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02-Antigo-Testamento

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Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!” 
www.institutodeteologialogos.com.br | contato@institutodeteologialogos.com.br 
 
 
 
ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
1 - CONHECENDO O ANTIGO TESTAMENTO ............................................................................... 5 
1.1. NOMES ESCRITURAIS PARA A BÍBLIA ............................................................................................. 5 
1.2. DIVISÕES DO ANTIGO TESTAMENTO .............................................................................................. 7 
1.3. A MENSAGEM GERAL ................................................................................................................ 7 
2 - O PENTATÊUCO .................................................................................................................. 11 
2.1. GÊNESIS ................................................................................................................................ 11 
2.2. ÊXODO .................................................................................................................................. 12 
2.3. LEVÍTICO ................................................................................................................................ 15 
2.4. NÚMEROS ............................................................................................................................. 18 
2.5. DEUTERONÔMIO ..................................................................................................................... 20 
3 - OS LIVROS HISTÓRICOS ...................................................................................................... 23 
3.1. JOSUÉ ................................................................................................................................... 23 
3.2. JUÍZES ................................................................................................................................... 27 
3.3. RUTE .................................................................................................................................... 30 
3.4. 1 SAMUEL .............................................................................................................................. 32 
3.5. 2 SAMUEL .............................................................................................................................. 32 
3.6. 1 REIS ................................................................................................................................... 33 
3.7. SOBRE A DIVISÃO E DECLÍNIO DO REINO ...................................................................................... 33 
3.8. 2 REIS ................................................................................................................................... 34 
3.9. 1 E 2 CRÔNICAS ...................................................................................................................... 36 
3.10. ESDRAS ................................................................................................................................. 36 
3.11. NEEMIAS ............................................................................................................................... 38 
3.12. ESTER ................................................................................................................................... 41 
4 - OS LIVROS POÉTICOS .......................................................................................................... 43 
4.1. JÓ ........................................................................................................................................ 43 
4.2. OS SALMOS ............................................................................................................................ 44 
4.3. PROVÉRBIOS ........................................................................................................................... 48 
4.4. ECLESIASTES ........................................................................................................................... 48 
4.5. CANTARES DE SALOMÃO ........................................................................................................... 49 
5 - OS LIVROS PROFÉTICOS ...................................................................................................... 51 
5.1. ISAÍAS ................................................................................................................................... 53 
5.2. JEREMIAS ............................................................................................................................... 56 
5.3. LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS ...................................................................................................... 56 
5.4. EZEQUIEL ............................................................................................................................... 57 
5.5. DANIEL .................................................................................................................................. 58 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
3 
5.6. OSÉIAS .................................................................................................................................. 60 
5.7. JOEL ..................................................................................................................................... 60 
5.8. AMÓS ................................................................................................................................... 61 
5.9. OBADIAS ............................................................................................................................... 61 
5.10. JONAS ................................................................................................................................... 61 
5.11. MIQUÉIAS .............................................................................................................................. 62 
5.12. NAUM .................................................................................................................................. 62 
5.13. HABACUQUE .......................................................................................................................... 62 
5.14. SOFONIAS .............................................................................................................................. 63 
5.15. AGEU .................................................................................................................................... 63 
5.16. ZACARIAS ............................................................................................................................... 63 
5.17. MALAQUIAS ........................................................................................................................... 64 
6 - PERÍODO INTERBÍBLICO ..................................................................................................... 66 
6.1. ASPECTOS POLÍTICOS ............................................................................................................... 66 
6.2. GRUPOS RELIGIOSOS DOS JUDEUS .............................................................................................. 69 
6.3. A LITERATURA ........................................................................................................................ 70 
6.4. EVENTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES .......................................................................................... 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 
01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
5 
1 - CONHECENDO O ANTIGO TESTAMENTO 
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo 
de Israel mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. 
Igualmente fizeram o registro das mensagens e revelações que receberam do Deus de 
Israel. Esses registros tinham grande significado e importância na vida daquele povo e, por 
isso, foram copiados muitas vezes e passados de geração em geração. 
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em três grupos de 
livros, assim conhecidos, em hebraico: 
– Torah (Lei): reúne os primeiros cinco livros da Bíblia, o assim chamado Pentateuco. 
 – Neviim (Profetas): seção que inclui os profetas anteriores (Josué, Juízes, Samuel e 
Reis) e os profetas posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os Doze Profetas Menores). 
– Ketubim (Escritos): reúne os demais livros, entre os quais Salmos, Provérbios, Jó, 
Eclesiastes, e também Esdras e Neemias, Daniel, e os livros de Crônicas, que aparecem em 
última posição no cânone hebraico. 
As letras iniciais dessas divisões formam o acrônimo TaNaK, que é o nome que os 
judeus dão à Bíblia. 
1.1. Nomes Escriturais Para a Bíblia 
Há pelo menos três nomes escriturais mais comuns para a Bíblia: A Palavra de Deus, 
As Escrituras e Os Oráculos de Deus. (Ef 6.10-17; Mt 21.42; Jo 5.39; At 17.11-38; 2 Tm 3.15; 
Hb 4.12). 
No entanto, a Bíblia (do grego biblion, biblioteca de pequenos livros) pode ser 
identificada por vários nomes em seu próprio conteúdo. Vejamos alguns: 
1. Livro da Lei (Deuteronômio 31:26) - "Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado 
da arca do pacto do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha 
contra vós." A Bíblia é descrita como um livro de leis, leis as quais não são 
destinadas a nos escravizar ou sufocar o nosso relacionamento com Deus, mas 
que se destinam a aumentar o nosso conhecimento da justiça de Deus e nos 
direcionar a Cristo. 
2. Evangelho (Romanos 1:16) - "Porque não me envergonho do evangelho, pois é o 
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê..." A Bíblia nos revela o 
Evangelho, a boa nova, sobre o Senhor Jesus Cristo. Através de Filho de Deus, os 
nossos pecados são perdoados e recebemos a salvação. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
6 
3. Sagradas Escrituras (Romanos 1:2) - "que ele antes havia prometido pelos seus 
profetas nas santas Escrituras." A Bíblia é uma coleção de escritos sagrados que 
são santos e autoritários porque foram inspirados por Deus. 
4. Lei do Senhor (Salmo 19:7) - "A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o 
testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples." As leis da Bíblia não 
devem ser confundidas com quaisquer outras porque são os mandamentos do 
Senhor, só dEle, e não ideias do homem. 
5. Palavras de Vida (Atos 7:38) - "Este é o que esteve na congregação no deserto, 
com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu 
palavras de vida para vo-las dar." A Bíblia é um livro vivo, pois cada livro, capítulo 
e versículo estão vivos com o conhecimento e a sabedoria de Deus. 
6. A Palavra de Cristo (Colossenses 3:16) - "A palavra de Cristo habite em vós 
ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, 
com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em 
vossos corações." A mensagem de Cristo é a mensagem da salvação do pecado 
através do Único que pode realizá-la. 
7. Escrituras (2 Timóteo 3:16) - "Toda Escritura é divinamente inspirada e 
proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça." 
Inspirada por Deus, a Bíblia é uma coleção de escritos como nenhuma outra. É o 
único livro escrito por homens movidos, ou "levados", pelo Espírito de Deus (2 
Pedro 1:21). 
8. O Rolo (Salmo 40:7) - "Então disse eu: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito 
a meu respeito." Ao profetizar sobre Jesus, a Bíblia refere-se a si mesma como 
um rolo, um rolo de pergaminho documentando o conhecimento de valor 
inestimável a ser compartilhado de geração em geração. 
9. Espada do Espírito (Efésios 6:17) - "Tomai também... a espada do Espírito, que é 
a palavra de Deus." Assim como a espada, a Bíblia pode se defender contra 
qualquer ataque com a verdade de Deus. O escritor aos Hebreus diz que a Bíblia é 
mais cortante do que qualquer "faca de dois gumes" porque é capaz de dividir a 
"alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e 
intenções do coração" (Hebreus 4:12). 
10. Verdade (João 17:17) - "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade." Já 
que a Bíblia é a Palavra de Deus, então ela é a verdade. Cada palavra é da mente 
de Deus. Já que Ele é a verdade, então a Sua Palavra também tem que ser 
verdade. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
7 
11. Palavra de Deus (Lucas 11:28) - "Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os 
que ouvem a palavra de Deus, e a observam." A Bíblia é como o porta-voz de 
Deus, pois através de cada livro Ele fala diretamente a nós. 
12. Palavra da Vida (Filipenses 2:16) - ".... retendo a palavra da vida." A Bíblia nos 
revela a diferença entre a vida e a morte - a vida eterna que está diante daqueles 
que aceitam a Jesus Cristo como seu Salvador e a morte eterna para aqueles que 
não O aceitam. 
13. Palavras do Senhor (Salmo 12:6) - "As palavras do Senhor são palavras puras, 
como prata refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes." As palavras 
da Bíblia são perfeitas e sem falha porque são as palavras do Senhor, 
proclamadas pelos profetas e apóstolos para revelar o amor e a glória de Deus. 
1.2. Divisões do Antigo Testamento 
Os livros do A.T. reúnem-se naturalmente em quatro grupos fáceis de serem 
lembrados. Em ordem são: 
1. Lei – 5 livros. 
2. História – 12 livros. 
3. Devoção ou Poesia – 5 livros. 
4. Profecia – 17 livros. 
1.3. A Mensagem Geral 
A. Lei. O primeiro grupo relata a história das comunicações de Deus e Seu trato 
direto com seus filhos, no princípio dos tempos, durante a época dos patriarcas, como 
Abraão, Isaque e Jacó e até a morte de Moisés pouco antes da ida à Terra Prometida, sob a 
direção de Josué. Nestes livros está contido tudo o que é conhecido como Lei, inclusive os 
Dez Mandamentos (Êx 20.3-17). 
Entretanto, lembramos que, incidentemente, ainda hoje, Moisés, permanece como o 
maior dos legisladores, mais do que Drácon, Solon ou outro qualquer. Muitas de nossas 
leis comuns vêm das leis Portuguesas que por sua vez vieram das romanas, das quais 
muitas vieram de Moisés. Todo o grupo de livros revela Deus como a primeira grande 
causa e Criador, mas vai além disto, e O revela como Pai paciente, amoroso, interessado e 
sempre tentando abençoar o homem que Ele criou à sua própria imagem. 
B. Históricos. Os doze livros de História começam com o de Josué e terminam com o 
de Ester. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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O mundo registrou muitas Histórias de muitas nações, mas considerando a influência 
que a Bíblia e Cristo têm tido no mundo inteiro, lembrando que esta História é a que 
registra a preparação para a vinda de Cristo, será facilmente notada que esta é a Históriamais significante na vida do mundo, de suas civilizações e religiões, do que qualquer outra 
história já registrada. 
Estes livros de História cobrem um período de mais de mil anos da conquista da Terra 
Santa, em 1400 a.C. ao ano 400 a.C. Naturalmente daí só as altas luzes e os elevados picos 
das montanhas ainda existem, os quais tiveram comunicação direta com o cuidado e 
preparação de Deus para dar ao mundo o Redentor, o Cristo, Senhor. 
C. Devocionais (Poéticos). Os livros do culto e devoção dos Hebreus formam o centro 
do culto e da música sacra do mundo até os dias presentes. Os salmos são cantados em 
mais de oitocentas línguas, por seiscentos milhões de cristãos, sem dizer os milhões de 
judeus. 
A poesia lírica dos hebreus estava no auge mil anos antes das líricas de Horácio. 
Débora cantou uma canção modelo cem anos antes do nascimento de Sapho. O escritor de 
Eclesiastes discutiu o problema do mal 500 anos antes de Sócrates escrever seus diálogos. 
Os Salmos são quase mil anos mais velhos do que Ovídio, e hoje esses poemas líricos são 
lidos e cantados por mais pessoas do que antes. 
Quem quiser usar levianamente qualquer porção da Bíblia, incluindo o Antigo 
Testamento, deve considerar estes fatos. 
D. Proféticos. Os críticos literários das grandes universidades classificam o primeiro 
livro de profecia (Isaías) como um dos maiores trabalhos de literatura de todos os tempos. 
Não é isto, entretanto, que o estudante da Bíblia está principalmente interessado. A 
questão é: esses livros são, realmente, mensagens de Deus; e qual é a mensagem contida 
neles? 
Responder tais perguntas em apenas um parágrafo é impossível, mas pode ser dito 
que uma das convincentes provas da inspiração divina do A.T. e da divina filiação de Cristo 
está contida nestes livros. Esses livros foram escritos aproximadamente, do ano 800 a 400 
a.C. Ao lado de suas mensagens ardentes para as gerações, e de suas valiosas lições de 
retidão, que foram cumpridas, em seus mínimos detalhes em Cristo, estão nos 
acontecimentos do Novo Testamento. 
Por exemplo: Oitocentos anos antes de Cristo, a época em que nenhuma nação 
praticava a punição capital pela crucificação, foi profetizado que Cristo morreria pela 
crucificação. Era para Ele iniciar sua missão na Galiléia. Era para confirmar Sua missão por 
milagres. Era para ser homem sensível; era para entrar em Jerusalém com triunfo; era para 
ser rejeitado pelos judeus; era para ser traído e até o preço (trinta moedas de prata) foi 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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predito. Seu procedimento durante o julgamento foi predito; era para sofrer abusos, era 
para morrer sob sentença judicial; era para ser escarnecido; suas vestes haveriam de ser 
rasgadas, e sortes sobre elas haveriam de ser lançadas pelos transgressores; era para 
perecer em meio de crueldades e zombarias; nenhum de seus ossos deveria ser quebrado; 
era para ser traspassado; era para fazer sua sepultura com o rico. 
Estas são algumas das coisas que foram preditas e cumpridas em seus mínimos 
detalhes. Nenhuma outra explicação razoável pode ser dada, a não ser a que Deus existe 
antes e depois dos escritos do Antigo e Novo Testamentos, e que os homens que 
manejaram as penas tiveram a mente do Senhor atrás de si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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AULA 
02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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2 - O PENTATÊUCO 
É composto dos cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 
Neles vemos como Deus escolheu os israelitas para ser seu povo, libertou-os da escravidão 
no Egito e firmou com eles uma aliança no monte Sinai. O Pentateuco também contém os 
preceitos da lei judaica instituída por Deus. 
2.1. Gênesis 
A. Tema. Este livro é bem definido pelo seu título, Gênesis, que significa “princípio”, 
porque é a história do princípio de todas as coisas – o princípio do céu e da terra, o 
princípio de todas as formas de vida e de todas as instituições e relações humanas. Tem 
sido chamado o “viveiro” das gerações da Bíblia pelo fato de nele se encontrarem todos os 
começos de todas as grandes doutrinas referentes a Deus, ao homem, ao pecado e à 
salvação. O primeiro versículo anuncia o propósito do livro. “No princípio criou Deus os 
céus e a terra”. Ora, sendo ele o Deus e Criador de toda a terra, devia por fim tornar-se o 
Redentor de toda a terra. O livro relata como se tornou necessária a redenção, devido ter 
o homem pecado e caído nas trevas; e como Deus escolheu uma nação a fim de que 
levasse a luz da verdade divina às demais nações. 
B. Autor. A tradição judaica lista Moisés como o autor do Gênesis e dos outros quatro 
livros que o seguem, juntos, estes livros são denominados de Pentateuco. Jesus disse: “Se 
vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46) O próprio 
Pentateuco descreve Moisés como alguém que escreveu extensivamente. 
C. Esfera de Ação. Não temos nenhuma evidência extra bíblica a qual possamos 
relacionar a data do livro. O que podemos fazer é remontar uma data tomando como 
referência 1 Rs 6.1. Tomando por certo que a cifra 480 nesse texto deve ser entendida 
literalmente, podemos concluir que o 4º ano do reinado de Salomão que se deu em 966 
a.C., aconteceu 480 anos depois que os israelitas saíram do Egito. 
O período de 40 anos da peregrinação de Israel pelo deserto, que durou de 1.446 a.C. 
até 1.406 a.C., provavelmente foi a ocasião em que Moisés escreveu o que chamamos hoje 
de Pentateuco. 
D. Conteúdo. Gênesis é o livro que relata o princípio de todas as coisas. Moisés faz 
uma retrospectiva conduzindo-nos à origem de tudo e concentrando-se numa verdade 
absoluta: ―Deus criou‖. É o único registro da origem do universo, do homem, da mulher, 
da entrada do pecado do homem, da primeira promessa de redenção de Deus e, também, 
dos primeiros julgamentos sobrenaturais de Deus. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
12 
Em Gn 1.26-28 Deus deixa claro que criou o homem e a mulher para abençoá-los e a 
fim de que pudessem exercer domínio em lugar dele sobre toda a criação. A desobediência 
humana ameaçou o plano de Deus para a humanidade expresso na criação. Deus 
respondeu chamando Abraão, por meio de quem a bênção divina triunfaria por fim. 
Em seus primeiros onze capítulos, Gênesis trata de temas universais tendo como 
pano de fundo o Oriente Médio (antiga Mesopotâmia). A partir do capítulo 12, o foco 
central da história volta-se para Israel, tendo como pano de fundo a Palestina. Israel 
começa com um homem (Abraão), cresce em uma família (Isaque) e recebe seu nome 
(Jacó). 
A terceira parte do livro nos mostra como a providência de Deus intervém na história 
para fazer cumprir os Seus propósitos. A história da maldade dos irmãos de José, 
vendendo-os ao Egito será usada para preservação do povo de Deus, em meio à grave 
fome, então reinante na terra. 
Obviamente, Israel fracassou como povo-servo, fracasso este já previsto na Tora. Os 
alvos de Deus não podem, porém, ser frustrados. Por isso, um remanescente se levantou 
da nação, um remanescente, por fim, reduzido a um único descendente de Abraão - Jesus, 
o Cristo - que cumpriu em sua vida e morte os propósitos redentorese soberanos de Deus. 
2.2. Êxodo 
A. Título. Êxodo vem do grego, significando “sair”, e foi assim chamado porque 
registra a saída de Israel do Egito. 
B. Tema. Em Gênesis lemos acerca do princípio da redenção. No livro do Êxodo lemos 
acerca do progresso da redenção. Em Gênesis a redenção é efetuada através de 
indivíduos; em Êxodo, é efetuada através de uma nação inteira: Israel. A idéia central do 
livro é a redenção pelo sangue. Em torno dessa idéia concentra-se a história de um povo 
salvo pelo sangue, amparado pelo sangue e tendo acesso a Deus pelo sangue. Essa 
redenção se apresenta suprindo todas as necessidades da nação. Oprimido pelos egípcios, 
Israel necessita de libertação. Deus provê essa libertação. Tendo sido salva, a nação 
necessita de uma revelação de Deus para orientá-la na conduta e no culto de sua nova 
vida. Deus lhe dá a Lei. Convencidos do pecado pela santidade da Lei, os israelitas sentem 
a necessidade de purificação. Deus provê sacrifícios. Tendo uma revelação de Deus, o povo 
sente a necessidade de culto. Deus lhe dá o tabernáculo e estabelece um sacerdócio. 
C. Autor. Moisés. 
D. Esfera de Ação. Os acontecimentos registrados em êxodo abrangem um período 
de 216 anos, cerca de 1706 a 1490 a.C. Começa com um povo escravizado habitando na 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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presença da idolatria egípcia e termina com um povo redimido habitando na presença de 
Deus. 
O livro em si jamais identifica o faraó com quem Moisés contendeu, mas indica que o 
êxodo ocorreu em algum momento durante o auge do império egípcio. A Tradição 
conservadora data a morte de Moisés em algum tempo ao redor de 1.400 a.C. Desta 
forma, é provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarenta anos 
anteriores, durante a caminhada pelo Deserto. 
E. Conteúdo. A família de Jacó desceu ao Egito para fugir da fome reinante na 
Palestina. Mas após saciarem sua fome, contudo, não voltaram à sua terra, fruto da 
promessa de Deus, mas permaneceram no Egito. As dinastias que se sucederam no trono 
egípcio não eram tão simpáticas ao povo de Israel e por isso o subjugaram e os 
escravizaram ali no Egito. 
Foram 400 anos de cativeiro. Mas após estes anos de cativeiro, não estavam apenas 
os 70 homens da família de Jacó que desceram ao Egito, mas eram, agora, 600.000 
homens do povo de Deus. E Deus levanta um libertador, Moisés, com sinais e prodígios, 
para livrá-los do cativeiro egípcio. Atravessam em seco o Mar Vermelho e é necessário 
atravessar o deserto do Sinai para voltarem do Egito à terra de Canaã e este tempo de 
caminhada é fundamental para que Deus forjasse neles algo novo e imprescindível. O 
povo precisava ser transformado em nação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
14 
O ÊXODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
15 
O TABERNÁCULO DE MOISÉS 
Tabernáculo era uma tenda itinerante que foi o centro de adoração até a construção 
do Templo de Salomão (Êx 25), Confeccionado no deserto, quando da estada do povo no 
monte Horebe, tratava-se de uma construção feita de tábuas de madeira revestidas de 
ouro que se encaixavam e formavam uma estrutura de 15m x 5m, com 5 m de altura, 
coberta por três camadas de tendas. O Tabernáculo em si possuía uma divisória, 
separando o Santo Lugar (onde estavam o Candelabro, o Altar do Incenso e a Mesa dos 
Pães) do Santo dos Santos (onde ficava a Arca da Aliança). 
O Átrio dos Sacerdotes era a parte externa do Tabernáculo, onde se faziam os 
sacrifícios e os ofícios do culto. Tinha cortinas delimitadoras do seu espaço de 50m x 25m, 
onde ficavam o Altar do Holocausto (para os sacrifícios de animais) e a Bacia de Bronze 
(onde os sacerdotes se lavavam antes de realizarem a oferta). 
O Tabernáculo foi o centro da vida nacional de Israel, representando a habitação de 
Deus no meio do povo. 
2.3. Levítico 
A. Título. Chama-se Levítico pelo fato de ser um registro de leis referentes aos levitas 
e seu serviço. 
B. Tema. No livro do êxodo vimos Israel redimido; a redenção de um povo 
escravizado. Levítico diz-nos como um povo redimido pode aproximar-se de Deus pela 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
16 
adoração e como pode ser mantida a comunhão assim estabelecida. A mensagem de 
Levítico é: o acesso a Deus é somente por meio do sangue e o acesso assim obtido exige a 
santidade do adorador. A maioria dos tipos no livro refere-se à obra expiatória de Cristo e 
manifesta-se nas diferentes oferendas que ali se escrevem. Êxodo da-nos o relato da 
oferenda única que redimiu Israel de uma vez e para sempre. Levítico dá-nos muitos 
quadros dessa oferenda no que se relaciona com os diferentes aspectos da redenção. A 
mensagem do livro está muito bem exposta no versículo 2 do capítulo 19. Observe o 
propósito prático do livro: contém um código de leis divinamente determinado e 
designado para tornar Israel diferente de todas as demais nações, espiritual, moral, mental 
e fisicamente. Em outras palavras, Israel tornar-se-ia uma nação santa – uma nação 
separada dos modos e costumes das nações que a cercavam, e consagrada ao serviço do 
único e verdadeiro Deus. 
C. Autor. Moisés. 
D. Esfera de Ação. O livro abrange o período de um ano da jornada de Israel no Sinai. 
E. Conteúdo. Após caminharem três meses pelo deserto do Sinai, o povo de Israel 
chega ao pé do Monte Sinai. Permanecem parados durante algum tempo recebendo as leis 
e orientações de Deus. Desde Êxodo 19 e por todo o livro de Levítico, encontramos Deus 
comunicando - se com eles, através de Moisés. O livro de Êxodo terminou com o 
levantamento do Tabernáculo, construído segundo os padrões que Deus dera a Moisés. 
Mas como Israel iria utilizar o Tabernáculo? 
As instruções encontradas em Levítico são a resposta dada a esta pergunta e foram 
dadas pelo Senhor a Moisés no intervalo de 50 dias entre a inauguração do Tabernáculo 
(Êx 40.17) e a partida do povo do Sinai (Nm 10.11). O livro de Levítico é um livro sobre a 
santidade de Deus e as exigências para a comunhão com Ele. Em Levítico conhecemos o 
Deus Santificador, o Deus que deseja conduzir-nos ao que há de melhor e mais aceitável 
no culto, na saúde, no relacionamento interpessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
17 
SACRIFÍCIOS DO ANTIGO TESTAMENTO 
SACRIFÍCIO REFERÊNCIA ELEMENTOS PROPÓSITO 
Holocausto 
Lv 1; 6.8-13; 
8.18-21; 
16.24 
Novilho, carneiro ou ave 
(rolinhas ou pombinhos no caso 
dos pobres); totalmente 
consumidos; sem defeito. 
Ato voluntário de 
adoração; expiação por 
pecados sem 
intenção em geral; 
expressão de dedicação, 
devoção e total entrega a 
Deus. 
Oferta de 
cereal 
Lv 2; 
6.14-23 
Grãos, a melhor farinha, azeite, 
incenso, pães assados (bolos ou 
pães finos), sal; nenhum 
fermento nem mel. Acompanha 
o holocausto 
ou a oferta de comunhão (junto 
com a oferta derramada). 
Ato voluntário de 
adoração; 
reconhecimento da 
bondade e providência 
divina; 
devoção a Deus. 
Oferta de 
comunhão 
Lv 3; 
7.11-34 
Qualquer animal sem defeito 
dentre as manadase os 
rebanhos; vários pães. 
Ato voluntário de 
adoração; ações de graças 
e comunhão 
(incluía uma refeição 
comunitária). 
Oferta 
pelo 
pecado 
Lv 4.1-5.13; 
6.24-30; 
8.14-17; 
16.3-22 
1. Novilho: para o sumo 
sacerdote e a congregação. 
2. Bode: para o líder. 
3. Ovelha ou cordeiro: para as 
pessoas em geral. 
4. Rolinha ou pombinho: para 
os pobres. 
5. Jarro da melhor farinha: para 
os muito pobres. 
Expiação obrigatória para 
pecado específico sem 
intenção; confissão do 
pecado; perdão do 
pecado; purificação da 
contaminação. 
Oferta 
pela culpa 
Lv 5.14-6.7; 
7:1-6 
Carneiro ou cordeiro 
Expiação obrigatória sem 
intenção que quer 
restituição; purificação 
sem intenção que requer 
restituição; purificação da 
contaminação; fazer 
restituição, pagar muita 
de 20%. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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FESTAS DE ISRAEL 
NOME MÊS / DIA REFERÊNCIA SIGNIFICADO 
Páscoa 
nisã (mar./abr.): 
1 4 - 21 
Ex 12.2-20; 
Lv 23.5 
Comemora a libertação que 
Deus concedeu a Israel, tirando-
o do Egito. Comemora a 
libertação que Deus concedeu a 
Israel, tirando-o do Egito. 
Festa dos 
Pães Asmos 
nisã (mar./abr.): 
15 - 21 
Lv 23.6-8 
Inclui um Dia das Primícias pela 
colheita de cevada. 
Festa das 
Semanas ou 
Colheita 
(Pentecostes) 
sivã (mai./jun.): 6 
(sete semanas 
após a Páscoa) 
Êx 23. 16; 34.22; 
Lv 23. 15-21 
Comemora a entrega da lei no 
monte Sinai. Inclui um dia das 
Primícias pela colheita de trigo. 
Festa das 
Trombetas 
(Rosh 
Hashanah) 
tisri (set./out.): 1 
Lv 23.23-25; 
Nm 29.1-6 
Dia em que se tocavam 
trombetas para assinalar o início 
do ano civil. 
Dia da Expiação 
(Yom Kippur) 
tisri (set./out.): 
10 
Lv 23.26-33; Êx 
30.10 
Nesse dia, o sumo sacerdote faz 
expiação pelo pecado da nação. 
Também um dia de jejum. 
Festa das 
Cabanas 
(Sukkot) 
tisri (set./out.): 
15 - 21 
Lv 23.33-43; 
Nm 29.1 2-39; 
Dt 16.13 
Comemora os quarenta anos de 
peregrinação no deserto. 
Festa da 
Dedicação 
ou das Luzes 
(Hanukkah) 
quisleu 
(nov./dez.): 
25 - 30; e tebete 
(dez./jan.): 1- 2 
Jo 10.22 
Comemora a purificação do 
templo promovida por Judas 
Macabeu em 1 64 a. C. 
Festa de Purim 
ou de Ester 
adar (fev./mar.): 
14 
Et 9 
Comemora o livramento do povo 
judeu nos dias de Ester. 
 
2.4. Números 
A. Título. O livro de Números tem este título porque trata do registro dos dois censos 
de Israel antes de entrar em Canaã. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
19 
B. Tema. Em Êxodo vimos Israel redimido; em Levítico vimos Israel em adoração; e 
agora em Números vemos Israel servindo. O serviço do Senhor não devia ser feito de uma 
maneira casual, razão por que o livro nos apresenta o quadro de um acampamento, onde 
tudo é feito segundo a primeira lei do céu – a ordem. O povo é numerado conforme as 
tribos e famílias; a cada tribo é designado o seu lugar no acampamento; a marcha e o 
acampamento são regulados com precisão militar; e no transporte do Tabernáculo cada 
levita tem a sua tarefa especial. Além de ser um livro de serviço e ordem, Números é um 
livro que registra o fracasso de Israel que, por não crer nas promessas de Deus, não entrou 
em Canaã, e, consequentemente, peregrinou no deserto por castigo. Contudo, foi uma 
falta que não frustrou os planos de Deus, porque o fim do livro deixa Israel nas fronteiras 
da Terra Prometida, aonde a nova geração de israelitas espera entrar. Desta maneira 
quatro palavras – serviço, ordem, falha e peregrinação – resumem a mensagem de 
Números. 
C. Autor. Moisés. 
D. Esfera de Ação. 39 anos de jornada do povo de Israel no deserto, desde cerca de 
1490 até 1451 a.C. 
C. Conteúdo. O livro de Números começa com o povo se preparando para a jornada à 
terra prometida. O plano de Deus era que em poucas semanas eles chegassem à terra de 
Canaã. Moisés, por ordem de Deus conta todo o povo (600.000 homens) e os organiza para 
aquela caminhada. (o número do censo representa homens aptos para uma guerra, 20 
anos acima. Isso nos leva a concluir que a nação de Israel, homens mulheres e crianças 
chegariam a aproximadamente 2.500.000 pessoas). 
Espias são enviados à Terra Prometida e depois de 40 dias retornam com o relatório. 
De acordo com este relatório havia gigantes na terra, que ali proliferaram durante os 400 
anos em que Israel permaneceu no Egito. Ao ouvir o relatório o povo de Israel se esqueceu 
do poder e do cuidado de Deus e por isso não deu ouvido a Josué e Calebe, dando ouvido 
aos outros 10 espias e murmuram contra Deus. 
Como castigo Deus os faz peregrinar em torno de Cades Barnéia, por 
aproximadamente 38 anos, caminhando sem chegar a lugar nenhum (Nm. 33), até que 
aquela geração adulta (maiores de 20 anos) incrédula morresse e seus filhos, numa nova 
geração, entrassem na posse da terra de Canaã. Aí, então, um novo censo é feito. De 
acordo com este novo censo mantém o número de 600.000 homens na nova geração (Nm. 
26.63-66). Números é um livro de peregrinações, mas é também um livro de murmurações 
e rebeliões. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
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2.5. Deuteronômio 
A. Título. Deuteronômio origina-se de duas palavras gregas que significam “segunda 
lei”, e chama-se assim pelo fato de registrar a repetição das leis dadas no Sinai. 
B. Tema. Moisés cumpriu a sua missão. Conduziu Israel do Egito às fronteiras da 
Terra Prometida. Agora que o tempo de sua partida chegou, ele resume perante a nova 
geração, numa série de discursos, a história passada de Israel, e nesse resumo baseia as 
admoestações e exortações que tornam Deuteronômio um grande sermão exortativo para 
Israel. Exorta a recordar o amor de Jeová para com eles durante as jornadas no deserto, 
para que pudessem estar seguros da continuação do seu cuidado quando entrassem em 
Canaã. Admoesta-os a observar a lei a fim de prosperarem. Lembra-lhes as suas apostasias 
e rebeliões passadas e os adverte das consequências da desobediência futura. A 
mensagem de Deuteronômio pode resumir-s em três exortações: Recorda! Obedece! 
Cuidado! 
C. Autor. Deuteronômio identifica o conteúdo do livro com Moisés: “Estas são as 
palavras que Moisés falou a todo o Israel” (1.1). “Moisés escreveu esta Lei, e a deu aos 
sacerdotes” (31.9) também pode ser indício de que tenha escrito todo o livro. O nome de 
Moisés aparece quase quarenta vezes, e o livro reflete claramente a personalidade de 
Moisés. O uso corrente da primeira pessoa do singular em todo o livro apoia ainda mais a 
autoria mosaica. Tanto a tradição judaica quanto a samaritana são unânimes em identificar 
Moisés como o autor. O último capítulo, que contém o relato da morte de Moisés, foi 
escrito, provavelmente, por seu amigo íntimo, Josué. 
D. Esfera de Ação. Dois meses nas planícies de Moabe, 1451 a.C. 
E. Conteúdo. Após 40 anos de caminhada no deserto, aproximava-se o momento de 
entrarem novamente na posse da terra de Canaã. Chegam às Campinas de Moabe, na área 
em que o Jordão deságua no mar Morto (1.5), e ali avistam a Terra Prometida. O que Deus 
havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó séculos antes estava prestes a se tornar realidade. 
Deuteronômio é a proclamação de uma segunda chance para Israel. A falta de fé e a 
infidelidade de Israel tinham impedido a conquista de Canaã anteriormente. 
Toda a primeira geração de israelitas já havia morrido. Chega às portas de Canaã uma 
nova geração que não haviam experimentado o livramento do Mar Vermelho, nem a 
entrega da Leido Sinai. Era preciso relembrá-los do poder de Deus e das leis de Moisés. 
Por isso, antes de entrarem na posse e gozo da terra prometida, e de transferir a 
liderança a Josué, Moisés gasta com esta nova geração um longo tempo em lembranças, 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
21 
especialmente da lei do Senhor, expondo novamente os mandamentos e estatutos do 
Senhor. 
O livro contém os discursos feitos por Moisés durante os seus últimos meses de vida 
para esta nova geração de israelitas, quando eles estavam acampados na Planície de 
Moabe, antes de sua entrada na Terra Prometida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 
03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
23 
3 - OS LIVROS HISTÓRICOS 
Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. 
Esses livros relatam a história de Israel ao longo de um período de 800 anos, começando 
com a entrada do povo na terra prometida (Canaã) sob a liderança de Josué em 1.250 a.C. 
Além disso, dão detalhes da conquista daquela terra durante os 200 anos de governo dos 
juízes. Contam a vida dos reis Saul, Davi (1.000 a.C.) e Salomão. Relatam a divisão da terra 
em dois reinos (Israel e Judá) e a derrota dos judeus nas guerras contra os assírios (721 
a.C.) e os babilônios (586 a.C.). Focalizam também o retorno dos exilados para Israel (538 
a.C.) e o reassentamento do povo em Jerusalém e na Judéia, sob a liderança de Esdras e 
Neemias (aproximadamente em 450 a.C.). 
3.1. Josué 
A. Tema. Israel está agora em condições de tomar posse de Canaã e cumprir sua 
missão de ser testemunha às nações quanto à sua unidade, e defensor da palavra e Lei de 
Deus. Nos livros históricos, começando com Josué, veremos se Israel cumpriu ou não a sua 
missão. Josué é livro de vitória e de possessão, que apresenta o quadro de Israel, outrora 
rebelde, agora transformado num exército disciplinado de guerreiros, subjugando nações, 
que lhe eram superiores em número e poder. O segredo de seu êxito não é difícil de 
conhecer – “O Senhor pelejou por eles”. Tomando a fidelidade de Deus como pensamento 
central, poderíamos fazer um resumo da mensagem de Josué nas palavras de 21.45: 
“Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: 
tudo se cumpriu”. 
B. Autor. Josué. O Talmude diz que Josué escreveu todo o livro com exceção dos 
últimos cinco versículos. Foi escrito durante o tempo em que vivia Raabe (6.25). 
O autor do Livro de Josué não pode ser determinado pelas Escrituras. Ao que tudo 
indica o autor deve ter sido testemunha de alguns acontecimentos que ocorreram durante 
este período. 
 
Josué 24.1-26 sugere que o autor de pelo menos grandes seções foi o próprio Josué, 
homem de vida notável, repleta de emoção, diversidade, sucesso e honra. Era reconhecido 
pela profunda confiança em Deus. Como representante da tribo de Efraim, percorreu a 
terra de Canaã com os outros 11 espias, e, assim como Calebe deu relatório positivo de 
que mediante a fé em Deus era possível conquistar a terra. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
24 
Outras passagens, entretanto, não poderiam ter sido escritas por Josué. Sua morte é 
registrada no capítulo final (24.29-32). Vários outros acontecimentos que ocorreram após 
a sua morte são mencionados: A conquista de Hebrom por Calebe (14.6-15); a vitória de 
Otniel (15.13-17); e a migração para Dã (19.47). Passagens paralelas em Juízes 1.10-16 e 
Juízes 18 confirmam que esses acontecimentos ocorreram após a morte de Josué. 
Mais provável que o livro tenha sido composto em sua forma final por um escriba ou 
editor posterior, mas foi baseado em documentos escritos por Josué. 
C. Esfera de Ação. Desde a morte de Moisés até a morte de Josué, cobrindo um 
período de 24 anos, de 1451 1 1427 antes de Cristo. 
D. Conteúdo. Os cinco primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco) servem de pano de 
fundo para o Livro de Josué. A preparação do povo começou em Gênesis com a promessa 
da terra a Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12.1-3,7; 13.15; 15.7,18; 17.8; 26.3; 28.13). A 
preparação continuou durante dois séculos, enquanto os descendentes de Abraão viveram 
na Terra Prometida, mas nunca chegaram a controlá-la completamente. 
Durante os quatro séculos seguintes os israelitas viveram no Egito. O Livro de Êxodo 
registra sua fuga da escravidão e a entrega da lei. Levítico prepara-os para a adoração. 
Números e Deuteronômio oferecem-lhes uma estrutura cívica. Até mesmo a linguagem do 
relato de Josué descrevendo em detalhes a entrada na terra que iriam possuir é 
semelhante à descrição em Deuteronômio da preparação de Israel para entrar na Terra 
Prometida, O Livro de Josué faz referência ao Pentateuco como texto normativo para 
aquela geração (Js 1.7-8). 
Apesar de a lei e de o relacionamento especial de Israel com Deus mediante a aliança 
definirem a identidade nacional, Deus também havia prometido aos israelitas sua própria 
terra. 
O Livro de Josué é o registro da conquista dessa terra sob a liderança de Deus, Canaã, 
ponte natural estratégica ligando a África com a Ásia e, por decorrência, com a Europa, é 
uma terra singular. Ela une o oceano Índico (por meio do mar Vermelho) ao oceano 
Atlântico (através do Mediterrâneo), Sua história tem mais ocupações militares, batalhas e 
derramamento de sangue do que a de qualquer outro país do mundo; pelo menos trinta 
potências mundiais já marcharam sobre seu solo. Os povos que vivem nessa terra precisam 
ter um relacionamento especial com seu defensor. 
A Terra Prometida era uma região pagã. Apesar de Deus ter colocado testemunhas 
suas ali ao escolher Abraão e seus descendentes como povo eleito, o povo de Canaã 
continuou a adorar inúmeros deuses. Na época da conquista, a religião de Canaã havia se 
tornado tão decadente, que os hebreus chegaram a desenvolver várias práticas religiosas 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
25 
detestáveis expressamente proibidas para os israelitas, inclusive a prostituição cultual e o 
sacrifício de crianças (Lv 18.21; Dt 12.31; 23.17). 
O Egito, o gigante político da época, mostrou-se pouco preocupado. Outras potências 
políticas haviam sucumbido. E os próprios habitantes nativos de Canaã eram desunidos. O 
momento era perfeito para a invasão israelita. 
Depois de muitos anos de escravidão no Egito e 40 anos no deserto, os israelitas 
finalmente receberam permissão para entrarem na terra prometida a seus pais. Após a 
morte de Moisés, Josué assume a liderança do povo e entram na posse da terra de Canaã 
através de muitas lutas. 
Os habitantes de Canaã são inimigos hostis, idólatras, pervertidos. Prostituição de 
ambos os sexos, sacrifícios de crianças e sincretismo religioso eram algumas das 
características das religiões dos cananitas. Estes cananitas ocuparam a terra enquanto o 
povo esteve no Egito e no deserto. Todos os cananitas deveriam ser desalojados e 
destruídos. 
O livro de Josué descreve as diversas lutas pela conquista da terra de Canaã pelos 
israelitas. Demonstrando a todas as naçõesque o Deus de Israel é o verdadeiro Deus, e só 
ele deve ser adorado. Também é descrito como foi feita a divisão da terra pelas 12 tribos 
de Israel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
26 
CONQUISTA DE CANAÃ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
27 
3.2. Juízes 
A. Tema. Josué é o livro da vitória; Juizes, o livro do fracasso. Depois da morte de 
Josué, a nova geração de israelitas fez uma aliança com as nações que a antiga geração 
havia deixado na terra, atitude que resultou em idolatria e imoralidade. Isso lhes trouxe o 
juízo de Deus na forma de servidão às mesmas nações que deviam ter subjugado. Quando 
clamaram a Deus, foi-lhes enviado um libertador; durante o tempo em que esse viveu, 
permaneceram fiéis a Deus, mas depois da sua morte tornaram a seguir os velhos pecados. 
Nos últimos capítulos do livro, o escritor nos dá uma descrição detalhada daqueles tempos 
de apostasia e anarquia e explica o fenômeno pelo fato de que “Naqueles dias não havia 
rei em Israel: cada qual fazia o que achava mais reto”. A história do livro pode resumir-se 
em quatro palavras: Pecado, Servidão, Arrependimento, Salvação. 
B. Autor. Segundo a tradição judaica, o autor foi Samuel. 
C. Esfera de Ação. Abrange o período que vai da morte de Josué à magistratura de 
Samuel. 
D. Lista dos Juízes. O estudante deve fazer uma lista de todos os juizes, com os 
seguintes fatos a respeito de cada um: 
 De quem ele livrou Israel? 
 Por quanto tempo ocupou ele o cargo? 
 Quais os fatos importantes referentes a ele? 
Note que houve 12 juizes (excluindo Abimeleque, que foi um usurpador). 
 
JUÍZES DO ANTIGO TESTAMENTO 
NOME REFERÊNCIA IDENTIFICAÇÃO 
Otniel Jz 1.12-13; 3.7-
11 
Conquistou uma cidade Cananéia. 
Eúde Jz 3.12-30 Matou Eglom, rei de Moabe, e derrotou os moabitas. 
Sangar Jz 3.31 Matou 600 filisteus com uma aguilhada de bois. 
Débora Jz 4 — 5 Convenceu Baraque a liderar um exército na vitória contra as 
tropas de Sísera. 
Gideão Jz 6 — 8 Liderou 300 homens na vitória contra 135.000 midianitas. 
Tola Jz 10.1-2 Julgou por 23 anos. 
 
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ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
28 
Jair Jz 10.3-5 Julgou por 22 anos. 
Jefté Jz 11. 1 — 12.7 Derrotou os amonitas depois de fazer um voto ao Senhor. 
Ibsã Jz 12.8-10 Julgou por 7 anos. 
Elom Jz 12.11-12 Julgou por 10 anos. 
Abdom Jz 12.13-15 Julgou por 8 anos. 
Sansão Jz 13 — 16 Matou 1.000 filisteus com uma queixada de jumento; foi 
enganado por Dalila; destruiu um templo filisteu; julgou 20 
anos. 
Samuel 1 e 2 Sm Foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas. 
 
E. Conteúdo. Juízes cobre um período caótico na história de Israel: cerca de 1.380 a 
1.050 a.C. Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e ocupou de forma geral a terra de 
Canaã, mas grandes áreas ainda permaneceram por ser conquistadas pelas tribos 
individualmente. Muitos bolsões de resistência cananita tinham sido deixados para que as 
tribos os destruíssem. 
Mas ao invés de destruí-los o povo de Israel misturou-se e contaminou-se com os 
idólatras e o resultado da desobediência foram opressões dos inimigos e seguidos 
cativeiros, que se intercalavam com períodos de arrependimento e clamor, quando, então, 
o Senhor lhes suscitava um juiz, um libertador militar e magistrado civil, para conduzi-los 
aos caminhos corretos. 
Israel praticava continuamente o que era mau aos olhos do Senhor e “não havia rei 
em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (21.25). Ao servirem de 
forma deliberada a deuses estranhos, o povo de Israel quebrava a sua aliança com o 
Senhor. Em consequência, o Senhor os entregava nas mãos dos opressores. Cada vez que o 
povo clamava ao Senhor, este, com fidelidade, levantava um juiz a fim de prover libertação 
ao seu povo. Estes juízes, a quem o Senhor escolheu e ungiu com o seu Espírito, eram 
militares e civis. 
O Livro de Juízes não olha apenas retroativamente para a conquista de Canaã, 
liderada por Josué, registrando as condições em Canaã durante o período dos juízes, mas 
também antecipa o estabelecimento da monarquia em Israel. 
 
 
 
 
 
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29 
NAÇÕES VIZINHAS DE ISRAEL 
FENÍCIA AMON EDOM 
Vivendo logo ao norte de 
Israel ao longo da costa do 
Mediterrâneo, os amorreus, 
semitas que habitavam o 
litoral, eram famosos 
mercantes e marinheiros 
que estabeleceram colônias 
no norte da África, na 
Espanha, na Ásia Menor e 
em várias ilhas do 
Mediterrâneo. Em geral, 
Israel manteve relações 
pacíficas com o país, 
especialmente sob Davi e 
Acabe. Mas também travou 
guerras contra ele. As duas 
cidades-estados mais 
importantes da Fenícia eram 
Sidom e Tiro. Sidom foi 
destruída em 677 a.C. pelo 
rei assírio Senaqueribe; em 
571 a.C., Nabucodonosor, 
rei da Babilônia, apoderou-
se de Tiro. 
Situado a leste de Israel, 
essa nação semita tem suas 
raízes em Ló, sobrinho de 
Abraão. Rabá Amom (atual 
Amã, na Jordânia) servia-
lhes de capital. Seu deus 
principal era Milcom. As 
relações de Israel com 
Amom eram tempestuosas, 
incluindo conflitos desde o 
período dos juízes até os 
últimos anos do reiho de 
Judá. Durante o reinado de 
Davi, Amom foi conquistada, 
embora tenha declarado 
independência logo após o 
reinado de Salomão. 
Durante o século VI a.C., foi 
dominada primeiro por 
invasores árabes e depois 
pelos persas. 
Nação semita a sudeste do 
mar Morto, Edom remonta 
sua origem a Esaú, irmão de 
Jacó. A prosperidade nessa 
nação montanhosa devia-se 
principalmente aos pedágios 
cobrados das caravanas e à 
mineração. Durante o 
êxodo, Edom negou a Israel 
permissão para atravessar 
seu território. Ainda que 
Moisés ordenasse que os 
israelitas não odiassem os 
edomitas, desde então 
passou a existir hostilidade 
entre os dois povos. Israel 
dominou Edom durante a 
maior parte do período 
bíblico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ARÃ / SÍRIA MOABE FILÍSTIA 
Localizado a nordeste de 
Israel, esse conjunto de 
cidades-estados semitas - 
principalmente Damasco, 
Zobá e Hamate - é 
mencionado com freqüência 
nas Escrituras como um 
inimigo agressivo de Israel e 
Judá. A Bíblia registra que 
Saul, Davi, Salomão, Baasa, 
Acabe, Jorão, Joás, Jeoacaz e 
Jeoás travaram batalhas 
contra Arã. A maior 
contribuição cultural dos 
arameus para o mundo foi o 
alfabeto em que se baseia a 
escrita "quadrada" hebraica. 
Localizado ao leste do mar 
Morto, Moabe, outra nação 
semita, remonta sua origem 
a Ló. O principal deus 
moabita era Quemos. Rute, 
bisavó de Davi, era moabita, 
mas ele e outros reis de 
Israel travaram muitas 
batalhas sangrentas contra 
Moabe. Uma importante 
descoberta arqueológica, a 
estela de Mesa (cerca de 
850 a.C.), descreve a guerra 
do rei moabita Mesa para 
liberta-se de Israel, 
provavelmente durante o 
reinado de Jeorão. Como 
Judá, Moabe foi conquistada 
por Nabucodonosor em 
cerca de 587 a.C. e, mais 
tarde, dominada pelos 
persas. 
Únicos vizinhos não semitas 
de Israel,os filisteus vieram 
de Caftor (provavelmente 
Creta ou alguma outra terra 
do Egeu) para se estabelecer 
nas praias mediterrâneas a 
oeste de Judá. O principal 
deus deles era Dagom, 
divindade agrícola. Com 
suas armas metálicas e 
tecnologia superior, a 
relativa riqueza e 
sofisticação dos filisteus 
foram uma grande ameaça 
para a segurança nacional 
de Israel no início da 
monarquia. Eles mataram o 
primeiro rei de Israel (Saul) 
em batalha. Davi lhes impôs 
importantes derrotas, mas 
eles causaram grandes 
problemas para Israel por 
muitos anos. 
3.3. Rute 
A. Tema. O livro de Juizes fornece, como se vê, um quadro muito triste de Israel, sob 
o ponto de vista nacional; Rute apresenta-nos um quadro luminoso desse período em 
relação à fidelidade e beleza do caráter de certos indivíduos. A história, uma das mais 
formosas da Bíblia, é duplamente interessante pelo fato de ser uma gentia a sua heroína. A 
última palavra do livro – Davi – revelará seu valor principal. Seu propósito é traçar a 
linhagem de Davi, o progenitor do Messias. O livro inteiro tem seu clímax na genealogia 
que se encontra no último capítulo. 
B. Autor. A tradição judaica atribui a Samuel a autoria deste livro. 
 
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C. Esfera de Ação. O livro abrange um período de dez anos, provavelmente durante a 
época de Gideão. 
E. Conteúdo. É a história de uma família que vivia no tempo dos juízes de Israel e 
onde a desgraça foi transformada em graça familiar e universal. 
Elimeleque e Noemi, num período de fome em Belém, mudam-se com seus filhos 
Malon e Quilion para Moabe. Morrem Elimeleque e Noemi, viúva, casa seus dois filhos 
com mulheres moabitas, Orfa e Rute. Após 10 anos, seus dois filhos também morrem e 
Noemi decide retornar para sua terra, oferecendo liberdade às noras. Orfa, com tristeza se 
despede e fica em Moabe, mas Rute que havia adotado Noemi como sua família e o Deus 
de Noemi como o seu Deus, retornam a Israel. 
Em Israel, Rute conhece Boaz, da família de Noemi, rico e possível resgatador, pela lei 
do levirato. Casam-se e são geradores de Obede, Jessé e Davi (por consequente, também 
de Jesus). 
Neste livro destaca-se a graça familiar pelo resgate de Boaz. Mas, também, a graça 
universal, pois Boaz é neto da prostituta cananita Raabe e Rute é Moabita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.4. 1 Samuel 
A. Tema. O Livro de Samuel é um livro de transição. É o registro da passagem do 
governo de Israel por juizes ao governo por reis, e da passagem do governo de Deus, ao 
governo de um rei visível. O conteúdo pode agrupar-se ao redor de três pessoas: 
1. Samuel, um patriota e juiz de coração humilde e consagrado, que servia a Deus 
obedientemente. 
2. Saul, um rei egoísta, pródigo, ciumento e obstinado, faltoso e infiel na lealdade a 
seu Deus. 
3. Davi um homem segundo o coração de Jeová, o doce cantor de Israel, um varão 
de oração e louvor, provado, disciplinado, perseguido e finalmente coroado 
monarca de todo Israel. 
B. Autor. Supõe-se, geralmente, que Samuel escreveu os primeiros 24 capítulos; e 
pelo fato de serem os profetas Natã e Gade mencionados juntamente com Samuel em 1 
Crônicas 29.29, como biógrafos dos acontecimentos da vida de Davi, conclui-se que eles 
foram os autores dos capítulos restantes. 
C. Esfera de Ação. Vai desde o nascimento de Samuel até a morte de Saul, 
abrangendo um período de 115 anos; de mais ou menos 1171 a 1056 a.C. 
3.5. 2 Samuel 
A. Tema. “O livro todo concentra-se na figura de Davi; É o quadro do ungido de Deus, 
para quem nossos olhos se dirigem. É o quadro do homem segundo o coração de Deus 
que iremos estudar. E começamos o nosso estudo com esta pergunta: o que há em Davi 
que mereça um título tão honorífico? Não o observamos de longe de modo a vê-lo como 
rei, em posição elevada, rodeado por toda insígnia da realeza, mas sim observamo-lo de 
perto, na sua familiaridade de homem. Vemo-lo, não somente no trono, mas também no 
lar. Vemo-lo nas suas tristezas mais profundas, e na hora de seus maiores triunfos; sua 
justa indignação, e sua palavras de bondade, ternura e generosidade. Somos testemunhas 
do seu pecado, arrependimento, momentos de impaciência e dignidade real. O quadro 
todo, apesar de partes sombreadas, apresenta-nos um homem em cuja vida Deus ocupava 
o primeiro plano. Para Davi, acima de todas as demais coisas, Deus é uma gloriosa 
realidade. Em suma, Davi é um homem que está profundamente consciente de sua própria 
debilidade, erro e pecado, mas que conhece a Deus, e confia nele de todo o seu coração” – 
Markham. 
 
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B. Autor. Os acontecimentos registrados em 2 Samuel foram acrescentados 
provavelmente ao livro de Samuel por Natã ou Gade. 
C. Esfera de Ação. Vai desde a morte de Saul até a compra do local do templo, 
abrangendo um período de 37 anos. 
3.6. 1 Reis 
A. Tema. Em 1 e 2 Samuel relata-se que a nação judaica exigiu um rei a fim de tornar-
se como as demais nações. Embora contrária à sua perfeita vontade, Deus lhe concedeu 
essa petição. Neste livro aprendemos a história de Israel sob os reis. Apesar de 
governarem muitos reis de caráter reto, a história da maior parte deles é a de governos 
mais iníquos. De acordo com a sua promessa em 1 Samuel 12.18-24, o Senhor não deixou 
de abençoar o seu povo quando o buscava, mas, por outra parte, nunca deixou de castigá-
lo quando se separava dele. 
B. Autor. O autor é desconhecido. Acredita-se que Jeremias tenha compilado dos 
registros escritos por Natã, Gade e outros. (1 Cr 29.29). 
C. Esfera de Ação. Vai desde a morte de Davi até o reinado de Jorão sobre Israel, 
cobrindo um período de 118 anos, de 1015 a 897 a.C. 
3.7. Sobre a Divisão e Declínio do Reino 
A maneira mais proveitosa para o aluno aprender esta seção é fazer uma lista dos reis 
de Judá e de Israel, anotando em resumo os seguintes fatos: o caráter do rei, o tempo que 
reinou, os nomes dos profetas mencionados em conexão com seu reinado, e os 
acontecimentos principais de seu reino. 
A lista que se segue dos reis de Judá e Israel, agrupados tanto quanto possível em 
ordem cronológica, servirá de guia ao estudante. 
OS REIS DE ISRAEL 
A Monarquia Unida 
Reis Profetas em Israel 
Saul (1020-1000) Samuel 
Davi (1000-961) Natã 
Salomão (961-922) 
 
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3.8. 2 Reis 
A. Tema. O segundo livro dos Reis é uma continuação da história da queda de Judá e 
Israel, culminando no cativeiro de ambos. Temos aqui a mesma história de fracasso do rei 
e do povo, uma história de apostasia e idolatria. Embora este tenha sido o grande período 
profético de Israel, a mensagem dos profetas não foi ouvida. As reformas que se 
realizaram sob reis como Ezequias e Josias foram superficiais. O povo logo voltou a seus 
pecados e continuou neles até que mais nenhum remédio houve (2 Cr 36.15,16). 
B. Autor. O autor humano é desconhecido. Acredita-se que Jeremias tenha 
compilado os registros feitos por Natã, Gade e outros. 
C. Esfera de Ação. Desde o reinado de Jorão em Judá e Acazias em Israel, até o 
cativeiro, cobrindo um período de 308 anos de 896 a 588 a.C. 
Enquanto o aluno lê os capítulos, deve fazer uma lista dos reis de Judá e de Israel, 
como fez no primeirolivro. Anexamos aqui uma lista paralela desses reis: 
 
REIS DE ISRAEL E JUDÁ – MONARQUIA DIVIDIDA 
Reis de Judá 
(922-587) 
Profetas 
em Judá 
Reis de Israel 
(922-722) 
Profetas 
em Israel 
Roboão (922-915) 
Jeroboão I (922-901) 
Abias (915-913) 
Asa (913-873) 
Nadabe (901-900) 
Baasa (900-877) 
Elá (877-876) 
Zinri (876) 
Josafá (873-849) 
Onri (876-869) 
Acabe (869-850) 
Elias 
Acazias (850-849) 
Jeorão (849-843) 
Jorão (849-842) 
Eliseu 
Acazias (843-842) 
Atalia (842-837) Jeú (842-815) 
Joás (837-800) Jeoacaz (815-802) 
Amazias (800-783) Jeoás (802-786) 
Uzias / Azarias (783-742) Jeroboão II (786-746) 
Amós e 
Oséias 
Jotão (742-735) Isaías e Zacarias (746-745) Oséias 
 
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Miquéias Salum (745) 
Menaém (745-737) 
Pecaías (737-736) 
Acaz (735-715) 
Peca (736-732) 
Oséias (732-724) 
Queda de Samaria (722) 
Ezequias (715-687) 
Manassés (687-642) 
Amom (642-640) 
Josias (640-609) 
Jeremias, 
Sofonias e 
Naum 
 
Jeoacaz (609) Jeremias 
Jeoiaquim (609-598) 
Jeremias e 
Habacuque 
 
Joaquim (598/7) Jeremias 
Zedequias (597-587) 
Jeremias e 
Ezequiel 
 
Queda de Jerusalém (587) 
 
TEMPLO DE SALOMÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.9. 1 e 2 Crônicas 
Como os livros das crônicas abrangem, na sua maioria, a matéria que se encontra em 
2 Sm e 1 e 2 Rs, cremos que é suficiente dar uma introdução apenas a estes livros. 
A. Tema. Os tradutores gregos da Bíblia referem-se a estes livros como “as coisas 
omitidas”, porque fornecem muitas informações que não se encontram nos livros dos Reis. 
Embora Reis e Crônicas demonstrem grande similaridade de conteúdo, foram escritos sob 
diferentes pontos de vista, o primeiro sob o ponto de vista humano, o último, sob o divino. 
Para exemplificar: 1 Reis 14.20, relatando a morte de Jeroboão, diz que “descansou com 
seus pais”. É esse o ponto de vista humano. 2 Crônicas 13.20, relatando o mesmo 
acontecimento, nos diz que “feriu o Senhor a Jeroboão, que morreu.” Este é o ponto de 
vista divino. 
B. Autor: Não se sabe ao certo quem foi o autor de Crônicas, mas o Talmude declara 
que Esdras foi o redator dos registros deixados por Samuel, Natã, Gade, Ido, etc. 
C. Esfera de Ação. Desde a morte de Saul até o decreto de Ciro, abrangendo um 
período de 520 anos; de 1056 a 536 a.C. 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS LIVROS DOS REIS E OS LIVROS DAS CRÔNICAS 
LIVROS DOS REIS LIVROS DAS CRÔNICAS 
Enfatiza a história de Israel e Judá Enfatiza, principalmente, a história de Judá 
Enfatiza os profetas Enfatiza os sacerdotes 
Trata do Reino e dos reis Trata do Templo e dos sacerdotes 
Termina quando o povo vai para o cativeiro Termina quando o povo volta do cativeiro 
Termina com esperança Termina com esperança 
3.10. Esdras 
Por serem os livros de Esdras, Neemias e Ester tão intimamente relacionados, e 
tratarem do mesmo período, damos aqui os acontecimentos principais contidos nestes 
livros, para que o aluno possa ver de relance a história do período que seguiu ao cativeiro. 
A história começa em 538 a.C., durante o primeiro ano de governo do rei Ciro, da Pér-
sia, sobre a Babilônia. Durante o exílio dos judeus de Jerusalém, ocorreram três grandes 
deportações (606 a.C.; 597 a.C. e 586 a.C.). Jerusalém e o templo haviam sido destruídos 
pela invasão de Nabucodonosor e seu exército babilônio. Muitos judeus foram mortos ou 
 
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exilados. Dentre os que foram levados para o exílio havia líderes políticos, religiosos e 
intelectuais da comunidade judaica. Mais tarde, Ciro subjugou os babilônios, e o Império 
passou para outras mãos. Acreditando que a adoração a deuses estrangeiros era uma 
vantagem política, Ciro tolerava e até incentivava essa prática, o que resultou num edito 
aos judeus para que retornassem a Jerusalém, a fim de reconstruir a casa de seu Deus. O 
edito permitindo que os judeus voltassem à sua terra natal foi inscrito no Cilindro de Ciro 
(538 a.C.). Descoberto no século XIX, o cilindro repete e confirma o relato bíblico do 
tratamento benevolente recebido pelos judeus quando eram cativos do rei Ciro. 
Os profetas mais antigos como Jeremias e Isaías, haviam profetizado tanto os 
acontecimentos do exílio quanto, finalmente, o regresso do remanescente a Jerusalém. 
Os judeus, porém, acreditavam na promessa davídica de uma dinastia que não teria 
fim. Ao verem que não tinham mais um rei no trono e, pior ainda, não tinham sequer um 
país, começaram a duvidar dos profetas. Alguns acreditavam que os judeus haviam 
cometido algum pecado imperdoável, resultando no cancelamento de seu destino por 
Deus. Havia pouca esperança no coração do povo de Israel antes do reinado de Ciro, da 
Pérsia. 
 O regresso dos desterrados sob Zorobabel – 536 a.C. 
 A reconstrução do templo – 535 a.C. 
 O ministério dos profetas Ageu e Zacarias – 520 a.C. 
 A dedicação do templo – 515 a.C. 
 Os acontecimentos relatados no livro de Ester – 478 a 473 a.C. 
 Esdras visita Jerusalém – 458 a.C. 
 Neemias enviado a Jerusalém como governador; reconstrói o muro – 446 a.C. 
 Malaquias profetiza. 
A. Tema. A idéia predominante de Esdras é a restauração. Uma comparação entre 
Reis e Crônicas exporá isto. Reis e Crônicas registram a destruição do templo de Israel; o 
último, a sua reconstrução. Esdras dá uma lição admirável da fidelidade de Deus. Fiel à sua 
promessa (Jr 29.10-14) ele estende a mão para reconduzir o povo à sua terra, e ao fazê-lo, 
usa os reis pagãos – Ciro, Dario, Artaxerxes – como seus instrumentos. 
B. Autor. O fato de ser o livro escrito na primeira pessoa, por Esdras, indica que ele 
foi o autor. 
C. Esfera de Ação. Desde a volta da Babilônia até o estabelecimento na Palestina, 
abrangendo um período de 79 anos mais ou menos, de 536 a 457 antes de Cristo. 
 
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3.11. Neemias 
Desde o princípio Deus havia prometido abençoar o povo de Israel se ele obedecesse 
à sua orientação e amaldiçoá-lo se desobedecesse. Os períodos de cativeiro pelos Assírios 
(o reino do Norte caiu em 722 a.C.), pelos babilônicos (o reino do Sul caiu em 586 a.C.), e 
pelos Medo-persas (que conquistaram os babilônicos em 539 a.C.) foram épocas durante 
as quais Deus disciplinou seu povo por causa da sua desobediência. A destruição e o 
incêndio de Jerusalém e do templo de Salomão provocados por Nabucodonosor, em 586 
a.C., foram uma verdadeira catástrofe, que ameaçou ainda mais a adoração a Javé. 
Contudo, a destruição do templo e sua restauração, setenta anos mais tarde, foram 
previstas pelo profeta Jeremias (Jr 25.11; 29.10) como garantia de que Deus iria preservar 
um remanescente fiel de seu povo. 
Apesar de os assírios e babilônios terem deportado seus cativos para seus impérios, 
os Medo-persas repatriaram os exilados. Assim, em 536 a.C., Ciro deu ordens para 
começar a reconstrução do templo, e o primeiro de três grupos pós-exílicos regressou a 
Jerusalém liderado por Sesbazar e Zorobabel. O templo foi concluído em 516 a.C. O 
segundo grupo regressou em 458 a.C. com Esdras. Em 444 a.C., o rei Artaxerxes I expediu 
um decreto para que Neemias liderasse um terceiro grupo, a fim de iniciar a reconstrução 
do muro de Jerusalém. 
Esse último decreto de ArtaxerxesI foi de importância profética singular, pois marcou 
o começo das ―setenta semanas‖ preditas por Daniel (Dn 9.24-27). Tendo em vista que o 
termo ―semana‖ significa ―uma semana de anos‖ ou um período de sete anos, essa 
profecia admirável de Daniel marcou o tempo do decreto para reconstruir Jerusalém até a 
vinda do Messias como sendo de 69 semanas (ou 483 anos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FASES DO RETORNO DO EXÍLIO 
FASE 1 
ANO REFERÊNCIA LÍDER JUDEU REI PERSA 
536 a.C. Ed 1-6 Zorobabel e Jesua Ciro 
DADOS DO RETORNO ACONTECIMENTOS IMPORTANTES 
(1) Qualquer um que quisesse voltar podia 
fazê-lo. 
(2) O templo de Jerusalém seria 
reconstruído. 
(3) O tesouro real providenciou fundos para 
a reconstrução do templo. 
(4) Os utensílios de culto, feitos de ouro e 
prata, tirados do templo por 
Nabucodonosor são restituídos. 
(1) Oferecimento de holocaustos. 
(2) Celebrada a Festa dos Tabernáculos. 
(3) Início da reconstrução do templo. 
(4) O rei persa ordena que a reconstrução 
pare. 
(5) Dario, rei da Pérsia, ordena que a 
reconstrução recomece em 520 a.C. 
(6) O templo é concluído e dedicado em 516 
a.C. 
 
FASE 2 
ANO REFERÊNCIA LÍDER JUDEU REI PERSA 
458 a.C. Ed 7-10 Esdras Artaxerxes 
Longímano 
DADOS DO RETORNO ACONTECIMENTOS IMPORTANTES 
(1) Qualquer um que quisesse voltar podia fazê-lo. 
(2) O tesouro real providenciou fundos. 
(3) Autorização para instituição de magistrados e 
juízes civis judeus. 
Homens de Israel casados com 
mulheres estrangeiras. 
 
FASE 3 
ANO REFERÊNCIA LÍDER JUDEU REI PERSA 
444 a.C Ne 1-13 Neemias Artaxerxes 
Longímano 
DADOS DO RETORNO ACONTECIMENTOS IMPORTANTES 
Permissão para 
reconstrução dos muros 
de Jerusalém. 
(1) Reconstrução dos muros de Jerusalém encontra oposição de 
Sambalate, o heronita, Tobias, o amonita, e Gesém, o árabe. 
(2) Reconstrução dos muros completada em 52 dias. 
(3) Dedicação dos muros. 
(4) Esdras lê o Livro da Lei para o povo. 
(5) Neemias inicia reformas. 
 
 
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JERUSALÉM NA ÉPOCA DE NEEMIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SEGUNDO TEMPLO 
Em comparação com o Templo de Salomão, era uma miséria e, com o de Herodes, 
lastimável. Mas no tempo de Esdras e Neemias foi um fator unificador do povo restaurado 
do cativeiro babilônico. Em comparação com os outros templos, temos poucas 
informações. Esdras 6.3 dá as dimensões gerais. 
O rei Ciro, no seu primeiro ano, baixou o seguinte decreto: com respeito à casa de 
Deus em Jerusalém, deve ela edificar-se para lugar em que se ofereçam sacrifícios; seus 
fundamentos serão firmes, a sua altura de sessenta côvados, e a sua largura de sessenta 
côvados, com três carreiras de grandes pedras e uma de madeira nova. 
 
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O Talmude nos informa que este Templo não tinha cinco coisas: a arca da aliança; o 
fogo sagrado; o Shekinah; o Espírito Santo; o Urim e Tumim. O Santo dos Santos estava 
vazio. No Lugar Santo existiam somente um candeeiro e uma mesa do pão de exposição 
A. Tema. Este livro gira em torno de uma pessoa – Neemias. É a autobiografia de um 
homem que sacrificou uma vida de luxo e prazeres para poder ajudar a seus irmãos 
necessitados em Jerusalém. Descreve um homem que combinou a espiritualidade com a 
prática – alguém que sabia tanto orar como trabalhar. Absolutamente destemido, ele 
recusou fazer pactos com os inimigos externos e com o pecado interno. Depois de 
reconstruir o muro de Jerusalém e efetuar muitas reformas gerais entre o povo, 
humildemente deu glória a Deus por tudo o que tinha realizado. A lição principal que 
ensina a sua vida é que a oração e perseverança vencem todos os obstáculos. 
B. Autor. Neemias. 
C. Esfera de ação. Desde a viagem de Neemias a Jerusalém até a restauração do culto 
no templo, cobrindo um período de mais ou menos 12 anos, de 446 a 434 antes de Cristo. 
3.12. Ester 
A. Tema. O livro de Ester não menciona o nome de Deus, entretanto, há nele 
abundantes sinais de que ele estivesse operando e cuidando de seu povo. Assim como 
Deus salvou o seu povo do poder de Faraó, ele livrou Israel da mão do malvado Hamã. 
Podemos resumir a mensagem do livro da maneira seguinte: a realidade da providência 
divina. 
B. Autor. Desconhecido. Provavelmente Mordecai (veja 9.20). Alguns acreditam que 
foi Esdras. 
C. Esfera de Ação. Entre os capítulos 6 e 7 de Esdras, antes de este partir para 
Jerusalém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 
04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - OS LIVROS POÉTICOS 
Os Livros Sapienciais, ou Poéticos, são aqueles livros que não se dedicam à narrativa 
da grande história da relação entre Deus e Seu Povo, nem possuem conteúdo 
propriamente profético. Esses livros, os Salmos, o Livro de Jó, os Provérbios, o Eclesiastes e 
o Cântico dos Cânticos, contêm a sabedoria de Deus e de Seu Povo. Para isso, muitas vezes 
utilizam uma linguagem poética, repleta de simbolismo, dado que não podemos absorver a 
sabedoria como faríamos com o mero conhecimento. 
4.1. Jó 
A. Tema. O livro de Jó trata de um dos maiores mistérios – o do sofrimento. A 
pergunta que ressoa por todo o livro é: Por que sofrem os justos? Jó, um homem descrito 
como perfeito, é despojado da riqueza, dos filhos e da saúde. Suporta estas aflições com 
paciência. 
Jó não compreende a causa dessas calamidades, mas resigna-se com o pensamento 
de que Deus envia aos homens tanto o mal como o bem, e que tem o direito de fazer com 
as suas criaturas o que lhe aprouver. Assim, pois, os homens devem aceitar o mal sem 
fazer queixa. Os amigos de Jó argumentam que, sendo o sofrimento o resultado do 
pecado, e sendo Jó o mais aflito dos homens, deveria ele ser o mais ímpio de todos. Jó fica 
indignado e nega a acusação de ter cometido pecado, levando sua negação até o ponto da 
autojustiça. Na conclusão da discussão entre Jó e seus amigos, Eliú fala, condenando Jó 
por sua autojustiça e os outros por sua áspera condenação de Jó. Continua, explicando que 
Deus tem um propósito ao enviar o sofrimento aos homens; que ele castiga o homem com 
a intenção de trazê-lo para mais perto de si mesmo. Deus usou as aflições para 
experimentar o caráter de Jó e como um meio de revelar-lhe um pecado do qual até então 
não se tinha dado conta: autojustiça. 
B. Autor. O autor de Jó é desconhecido. Acredita-se que Eliú pode tê-lo escrito 
(32.16). 
C. Conteúdo. A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em 
Ez 14.14 e Tg 5.11. Jó era um gentio. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de 
Abraão. Conhecia Deus pelo nome de ―Shaddai – o Todo Poderoso. (Há 31 referências a 
Shaddai no Livro de Jó). Ele era um homem rico e levava um estilo de vida seminômade. 
A história do livro de Jó começa com a apresentação de Jó como um homem íntegro 
e temente a Deus, próspero e feliz. Satanás aparece diante de Deus entre os Seus anjos e 
ele acusa Jó de ser interesseiro e mercenário, pois sendo rico e feliz não podia servir de

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