Buscar

Questionários ciência política(1)(1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

QUESTIONÁRIOS DE CIÊNCIA POLÍTICA
Capítulo 2: HÁ VÍCIOS QUE SÃO VIRTUDES.
2.7. Perguntas para reflexão
1. Explique o sentido da expressão “há vícios que são virtudes”, analisan-
do-a no contexto do pensamento maquiaveliano.
R: Para ele a política é algo totalmente autônomo em relação à religião e aos
valores. O objetivo dela é lutar para a conquista e manter no poder. Nessa luta,
deve-se fazer algo que seja desprezível do ponto de vista religioso, mas na política,
isso pode tornar a ação do sujeito muito eficaz. Coisas que não podem ser
toleradas, um vício, são absolutamente vitais para manter-se no poder, como mentir.
2. Analise a relação de Maquiavel com os pensadores da Antiguidade, res-
saltando continuidades e rupturas.
R: A Maestra vitae, a história não como algo que transmite valores morais, mas que
ensina, que dá suporte para as posturas do governante para que ele se mantenha
no poder. É uma continuidade em relação a Maquiavel com os pensadores da
antiguidade. Ele tem uma continuidade na medida em que ele recuperará uma certa
tradição pedagógica, uma certa forma de ensinar e produzir um indivíduo sábio
capaz de reconhece aquilo que está diante de seus olhos e tomar uma ação. Ele se
mantém fiel a educação por exemplo.
Entretanto, existe uma ruptura no que se refere à ideia de virtude, pois Maquiavel
considera apenas duas, a astúcia e a coragem, sendo elas uma forma de manter a
estabilidade do governo. Mas pensador da antiguidade como Aristóteles, por
exemplo, considera a virtude como uma prática que inclina a pessoa para o bem,
que é a busca pela felicidade. Outra ruptura é que Maquiavel entende que na
política, diferente dos gregos e romanos que defendia a política na ética, tem as
suas próprias regras e não tem nada haver com a ética.
3. Descreva a trajetória do conceito de fortuna, da Antiguidade até o pen-
samento de Maquiavel.
R: Na antiguidade a fortuna é uma forma às quais os homens recorrem para as
suas aspirações e desejos. fortuna na antiguidade é concebida como uma deusa,
feminina que possui caprichos e está sempre testando aquele que luta pelo poder
se ele merece que ela esteja ao seu lado (mérito). No medievo, graças as
influências católicas, a fortuna é uma mulher e deixa de ter uma vontade propria
porque existe um deus soberano. Deus envia a fortuna para que ela realiza as
ações em seu nome. Fortuna era definida como um símbolo da vontade de Deus,
mas é aquilo que o Deus católico já decidiu. Em Maquiavel, a fortuna volta ter
vontade propria como na antiguidade.
4. Explique o sentido de virtù no pensamento de Maquiavel.
R:, Virtù, em Maquiavel, é dividido em duas grandes virtudes políticas: A astúcia:
capacidade de entender como se joga o jogo da política, de entender o cenário, a
correlação de forças. Astúcia é a inteligência. A coragem: a necessidade dela para
tomar decisões e agir, pois as consequências das ações políticas são muito mais
graves e por isso a necessidade da coragem.
5. Analise a noção de realismo político tendo como parâmetro o pensamen-
to de Maquiavel.
R: Para ele, a política possui suas regras e elas são descobertas na própria
realidade do conflito político, essas regras não se confundem com a religião.
Maquiavel era considerado realista porque rompia com a perspectiva idealista, ele
inaugura a era do realismo político, desprovido dos mandamentos religiosos e
voltado fortemente para os resultados das ações humanas. Realismo político é fugir
do idealismo político, que é pensar a política a partir de uma perspectiva
transcendente.
6. Analise as razões do choque entre o pensamento maquiaveliano e a dou-
trina da Igreja no cenário renascentista.
R: Para a igreja o poder é algo divino, tendo relação com Deus, algo transcendente.
Mas para Maquiavel, o poder político não tem relação com Deus, é um mundo à
parte, é totalmente humano.
Além disso, a Igreja católica não gosta das idéias de Maquiavel porque este retira
a força e a importância de qualquer referência a transcendência para se olhar para a
política, e revela e difunde socialmente um saber mais capaz e capazes para jogar o
jogo da política.
7. Por que é possível dizer que Maquiavel foi um autor renascentista típico?
Explique.
R: Por que ele é antropocentrista. O homem está no centro. Maquiavel é um típico
homem do renascimento e além dos mais as suas obras são manifestações desse
período, como por exemplo o fato dele dizer que a política é humana e não de Deus.
8. Analise o papel que a História ocupa no pensamento de Maquiavel.
R: A história, segundo Maquiavel, é a fonte mais eficaz dos ensinamentos políticos,
é a Magistra Vitae do governante, é um estoque de leis. Para ele é um armazém
onde está estocado todas as informações sobre a política.
9. Desenvolva a noção de natureza humana, ressaltando a sua importância
para a política, segundo Maquiavel.
R: Maquiavel possui uma visão pessimista quanto a natureza humana, sendo ele
soberbo, pecador, etc, sendo essa noção um tema constante en todos os seus
escritos. Para Maquiavel o homem podia conviver com suas próprias falhas. A
natureza humana que estabelece o formato do Estado que se deseja construir. É
com essa natureza humana que os governantes terão de lidar, não podendo
esquecer jamais a incômoda situação em que estão inseridos, rodeados de homens
ávidos por trair. Essa situação levará Maquiavel a defender claramente a ideia de
que ao príncipe é melhor ser temido do que ser amado.
10. Por que, na visão maquiaveliana, é mais seguro para o príncipe ser temido
do que ser amado?
Príncipe é melhor ser temido do que ser amado, pois se o temor dos súditos é
capaz de desestimular eventuais traições, o mesmo não acontecerá com o amor a
eles devotado. Temor não passa, é estático, já o amor é algo volátil podendo se
transformar em ódio muito rápido.
3.6. Perguntas para reflexão
1. Qual seria, segundo Thomas Hobbes, a relação entre a limitação cogniti-
va dos homens e o surgimento das religiões?
R: De acordo com ele, os seres humanos são limitados cognitivamente, eles não
conseguem compreender a realidade com toda a sua capacidade racionalmente.
Diante disso, a racionalidade não oferece algum tipo de resposta em razão do seu
próprio limite e é a partir daí que a religião surge. Para Hobbes, os homens
possuem uma tal natureza em que eles se fascinam e se impressionam com aquilo
que não pode ser explicado pela racionalidade. A fculdade intelectiva da espécie
humana é marcada pela limitação cognitiva que desencadeia a irracionalidade das
crenças religiosas. É justamente a limitação dos sentidos, da imaginação, da
memória, das paixões que cria uma inexorável dependência da religião e, portanto,
de uma autoridade representativa do Estado que possa controlar suas crenças
externas.
2. Aponte três características subjacentes à máxima Auctoritas, non veritas fa-
cit legem (é a autoridade, e não a verdade, quem faz as leis).
R:. A primeira é que isso significa dizer que a lei é produto de um ato da vontade de
uma autoridade de alguém que foi autorizado a tomar decisões em nome de outros.
A segunda é que significa que a autoridade tem poder para decidir, poder de fato,
reconhecido como legítimo , para fazer com que a sua vontade seja posta. A
Terceira é que a lei não é necessariamente derivada de uma verdade científica, ela
não deriva da verdade. É a autoridade que dita a lei, não precisando
necessariamente de uma verdade científica ou satisfazer critérios da cientificidade
para determinar a lei.
3. Thomas Hobbes aduz duas soluções a fim de dar cabo à especiosa
distinção entre o espiritual e o temporal que leva à ruína do Estado.
Indique-as.
R: Hobbes, ao se insurgir contra a distinção entre o poder espiritual e o poder
temporal, o que equivale dizer contra a distinção entre religião e política, propõe a
restauração da unidade pagã. Chega mesmo a proclamar que “a religião dos
gentios fazia parte de sua política” Para eliminar a referida distinção que impede que
haja um domínio estritamente secular, deve-se restituir a unidade dos gentiosem
que “a política e as leis civis fazem parte da religião, não tendo, portanto, lugar a
distinção entre a dominação temporal e a espiritual. As soluções são, ou o poder
civil, que é poder do Estado, está submetido ao poder espiritual, situação em que
não há nenhuma soberania exceto a espiritual; ou o poder espiritual está
subordinado ao temporal, assim não existe outra supremacia senão a temporal.
4. Por que o monopólio da decisão política tira partido da religião, isto é, da
tendência do gênero humano à irracionalidade das crenças nos poderes
invisíveis?
R: Porque usufrui da religião, ele sabe que o seres humanos possui uma natureza
que são influenciados pelas crenças religiosas, a religião possui essa capacidade de
mobilização e de impacto emocional sobre os seres humanos em razão dessa
capacidade do ser humano não entender tudo produz medo. A esperança e a fé que
existe um paraíso, um deus que zela pelo bem estar e recompensa os justos e atua
de modo a salvar aqueles que se conduziram a seguir de acordo com a sua palavra,
essas crenças têm uma forte capacidade de mobilização das ações humanas e o
poder político deve se aproveitar disso para fazer com que a sua autoridade seja
reforçado fazendo com que seus governados obedeçam e tenham mais aceitação e
reconhecimento que o poder político é digno de respeito e obediência.
5. Explique o conceito antropológico introduzido por Hobbes, sem deixar
de aludir à miséria cognitiva dos homens.
R: autor continua a desenvolver sua antropologia política retratando o
funcionamento das forças cognitivas do homem e suas paixões. A psicologia
humana revelada na primeira parte do Leviatã ressalta a miséria cognitiva, o
hedonismo e a concupiscência provenientes, respectivamente, das sensações, dos
apetites e das aversões do homem. para Hobbes as ações humanas são
determinadas por paixões e não pela racionalidade. Porque o que mobiliza a
vontade são as paixões humanas, oamor, medo, esperança,etc.A racionalidade não
tem condição de responder todas perguntas existentes e é aí que entra religião que
procura dar respostas para aquilo que a racionalidade não tem como responder. A
miséria cognitiva é a limitação que temos para responder racionalmente às
questões.
6. O que se entende pela restauração da unidade original dos povos pagãos
e qual sua relação com o Leviatã de Hobbes?
R: Hobbes não deixa de restaurar um princípio pagão no qual os gentios não
separavam a religião da política, pois a união dos poderes invisíveis aos poderes
visíveis garantia a estabilidade e previsibilidade dos governos de domínios
temporais. O significado desse mito secular de batalha representado sob a figura do
Leviatã seria o da restauração da unidade original dos povos pagãos. Restauração
em que o secular e o espiritual constituem a alma de um único poder soberano, no
qual a religião não fosse estranha à política. A luta contra a divisão de um poder
indireto (espiritual) e um poder direto (temporal), visando a restauração da unidade
pagã original, seria o significado da teoria política de Hobbes. O significado do
Leviatã seria a tentativa de restaurar a unidade pagã que não separava a política da
religião.
7. No Leviatã de Hobbes a palavra Leviatã aparece três vezes sob quatro
formas, compondo uma unidade mítica: Deus-homem-animal-máquina.
Mencione o sentido que Hobbes teria atribuído a cada um dos elementos
da referida composição mítica.
R: Leviatã se assemelha a deus enquanto poder, a soberania. Porque seus
constituiu a ordem do mundo a partir da vontade dele e o estado constitui a ordem
civil, entre os seres humanos. Homem, porque o Estado é um homem artificial,
criado pela vontade de homens artificiais, que tem o poder de utilizar suas próprias
vontades e decisões para tomar decisões em nome de outras pessoas. Animal
porque destrói a separação entre poder político e religioso. Animal que sufoca a
anarquia, a guerra civil e restaura a estabilidade pública e reforça as normas
jurídicas e garante o funcionamento das instituições. Unidade entre poder político e
religioso e a submissão do poder religioso pelo político. O leviatã é uma máquina,
mecanismo de precisão, porque ele funciona tal como um relógio de precisão,
funciona com base da lei e da ordem. E isso está definido na legalidade jurídica e
cria uma sensação de segurança no homem.
8. Por que seria possível interpretar o conceito político de soberania abso-
luta do Leviatã, ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e
Civil (título completo do Leviatã de Hobbes) como um conceito teológico
secularizado?
R: Porque o conceito político de soberania absoluta de Hobbes é um conceito teo-
lógico secularizado, revelando uma afinidade estrutural entre os conceitos do
reino espiritual e temporal. Demonstrando que o significado do conceito de
secularização no Leviatã pode ser pensado como a conversão de um Deus Todo-
poderoso na figura de um soberano intramundano onipotente cujas mãos detêm
o bastão espiritual do controle da manifestação externa das crenças e o poder
coercitivo da espada.
9. Por que o Estado de Hobbes passa a representar uma “mútua relação de
proteção e obediência”?
R: porque ao transformar o Leviatã em arma política voltada para a seculari-
zação do Estado, Hobbes busca a salvação dos homens neste mundo no interior
de um corpo político. Assim, o Estado passa a representar uma “mútua relação
de proteção e obediência” necessária à condição existencial da natureza humana.
Se fora do Estado “o homem é lobo do homem”, no seu interior, adquire status de
cidadão e “o homem é um deus para o homem”. Além disso, O contrato social
hobbesiano consiste em que se eu tenho que te proteger e estou encarregado
dessa tarefa, logo tenho direito de estabelecer regras e limites de vocês exercerem
a sua liberdade, assim deveram me obedecer ou eu não te protejo.
10. Por que se poderia afirmar que Hobbes é o precursor do positivismo jurí-
dico?
R: Porque a sua obra leviatã inaugura uma antropologia política do homem,o
positivismo jurídico. A construção de um Estado neutro, acima de qualquer partido
político ou seitas religiosas, levou ao positivismo jurídico. No seu conceito de lei
formal não importa o conteúdo, isto é, o valor da lei. Exige que a lei seja proveniente
de autoridade competente dotada de poder coercitivo.
Perguntas para reflexão
1. Por que o estado de natureza de Locke não é um estado de licenciosidade?
R: Oestado de natureza é uma condição na qual não existe um poder político
dotado de força coercitiva e capaz de impor regras gerais e pessoais para todos os
seres humanos. O Estado de natureza é governado por uma lei da natureza. Cada
um está obrigado a preservar-se e, quando sua preservação não estiver em risco,
preservar o resto da humanidade, destruindo,quando necessário, aquilo que é
nocivo a ela. Locke considera o estado em que os homens vivem naturalmente
como um estado de perfeita liberdade para regular suas ações e dispor de suas
posses dentro dos limites da lei da natureza. Este estado de natureza não é
sinônimo de licenciosidade, o homem não tem liberdade para destruir-se ou a
qualquer criatura em sua posse, a menos que em uso mais nobre que a mera
conservação desta o exija . Estão sujeitos aos ditames da lei natural que define a
condição humana caracterizada pela família e a propriedade. Para Locke, o estado
de liberdade em que cada um apenas conta consigo mesmo não é um estado de
licenciosidade; os homens sentem-se solicitados a obedecer à lei natural, porque
são seres racionais
2. Discorra sobre as diferenças e aproximações entre noção de estado de
natureza de Locke e estado de guerra.
R: A diferença é que no estado de natureza a paz, assistência mútua, a preservação
e boa vontade estão presentes. Os homens vivem juntos conforme a razão e não
tem um superior com autoridade para julgar. Enquanto no estado de guerra é
totalmente oposto, existe a violência, destruição mútua e a inimizade.
Quanto à semelhança, pode ser encontrada no fato de ambos poderem destruir
outra criatura, no estadode natureza com o objetivo de preservação diante de
riscos, no estado de guerra, incentivados pela inimizade.
3. Discorra sobre a relação que Locke estabelece entre lei e direito.
R: A lei existe a fim de garantir a liberdade, esta é concebida pela lei da natureza
ou pela lei positivada, ou seja, divinas ou naturais. Além disso, a lei se manifesta em
proibição. Já o direito é natural, antecede ao ser humano, ou seja, não necessita do
reconhecimento do Estado. O direito é uma proibição generalizada.
4. Explique por que, para Locke, a propriedade é um direito natural.
R: Porque para ele, a propriedade já existe no estado de natureza e, portanto,
constitui uma instituição anterior à sociedade, um direito natural do indivíduo que
não pode ser violado pelo Estado. A propriedade, para Locke, é um direito natural
que envolve não apenas os bens, mas também a vida e a liberdade individual. Ao
fazer dela um direito natural, ele tornou sua existência independe da criação da
sociedade civil. É propriedade privada do indivíduo tudo aquilo que ele obteve por
intermédio do seu trabalho ou adquiriu mediante a troca por dinheiro oriundo do seu
trabalho.
5. Tendo Locke considerado a propriedade um direito natural, que implica-
ções isso tem para o exercício do poder político?
R: A propriedade enquanto um direito natural, é inviolável, de maneira que nem o
Estado poderá violá-lo. Este é o limite do poder político. Ele necessariamente tem
que respeitar os limites colocado pelo direito de propriedade, se ele desrespeita ele
pede a legitimidade e não tem a obrigação de obedecer. As implicações é que os
direitos naturais individuais são os limites para o poder político, ele deve respeitar e
atuar nesse limite.
6. Comente sobre a divisão de poder estabelecida por Locke.
R: São os três poderes: legislativo, executivo e federativo. Para ele o primeiro deve
elaborar as leis, o segundo deve implementá-las, ser um poder permanente e
ambos devem estar em mãos diferentes. O terceiro tem a função de fazer guerra,
firmar paz e manter relação com outros estados.
7. Relacione as limitações estabelecidas por Locke ao poder político e as
causas da degeneração do governo.
R: São quatro os limites: oprimeiro limite se dirige aos direitos do legislativo, em que
o poder legislativo deve garantir o bem público da sociedade, preservar seus súditos
e as leis positivas concordem com as leis da natureza. O segundo diz respeito às
leis positivas, onde as normas devem ser genéricas e abstratas, com o objetivo de
assegurar igualdade de todos ante a lei e limitar os governantes para que esses não
abusem do poder que têm. O terceiro limite é quando a proteção da propriedade
privada. Locke defende que o legislador jamais poderá se apropriar da
propriedade/bens de seus súditos. Ele Também se posiciona contra à criação de
impostos sem a prerrogativa do povo. Partindo da ideia, do legislativo como um
poder fiduciário, Locke acredita que a comunidade pode dissolver esse poder
quando este se corromper, violar o que foi confiado a ele e isso pode gerar a
degeneração, que podem ter quatro causas diferentes – a conquista, a usurpação, a
tirania e a dissolução do governo – que ele discorre no texto.
8.. Explique a relação que há entre o pensamento político de Locke e a dou-
trina liberal.
R: O pensamento político de Locke defende a separação de poderes com o objetivo
delimitar o poder e evitar o abuso de poder dos governantes que poderiam colocar
em risco os direitos de seus súditos. Ele faz uma exposição aos limites do poder
político,sendo essa a característica fundamental de um Estado liberal.
9. Em que aspectos os contratos de Locke e de Hobbes são diferentes?
R: Locke, “não é qualquer pacto que faz cessar o estado de natureza entre os
homens, mas apenas o de concordar, mutuamente ou em conjunto, em formar uma
comunidade, fundando um corpo político; outras promessas e pactos podem os
homens fazer entre si, conservando, entretanto, o estado de natureza”. Aqui há uma
diferença importante entre Locke e Hobbes. O fim do estado de natureza
e,consequentemente, a criação da sociedade civil ocorre por meio de um
pacto“original” que obriga a todos a renunciarem aos poderes que tinham no estado
de natureza, transferindo-o para a maioria da comunidade, e a se submeterem à
resolução dessa maioria. O objetivo do pacto, para Locke, é a preservação da
propriedade (istoé, da vida, da liberdade e dos bens e possessões) e de impedir que
os direitos naturais sejam desrespeitados. Ao contrário de Hobbes, para Locke, a
fundação da sociedade civil não exige que os homens renunciem à quase totalidade
de seus Direitos naturais.
10. Explique por que, no estado de natureza, as leis de natureza não são
efetivas e, contrastando com Hobbes, explique como Locke resolve este
problema.
R: Locke, a ausência de um poder comum não exime os homens do cumprimento
às da natureza, sendo todos responsáveis por mantê-la em zelo. Logo, ele
reconhece a necessidade de se estabelecer uma instituição que possua poder
coercitivo, uma vez que ele percebe que as leis de natureza também são ineficazes
porque os juízes podem se eximir de se julgar, ou se julgar parcialmente.
6.9. Perguntas para reflexão
1. O Estado de Natureza, descrito no Discurso sobre a Desigualdade divide-se
em dois momentos. Quais são eles e como se caracterizam?
R: O primeiro é o original, nele os indivíduos são direcionados à autopreservação e
à piedade. No segundo momento, os homens passam a viver em sociedade, ainda
no estado de natureza. Aqui, eles são livres de vínculos de sociedade, porém,
mantém relações com o objetivo de reprodução (que não ferem a ausência desses
vínculos) e ainda possuem a autopreservação. Também há a perfectibilidade, que é
o que os difere dos animais, e os conduzem às paixões que cultivam as
desigualdades sociais. A linguagem, a propriedade e a sociabilidade seriam,
portanto, o fundamento da sociedade, organizada sobre o poder de um Estado que
aumentaria a diferença entre os indivíduos.
2. O homem natural é dotado de duas paixões. Quais são elas e que efeito
geram sobre o comportamento do “bom selvagem”?
R: A primeira paixão é a autopreservação, quando os seres humanos estão
integrados na natureza sem necessidade de manter relações com os demais, por
vezes terão algum tipo de relação, sexual, por exemplo, mas que não resultará em
vínculo social.
3. Para Rousseau, além da racionalidade, a natureza humana tem uma ou-
tra característica. Qual é ela e qual o seu impacto na teoria do autor?
R: Além da racionalidade, outra característica da natureza humana é a
perfectibilidade, que é a capacidade humana de se aprender por meio de suas
experiências. Entretanto a perfectibilidade deveria ter conduzido os homens a se
dedicarem ao bem geral, e não às paixões que cultivam as desigualdades sociais.
4. Qual é a importância da linguagem e da propriedade no pensamento de
Rousseau?
R: A importância é que a llinguagem permitiu, segundo Rousseau, a aproximação
entre os homens. E da proximidade surgiu a necessidade de delimitar os espaços. A
noção de propriedade deriva, portanto, da linguagem e como a delimitação de
espaços importa na obediência a fatores exógenos à natureza, surgem também as
convenções. A propriedade privada resultou na desigualdade entre os homens, que
formou uma hierarquia social, que trouxe novas expressões da linguagem.
5. Como Rousseau conceitua a natureza humana?
R: A natureza humana pode ser definida como os traços fundamentais que todo
homem é portador, independentemente do tipo de cultura ou de sociedade em que
esteja inserido. Na natureza, o homem seria livre, virtuoso, piedoso, amoral, sem
sociedade, sem Estado, dinheiro e propriedade.
6. O que é desnaturação?
R: A desnaturação significa a reforma do homem natural privado e mutável, de
maneira a bloquear nele a influência do amor-próprio. É a passagem de um estado
original, pré-social para o estado de sociedade.
7. Explique a relação cidadão, povo, Estado e Soberano na teoria de Rous-
seau.
R: cidadão é considerado“participante da autoridade soberana”, como condição
estabelecida pelo pacto, onde o corpo coletivo, povo, é composto por todos aqueles
que nele têm vez e voz. O Estado estado excita as leis,obedecendo a vontade do
povo, e por fim, por soberano, pode-se conceituar o própriopovo, que expressa
vontade geral.
8. Para que o Contrato aconteça, quais são as reformas necessárias? Por
quê?
R: é necessário, destruir a desigualdade social, e promover a distribuição do poder
político, a fim de obter uma assembleia popular, para trazer a igualdade e os
indivíduos poderão escolhe as leis que vão governá-los.
9. Governo e Soberano são sinônimos? Por quê?
R: não são sinônimos. O governo tem a função de executar a vontade do corpo
político e aplicar as leis aos casos concretos e particulares. Ele não surge do
contrato,mas da obediência de todos do corpo político. Já o soberano é responsável
pelaaceitação da lei elaborada pelo legislador baseada na vontade geral. É dele
aprerrogativa de sufragar o trabalho do legislador. E ele nasce de um contrato.
10. Vontade geral é a mesma coisa que vontade de todos? Por quê?
R: A vontade geral é a supressão da desigualdade política uma vez que garantiria
não haver distinção entre quem manda e quem obedece, já que ela emana do
corpopolítico ao qual é aplicada sob a forma de lei. Mas a vontade geral não
ésimplesmente a vontade de todos, nem a soma ou maioria das vontades
particulares

Continue navegando