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CAMILA TRABALHO FINAL 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG
 Faculdade de Ciências Sociais 
JOSÉ LUIZ RODRIGUES DE CARVALHO
 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS(OSs) E O SUFRAGIO DO SUS
Goiânia
 2021
	
 JOSÉ LUIZ RODRIGUES DE CARVALHO
 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS(OSs) E O SUFRAGIO DO SUS
Trabalho realizado no curso de Ciências Sociais-Políticas Públicas da Universidade Federal de Goiás.
Disciplina: Gestão Pública Contemporânea
Docente: CAMILA ROMERO LAMEIRAO
 Goiânia
 2021
 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	.....4
2 NOVA GESTÃO PÚBLICA ATRAVÉS DE EMPRESA PRIVADA	5
3 O QUE SÃO OSs?......................................................................................................…………………………………………. 5
4 QUAL O PAPEL DO ESTADO E DA SOCIEDADE, SOBRE A TERCERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PUBLICOS ECENCIAIS .............................................................................................................................................................8
5 CONCLUSÃO ...........................................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................................15
 
1- INTRODUÇÃO
 De acordo com o que define a Constituição Federal de 1988, art. 196, ao estabelecer o Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde é direito de todos e dever do Estado. No entanto, a construção do SUS, a partir do começo da década de 90, dá-se na inversa conjuntura de crise, reforma e ajustes estruturais posto pelas políticas de estabilização econômica. Essa dinâmica de reforma dos governos e de sua ligação com a sociedade e o mercado, alcunhado, em muitos países, de Reforma de Estado, inauguraria, para alguns autores, a fragmentação das políticas regulatórias que se manteriam centralizadas dos exercícios de execução e fornecimento de serviços que passariam a ser descentralizadas. No Brasil, o debate da Reforma do Estado obteve notoriedade a partir dos anos 90 com a imposição de implementar novos modelos de gestão pública, que autorizasse o alcance dos objetivos global e possibilitasse modelos alternativas de administrar e incorporação na ordem globalizada. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (MARE) recomendou a modificação das ferramentas de política para os serviços sociais, por meio de introdução de organizações sociais, que, através do procedimento de publicização, fornece bens e serviços públicos não privativo do Estado, compreendendo serviços de saúde. Nesta conjuntura de proposituras de novos modelos de ingerência e estruturação do Estado e de seu elo o com a sociedade, aponta, no Brasil, a expressão “terceiro setor”.
 
 
2-Nova gestão pública através de empresas privadas.
 No Brasil como muitos sabe o serviço público, prestado pelo Estado e mantido pela população, através dos impostos pagos, é altamente criticado por sua burocracia e ineficiência. Dessa maneira alastrou pelo país, através da mídia, governantes e entes públicos a ideia de ataca estes males o excesso de procedimento e a baixa responsabilização dos burocratas frente ao sistema político e a sociedade. Essa ideia de uma nova gestão que alcançou o mundo era baseada na criação de empresas privadas para gerir até então empresas públicas ou estatais. Esse tipo de gestão alcançou o nosso país em 1995, com a criação das OSs.
3_ O que são essas OSs?
 As Organizações Sociais da Saúde (OSS) começaram a surgir no Brasil na esteira das possibilidades abertas para a gestão pública após a Reforma do Estado desencadeada nos anos 1994/1995. Portanto, são consideradas como um dos padrões de apresentação do denominado “terceiro setor” e emergem como nova modalidade voltada à função social de gestão e provisão de serviços de saúde, ensino, a pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, a proteção e preservação do meio ambiente, à cultura que atentam aos requisitos previstos na lei vinculadas ao modelo das parcerias público-privadas.
 Essas organizações sociais surgiram como uma solução para o serviço público o Estado oferecia o aparato financeiro e estrutura física do setor público e essas empresas ficariam com trabalho de gestão dos serviços prestados à população. As primeiras OSs a se instalarem no serviço público foi no Estado de São Paulo essa transferência de gestão foi muito criticada na época por partidos de oposição ao governo do Estado entre 94/95. O governo do Estado de São Paulo viu como uma oportunidade de investimento sem cair na lei de responsabilidade fiscal, e logo este modelo de que gestão público privado espalhou pelo país até mesmo em cidades onde era governado por partidos que inicialmente foram contra este tipo de gestão através de parcerias públicas privadas, pois este tipo de gestão era tido como uma gestão renovadora e futurística, pois era baseada em mecanismos ideais e essenciais:
-Adoção de uma administração voltada para resultados, metas, indicadores e formas de cobrar gestores e apoiada na transparência das ações governamentais, controle do cidadão possibilitado;
--A contratualidade supõe ademais a existência de uma pluralidade de serviços públicos;
-Por fim, a combinação entre a flexibilização da gestão burocrática e o aumento da responsabilização da administração pública será mais bem-sucedida caso funcionem adequadamente os mecanismos institucionais de controle. (CLAD,2000).
Para os estados essas formas de gestão eram tido como uma desburocratização do setor, pois essas empresas podem contrata os seus trabalhadores direta, sem concurso público ou regime único, podem demitir por ou sem justa causa os servidores que não se adequar a forma de gestão. O que o poder público e seus gestores espera dessa nova modalidade de gestão é trazer a eficiência das empresas privadas para os órgãos públicos do país aumentando a resposta a população que muitas das vezes fica à mercê da burocracia do Estado. Essas empresas são contratadas pelo Estado através de concorrência pública onde aquele que oferece o menor valor e toda documentação probatória é qualificado a gerir o órgão público, oferecido pelo Estado este contrato é celebrado com objetivos e metas a serem alcançadas, caso seja descumprido a OSs pode ser desqualificada, ou também recebe aditivos para aquelas que tem seus objetivos alcançados.
 
 Pelo esbouço de tudo que vimos, parece ser uma evolução no serviço público essas parcerias com a iniciativa privada, porém qual seria o papel do Estado? Estes serviços são citados na constituição federal de 1988 como um dever do Estado:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
196 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
 215 O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
 De acordo com percepção sobre Estado o que se percebe é que o Estado ficou inchado e com vários deveres sem ter um poder de administração sobreele, pois estes serviços que são considerados essenciais para a população de um país estão altamente desqualificados e aquém do que a sociedade mereça e paga por ele através de seus impostos. Com essas parcerias se espera uma maior qualidade no serviço, o qual é um dever do Estado e direito de todo cidadão deste país, com a terceirização o Estado passou de provedor a fiscalizador destes serviços considerados essenciais.
4-QUAL O PAPEL DO ESTADO E DA SOCIEDADE, SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS.
 
 A aculturação é fato que ocorre no decorrer de influências culturais, diretos e prolongados entre grupos de culturas diversas, o que provoca transformação cultural em cada um dos grupos. Atualmente com a viabilidade cada vez mais amplo e sincrônico de abrangência dos instrumentos de comunicação, essa experiência já se torna possível a necessidade do contato físico. Para compreendemos essa metodologia, é necessário estudar a comunidade de origem, a comunicação cultural, a investigação da aculturação, o papel do Indivíduo no contato cultural, a consequência da aculturação e a comunidade atual. Isto revela estudar, do ponto inicial, a comunidade de origem em direção à comunidade atual. Canclini diz entender hibridação como “processos socioculturais nos quais estruturas ou práticas discretas, que existiam de forma separada, se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas
 O modelo das organizações sociais foi criado tendo como base a combinação entre a flexibilização da gestão pública e o aumento da accountability governamental. Por meio de um contrato de gestão, o Estado repassaria a entes a públicos não estatais a provisão de serviços não exclusivos, entidades estas qualificadas como OSs. Caberia a máquina estatal a regulação e o financiamento básico desse processo. As OS perseguiriam dois objetivos: (1) garantir autonomia, flexibilidade e maior responsabilidade para os dirigentes destes serviços; e (2) levar ao incremento do controle social dessas entidades, fortalecendo práticas que aumentem a participação da sociedade na formulação e na avaliação do desempenho da OS, ampliado a parceria entre o Estado e a sociedade. (BRASIL, 1997, p. 11).
 Como sabemos o Estado brasileiro é regido pelo poder executivo, legislativo e judiciário, além dessa divisão tem os tribunais de contas, que tem o poder de fiscalização das contas públicas e com repasse da administração de órgãos públicos, para essas entidades esses órgãos ganharam funções de fiscalizar essas gestões firmadas pelos Estados com esses gestores privados. O poder legislativo é composto na união pela câmara de deputados e pelo senado federal e nos estados é composto pelas assembleias legislativas de cada estado, já a nível municipal é composto pelas câmaras de vereadores de cada município. Esses órgãos tem a função de fiscalizar, participar nos processos e inquéritos administrativos de qualquer natureza e tem o poder de convoca e até mesmo barra atos do poder executivo, com essas funções seria um dos representantes mais importante para fiscalizar os contratos, até mesmo licitude dessas organizações sociais, mas o que vemos hoje, são casas legislativas abstendo de usarem sua função de defensora do povo, fiscalizadora da sociedade aceitando e não discutindo atos do executivo, ficando apenas estes discursos e fiscalizações a opositores do governo.
 
 Já o executivo tem a função de qualifica e contrata essas OSs para gerir estes órgãos públicos e de fiscalizar o cumprimento de metas estabelecidas em contrato e com isso fazer que cada uma dessas metas seja executada e se não cumpridas pode desqualificar e fazer a rescisão de contrato com ela. Essa fiscalização é feita através da secretaria responsável pelo órgão.
... a execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo secretário de Estado da Saúde. [...] Os resultados atingidos com a execução do contrato de gestão serão analisados, periodicamente, por comissão de avaliação indicada pelo secretário de Estado competente, composta por profissionais de no- tória especialização, que emitirão relatório conclusivo, a ser encaminhado àquela autoridade e aos órgãos de controle interno e externo do Estado. (Artigo 9o, caput e § 2o, grifos nossos).
Como seria o poder de fiscalização da sociedade sobre a gestão das OSs nos órgãos públicos? O controle social adquiriu força jurídica na carta magna, a conhecida Constituição Cidadã. O controle social neste contexto é o poder político que o cidadão tem sobre a participação social na tomada de decisão das políticas públicas.
“O esperado controle social descrito no Plano Diretor, elaborado por Bresser Pereira, encontra pouco espaço nas OSs paulistas. A participação da sociedade, por meio do Conselho de Administração das OSs ou dos representantes do Conselho Estadual da Saúde, na definição das metas e indicadores para cada OSs, ainda não é uma realidade.”
Os conselhos Estaduais de saúde regulamentado pela lei 8142, de 28 de dezembro de 1990 que dispõe sobre a participação na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiro na área da saúde e dá outras providências. Esse conselho também existe no âmbito municipal e é uma importante ferramenta da sociedade, para fiscalização e participação nas políticas públicas, pois ele é formado da seguinte maneira:
-50% usuários;
-25% gestores;
-25% trabalhadores e prestadores de serviço.
E esse conselho tem importante papel nas políticas públicas da saúde, temos um exemplo recente onde o conselho de saúde de Goiânia barrou o repasse da gestão da saúde do município para as OSs.
A importância da sociedade na organização e participação nas políticas públicas. Com o passar do tempo a sociedade brasileira vai criando maturidade para a participação nas decisões na política brasileira essa participação é importante para democracia brasileira, pois não existe democracia sem participação da sociedade nas decisões dos poderes constituído.
Para Tocqueville, esta participação concretiza por meio das associações secundárias de caráter voluntário que mediam a relação entre o Estado e os indivíduos. Segundo o autor de A democracia na América (1977), as associações estimulam os indivíduos a saírem de suas relações primárias, educando-os para uma vida pública; induzem a formação de uma consciência cívica, deslocando o auto interesse imediato em direção a um “interesse bem compreendido”; cultivam a reciprocidade e a confiança entre os indivíduos, capacitando-os a desenvolverem tarefas que eles não realizariam sozinhos. Por isso, a qualidade da democracia liberal constitucional estaria intrinsecamente vinculada à qualidade da sociedade na
qual ela está inserida, especialmente ao cultivo das virtudes cívicas oriundas dos vínculos associativos nela estabelecida (TOCQUEVILLE, 1977; WARREM, 2001)
 A base da política tem que ser uma base social e para isto tem que se criar uma esfera, onde a sociedade tem poder de participação em todas as esferas governamentais, se organizando através de associações, sindicatos, conselhos...E que estes sejam independentes e tenham representatividade e representantes de todas categorias e etnias do nosso país. No primeiro governo do presidente Lula teve um forte incentivo a participação popular. Embora não existam dados precisos “podemos afirmar que novos espaços participativos foram criados e reformados durante o ano de 2003 e 2006, dentre eles ganham destaque os conselhos de políticas e as conferências que atuam nos três níveis da federação e nas diferentes políticas públicas, assim como ouvidorias públicas...”
 Mas essa participação popular as vezes ou quase sempre é barrada com intervenção política, na montagem dos mesmos para que esses membros trabalhem em favor dos projetos do governo vimos isto muito em conselhos de saúde em associações onde o meio político e partidos se envolve para influenciar os representantes da sociedade.
Nesse sentido,a criação de regras e/ou procedimentos claros para regularem o diálogo entre as OSs e o governo federal é fundamental, principalmente em um contexto complexo como o nacional, que envolve não só uma escala muito maior número de pessoas e territórios envolvidos como também uma burocracia mais ampla e heterogênea, além de uma multiplicidade de autoridades sobrepostas. A construção de parcerias efetivas, e não só simbólicas, entre Estado e sociedade civil demanda, assim, a construção de um método participativo 16 que confira os diálogos estabelecidos entre estes atores maior previsibilidade, possibilitando formas mais permanentes de controle dos acordos efetivados. (CLAÚDIAFERES FARIA, pag110).
 Hoje no ano de 2021, estamos passando por um retrocesso, onde o governo ao invés de aumenta o poder de participação popular está diminuindo, retirando a participação popular das políticas incrementadas pelo governo. Está na hora da sociedade se levantar e busca os seus direitos de participar da vida pública brasileira de uma forma organizada, pois só assim teremos uma democracia plena e madura. O que é observado após o golpe de 2016, é uma sociedade brasileira desunida e uma política de extermínio de direitos, onde conselhos foram extinto, reformas absurdas estão sendo emplacadas, empresas públicas sendo passada ao mercado internacional a preço de custo e a sociedade sem poder de opinar naquilo que é seu de direito.
8_ CONCLUSÃO
 A gestão da saúde pública executada por meio de OSs contradita o que rege a Constituição Federal, onde se diz que a Saúde é direito de todos e dever do Estado. Dessa maneira, a saúde pública precisa ser regida pelo Estado, logo, não pode ter delegação da gestão para OSs. O Estado é encarregado de gerir a Saúde. O SUS é um sistema universal de saúde pública e suas diretrizes vão ao contrário da corrente neoliberal. Dessa forma, a Reforma do Estado, ao estabelecer a publicização e as Organizações Sociais como ferramentas da gestão de saúde pública, cessa, impossibilita o procedimento de implementação, de verdade, do SUS. Dessa maneira, observamos que existe precarização do trabalho, observado que os trabalhadores precisam executar as metas definidas no contrato de gestão, assim, há acréscimo da força de trabalho. Para além disso, neste arquétipo não existe obrigação de concursos públicos, desta maneira, os trabalhadores são empregados por processo seletivo, assim, seu contrato de trabalho é via CLT, ferindo a estabilidade do trabalhador e os demais direitos trabalhistas, contrapondo ao trabalhador do setor público
 A participação popular é algo muito importante na política brasileira, onde o povo não deve pensar só no direito do voto, mas sim num todo e ter uma visão holística e fiscalizadora do poder público, onde muitas das vezes o investimento não chegar devido aos desvios de verbas e falta de fiscalização dos órgãos competentes e da sociedade.
 E com isto políticos com intenção de acabar com o patrimônio e direitos do povo coloca servidores públicos, empresas públicas como inimigos do povo e com isto os desvaloriza para que os mesmos possam ser vendidos e oferecido ao mercado privado de forma barata e sem valor. Como o artigo cita as OSs que nada mais é do que o poder privado assumindo o que é dever do Estado, e hoje em 2021 o que nos mostrou que é só uma forma de desqualifica o serviço público. 
		
	 
BIBLIOGRÁFICAS
ABRUCIO, Fernando L. Trajetória recente da gestão pública brasileira: um balanço crítico e a renovação da agenda de reformas. Rev. Adm. Pública, v. 41, n. esp., p. 67-86, 2007.
SANO, Hironobu; ABRUCIO, Fernando Luiz. Promessas e resultados da Nova Gestão Pública no Brasil: o caso das organizações sociais de saúde em São Paulo. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 48, n. 3, p. 64-80, 2008.
FARIA, Cláudia Feres. Estado e organizações da sociedade civil no Brasil contemporâneo: construindo uma sinergia positiva?. Rev. Sociol. Polit., Curitiba, v. 18, n. 36, p. 187-204, 2010.
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/legislacao/constituicao1988
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