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Manejo do comportamento infantil Me. Sâmia Souza Papel do Odontopediatra Odontopediatria é a especialidade responsável pelos cuidados odontológicos, preventivos e terapêuticos, destinados a crianças e ao adolescente, incluindo aqueles que necessitam de cuidados especiais. Orientar e motivar os pais Estimular hábitos saudáveis na criança e adolescente Avaliar crescimento e desenvolvimento Identificar fatores de risco Reablitar morfologia e função Autonomia Beneficência Não maleficência Justiça Virtudes Éticas Profissionais Autonomia Beneficência Não maleficência Justiça Virtudes Éticas Profissionais Autonomia Beneficência – agir no interesse do paciente ainda que exista conflitos de interesse. Não maleficência Justiça Virtudes Éticas Profissionais Autonomia Beneficência Não maleficência – não causar danos ao paciente. (encaminhar) Justiça Virtudes Éticas Profissionais Autonomia Beneficência Não maleficência Justiça – ser responsável em qualquer situação ou público. Virtudes Éticas Profissionais Fases do desenvolvimento infantil MATURAÇÃO + CRESCIMENTO Sensório-motor: de 0 a 2 anos Pré-operatório: de 2 a 7 anos Operatório concreto: de 8 a 12 anos Operatório formal: a partir de 12 anos JEAN PIAGET FREUD Fase oral: infância (0 a 1 ano) Fase anal: primeira infância (1 e meio a 3 anos) Fase fálica (edipiana): segunda infância (3 a 5 anos) Fase de latência: idade pré-escolar (5 a 12 anos) Fase genital: adolescentes (13 a 19 anos) Adulto jovem Idade adulta Idade de maturidade. FAMILIA CRIANÇADENTISTA • Ansiedade da mãe • Desajustes familiares • Preparo da criança para ir ao consultório • Orientações aos pais e acompanhantes REAÇÕES COMUNS AO TRATAMENTO Medo: Normal Ansiedade : Apreensão Fobia : Ansiedade acentuada Birra: Parte do comportamento (uma resposta muscular em massa, em que há excitação motora global) OBJETIVO SUBJETIVO Escore Comportamento Definição 0 Cooperação total A criança não apresenta protesto físico, como choro ou movimentos corporais, que atrapalhe o dentista. 1 Protesto moderado A criança protesta em voz baixa (resmungos) ou choro contido. 2 Protesto intenso choro forte e/ou movimentos corporais (de mãos, braços, cabeça, etc.), que dificultam a realização do tratamento. 3 Protesto mais intenso É necessária contenção física de algum órgão do corpo (das mãos e/ou da cabeça). Ainda assim, a criança coopera parcialmente e relutantemente com as orientações. 4 Protesto generalizado A situação resulta em desgaste físico e mental tanto para a criança quanto para o dentista. Formas de fuga e de esquiva Dizer que está com dor de barriga ou de cabeça Pedir para ir no banheiro ou beber água Vômitos Choro Pedir para beijar ou contar segredos aos pais “ Saber do que se trata é importante para que o CD possa tomar decisões rápidas e fazer opções de abordagem comportamental que podem gerar fracasso se o CD não conseguir captar o que o paciente quer lhe dizer por meio de suas atitudes verbais e não verbais” CORRÊA, M. S. N. P. , 2013 Requisitos mínimos para atender crianças TÉCNICAS DE MANEJO DO COMPORTAMENTO • OBJETIVOS: estabelecer comunicação com a criança educar o paciente constituir uma relação de confiança eliminar comportamentos inadequados Observou-se que, para as mães entrevistadas, o dentista ideal deveria reunir habilidades afetivas, psicomotoras e cognitivas, tais como: gostar do que faz, ser atencioso e amigável, fornecer informações claras sobre saúde bucal, resolver os problemas bucais do paciente e manter-se atualizado. Os aspectos interpessoais foram fundamentais para a satisfação com o atendimento na universidade, além da capacidade técnica dos alunos e a facilidade para conseguir uma vaga no serviço de odontopediatria. Sugere-se maior entendimento, por parte dos profissionais, dos aspectos que envolvem a relação dentista-paciente, de maneira a associar fatores afetivos aos cognitivos e psicomotores no dia-a dia da prática odontológica. DISTRAÇÃO Consiste em atrair a atenção do paciente para outra atividade enquanto o profisisonal realiza o procedimento. Tal atividade pode ser: conversar com a criança, cantar músicas, contar estórias, projetar vídeos ou utilizar brinquedos. Indicada para qualquer paciente, não possui contra-indicações. Objetivos: Desviar a atenção do procedimento que pode ser entendido como desagradável e evitar um possível comportamento negativo; Aumentar o limiar de espera (tempo de cadeira). MODELAGEM Consiste em visualizar o procedimento que será realizado em um modelo, o qual pode ser outra criança já condicionada, os responsáveis, um boneco ou até mesmo o próprio dentista. Pode ser realizado em tempo real ou por meio da apresentação de vídeos. Utilizada com sucesso em todas as faixas etárias, sendo mais eficaz em crianças abaixo dos sete anos. Objetivos: Reduzir a ansiedade da criança e introduzi-la no tratamento odontológico; Fazer com que a criança visualize o procedimento antes de ser realizado em si própria e comportar-se conforme o ‘‘modelo’’. CONTROLE DE VOZ Consiste em alterar o volume, tom e/ou ritmo da voz para influenciar e dirigir o comportamento do paciente. A expressão facial do dentista também deve refletir a atitude e mostrar segurança. É muito importante que a informação venha de uma única fonte, ou seja, apenas o cirurgião- dentista que está conduzindo o atendimento deve falar. Se houver outras pessoas falando ao mesmo tempo, a criança pode ficar confusa. Além disso, recomenda- se que antes de usar a técnica, seja obtido o consentimento por escrito dos responsáveis, a fim de evitar qualquer mal-entendido. Pode ser usada em quase todos os pacientes, exceto os que possuem problemas auditivos. FALAR-MOSTRAR-FAZER A técnica, bastante utilizada principalmente na primeira visita do paciente ao dentista, consiste em explicar o que será feito (FALAR), demostrar de maneira lúdica o procedimento (MOSTRAR) e só então realizá-lo (FAZER). Está indicada para qualquer paciente, não havendo restrições. É importante que se utilize linguagem apropriada ao nível de compreensão do paciente. Durante a demonstração do procedimento para o paciente pode-se utilizar dos sentidos (tato, olfato e visão) para explicar que a situação pode parecer ameaçadora mas é algo simples de ser realizado, o que deixará a criança mais tranquila e segura. Já durante a realização do procedimento, recomenda-se continuar conversando com a criança, sem desviar a atenção da explicação. Objetivos: Familiarizar a criança com o consultório odontológico, ensinando aspectos importantes sobre o tratamento; Modelar o comportamento da criança explicando o que se espera dela para o atendimento. REFORCO POSITIVO A técnica consiste em reforçar comportamentos positivos, por meio de elogios, lembrancinhas, brinquedos, balões, ou até mesmo um abraço. Pode ser utilizada em todos os pacientes. Objetivo: Visa obter ou dar continuidade ao bom comportamento da criança. TECNICAS NAO-FARMACOLOGICAS DE CONTENCAO CONTENCAO PASSIVA (ABRIDORES DE BOCA) CONTENCAO ATIVA Técnica da comunicação Não-Verbal “ Eu vejo você com indivíduo e atenderei às suas necessidades como tal” “ Eu estou completamente preparado e sou altamente qualificado” “Eu sou capaz de te ajudar e não farei nada para te ferir desnecessariamente” Dessensibilização (Protelar o tratamento) Considerar as urgências das necessidades para elaborar um plano de tratamento com curva de aprendizado (lembrando da não maleficência) Pode ser uma forma de barganha com o paciente para controle de comportamentos. Estratégia de deixar a mãe fora do consultório e só permitir que ela entre diante da melhora docomportamento. Presença/Ausencia materna Mão sobre a boca ResultadosA ansiedade foi observada na maioria das crianças (Dental Anxiety Scale - 89% e Venham Picture Test - 70,5%) e os níveis predominantes foram baixo e moderado. A faixa etária da criança foi associada significativamente à ansiedade (p=0,014) através do teste Venham Picture Test, ao passo que o gênero não apresentou essa correlação. A ansiedade sofreu influência de todos os fatores estudados: marcação da consulta, sala de espera, caneta odontológica e raspagem periodontal. ConclusãoA maioria das crianças apresentou ansiedade e os fatores desencadeadores marcação da consulta, sala de espera, caneta odontológica e raspagem periodontal atuaram consideravelmente para o seu desenvolvimento. Dicas práticas no atendimento odontopediátrico. 1. QUEM EU VOU ATENDER? 2. O QUE EU VOU FAZER? 3. COMO EU VOU FAZER? DESAFIOS PRÁTICOS • Procedimentos rápidos • Sem dor • Bem executado 2. O QUE EU VOU FAZER? 3. COMO EU VOU FAZER? 1º. ACOLHER O PACIENTE 2º. ACOLHER OS PAIS 3º. EXPLICAR COMO SERÁ O PROCEDIMENTO A AMBOS E O QUE VOCÊ ESPERA DE CADA UM DELES (coletar os termos de consentimento livre e esclarecido) 4º. POSICIONAR TODOS EM SEUS LUGARES 5º. GARANTIDO QUE NÃO HAVERÁ DOR COMEÇAR O PROCEDIMENTO, NA DÚVIDA ANESTESIE. 6º. FAÇA O SISTEMA DE RECOMPENSA AO FINAL Arrumação da sala para procedimento Deve ser estudado o planejamento antes de chamar o paciente Não pode faltar nada para o procedimento Deve estar antecipada as estratégias de urgências Não deve ter nada assustador a vista Não deve ser falado palavras como agulha, injeção, seringa, pistola... Tudo deve ser bem orquestrado. Agilidade no raciocínio P A R A Q U A L Q U E R T IP O D E C O M P O R T A M E N T O Técnica de sucção O aspirador deve estar sendo seguro pela mão direita da ASB A aspiração deve estar do lado da arcada perto da ASB A mão da ASB e o aspirador nunca devem obstruir a área de trabalho do operador. O aspirador nunca deve tocar o palato mole. Boca muito pequena usar sugador endontico de plástico. Cuidado com a região sublingual Posicionar na região retromolar P A R A Q U A L Q U E R T IP O D E C O M P O R T A M E N T O P A R A Q U A L Q U E R T IP O D E C O M P O R T A M E N T O P A R A N Ã O C O L A B O R A D O R E S P A R A N Ã O C O L A B O R A D O R E S P A R A N Ã O C O L A B O R A D O R E S SEMPRE QUE FOR VÁLIDO RECOMPENSE OBRIGADO Atividade para casa Painel para sala de aula com exemplos de cada uma das classificações dos tipos de crianças e perfil do comportamento pela faixa etária.
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