GESTÃO PARTICIPATIVA E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

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GESTÃO PARTICIPATIVA E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
		
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo compreender e informar a influência da gestão participativa e sustentabilidade no desenvolvimento dos espaços escolares sustentáveis, que visam uma educação socioambiental. Em uma instituição o foco é o conhecimento, aprendizado e a formação de caráter, por isso é necessário que os alunos sejam constantemente estimulados a gostar e participar de forma ativa neste ambiente também centralizado na formação de ideias. A escola assume um papel importante na vida dos educandos para que sua forma de pensar e agir nas questões ambientais e sociais seja praticado com boas ações e responsabilidade de maneira que sua prática atual seja repensada nos seus fazeres, contudo a educação ambiental precisa estar presente na educação formal, como medida educativa de forma interdisciplinar para que todos possam se conscientizar, e que medidas necessitam ser tomadas para que aja um pensamento critico reflexivo e um posicionamento humano a respeito da nossa realidade. Devido aos avanços tecnológicos, acumulo de resíduos sólidos, contaminação dos rios e muitas outras formas prejudiciais ao meio ambiente o planeta pede socorro, e esses são danos permanentes que podem ser irreversíveis. Por isso é necessário um processo de ensino aprendizagem permanente para que possamos cuidar e respeitar a todas as formas de vida.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Conscientização. Escola
	
1 INTRODUÇÃO
 
 	Com as mudanças que vem ocorrendo ao longo das décadas em nossa sociedade, a escola é o ponto de partida onde podemos trabalhar e estimular profissionais e alunos, a enfrentar novos desafios que surgem a cada dia a respeito da sustentabilidade, são nosso dever compreender e exercitar práticas que correspondam essa questão. É preocupante que esse tema não tenha a visibilidade e a importância que necessita, a participação das escolas no âmbito socioambiental é crucial para a qualidade de vida atual e gerações futuras. A escola é um espaço de desenvolvimento humano, educacional e social que precisa se conscientizar e se engajar em prol do meio ambiente, sendo assim consolidar a gestão participativa da comunidade para a construção e preservação do desenvolvimento socioambiental.
	Sabemos que a escola é transmissora e formadora de opiniões, e é uma forte aliada para a realização de projetos e ações para com o meio ambiente. Portanto cabe a escola a responsabilidade de agir em prol de uma educação ambiental transformadora, formar cidadãos conscientes de suas ações de hoje que irão interferir na qualidade de vidas das próximas gerações.
	É necessário implementar projetos que desenvolvam a educação ambiental, formar pessoas capazes de interagir e respeitar uma sociedade sustentável para que tenha um resultado significativo 
no bem estar da humanidade e igualdade social, reduzindo os riscos e escassez ecológico. Uma sociedade sustentável deve executar estratégias e desenvolvimento coletivo para um crescimento econômico garantindo a preservação do meio ambiente, por isso se faz necessário a exigências de inovações nos processos educativos de ensino aprendizagem, que as escolas tem deixado a desejar muitas vezes por falta de recursos ou por falta de interesse do corpo docente, que apesar das ações estarem no planejamento não são executadas.
2 UM NOVO RUMO PARA A GESTÃO PARTICIPATIVA NA ESCOLA VISANDO A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Nos últimos tempos, a escola tem sido alvo de muitas exigências vindas de fora com demandas diversas. Assim têm estimulado os docentes para novos objetivos, sendo um deles, o princípio da gestão participativa focada na sustentabilidade de nosso meio ambiente. Todas as questões relacionadas ao meio ambiente vivida e contextualizadas no ambiente escolar têm importância primordial para a qualidade de vida de todos os alunos, comunidade escolar e em geral, visando um futuro melhor. Tudo isso por ser um ambiente de desenvolvimento humano, social e educacional, que busca um trabalho em prol do meio ambiente, dentro de uma atuação participativa de toda a gestão. Esta participação que é voltada a sustentabilidade com certeza irá ter sucesso, pois todos estarão unidos com o mesmo objetivo. 
Segundo Freire (1996, p.98): “A educação é uma forma de mudar o mundo”. Por isso que dizemos que a escola deve usar de uma gestão participativa integrando todos os seguimentos que a integram como alunos, funcionários e comunidade. E com esse espírito de coletividade cooperem para a responsabilização quanto ao cuidado do meio ambiente onde vivem. A realidade que assistimos hoje nas escolas é bem diferente, ocorrendo um mau uso dos recursos naturais como água. A iluminação dos ambientes ligada sem necessidade, como iluminações, aparelhos, alimentos e materiais são desperdiçados. Fora a depredação dos móveis e do ambiente. Com a limitação de recursos que nos acomete hoje, esta rotina deve mudar. E aí está a importância de se fazer um trabalho coletivo.
Hoje o consumismo se tornou uma rotina, com isso é difícil falarmos de caminhos para a conscientização da sustentabilidade. “É nesse ambiente escolar que precisa ser debatido as mudanças de valores e de atitudes para a construção de sociedades sustentáveis, justas, equitativas e felizes”. (MMA, 1992. P.13)
 E este sinal da escola para estas questões, foi há anos atrás:
Entre 2012 e 2013, as escolas são convidadas a “arregaçar as mangas” e partir para ação. Incentivadas a procuras respostas para as mudanças socioambientais no mundo, o ambiente escolar encontra-se diante de um grande desafio. Precisam tornar se sustentáveis para fazer frente aos fenômenos que as mudanças climáticas acarretam. e ao mesmo tempo precisa se preparar e educar para a sustentabilidade, construindo com os estudantes e seus familiares as formas de se adaptarem e, quando possível, abrandarem os efeitos das mudanças climáticas em suas vidas e na de sua comunidade. (MEC, 2012, p.2)
	Diante da afirmação deste autor, vemos necessidade da escola buscar constantemente o engajamento de todos os seus parceiros, sendo que estes não estão longe, mas dentro do ambiente, podendo participar ativamente deste processo através da gestão participativa, pois quando falamos de uma escola socioambiental é um lugar ligado não só a questões ambientais, mas também a questões sociais, econômicas, culturais e etc. Estes aspectos de melhoria estão relacionadas a tomada de decisões compartilhadas, onde a criatividade, responsabilidade e o exercício da cidadania estejam presentes.
3 ESCOLA: AGENTE DE UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRANSFORMADORA
Dentro do âmago escolar, podemos levantar diante mão planejamentos dentro da grade curricular um meio de trabalhar a educação ambiental em seu espaço, assim como a mesma consta dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, com o Tema Transversal Meio Ambiente, onde contar com a ajuda do corpo docente em comunhão aos seus alunos para uma conscientização do meio ao seu redor, buscando formar cidadãos suscetíveis a exercer um papel positivo na realidade socioambiental tanto dentro das escolas quanto externamente em suas residências e em lugares públicos. Para isso é necessário ter mais que a teoria, conceitos e informações, requer que o trabalho seja realizado em conjunto, estabelecido dentro de foco, planejamento, gestão, comunidade e participação, trabalhando as atitudes e formação de valores, com o ensino e aprendizagem de metodologias.
	Nos Paramentos Curriculares Nacionais – Temas Transversais podemos observar que:
“Só quando se inclui também a sensibilidade, a emoção, sentimentos e energias se obtêm mudanças significativas de comportamento. Nessa concepção, a educação ambiental é algo essencialmente oposto ao adestramento ou à simples transmissão de conhecimentos científicos, constituindo-se num espaço de troca desses conhecimentos, de experiências, de sentimentos e energia. É preciso então lidar com algo que nem sempre é fácil, na escola: o prazer. Entre outras coisas, o envolvimento eas relações de poder entre os atores do processo educativo são modificados. (Documento PCNs-TEMAS TRANSVERSAIS, 1998)”.
	Diante do exposto, precisamos em união averiguar esquemas que estimulem o prazer dentre os alunos, dentro de uma instituição onde o foco é o aprendizado, o conhecimento e o forjar de caráter, precisamos centralizar também o gozo em estar fincado em um grupo fomentador de ideias.
Nessa razão, há de se adotar que caberá sempre à escola o papel de agente de uma educação ambiental renovadora, na medida em que ela transfere para si a visão de uma responsabilidade essencial no desenvolvimento de cidadãos sabedores dos reflexos no futuro e de suas ações no presente. 
	A escola tem um papel de suma importância na vida de seus educandos, ela acarreta mudanças na construção de conteúdos, condicionando o adquirir de saber e modificando a sua forma de pensar e agir dentro do ambiente social e ambiental, conciliando também o educar não apenas paro o presente, mas que o aprendizado seja levado adiante e em questões socioambientais sejam exercidos, praticados e explorados cada vez mais as melhorias, para que futuramente estejam resguardados de boas ações, tendo em vista que, para se ter qualidade de vida, é necessário manter e preservar o meio ambiente e com isso tenham uma postura crítica a respeito do posicionamento humano na atualidade. A forma de a escola trabalhar a educação ambiental com cada série, desde os anos iniciais até o ensino médio será diferente em casa modalidade, mostrar os valores, encucar métodos, criar dinâmicas que remetem a preservação e todo o contexto embasado na idade na qual se está trabalhando é um fator interessante a se atentar. Os educadores devem estar prontos para a reprodução de conhecimento e informações que recebem também as ambientais, para que assim possam propagar de forma simples para os educandos.
Observa-se que a educação ambiental deve estar presente em todos os seguimentos da educação e níveis da educação formal. A educação ambiental deve estar presente como medida educativa, desenvolvendo-se de maneira interdisciplinar para a reflexão das questões atuais e de que mundo queremos, pondo em prática um pensamento ecologista mundial. (MEDEIROS etall, 2011)
De acordo com Medeiros, podemos pensar numa escola com a função social voltada para a formação de pessoas participativas na sociedade como um todo, baseada na valorização das experiências, problematização e conhecimentos dos estudantes, superando a fragmentação dos saberes escolar. Uma escola que articula ações juntamente com a comunidade, buscando a transformação social por meio da participação democrática de todos os envolvidos.
4 SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA ESCOLA
Sustentabilidade na escola podemos definir como práticas e ensinamentos, que acontecem no ambiente escolar, direcionado ao desenvolvimento sustentável do planeta. Nossos educandos de hoje, serão amanhã os autores e responsáveis das gestões econômicas, políticas e administrativas do futuro. Portando, se faz necessário que conheçam a importância de preservar o meio ambiente, através do uso consciente de recursos naturais. É na infância que a criança começa a entender o que é preservar e respeitar a natureza, a responsabilidade e o respeito ao meio ambiente, pois tudo que nos rodeia faz parte da natureza. Para isso é dever da escola despertar no educando o senso de responsabilidade ambiental e sustentável dentro e fora da escola, com conhecimentos teóricos e ações sustentáveis, gerando consciência, essa vai transpor os muros da escola chegando até as famílias, grupos sociais e na comunidade em geral. É visível as mudanças climáticas que ocorrem no mundo, o uso desenfreado dos recursos naturais, políticas públicas que em muitos casos são ignoradas pelo próprio poder público, onde grandes empresas são beneficiadas e infelizmente a natureza é a grande prejudicada. O Ministério de Educação (MEC), “considera que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida” (Tratado E.A, 1992, p.1).
A educação ambiental tem como finalidade orientar e desenvolver personalidades com princípios e valores, formando seres humanos que preservem e valorize a natureza, utilizando seus recursos de forma correta, sem prejuízos a natureza. A escola é o agente formador desse cidadão, o despertar diante as questões do meio ambiente, esse processo é continuo onde o educando obtém entendimento e informações referentes às questões ambientais e passa a compreender que ele pode se tornar o autor causador de danos nocivos ou benéficos ao meio ambiente, tendo este à capacidade de envolver-se diretamente na degradação no que tange a preservação ao meio ambiente. Os danos causados ao meio ambiente estão relacionados aos avanços tecnológicos, causadores de efeito estufas, contaminação dos rios, grande acumulo de resíduos sólidos e etc. provocam de danos permanentes ao meio ambiente. A escola como agente formador tem o compromisso de propagar e transmitir informações, formando cidadãos reflexivos, crítico e consciente, que disseminarão conhecimentos em sua família, bairro e grupos sociais, expondo ideias e soluções no desenvolvimento sustentável e na diminuição dos danos ao meio ambiente.
 O professor é essencial neste processo, não somente com transmissores de conhecimentos, mais como agente ativo, mediador esta proposta educativa visando bons resultados, com foco no desenvolvimento de ações e procedimentos dia a dia visando a reflexão consciente do educando às práticas sustentáveis ambiental. Para isto é fundamental que o corpo docente escolar, juntamente com a comunidade, esteja aberto a uma mudança de hábitos e valores de proteção e preservação do meio ambiente, realizando de forma lúdica. Exemplos de projetos sustentáveis nas escolas:
· Criação de sistemas de reciclagem do lixo.
· Criação, no espaço escolar, de uma horta orgânica, mantida pelos próprios alunos. 
· Desenvolvimento de programas voltados para o plantio de árvores nas escolas ou na comunidade. 
· O uso racional (com economia) de água e energia elétrica, evitando ao máximo o desperdício. 
· Projeção, para os alunos, de filmes e documentários que mostrem os impactos ambientais provocados por ações humanas. Esta ação destina-se a informação e tomada de consciência por parte dos alunos.
O homem precisa se conscientizar de suas ações desenfreadas ao qual ele próprio sofrerá consequências. 
A Constituição Federal brasileira de 1988 nos artigos 225 e 186 assegura aos cidadãos o direito e proteção, fala de um meio ambiente equilibrado e preservado ecologicamente numa visão de sustentabilidade e que o desenvolvimento econômico e o uso dos recursos naturais devem ser feitos de forma consciente, evitando ações devastadoras do meio ambiente (ARAÚJO; NUNES, 2004, p. 32).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
 Diante da pesquisa podemos constatar que é de fundamental importância projetos de sustentabilidade socioambiental para um desenvolvimento sustentável aplicado ao contexto escolar. Tendo embasamento na realidade educacional que vivemos atualmente, devemos considerar as dificuldades como um grande obstáculo para melhorar o ensino, e levar entendimento além dos muros da escola é um desafio ainda maior para que o trabalho sócio educativo seja realizado.
 A falta de estratégias e recursos pode levar à escola a estagnação, e se tornar impotente diante dos problemas que surgem ao longo do processo, contudo é possível fazer uso das metodologias propostas pela escola, para ampliar os projetos e garantir a aceitabilidade da comunidade escolar nas questões de sustentabilidade. Desenvolver um processo de conscientização sobre as nossas ações contemporânea que chegaram as gerações futuras, essa concepção precisa ser repensada para convivermos em harmonia com o outro e com o meio em que vivemos, tendo a certeza da responsabilidade e o comprometimento com um todo para garantir nossa segurança e a de outras gerações.Para que o projeto de sustentabilidade tenha êxito é necessário que a escola também entenda as necessidades da comunidade, para assim juntos realizarem projetos que beneficiem tanto a escola quando a comunidade.
 Temos uma realidade preocupante onde os muros da escola já não são suficientes para a satisfação dos alunos, com as novas tendências as escolas precisam se adaptar, inovar, repensar suas metodologias e ter um novo olhar para esse novo modelo de aluno. A educação ambiental deve ser trabalhada no currículo de forma mais efetiva de modo transdisciplinar para uma construção de solidariedade mais humana e duradoura.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L. A. D.; NUNES, V. s. jr. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva 2004.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas Transversais. Brasília, 1998.
BRASIL. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Mec. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/tratado.pdf
BRITO R.O. Gestão e comunidade escolar, ferramentas para a construção de uma escola diferente do comum.Brasília; líber Livro, 2013
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: Ética do humano, compaixão pela terra. São Paulo: Vozes,1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Terra.1996.
GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire.2008.
MEC- SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO (SECADI): Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis: educando-nos para pensar e agir em tempos de mudanças socioambientais globais. 2012. 
MEDEIROS, Monalisa Cristina Silva; RIBEIRO, Maria da Conceição Marcolino; FERREIRA, Catyelle Maria de Arruda. Meio ambiente e educação ambiental nas escolas públicas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 92, set 2011. 
MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Agenda 21.Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Rio de Janeiro. 1992. conhecimento: para um futuro sustentável. São Paulo: Alínea, 2011.
1 Acadêmicos
2 Tutor Externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia(PED1509) – Paper de Seminário VIII – 16/09/2019