de todos existem intercorrências inesperadas que o cotidiano e 
as próprias diversidades vividas ocasionam. O autor deixa claro que é 
preciso ultrapassar os próprios limites, acreditar que de alguma forma está 
contribuindo para algo, acre- ditar que a vida é significativa e que é necessário 
sentir-se satisfeito consigo mesmo. Paraa realização desse feito, é 
necessário que tenha objetividade e não se acomodar como que já 
conquistou e sempre procurar por mais. A literatura não é diferente quanto 
mais conhecimento se adquire mais preparado fica a pessoa ou a criança 
 
32 
 
pois, quando os recursos interiores que são as emoções, o intelecto ou uso 
da imaginação são aspectos que dão força para se desenvolver. 
Quando a capacidade de imaginação esta apurada em todos os 
sentidos, a criança passa a ser mais ativa em suas atividades. Os contos de 
fadas têm essa importância para a formação da criança, ela cresce 
aprendendo entre realidade e fantasia, elas estão enriquecidas com 
conhecimento literário pode sustentar adversidades em seu cotidiano como 
na escola ou em dificuldades que encontram ao longo da vida. 
Fica evidente, diante desse quadro que contos de fadas tem sim, sua 
importância na formação da criança, é preciso ressaltar que que existem 
vários tipos de literatura e que todas tem sua particularidade de benefícios. 
Espera-se, dessa forma, que a importância de inserir esse tipo de leitura para 
as crianças fique claro de imediato, os contos são de extrema importância 
pois, a forma de como o lúdico enriquece o aprendizado e de certa forma a 
relação que a criança enxerga o mundo entre outros atributos por todas 
essas razões citadas a literatura infantil é muito mais do que somente contos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Palavras-chaves: literatura infantil, alfabetização, contação de histórias, criança e educação
	Recognizing the importance of children's literature is to encourage the formation of a reading habit, that is, in childhood, is what this course work proposes. In this sense, children's literature is the way that leads the child to develop imagination...
	Keywords: children's literature, literacy, storytelling, child and education
	INTRODUÇÃO

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