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Maria Hellen Na odontopediatria é necessário compreender os aspectos psicológicos e comportamentais da criança para sucesso no tratamento odontológico. O manejo do comportamento infantil tem como objetivo criar confiança, dissipar medos e ansiedades, de forma a propiciar comportamento favorável e ambiente seguro para a realização do tratamento odontológico. O comportamento infantil depende do aprendizado e do grau de desenvolvimento da criança. Dessa forma, é importante conhecer o comportamento infantil de acordo com faixa etária e qual conduta adotar durante o tratamento. • Crianças de 0 a 2 anos: apresentam total dependência da mãe e devem ser tratadas no colo. • Crianças de 2 a 4 anos: estão em fase de transição, apresentam menos dependência dos pais, porém a separação destes ainda pode lhe causar medo; devem ser tratados com carinho e paciência. • Crianças de 4 a 6 anos: estão na fase dos “porquês”. Deve-se usar a imaginação e bom senso durante o tratamento. • Crianças de 6 a 8 anos: fase de grande crescimento cognitivo e sociabilidade. A odontopediatra deve estabelecer um bom nível de interação e estimular a confiança e autoestima. • Criança de 8 a 12 anos: fase em que se consolida a independência. Não gostam de ser tratados de forma infantilizada. Todos os procedimentos devem ser explicados. Principais técnicas de manejo do comportamento infantil: Técnica Descrição Dizer-mostrar-fazer Consiste em explicar os procedimentos ao paciente, demostrar seus aspectos visual, auditivo, olfativo e tátil e, então, realiza-los. Modelagem É a exposição do paciente a um ou mais indivíduos que tenham comportamento adequado para demonstrar os procedimentos que serão realizados no paciente. Distração Técnica usada para desviar a atenção da criança dos procedimentos desagradáveis por meio da diversão com brinquedos, músicas, histórias, filmes ou diálogos sobre assuntos não relacionados ao procedimento odontológico Reforço positivo Técnica que consiste em gratificar o paciente por comportamentos desejáveis e reforçar sua recorrência. Pode ser por meio de elogios, demonstração de afeto, expressão facial ou com prêmios. Controle de voz É uma alteração controlada do volume e tom da voz para influenciar e direcionar o comportamento do paciente, chamando a sua atenção e almejando conduzi-lo para um estado de tranquilidade e conforto. Estabilização protetora É indicada no tratamento de crianças na primeira infância ou com necessidades especiais, que não cooperem por imaturidade ou por alterações físicas ou mentais. Manejo do Comportamento Infantil Maria Hellen Consiste em restringir a liberdade dos movimentos do paciente para minimizar os riscos de injúria e danos, permitindo a realização do tratamento odontológico com segurança. Mão-sobre-a-boca É uma técnica utilizada como último dos recursos em casos de birra extrema ou histeria. Consiste em colocar a mão na boca do paciente e explicar calmamente como a criança deve se comportar.
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