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Natureza Humana e Poder em Hobbes

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Será que alguém é naturalmente bom ou naturalmente mau, ou as pessoas vão se tornando o que são dependendo das circunstâncias?”
E se o(a) diretor(a) da escola aparecesse agora aqui e avisasse que, a partir de amanhã, tudo será permitido no ambiente escolar. Não há mais regras e nem punições, a partir de amanhã contaremos apenas com a consciência e o bom senso dos alunos. O que será que aconteceria?
Seria possível imaginar uma sociedade sem regras ou leis?
Thomas Hobbes
Nascido em 1588, na Inglaterra, foi um dos pensadores mais importantes da modernidade
Sua teoria política teve como único objetivo justificar o poder real absoluto, sendo defensor da monarquia na Inglaterra
Com a morte de Carlos I, a Teoria do Direito Divino dos Reis acaba por perder sua força e prestígio 
Desafios do poder hobbesiano
Qual seria a fonte do poder real?
Como justificar a necessidade do poder estar concentrado nas mãos de um único monarca poderoso e soberano?
Buscou uma justificativa racional para o poder real, não mais recorrendo a justificativas exteriores à esfera humana e da natureza, em um poder divino, mas buscando compreender como é o ser humano e por que em uma sociedade é necessário um poder centralizado e forte
Com o objetivo de compreender o porquê de os seres humanos viverem em sociedade, Hobbes lança mão da imaginação e tenta compreender como os seres humanos seriam antes de viverem em sociedade, no chamado estado de natureza
Assim, Hobbes diz que na história da humanidade o ser humano passou por duas fases, sendo:
Pré-civil
Civil
No estado de estado de natureza, o ser humano tem como bem primeiro e fundamental o que o filósofo denomina Direito de Natureza
Vida
Homo Homini Lupus (O homem é o lobo do homem)
Resume a condição do ser humano no estado de natureza, que vive uma guerra constante de todos contra todos
Sua vida é solitária, medíocre, vil, brutal e curta
Cada um, pode se apropriar de qualquer coisa de que necessite para a sua sobrevivência 
Tudo pertence a todo mundo “mesmo corpo de outrem”
O Estado é formado pela vontade de todos. Os indivíduos abrem mão de sua liberdade total e conferem a um indivíduo (ou a um grupo de indivíduos) o poder sobre as suas vidas.
Autorizo e renuncio ao meu direito de me governar em favor desse indivíduo, ou dessa assembleia de indivíduos, com a condição de que renuncies a teu direito e de igual maneira autorizes todos seus atos
O Estado é uma instituição artificial, um mal necessário, pois, apesar de torar possível a vida, limita a liberdade humana
Hobbes fala de dezenove leis criadas pelos indivíduos ou leis de natureza, entre essas leis as três primeiras são as principais:
Que todas as pessoas se esforcem por buscar paz
Que cada pessoa renuncie ao seu direito de tudo, pois é por causa dele que a guerra acontece
Que as pessoas, ao abrirem mão do direito a tudo, cumpram os acordos estabelecidos. 
Os indivíduos só podem desobedecer o Leviatã em três ocasiões:
Se o leviatã não garantir a paz, a segurança e a vida dos cidadãos
Se o Leviatã ordenar que os indivíduos adorem algum indivíduo comum
Se ele mandar ofender a Deus
Lavf58.45.100

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