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APOSTILA DO CURSO fiscalização de transporte de passageiros

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FISCALIZAÇÃO 
INTERESTADUAL DE 
TRANSPORTE DE 
PASSAGEIROS 
CURSO 
 
 
2 
BEM-VINDO AO CURSO 
FISCALIZAÇÃO INTERESTADUAL DE TRANSPORTES DE PASSAGEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteudistas: 
OLINTO JOSÉ NETO - Policial Rodoviário Federal 
RENATO SEBASTIÃO DE OLIVEIRA MEDEIROS - Policial Rodoviário Federal 
Instrutores do Departamento de Polícia Rodoviária Federal da disciplina Fiscalização 
do Serviço de Transporte. 
 
 
 
 
3 
Sumário 
Apresentação ............................................................................................................................... 5 
Objetivos do Curso ....................................................................................................................... 6 
Estrutura do curso ........................................................................................................................ 6 
Módulo 1 - Contexto do transporte coletivo de passageiros ........................................................... 7 
Apresentação do módulo .................................................................................................................... 7 
Objetivo do módulo ............................................................................................................................ 7 
Estrutura do Módulo ........................................................................................................................... 7 
Aula 1 - O transporte coletivo de passageiros .................................................................................... 8 
1- O transporte coletivo no Brasil ............................................................................................... 8 
Aula 2 - Aspectos legais ..................................................................................................................... 14 
Aula 3 - Conceitos .............................................................................................................................. 19 
Módulo 2 – Tipos de serviços de transporte e seus documentos de porte obrigatório ................... 23 
Apresentação do módulo .................................................................................................................. 23 
Objetivo do módulo .......................................................................................................................... 23 
Estrutura do Módulo ......................................................................................................................... 23 
Aula 1 – Tipos dos serviços de transporte e modalidades ................................................................ 24 
Modalidades de serviço ................................................................................................................ 24 
Aula 2 – Documentos de porte obrigatório ...................................................................................... 26 
Ilícitos no transporte coletivo de passageiros ............................................................................... 28 
Formas de identificar ilícitos através da análise dos documentos................................................ 29 
Aula 3 - Transporte escolar - regras específicas ................................................................................ 35 
Exigências para o veículo utilizado no transporte escolar ............................................................ 36 
Exigências para o condutor de veículo de transporte escolar ...................................................... 37 
Módulo 3 – Infrações e penalidades ............................................................................................ 41 
Apresentação do módulo .................................................................................................................. 41 
Objetivo do módulo .......................................................................................................................... 41 
Estrutura do Módulo ......................................................................................................................... 41 
Aula 1 – Infrações .............................................................................................................................. 42 
Carteira Nacional de Habilitação ................................................................................................... 42 
Documentos de porte obrigatório ................................................................................................ 44 
Embriaguez ao volante .................................................................................................................. 44 
Cinto de segurança ........................................................................................................................ 45 
Lotação excedente ........................................................................................................................ 45 
Transporte remunerado ................................................................................................................ 46 
 
 
4 
Tempo de direção ......................................................................................................................... 46 
Equipamento obrigatório .............................................................................................................. 47 
Sistema de iluminação e sinalização ............................................................................................. 47 
Lacre, chassi, selo, placa ou outro elemento de identificação do veículo. ................................... 48 
Mau estado de conservação ......................................................................................................... 48 
Registro e licenciamento ............................................................................................................... 49 
Cor ou característica alterada ....................................................................................................... 49 
Inscrição de tara e lotação ............................................................................................................ 49 
Aula 2 - Penalidades e medidas administrativas ............................................................................... 51 
Penalidades ................................................................................................................................... 51 
Medidas administrativas ............................................................................................................... 51 
Módulo 4 - Crimes relacionados e encaminhamentos .................................................................. 55 
Apresentação do módulo .................................................................................................................. 55 
Objetivo do módulo .......................................................................................................................... 55 
Estrutura do Módulo ......................................................................................................................... 55 
Aula 1 – Crimes de trânsito no transporte coletivo de passageiros ................................................. 56 
Aula 2 – Contravenções e crimes penais no transporte coletivo de passageiros ............................. 61 
Contravenções penais – Lei nº 3.668/41 ...................................................................................... 61 
Código Penal, Lei 2.848/40 ............................................................................................................ 63 
Crimes Ambientais – lei 9.605/98 ................................................................................................. 67 
Armas – Lei 10.826/03 ..................................................................................................................70 
Drogas – Lei 11.343/06.................................................................................................................. 72 
 
 
 
 
5 
Apresentação 
 
 
O transporte rodoviário é a principal modalidade de locomoção coletiva de 
passageiros no Brasil. 
O transporte rodoviário coletivo de passageiros, seja internacional, 
interestadual, intermunicipal ou municipal, no Brasil, é um serviço público essencial. 
Apenas o transporte interestadual coletivo de passageiros foi responsável no ano de 
2016 por uma movimentação de 43 milhões de usuários/ano. A frota de ônibus em 
2017 no Brasil, conforme o DENATRAN, foi de 612.534 (seiscentos e doze mil e 
quinhentos e trinta e quatro) e 390.225 (trezentos e noventa mil e duzentos e vinte e 
cinco) de micro-ônibus, totalizando 1.002.759 (Um milhão, dois mil e setecentos e 
cinquenta e nove) veículos de transporte coletivos de passageiros em circulação. 
Para um País com uma malha rodoviária de aproximadamente 1,8 milhões de 
quilômetros, sendo 146 mil asfaltados (rodovias federais e estaduais), a existência de 
um sólido sistema de transporte rodoviário de passageiros é vital. 
Por isso, neste curso você aprenderá procedimentos operacionais para uma 
melhor execução da fiscalização do transporte coletivo de passageiros, a partir da 
observância dos preceitos constitucionais e das normas técnicas e legais. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
6 
Objetivos do Curso 
 
 Estabelecer procedimentos operacionais para uma melhor execução da 
fiscalização do transporte coletivo de passageiros, com a devida segurança e 
eficiência, a partir da observância dos preceitos constitucionais e das normas técnicas 
e legais, de modo a desenvolver atividades como garantir a segurança viária, coibir 
os ilícitos criminais, e prevenindo as ocorrências de acidentes. 
 
Ao final do estudo deste curso, você será capaz de: 
● Entender a importância da fiscalização do transporte coletivo de passageiros 
para a sociedade; 
● Identificar os aspectos legais pertinentes à fiscalização do transporte coletivo 
de passageiros; 
● Definir e identificar os tipos de serviços e demais tipos de transporte; 
● Listar os documentos de porte obrigatório com base nas normas de trânsito; 
● Definir e identificar as principais infrações de trânsito, analisando sua 
aplicabilidade; 
● Identificar os principais crimes e contravenções relacionados com o transporte 
coletivo de passageiros; 
● Definir os procedimentos para preenchimento dos autos de infração, medidas 
administrativas e encaminhamentos; 
● Conhecer as principais práticas ilícitas que podem ser verificadas nos veículos 
que realizam o transporte coletivo de passageiros. 
 
Estrutura do curso 
Este curso compreende os seguintes módulos: 
● Módulo 1 - Contexto do transporte coletivo de passageiros. 
● Módulo 2 - Tipos de serviços de transporte e seus documentos de porte 
obrigatório. 
● Módulo 3 - Infrações e penalidades. 
● Módulo 4 - Crimes relacionados e encaminhamentos. 
 
 
7 
Módulo 1 - Contexto do transporte coletivo de passageiros 
 
Apresentação do módulo 
 
Para se falar em fiscalização do transporte coletivo de passageiros, o 
profissional de segurança pública deve entender a realidade na qual ele se encontra, 
facilitando assim a conscientização sobre a importância da fiscalização deste 
transporte para a sociedade. Por isso, neste módulo você estudará alguns aspectos 
relativos à importância da fiscalização, legalidade e conceitos. 
 
Objetivo do módulo 
 
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de: 
● Conscientizar-se sobre a importância da fiscalização do transporte coletivo de 
passageiros; 
● Conhecer os aspectos legais pertinentes à fiscalização do transporte coletivo 
de passageiros; 
● Conceituar os principais termos relacionados ao tema. 
 
Estrutura do Módulo 
 
Esse módulo compreende as seguintes aulas: 
● Aula 1 - O transporte coletivo de passageiros. 
● Aula 2 - Aspectos legais. 
● Aula 3 – Conceitos. 
 
 
 
 
8 
Aula 1 - O transporte coletivo de passageiros 
 
O transporte rodoviário é a principal modalidade de deslocamento de pessoas 
no território nacional, sendo o ônibus o principal meio utilizado para o deslocamento 
coletivo da população. 
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), existe uma diferença 
entre micro-ônibus e ônibus, veja: 
 
Micro-ônibus 
É o veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até vinte 
passageiros. 
 
Ônibus 
É o veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte 
passageiros, ainda que, em virtude de adaptações com vista à maior comodidade 
destes, transporte número menor. 
 
Em relação à sua área de abrangência, os ônibus municipais circulam 
interligando bairros e regiões de uma cidade, os estaduais ou intermunicipais, 
interligam cidades de um mesmo estado, e os interestaduais, interligam cidades de 
estados diferentes. 
 
 
O transporte coletivo no Brasil 
 
O transporte coletivo de passageiros é serviço público essencial no nosso país, 
desenvolvendo papel social e econômico de grande importância, democratizando a 
mobilidade, facilitando a locomoção das pessoas. 
Este transporte é realizado, em sua maioria, pela iniciativa privada, ocorrendo 
situações, na área urbana, cuja exploração é feita, também, por empresa pública. 
 
 
9 
A regulamentação desta atividade é atribuição dos órgãos públicos em suas 
três esferas de governo: 
 
Prefeituras Municipais 
Cuidam do transporte urbano em suas cidades e dentro dos limites municipais; 
 
Governos Estaduais 
Administram as linhas intermunicipais no âmbito de cada Estado; e 
 
Governo Federal 
Responsável pelo transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros em todo o país. 
 
A fiscalização, referindo-se à prestação do serviço, é realizada por órgãos 
municipais, estaduais e federais, de acordo com as suas áreas de circunscrição, por 
competência ou por delegação. 
 
 GLOSSÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No âmbito municipal, as Prefeituras criam órgãos de trânsito e transporte para 
fiscalização do transporte coletivo de passageiros, quase sempre, vinculados a uma 
Secretaria Municipal ou esta função está atribuída a Guarda Municipal. 
Competência: é o conjunto de poderes que uma autoridade pública (administrativa) 
tem, por lei, para praticar atos e tomar decisões. Ex.: A ANTT tem competência 
para fiscalizar o transporte rodoviário coletivo interestadual de passageiros. 
 
Delegação: Em resumo, delegar competência é estender temporariamente a outro 
agente público subordinado ou de mesma hierarquia a competência. Ex.: A ANTT 
delegou competência para a PRF fiscalizar os serviços de transporte interestaduais 
por prazo determinado. 
 
 
10 
No âmbito estadual, esta responsabilidade está atribuída, quase sempre, ao 
respectivo DER ou a Agência Reguladora do estado. 
No âmbito federal, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é a 
responsável em regular e fiscalizar o serviço de transporte coletivo de passageiros 
interestadual e internacional e delega essa competência por meio de convênios a 
outros órgãos como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar de Minas 
Gerais (PMMG), Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) 
e algumas Agências Reguladoras estaduais. 
Quanto ao trânsito dos veículos de transporte coletivo de passageiros, 
independentemente do local de circulação, devem obedecer às normas de trânsito e 
as leis com previsão de crime. 
 
Não obstante a preocupação com a segurança das pessoas que 
trafegam pelas rodovias de todo o país, bem como a luta que temos que 
travar para que estes cidadãos, brasileiros ou não, sejam tratados com 
dignidade, a fiscalização do transporte coletivo de passageiros poderá 
revelar outros ilícitos como: o descaminho, o contrabando, o tráfico de 
munições, armas, animais e até de sereshumanos, além de sequestro, 
trabalho escravo, transporte de produtos perigosos, excesso de peso, e 
infrações de trânsito de um modo geral. 
 
 
Assim fica fácil observar a importância desta fiscalização e a necessidade da 
atenção que cada órgão de segurança pública deve dar, em todas as fiscalizações 
realizadas pelo país, a este tipo de transporte de vidas. 
A seguir vamos ver algumas ocorrências, dentre inúmeras que surgem 
diariamente nos meios de comunicação, com matérias que tratam de ocorrências 
criminais de diversos temas que impactam nas vidas das pessoas e que ocorreram 
durante fiscalização de veículos que realizam o transporte coletivo de passageiros. 
 
 
 
 
11 
Apreensão de mais de 500 animais silvestres em ônibus encontra 16 bichos 
mortos 
Dos 562 animais apreendidos na manhã desta quinta-feira (19) pela Polícia 
Ambiental de Guarulhos, 16 chegaram mortos ao Centro de Recuperação de Animais 
Silvestres (CRAS) que fica no Parque Ecológico do Tietê - todos foram esmagados 
dentro das caixas de papelão onde foram escondidos. Os animais vieram da Bahia e 
seriam vendidos em mercado clandestino. Três pessoas foram detidas e liberadas em 
seguida. Vão responder por maus-tratos e por manter os animais silvestres em 
cativeiros. 
A apreensão foi feita pela manhã pela delegacia ambiental de Guarulhos. Os 
bichos estavam no bagageiro de um ônibus de turismo que saiu do interior da Bahia, 
na terça-feira (17), da cidade de Senhor do Bonfim, distante 2.048 km da capital 
paulista, e chegaram nessa quinta-feira ao estado de São Paulo. 
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/apreensao-de-mais-de-500-
animais-silvestres-em-onibus-encontra-16-bichos-mortos.ghtml 
 
 
Analistas tributários participaram de apreensão de ônibus com mais de um 
milhão e meio de reais em mercadorias 
Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (RFB) participaram da 
apreensão de um ônibus com mais de um milhão e meio de reais em mercadorias, 
neste domingo (18). A apreensão ocorreu durante ação conjunta realizada por 
servidores da Receita Federal em conjunto com policiais do BPFron na BR-277, 
próximo a Medianeira/PR. 
Próximo das 21h, foi abordado um ônibus de turismo com placas de Foz do 
Iguaçu, que era ocupado por dois motoristas e mais 16 passageiros incluindo uma 
guia de turismo. Um dos motoristas informou que eles seguiam para um desfile na 
cidade de Maringá/PR, porém notou-se um nervosismo excessivo de sua parte, 
fazendo com que uma inspeção mais detalhada fosse realizada. Visualmente o 
veículo não possuía irregularidades, logo foi encaminhado para o aparelho de Scanner 
onde ficou constatado que havia alguns itens suspeitos. A partir das imagens geradas 
foi possível encontrar dois fundos falsos com mercadorias ocultas no interior do 
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/apreensao-de-mais-de-500-animais-silvestres-em-onibus-encontra-16-bichos-mortos.ghtml
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/apreensao-de-mais-de-500-animais-silvestres-em-onibus-encontra-16-bichos-mortos.ghtml
 
 
12 
ônibus, que foi imediatamente lacrado para posterior verificação. 
Fonte: http://sindireceita.org.br/blog/analistas-tributarios-participam-de-
apreensao-de-onibus-com-mais-de-um-milhao-e-meio-de-reais-em-
mercadorias/ 
 
 
 
Mulher é presa com ‘super maconha’ em ônibus 
Uma atendente, de 29 anos, foi presa por transportar drogas, na manhã de 
segunda-feira (16), na rodovia Washington Luiz, em Rio Preto. 
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, o ônibus que fazia a linha Campo 
Grande (MS) para Rio Preto foi abordado e os policiais desconfiaram de uma 
passageira que estava muito nervosa. 
No fundo falso da mala da mulher foram encontrados cerca de quatro quilos de 
Skank, droga conhecida como super maconha. Ela confessou que pegou o 
entorpecente em Ponta Porã (MS) e levava para São Paulo, capital. 
Fonte: http://dhojeinterior.com.br/mulher-e-presa-com-super-maconha-em-onibus/ 
 
 
PRF e Força Nacional encontram armas em ônibus no Paraná 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com a Força Nacional (FN), 
apreendeu sete revólveres com um passageiro de ônibus em Santa Terezinha de 
Itaipu, na quarta-feira (14). Ele os revenderia em Belo Horizonte (MG) e foi preso em 
flagrante por tráfico de armas. O veículo fazia a linha Foz do Iguaçu – Belo Horizonte 
e transitava pela BR-277. 
Durante fiscalização com o apoio dos cães farejadores da Força Nacional, o 
animal sinalizou a presença de ilícitos na pochete de um passageiro. Ao vistoriarem 
tal bagagem, os agentes encontraram sete embrulhos contendo revólveres de origem 
estrangeira, sendo cinco calibre .38 e duas .32. 
Fonte: https://paranaportal.uol.com.br/cidades/policial/prf-e-forca-nacional-
encontram-armas-em-onibus-no-parana/ 
http://sindireceita.org.br/blog/analistas-tributarios-participam-de-apreensao-de-onibus-com-mais-de-um-milhao-e-meio-de-reais-em-mercadorias/
http://sindireceita.org.br/blog/analistas-tributarios-participam-de-apreensao-de-onibus-com-mais-de-um-milhao-e-meio-de-reais-em-mercadorias/
http://sindireceita.org.br/blog/analistas-tributarios-participam-de-apreensao-de-onibus-com-mais-de-um-milhao-e-meio-de-reais-em-mercadorias/
http://dhojeinterior.com.br/mulher-e-presa-com-super-maconha-em-onibus/
https://paranaportal.uol.com.br/cidades/policial/prf-e-forca-nacional-encontram-armas-em-onibus-no-parana/
https://paranaportal.uol.com.br/cidades/policial/prf-e-forca-nacional-encontram-armas-em-onibus-no-parana/
 
 
13 
 
Homem é preso suspeito de esfregar órgão sexual em universitária dentro de 
ônibus no RN 
Um homem de 41 anos foi preso na manhã deste sábado (21) suspeito de 
praticar ato libidinoso contra uma universitária durante uma viagem de ônibus de 
Fortaleza para Natal. A vítima informou em depoimento para a Polícia Civil que o 
homem esfregou o pênis na testa dela. 
A universitária pegou o ônibus na noite desta sexta-feira (20) em Fortaleza, no 
Ceará, com destino a Natal. A jovem sentou-se na cadeira do corredor e uma amiga 
sentou ao lado dela, próximo a janela do veículo. 
Já por volta das 5h deste sábado, quando o ônibus passava por Riachuelo, 
município do Agreste potiguar, a universitária acordou sentindo algo quente na testa. 
Foi quando viu que o homem esfregava o pênis em sua cabeça. 
Fonte: https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2018/07/21/homem-e-
preso-suspeito-de-esfregar-orgao-sexual-em-universitaria-dentro-de-onibus-no-
rn.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-
smart&utm_campaign=share-bar 
 
 
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2018/07/21/homem-e-preso-suspeito-de-esfregar-orgao-sexual-em-universitaria-dentro-de-onibus-no-rn.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-smart&utm_campaign=share-bar
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2018/07/21/homem-e-preso-suspeito-de-esfregar-orgao-sexual-em-universitaria-dentro-de-onibus-no-rn.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-smart&utm_campaign=share-bar
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2018/07/21/homem-e-preso-suspeito-de-esfregar-orgao-sexual-em-universitaria-dentro-de-onibus-no-rn.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-smart&utm_campaign=share-bar
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2018/07/21/homem-e-preso-suspeito-de-esfregar-orgao-sexual-em-universitaria-dentro-de-onibus-no-rn.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-smart&utm_campaign=share-bar
 
 
14 
Aula 2 - Aspectos legais 
 
De acordo com Julyver Modesto de Araújo (2015), enquanto a legislação de 
trânsito é única para todo o país, a legislação de transporte de passageiros, tanto a 
regulamentação quanto a fiscalização dependem não só de legislação federal, como 
também da administração pública estadual e municipal, conforme as competências 
constitucionais atribuídas aos entes federativos. 
 
O transporte coletivo na legislação pertinente, confira: 
ConstituiçãoFederal de 1998: 
Art. 21. Compete à União: 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros. 
... 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas 
por esta Constituição. 
... 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem 
caráter essencial; 
... 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime 
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços 
públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as 
condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 
II – os direitos dos usuários; 
III – política tarifária; 
IV – a obrigação de manter serviço adequado. 
 
 
 
15 
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997: 
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios, no âmbito de sua circunscrição: 
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de 
suas atribuições; 
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres 
e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; 
Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos municípios, 
no âmbito de sua circunscrição: 
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de 
suas atribuições; 
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres 
e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; 
... 
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas 
cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, 
bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar; 
... 
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e 
propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades 
e arrecadando multas decorrentes de infrações. 
 
Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995: 
Art. 2º Para os fins do disposto nesta lei, considera-se: 
I - Poder Concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em 
cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de 
obra pública, objeto de concessão ou permissão; 
As concessões serão sempre submetidas à licitação, sendo vedada a 
contratação direta, como regulado no Art.14 da Lei nº 8.987/95 que diz: 
Art. 14 Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de 
obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com 
observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do 
julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório. 
A toda concessão fica presumida a prestação de serviço adequado ao pleno 
atendimento dos usuários. Entende-se por serviço adequado aquele que satisfaz as 
condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, 
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
Eis o ensinamento de Fernanda Marinela (2007, p. 441): 
 
 
16 
“Esse princípio decorre de um raciocínio simples: o Brasil 
é um país relativamente pobre, tendo o serviço público que 
atingir e satisfazer os diversos grupos sociais na 
persecução do bem comum. Sendo assim, quando esse 
serviço depender de uma cobrança, ela deve ser 
condizente com as possibilidades econômicas do povo 
brasileiro, ou seja, a mais baixa possível.”). 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas Resoluções do Contran: 
 
I. Resolução nº 14/98 - Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota de 
veículos em circulação e dá outras providências. 
Acrescida pelas Resoluções nº 34/98, 43/98, 87/99 e 44/98, 46/98 e 129/01. 
Alterada pelas Resoluções 87, 228, 259 e 592/16. 
 
II. Resolução nº 115/00 - Proíbe a utilização de chassi de ônibus para 
transformação em veículos de carga. 
 
III. Resolução nº 205/06 - Dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá 
outras providências. 
Alterada pela Resolução Contran nº 235. Revoga a Resolução Contran nº 
13/98, respeitados os prazos previstos nos artigos 3º e 4º. artigo 3º alterado pela 
Deliberação Contran nº 57/07. 
 
IV. Resolução nº 416/12 - Estabelece os requisitos de segurança para veículos de 
 
Modicidade das tarifas: a concepção de prestação de serviço público está ligada 
à satisfação do interesse público, ou seja, das necessidades da coletividade como 
um todo, exigindo para tal a cobrança de menores tarifas possíveis. 
 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=96437
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/resolucao115_00.doc
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao205_06.pdf
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20416-12.pdf
 
 
17 
transporte de passageiros tipo micro-ônibus, categoria M2 de fabricação nacional e 
importado. Alterada pela Resolução 646/16 Anexo. 
 
V. Resolução nº 445/13 - Estabelece os requisitos de segurança para veículos de 
transporte público coletivo de passageiros e transporte de passageiros tipos micro-
ônibus e ônibus, categoria M3 de fabricação nacional e importado. 
Alterada pelas Resoluções 629/16 e 644/16. 
 
VI. Resolução nº 469/13 - Altera dispositivos e os Anexos da Resolução 
CONTRAN nº 402, de 26 de abril de 2012, com redação dada pelas Deliberações nº 
104 de 24 de dezembro de 2010 e nº 132 de 20 de dezembro de 2012, que 
estabelecem requisitos técnicos e procedimentos para a indicação no CRV/CRLV das 
características de acessibilidade para os veículos de transporte coletivos de 
passageiros e dá outras providências. 
 
VII. Resolução nº 504/14 - Dispõe sobre a utilização obrigatória de espelhos 
retrovisores, equipamento do tipo câmera-monitor ou outro dispositivo equivalente, a 
ser instalado nos veículos destinados ao transporte coletivo de escolares. 
 
VIII. Resolução nº 505/14 - Dispõe sobre a alteração da tabela do item 2 do 
apêndice do Anexo I, da Resolução CONTRAN nº 416, de 09 de agosto de 2012, que 
trata dos requisitos de segurança para veículos de transportes de passageiros tipo 
micro-ônibus, categoria M2. 
 
IX. Resolução nº 629/16 - Altera e substitui os Anexos II e III da Resolução 
CONTRAN nº 445, de 25 de junho de 2013, que estabelece os requisitos de segurança 
para veículos de transporte público coletivo de passageiros e transporte de 
passageiros tipos micro-ônibus e ônibus, categoria M3 de fabricação nacional e 
importado, e dá outras providências. Altera a Resolução 445/13. 
 
X. Resolução nº 643/16 - Dispõe sobre o emprego de película retrorrefletiva em 
veículos. 
 
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4452013.pdf
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4692013.pdf
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao5042014.pdf
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao5052014.pdf
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao6292016.pdf
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/RESOLU%C3%87%C3%83O_643.2016.pdf
 
 
18 
XI. Resolução nº 644/16 - Altera a tabela da alínea “a” do subitem 4.2 do Anexo 
IX da Resolução CONTRAN nº 445, de 25 de junho 2013, que estabelece os requisitos 
de segurança para veículos de transporte público coletivo de passageiros tipos micro-
ônibus e ônibus da categoria M3. Altera a Resolução 445/13.XII. Resolução nº 646/16 - Altera a tabela da alínea “a” do subitem 4.2 do Anexo 
IX da Resolução CONTRAN nº 416, de 09 de agosto de 2012, que estabelece os 
requisitos de segurança para veículos de transporte coletivo de passageiros tipo 
micro-ônibus da categoria M2. 
 
XIII. Resolução nº 667/17 - Em vigor, produzindo efeitos a partir de 1º de Janeiro 
de 2021. Estabelece as características e especificações técnicas dos sistemas de 
sinalização, iluminação e seus dispositivos aplicáveis a automóveis, camionetas, 
utilitários, caminhonetes, caminhões, caminhões tratores, ônibus, micro-ônibus, 
reboques e semirreboques, novos saídos de fábrica, nacionais ou importados e dá 
outras providências. 
 
 
 
Saiba Mais... 
Acesse o link e leia o texto “Regulamentação e fiscalização do transporte 
de passageiros, por Juliver Modesto de Araújo”. 
Link: https://www.ctbdigital.com.br/artigo-comentarista/448 
 
 
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao6442016.pdf
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao6462016.pdf
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao6672017.pdf
https://www.ctbdigital.com.br/artigo-comentarista/448
 
 
19 
Aula 3 - Conceitos 
 
Os conceitos a seguir são fundamentais para o desenvolvimento do curso, 
confira: 
 
● Bagageiro - Compartimento do veículo destinado exclusivamente ao 
transporte de bagagens, malas postais e encomendas, com acesso 
independente do compartimento de passageiros; 
● Bagagem - Conjunto de objetos de uso pessoal do passageiro, devidamente 
acondicionado, transportado no bagageiro do veículo; 
● Bilhete de passagem - Documento que comprova o contrato de transporte 
com o usuário; 
● Estacionamento - Imobilização de veículos por tempo superior ao necessário 
para embarque ou desembarque de passageiros. 
● Lotação: Carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo 
transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga, ou número de 
pessoas, para os veículos de passageiros. 
● Micro-ônibus: Veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para 
até vinte passageiros. 
● Ônibus: Veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais 
de 20 (vinte) passageiros sentados, ainda que, em virtude de adaptações com 
vista à maior comodidade destes, transporte número menor; 
● Parada - Imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente 
necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros. 
● Patrulhamento - Função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o 
objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre 
circulação e evitando acidentes. 
● Policiamento ostensivo de trânsito - Função exercida pelas Polícias Militares 
com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança 
pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, 
 
 
20 
assegurando a livre circulação e evitando acidentes. 
● Peso Bruto Total - Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, 
constituído da soma da tara mais a lotação. 
● Reboque - Veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. 
● Semi-Reboque - Veículo de um ou mais eixos que se apoia na sua unidade 
tratora ou é a ela ligado por meio de articulação. 
● Serviço - Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse 
para a administração ou de interesse público; 
● Serviço de transporte rodoviário interestadual de passageiros - O que 
transpõe os limites de Estado, do Distrito Federal ou de Território; 
● Serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros - O que 
transpõe os limites de município; 
● Serviço de transporte rodoviário municipal de passageiros - O que não 
transpõe os limites do município; 
● Tara - Peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e 
equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda 
sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso 
em quilogramas. 
● Trânsito - Movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas 
vias terrestres. 
● Transporte rodoviário de passageiros sob regime de linha - Serviço de 
transporte rodoviário coletivo de passageiros executado em uma ligação de 
dois pontos terminais, nela incluída os seccionamentos e as alterações 
operacionais efetivadas, inclusive o serviço diferenciado, aberto ao público em 
geral, de natureza regular e permanente, com itinerário definido no ato de sua 
delegação; 
● Transporte rodoviário de passageiros sob regime de fretamento - O 
serviço realizado, para os deslocamentos de pessoas, para o fim de realização 
de excursões e outras programações sem que tenha qualquer característica de 
transporte regular de passageiros; 
 
 
21 
● Veículo articulado - Combinação de veículos acoplados, sendo um deles 
automotor. 
● Veículo conjugado - Combinação de veículos, sendo o primeiro um veículo 
automotor e os demais reboques ou equipamentos de trabalho agrícola, 
construção, terraplenagem ou pavimentação. 
● Veículo de grande porte - Veículo automotor destinado ao transporte de carga 
com peso bruto total máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros, 
superior a vinte passageiros. 
● Veículo de passageiros - Veículo destinado ao transporte de pessoas e suas 
bagagens. 
 
 
 
 
 
22 
Finalizando... 
 
Caro aluno, neste módulo você aprendeu que: 
 
● O transporte rodoviário terrestre é a principal modalidade de 
deslocamento de pessoas no território nacional, sendo o ônibus o principal meio 
utilizado para o deslocamento coletivo da população. 
● A regulamentação desta atividade é atribuição dos órgãos públicos em 
suas três esferas de governo: as prefeituras municipais cuidam do transporte urbano 
em suas cidades e dentro dos limites municipais, os governos estaduais administram 
as linhas intermunicipais no âmbito de cada Estado e o Governo Federal é o 
responsável pelo transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros 
em todo o país. 
● A legislação de trânsito é única para todo o país já a legislação de 
transporte de passageiros depende não só de legislação federal, como também da 
administração pública estadual e municipal, conforme as competências 
constitucionais atribuídas aos entes federativos. 
● Transporte rodoviário de passageiros sob regime de linha é o serviço de 
transporte rodoviário coletivo de passageiros executado em uma ligação de dois 
pontos terminais, nela incluída os seccionamentos e as alterações operacionais 
efetivadas, enquanto que de fretamento é aquele realizado para os deslocamentos de 
pessoas para o fim de realização de excursões e outras programações sem que tenha 
qualquer característica de transporte regular de passageiros. 
 
 
 
23 
Módulo 2 – Tipos de serviços de transporte e seus 
documentos de porte obrigatório 
 
 
Apresentação do módulo 
 
O transporte coletivo de passageiros é regido por regulamentos e normas 
baixadas pela autoridade competente, seja no âmbito municipal, estadual ou federal. 
Contudo o Código de Trânsito brasileiro, instituído pela Lei nº 9.503/97, regulamenta 
vários aspectos relativos a este transporte de pessoas. Por isso, neste módulo você 
estudará os tipos de serviços de transporte e os documentos de porte obrigatórios 
exigidos. 
 
Objetivo do módulo 
 
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de: 
● Identificar os tipos de serviços de transporte e sua modalidade; 
● Listar os documentos de porte obrigatório exigidos regularmente e em 
situações específicas. 
 
Estrutura do Módulo 
 
Esse módulo compreende as seguintes aulas: 
● Aula 1 - Tipos dos serviços de transporte e modalidades. 
● Aula 2 - Documentos de porte obrigatório. 
● Aula 3 - Transporte escolar. 
 
 
 
24 
Aula 1 – Tipos dos serviços de transporte e modalidades 
 
O transporte coletivo de passageiros pode ser municipal, intermunicipal, 
interestaduale internacional. Além destes, temos também o transporte escolar que 
possui regras específicas. A partir do conhecimento desses serviços a equipe 
direciona o rumo da fiscalização. 
 
 
Modalidades de serviço 
 
As principais modalidades de serviço de transporte rodoviário coletivo de 
passageiros são a linha, o fretamento e o escolar. 
Vamos estudar cada uma delas, confira: 
 
Linha 
É executado em uma ligação entre dois pontos extremos, nela incluída os 
seccionamentos, inclusive o serviço diferenciado, aberto ao público em geral, de 
natureza regular e permanente, com itinerário definido no ato de sua delegação. 
Nesse tipo de serviço, de acordo com características das cidades extremas e os 
seccionamentos durante o percurso, a fiscalização pode ser mais objetiva em alguns 
temas. 
Em regra, os pontos de saída e chegada das linhas são nas Rodoviárias ou 
Terminais Integrados ou Terminais de ônibus, locais apropriados para este tipo de 
serviço. 
 
Fretamento 
É executado para os deslocamentos de pessoas, para o fim de realização de 
excursões e outras programações sem que tenha qualquer característica de 
transporte regular de passageiros. Nesse tipo de serviço, de acordo com 
 
 
25 
características das cidades de destino e as paradas durante o percurso, a fiscalização 
pode ser mais objetiva em alguns temas. 
 
Escolar 
Ocorre quando o serviço de transporte é realizado exclusivamente para 
estudantes, onde o veículo deve atender regras específicas, de identificação e 
segurança, e passar por vistorias regulares, além do condutor que deve realizar curso 
específico. 
 
Exemplos de fiscalização em transporte de LINHA: 
- Para um ônibus que liga uma cidade de fronteira com um país produtor de 
entorpecentes a uma capital, a fiscalização de combate ao narcotráfico deve ser 
o foco, não esquecendo as demais condutas ilícitas e a segurança viária. 
- Para um ônibus que liga uma cidade de fronteira com zona de livre comércio a uma 
capital, a fiscalização de contrabando e descaminho, como também do tráfico de 
armas deve ser o foco, não esquecendo as demais condutas ilícitas e a segurança 
viária. 
 
Exemplos de fiscalização em transporte de FRETAMENTO: 
- Para um ônibus que foi contratado para levar uma torcida organizada de futebol ao 
local do jogo, a fiscalização de porte ilegal de armas, mandados de prisão em aberto 
deve ser o foco, não esquecendo as demais condutas ilícitas e a segurança viária. 
- Para um ônibus que foi contratado para um grande polo comercial têxtil de 
confecções, a fiscalização de sonegação fiscal chegando ao crime tributário deve 
ser o foco, não esquecendo as demais condutas ilícitas e a segurança viária. 
Estes exemplos não são regras, são tendências que as práticas de fiscalização 
conseguiram constatar ao longo do tempo e que não demonstraram sinais de 
mudanças. 
 
 
 
26 
Aula 2 – Documentos de porte obrigatório 
 
Na fiscalização do transporte coletivo de passageiros, os documentos 
exigidos pelo CTB são apenas dois: o Certificado de Licenciamento Anual (art. 133) 
e a Permissão para Dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação (art. 159). 
 
Figura 1 - Certificado de Licenciamento Anual 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
 
Figura 2 - Carteira Nacional de Habilitação 
Fonte SDC/EaD/Segen 
 
 
27 
Além destes é exigida a comprovação de realização do curso especializado 
obrigatório para os condutores de veículos de transporte coletivo de passageiros e de 
escolares. Base legal: art. 145, inciso IV, do CTB, combinado com art. 2º da Resolução 
nº 205/06 do Contran: 
CTB - Art. 145 - Para habilitar-se nas categorias D e E ou para 
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de 
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato 
deverá preencher os seguintes requisitos: 
... 
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de 
treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos 
da normatização do CONTRAN. 
... 
CONTRAN - Res. 205/06 - Art. 2º. Sempre que for obrigatória a 
aprovação em curso especializado, o condutor deverá portar sua 
comprovação até que essa informação seja registrada no 
RENACH e incluída, em campo específico da CNH, nos termos 
do § 4º do Art. 33 da Resolução do CONTRAN nº 168/2004. 
 
Portanto, em regra geral, são documentos de porte obrigatório para o 
transporte coletivo de passageiros: 
 
Figura 3 - Documentos de Porte Obrigatório 
Fonte: SDC/EaD/SEGEN 
 
 
28 
 
No serviço de transporte interestadual de passageiros, na 
modalidade linha, é obrigatório que todo passageiro porte o bilhete de 
passagem e um documento de identificação. 
 
 
 
Ilícitos no transporte coletivo de passageiros 
 
 
Os documentos de porte obrigatório podem ser objetos de adulteração ou 
falsificação, como por exemplo: 
 
I. CNH com adulteração da categoria, da validade, ou a sua falsificação 
completa, com troca de foto, outro nome etc. 
II. CLA ou CRLV para ônibus e micro-ônibus, deve-se ter atenção em 
possível clonagem de veículos de uma mesma empresa de ônibus, com a utilização 
da placa de um veículo licenciado em dois ou mais veículos da frota, ou ônibus com 
motor de outro veículo com ocorrência de roubo, situações somente verificadas em 
fiscalização. 
III. Certificado de curso específico para conduzir transporte coletivo de 
passageiros, também poderá ser objeto de falsificação. 
O uso de documento falso ou alterado pode incorrer no crime definido no art. 
304 do Código Penal (Decreto Lei 2.848/1940). 
IV. Porte da Licença de Viagem - quanto ao serviço de transporte 
interestadual de passageiros, na modalidade fretamento, é obrigatório o porte da 
licença de viagem emitida pela ANTT. O serviço não autorizado pode caracterizar 
exercício ilegal da profissão, Lei das Contravenções Penais (LCP): 
LCP - Decreto Lei 3688/41 - Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica 
ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado 
o seu exercício. 
V. Certidão Declaratória de Transporte de Trabalhadores (CDTT) - 
Ainda no transporte interestadual, existe o transporte de trabalhadores recrutados 
 
 
29 
para trabalhar em localidade diversa da sua de origem, o qual exige do empregador 
ou seu preposto que mantenha à disposição da fiscalização no veículo utilizado para 
o transporte, durante toda a viagem, cópia da Certidão Declaratória de Transporte de 
Trabalhadores (CDTT), juntamente com a cópia da relação nominal dos referidos 
trabalhadores. 
 
A ausência destes documentos pode caracterizar o aliciamento ou o 
transporte irregular de trabalhadores para localidade diversa de sua origem, 
constituindo, em tese, o crime previsto no art. 207 do Decreto Lei nº 2.848 - Código 
Penal: 
CP - Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de 
uma para outra localidade do território nacional: 
Pena - detenção de um a três anos, e multa. (Redação dada 
pela Lei nº 9.777, de 29.12.1998) 
§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora 
da localidade de execução do trabalho, dentro do território 
nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do 
trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno 
ao local de origem. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998) 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é 
menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora 
de deficiência física ou mental. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 
1998) 
 
 
 
 
 
Formas de identificar ilícitos através da análise dos documentos 
 
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Certificado de Licenciamento 
Anual (CLA) - os órgãos de segurança pública dispõe do INFOSEG e SERPRO, para 
consultar e constatar a veracidade dos documentos. 
Outra técnica utilizada é a análise de documentos através de seus itens de 
segurança. Deve-se atentar para os elementos que identificam ou levantam a suspeita 
de que o “suporte” (folha ondeserão impressos os dados) seja falso. 
 
 
30 
 
Figura 4 - Carteira Nacional de Habilitação 
 
 
Figura 5 - Itens de Segurança CNH 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
31 
 
Figura 6 - Itens de Segurança CNH 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
Figura 7 - Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo 
 
 
32 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
Figura 8 - Itens de Segurança do CRLV 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
 
Certificado de Curso Especializado 
Quanto ao certificado não existe fonte de consulta, exceto a possibilidade de 
contato com o órgão emissor. 
 
Autorização de Viagem ou Licença de Viagem da ANTT 
Existe sistema próprio de consulta para verificação e é disponibilizado apenas 
para os órgãos ou entidades mediante convênio (para transporte interestadual e 
internacional). 
 
Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional 
O agente de segurança pública, ao abordar o veículo, deve atentar para os 
 
 
33 
seguintes indícios que podem evidenciar esta situação: 
• Deslocamento entre duas localidades que não são destinos turísticos; 
• Predominância de um gênero entre os passageiros (muitas vezes 
apenas homens); 
• Identificação no bagageiro e entre as bagagens dos passageiros as 
suas ferramentas de trabalho; 
• Desconhecimento, pelos passageiros, do local de destino. 
 
Transporte clandestino 
É também chamado de “transporte pirata”, transporte realizado sem a 
autorização pela autoridade competente, sendo realizado sem a devida regularidade, 
colocando os passageiros em situações de risco e insegurança, sem a proteção que 
a lei exige que seja garantida pelas empresas. No caso dos transportes municipal e 
intermunicipal, depara-se bastante com o chamado transporte pirata que é a execução 
do serviço sem a autorização ou permissão do órgão concedente. 
Para a comprovação dessa situação é preciso o trabalho conjunto com o 
órgão do município para o transporte municipal, e do estado para o intermunicipal. O 
transporte pirata pode caracterizar exercício ilegal da profissão (LCP - Decreto Lei 
3688/41 - Art. 47). 
 
Transporte de crianças 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é aplicado em todos os tipos 
de transporte e em todas as esferas. No transporte internacional, a criança sempre 
tem que estar acompanhada do pai e da mãe ou se um dos dois não estiver, tem que 
ter autorizado o outro a acompanhar. 
No transporte interestadual e intermunicipal temos duas situações: 
● Criança desacompanhada - Nenhuma criança poderá viajar para fora da 
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa 
autorização judicial. 
 
 
34 
● Criança acompanhada - Não precisa de autorização quando a criança 
estiver acompanhada de ascendente ou colateral maior até o terceiro grau, 
comprovado em documento ou tratar-se de comarca contígua à da residência da 
criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região 
metropolitana. 
 
 
 
35 
Aula 3 - Transporte escolar - regras específicas 
 
O direito à educação está previsto no art. 6º da Constituição Federal, como 
também no art. 205, que prevê tratar-se de “um direito de todos e dever do Estado e 
da família”, complementando em seu teor que a educação deve ser: 
 
“promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para 
o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
 
Outro princípio indicado no art. 206-I da Constituição, trata da necessidade de 
que haja “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”. 
 
 
Figura 9 - Dever do serviço de transporte escolar 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
Nesse sentido, a Constituição prevê em seu art. 208 - VII que o direito à 
educação será efetivado mediante o “atendimento ao educando, em todas as etapas 
da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático 
 
 
36 
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde”. 
O transporte coletivo escolar pode ser realizado tanto por meio de 
veículos de pessoas físicas e jurídicas contratadas, como também com 
veículos de propriedade do Poder Público, que podem ser adquiridos pelo 
programa Caminho da Escola. 
 
Os veículos escolares, objetos deste programa, são destinados para o uso 
exclusivo no transporte dos estudantes matriculados nas escolas das redes públicas 
de ensino básico, residentes em área rural, com o objetivo de garantir o acesso destes 
alunos à educação. Eles também poderão ser utilizados para o transporte de 
estudantes da zona urbana e da educação superior, desde que não haja prejuízo ao 
atendimento dos estudantes residentes na zona rural e matriculados nas escolas das 
redes públicas de ensino básico, nos termos do artigo 4º, da Resolução/CD/FNDE nº 
45, de 20 de novembro de 2013. 
 
 
Exigências para o veículo utilizado no transporte escolar 
 
Além dos documentos exigidos pela legislação de trânsito, os veículos 
especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular 
nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executiva de trânsito dos 
Estados e do Distrito Federal, nos termos do art. 136 do CTB, exigindo-se, para tanto: 
 
I. Registro como veículo de passageiros; 
II. Inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de 
segurança; 
III. Pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de 
largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, 
com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria 
pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas; 
IV. Equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; 
 
 
37 
V. Lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades 
da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade 
superior da parte traseira; 
VI. Cintos de segurança em número igual à lotação; 
VII. Outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo 
CONTRAN. 
 
A autorização para transporte escolar deverá ser afixada na parte interna do 
veículo, em local visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a 
condução de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo 
fabricante, nos termos do art. 137 do CTB. 
 
Os veículos destinados ao transporte de escolares que NÃO foram 
adquiridos pelo programa Caminho da Escola, estão dispensados desta 
autorização, seguindo a normativa geral para transporte coletivo de 
passageiros. 
 
 
 
Exigências para o condutor de veículo de transporte escolar 
 
O condutor de veículo destinado à condução de escolares, em atendimento 
ao previsto no art. 138 do CTB, deve satisfazer os seguintes requisitos: 
 
 
38 
 
Figura 10 - Exigências para o Condutor 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
Sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, o condutor 
deverá portar sua comprovação até que essa informação seja registrada no RENACH 
e incluída, em campo específico da CNH, nos termos do §4º do Art. 33 da Resolução 
do CONTRAN nº 168/05. 
Art. 33. Os Cursos especializados serão destinados a condutores habilitados 
que pretendam conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, 
de produtos perigosos ou de emergência. 
 
Acesse o link e leia o texto “Regras para o transporte escolar, por Juliver Modesto 
de Araújo”. 
http://www.ctbdigital.com.br/artigo-comentarista/571 
 
 
Acesse o link e assista esse vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=8rfw7NUa744 
 
 
 
39 
 
Importante! 
Para que você desempenhe bem seu papel é fundamental que: 
- saiba quais os documentos de porte obrigatório são exigidos no transporte coletivo de 
passageiros; 
- identifique os tipos de transporte e as modalidades; 
- direcione com tranquilidade o rumo da fiscalização. 
 
 
 
40 
Finalizando... 
 
Caroaluno, neste módulo você aprendeu que: 
● As principais modalidades de serviço de transporte rodoviário coletivo de 
passageiros são a linha e o fretamento. 
● Os documentos de porte obrigatório para o transporte coletivo de 
passageiros são a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o Certificado de 
Licenciamento Anual (CLA) e o Certificado de Curso Especializado para Condutores 
de Veículos de Transporte Coletivo de Passageiros. No caso específico do transporte 
escolar será exigido para o condutor o Curso Especializado para Condutores de 
Veículos de Transporte Escolar. 
 
 
 
 
41 
Módulo 3 – Infrações e penalidades 
 
 
Apresentação do módulo 
 
Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito do CTB, da 
legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às 
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições 
previstas no Capítulo XIX do CTB. Neste módulo você estudará algumas infrações 
aplicadas ao transporte coletivo de passageiros e suas penalidades e medidas 
administrativas. 
 
 
Objetivo do módulo 
 
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de: 
● Identificar as principais infrações do CTB aplicadas ao transporte coletivo de 
passageiros; 
● Identificar as penalidades e medidas administrativas cabíveis. 
 
 
Estrutura do Módulo 
 
Esse módulo compreende as seguintes aulas: 
● Aula 1 - Infrações 
● Aula 2 - Penalidades e medidas administrativas 
 
 
 
 
42 
Aula 1 – Infrações 
 
Infrações do CTB 
 
 Diversas são as infrações do CTB que se aplicam ao transporte coletivo de 
passageiros, a figura abaixo relaciona os itens que devem ser observados, confira: 
 
Figura 11 - Infrações do CTB 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
Vamos ver o que lei traz sobre cada uma delas: 
 
Carteira Nacional de Habilitação 
Art. 162. Dirigir veículo: 
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização 
para Conduzir Ciclomotor: 
Infração – gravíssima; 
 
 
43 
Penalidade – multa (três vezes); 
Medida administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor 
habilitado. 
Crimes de trânsito relacionados: art. 309 e art. 310 do CTB. 
 
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para 
Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir: 
Infração – gravíssima; 
Penalidade – multa (três vezes). 
Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e retenção do 
veículo até a apresentação de condutor habilitado. 
Crimes de trânsito relacionados: art. 307 e art. 310 do CTB. 
 
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria 
diferente da do veículo que esteja conduzindo: 
Infração – gravíssima; 
Penalidade – multa (duas vezes). 
Medida administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor 
habilitado. 
 
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta dias: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e retenção 
do veículo até a apresentação de condutor habilitado. 
 
Nota: Conforme o art. 162 do CTB, se for verificado que houve a entrega do veículo 
 
 
44 
ou permissão para condução, ocorrerá também a infração do art. 163 ou 164. 
 
Documentos de porte obrigatório 
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste 
Código: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento. 
 
Art. 230 XX. Conduzir o veículo sem portar a autorização para condução de escolares, 
na forma estabelecida no art. 136: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa e apreensão do veículo. 
 
Embriaguez ao volante 
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa 
que determine dependência: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. 
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do 
veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro 
de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. 
 
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro 
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, 
na forma estabelecida pelo art. 277: 
Infração - gravíssima; 
 
 
45 
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses; 
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do 
veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270. 
 
Nota: art. 165 e 165-A. A Resolução nº 432/13 do Contran dispõe sobre os 
procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na 
fiscalização do consumo de álcool ou de substância psicoativa que determine 
dependência, para a aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 do CTB. 
Crime de trânsito relacionado: art. 306 do CTB. 
 
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, 
por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com 
segurança: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
 
Cinto de segurança 
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme 
previsto no art. 65: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator. 
 
Lotação excedente 
Art. 231. Transitar com o veículo: 
… 
VII - com lotação excedente; 
 
 
46 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo. 
 
Transporte remunerado 
Art. 231. Transitar com o veículo: 
… 
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado 
para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade 
competente: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo. 
Crimes relacionados: art. 47 da Lei das contravenções penais 3.688/41. 
 
Tempo de direção 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
... 
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-C, relativamente ao 
tempo de permanência do condutor ao volante e aos intervalos para descanso, 
quando se tratar de veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso 
aplicável. 
 
 
 
47 
Equipamento obrigatório 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
... 
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; 
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo Contran; 
… 
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo viciado ou 
defeituoso, quando houver exigência desse aparelho; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
Sistema de iluminação e sinalização 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
… 
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; 
... 
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas 
queimadas: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
 
 
 
48 
Lacre, chassi, selo, placa ou outro elemento de identificação do 
veículo. 
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as 
especificações e modelos estabelecidos pelo Contran: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão das 
placas irregulares. 
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que confecciona, distribui ou 
coloca,em veículo próprio ou de terceiros, placas de identificação não autorizadas 
pela regulamentação. 
 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro elemento de 
identificação do veículo violado ou falsificado; 
... 
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; 
… 
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e 
visibilidade: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa e apreensão do veículo; 
Medida administrativa - remoção do veículo. 
 
Mau estado de conservação 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
… 
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado 
 
 
49 
na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista 
no art. 104; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
Registro e licenciamento 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
… 
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa e apreensão do veículo; 
Medida administrativa - remoção do veículo; 
 
Cor ou característica alterada 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
… 
VII - com a cor ou característica alterada; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
Inscrição de tara e lotação 
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e com falta 
de inscrição e simbologia necessárias à sua identificação, quando exigidas pela 
legislação: 
Infração - grave; 
 
 
50 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
 
 
51 
Aula 2 - Penalidades e medidas administrativas 
 
Penalidades 
De acordo com o art. 259 do CTB, a cada infração cometida são computados 
os seguintes números de pontos: 
 
Grupo Infração Pontos 
I Gravíssima 7 (sete) 
II Grave 5 (cinco) 
III Média 4 (quatro) 
IV Leve 3 (três) 
 
Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída pontuação pelas 
infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no § 3º do art. 257, 
excetuando-se aquelas praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte 
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância transitando em rodovias com 
a utilização de ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual, internacional 
e aquelas em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer 
modalidade, excetuadas as situações regulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 
da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. 
 
Medidas administrativas 
 
De acordo com o art. 269 do CTB, a autoridade de trânsito ou seus agentes 
deverá adotar as seguintes medidas administrativas: 
 
 
52 
 
Figura 12 - Medidas Administrativas 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
O art. 270 do CTB indica os casos em que o veículo poderá ser 
retido: 
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos neste 
Código. 
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, 
o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação. 
§ 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o veículo, 
desde que ofereça condições de segurança para circulação, poderá ser 
liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante 
recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação 
de recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a 
situação, para o que se considerará, desde logo, notificado. 
 
O CLA será devolvido ao condutor tão logo o veículo seja apresentado à 
 
 
53 
autoridade devidamente regularizado. 
Em caso de condutor não habilitado, não se apresentando condutor habilitado 
no local da infração, o veículo será removido ao depósito. 
Nos casos em que não for efetuada a regularização no prazo estipulado pela 
autoridade, será feito registro de restrição administrativa no RENAVAM por órgão ou 
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, que será retirada 
somente após comprovada a regularização. 
No caso específico de transporte coletivo de passageiros, o art. 270 do CTB 
estabelece ainda em seu § 5º, a possibilidade de não se dá a retenção imediata do 
veículo: 
Art. 270. § 5º A critério do agente, não se dará a retenção 
imediata, quando se tratar de veículo de transporte coletivo 
transportando passageiros ou veículo transportando produto 
perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de 
segurança para circulação em via pública. 
 
 
 
Importante! 
Para que você desempenhe bem seu papel é fundamental que: 
- tenha bem definido que para cada tipo de infração, pode ou não conduzir 
a conduta criminal; 
- saiba caracterizar os crimes de trânsito. 
 
 
 
 
54 
Finalizando... 
● Neste módulo você aprendeu algumas infrações aplicáveis ao transporte 
coletivo de passageiros, com suas penalidades e medidas administrativas 
correspondentes, conforme o CTB. 
 
 
 
55 
Módulo 4 - Crimes relacionados e encaminhamentos 
 
 
Apresentação do módulo 
 
Constitui crime, a transgressão imputável da lei penal por dolo ou culpa, ação 
ou omissão, e a contravenção penal é uma infração considerada como "crime menor", 
é punida com pena de prisão simples, multa ou ambas. Neste módulo você estudará 
alguns crimes e contravenções que estão relacionados ao transporte coletivo de 
passageiros. 
 
Objetivo do módulo 
 
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de: 
● Identificar alguns crimes relacionados ao transporte coletivo de passageiros; 
● Identificar alguns tipos de contravenção penal relacionados ao transporte 
coletivo de passageiros. 
 
Estrutura do Módulo 
 
Esse módulo compreende as seguintes aulas: 
● Aula 1 – Crimes de trânsito no transporte coletivo de passageiros 
● Aula 2 – Contravenções e crimes penais no transporte coletivo de 
passageiros 
 
 
 
 
56 
Aula 1 – Crimes de trânsito no transporte coletivo de passageiros 
 
De acordo com o art. 291 aos crimes cometidos na direção de veículos 
automotores aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo 
Penal: 
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos 
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas 
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este 
Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 
9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. 
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa 
o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, exceto se o agente estiver: 
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência; 
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou 
competição automobilística, de exibição ou demonstração de 
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela 
autoridade competente; 
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para 
a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). 
§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser 
instaurado inquérito policial para a investigação da infração 
penal. 
 
Algumas circunstâncias específicas agravam as penalidades dos crimes de 
trânsito, dentre elas, no caso o condutor no exercício da sua profissão ou atividade 
estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. 
Dentre os crimes de trânsito cometidos na direção de veículo automotor, 
destacam-se: 
 
 
57 
 
Homicídio 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: 
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
§ 1º. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é 
aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: 
I - não possuir Permissão para Dirigirou Carteira de Habilitação; 
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; 
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do 
acidente; 
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de 
transporte de passageiros. 
§ 2º. Se o agente conduz veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em 
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine 
dependência ou participa, em via, de corrida, disputa ou competição automobilística 
ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, 
não autorizada pela autoridade competente: 
Penas - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter 
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
 
Lesão Corporal 
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: 
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer 
das hipóteses do § 1º do art. 302. 
 
 
 
58 
 
 
Deixar de Prestar Socorro 
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato 
socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de 
solicitar auxílio da autoridade pública: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento 
de crime mais grave. 
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda 
que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte 
instantânea ou com ferimentos leves. 
 
Evadir-se do Local do Acidente 
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à 
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
 
Conduzir Veículo Automotor com Capacidade Psicomotora Alterada 
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão 
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: 
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se 
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
§ 1º. As condutas previstas no caput serão constatadas por: 
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual 
ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade 
psicomotora. 
§ 2º. A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de 
 
 
59 
alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros 
meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. 
§ 3º. O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia 
ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. 
 
Violar a Suspensão ou a Proibição de se Obter a Permissão ou a Habilitação 
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de 
idêntico prazo de suspensão ou de proibição. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no 
prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de 
Habilitação. 
Este crime é consumado quando o condutor for flagrado na condução do veículo, 
estando impedido de dirigir, por estar penalizado administrativamente com a 
suspensão do direito de dirigir ou condenado por crime de trânsito. 
 
Dirigir Veículo Automotor sem a devida Permissão ou Habilitação 
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir 
ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
Este crime é consumado quando o condutor for flagrado na condução do veículo, em 
via pública, sem a devida permissão ou habilitação para dirigir, ou ainda se cassado 
este direito, gerando perigo de dano configurado pela condução com manobras 
irregulares, ultrapassagens forçadas e proibidas ou acidentes de trânsito, praticados 
com veículo automotor. 
 
Permitir, Confiar ou Entregar a Direção de Veículo Automotor 
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não 
 
 
60 
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a 
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em 
condições de conduzi-lo com segurança: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
 
Trafegar em Velocidade Incompatível 
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de 
escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, 
logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de 
pessoas, gerando perigo de dano: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
 
 
 
 
 
 
61 
Aula 2 – Contravenções e crimes penais no transporte coletivo de 
passageiros 
 
Contravenções penais – Lei nº 3.668/41 
 
A Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, trata das Contravenções Penais, mas 
o que é a contravenção penal? 
 Diferente do crime, a contravenção penal é um crime “menos grave”, sua pena 
é prisão simples de até 5 anos, sendo apenas ação penal incondicionada e a tentativa 
não é punível. 
 
Figura 13 - Crime x Contravenção 
Fonte: SCD/EaD/SEGEN 
 
 
Vamos verificar exemplos de Contravenções que podem estar relacionadas com o 
transporte coletivo: 
 
Das contravenções relativas à organização do trabalho 
 
 
62 
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem 
preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício. 
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis 
a cinco contos de réis. 
Ex.: Realizar transporte remunerado de pessoas sem a autorização do poder 
concedente. 
 
Das contravenções relativas à polícia de costumes 
Art. 61. Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo 
ofensivo ao pudor. 
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
Ex.: Passar as mãos nas nádegas (apalpadela), usar órgão genital para tocar a outra, 
masturbar-se ejaculando em outra pessoa. Esses exemplos estão aparecendo com 
certa frequência no transporte coletivo de passageiros que permitem o transporte de 
passageiros em pé. 
Os estupros praticados contra a mulher, sejam tentados ou consumados, o criminoso 
recebe uma pena alta e sempre em regime fechado. No entanto, o ato de molestar 
uma mulher dentro do transporte nem sempre configura estupro. Hoje em dia, a 
legislação diz que não é necessário que um agressor tenha conjunção carnal com a 
vítima para que o crime de estupro seja configurado. Se a pessoa for forçada a tomar 
parte em um ato libidinoso, isso já pode ser entendido como estupro. Mas, 
dependendo das circunstâncias, muitos casos que acontecem no transporte público, 
como toques sem consentimento ou ejaculação, são tratados como contravenções 
penais, que têm punições muito menores. 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
Código Penal, Lei 2.848/40 
 
 
O Código Penal Brasileiro foi criado em 7 de dezembro de 1940, formado por 
um conjunto de regras sistemáticas com caráter punitivo. Tem como fim a aplicação 
de sanções em concomitância à desestimulação da prática de delitos que atentam 
contra o tecido social. 
A principal função do Código Penal é a proteção dos bens jurídicos 
estabelecidos no Art. 5º caput da

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