Prévia do material em texto
s O MECANISMO DA VISÃ O O globo ocular tem uma estrutura funcional semelhante ao de uma máquina fotográfica. A entrada de luz nos nossos olhos é medida pela contração da íris, enquanto na máquina fotográfica é feita pela regulação da abertura do diafragma. Na nossa visão, a captação da imagem é feita na retina e na fotografia é feita na película fotográfica, estando estas relacionadas pois a imagem forma-se invertida em relação ao real. Na retina existem dois tipos de nervos sensíveis à luz: • Cones: sensação de claro-escuro; • Bastonetes: distinção das cores. Cada cor tem um determinado comprimento de onda que é captada pelas células recetoras, sendo estas responsáveis pelo envio da mensagem ao cérebro para permitir criar a sensação da cor. Fig. 1: esquema de um olho Fig. 2: diafragma da máquina fotográfica A PERCEÇ Ã O VISUAL A perceção permite tomar conhecimento do que nos rodeia, sendo esta manifestada através dos sentidos e completada pela atividade do cérebro. As informações que a visão nos fornece são interpretadas, sendo esse mecanismo diferente de pessoa para pessoa, em função dos seus interesses, idade, conhecimentos e experiências vividas. A ILUSÃ O Ó TICA Quando a perceção torna-se errada na visualização de uma imagem, chamamo-la de ilusão ótica ou figura impossível. Fig. 3: Ilusão ótica A perceção visual A perspetiva cónica A PERSPETIVA CÓ NICA A perspetiva é uma representação gráfica que procura dar a noção das três dimensões do volume. O objetivo da perspetiva cónica é representar a realidade através das formas tridimensionais de forma próxima, tendo assim os seguintes elementos: • Ponto de vista: posição do observador em relação aos objetos; • Linha do horizonte: reta horizontal desenhada correspondida à altura dos olhos do observador; • Plano horizontal: chão que apoia o observador; • Plano do quadro: plano de projeção que pode ser imaginado em função das formas que ele observa; • Raios visuais: retas que ao intersetarem o plano do quadro determinam a projeção cónica do objeto. Fig. 4: perspetiva cónica LH – linha do horizonte PF – ponto de fuga A Linha do Horizonte, LH, corresponde à altura dos olhos do observador. A fotografia dá-nos uma ideia muito aproximada do modo como poderemos representar a realidade através de uma perspetiva cónica. Também é de destacar que esta linha está sempre na horizontal. As linhas de fuga são linhas auxiliares que prolongam as arestas dos volumes e determinam os pontos de fuga sobre a linha do horizonte. Para concluir, o ponto de fuga está sempre na linha do horizonte, independentemente da altura dos sólidos no espaço. Fig. 5: principais elementos da perspetiva cónica AS DIMENSÕ ES DO ESPAÇ O • Espaço unidimensional: figuras possuem largura e comprimento (ponto, segmentos de reta e semirretas); • Espaço bidimensional: figuras possuem um plano (ponto, retas, polígonos, círculos e circunferências); • Espaço tridimensional: figuras possuem comprimento, largura e profundidade. As artes visuais AS ARTES VISUAIS As artes visuais são uma forma expressiva, sendo as suas obras artísticas produzidas através de diferentes meios técnicos e iniciativas. Podemos destacar a pintura, a escultura, a fotografia, o vídeo, entre outros. • Arte abstrata: apresenta linhas, manchas, planos e cor, sendo este de não necessariamente realista; • Arte figurativa: apresenta figuras, formas e situações de identificação básica, sendo este de caráter realista. A ARTE CONTEMPORÂ NEA A partir de 1960 houve uma grande reforma artística completamente diferente que consiste na conjunção de técnicas e suportes e na adição de novos elementos. Principais características da arte contemporânea: • A riqueza temática; • O tom provocativo e crítico; • A força expressiva; • A capacidade de criação; • A ausência de regras pré-definidas. Fig. 6: pintura contemporânea ATENÇÃO: numa interpretação de uma obra artística não existem respostas certas nem erradas, mas sim diversas formas de interpretar aquilo que observa, sendo que a arte não tem função de beleza mas sim de pensamento. A ESCULTURA A escultura é também uma expressão artística que acompanha o Homem desde a Pré-História. Esta possui diversos temas, sendo os principais as estátuas, a mitologia, a religião, o quotidiano e o retrato; também possui diversas funções, sendo as principais as comemorações, a religiosa, a política, a simbólica e a decorativa; possui materiais, sendo os principais a madeira, a pedra, o bronze e a argila; por último possui o seu suporte, destacando o chão, a parede, o nicho e o pedestal. Instalação e site-specific: refere-se à obra baseada na relação entre um espaço e os elementos que o habitam. Estes são pensados para ocupar locais específicos, públicos ou privados. Ex.: Ana Vieira Land art ou arte da terra: refere-se à relação que a arte pode estabelecer com a natureza, sendo este uma intervenção direta na paisagem. Ex.: Alberto Carneiro Performance ou arte do corpo: forma de expressão artística que se baseia na ação, no movimento e na presença física, conjugando o corpo e o espaço com o tempo. Ex.: Lourdes Castro O que é o património? NOÇ Ã O DE PATRIMÓ NIO O património deriva do latim, patrimonium, que é definido como o conjunto de bens, próprios ou coletivos, herdados de antepassados. • Património cultural: cidades históricas, locais sagrados, monumentos, etc.; • Património natural: paisagens naturais, sendo estes também classificados como património imóvel; • Património cult. móvel: todos os bens que podem ser transportados, como por exemplos os objetos e as obras de arte; • Património material: bens; • Património imaterial: canções, lendas, orações, contos tradicionais, expressões populares, etc. Fig. 7: símbolo do Património Mundial, organizado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) MUSEUS E COLEÇ Õ ES O museu surge no final do século XVIII com os três propósitos fundamentais seguintes: • Conservar as memórias; • Preservar o património; • Educar o gosto. Os museus incluem-se nos seguintes conceitos fundamentais: • Espaços com coleções vivas, como os jardins botânicos e os parques naturais; • Zonas industriais que integram trabalhadores num museu vivo, como o Museu do Pão; • Centros científicos, como o Pavilhão do Conhecimento; • Territórios, comunidades e atividades, como o de Mértola Vila Museu; • Espaços arquitetónicos e arqueológicos, como palácios, templos, etc. Principais serviços museológicos dos museus: • Design: suportes de comunicação entre a exposição e o público; • Interpretação e educação: desenvolvimento de conteúdos de apoio ao visitante; • Acolhimento do público: garantia das necessidades do público satisfeitas. EXPOSIÇ Ã O E INTERPRETAÇ Ã O A exposição de objetivos segue critérios bem definidos: • Características do espaço de exposição; • Iluminação; • Modo como o objeto é apresentado; • Relações estabelecidas entre objetos; • Informação sobre o objeto (textos de parede, folhas de sala e tabelas de exposição). De onde vem a engenharia? A ENGENHARIA A engenharia é a arte e a ciência do engenho, sendo que esta articula conhecimentos muito abrangentes, aplicados para a exploraçãodos recursos para a construção de estruturais funcionais. O engenheiro aplica conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação e na produção dos engenhos. A invenção de ferramentas e máquinas foi fundamental para o progresso tecnológico, sendo a engenharia cada vez mais um ramo fundamental e, apenas reconhecido como uma necessidade profissional, a partir do século XVIII. Fig. 8: esboço A Revolução Industrial decorre da invenção da máquina a vapor que abre o caminho para a produção em massa. O período moderno é marcado pela engenharia eletrotécnica, o motor elétrico e eletrónica, que surgem no final do século XIX. A engenharia mecânica desenvolve-se a par do crescimento industrial, nos séculos XIX e XX, e da evolução da engenharia química, devendo-se o progresso desta última à crescente necessidade de criação de novos materiais e processos de transformação adequados à produção nas fábricas. As naves espaciais são da responsabilidade da engenharia aeronáutica, impulsionada pelos pioneiros da aviação e pela construção dos aviões militares da Primeira Guerra Mundial. Na segunda metade do século XXX dá-se a expansão da engenharia informática e de computação, que foi fundamental para o desenvolvimento da sociedade contemporânea. A engenharia subdivide-se em especialidades que se ocupam de diferentes tecnologias. • Civil: projeto e construção de obras públicas e particulares; • Eletrónica: projeta e estuda sistemas de produção e de aplicação da eletricidade; • Química: execução de processos químicas industriais em larga escala para o desenvolvimento de novos produtos químicos; • Mecânica: focada no projeto de sistemas mecânicos, como máquinas e veículos; • Informática: projeta os sistemas operativos, bases de dados, sistemas e aplicações informáticas; • Minas: estudo de desenvolvimento de processos de extração de minerais.