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Unidade III - Acidentes de Trabalho

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Seguranca e Medicina 
do Trabalho
Acidentes de Trabalho
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms Jacqueline Mazzoni
Revisão Textual:
Profa. Ms Rose Toffoli 
5
•	Introdução
•	Classificação dos acidentes
•	Causas dos Acidentes
A presença de acidentes, incidentes e doenças ocupacionais, muitas vezes, são reflexos da falta de 
interesse na prevenção por parte dos donos, gerências das empresas, entre outros. Em muitas empresas 
ainda é possível visualizar a culpa pelos acontecimentos recaírem unicamente no trabalhador.
Nesta unidade, trataremos aspectos relacionados com esses conceitos, por exemplo, as diferenças 
entre acidentes e incidentes, doença profissional e doença do trabalho. Por outra parte, será 
abordada a existência das causas que originam estes acontecimentos, além da importância de 
uma correta análise de acidentes.
Os dados compilados das fontes e informações podem ser de grande utilidade para quem deseja 
começar a resolver os principais problemas que afetam a segurança e saúde do trabalhador.
Para um bom aproveitamento dessa unidade, encontrará atividades, tais como: fórum de discussão 
para que possa refletir e interagir com colegas e professor-tutor, atividade de sistematização com 
questões de múltipla escolha para viver concretamente os conceitos e, por fim, uma atividade de 
aproveitamento do conteúdo.
 · Como distinguir e diferenciar um acidente de um incidente, 
assim como a doença profissional e a doença do trabalho?
 · Quais são as causas que se devem identificar para a prevenção 
dos acidentes de trabalho?
 · Quando e quais os procedimentos corretos para se comunicar 
um acidente de trabalho?
 · Como analisar um acidente de trabalho a fim de prevenir?
Acidentes de Trabalho
•	Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT
•	Análise de Acidentes de Trabalho
•	Doenças Ocupacionais
6
Unidade: Acidentes de Trabalho
Contextualização
Em Brasília, ato homenageia mortos por acidentes e doenças do trabalho.
Por Carolina Sarres, da Agência Brasil, publicado, última modificação 26/04/2013 16h43min.
 
Brasília – Para marcar as comemorações do Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, 
celebrado neste domingo (28), representantes de trabalhadores, empregadores, de diversos 
setores do governo e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) reuniram-se na manhã 
de hoje (26), em Brasília, para homenagear os mortos por doenças e acidentes decorrentes 
do trabalho. A data também é conhecida como Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de 
Trabalho. Segundo a OIT, mais de 2,3 milhões de pessoas morrem em todo o mundo anualmente 
em consequência de atividades que exercem profissionalmente – das quais 2 milhões são 
acometidos por doenças profissionais.
Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT) da Previdência apontam que 
houve acréscimo de 1.690 acidentes em 2011, em relação ao ano anterior – de 709.474, em 
2010, para 711.164, em 2011. O relatório mostra que, em 2011, ano do último levantamento, 
os setores em que mais ocorreram acidentes foram os de atendimento hospitalar, administração 
pública e comércio.
A representante dos trabalhadores na comissão tripartite dos ministérios do Trabalho, da 
Previdência Social e da Saúde para discutir o tema, Vera Leda Ferreira, disse que a atuação do 
governo na fiscalização de situações em que há acidentes de trabalho ainda deixa a desejar. “É 
necessário que o governo fiscalize e autue mais, para garantir o cumprimento das normas”. As 
leis que existem são boas e bem escritas, mas, infelizmente, não são cumpridas. 
Para ler a reportagem na íntegra acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/04/
em-brasilia-atohomenageia-mortos-por-acidentes-e-doencas-do-trabalho
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/04/em-brasilia-atohomenageia-mortos-por-acidentes-e-doencas-do-trabalho
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/04/em-brasilia-atohomenageia-mortos-por-acidentes-e-doencas-do-trabalho
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Introdução
A palavra acidente vem do latim accidens, que significa acaso, portanto, acidente seria 
qualquer fato inesperado e indesejado que interrompe o curso normal de um acontecimento, 
causando na pessoa que sofre a ação um determinado dano, seja à integridade física e/ou ao 
patrimônio. Comumente é originado por fatores ambientais, sociais, instrumentais, humanos 
etc. (CARDELLA, 2010).
Portanto pode-se dizer que, o acidente é um evento não programado nem planejado, portanto 
indesejável, que pode provocar no trabalhador lesão, doença ou morte, além de causar algum 
dano à propriedade.
Por outra parte, no trabalho também se produzem incidentes, frequentemente chamados de 
quase acidentes, e, na maioria dos casos, o uso desta expressão é bastante apropriada.
“O incidente é qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar 
danos, mas que não chegam a causá-los”. (COSTELLA, 1999, p.98).
Consideramos um exemplo de incidente:
Uma trabalhadora de indústria de confecção de roupas, cuja tarefa é ajuste de coletes. No 
momento de sentar-se na cadeira, o assento não estava bem seguro, firme, a mesma quase caiu 
não fosse o fato de segurar-se na ponta da mesa evitando algum ferimento. 
Dessa forma, observa-se que os incidentes não geram perdas diretas, mas podem alterar 
o desenvolvimento normal das operações. Portanto, o conhecimento e análise de incidentes 
permitirá obter informações que podem ser utilizadas para evitar ou controlar os acidentes com 
lesões pessoais ou danos à propriedade. 
O acidente de trabalho deve ser entendido sobre dois enfoques, o conceito legal e o 
prevencionista.
Lei n.º 8213/91, que dispõe em seu artigo 19 define: 
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da 
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII 
do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho.
São consideradas também acidente do trabalho segundo Ministério do Trabalho e Previdência Social:
•	 Doença	 profissional, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade. 
•	 Doença	 do	 trabalho, ou seja, aquela adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
8
Unidade: Acidentes de Trabalho
Segundo a Lei n.º 8213/91, em seu artigo 21, equiparam-se também ao acidente do trabalho:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, 
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de 
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção 
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que sejao 
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Observação
No acidente de trajeto quando o funcionário se acidenta utilizando-se de veículo particular ou mesmo 
recebendo vale-transporte para uso de transporte coletivo, será considerado acidente de trabalho, pois 
não importa o meio de locomoção e, sim, a causalidade do evento. Mas atenção, devemos observar 
que nada impede que o funcionário sofra alguma penalidade por parte da empresa por cometer uma 
falta grave ou que o próprio INSS entenda que houve um desvio de trajeto e de conduta.
Vejamos alguns exemplos que podem descaracterizar acidente de trabalho:
•	 Mudar o seu trajeto para comprar algo pessoal, tomar um café em um bar ou passar num 
supermercado, perdendo um bom tempo e, ainda sofra um acidente;
•	 Utilizar de vale-transporte e identificar que faz uso de transporte coletivo em seu trajeto e sofre 
um acidente quando estava na carona de uma moto.
•	 O acidente também só será considerado a partir da saída de sua residência, caso ele ainda esteja 
em casa, escorrega e cai, por exemplo, não será acidente de trabalho.
 
9
Segundo Cardella (2010), o conceito prevencionista de acidente do trabalho é muito mais amplo, 
ou seja, o acidente é considerado qualquer ocorrência não programada, inesperada, que modifica 
ou interrompe o processo normal de uma atividade, podendo ocorrer outras consequências como 
danos materiais (aos equipamentos, aos produtos, as instalações e ao meio ambiente).
Através do conceito legal, percebemos que o acidente só ocorre se dele resultar um ferimento. 
Mas devemos lembrar que o ferimento é apenas uma das consequências do acidente. Esta 
definição não é interessante para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho porque cria 
uma dependência de ocorrer um agravo direto ao trabalhador, pois, só é considerado acidente 
do trabalho aquele que tem uma vítima com lesões. No entanto, o conceito prevencionista deixa 
claro que o acidente pode ocorrer sem provocar lesões pessoais. 
 
Classificação dos acidentes
A NBR 14280:2001 classifica os acidentes pela severidade das lesões sofridas pelo acidentado:
•	 Lesão	com	afastamento	(lesão	incapacitante	ou	lesão	com	perda	de	tempo): 
Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do 
acidente ou de que resulte incapacidade permanente.
 Nota - Esta lesão pode provocar incapacidade permanente total, incapacidade permanente 
parcial, incapacidade temporária total ou morte.
•	 Incapacidade permanente total: Perda total da capacidade de trabalho, em caráter 
permanente, sem morte.
Nota - Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o 
acidentado, permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a 
perda propriamente dita, entre outras, as de:
a) ambos os olhos;
b) um olho e uma das mãos ou um olho e um pé, ou;
c) ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
•	 Incapacidade permanente parcial: Redução parcial da capacidade de trabalho, em 
caráter permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é 
causa de perda de qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro 
ou parte do corpo, ou qualquer redução permanente de função orgânica.
•	 Incapacidade temporária total: Perda total da capacidade de trabalho de que resulte 
um ou mais dias perdidos, excetuadas a morte, a incapacidade permanente parcial e a 
incapacidade permanente total.
10
Unidade: Acidentes de Trabalho
•	 Lesão	sem	afastamento	(lesão	não	incapacitante	ou	lesão	sem	perda	de	tempo): 
Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do 
acidente, desde que não haja incapacidade permanente.
Causas dos Acidentes
Os princípios da prevenção dos acidentes apontam que todo acidente tem causas que os 
originam e que podem ser evitados ao se identificar e controlar as mesmas. Estamos falando das 
causas básicas e das causas imediatas. Vejamos a seguir a seguinte sequencia de causalidade 
demonstrada pela figura 1:
Sequência Causal dos Acidentes
Fatores Pessoais Fatores de Trabalho
Atos Inseguros
Acidentes
Condições InsegurasCausas
Imediatas
Causas 
Básicas
 
 Esse é um modelo que deve ser usado para explicar como ocorrem os acidentes. 
As causas básicas são também chamadas de causas raízes ou indiretas, porque é a condição 
que inicia a sequencia para a ocorrência dos acidentes, é a origem das causas imediatas 
Segundo Cardella (2010) são classificadas geralmente em dois grupos: fatores	pessoais	 e	
fatores	de	trabalho. 
Os	fatores	pessoais dizem respeito a, falta de conhecimento para manejar equipamentos; 
incapacidade física ou mental para o trabalho; baixa autoestima; conflitos; frustração; 
desmotivação; nervosismo; excesso de confiança; desrespeito às instruções; má interpretação 
das normas, falha ou falta de comunicação. Quanto aos fatores	de	trabalho, temos aumento 
do ritmo de produção; tecnologia inadequada para os equipamentos; projeto, construção ou 
manutenção inadequada das ferramentas e equipamentos; normas de compras inadequadas; 
desgaste normal das ferramentas e equipamentos; materiais com baixa exigência de qualidade.
As causas imediatas são circunstâncias que se apresentam originando diretamente o acidente. 
É a causa que verdadeiramente contribuiu para a ocorrência do mesmo (fonte	do	acidente). 
Observam-se facilmente e se referem aos atos inseguros e as condições inseguras. 
(CARDELLA, 2010) 
11
Antes de seguir vamos ver um exemplo: a causa imediata de um acidente pode ser a falta 
de um tipo específico de EPI, mas a causa básica pode ser que esse tipo de proteção não foi 
utilizado porque é incomodo. 
Suponhamos que um trabalhador foi ferido no olho por um resíduo qualquer. Investigado o 
caso se comprova que não levava seus óculos de segurança: 
•	Causa	imediata:	ausência de proteção individual. 
• Causa básica: é fundamental descobrir porque não carregava com ele os óculos, poderia 
ser por vários motivos, de ordem pessoal, por exemplo.
 
O ato inseguro seria a forma como um trabalhador pode se expor, consciente ou 
inconscientemente, ao risco de sofrer um acidente. Vejamos alguns exemplos a seguir:
•	 Operar	um	equipamento	sem	autorização;	
•	 Desativar	os	dispositivos	de	segurança	das	máquinas;
•	 Usar	equipamento	com	defeito;
•	 Usar	equipamentos	ou	ferramentas	incorretamente;	
•	 Não	sinalizar	ou	comunicar	os	riscos;
•	 Não	usar	o	equipamento	de	proteção	individual	(EPI);
•	 Postura	do	corpo	incorreta	para	levantar	cargas	pesadas,
•	 Realizar	manutenção	de	equipamentos	quando	estão	em	funcionamento;
•	 Fazer	brincadeiras	com	colegas	e	perder	o	foco	da	atenção;
•	 Trabalhar	embriagado;
•	 Realizar	o	trabalho	estando	doente;
•	 Fazer	trabalhos	sem	capacitação	prévia;
Condições Inseguras seria todo fator de risco que depende única e exclusivamente das 
condições existentes no ambiente de trabalho (irregularidades em máquinas, equipamentos, etc.) 
ou da forma com que o trabalho é administrado (falta de treinamento, horas extras excessivas, 
etc.) que podem levar a ocorrência de acidentes. Seguem alguns exemplos:
•	 Sistemas	de	sinalização	e	alarmes	inadequados;
•	 Organização	inadequada	do	trabalho;	
•	 Falta	de	espaço	físico	para	trabalhar;
•	 Ausência	de	manual	de	operações	e	funções;
•	 Condições	atmosféricas	perigosas;
•	 Perigo	de	incêndios	e	explosões;
•	 Ruído	excessivo;
•	 Exposição	a	gases,	vapores,	poeiras,	fumos;
12
Unidade: Acidentes de Trabalho
•	 Iluminação	inadequada;
•	 Organização	e	limpeza	inadequadas;
•	 Posto	de	trabalho	construído	sem	levar	em	conta	as	características	do	trabalhador;
•	 Falta	de	equipamentos	de	proteção	individual	(EPI);	
Antes de prosseguir convido você a refletir sobre o acaso falado na definição de acidentes no 
início do texto, será que é possível dizermos que algo que causa danos, lesões e até a morte, pode 
ser ao acaso? Não, pois quando falamos em acidentes existem muitos fatores envolvidos,riscos, 
condições ambientais no trabalho, maquinários, ferramentas, não uso dos EPI’s, comportamento 
e percepção das pessoas, que podem levar um indivíduo a sofrer um acidente, e não uma mera 
casualidade, produto da fatalidade ou do destino, portanto, acidentes não existem.
Explore
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_
detailpage&v=wdGlDQxE_7s#t=3s e pense porque os acidentes não existem.
Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT
CAT é a Comunicação de Acidente do Trabalho realizada pela empresa à Previdência Social, 
no prazo legal, independente de ter ocorrido ou não afastamento do trabalhador.
Explore
Para uma visão completa da CAT, com o formulário e forma de preenchimento 
acesse o link http://www.cpsol.com.br/upload/arquivo_download/1872/manual%20
preenchimento%20CAT.pdf
Análise de Acidentes de Trabalho
O propósito de uma análise de acidentes é encontrar as causas que ocasionaram o 
desencadeamento do acidente, a fim de propor medidas de controle para evitar que um 
acidente similar ocorra.
http://www.youtube.com/watch%3Ffeature%3Dplayer_detailpage%26v%3DwdGlDQxE_7s%23t%3D3s
http://www.youtube.com/watch%3Ffeature%3Dplayer_detailpage%26v%3DwdGlDQxE_7s%23t%3D3s
http://www.cpsol.com.br/upload/arquivo_download/1872/manual%2520preenchimento%2520CAT.pdf
http://www.cpsol.com.br/upload/arquivo_download/1872/manual%2520preenchimento%2520CAT.pdf
13
Em uma análise de acidentes é necessário analisar tanto as Causas Imediatas (atos e/ou 
condições inseguras) como as Causas Básicas (fatores pessoais e fatores de trabalho).
A fim de poder determinar tanto as causas imediatas como as causas básicas é necessário 
montar uma comissão de análise de acidentes, ir ao local do acidente o mais rápido possível, 
para obter o maior número de evidências, entrevistar a as pessoas que foram de alguma maneira 
testemunhas, chefes imediatos, ver antecedentes, planos, normativa, experiência do trabalhador 
em seu cargo, condições do trabalhador acidentado, em fim são muitos detalhes que exige uma 
análise de acidentes. (COSTELLA, 1999) 
É fundamental levar em conta que um acidente de trabalho sempre é multicausal, nunca 
existe uma única causa e é missão da comissão determinar tais causas. Para isso o grupo que for 
analisar deve ser interdisciplinar e competente de acordo com o acidente a investigar.
Costella,(1999) aponta que é necessário reunir todas as informações que possam levar a 
multicausalidade da ocorrência do evento, tais como:
•	Versões	do	acidente	dadas	por	todas	as	pessoas	que	presenciaram	o	acidente.
•	Versão	dada	pelo	chefe	imediato.
•	Versão	dada	pelo	encarregado	de	Saúde	Ocupacional.
•	Versão	dada	pelo	pessoal	da	manutenção.
•	Visita	de	inspeção	ao	local	dos	fatos,	para	evidenciar	a	situação,	é	aconselhável	fotografar,	
filmar, etc.
•	 Anotar	 a	 data,	 horário,	 tempo	 que	 o	 acidentado	 estava	 trabalhando,	 local	 exato	 da	
ocorrência e atividade realizada.
Uma vez analisada as informações recolhidas, faz-se uma síntese descritiva de como ocorreu 
o acidente. Não estabelecer a ocorrência dos fatos rapidamente, deve-se analisar toda a 
informação necessária para chegar a versão definitiva com a intervenção de todo o grupo.
Para finalizar a análise, a parte vital, são as recomendações, estas devem basear-se tanto na 
normativa legal, nos aspectos técnicos quanto nas contribuições dadas por toda a comissão. 
Essas recomendações precisam estar orientadas a evitar que um acidente similar torne a ocorrer.
Doenças Ocupacionais
Como o acidente do trabalho, as doenças ocupacionais são o resultado de acontecimentos 
não desejados e, geralmente, envolvem o contato ou exposição do trabalhador com um agente 
(químico, físico, biológico, entre outros) durante um determinado período.
As doenças ocupacionais se caracterizam por ocasionar deterioração lenta e paulatina da 
saúde do trabalhador, produto de uma exposição continuada a situações adversas no ambiente, 
que provocam danos em sua saúde. (BELLUSCI, 2001).
14
Unidade: Acidentes de Trabalho
Conforme discutido anteriormente a doença	profissional é aquela que está diretamente 
relacionada com a tarefa ou trabalho que se realiza. A seguir alguns exemplos mais conhecidos 
na área de SST (Segurança e Saúde no Trabalho), como o Saturnismo, que ocorre pela 
exposição ao chumbo, muito utilizado em fundições, fábricas de baterias, cerâmicas, etc.; a 
Silicose derivada da longa exposição ocupacional do trabalhador, sem proteção adequada, a 
poeiras de sílica em pequenas partículas geradas em processos industriais, como lixamento de 
cerâmicas, na britagem de pedras, etc.; a surdez ou hipoacusia (incapacidade parcial ou total da 
audição) provocada pela exposição ao ruído ou vibrações existentes no ambiente de trabalho. 
A doença do trabalho é aquela que se relaciona indiretamente com a profissão ou trabalho, ou 
seja, desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado podendo 
afetar qualquer trabalhador independente da tarefa que realiza. As situações mais comuns são o 
estresse no trabalho, desgaste profissional ou Síndrome de Burnout e assédio moral.
Trocando Ideias
A síndrome de Burnout acomete trabalhadores que desenvolvem atividades laborais marcadas por 
um contato interpessoal intenso, e é considerado um transtorno emocional provocado pelo trabalho.
Desta forma é possível observar que o conceito de saúde (medicina do trabalho, saúde 
ocupacional e saúde do trabalhador) merece destaque entre os profissionais da área de 
Segurança e Medicina do Trabalho que atuam na prevenção das doenças ocupacionais. Para 
uma compreensão maior desses conceitos e das doenças ocupacionais acessem os links 
•	 http://www.scielo.br/pdf/rsp/v25n5/03.pdf 
•	 http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v25n5/03.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf
15
Material Complementar
Caro (a) aluno (a)
Para facilitar seus estudos, você encontrará links interessantes com a finalidade de 
aprofundamento do tema desta unidade.
•	 http://www.unibrasil.com.br/arquivos/direito/20092/bruna-de-oliveira-medeiros.pdf 
artigo de boa qualidade relatando sobre Acidente de trabalho e Doenças ocupacionais.
•	 http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=39 artigo sobre perícia médica do 
INSS relacionando o acidente de trabalho e as doenças ocupacionais.
•	 http://www.mte.gov.br/seg_sau/pub_cne_analise_acidente.pdf site do Ministério do 
Trabalho e Emprego onde são abordados textos relacionados ao universo dos acidentes 
de trabalho. 
•	 http://www.ibram.org.br/sites/700/784/00001034.pdf ANAIS de um seminário Nacional 
que contêm uma discussão sobre a comunicação de acidente de trabalho – CAT.
http://www.unibrasil.com.br/arquivos/direito/20092/bruna-de-oliveira-medeiros.pdf%20
http://www.mte.gov.br/seg_sau/pub_cne_analise_acidente.pdf
http://www.ibram.org.br/sites/700/784/00001034.pdf
16
Unidade: Acidentes de Trabalho
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14280:2001. Cadastro de 
acidente	do	trabalho	–	Procedimento	de	classificação. Rio de Janeiro, 2001.
BELLUSCI, Silva M.	Doenças	profissionais	ou	do	trabalho. São Paulo: SENAC, 2001.
BRASIL, Previdência Social. Lei nº 8213 de 24 de junho de 1991. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br (acesso abril 2013)
CARDELLA, Benetido. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma 
abordagem holística. São Paulo: Atlas, 2010.
COSTELLA, Marcelo. Análise	 dos	 Acidentes	 do	 Trabalho	 e	Doenças	Ocupacionais	
Ocorridos na Atividade de Construção Civil no Rio Grande do Sul em 1996 e 1997. 
1999. 168 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1999.
17
Anotações
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Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
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