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TEXTO SAGRADO II- LIVROS HISTÓRICOS A T _PDF

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1 
 
Clayton Gomes 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Clayton Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO SAGRADO II 
LIVROS HISTÓRICOS 
AT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sobral 
 2017 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Sumário 
 
Palavra do Professor autor 
Sobre o autor 
Ambientação à disciplina 
Trocando ideias com os autores 
Problematizando 
 
1 SOBRE OS LIVROS HISTÓRICOS 
 
2 INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
Leitura Obrigatória 
Pesquisando com a internet 
Vendo com os olhos de ver com a 
Revisando 
Autoavaliação 
Bibliografia 
Bibliografia Web 
Vídeos 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Palavra do professor autor 
 
 
É muito comum ouvir de alunos iniciantes do curso de Teologia dois 
extremos: O Antigo Testamento não serve mais para a igreja, de modo algum; ou 
todo o seu texto deve ser empregado e aplicado pela igreja tal como é o Novo 
Testamento. Diante disso, sinto-me impelido a demonstrar pontos que claramente 
foram abandonados desde os dias de Jesus e seus apóstolos. Claro, há várias 
seitas que tentam reabilitar estes mesmos textos, no entanto, ao mesmo passo, é 
preciso mostrar a estes alunos que todo o texto veterotestamentário é Palavra de 
Deus, porém, apenas aquilo que Cristo restaurou durante seu ministério terreno é o 
que deve ser observado. Por exemplo, ele restaurou o decálogo, com exceção do 
sábado, o qual em momento algum foi tido como obrigatoriedade a ser seguida pela 
igreja. 
 
 
Dessa maneira é importante que você ao estudar tenha em mente que os 
Livros Históricos não correspondem a uma história com fundo moral ou mensagens 
já esclarecidas para a igreja. Do mesmo modo que os personagens destes livros são 
pessoas reais e não apenas exemplos para sua vida. Os Livros Históricos tratam da 
narrativa de vida de pessoas reais com problemas reais em uma época específica. 
 
 
Portanto, ao ler os Livros Históricos é preciso ter respeito a esse povo que 
tanto sofreu, no entanto, foi a partir deles que veio o Messias Salvador de toda a 
humanidade. E, diante de um plano maior, a preparação de Deus para a vida do 
Cristo é o grande propósito de todo esse registro. 
 
 
 
O autor 
 
8 
 
Sobre o autor 
 
 
 
Clayton Gomes Carneiro. Mestrando em 
Filosofia pela Universidade Federal Ceará 
(UFC). Graduado em Filosofia pela 
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). 
Pós-graduado em Psicopedagogia Institucional 
e Clínica pelo Instituto Superior de Teologia 
Aplicada (INTA). Bacharel em Teologia pelo 
Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA). 
Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de 
Teologia de Boa vista (FATEBOV). Atualmente 
professor temporário da rede estadual de ensino no estado do Ceará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Ambientação à disciplina 
 
Caros estudantes, 
 
Falaremos nas narrativas históricas, a respeito do povo de Israel e seu 
estabelecimento na terra da Palestina. Período em que estabeleceram uma política 
monárquica, semelhante a outras nações vizinhas e se firmaram diante destes 
povos. No entanto, após a morte do rei “Davi”, a nação israelita que poderia se 
tornar um grande império começa a ruir, ao ponto de se dividir em Reino do Norte e 
Reino do Sul. Logo após o reino do Norte ser invadido pelos Assírios eles são 
obrigados a se misturarem com outros povos, dando origem assim aos Samaritanos. 
 
 
 O reino do Sul, posteriormente, é invadido pela Babilônia e os principais do 
povo, bem como os ricos e sábios, são levados exilados para a Babilônia, onde irão 
trabalhar para fazer com que o império cresça. 
 
 
 Anos depois eles serão libertados e poderão voltar a sua terra para 
reedificarem Jerusalém, o templo e o culto a Deus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Trocando ideias com os autores 
 
Duas obras de grande importância para expandir o conhecimento a respeito 
dos Livros Históricos pertencem a um mesmo autor, são elas: 
 
 
 
 
Convidamos você a ler essa obra: Enciclopédia de 
Bíblia, Teologia e Filosofia. Um texto didático e 
agradável, o autor discorre sobre temas importantes 
para o estudo bíblico, ao mesmo tempo em que 
aprofunda em problemas históricos da Escritura. Nele 
é possível encontrar nomes, datas, propósitos e muito 
mais sobre a constituição do texto da Bíblia. 
 
 
 
 
 
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: 
Hagnos, 2002. 6 volumes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 Sugerimos também o livro O Antigo Testamento 
interpretado. Nessa grande obra, o autor trabalha todos os 
livros do Antigo Testamento, um por um, versículo por 
versículo. Explicando e comentando cada um em seu 
contexto. Além dos comentários, este livro também discorre 
sobre a formação do texto bíblico. 
 
 
 
 
 
 
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São 
Paulo: Hagnos, 2003. 7 volumes. 
 
 
 
Guia de estudo: Após a leitura das duas obras, faça uma síntese das ideias e 
identifique algumas semelhanças entre elas. Compartilhe sua reflexão postando no 
ambiente virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Problematizando 
 
Antes de procurar entender o texto propriamente de cada Livro Histórico, é 
necessário que consiga pensar e responder alguns problemas que acabam por se 
tornar impertinentes durante o estudo destes livros. 
 
 
 É importante o estudo dos Livros Históricos para os nossos dias? 
 Como aplicar o conteúdo destes livros à realidade da Igreja? Faz sentido 
usarmos a história de Israel como revelação divina? Não seriam estas obras apenas 
relatos imaginários e criativos por parte do povo judeu? Como confiar em livros que 
são anônimos? 
 
 
A partir destes questionamentos e outros que você mesmo acabará por 
encontrar é que será possível avançar nos estudos. 
 
 
 
Guia de estudo: Qual contribuição que a história de Israel, nos tempos antigos, 
trouxe para a realidade da igreja de hoje? Construa um texto dissertativo, expondo 
suas reflexões e poste no ambiente virtual. 
 
13 
 
SOBRE OS LIVROS 
HISTÓRICOS 
1 
 
 
 
Conhecimentos 
Entender a importância dos Livros Históricos para o povo judeu e para a igreja 
 
 
 
 
 
Habilidades 
Desenvolver a capacidade de compreender a história do Antigo Testamento 
 
 
 
 
 
Atitudes 
Fortalecer a fé diante da Palavra de Deus e confiar em suas promessas à igreja 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Sobre os Livros Históricos 
 
O Antigo Testamento trata da história da constituição do povo de Israel 
enquanto nação escolhida por Deus a fim de cumprir Seu propósito soberano. Por 
isso, pode-se afirmar veementemente que o texto veterotestamentário trata, acima 
de tudo, de transmitir a revelação de Deus, de qual é sua vontade para toda a 
humanidade, porém, de modo ainda incompleto, e com o objetivo de preparar a 
vinda de Cristo ao mundo. 
 
 
De acordo com Hoff (1996, p. 9), “a história de Israel contém uma importante 
mensagem para a igreja de hoje. O plano de Deus sempre triunfa, apesar dos 
contratempos que o povo sofre a oposição de seus inimigos e a fraqueza humana”. 
Há muito que a cristandade atual pode absorver nos textos veterotestamentários e 
aplicar à realidade da igreja. No entanto, pensar assim apenas é possível se houver 
uma compreensão de que a Bíblia toda é a Palavra de Deus, e, portanto, uma 
unidade completa do que Deus deseja manifestar à raça humana. 
 
 
Os Livros Históricos relatam a história de três períodos da narrativa de Israel: 
antes do reinado, durante o reino e sua queda, os remanescentes e o retorno dos 
exilados na Babilônia. Estes escritos são de extrema importânciapara a 
compreensão da realidade do povo judeu em sua ascensão diante do mundo e de 
sua queda diante das nações, mas sem nunca deixarem de ser o povo de Deus. O 
período abrangido pelos Livros Históricos é de 800 a 1000 anos por volta do século 
XIII a. C. até o século X a. C. 
Segundo Gusso (S.D. p. 5), 
 
 
Ainda que os chamados livros históricos não possam ser 
considerados como história “pura”, de acordo com as teorias 
modernas, eles são ricas fontes de relatos históricos de muita 
importância. Sem entrar na difícil questão de se definir o que 
realmente é história, estes livros, para o estudante da Bíblia, 
possuem imenso valor, pelo menos, por duas características básicas: 
16 
 
1) Por se tratar de uma parte significativa da Revelação de Deus; 2) 
Por registrar parte da história do povo de Deus. 
 
 
Para o estudioso das Escrituras é indispensável o envolvimento com o 
conteúdo histórico e compreensão deste. Toda a Teologia é uma reconstrução 
histórica, de tal maneira que é impossível fazer Teologia sem olhar para a história e 
questionar sobre o que os acontecimentos têm a ver com a revelação divina. Desse 
modo, os Livros Históricos são uma fonte de análise, não apenas da vida do povo 
israelita, mas também para o entendimento de como a fé cristã surgiu e em que tipo 
de base ela foi sendo desenvolvida. 
 
 
São 12 os livros considerados históricos: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I 
e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão, nas traduções bíblicas, 
localizados logo após o Pentateuco e antes dos Livros Proféticos. No entanto, 
grandes partes dos eventos dos Históricos acontecem simultaneamente a muitos 
relatos proféticos, assim, ao estudá-los deve-se conhecer o período dos textos a que 
eles se relacionam, a fim de não perder-se em detalhes que poderão confundir e 
dificultar a intepretação bíblica. 
 
 
Particularmente, sempre digo a meus alunos que o mais importante não é 
decorar as datas, claro, elas são necessárias, porém, ter consciência de cada 
período e saber estruturar os fatos ocorridos em cada época é o primordial. Por 
exemplo, os acontecimentos do livro do Profeta Isaias se enquadram em quais 
contextos dos Livros Históricos? Que profetas eram contemporâneos? Em quais 
reinados aconteceram algumas profecias específicas sobre o Messias? Como 
identificar a unidade entre os livros Históricos e Proféticos? 
 
 
O local que é o palco dos acontecimentos dos Livros Históricos é em maior 
parte a Palestina, ou como usado na época: Canaã, visto que, o povo já havia 
entrado na terra prometida, é sobre isso que trata o livro de Josué, e ali vão 
desterrando todos os inimigos até tomarem posse e dividirem as terras conforme a 
17 
 
ordem de Deus às tribos de Israel. Ester é o único livro que não trata do contexto em 
solo palestino, pois os fatos ocorrem na Pérsia, porém, está intimamente ligado à 
realidade o povo israelita. Os livros de Esdras e Neemias se referem ao solo 
canaanita pós-exílio babilônico. 
 
 
A autoria de todos estes livros é anônima, porém, a tradição judaica ou cristã 
antiga dedicou à maioria destes a figura importante do Antigo Testamento que 
viveram nos períodos relatados nestes. Apesar de que, alguns estudiosos mais 
recentes, principalmente teólogos liberais, reafirmam a impossibilidade de aceitar a 
autoria destes livros como sendo verdadeira, no entanto, os argumentos usados são 
insuficientes para desfazer a apresentação vinda de judeus antigos e mesmo dos 
primeiros teólogos cristãos. 
 
 
18 
 
Introdução aos Livros 
Históricos 
2 
 
 
 
Conhecimentos 
Entender a realidade do povo judeu desde a entrada na terra prometida até a volta 
do exílio babilônico 
 
 
 
 
Habilidades 
Situar-se em uma linha lógica de todos os acontecimentos históricos para o povo 
judeu 
 
 
 
 
Atitudes 
Aprender a reconhecer a voz de Deus mesmo diante das dificuldades da vida 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Introdução aos Livros Históricos 
 
O Livro de Josué 
Esboço do Livro 
I. Preparação para a entrada em Canaã (Js. 1.1-5.15) 
A. Deus designa Josué (Js. 1.1-9) 
B. Preparação para a travessia do Jordão (Js. 1.10-3.13) 
C. A travessia do Rio Jordão (Js. 3.14; 4.25) 
D. Circuncisão, Páscoa e reunião em Gilgal (Js. 5.1-15) 
II. A conquista da terra prometida (Js. 6.1; 13.7) 
A. Conquistas em Canaã central (Js. 6.1; 8.35) 
B. Vitória em Jericó (Js. 6.1-27) 
C. Derrota em Ai pelo pecado de Acã (Js. 7.1-26) 
D. Vitória em Ai (Js. 8.1-29) 
E. Adoração e renovação do concerto em Siquém (Js. 8.30-35) 
F. Conquistas em Canaã Sul (Js. 9.1; 10.43) 
G. Tratado com os Gibeonitas (Js. 9.1-27) 
H. Destruição da Coalizão Amorita (Js. 10.1-43) 
I. Conquistas em Canaã Norte (Js. 11.1-15) 
J. Conquistas efetuadas (Js. 11.16; 12.24) 
K. Territórios por conquistar (Js. 13.1-7) 
III. Repartição da Terra (Js. 13.8; 22.34) 
A. Tribos a Leste do Jordão (Js. 13.8-33) 
B. Tribos a Oeste do Jordão (Js. 14.1; 19.51) 
C. Territórios especiais (Js. 20.1; 21.45) 
D. Seis cidades de refúgio (Js. 20.1-9) 
E. Cidades dos Levitas (Js. 21.1-45) 
F. Retorno das tribos do Leste (Js. 22.1-34) 
IV. Mensagens de despedida de Josué (Js. 23.1; 24.28) 
A. Aos governantes de Israel (Js. 23.1-16) 
B. A todo Israel; renovação do concerto em Siquém (Js. 24.1-28) 
Conclusão (Js. 24.29-33) 
A. Morte e sepultamento de Josué (Js. 24.29-31) 
21 
 
B. Sepultamento dos Ossos de José (Js. 24.32) 
C. Morte e sepultamento de Eleazar (Js. 24.33) 
 
 
O nome Josué significa “salvação do Senhor” ou “Javé é salvação”, e é o 
principal personagem do livro. Ele é o sucessor de Moisés, e ao que indica, também 
escreveu as últimas palavras do livro de Deuteronômio. Josué foi um dos valentes 
que decidiu, junto a Calebe, que deveriam a qualquer custo tomar a terra prometida 
e destruir os inimigos do povo de Deus, e assentarem imediatamente ali, mas pela 
covardia de todo o povo, vagaram também com eles por quarenta anos no deserto. 
Todavia, daquela geração de adultos covardes, apenas Josué e Calebe restaram e 
puderam entrar na “terra que mana leite e mel”. Também era chamado de Oseias, 
que significa “salvação” (Nm 13, 8 – 14 6), era filho de Num e pertencia à tribo de 
Efraim. 
 
 
Autoria: o escrito é anônimo, porém, tradicionalmente é atribuída a escrita a 
Josué. Mas, claro, como acontece como o livro de Deuteronômio, os últimos cinco 
capítulos de Josué, que tratam de sua morte, foram inseridos posteriormente. Um 
dos fatores fortes com relação à autoria de Josué é o fato dele ser o sucessor de 
Moisés, e também ser o principal personagem dos acontecimentos do próprio livro, 
no entanto, alguns acreditam que o livro todo tenha sido escrito posteriormente e 
provavelmente por um profeta. Isso se deve pela colocação do livro se encontrar nos 
escritos judeus entre os livros chamados Primeiros Profetas. A data mais provável 
de escrita é entre 1405 – 1375 a. C. 
 
 
Objetivo do Livro: Stanley (1996 p.13), 
 
O objetivo do livro de Josué é preservar a história da conquista de 
Canaã e a divisão das terras entre as tribos. A história revela a 
fidelidade do Senhor como um Deus observador da aliança (Josué 
1:2-6). Demonstra também à posteridade de Israel a grande vitória 
que o povo pode alcançar se tão somente seguir a liderança 
teocrática do Senhor, em vez de recorrer à força humana. O tema é 
risco e vitória da fé. 
 
22 
 
 
 
O livro trata do avanço israelita sobre os povos canaanitas e a corajosa 
conquista que tiveram sobre estes tomando toda aquela região. Canaã nesse 
período ia desde a área formada por toda a faixa ocidental, pelo norte até Sidom e 
ao sul até Gaza e Sodoma (Gênesis 10:19). Ali habitavam vários povos de diferentes 
religiões pagãs e raças, porém, segundo alguns estudiosos, o nome Canaã advinha 
de Cam, filho de Noé, e ali se firmaramseus descendentes. Em sentido religioso, 
todos os habitantes dali eram idólatras e politeístas, isto é, seguiam diversos 
deuses, dentre eles os mais adorados eram: El, um deus sanguinário e sensual; 
Baal, filho de El, o “senhor do céu” que trazia chuvas e favorecia as vegetações; 
Anate, irmã de Baal, deusa do sexo e da guerra, por ela havia vários cultos de 
prostituição; Astarote e Aserá, deusas do sexo e da guerra, esposas de Baal; 
Moloque e Milcon, amonitas, deuses das orgias. 
 
 
Diante desse cenário, Deus se mostrou aquele que reina sobre as nações e 
que não há outro deus se não Ele mesmo. 
 
 
 
23 
 
O Livro de Juízes 
Esboço do Livro 
I. A desobediência e a apostasia de Israel (Jz. 1.1; 3.6) 
A. Israel deixa de expurgar a Terra (Jz. 1.1; 2.5) 
B. O desvio calamitoso de Israel (Jz. 2.6; 3.6) 
II. A opressão estrangeira de Israel e os Juízes libertadores (Jz. 3.7; 16.31) 
A. Opressão Mesopotâmica, livramento por Otniel (Jz. 3.7-11) 
B. Opressão Moabita, livramento por Eúde (Jz. 3.12-30) 
C. Opressão Filisteia, livramento por Sangar (Jz. 3.31) 
D. Opressão Cananéia, livramento por Débora e Baraque (Jz. 4.1; 5.31) 
E. Opressão Midianita, livramento por Gideão (Jz. 6.1; 8.35) 
F. Tempos conturbados sobre Abimeleque, Tola e Jair (Jz. 9.1; 10.5) 
G. Opressão Amonita, livramento por Jefté (Jz. 10.6; 12.7) 
H. Juízes secundários Ibsã, Elom e Abdom (Jz. 12.8-15) 
I. Opressão Filisteia sobre a vida de Sansão (Jz. 13.1; 16.31) 
J. Nascimento e chamada de Sansão (Jz. 13.1-25) 
L. Casamento de Sansão com uma Incrédula (Jz. 14.1-20) 
M. Proezas de Sansão (Jz. 15.1-20) 
N. Queda e restauração de Sansão (Jz. 16.1-31) 
III. Decadência espiritual, moral e social de Israel (Jz. 17.1; 21.25) 
A. Idolatria (Jz. 17.1; 18.31) 
B. Exemplo de idolatria individual (Jz. 17.1-13) 
C. Exemplo de idolatria tribal (Jz. 18.1-31). 
D. Devassidão (Jz. 19.1-30) 
E. Um exemplo de devassidão pessoal (Jz. 19.1-9) 
F. Um exemplo de devassidão tribal (Jz. 19.10-30) 
G. Lutas tribais (Jz. 20.1; 21.25) 
 
 
O título Juízes (Shophetim) diz respeito aos líderes israelitas de determinado 
momento da história do povo de Israel. Geralmente atuavam como líderes em uma 
tribo específica, mas em poucos casos sobre toda a casa de Israel. Estes líderes 
foram levantados por Deus para suprir necessidades específicas em circunstâncias 
24 
 
conturbadas que viviam a nação, geralmente, pelo envolvimento com idolatrias e 
outros pecados. De acordo com Ellisen (1991, p. 77), “o nome ‘Juízes’ descreve 
duas funções desses líderes: a) livrar o povo dos seus opressores, na função de 
líder militar; b) resolver disputas e defender a justiça, na função de líder civil”. No 
livro, aparecem os nomes de treze destes juízes, inclusive, uma mulher. 
 
 
O papel dos juízes era livrar o povo das mãos de seus inimigos, reformar o 
culto, fazer com que a lei do Senhor fosse cumprida, julgar as disputas entre as 
pessoas e as liderar. O que mais marca neste livro é a inconstância do povo que 
constantemente pecavam e eram submetidos aos castigos por seus vizinhos 
pagãos, então, vinha o juiz e os libertava, para, novamente, reiniciar o ciclo 
pecaminoso. 
 
 
Autoria: o livro é anônimo. Porém, é atribuído a Samuel pela tradição judaica, 
o que se deve ao fato de ele ser um dos principais líderes desse período, e ter se 
dedicado com afinco à educação judaica. Ponto importante é ele ter sido 
considerado o último dos juízes e o primeiro dos profetas. A data não é clara, já que 
mesmo ao se tentar fazer contas com relação aos livros anteriores e posteriores isso 
não facilita muito, no entanto, muitos estudiosos entendem que o período deve ter 
sido entre (1375 – 1075 a. C.), mas os motivos não são claros. O livro registra pelo 
menos três guerras civis e sete opressões ao povo de Deus por seus inimigos, e 
também as guerras que os libertou. O tema principal do livro é o pecado traz castigo, 
mas do Senhor vem a paciente libertação. 
 
Afinco: Está relacionada com a perseverança e persistência em conseguir algo, 
seja uma meta de trabalho ou um objetivo de vida. 
 
 
Objetivo do livro: manter viva a história do povo israelita e do grandioso 
propósito divino em um período que tudo poderia indicar a extinção deste povo, pois 
não tinham um líder nacional. Todavia, o cuidado de Deus foi o que sempre os 
25 
 
protegeu e libertou, trazendo-os novamente à sua vontade. Mas, segundo Hoff 
(1996), ele também é um livro de derrota, enquanto Josué é um livro de vitórias, 
contudo, ainda é um livro de lições espirituais, já que mesmo em meio a derrotas o 
Senhor é demonstrado como o grande e poderoso Deus que reina sobre todas as 
nações, que castiga, todavia, age com misericórdia. Diante de todos os 
acontecimentos fica bem claro que Deus é o grande herói, verdadeiro Juiz e 
Libertador. 
 
 
A situação social na época era difícil, pois o povo viveu um período de 300 
anos sem um líder fixo e sem saberem ao certo o que fazer; a lei não era 
apresentada como antes e mesmo os sacerdotes não representavam o povo diante 
de Deus, os afazeres do templo praticamente haviam perdido o sentido. Como o 
próprio livro menciona “cada um fazia o que bem lhe parecia”. Todos os impasses 
levaram a grandes misérias, idolatrias e muitos outros pecados. Devido a tudo isso 
apareceu à necessidade de se levantar a monarquia. 
 
 
26 
 
O Livro de Rute 
Esboço do Livro 
I. As adversidades de Noemi (Rt. 1.1-5) 
II. Noemi e Rute (Rt. 1.6-22) 
A. Noemi resolve sair de Moabe (Rt. 1.6-13) 
B. O amor inabalável de Rute (Rt. 1.14-18) 
C. Noemi e Rute vão a Belém (Rt. 1.19-22) 
III. Rute conhece Boaz na Seara (Rt. 2.1-23) 
A. A providência divina na decisão de Rute (Rt. 2.1-3) 
B. A provisão divina na decisão de Rute (Rt. 2.4-16) 
C. Rute informa a Noemi (Rt. 2.17-23) 
IV. Rute e Boaz na eira (Rt. 3.1-18) 
A. Rute recebe instruções de Noemi sobre Boaz (Rt. 3.1-5) 
B. Rute pede a Boaz para ser seu remidor (Rt. 3.6-9) 
C. Rute recebe resposta favorável de Boaz (Rt. 3.10-18) 
V. Boaz casa com Rute (Rt. 4.1-13) 
A. Boaz e o contrato de parente remidor (Rt. 4.1-12) 
B. Casamento e nascimento de um filho (Rt. 4.13) 
VI. O contentamento de Noemi (Rt. 4.14-17) 
VII. A genealogia de Perez a Davi (Rt. 4.18-22) 
 
 
Este é um dos dois livros que leva o nome de uma mulher, e o nome de Rute 
significa “amizade”, o que apresenta claramente o caráter daquela que recebeu este 
nome, e, de certo modo também revela muito sobre o conteúdo do escrito, que é 
breve, porém, grande em sabedoria e espiritualidade. Rute era uma moabita, gentia, 
que se casou com um judeu que veio a falecer, porém, por sua fidelidade à sua 
sogra e, principalmente a Deus, abandonou sua terra e foi para o povo de Israel, 
onde conheceu e se casou com um homem rico que pertenceu à linhagem do 
Messias. 
 
 
27 
 
Autoria: provavelmente o autor deste livro seja Samuel, de acordo com o 
Talmude, pois, apesar de ser anônima, leva em consideração o início da linhagem 
do rei Davi. Ellisen (1991, p. 84) lembra que este livro, inclusive, pode ser tido como 
um apêndice ao livro de Juízes. A data considerável de escrita é por volta de 1340 a. 
C. 
 
Talmude: um dos livros básicos da religião judaica contém a lei oral, a doutrina, a 
moral e as tradições dos judeus. 
 
 
Objetivo do livro: De acordo com Hoff (1996) o propósito do livro é 
demonstrar que mesmo em uma época conturbada como foi o período dos juízes, 
havia pessoas que ainda serviam a Deus, mesmo que em outras nações. Por isso, 
ele lembra bem que o livro é um convite ao conhecimento da bondade e fidelidade 
divina em garantir sua providência a seu povo. O livro também tem um caráter 
missionário, já que uma gentia se converte ao povo de Deus. 
Segundo Atkinson (1991, p. 9), 
 
 
 
Deus, o grande Criador de todas as coisas, realmente sustenta, 
dirige, predispõe e governatodas as criaturas, ações e coisas, desde 
a maior fé a menor, através de sua sapientíssima e santíssima 
providência, de acordo com a sua previsão infalível e com o livre e 
imutável conselho de sua própria vontade, para o louvor e a glória de 
sua sabedoria, seu poder, sua justiça, sua bondade e sua 
misericórdia. 
Ou, atualizando um pouco a linguagem, os cristãos acreditavam que 
Deus não apenas criou o mundo, de modo que nós, como criaturas 
suas, dependemos dele para a nossa existência, mas também 
sustenta e governa o seu mundo, de forma que dependemos 
constantemente dele para recebermos "vida, respiração e tudo o 
mais". 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
O livro de I Samuel 
Esboço do Livro 
 
I. Samuel: Líder profético de Israel (I Sm. 1.1; 8.22) 
A. Nascimento de um Líder profético (I Sm. 1.1; 2.11) 
B. A tristeza e a oração de Ana (I Sm. 1.1-18) 
C. O filho profético de Ana (I Sm. 1.19-28) 
D. O cântico profético de Ana (I Sm. 2.1-11) 
E. Degeneração da Liderança existente (I Sm. 2.12-36) 
F. Transição de Eli para Samuel (I Sm. 3.1; 6.21) 
G. A chamada profética de Samuel (I Sm. 3.1-21) 
H. O julgamento da casa e do Ministério de Eli (I Sm. 4.1-22) 
I. Captura e retorno da Arca (I Sm. 5.1; 6.21) 
J. Avivamento sob a Liderança de Samuel (I Sm. 7.1-17) 
L. Israel exige um rei (I Sm. 8.1-22) 
M. Israel rejeita os filhos de Samuel como Líderes (I Sm. 8.1-5) 
N. Israel rejeita Deus como seu Rei (I Sm. 8.6-22) 
II. Saul: O primeiro rei de Israel (I Sm. 9.1; 15.35) 
A. Transição de Samuel para Saul (I Sm. 9.1; 12.25) 
B. Saul é escolhido (I Sm. 9.1-27) 
C. Samuel unge Saul (I Sm. 10.1-27) 
D. Saul vence os Amonitas (I Sm. 11.1-11) 
E. Samuel renova o reino em Gilgal (I Sm. 11.12-15) 
F. Discurso de despedida de Samuel (12.1-25) 
G. Começo do reinado de Saul (I Sm. 13.1; 15.35) 
H. Guerras e insensatez de Saul (I Sm. 13.1; 14.52) 
I. Rebeldia de Saul e sua rejeição (I Sm. 15.1-35) 
III. Davi: Sua unção e aguardamento (I Sm. 16.1; 31.13) 
A. Samuel unge Davi (I Sm. 16.1-13) 
B. Deus retira seu Espírito de Saul (I Sm. 16.14; 23) 
C. Davi luta contra Golias (I Sm. 17.1-58) 
D. Davi na corte de Saul (I Sm. 18.1; 19.17) 
E. Davi e Jônatas (I Sm. 18.1-4) 
29 
 
F. Davi serve a Saul (I Sm. 18.5-16) 
G. Davi casa-se com Mical (I Sm. 18.17-28) 
H. Saul teme a Davi e intenta matá-lo (I Sm. 18.29; 19.17) 
I. Davi no exílio (I Sm. 19.18; 31.13) 
J. Davi foge para Samuel (I Sm.19.18-24) 
L. Davi protegido por Jônatas (I Sm. 20.1-42) 
M. Davi auxiliado por Aimeleque, o Sacerdote (I Sm. 21.1-9) 
N. Davi refugia-se em Gate, na Filístia (I Sm. 21.10-15) 
O. Um grupo de fugitivos e descontentes une-se a Davi (I Sm. 22.1; 26.25) 
P. Davi refugia-se em Gate, na Filístia (I Sm. 27.1; 30.31) 
Q. A morte de Saul (I Sm. 31.1-13) 
 
 
O livro de II Samuel 
Esboço do Livro 
I. O grande sucesso de Davi como rei (II Sm. 1.1; 10.19) 
A. O sucesso político de Davi (II Sm. 1.1; 5.25) 
B. Davi pranteia a morte de Saul e Jônatas (II Sm. 1.1-27) 
C. Davi, rei de Judá (II Sm. 2.1; 4.12) 
D. Davi, rei de todo o Israel (II Sm. 5.1-5) 
E. Davi conquista Jerusalém e a torna sede do seu governo (II Sm. 5.6-10) 
F. Davi alarga o reino (II Sm. 5.11-25) 
G. O sucesso espiritual de Davi (II Sm. 6.1; 7.29) 
H. Davi faz de Jerusalém seu centro religioso (II Sm. 6.1-23) 
I. Davi deseja edificar uma casa para Deus (II Sm. 7.1-3) 
J. O concerto de Deus com Davi (II Sm. 7.4-17) 
K. Davi ora a Deus com gratidão (II Sm. 7.18-29) 
L. O sucesso militar de Davi (II Sm. 8.1; 10.19) 
M. As vitórias de Davi sobre a Filístia, Moabe, Zobá, Síria e Edom (II Sm. 8.1-12) 
N. Governo justo de Davi em Jerusalém (II Sm. 8.13; 9.13) 
O. Vitória de Davi sobre Amom (II Sm. 10.1-19) 
II. O Vergonhoso pecado de Davi como rei (II Sm. 11.1; 12.14) 
A. O adultério de Davi com Bate-Seba (II Sm. 11.1-5) 
30 
 
B. O homicídio disfarçado de Urias por Davi (II Sm. 11.6-27) 
C. O profeta Natã declara o pecado e o castigo de Davi (II Sm. 12.1-14) 
III. As consequências contínuas do pecado de Davi (II Sm. 12.15; 20.26) 
A. Julgamento sobre a casa de Davi: imoralidade e Morte (II Sm. 12.15; 15.6) 
B. Morte do filho do adultério (II Sm. 12.15-25) 
C. A lealdade de Joabe (II Sm. 12.26-31) 
D. Amnom violenta sua meia-irmã Tamar (II Sm. 13.1-20) 
E. Absalão mata Amnom por vingança (II Sm. 13.21-36) 
F. Fuga, regresso e falsidade de Absalão (II Sm. .37; 15.6) 
G. Julgamento contra o reino de Davi: revolta e homicídio (II Sm. 15.7; 20.26) 
H. A revolta de Absalão (II Sm. 15.7-12) 
I. Davi foge de Jerusalém, desprestigiado (II Sm. 15.13; 16.14) 
J. Absalão governa em Jerusalém (II Sm. 16.15; 17.29) 
L. Derrota e morte de Absalão (II Sm. 18.1-32) 
M. A lamentação de Davi e a censura de Joabe (II Sm. 18.33; 19.8) 
N. A reintegração de Davi como rei (II Sm. 19.9-43) 
O. Insurreição e Morte de Sebá (II Sm. 20.1-26) 
IV. Os últimos anos do reinado de Davi (II Sm. 21.1; 24.25) 
A. A fome de três anos (II Sm. 21.1-14) 
B. Guerra com os Filisteus (II Sm. 21.15-22) 
C. Salmo de louvor de Davi (II Sm. 22.1-51) 
D. Últimas palavras de Davi (II Sm. 23.1-7) 
E. Os valentes de Davi (II Sm. 23.8-39) 
F. A contagem do povo e a praga da parte de Deus (II Sm. 24.1-17) 
G. A intercessão de Davi e a Misericórdia de Deus (II Sm. 24.18-25) 
 
 
Os livros levam o nome da figura icônica de Israel, Samuel, seu nome 
significa “nome de Deus” ou “pedido a Deus”. Samuel era filho de Ana e Elcana, ele 
foi considerado um milagre dado a sua mãe que era estéril, porém, após ter orado 
ao Senhor foi lhe dada à oportunidade de ser mãe, ela, contudo, fez um voto a Deus 
e entregou seu filho ao Senhor, para que ele fosse criado no tabernáculo pelo 
31 
 
sacerdote, que na época era Eli. Os livros eram um só, mas foram separados em 
dois pelos tradutores gregos da Septuaginta. 
 
 Septuaginta: É conhecida como a mais antiga tradução em grego do texto hebreu 
do Antigo Testamento, feita para uso da comunidade de judeus do Egito no final do 
III A.C. e no II A.C. 
 
 
De acordo com Baldwin (1997, p. 7), “os livros de Samuel apresentam a 
história de Israel, o povo de Deus, ao longo do período que vai desde a época dos 
juízes até suas primeiras experiências na monarquia”. 
 
 
Já no período monárquico o grande destaque é Davi, apesar de Saul ter sido 
um bom rei, ele negligenciou na maior parte do tempo a palavra de Deus até o ponto 
de se tornar incorrigível. Davi, diferentemente, logo de início se mostrou tratável, 
humilde e dócil diante do Senhor, e mesmo após ser rei quando diversas vezes 
pecou, ainda assim sempre ouviu a voz de Deus e a acatou. Ele foi um grande 
guerreiro, e teve início sua jornada com o gigante Golias, e acima de tudo era um 
excelente estrategista. De todos os filhos e filhas que teve o que mais lhe causou 
problemas foi Absalão, que chegou a matar seu próprio irmão, por ter estuprado sua 
irmã; depois tentou usurpar o trono de seu pai, no entanto, foi morto pelos soldados 
do rei. A trama termina com a ascensão de Salomão, filho de Davi e Batseba, ao 
trono, logo após a morte de Davi, seu pai. 
 
 
Autoria: a autoria de I Samuel é atribuída ao juiz profeta, ao restante dos 
livros são tidos como autores Natã e Gade, de acordo com o Talmude. Os escritos 
narram a história após o período dos Juízes, a escolha dos primeiros reis de Israel, 
Saul e Davi, e a história de Davi até Salomão assumir o trono, por isso a data dos 
acontecimentos do livro se situam entre 1100 – 970 a. C. 
 
32 
 
Objetivo do livro: demonstrar que apesar do povo rejeitar a pura liderança 
divina, ainda assim o Senhor se mostra imensamente misericordioso a Israel e a sua 
promessa. Porém, também fica claro que nem pelo fato de alguém ser escolhido por 
Deus, como foi com Saul, essa pessoa estará isenta de abandonar a direção divina. 
Todavia, apesar das falhas e pecado do homem, como foi com Davi,o 
arrependimento e dedicação a Deus faz o povo prosperar. Desse modo, vê-se 
claramente que Israel, no livro de Juízes, passa de um estado de anarquia para uma 
situação de monarquia teocrática. 
 
 
Os livros são basicamente históricos, no sentido de querer garantir às 
gerações posteriores o conhecimento de como a monarquia fez parte do contexto 
israelita e como Deus foi quem governou acima de tudo para prevalecer seu 
propósito maior sobre a história, ou seja, em sentido mais estrito, preparar o 
caminho para a vinda do Messias e a salvação da humanidade. O livro é cheio de 
batalhas entre o povo de Israel liderado por Saul e, posteriormente, Davi, fazendo 
questão de deixar claro que Davi se tornou cada vez mais o rei, segundo o coração 
de Deus, e um dos melhores reis que a nação teve. Todavia, enquanto livro 
profético, sempre apresenta que haverá um rei muito maior e melhor que Davi, o 
Messias. 
 
 
A situação do povo nesse período era de imensa necessidade de uma 
liderança que os ajudassem a superar a fase dos juízes, por isso o próprio povo 
clama a Samuel por um rei, pois acreditavam que apenas assim poderia caminhar 
em equidade; outro motivo é que eles ainda queriam ser como eram as outras 
nações. O momento ainda era de idolatria e imoralidade, até mesmo a arca havia 
sido roubada, e o povo se sentia extremamente vulnerável. Porém, apenas com Davi 
o povo se viu ascendente em uma nova espiritualidade e recebendo um renovo da 
graça de Deus sobre eles. 
 
 
33 
 
Os livros de 1 e 2 Reis, e 1 e 2 Crônicas 
 
O Livro de 1 Reis 
Esboço do Livro 
I. O reinado de Salomão (I Rs. 1.1; 11.43) 
A. Salomão sucede a Davi como rei (I Rs. 1.1; 2.11) 
B. Salomão consolida seu cargo como rei (I Rs. 2.12-46) 
C. A sabedoria e administração de Salomão (I Rs. 3.1; 4.34) 
D. O sucesso e fama de Salomão (I Rs. 5.1; 10.29) 
E. Preparativos para a construção do Templo (I Rs. 5.1-18) 
F. Construção do Templo (I Rs. 6.1-38) 
G. Construção do palácio de Salomão (I Rs. 7.1-12) 
H. Mobiliário do Templo (I Rs. 7.13-51) 
I. Dedicação do Templo (I Rs. 8.1-66) 
J. Confirmação do concerto Davídico (I Rs. 9.1-9) 
K. Realizações e fama de Salomão (I Rs. 9.10; 10.29) 
L. Declínio e morte de Salomão (I Rs. 11.1-43) 
M. A manifesta poligamia e idolatria de Salomão (I Rs. 11.1-8) 
N. O castigo da divisão do reino predito por Deus (I Rs. 11.9-13) 
O. Deus suscita adversários contra Salomão (I Rs. 11.14-28) 
P. A profecia de Aia (I Rs.11.29-40) 
Q. A morte de Salomão (I Rs. 11.41-43) 
II. A divisão do reino: Israel e Judá (I Rs. 12.1; 22.53) 
A. A consumação do Juízo da divisão (I Rs. 12.1-24) 
B. Reinado de Jeroboão (Israel) (I Rs. 12.25; 14.20) 
C. Reinado de Roboão (Judá) (I Rs. 14.21-31) 
D. Reinado de Abias (Judá) (I Rs. 15.1-8) 
E. Reinado de Asa (Judá) (I Rs. 15.9-24) 
F. Reinado de Nadabe (Israel) (I Rs. 15.25-31) 
G. Reinado de Baasa (Israel) (I Rs. 15.32; 16.7) 
H. Reinado de Elá (Israel) (I Rs. 16.8-14) 
I. Reinado de Zinri (Israel) (I Rs. 16.15-20) 
J. Reinado de Onri (Israel) (I Rs. 16.21-28) 
34 
 
K. Reinado de Acabe (Israel) (I Rs. 16.29; 22.40) 
L. Início do reinado de Acabe (I Rs. 16.29-34) 
M. Acabe e o profeta Elias (I Rs. 17.1; 19.21) 
N. Batalhas de Acabe contra a Síria (I Rs. 20.1-43) 
O. Acabe e a vinha de Nabote (I Rs. 21.1-29) 
P. Batalha fatal de Acabe com a Síria (I Rs. 22.1-40) 
Q. Reinado de Josafá (Judá) (I Rs. 22.41-50) 
R. Reinado de Acazias (Israel) (I Rs. 22.51-53) 
 
 
O Livro de 2 Reis 
Esboço do Livro 
I. O reino dividido: Israel e Judá (II Rs. 1.1; 17.41) 
A. Continuação do reinado de Acazias (Israel) (II Rs. 1.1-18; cf. 1 Rs. 22.51-53) 
B. Reinado de Jorão (Israel) (II Rs. 2.1; 8.15) 
C. Transição profética de Elias para Eliseu (II Rs. 2.1-25) 
D. Uma análise de Jorão (II Rs. 3.1-3) 
E. Jorão derrota Moabe (II Rs. 3.4-27) 
F. O ministério milagroso de Eliseu (II Rs. 4.1; 8.15) 
G. Reinado de Jorão (Judá) (II Rs. 8.16-24) 
H. Reinado de Acazias (Judá) (II Rs. 8.25-29) 
I. Reinado de Jeú (Israel) (II Rs. 9.1; 10.36) 
J. Jeú ungido por Eliseu (II Rs. 9.1-10) 
K. Jeú e seu expurgo sangrento de Israel (II Rs. 9.11; 10.36) 
L. Reinado de Atalia (Judá) (II Rs. 11.1-16) 
M. Reinado de Joás (Judá) (II Rs. 11.17; 12.21) 
N. Reinado de Joacaz (Israel) (II Rs. 13.1-9) 
O. Reinado de Jeoás (Israel) (II Rs. 13.10-25) 
P. Reinado de Amazias (Judá) (II Rs. 14.1-22) 
Q. Reinado de Jeroboão II (Israel) (II Rs. 14.23-29) 
R. Reinado de Azarias (Judá) (II Rs. 15.1-7) 
S. Reinado de Zacarias (Israel) (II Rs. 15.8-12) 
T. Reinado de Salum (Israel) (II Rs. 15.13-15) 
35 
 
U. Reinado de Menaém (Israel) (II Rs. 15.16-22) 
V. Reinado de Pecaías (Israel) (II Rs. 15.23-26) 
W. Reinado de Peca (Israel) (II Rs. 15.27-31) 
X. Reinado de Jotão (Judá) (II Rs. 15.32-38) 
Y. Reinado de Acaz (Judá) (II Rs. 16.1-20) 
Z. Reinado de Oséias (Israel) (II Rs. 17.1-41) 
1. Análise e prisão de Oséias (II Rs. 17.1-4) 
2. Colapso final de Israel (II Rs. 17.5-23) 
3. Cativeiro de Israel e repovoamento da Terra (II Rs. 17.24-41) 
II. O Reino único: Judá depois do colapso de Israel (II Rs. 18.1; 25.21) 
A. Reinado de Ezequias (II Rs. 18.1; 20.21) 
B. Avivamento e Reforma (II Rs. 18.1-8) 
C. Sumário da queda de Israel e libertação de Judá por Deus, depois de duas 
invasões Assírias (II Rs. 18.9; 19.37) 
D. Enfermidade e cura de Ezequias (II Rs. 20.1-11) 
E. A insensatez e morte de Ezequias (II Rs. 20.12-21) 
F. Reinado de Manassés (II Rs. 21.1-18) 
G. Reinado de Amom (II Rs. 21.19-26) 
H. Reinado de Josias (II Rs. 22.1; 23.30) 
I. Avivamento e reforma (II Rs. 22.1—23.25) 
J. Adiada a ira de Deus sobre Judá, mas não evitada, e a morte de 
Josias (II Rs. 23.26-30) 
K. Reinado de Joacaz (II Rs. 23.31-33) 
L. Reinado de Jeoaquim (II Rs. 23.34; 24.7) 
M. Reinado de Joaquim (II Rs. 24.8-16) 
N. Reinado de Zedequias (II Rs. 24.17; 25.21) 
O. Queda de Jerusalém (II Rs. 25.1-7) 
P. Destruição do templo e dos muros da cidade (II Rs. 25.8-10, 13-17) 
Q. Deportação final do povo para Babilônia (II Rs. 25.11-21) 
III. Epílogo (II Rs. 25.22-30) 
 
 
 
36 
 
O Livro de 1 Crônicas 
Esboço do Livro 
I. Genealogias: Adão à restauração pós-exílica (I Cr. 1.1; 9.44) 
A. Adão a Abraão (I Cr. 1.1-27) 
B. Abraão a Jacó (I Cr. 1.28-54) 
C. Jacó a Davi (I Cr. 2.1-55) 
D. Davi ao exílio Babilônico (I Cr. 3.1-24) 
E. Genealogias das doze tribos (I Cr. 4.1; 8.40) 
F. Genealogias do remanescente (I Cr. 9.1-34) 
G. As tribos que retornaram (I Cr. 9.1-9) 
H. Os sacerdotes que retornaram (I Cr. 9.10-13) 
I. Os levitas que retornaram (I Cr. 9.14-34) 
J. Genealogia de Saul (I Cr. 9.35-44) 
II. Davi: A importância perene do Seu Reinado (I Cr. 10.1; 29.30) 
A. A morte de Saul e de seus filhos (I Cr. 10.1-14) 
B. A tomada de Jerusalém e os valentes de Davi (I Cr. 11.1; 12.40) 
C. O retorno da arca, a restauração do culto e o estabelecimento do 
reino (I Cr. 13.1; 16.43) 
D. O concerto de Deus com Davi (I Cr. 17.1-27) 
E. Vitórias militares de Davi (I Cr. 18.1; 20.8) 
F. O censo pecaminoso de Davi (I Cr. 21.1-30) 
G. Preparativos completos de Davi para a edificação do templo (I Cr. 22.1-19) 
H. Davi organiza os levitas para o ministério do templo (I Cr. 23.1; 26.32) 
I. A organização administrativa de Davi (I Cr. 27.1-34) 
J. Preparativos finais de Davi para a sucessão e o templo (I Cr. 28.1; 29.20) 
K. A coroação de Salomão e a morte de Davi (I Cr. 29.21-30) 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
O livro de 2 Crônicas 
Esboço do livro 
 
I. Salomão: Contribuições relevantes do seu reino (II Cr. 1.1; 9.31) 
A. A instituição da liderança de Salomão (II Cr. 1.1-17) 
B. A construção do Templo (II Cr. 2.1; 5.1) 
C. A dedicação do Templo (II Cr. 5.2; 7.22) 
D. A instalação da arca (II Cr. 5.2-14) 
E. Discurso consagratório de Salomão (II Cr. 6.1-11) 
F. Oração consagratória de Salomãoe a glória de Deus (II Cr. 6.12; 7.3) 
G. Sacrifícios e festas consagratórias (II Cr. 7.4-11) 
H. A promessa e a advertência de Deus (II Cr. 7.12-22) 
I. A fama de Salomão (II Cr. 8.1; 9.28) 
J. Realizações, colônias e política de Salomão (II Cr. 8.1-18) 
K. Elogios da rainha de Sabá (II Cr. 9.1-12) 
L. Riquezas de Salomão (II Cr. 9.13-28) 
M. Morte de Salomão (II Cr. 9.29-31) 
II. Os reis de Judá, de Roboão até o exílio (II Cr. 10.1; 36.23) 
A. A divisão e o reinado de Roboão (II Cr. 10.1; 12.16) 
B. Reinado de Abias e Asa (II Cr. 13.1; 16.14) 
C. Reinado de Josafá (II Cr. 17.1; 20.37) 
D. Reinados de Jorão, Acazias e Atalia (II Cr. 21.1; 23.15) 
E. Reinado de Joás (II Cr. 23.16; 24.27) 
F. Reinados de Amazias, Uzias e Jotão (II Cr. 25.1; 27.9) 
G. Reinado de Acaz (II Cr. 28.1-27) 
H. Reinado e reformas de Ezequias (II Cr. 29.1; 32.33) 
I. Reinados de Manassés e de Amom (II Cr. 33.1-25) 
J. Reinado e reformas de Josias (II Cr. 34.1; 35.27) 
K. Sucessores de Josias; o exílio (II Cr. 36.1-21) 
L. O decreto de Ciro (II Cr. 36.22,23) 
 
 
38 
 
Os livros de Reis, seguindo a ideia de outros livros do Antigo Testamento, 
levam esse título devido à primeira palavra que se inicia o texto wehammelek (sendo 
rei). O assunto discutido em ambos os livros (I e II Reis) trata de toda a história da 
monarquia israelita, a ascensão de cada rei, seus pecados que influenciaram 
diretamente ao povo e a posição daqueles que resolveram servir a Deus por 
seguirem seus pais, ou por terem se arrependido de seus pecados. As obras ainda 
narram a divisão dos reinos, logo após a morte de Salomão, em que disputas 
territoriais e políticas acabaram nos reinos do Norte (Israel) e o do Sul (Judá), nesse 
último continuou a reinar a descendência de Davi. 
 
 
Já as obras de Crônicas receberam esse nome pelos cristãos, 
particularmente por Jerônimo no século IV d. C., o que se deveu a seu aspecto bem 
cronológico. Isso é uma diferença destes últimos livros em relação aos de Reis, a 
cronologia, pois, ao que parece, o autor dos derradeiros organizou tudo de modo 
que a história pudesse ser lida e contada em uma linha lógica de acordo com os 
acontecimentos. O título original do livro para os judeus era “Atos dos Dias” ou “Atos 
dos Tempos”, e na Septuaginta Paraleipomena (coisas esquecidas), a ideia é que 
estes livros trariam à história complementos que foram deixados de lado nos livros 
anteriores de Reis e Samuel. 
 
 
Autoria: ambas as obras de Reis, ou seja, (I Reis e II Reis) são anônimas, 
todavia, a tradição afirma que Jeremias tenha sido seu autor, o que se deve ao fato 
de toda ela parecer pertencer apenas a um único autor e este tenha vivido no 
período em que Judá tenha sido invadida e o povo levado para o exílio babilônico, 
isso pela grandeza de detalhes informados. Ellisen (1991) e Hoff (1996) concordam 
com esta informação. Apenas pequenas partes podem ter sido escritas por Baruc, 
copista e amigo de Jeremias. A data mais comumente aceita para escrita é no 
período exílico, porém o espaço de tempo de todo o livro se dá entre 970 a 560 a. 
C., desde a morte de Davi até o cativeiro de Zedequias, último rei de Judá. 
 
39 
 
Quanto aos livros de Crônicas, também são anônimos, porém, a escrita é 
atribuída tradicionalmente ao sacerdote Esdras, visto que a preocupação com 
questões ritualísticas e o perfil literário do livro que leva o nome do autor são bem 
consideráveis. Segundo Ellisen (1991, p. 116), “autor é antes um compilador. Além 
de usar o Pentateuco, os livros de Samuel e Reis faz referência a aproximadamente 
doze outros documentos existentes naquela época”. 
 
 
Objetivo do livro: de acordo com Ellisen (1991), o autor dos livros de Reis 
tinha dois objetivos claros: primeiro contar todos os dados referentes à história dos 
reis de Israel, inclusive concluir a história do rei Davi, descrita nos livros de Samuel; 
e segundo enfatizar e relacionar a história com a observância da aliança, ou seja, 
Deus cumpre sua vontade, e o povo se torna cada vez mais consciente da ação e 
poder de Deus. 
 
 
Após a morte de Davi, assumiu o trono seu filho, Salomão, e este começou 
uma grande empreita para construir o templo e seu palácio, o que o levou a 
desgastar muito os filhos de Israel no trabalho pesado. Apesar de todo esse peso, 
Salomão, como seu próprio nome significa, foi um rei pacífico e diplomata, que 
manteve boas relações com todos os reinos próximos de Israel, inclusive, vários reis 
e rainhas, como a de Sabá, vieram até ele para apreciar sua grande sabedoria, já 
que o que a Bíblia nos informa é jamais ter havido alguém tão sábio quanto ele. 
Tudo isso acarretou uma época de paz, tranquilidade e glória para os israelitas. 
 
 
Na segunda parte desse período a situação em ambos os reinos estava muito 
complicada: com a morte de Salomão, os reinos se dividiram, pois o povo já não 
suportava mais ser explorado com tanto trabalho, então um motim separou em dois 
reinos, Norte e Sul. Não havia alianças entre os reinos, até mesmo por ordem de 
Deus ao reino do Sul que não se aliasse aos grandes pecadores do reino do Norte, 
notavelmente, nenhum rei do norte serviu a Deus, todos andaram segundo seu 
próprio coração. Pelo contrário, muitos em Judá seguiram o caminho de Davi e 
40 
 
serviram ao Senhor, alguns até pecaram e morreram em suas transgressões, mas 
sempre se levantava outro que restaurava o culto e a adoração a Deus. 
 
 
Por fim, com o aumento da idolatria, Deus declara a seu povo que serão 
levados cativos à Babilônia, e pelas palavras do profeta Jeremias, o melhor para 
eles seria que se entregassem sem lugar, pois isso só pioraria as coisas. 
 
 
Para Pratt, Jr (2008), o cronista escreveu este livro com a intenção de orientar 
o povo que retornou do exílio babilônico sobre a restauração do reino de Israel, e ao 
mesmo tempo os incentivar a confiarem na Palavra de Deus, visto que o Senhor já 
lhes havia dito sobre o que estava acontecendo naquele momento. Essa mesma 
mensagem ecoa até à igreja por meio do poder restaurador do próprio Cristo e o 
cumprimento das maravilhosas promessas de Deus. 
41 
 
 
Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/07/teologia-visual-os-reis-de-juda-israel-infografico 
 
42 
 
Os livros de Esdras – Neemias – Ester 
 
Estes três livros possuem um caráter diferente dos anteriores, apesar de 
serem históricos, a intenção de cada um não é tratar sobre a formação da nação de 
Israel e sua monarquia, mas discorrer a respeito do período exílico e pós-exílio, 
relatando a preocupação com a reconstrução do reino israelita. 
 
O Livro de Esdras 
Esboço do Livro 
 
I. O regresso a Jerusalém dos primeiros repatriados (Ed. 1.1; 6.22) 
A. O decreto e o provimento de Ciro (Ed. 1.1-11) 
B. Lista dos repatriados que voltaram (Ed. 2.1-70) 
C. Começo da restauração do Templo (Ed. 3.1-13) 
D. Restabelecimento dos sacrifícios (Ed. 3.1-6) 
E. Início da reconstrução do Templo (Ed. 3.7-13) 
F. Suspensão das obras do Templo pela oposição (Ed. 4.1-24) 
G. Recomeço da construção do templo e sua conclusão (Ed. 5.1; 6.18) 
H. O estímulo dos profetas (Ed. 5.1,2) 
I. Protesto do governador Tatenai (Ed. 5.3-17) 
J. Dario confirma a construção do Templo (Ed. 6.1-12) 
K. Conclusão e dedicação do Templo (Ed. 6.13-18) 
L. Celebração da páscoa (Ed. 6.19-22) 
II. O regresso a Jerusalém da segunda leva de repatriados sob Esdras 
(Ed. 7.1; 10.44) 
A. A missão de Esdras autorizada por Artaxerxes (Ed. 7.1-28) 
B. A viagem de Esdras e dos seus companheiros (Ed. 8.1-36) 
C. As reformas de Esdras em Jerusalém (Ed. 9.1; 10.44) 
D. Condenação de casamento com pagãos (Ed. 9.1-4) 
E. Confissão de Esdras e sua oração intercessória pelo povo (Ed. 9.5-15) 
F. Arrependimento público e reforma (Ed. 10.1-44) 
 
 
43 
 
O livro de Neemias 
Esboço do Livro 
 
I. Reconstrução dos muros de Jerusalém, dirigida por Neemias(Ne. 1.1; 7.73) 
A. Intercessão de Neemias por Jerusalém (Ne. 1.1; 2.8) 
B. A causa da sua intercessão (Ne. 1.1-4) 
C. O conteúdo da sua intercessão diante de Deus (Ne. 1.5-11) 
D. O resultado da sua intercessão diante do rei Artaxerxes (Ne. 2.1-8) 
E. A viagem de Neemias a Jerusalém como governador (Ne. 2.9-20) 
F. Neemias dirige a reconstrução dos muros (Ne. 3.1; 7.4) 
G. Os construtores (Ne. 3.1-32) 
H. A oposição (Ne. 4.1; 6.14) 
• Escárnio (Ne. 4.1-6) 
• Conspiração (Ne. 4.7-23) 
• Extorsão (Ne. 5.1-19) 
• Conivência (Ne. 6.1-4) 
• Difamação (Ne. 6.5-9) 
• Traição (Ne. 6.10-14) 
I. A conclusão da obra (Ne. 6.15; 7.4) 
J. O registro do remanescente (Ne. 7.5-73) 
II. Avivamento em Jerusalém liderado por Esdras (Ne. 8.1; 10.39) 
A. Leitura pública da palavra de Deus e celebração da festa dos 
tabernáculos (Ne. 8.1-18) 
B. Jejum e reconhecimento dos pecados cometidos e sua confissão 
pública (Ne. 9.1-37) 
C. Um concerto de obediência (Ne. 9.38; 10.39) 
III. Neemias promove a reforma da nação (Ne. 11.1; 13.31) 
A. Distribuição habitacional do remanescente (Ne.11.1; 12.26) 
B. Dedicação dos muros (Ne. 12.27-47) 
C. Reformas no segundo mandato de Neemias (Ne. 13.1-31) 
 
 
 
44 
 
Os dois primeiros livros, Esdras e Neemias, costumam serem estudados 
juntos por muitos estudiosos, inclusive, de acordo com Ellisen (1991) eles eram tidos 
como um único livro, tanto pelos judeus quanto pela Septuaginta, porém a Vulgata, 
que é uma tradução latina da bíblia, os dividiu e a igreja protestante os manteve 
como estão até hoje. 
 
Segundo Kidner (1985, p. 18), 
 
Bem claramente, estes dois livros são mais do que uma simples 
crônica. Aqui há ventos dos quais se aprende, e não somente 
acerca dos quais se sabe a respeito. Há, na realidade, certo 
relacionamento entre este último trecho de narrativa no Antigo 
Testamento e o último no Novo, sendo que os dois levam o leitor a 
um ponto de chegada que é uma etapa na viagem ao invés de ser 
o destino e tacitamente o convida a explorar o propósito de 
Deus mais profundamente. Com Neemias em Jerusalém, assim 
como no caso de Paulo em Roma, a narrativa é interrompida 
abruptamente, sem nos deixar nenhuma dúvida de que há uma 
pesada viagem pela frente, mas também de que a aventura foi bem 
iniciada e é de grande potencialidade. 
 
 
 
 
Autoria: Esdras é o autor e compilador destes dois livros, tanto quanto dos 
livros de Crônicas. Apenas em alguns trechos parece que Neemias tenha escrito 
algo, no entanto, de acordo com a maior parte dos estudiosos bíblicos, Esdras se 
utilizou das memórias de Neemias, e, por isso, o mais provável é que ele tenha 
garantido o uso da primeira pessoa, demonstrando que ambos participaram dos 
acontecimentos. 
 
Compilador: indivíduo que enfeixa, em uma única obra, textos, documentos e 
extratos provenientes de origens diversas. 
 
 
Esdras era um sacerdote, filho de Seraías, um sumo sacerdote que foi 
assassinado por Nabucodonosor. Ele era um mestre em Israel, com habilidade tanto 
para copista quanto para o ensino da lei. Por isso se envolveu tão arduamente para 
convencer o povo da necessidade de reconstruir o templo, para que o mais breve 
possível o culto fosse retomado, ao mesmo tempo em que cuidou para que a lei 
45 
 
fosse ensinada e propagada a todos, e para que ela fosse mantida, ele se entregou 
à escrita dos livros que levam sua autoria. Antes da chegada de Neemias a Israel 
ele foi um grande reformador espiritual. 
 
 
Neemias, que teve uma incomensurável contribuição para a formação destes 
livros, foi um grande líder que, até os dias de hoje é reconhecido por sua capacidade 
de liderança, usado como exemplo para líderes em todo o mundo. Provavelmente 
pertencia à tribo de Judá, porém, servia a Artaxerxes no exílio, já nesse tempo, 
persa. Após ficar sabendo da desolação de Israel, jejuou e orou, então, após ser 
questionado pelo rei pelo motivo de estar triste, recebeu deste a liberação para viajar 
até seu povo e ajudar a reconstruir sua cidade. Junto a ele seguiu o decreto do rei 
Ciro, liberando o povo para reedificar o reino judeu, e muitas provisões para a 
construção. Ao chegar a Jerusalém assumiu logo a liderança, e com um trabalho 
impressionante, reconstruíram os muros de Jerusalém. 
 
 
Artaxerxes: foi um rei da Pérsia. Filho de Xerxes I, e foi sucedido por seu filho 
Xerxes II. Seu apelido longímano foi dado porque ele tinha a mão direita maior que 
a mão esquerda. 
 
 
Objetivo dos livros: segundo Hoff (1996), o propósito de Esdras ao escrever 
estes livros era registrar na história a graça e poder de Deus em cumprir suas 
promessas feitas aos profetas de fazer regressar seu povo do exílio e os conduzir a 
salvos a Jerusalém, capacitando-os a reconstruir a cidade; junto a isso, o amor de 
Deus em levantar homens dispostos a cumprir a obra, a qual era a vontade do 
Senhor. 
 
A situação da época não era das melhores: a maior parte do povo de 
Jerusalém fora levada para o exílio, e não foram quaisquer pessoas, mas os ricos e 
sábios, ficando para trás apenas os pobres, doentes e incapazes. Tudo isso tornou a 
cidade de Judá uma grande calamidade. O povo que restou estava triste e não 
46 
 
tinham forças para reconstruir a nação. Precisavam urgentemente de alguma 
intervenção. Mesmo sob a liderança de Esdras, o povo ali continuou não 
conseguindo produzir. Apenas quando Neemias chega até Jerusalém, com recurso 
e muita disposição, consegue levantar o povo e os conduzir para a reedificação da 
cidade. 
 
 
Além das reformas civis, também reformaram o culto, a leitura da lei e 
seguiram para a reconstrução do templo a fim de retomarem os sacrifícios. A 
reforma espiritual foi de tal maneira grande, que os homens com casamentos mistos 
com mulheres não judias, despediram a estas com as crianças e não mais se 
envolveram nem com elas nem com a idolatria dos povos pagãos. 
 
 
 
47 
 
O Livro de Ester 
Esboço do Livro 
 
I. A providência de Deus no provimento de uma rainha (Et. 1.1; 2.18) 
A. A deposição de Vasti como rainha (Et. 1.1-22) 
B. O banquete de Assuero (Et. 1.1-9) 
C. A recusa de Vasti (Et. 1.10-12) 
D. A destituição de Vasti como rainha (Et. 1.13-22) 
E. Ester é escolhida como rainha da Pérsia (Et. 2.1-18) 
F. A busca da parte de Assuero (Et. 2.1-4) 
G. Ester é preferida (Et. 2.5-11) 
H. A escolha de Ester como a nova rainha (Et. 2.12-18) 
II. A providência de Deus no meio de uma trama (Et. 2.19; 4.17) 
A. Mardoqueu salva a vida do rei (Et. 2.19-23) 
B. A soberba de Hamã e sua trama traiçoeira (Et. 3.1-15) 
C. Mardoqueu convence Ester a interceder junto ao rei (Et. 4.1-17) 
III. A providência de Deus no livramento do seu povo (Et. 5.1; 9.32) 
A. O primeiro banquete de Ester: Um pedido inicial (Et. 5.1-8) 
B. A evolução da trama de Hamã (Et. 5.9-14) 
C. A providência da insônia do rei (Et. 6.1-14) 
D. O segundo banquete de Ester: Denunciada a trama de Hamã (Et. 7.110) 
E. O decreto do rei e a vitória dos Judeus (Et. 8.1; 9.16) 
F. A instituição da festa de Purim (Et. 9.17-32) 
IV. A providência de Deus na elevação de Mardoqueu (Et. 10.1-3) 
 
 
O livro de Ester é uma narrativa histórica de um acontecimento específico em 
que o povo judeu estava em perigo de serem exterminados. Alguns acreditam que 
esta obra se trata apenas de uma parábola ou um conto, e que, devido aparentes 
exageros contidos no texto, ele não se trata de fatos verídicos, mas de uma obra 
fictícia. No entanto, de acordo com Baldwin (1986, p. 13), 
 
 
48 
 
O livro de Ester, todavia, não é uma parábola. Pelo contrário, narra 
um incidente que tem muitas marcas de autenticidade, de 
historicidade, embora certos aspectos da narrativa muitas vezes 
tenham sido considerados improváveis para terem acontecido na 
vida real. O autor também tem sido acusado de exagerar em alguns 
detalhes. A fim de apreciar o seu livro, precisamosentender o seu 
objetivo ao escrevê-lo e, se possível, descobrir se ele estava 
relatando um incidente que realmente aconteceu, tanto quanto um 
habitante das Ilhas Britânicas em 1940 poderia contar a história 
da Batalha da Bretanha, impressionado com a extraordinária 
libertação que teve lugar. O estilo literário não precisa ser o de um 
livro de história. Inevitavelmente, certas características serão 
ressaltadas pelo escritor devido à sua importância, e ele será tão 
seletivo quanto os seus meios de comunicação o exigirem. 
Portanto, os aspectos literários são importantes para se chegar à 
mente do autor. 
 
 
 
 
Ou seja, o autor do livro de Ester se utiliza de vários estilos literários para 
desenvolver sua trama e torná-la memorável, porém, sem negar ou falsear os 
acontecimentos. 
 
 
Autoria: o autor ou autora da obra tinha uma grande habilidade dramática. 
Apesar de alguns nomes serem cogitados, como Mordecai, tio de Ester; Esdras e 
Neemias, todos eles parecem ser desqualificados tanto por estilo quanto por 
implicações extemporâneas. O mais comum de se aceitar é que a obra, de acordo 
com o Talmude, tem como autor alguém da Grande Sinagoga, e por isso Esdras 
seria um bom nome. 
 
 
Objetivo do livro: Há dois objetivos, o primeiro é histórico, que teve a 
intenção de encorajar o povo judeu a que continuassem confiando na promessa e 
proteção divina. O segundo é religioso, pois é nesse livro que se encontra a 
justificativa para a famosa festa judaica do Purim. 
 
 
 
49 
 
O livro conta a história da jovem Ester, ou Hadassa (nome judaico), que vivia 
exiliada na Pérsia, sob o reinado de Assuero. Havia ali um inimigo dos judeus, e 
principalmente de Mordecai, tio de Ester; seu nome era Hamã. Hamã que era um 
dos principais de Assuero procurava uma maneira para destruir todos os judeus. 
Todavia, Mordecai descobre o plano e resolve levar sua sobrinha Ester para ser a 
nova rainha de Assuero, já que a rainha anterior, Vasti, havia sido deposta por 
desagradar o rei publicamente. Ester conclama um jejum entre todo seu povo; ela e 
tantas outras mulheres aparecem por vários dias diante do rei, até que pela beleza, 
simpatia e humildade Ester é escolhida. Após ser eleita a nova rainha, ela prepara 
um banquete para Assuero e lhe conta todo o plano de Hamã, e este, então, é 
enforcado na própria forca que havia construído para Mordecai. Assim, mais uma 
vez Deus livra seu povo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
 
 
Para ampliar seus conhecimentos, sugerimos a leitura do artigo: Antigo 
Testamento. Este artigo aborda assuntos da vida e história do povo hebreu e a 
relação entre Deus e a humanidade na antiguidade. 
 
 
 
 Sugerimos a leitura do artigo: Livros históricos do Antigo Testamento. 
Este artigo fala sobre os textos sagrados do antigo testamento, eles contém relatos 
que vão desde a conquista da Terra Prometida até quase a época do Novo 
Testamento. 
 
 
 
Guia de estudo: Após a leitura desses dois artigos faça uma resenha de como foi o 
processo de conquista da Terra Prometida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Testamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Testamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livros_hist%C3%B3ricos_do_Antigo_Testamento
51 
 
Leitura obrigatória 
 
 
 
Sugerimos a você, estudante, a obra: Novo manual dos usos 
e costumes dos tempos bíblicos. Neste livro, o escritor 
apresenta em fotos, mapas e gráficos os estilos de vida e 
hábitos dos escritores e personagens bíblicos. E também nos 
leva aos tempos em que lugares, costumes, cultura, objetos, 
roupas, acessórios, e tantas outras curiodidades nos ajudam 
completamente a compreender de forma inegável o texto 
bíblico. 
 
 
 
GOWER, Ralph. Novo manual dos usos e costumes dos tempos bíblicos. São 
Paulo: CPAD, 2012. 
 
 
 
Guia de estudo: Faça uma análise dos costumes nos tempos antigo da Igreja em 
relação aos costumes da Igreja de hoje. Compartilhe sua reflexão, produzindo um 
texto dissertativo e poste no ambiente virtual. 
 
52 
 
Pesquisando na Internet 
 
Prezado estudante, você é convidado a buscar na Internet uma investigação 
referente ao assunto estudado nesta disciplina para ampliar seu conhecimento. Faça 
sua pesquisa sobre o assunto: Os três períodos da narrativa de Israel, antes do 
reinado, durante o reino e sua queda, os remanescentes e o retorno dos 
exilados na Babilônia. 
 
 
 
Guia de estudo: Após sua pesquisa, produza um texto relatando como foi o 
processo de retorno do povo judeu da Babilônia à Jerusalém e como procedeu a 
reedificação da Cidade Santa (Jerusalém). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
Vendo com os olhos de ver 
 
 
 
 
 
 Sugerimos também que você assista ao vídeo Introdução ao Antigo 
Testamento panorama do antigo testamento- IVT. Duração (9min. 52seg.) Neste 
vídeo é relatado uma divisão do Antigo Testamento e suas especificidades. 
 
 
 
 
Guia de estudo: Após assistir aos vídeos, faça uma resenha apontando os fatos 
importantes que fizeram com o que o povo judeu tivesse muitas vitórias, mas 
também algumas derrotas. Faça sua reflexão e compartilhe no ambiente virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=lePW9lSqClM&t=33s
http://www.youtube.com/watch?v=lePW9lSqClM&t=33s
54 
 
Revisando 
 
Os livros históricos são parte importante da constituição da história de Israel. 
Mas também constitui um valor muito superior, pois eles traçam a narrativa de todo o 
desenvolvimento da revelação divina em preparação para a vinda do Cristo. 
 
 
Eles são fonte histórica e espiritual, pois forçam o estudioso a olhar além dos 
fatos ocorridos, para a profecia, para os milagres e saber que tudo aquilo apenas foi 
possível por existir um Deus que governa tudo que há, e nada lhe passa 
despercebido. 
 
 
Ao todo são 12 livros que tratam dos acontecimentos desde a entrada e 
tomada da Palestina, no livro de Josué; a história dos fracassos na obra sobre os 
Juízes; o início da monarquia e o estabelecimento do reino até sua divisão e queda, 
nos livros de Samuel, Reis e Crônicas; bem como a volta do povo ao reino do Sul e 
o início da restauração de Jerusalém em Esdras e Neemias. Por fim, um belo drama, 
real, sobre a vida de Ester e a provisão de Deus para salvar seu povo na Pérsia. 
 
 
55 
 
Autoavaliação 
 
 
1 – Qual a importância dos livros históricos para sua época e para os dias de hoje? 
 
2 – O que podemos aprender com os livros que tratam sobre os levantes e quedas 
dos reis tanto do Norte quanto do Sul? 
 
3 – Como a história sobre o cuidado e provisão de Deus para que seu povo 
retornasse da Babilônia e restaurasse a nação israelita pode ser resumida? 
 
4 – De que maneira a realidade cristã é afetada por toda essa história? 
 
 
56 
 
Bibliografia 
 
 
______. Ester: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova; Mundo Cristão, 
1986. 
 
ATKINSON, David. A mensagem de Rute. São Paulo: ABU, 1991. 
 
BALDWIN, Joyce G. 1 e 2 Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova; 
Mundo Cristão, 1997. 
 
ELLISEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Vida, 1981. 
 
GUSSO, Antônio Renato. Os Livros Históricos: introdução fundamental e auxílios 
para a interpretação. São Paulo: AD Santos, S.D. 
 
HOFF, Paul. Os Livros Históricos: a poderosa atuação de Deus no meio do seu 
povo. São Paulo: Vida, 1996. 
 
KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introdução e comentário. São Paulo: Vida 
Nova; Mundo Cristão, 1985. 
 
PRATT, Jr., Richard L. Comentário do Antigo Testamento: 1 e 2 Crônicas. São 
Paulo: Cultura Cristã, 2008. 
 
 STANLEY, A. Ellisen. Conheça Melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Ed. 
Vida, 1996, (p.13). 
 
 
 
 
 
 
57 
 
Bibliografia WebBÍBLIA, o Pentateuco e os livros históricos. Disponível em: 
http://www.comshalom.org/biblia-o-pentateuco-e-os-livros-historicos/. Acesso em: 20 
abr. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.comshalom.org/biblia-o-pentateuco-e-os-livros-historicos/
58 
 
Vídeos 
 
 
Introdução ao Antigo Testamento panorama do antigo testamento- IVT. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lePW9lSqClM&t=33s. Acesso em: 
12 abr. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=lePW9lSqClM&t=33s
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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