Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Farmacologia I aplicada ao curso de auxiliar e técnico de enfermagem Professor: Edson Oliveira 2 Farmacologia A farmacologia é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas biológicos. Como ciência nasceu em meados do século XIX. Se essas substâncias tem propriedades medicinais, elas são referidas como "substâncias farmacêuticas". O campo abrange a composição de medicamentos, propriedades, interações, toxicologia e efeitos desejáveis que podem ser usados no tratamento de doenças. Divisões da farmacologia Farmacologia Geral: estuda os conceitos básicos e comuns a todos os grupos de drogas. Farmacologia Especial: estuda as drogas em grupos que apresentam ações farmacológicas semelhantes. Ex.: farmacologia das drogas autonômicas (que atuam no SNC). Farmacotécnica: estuda o preparo, a purificação e a conservação das drogas, visando o melhor aproveitamento do seus efeitos no organismo; Farmacoterapia: união da farmacodinâmica e a farmacocinética para desenvolver uma terapia medicamentosa; Imunofarmacologia: estuda a ação dos fármacos sobre o sistema imune; Farmacognosia: diz respeito à origem, métodos de conservação, identificação e análise química dos fármacos de origem vegetal e animal; Farmácia: trata da preparação dos medicamentos nas suas diferentes formas farmacêuticas (compridos, cápsulas, supositórios, etc.), da sua conservação e análise; Farmacodinâmica: trata das ações farmacológicas e dos mecanismos pelos quais os fármacos atuam (em resumo, ação da droga no organismo); Farmacocinética: diz respeito aos processos de absorção, distribuição, biotransformação (e interações) e excreção dos fármacos (em resumo, ação do organismo na droga); Farmacogenética: área em crescimento explosivo, que trata das questões resultantes da influência da constituição genética nas ações, na biotransformação e na excreção dos fármacos e, inversamente, das modificações que os fármacos podem produzir nos genes do organismo que os recebe. Cronofarmacologia: estudo dos fármacos em relação ao tempo. Sua aplicação se baseia nos resultados da cronobiologia Toxicologia: diz respeito às acções tóxicas não só dos fármacos usados como medicamentos, mas tambem de agentes químicos que podem ser causadores de intoxicações domésticas, ambientais ou industriais Destino dos fármacos no organismo Qualquer substância que atue no organismo vivo pode ser absorvida por este, distribuída pelos diferentes órgãos, sistemas ou espaços corporais, modificada por processos químicos e finalmente eliminada. A farmacologia estuda estes processos e a interação dos fármacos com o homem e com os animais, os quais se denominam: Absorção -Todo medicamento para que possa ter ação sobre nosso organismo deverá chegar à circulação sanguínea, indiferente da via de administração. Hoje no mercado mundial existem medicamentos que foram desenvolvidas para ser administrada em diversas vias, porém a mais popular e conseqüentemente a mais utilizada são as drogas orais, isso devido aceitabilidade e conveniência. Existem outras vias de administração, como por exemplo, a via sublingual, via endovenosa, via de inalação, via intramuscular, entre outras. Pelo fato de a via oral ser a mais convencional iremos falar especificamente sobre medicamentos que são administrados por essa via. Todo medicamento ingerido chega ao estômago onde sofrerá pouca ação, a grande maioria dos medicamentos apenas são degradados nos estômago, porém sua absorção acontece normalmente e na maioria dos casos no intestino delgado. Para que o medicamento possa chegar a corrente sangüínea ele terá que ser absorvido primeiramente pelas células do intestino delgado. Isso acontece devido o fato de todo medicamento ser desenvolvido com características químicas que possibilitam a transporte do medicamento através das membranas celulares. Toda a membrana celular é composta por lipídeos (gordura), essa estrutura possibilita a permeabilidade de determinadas substâncias químicas, nesse caso os medicamentos. Ao atravessar as células do intestino delgado o medicamento chega aos capilares, que são https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacognosia https://pt.wikipedia.org/wiki/Farm%C3%A1cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacodin%C3%A2mica https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacocin%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacogen%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronofarmacologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronobiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicologia 3 os menores vasos sangüíneos do nosso corpo, e depois chegam pelos capilares até a veia porta. A veia porta é a uma veia responsável em drenar o sangue do sistema digestivo, levando as substâncias absorvidas pelo intestino delgado para o fígado. Conseqüentemente nesse transporte o medicamento que foi absorvido irá ser levado pelo sangue para o fígado Distribuição -Distribuição é a transferência do medicamento da circulação sangüínea para tecido. O medicamento circula rapidamente pelo organismo, uma vez que ele está no sangue e a circulação sangüínea é muito rápida.Após a passagem do medicamento pelo fígado, dizemos que a droga está biodisponível no sangue, ou seja, ela já poderá atuar sobre as células do nosso organismo. Na distribuição o medicamento apresentará duas formas, a forma livre e a forma ligada. Na forma livre chamamos o medicamento de bioativo, isso por que o medicamento estará sozinho, possibilitando o transporte através dos capilares, fazendo com que o medicamento possa atingir a célula alvo (célula onde o medicamento irá atuar). Na forma ligada o medicamento estará ligado literalmente a uma proteína transportadora, que fará com que o tamanho da molécula do medicamento aumente, impossibilitando a passagem (permeabilidade) do medicamento nos capilares, logo, nessa forma o medicamento não irá chegar á célula alvo, fazendo com que não haja uma resposta por parte dessa célula. Por sua vez esse medicamento ficará circulando no sangue até que essa proteína se solte, deixando-o na forma livre, sendo que na forma livre sofrerá o mecanismo citado acima Metabolismo ou Biotransformação - No metabolismo a estrutura do medicamento é modificada para que o mesmo possa ser eliminado do nosso organismo. Geralmente, porém nem sempre, nesse mecanismo o medicamento perde a sua atividade, ou seja, não fará mais o seu efeito desejado no organismo. O metabolismo acontece em vários órgãos do corpo, como por exemplo, o sangue, pulmão e rins, porém, a grande maioria dos medicamentos são metabolizados pelo fígado. No fígado existem enzimas que irão modificar a conformação molecular do medicamento, tornando-o um metabólico que será eliminado com maior facilidade pelos rins. Essas enzimas são comparadas a operários que trabalham especificamente e eficazmente com o objetivo de alterar a forma estrutural do medicamento. Cada operário ou grupo de operários (enzimas) trabalham para modificar um ou mais tipo de medicamento. Excreção - Após a modificação do medicamento ele já poderá ser excretado. O principal órgão de excreção são os rins. Os rins filtram os medicamentos do sangue e excretam-nos na urina, mas existem muitos fatores que afetam a capacidade da excreção dos rins. Um medicamento deve ser solúvel em água e não estar ligado às proteínas transportadoras para que possa ser eliminado com maior facilidade. A acidez da urina afeta a proporção em que se excretam alguns medicamentos. A capacidade dos rins para excretar medicamentos depende também do fluxo de urina, do fluxo de sangue através dos rins e do estado destes. Muitas doenças podem prejudicar a capacidade dos rins, especialmente a hipertensão, a diabetes e as infecções renais recorrentes, assim como a exposição a concentraçõeselevadas de substâncias químicas tóxicas. Com a debilidade dos rins, haverá uma deficiência na eliminação do medicamento do organismo. Quando o funcionamento dos rins não é normal, o médico deve ajustar a dose do medicamento se este é eliminado principalmente por esta via. Dado que a diminuição da função renal é normal à medida que se avança na idade, o médico pode determinar a dose apropriada, baseando-se na idade do doente também. Através da bílis, o fígado excreta alguns medicamentos que, por sua vez, penetram no trato gastrointestinal e terminam nas fezes, no caso de não serem reabsorvidos no sangue nem decompostos. Pequenas quantidades de alguns medicamentos também se eliminam na saliva, no suor, no leite materno e no ar expirado Remédio Um remédio é qualquer substância ou recurso utilizado para obter cura ou alívio. Diferentemente de fármaco, a substância utilizada não necessita ser conhecida quimicamente. Já medicamento, tem uso mais estrito a composição excipientes+fármacos, vendidos em farmácias e drogarias, utilizados na cura, prevenção e profilaxia, com uma série de regras e testes de qualidade que devem ser realizados para comprovar sua eficácia. https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento 4 Exemplos de remédios Banho Massagem Chás caseiros Alimentação saudável Uso de ervas Suplementos alimentares Pomadas caseiras Unguentos artesanais Medicamento Medicamento é um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Medicamento genérico Um medicamento genérico é um produto farmacêutico desenvolvido e fabricado a partir de uma substância activa, forma farmacêutica e dosagem idênticas a de um medicamento considerado de referência já existente no mercado farmacêutico. Tem o mesmo efeito terapêutico, dosagem e a mesma indicação que o medicamento considerado de referência para aquele princípio ativo. A compatibilidade entre dosagens é comprovada por rígidos testes laboratoriais e clínicos para obter o registro de genérico. Para mais informações ver artigo principal : Medicamento genérico. Novos medicamentos A colocação de um novo medicamento no mercado de consumo pode ser desmembrada em quatro estágios diferentes: 1. Pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos: pode ser considerada a etapa mais complexa, do ponto de vista da complexidade tecnológica, incluindo uma série de testes necessários para identificar a potencialidade de ação terapêutica da substância, estudo de suas propriedades, verificação de toxicidade aguda e crônica, potencial teratogênico e a determinação de sua dose ativa. Posteriormente, o fármaco passa por testes farmacológicos e estudos farmacotécnicos e, finalmente, ensaios clínicos. 2. Produção industrial dos fármacos: consiste em estudos para a obtenção de processos de produção em escala industrial. Nesta etapa, passa-se da bancada laboratorial para a utilização de planta-piloto até se conseguir elevar os níveis de produção para a escala industrial. 3. Produção de especialidades farmacêuticas: consiste na elaboração de produtos nas suas diversas formas farmacêuticas (comprimidos, comprimidos revestidos, cápsulas, suspensões, injeções, soluções parenterais, supositórios etc.). Trata-se de atividade tipicamente de transformação. 4. Marketing e comercialização: pelas características especiais que adquire a propaganda das especialidades farmacêuticas e por necessitar de recursos de linguagem técnica diferenciados, é considerado um importante estágio tecnológico. Também não pode deixar de ser reconhecido como importante fator de competição da indústria farmacêutica. Fármaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento_gen%C3%A9rico https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_activa https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_activa https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_farmac%C3%AAutica https://pt.wikipedia.org/wiki/Dosagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento_gen%C3%A9rico 5 Fármaco na terminologia farmacêutica, fármaco designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. Em termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em Farmácia e com acção farmacológica, ou pelo menos com interesse médico. De acordo com esta definição, fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil. Classificação dos fármacos Quanto a origem Naturais: podem ser de origem : Animal : as substâncias medicamentosas são extraidas de glândulas ou peçonhas de animais. Ex: peçonha de cobra Vegetal : as substâncias são obtidas das diversas partes das plantas Minerais : as substâncias são extraídas das fontes de minérios e empregadas sob a forma de elementos simples como: cloro, ferro, cálcio ou elementos compostos como sulfato de magnésio, bicarbonato de sódio, permanganato de potássio. Sintéticos: São os obtidos em laboratórios – podem também ser preparados com auxílio de matéria prima natural Semi sintéticos: Alteram-se as substâncias naturais objetivando modificar as características exercidas por elas. Organotrópicos – condicionam a alteração de um parâmetro biológico (EX.:anti-hipertensores). Etiotrópicos – não influenciam qualquer actividade biológica. Finalidade é matar ou impedir multiplicação de microrganismos patogénicos. Quanto a ocasião de uso Preventivo - vacinas e anticoncepcionais. Substitutivo - vitaminas, insulina. Usados para suprimir a causa da doença - bactericidas, bacteriostáticos. Sintomático - corrigem os sintomas sem eliminar a causa, como ocorre nos analgésicos. Efeitos que resultam da ação dos fármacos Efeito terapêutico – acção terapêutica, seria o efeito desejado (uma ou mais) Efeitos secundários – doses usuais e são previsíveis. Não ocorrem para melhoria da situação patológica Reacções adversas – ocasionam sintomas indesejáveis (ou mesmo toxicidade) ou dão lugar a interacções prejudiciais com outros medicamentos usados concomitantemente. Efeitos tóxicos – reacções provocadas por uma dose excessiva ou por acumulação anormal do fármaco no organismo. Efeitos locais – reacções que só ocorrem no local de administração do medicamento; Efeitos sistémicos – efeitos ocorrem num órgão ou sistema distante do local de administração; Efeitos sinérgicos – combinação dos efeitos de dois ou mais fármacos, administrados simultaneamente – efeito final é superior à soma dos efeitos de cada um deles isoladamente. EX.: relaxante muscular+analgésico Efeitos antagónicos – efeito oposto entre dois fármacos. Ex.: potássio (frequência cardíaca) / digitálicos(frequência cardíaca). Potássio antagonisa a potência do digitálico. Princípio ativo Princípio ativo é a substância que deverá exercer efeito farmacológico. Um medicamento, alimento ou planta pode ter diversas substâncias em sua composição, porém somente uma ou algumas destas conseguirão ter ação no organismo. Ainda em relação aos medicamentos, denomina-se fármaco o princípio ativo deste. https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Farm%C3%A1cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrganismos https://pt.wikipedia.org/wiki/Analg%C3%A9sicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco 6 Toxicologia A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos. Possui vários ramos, sendo os principais a toxicologia clínica, que trata dos pacientes intoxicados, diagnosticando-os e instituindo uma terapêutica mais adequada; a toxicologia experimental,que utiliza animais para elucidar o mecanismo de ação, espectro de efeitos tóxicos e órgão alvos para cada agente tóxico, além de estipular a DL50( DOSE LETAL MEDIANA) e doses tidas como não tóxicas para o homem através da extrapolação dos dados obtidos com os modelos experimentais; e a toxicologia analítica, que tem como objetivo identificar/quantificar toxicantes em diversas matrizes, sendo estas biológicas (sangue, urina, cabelo, saliva, vísceras, etc.) ou não (água, ar, solo). Dosagem Dosagem é a dose do medicamento, a freqüência de administração e duração do tratamento. Entende-se por dose do medicamento, a quantidade capaz de provocar uma resposta terapêutica desejada no paciente, preferencialmente sem outras ações (efeitos colaterais) no organismo. Há também a posologia, que é estudo farmacológico a respeito das dosagens regulamentares dos medicamentos e fármacos. Efeito colateral Denomina-se efeito colateral como um efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco. Esse termo deve ser distingüido de efeito adverso, que se refere a um efeito colateral indesejado, pois um fármaco pode causar outros efeitos potencialmente benéficos além do principal. Como exemplo podem ser citados a amnésia temporária causada por sedativos e a sonolência em anti-histamínicos, que podem ser benéficos ou adversos dependendo da situação. Efeito adverso Denomina-se efeito adverso, ou reação adversa ao medicamento (RAM), como um efeito diferente e indesejado daquele considerado como principal por um fármaco. É qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica. Interpretação Ao se suspeitar de um efeito adverso (efeito colateral indesejado), alguns fatos devem ser considerados. Um efeito adverso de um medicamento é um fato prejudicial que acontece quando um medicamento está sendo usado, devido ao seu uso, e não por coincidência. Algumas situações são mais frequentes quando se usa uma medicação do que quando não se usa. Em uma determinada pessoa o fato prejudicial pode ser devido ao medicamento, a um outro fator qualquer, ou a uma combinação das duas coisas. A possibilidade de um efeito adverso não é a certeza de sua ocorrência. A ocorrência de um fato prejudicial não é a certeza de sua origem pelo uso da medicação. A decisão de usar, de não usar ou de suspender uma medicação deve probabilística, ou seja, devem ser balanceadas as probabilidades de benefício com as probabilidades de malefício. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Estudo https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncias_qu%C3%ADmicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ramo https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%ADnica https://pt.wikipedia.org/wiki/Paciente https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Urina https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Saliva https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADsceras https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua https://pt.wikipedia.org/wiki/Ar https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo https://pt.wikipedia.org/wiki/Dose https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento_(sa%C3%BAde) https://pt.wikipedia.org/wiki/Terap%C3%AAutica https://pt.wikipedia.org/wiki/Paciente https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_colateral https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacologia https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_adverso https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Medica%C3%A7%C3%A3o 7 Antídoto Antídoto é uma substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele. Por exemplo, metais pesados podem se acumular no tecido gorduroso ou nervoso, causando danos, e o antídoto consiste em substâncias que se combinam com eles, evitando-os de agir no organismo. Já agentes neurotóxicos como alguns inseticidas e gases de guerra química, como sarin, não são atacados diretamente, consistindo o antídoto de substâncias que revertem ou anulam sua ação, como atropina (usada em colíriospara exame), em complemento de outras, até que a substância seja metabolizada ou excretada pelo organismo. Lembre-se que casos de envenenamento devem ser comunicados sempre aos bombeiros, polícia e hospitais, mesmo que a pessoa esteja aparentemente bem. Muitos venenos tem ação lenta, matando horas após a primeira exposição, se não houver tratamento adequado. Também vale lembrar que antídotos também podem prejudicar a saúde se aplicados de forma incorreta. A atropina, por exemplo, alivia o efeito dos agentes neurotóxicos, dando tempo para que o atingido possa chegar a um hospital, mas não cura. O uso em excesso causa arritmia, entre outros. https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Mistura https://pt.wikipedia.org/wiki/Veneno https://pt.wikipedia.org/wiki/Metal_pesado https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tecido_gorduroso&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervoso https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurot%C3%B3xico https://pt.wikipedia.org/wiki/Inseticida https://pt.wikipedia.org/wiki/Gas https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_qu%C3%ADmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarin https://pt.wikipedia.org/wiki/Atropina https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%ADrio https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Excre%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Bombeiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia https://pt.wikipedia.org/wiki/Hospital https://pt.wikipedia.org/wiki/Atropina https://pt.wikipedia.org/wiki/Arritmia 8 Forma farmacêutica Forma farmacêutica é o estado final que as substâncias ativas apresentam depois de serem submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado. As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criança, por exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de água do que um comprimido. Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada, isto é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser, por via oral, retal, intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras. Escolha da forma farmacêutica A escolha da forma farmacêutica depende principalmente: da natureza físico-química do fármaco; do mecanismo de ação; do local de ação do medicamento; da dosagem – quantidade de fármaco na forma farmacêutica. Cada via de administração é indicada para uma situação específica, e apresenta vantagens e desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é sempre incômoda e muitas vezes dolorosa. No entanto, seu efeito é mais rápido. Lembre-se que não é apenas a forma do medicamento que é importante, a sua via de administração também deverá ser escolhida pelo médico, no ato da prescrição. No quadro abaixo estão relacionadas as vias de administração e as principais formas farmacêuticas existentes. 9 VIA DE ADMINISTRAÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS Via oral (boca) Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão. Via sublingual (debaixo da língua) Comprimidos sublinguais Via parenteral (injetável) Soluções e suspensões injetáveis Via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos. Vianasal (nariz) Spray e gotas nasais Via oftálmica (olhos) Colírios e pomadas oftálmicas Via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares Via pulmonar (respiração/aspiração) Aerossol (bombinha) Via vaginal (vagina) Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos. Via retal (ânus) Supositórios e enemas 10 FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS • CÁPSULAS É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de gelatina que pode ser mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou duro (armazenando sólidos). Há casos específicos em que a cápsula pode ser aberta e ser administrada na forma de pó, porém, isto só poderá ser feito com indicação médica e orientação do farmacêutico. Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o medicamento pode perder seu efeito. Pode ser usada para mascarar sabor desagradável. • COMPRIMIDOS É a compressão de uma ou mais substâncias químicas na forma de pó ou grânulo. Segue abaixo alguns Tipos de comprimidos: ♦ COMPRIMIDOS DE REVESTIMENTO ENTÉRICO » Os comprimidos prontos são revestidos por um produto que garante sua passagem integra pelo estômago e chegando perfeito ao intestino onde irá se dissolver e iniciar sua ação. O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos, quando em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica. Pode ser utilizado também em casos de medicamentos que agridem a parede do estômago. ♦ COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS » Os comprimidos são colocados, obrigatoriamente, embaixo da língua, e se dissolvem com auxílio da saliva e são absorvidos na própria boca. É usado no caso de medicamentos que, em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica, também para aqueles que são pouco absorvidos pelo intestino. https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-0Yq4LMlP4iQ/Vr0NWvuwAQI/AAAAAAAASmY/wx9B3UCpWKA/s1600-h/image[19].png?ssl=1 https://i0.wp.com/2.bp.blogspot.com/-aIFhOuJ-SLU/VC2AxPvYhGI/AAAAAAAAQiM/Z4pMkxMPUeM/s1600/pink-pill-02.png 11 ♦ COMPRIMIDOS EFERVESCENTES » São comprimidos preparados com uma ou mais substâncias químicas associadas a alguns sais que liberam gases quando em contato com a água. Este mecanismo facilita o comprimido a desintegrar e a dissolver para ser absorvido. ♦ COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS » São comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada pela mastigação. Depois de mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos. ♦ COMPRIMIDOS DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA » É um comprimido que possui um revestimento que controla a liberação da substância química. Isso permite que esses comprimidos, ao serem dissolvidos, iniciem sua ação lentamente de forma que seja prolongada/duradoura, mas somente quando ingeridos inteiros. Já um comprimido simples quando é totalmente dissolvido, sofre completa absorção e tem sua ação iniciada rapidamente. São utilizados, geralmente, para doenças crônicas, podendo aumentar o intervalo entre as tomadas dos medicamentos em pacientes que precisam de altas doses por dia. →Um tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado de “Oros”, esse comprimido permite a liberação lenta da substância ativa no organismo, o que garante a ação durante 24 horas. Uma vez concluído este processo, o comprimido vazio é eliminado pelo organismo através das fezes. Ex: Adalat® Oros. →Outro tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado “Inserts”, usado em preparações oftálmicas, colocado no saco lacrimal, esses são colocados e retirados intactos, há liberação da substância química. Ex: Ocusert TM. • DRÁGEAS São comprimidos revestidos com açucares. Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor do medicamento. https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-BAumXlDGisc/Vr0NaHIWEJI/AAAAAAAASmo/qKW61QI6xx4/s1600-h/image[32].png?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-5YW0YxnCXGg/Vr0NYce2f-I/AAAAAAAASmg/YPnaURITT6M/s1600-h/image[43].png?ssl=1 12 • PREPARAÇÃO EXTEMPORÂNEA São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, ou insolúveis, resultando em suspensões. São preparações para substâncias que não são estáveis na presença da água (se degradam facilmente depois de um curto tempo de contato). Assim, é necessário que as substâncias sejam acrescentadas à água filtrada ou fervida somente no momento da administração, para se fazer a solução ou suspensão. Geralmente, esses produtos devem ser utilizados por um período máximo de 14 dias após sua preparação, quando armazenado em geladeira. Se armazenado em temperatura ambiente esse período cai para 7 dias. Se não utilizado por completo dentro desses períodos e nessas condições, o que restar no frasco deve ser descartado. Ter atenção, pois há produtos com especificações diferentes. Os granulados devem ser consumidos em no máximo 24hs após serem preparados. FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS As preparações tópicas semi-sólidas são para aplicação na pele ou em certas mucosas, para ação localou penetração percutânea dos medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora. • POMADAS OU UNGÜENTOS São preparações semi-sólidas para aplicação externa que amolecem ou derretem à temperatura corpórea. A substância química sólida é geralmente inserida em uma base oleosa. https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-glK53rzlkgc/Vr0NcWrFvJI/AAAAAAAASmw/p-RXmCRVyok/s1600-h/image%25255B37%25255D.png?ssl=1 https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-pvi065AR7DA/Vr0NekF-RzI/AAAAAAAASm4/yP_1sUPA03A/s1600-h/image[65].png?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-glK53rzlkgc/Vr0NcWrFvJI/AAAAAAAASmw/p-RXmCRVyok/s1600-h/image[37].png?ssl=1 13 São usadas em regiões menores, com menos pêlos por serem muito oleosas, não é aconselhável aplicá- las em feridas abertas. • PASTAS Para aplicação externa na pele. Contém maior porcentagem de material sólido, por isso são mais firmes e espessas. Apresentam consistência macia e firme pela quantidade de sólidos, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados. • EMULSÕES OU CREMES Preparações com parte de água e parte de óleo. Em comparação com as pomadas, são bem menos oleosas e se espalham facilmente. Portanto, são mais aplicadas para áreas extensas do corpo e também em regiões com pêlos. As emulsões também são usadas por via oral para mascarar o sabor de medicamentos quando usadas por via oral, evitando o contato do óleo com as papilas gustativas. https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-rJA3vWtEr2o/Vr0NhBb7gII/AAAAAAAASnA/qWyRtDPF5iU/s1600-h/pastas[2].png?ssl=1 https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-EwrHwluS54k/Vr0NkS0b0GI/AAAAAAAASnI/ZVm9CdazcNo/s1600-h/cremes[6].png?ssl=1 14 • GÉIS São preparações a base de água, portanto, não contém óleo. São utilizadas em regiões muito úmidas. Também são utilizados para reduzir a oleosidade da pele. • SISTEMAS DE GÁS COMPRIMIDO OU AEROSSÓIS São utilizadas em medicamentos e cosméticos. Geralmente são soluções associadas a gases. Antigamente o gás mais utilizado era o CFC (clorofluorcarbono), pois ele não é inflamável, em contrapartida causam grande estrago para a natureza (uma pequena quantidade dele no ar é capaz destruir grande parte da camada de ozônio). Foi substituído atualmente pelos hidrocarbonetos (n-butano, propano, iso-butano), que são inflamáveis, mas pouco tóxicos e mais baratos. É importante alertar que as embalagens não devem ser descartadas fora do lixo, e não podem ser reutilizadas e abertas. • SUPOSITÓRIOS São formas farmacêuticas da consistência firme, de forma cônica ou ogival, destinadas a serem inseridas no reto, onde devem desintegrar-se ou derretem-se a temperatura do corpo, liberando a substância química. Pode ser para ação sistêmica devendo seraplicado mais profundamente possível, ou local não sendo necessário aplicação profunda. Para ação local são utilizados em casos de dor, constipação, irritação, coceira e inflamação. Para ação sistêmica são utilizados em casos de pacientes com vômitos e que não engolem o medicamento, ou mesmo para cortar o vômito, e para medicamentos que se degradam no líquido ácido do estômago. https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-1l15SYnNkPs/Vr0NnMuh_NI/AAAAAAAASnQ/oAPapdW6kbE/s1600-h/gel[6].png?ssl=1 https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-dsNOuv_ox-c/Vr0NpgpLrfI/AAAAAAAASnY/Rx-mRgYmgLc/s1600-h/image[57][2].png?ssl=1 15 • ÓVULOS Um tipo de supositório de uso vaginal. FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS • SOLUÇÕES São preparações em que há uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em uma pequena quantidade de solvente (a substância que dissolve). Podem ser divididas em Soluções Orais e Soluções Estéreis. • SOLUÇÕES ORAIS As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido para tornar o medicamento mais agradável ao gosto. Podem ser administradas em gotas, ou com um volume bem definido, como, por exemplo, 5 mL (uma colher de chá). Elas podem ter cor, mas devem ser transparentes. https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-_th68AjEfw4/Vr0NsBwnx9I/AAAAAAAASng/HJGPnVV8Ods/s1600-h/image[64].png?ssl=1 https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-qXe1lW9AU6Y/Vr0Nu6rS5pI/AAAAAAAASno/EKlbyS9nWac/s1600-h/solu%C3%A7%C3%B5es[3].png?ssl=1 16 • SOLUÇÕES ESTÉREIS (INJETÁVEIS, COLÍRIOS..) São preparações líquidas estéreis, ou seja, sem a presença de microorganismos. São colírios e medicamentos injetáveis. Não devem conter nenhum tipo de substância estranha e nem estarem turvas. • TINTURAS São medicamentos líquidos resultantes da extração princípios ativos de drogas vegetais e animais. Elas são preparadas à temperatura ambiente por percolação (droga vegetal na forma íntegra em contato com o solvente) ou maceração (droga macerada ou triturada em contato com o solvente). Os líquidos extratores ou “solventes” são: álcool, álcool/água, éter alcoolizado ou acetona. • EXTRATOS FLUIDOS São preparações oficinais líquidas obtidas de drogas vegetais e manipuladas de maneira que cada 1 mL contenha os princípios ativos solúveis de 1 g da droga respectiva, devidamente dessecada ao ar livre. Eles são preparados, em sua maioria, por um dos quatro processos gerais de percolação designados pelas letras A, B, C e D na Farm.Bras.II. https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-B_4O1ftUh0s/Vr0NxV-Cp3I/AAAAAAAASnw/EUZ5hYqHcqY/s1600-h/colirio%25255B3%25255D.jpg?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-9lRufiNRbUY/Vr0Nz8pvHCI/AAAAAAAASn8/bNXjA300nLE/s1600-h/image%25255B68%25255D.png?ssl=1 https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-B_4O1ftUh0s/Vr0NxV-Cp3I/AAAAAAAASnw/EUZ5hYqHcqY/s1600-h/colirio[3].jpg?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-9lRufiNRbUY/Vr0Nz8pvHCI/AAAAAAAASn8/bNXjA300nLE/s1600-h/image[68].png?ssl=1 17 • XAROPES São preparações a base de água, concentradas de açúcar, que contêm uma ou mais substâncias químicas. São usadas principalmente para substâncias com sabor muito desagradável e também para pacientes que têm dificuldade de ingerir comprimidos (crianças e idosos, por exemplo). • ELIXIRES São preparações líquidas à base de água e álcool e com sabor levemente adocicado, que contêm uma ou mais substâncias químicas. São menos viscosos e, devido à presença de certa quantidade de álcool, são menos utilizadas atualmente. https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-HnMAr3UtcUY/Vr0N2shQbVI/AAAAAAAASoI/D-jzccqZeMQ/s1600-h/image[72].png?ssl=1 18 • SUSPENSÕES As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não estão totalmente dissolvidas no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade de dissolução, por isso depositam-se no fundo do recipiente. É essencial informar ao paciente que ele deve agitar o frasco antes de usar. OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS •Cataplasmas → São preparações geralmente magistrais, de aplicação tópica na pele. •Ceratos → São um tipo de pomada, em que o excipente é constituído por uma mistura de cera e óleo. •Alcolatos → São preparações farmacêuticas que se obtém pela maceração olcoólica de plantas frescas, seguidas de destilação •Colutórios → São preparações magistrais destinadas a serem depostas na mucosa bocal ou orofaríndea. São soluções viscosas devido à presença de mel ou glicerina. As substâncias ativas empregues são anti-sépticos. •Enemas ou Clister (Phosfo enema) → São formas farmacêuticas destinadas a serem introduzidas na porção terminal do intestino. •Aerossois → Se caracterizam por constituírem um “nevoeiro não molhante” formado por micro gotas (diâmetro compreendido entre 0,05 e 0,2 micrômetro). Formam uma suspensão coloidal, em que a fase contínua é o gás e a fase dispersa é o líquido. •Sprays → São semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (0,5 micrômetro), podem ser considerados “nevoeiros molhantes”. •Vaporizações → São formas farmacêuticas magistrais resultantes da libertação de vapor de água por si só, ou contendo anti-sépticos, e que se destinam a ser inalados •Fumigações → São gases resultantes da combustão de determinadas plantas, ou liberação de gases (p. ex. Formal) com fins desinfetantes de espaços ou dirigidos para as vias resiratórias com fins medicamentosos anti-sépticos – inalação •Ampolas → São tubos de vidro ou plástico, colorido ou incolor, estirados nos dois topos, ou pequenas “garrafas” seladas, podem conter líquido ou pó. https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-G8H4BDUESIQ/Vr0N4tPAR2I/AAAAAAAASoQ/ESh_iug4_r4/s1600-h/suspens%C3%A3o[2].png?ssl=1 19 –Servem para facilitar a esterilização e conservação do seu conteúdo; –O pó normalmente é utilizado na preparação extemporânea de solutos injetáveis. –O conteúdo poder ser aplicado via parenteral, oral ou tópico 20 Vias de administração de medicamentos Entre os profissionais de saúde, via de administração é o caminho pelo qual uma substância interage com o organismo. Em toxicologia usa-se o termo inoculação em vez de administração. Sem dúvida, dita a substância tem de ser transportada do ponto de entrada à parte do corpo onde se deseja que ocorra sua ação (a menos que esse local seja na superfície do corpo). Todavia, o uso dos mecanismos de transporte do organismo para tal fim está longe de ser trivial. As propriedades farmacocinéticas de uma droga (isto é, as propriedades relacionadas a absorção, distribuição e eliminação) são bastante influenciadas pela via de administração. Objetivos da injeção intravenosa Efetuar nutrição parenteral Administrar grandes volumes de líquidos, quando indicados Administrar substância hipertônica com certos limites Obter efeito imediato do medicamento Instalar terapêutica com hemocomponentes Classificação As vias de administração de fármacos podem ser a grosso modo divididas em: Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a sua ação (o fármaco é exposto sobre a pele). Enteral: efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância via trato digestivo. Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo. A agência FDA americana reconhece 111 tipos diferentes de vias de administração. A seguir está uma lista breve de algumas delas. Tópica epidérmica (aplicação sobre a pele), p. ex. teste de alergia, anestesia local tópica inalável, p. ex. medicamentos para asma enema, p. ex. meio de contraste para imagem digestiva colírios (sobre a conjuntiva), p. ex. antibióticos para conjuntivite gotas otológicas, como antibióticos e corticoides para otite externa intranasal, p. ex. spray descongestionante nasalParenteral por injeção ou infusão injeção intravenosa (na veia), p. ex. várias drogas, nutrição parenteral total injeção intra-arterial (na artéria), p. ex. drogas vasodilatadoras para o tratamento de vasoespasmos e drogas trombolíticas para o tratamento de embolia injeção intramuscular (no músculo), p. ex. várias vacinas, antibióticos e agentes psicoativos de longa duração. injeção intracardíaca injeção subcutânea (sob a pele), p. ex. insulina infusão intraóssea (na medula óssea) é um acesso intravenoso indireto porque a medula óssea acaba no sistema circulatório. Esta via é usada ocasionalmente para drogas e fluidos na medicina de emergência e na pediatria, quando o acesso intravenoso é difícil injeção intradérmica, (na própria pele) é usada para teste de pele de alguns alergênicos e também para tatuagens https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Inocula%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_de_administra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacocin%C3%A9tica http://www.fda.gov/cder/dsm/DRG/drg00301.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Anestesia https://pt.wikipedia.org/wiki/Asma https://pt.wikipedia.org/wiki/Enema https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%ADrio https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuntiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuntivite https://pt.wikipedia.org/wiki/Corticoide https://pt.wikipedia.org/wiki/Otite https://pt.wikipedia.org/wiki/Descongestionante_nasal https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Infus%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o_intravenosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nutri%C3%A7%C3%A3o_parenteral_total&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o_intra-arterial https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasodilatador https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vasoespasmo&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombol%C3%ADtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Embolia https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o_intramuscular https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo https://pt.wikipedia.org/wiki/Vacina https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Agente_psicoativo&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o_intracard%C3%ADaca https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o_subcut%C3%A2nea https://pt.wikipedia.org/wiki/Insulina https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Infus%C3%A3o_intra%C3%B3ssea&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea https://pt.wikipedia.org/wiki/Pediatria https://pt.wikipedia.org/wiki/Inje%C3%A7%C3%A3o_intrad%C3%A9rmica https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Teste_de_pele&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alerg%C3%AAnicos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tatuagem 21 injeção intraperitoneal, (no peritônio) é predominantemente usada na medicina veterinária e no teste de animais para a administração de drogas sistêmicas e fluidos, devido à facilidade de administração comparada com outros métodos parenterais. Parenteral (que não por injeção ou infusão) transdérmica (difusão através da pele intacta), p. ex. emplastro de opioide transdérmico para terapia da dor transmucosa (difusão através de uma membrana mucosa), p. ex. inalação de cocaína, nitroglicerina sublingual inalável, p. ex. inalação de anestésicos. Outras intraperitoneal (infusão ou injeção na cavidade peritoneal), p. ex. diálise peritoneal epidural (sinônimo: peridural) (injeção ou infusão no espaço epidural), p. ex. anestesia epidural intratecal (injeção ou infusão no fluido cerebroespinhal), p. ex. antibióticos, anestesia espinhal ou anestesia geral Usos Algumas vias de administração podem ser usadas tanto para propósitos tópicos quanto sistêmicos, dependendo das circunstâncias. Por exemplo, a inalação de drogas para asma visa agir sobre as vias aéreas (efeito tópico), enquanto que a mesma inalação, porém, de anestésicos voláteis visa agir sobre o cérebro (efeito sistêmico). Por outro lado, uma mesma droga pode produzir diferentes resultados dependendo da via de administração. Por exemplo, algumas drogas não são absorvidas significativamente na corrente sanguínea a partir do trato gastrointestinal e, por isso, sua ação após administração enteral é diferente daquela após administração parenteral. Isto pode ser ilustrado pela ação da naloxona, um antagonista de opiáceos como a morfina. A naxolona contra-ataca a ação do opiáceo, no sistema nervoso central, quando administrado por via intravenosa e por isso é usada no tratamento de overdose de opiáceos. A mesma droga, porém, quando engolida, age exclusivamente no sistema digestivo; é assim usado para tratar constipações sob terapia da dor com opiáceos e não afeta o efeito de redução da dor causado pelo opiáceo. As vias enterais são geralmente a mais conveniente para o paciente, já que não há necessidade de se fazer punções ou utilizar procedimentos de esterilização. Medicamentos enterais são, por isso, frequentemente os mais preferidos para deficiências crônicas. Porém, algumas drogas não podem ser administradas desta forma porque sua absorção no trato digestivo é baixa ou imprevisível. A administração transdérmica é uma alternativa confortável; há, porém, somente algumas poucas preparações medicamentosas adequadas para a administração transdérmica. Em situações graves ou nas medicinas de emergência e de tratamento intensivo, as drogas são muito frequentemente administradas por via intravenosa. Isto ocorre porque pacientes pouco ou muito doentes podem apresentar alterações na absorção de substâncias através dos tecidos, ou alterações na motilidade digestiva, que podem causar absorção imprevisível do medicamento. https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Inje%C3%A7%C3%A3o_intraperitoneal&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Perit%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna https://pt.wikipedia.org/wiki/Nitroglicerina https://pt.wikipedia.org/wiki/Perit%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1lise https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_epidural https://pt.wikipedia.org/wiki/Anestesia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluido_cerebroespinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/Anestesia https://pt.wikipedia.org/wiki/Anest%C3%A9sico https://pt.wikipedia.org/wiki/Naloxona https://pt.wikipedia.org/wiki/Opi%C3%A1ceo https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central 22 Principios básicos de administração de medicamento para auxiliares e técnicos de enfermagem REGRA DOS 13 CERTOS PARA ADMINISTRAR MEDICAMENTO CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 1.Anotar com atenção o nome do paciente, quarto, leito, horário, medicamento e dose. 2. A administração de medicamentos não prescritos somente é permitido em casos de urgência e com autorização do enfermeiro. 3. A administração de medicamentos deverá ser conferida antes de sua administração para evitar dúvidas e rasuras no prontuário. 4. Um círculo em volta do horário significa que a medicação não foi administrada. 5. Verificar se o medicamento está disponível na unidade; caso contrário, solicitá-lo á escrituaria ou á farmácia. 6. Lavar sempre as mãos antes de iniciar o preparo da medicação. 7. Ler o rótulo do medicamento, observando seu prazo de validade, cor, aspecto e dosagem. 8. Não administrar medicamentos sem invólucros. 9. Ao preparar a medicação, ler três vezes o rótulo: antes de retirá-lo do recipiente, antes de colocar no copinho descartável ou aspirar na seringa e antes re recolocar no armário ou desprezar. 10. O medicamento só deve ser administrado pela pessoa que o preparou (exceto nos casos de protocolos institucionais). 11. Evitar conversasque impeçam a concetração e induzam a erros. 12. Qualquer dúvida sobre o medicamento ou sobre o procedimento, solicitar orientação do enfermeiro. 13. Certificar-se e respeitar os " certos" da administração de medicamentos: 14. Certificar -se das indicações de controles hídrico, dietas jejuns e suspensão de medicamentos. 15. Conferir se existem antecedentes de alergia e não administrar se for o caso. 23 PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONCEITO: Uma prescrição (também conhecida informalmente como receita médica) é a indicação de medicamentos e medidas médicas que um paciente humano deve tomar ou realizar. É indicado pelos médicos a receita médica humana de medicamentos para tratamento médico. Prescrições não- médicas incluem outros profissionais no auxílio de competências de outras grandes áreas: nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas ou médicos veterinários e compete aos farmacêuticos, às prescrições envolvendo fármacos obrigatoriamente a manipulação e dispensação, onde efetuarão neste ato a fiscalização da prescrição e orientação ao paciente. TIPOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA - Prescrições únicas: É quando um medicamento deve ser administrado apenas uma vez. Por exemplo, ele pode prescrever uma dose de toxoide tetânico para um paciente que apresenta uma ferida puntiforme e que recebeu uma série primária de toxoide tetânico há mais de 5 anos; - Prescrições imediatas: Quando um paciente precisa imediatamente de medicamento para um problema urgente o médico escreve uma prescrição imediata. Por exemplo, ele pode prescrever uma dose única imediata de um ansiolítico para tranquilizar um paciente muito agitado. Para o paciente com dor torácica aguda ele pode escrever uma prescrição imediata de nitroglicerina; - Prescrições S/N: Uma prescrição S/N permite que você administre um medicamento quando o paciente necessita dele. Naturalmente, você deve exercer um julgamento profissional razoável na determinação de quando e com que frequência deve administrar um medicamento S/N; - Prescrições permanentes: Denominadas também como protocolos, as prescrições permanentes derivam de orientações criadas por cada instituição de saúde para tratar determinadas doenças ou grupos de sintomas; - Prescrições verbais e telefônicas: As prescrições de medicamentos fornecidas por via oral, em vez de escritas, são conhecidas como prescrições verbais. É recomendado, sempre que possível, evitá-las. Há sempre um risco maior de você compreender erroneamente o que o médico quer, e como você não terá uma prova escrita de que fez o que lhe foi dito, isso pode gerar complicações. O perigo da comunicação errônea aumenta ainda mais quando o médico fornece uma prescrição verbal de medicamento por telefone. Uma conexão ruim, comoção em ambas as extremidades e a falta de indícios não-verbais de comunicação podem facilmente resultar em erros de medicação, caso você falhe em esclarecer exatamente o que o médico quer. Quando possível, utilize um aparelho de fax, em vez de receber uma prescrição verbal por telefone. ◊ Cuidados com os principais erros de prescrição: • A seleção de um medicamento incorreto; • Omissão da dose; • Formas farmacêuticas e de dosagem diferentes; • Via de administração; • Duração da terapia; • Diluentes inapropriados; https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dico https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutricionista https://pt.wikipedia.org/wiki/Educador_f%C3%ADsico https://pt.wikipedia.org/wiki/Enfermagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Dentista https://pt.wikipedia.org/wiki/Veterin%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Farmac%C3%AAutico https://pt.wikipedia.org/wiki/Assist%C3%AAncia_farmac%C3%AAutica 24 • Número errado de doses de um ciclo terapêutico; • Velocidade inapropriada de administração; • Concentração errada da medicação; • Drogas deterioradas; • Erros de técnica de administração; • Ilegibilidade da letra. ◊ Os principais fatores que podem levar a um erro de prescrição são: • Erros de cálculo; • Utilização de pontos decimais e zeros; • Abreviação; • Ordens verbais; • Confusão com a dose de um medicamento; • Letra ilegível do prescritor; • Ausência de informação. Para se precaver de ações judiciais, você deve cumprir suas obrigações legais. Isso significa estar totalmente familiarizada com os medicamentos que você administra e saber quando não seguir uma prescrição de medicamento. Também significa documentar suas ações, a resposta do paciente ao medicamento, e os incidentes relacionados com o cuidado ao paciente, incluindo os erros cometidos por você e por seus colegas. Quando se refere à administração de medicamento, a lei espera que você tome certas precauções, incluindo as seguintes: - No caso da prescrição estar ilegível ou incerta (confusa) o profissional deve recusar administrar o medicamento; - O profissional da enfermagem deve procurar meios de esclarecer uma prescrição ilegível ou confusa, nunca tente interpretá-la duvidosamente; - O conhecimento da farmacologia (limites de dosagens de segurança dos medicamentos) é muito importante para diminuir os riscos de intoxicações; - A anamnese terapêutica auxilia a evitar possíveis interações entre os medicamentos; Prescrição Medicamentosa no Brasil No Brasil, a prescrição de medicamentos só é permitida a: Médicos (Somente para uso humano e poder de prescrição ilimitado) Cirurgiões dentistas (somente para uso odontológico – Lei 5081/66) 25 Médicos veterinários (somente para uso veterinário – Lei 5517/68) Enfermeiros: medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, ou medicamentos fitoterápicos após conclusão de curso com carga horária de 360 horas - Lei 7498/86; Parecer COREN - BA nº 030/2014.[1] Farmacêuticos: Medicamentos fitoterápicos, não tarjados e,desde que haja diagnóstico médico prévio, apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde, os medicamentos com tarja.( RE 586/2013) Nutricionistas (somente fitoterápicos, isentos de prescrição médica e relacionados à prática do nutricionista - RE 402/2007 do Conselho Federal de Nutricionistas) Tarjas nos medicamentos No Brasil os medicamentos são classificados de acordo com os riscos que esses podem trazer aos pacientes, pelo uso indevido ou superdosagem. Essa classificação é feita por tarjas coloridas nas embalagens de cada medicamento. Sem tarja Não é necessário apresentação de receitas para a compra. Tarja vermelha A tarja vermelha indica ausência de perigo à saúde do paciente em relação a risco de morte, porém estes contém efeitos colaterais. A receita deve ser apresentada no ato da compra e em alguns casos deve ficar retida no estabelecimento. Tarja preta A tarja preta indica nos medicamentos risco médico e devem ser vendidos somente com receita médica e retenção desta. A venda de medicamentos de tarja preta no Brasil é controlada através de sistema eletrônico, implantado a partir de janeiro de 2008. O mecanismo impede o reaproveitamento de receitas e possíveis rasuras. Antigamente a venda destes medicamentos era anotada manualmente em livros que eram posteriormente recolhidos pela ANVISA. Produtos controlados Notificação de receita A notificação de receita, no Brasil, é uma prescrição medicamentosa escrita padronizada, que acompanha a receita e a autoriza. São utilizadas cores para indicar o grupo medicamentoso de risco. Assim, utiliza- se entorpecentes (cor amarela), psicotrópicos (cor azul) e retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca).https://pt.wikipedia.org/wiki/Prescri%C3%A7%C3%A3o_m%C3%A9dica#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Entorpecente https://pt.wikipedia.org/wiki/Amarelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicotr%C3%B3pico https://pt.wikipedia.org/wiki/Azul https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Retin%C3%B3ide&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunossupressor https://pt.wikipedia.org/wiki/Branco 26 Grupos de produtos controlados Grupo Exemplos A1 Entorpecentes : analgésicos, opióides e não opióides, analgésicos gerais A2 Entorpecentes : analgésicos, opióides e não opióides A3 Psicotrópicos : estimulantes do sistema nervoso central B1 Psicotrópicos : antiepiléticos, indutores do sono, ansiolíticos, antidepressivos, tranquilizantes B2 Psicotrópicos : anorexígenos C1 Controle Especial : antidepressivos, antiparksonianos, anticonvulsivantes, antiepiléticos, neurolépticos e anestésicos C2 Retinóides : tratamento de acne cística severa C3 Talidomida : reação leprótica (medicamento usado por gestantes contra enjoo que causava má formação do feto, fato foi muito discutido há algumas décadas) C4 Antiretrovirais : infecções originadas do HIV C5 Anabolizantes D1 Precursores de Entorpecentes / Psicotrópicos D2 Precursores de Síntese de Entorpecentes E Plantas F Produtos de uso proscrito no país https://pt.wikipedia.org/wiki/Entorpecente https://pt.wikipedia.org/wiki/Analg%C3%A9sico https://pt.wikipedia.org/wiki/Opi%C3%B3ide https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicotr%C3%B3pico https://pt.wikipedia.org/wiki/Anorex%C3%ADgeno https://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivo https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Antiparksoniano&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Anticonvulsivante https://pt.wikipedia.org/wiki/Anest%C3%A9sico https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Retin%C3%B3ide&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acne https://pt.wikipedia.org/wiki/Talidomida https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Antiretroviral&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/HIV https://pt.wikipedia.org/wiki/Anabolizante 27 Principais Siglas e Abreviaturas encontradas nas Prescrições Médicas A/O: Ambos os Olhos ou Ouvidos ACM: A Critério do Médico AMP: Ampola BID: 2 vezes ao dia BPM: Batimentos por Minuto cc: Centímetro Cúbico Ca: Cálcio CAPS: Cápsulas cm: Centímetro cm3: Centímetro Cúbico COL: Colírio COMP ou CP: Comprimidos CPM: Conforme Prescrição Médica CR: Creme D: Dia DRG / DG: Drágea ENV: Envelope EV/IV: Endovenosa/Intravenosa FLAC / FL: Flaconete FR: Frasco g/gr: Grama GT/GTS: Gota/Gotas INJ: Injetável h: Hora H202: Água Oxigenada ID: Intradérmica IM: Intramuscular IN: Intranasal KCl: Cloreto de Potássio kg: Kilograma KMnO4: Permanganato de Potássio L: Litro µg / mcg: Micrograma mg: Miligrama mm: Milímetro MTN: Manhã, Tarde, Noite NaCl: Cloreto de sódio NBZ: Nebulização O2: Oxigênio OD: Olho ou Ouvido Direito OE: Olho ou Ouvido Esquerdo PA: Pressão Arterial POM/PM: Pomada QD: 1 vez ao dia (todos os dias) QID: 4 vezes ao dia q.s.p.: Quantidade Suficiente Para S/N: Se Necessário SC: Subcutânea seg: Segundo SF: Solução Fisiológica / Soro Fisiológico SG: Solução Glicosada / Soro Glicosado SGF: Soro Glicofisiológico SL: Sublingual Sol: Solução SUP / SP: Supositório SUSP / SS: Suspensão SY: Spray TB: Tubo TD: Transdérmico TID: 3 vezes ao dia TRO: Terapia de Rehidratação Oral U: Unidades U.I.: Unidades Internacionais USO INT: Uso Interno USO EXT: Uso Externo VD: Vidro VOL.: Volume V.O: Via Oral 28 Mg: Magnésio mL: Mililitro min: Minuto V.R: Via Retal V.V: Via Vaginal XPE/XP: Xarope CUIDADOS QUE SE DEVE TOMAR AO ADMINISTRAR MEDICAMENTOS A administração de medicamentos, prática realizada nas instituições hospitalares sob responsabilidade da equipe de enfermagem, deve ser vista por todos os profissionais de saúde envolvidos com a terapia medicamentosa como apenas uma das partes do processo de medicação. No que diz respeito à enfermagem esta deve ater-se não somente aos procedimentos técnicos e básicos inerentes à profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo medicamento desde o momento que o médico o prescreve até a sua administração ao paciente e analisar criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre suas possíveis falhas e causas. A enfermagem deve colaborar com a segurança do sistema buscando soluções para os problemas existentes, além de colaborar com pesquisas sobre esta temática. A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no ambiente hospitalar, no entanto, ao longo dos últimos anos, têm-se evidenciado a presença de erros no tratamento medicamentoso causando prejuízos aos pacientes que vão desde o não-recebimento do medicamento necessário até lesões e mortes. A administração de medicamentos corresponde a última oportunidade de prevenir um erro na medicação que pode ter surgido já na prescrição ou na dispensação dos medicamentos. Os profissionais de saúde devem estar cientes e alertas para este fato e buscar, permanentemente, medidas de prevenção de erros através de novos conhecimentos, condutas ou de estratégias que visem proteger todos os envolvidos, principalmente o paciente. Obter uma visão ampla do sistema de medicação possibilita aos profissionais condições de análise e intervenções que garantam uma assistência responsável e segura ao paciente e a si próprio. A partir dessas considerações esse estudo tem por objetivo discorrer sobre tipos e causas de erros na medicação e sobre a importância de que haja uma visão ampla do sistema de medicação dentro da instituição hospitalar. 29 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA PARENTERAL O termo parenteral refere-se à administração de drogas ou nutrientes por qualquer via que não seja a oral e a intestinal. A especificidade de cada medicamento, o tipo de ação desejada(local ou geral) e a velocidade de absorção pretendida, determinam a escolha desta ou daquela via, porém, qualquer que seja a escolha, a administração exige muitos cuidados, como: técnica especializada, material absolutamente estéril do inicio ao fim do procedimento e encaixe perfeito dos componentes da seringa e da agulha na seringa. Os medicamentos parenterais são comumente injetados: No músculo -> injeção intramuscular(IM). Na veia -> injeção intravenosa ou endovenosa(IV ou EV). No tecido subcutâneo -> injeção subcutânea ou hipodérmica(SC). Sob a epiderme -> injeção intradérmica(ID). Todas as vias têm a vantagem de apresentar uma absorção mais rápida do que a via oral ou intestinal e sendo a absorção mais completa, pode -se determinar doses mais precisas e prever com maior segurança seus resultados. A desvantagem é que uma vez ministradas, não é possível retirá-las, e como são absorvidas rapidamente, pode haver uma lesão considerável em pouco tempo, devido a uma droga dada por engano. Como a pele é rompida em todas estas vias, existe também o risco de uma infecção, por isso devem ser preparadas e administradas com técnica asséptica. CUIDADOS BÁSICOS ANTES DA APLICAÇÃO Quanto à sala de preparo de medicação: Ambiente arejado, boa iluminação; Bancada de preparo, pia com torneira, suporte para sabão liquido, papel toalha, lixeira com tampa; 30 Recipiente de parede rígida para coletar os resíduos. Quanto ao armazenamento de seringas e agulhas descartáveis Local fresco, sem umidade, isento de poeira, longe de material perfurante ou cortante que possa romper as embalagens; Seringas e agulhas dispostas de acordo com seu calibre; Podem ser guardadas em gavetas ou armários fechados; As embalagens das seringas e agulhas devem manter-se intactas até o momento de sua utilização, a fim de evitar contaminação. Quanto à prescrição médica: Deve-se verificar: nome do paciente, data da prescrição, nome do medicamento, concentração e dosagem a administrar, horário de administração, assinatura e o número de registro no respectivo Conselho Regional. Quanto ao medicamento: Observar: aspecto da substância e validade da droga. Quanto à lavagem das mãos: As mãos são consideradas veículos de contaminação quando não levadas em consideração três fatores fundamentais: técnica correta, freqüência e condições adequadas para a lavagem das mesmas. A técnica de lavagem das mãos deve ocupar o papel principal no controle das infecções, devido a sua importância no combate às infecções cruzadas(transmissão de germes do profissional para o paciente). EQUIPAMENTO USADO: 1- Seringas: tem o cilindro e o êmbolo ( retira e instila o medicamento). O tamanho da seringa é medido em: ml, cm³, unidade. Tamanho varia de 1 a 60ml. 2- Agulhas: tem vários comprimentos – vai depender da profundidade da instilação ( o comprimento da agulha varia de 6,3mm a 7,6cm ); As agulhas mais longas (25,4mm a 37,9mm) são usadas para IM. 3- CALIBRE DA AGULHA: refere-se ao seu diâmetro ou largura, quanto menor o número, maior o diâmetro : os mais comuns são: 5,6,7,8,9,10 mm. O BIZEL CURTO É PARA INJEÇÃO INTRADÉRMICA (ID), SUBCUTÂNEA (SC), ENDOVENOSA (EV). PARA A INTRAMUSCULAR USA BIZEL LONGO. 31 TAMANHOS MAIS USADOS TIPO DE INJEÇÃO TAMANHO DA SERINGA TAMANHO DA AGULHA SUBCUTÂNEA até 1 ml 13x4,5 INTRAMUSCULAR 3 e 5 ml 25x7 25x8 INTRADÉRMICA 1 ml 13x4,5 INSULINA 1 ml 13X4,5 Requisitos básicos para administração parenteral - Drogas estéreis - Serem líquidas - Estarem isentas de substâncias pirogênicas - Os materiais para o preparo devem estar estéreis ou de preferência serem descartáveis - A administração tem que ser lenta. COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER - Infecção local: sinais flogísticos: edema, vermelhidão, calor local, dor – pode ter pus. - Infecção generalizada: microorganismos na corrente sanguínea (septicemia) - Má absorção da droga: formação de massa palpável ( nódulo). - Estresse emocional - Trauma tissular: injeções repetidas no mesmo local, musculatura hipotrófica, local impróprio, etc. - Fenômenos alérgicos: susceptibilidade do indivíduo ao produto. - Reação local: fenômeno de Arthus: reação provocada por injeções repetidas no mesmo local, caracterizada por infiltração, edema, hemorragia e necrose no ponto de inoculação. Reação geral: choque anafilático ( dilatação vascular, congestionamento da face, palidez, vertigem, agitação, ansiedade, tremores, cianose, edema de glote podendo chegar até a morte. 32 ORIENTAÇÕES PARA RETIRADA DO MEDICAMENTO DA AMPOLA - Selecione seringa e agulha - Quebre a ampola na direção contrária a do seu corpo ( proteja os dedos com algodão ou gaze. - Insira a agulha na ampola e aspire a medicação. - Proteja a agulha. ORIENTAÇÕES PARA RETIRADA DE MEDICAMENTO DE UM FRASCO - Retire a parte metálica que protege a tampa de borracha - Complete a seringa com volume de ar igual ao que será tirado do frasco e injete nele ( para aumentar a pressão no interior do frasco). - Isso facilitará a retirada do medicamento - Inverta o frasco, segure firme e puxe o êmbolo tirando a quantidade exata do medicamento. - Retire a agulha do frasco, já com o medicamento na seringa e a proteja. - RECONSTITUIÇÃO DO MEDICAMENTO É o processo de adição de líquido, conhecido como diluente, a uma substância em pó – (água estéril ou soro fisiológico). Rolar o frasco entre as mãos facilita a dissolução do medicamento em pó, deve estar sem agulha VIAS PARA INJEÇÃO - Intradérmica (ID) : feita entre as camadas da pele. - Subcutânea (SC): feita sob a pele, mas acima do músculo - Intramuscular (IM): no interior do tecido muscular - Endovenosa (EV): o medicamento é instilado na veia. INJEÇÃO INTRAMUSCULAR É a introdução do medicamento direto no músculo, devido a absorção ser mais rápida. TÉCNICA: a agulha é inserida na pele formando um ângulo de 90º, alcançando o tecido muscular. - Administrar até 3 ml do medicamento ( variando de 2 a 5 ml ). - Quadrante superior externo da região glútea ( músculo glúteo ): quadrante superior externo da nádegas, identificar bem o local para não causar danos no nervo ciático. - Divide a nádega em 4 quadrantes imaginários e faz no quadrante externo superior. 33 - Região do músculo deltóide: encontra-se na face lateral da parte superior do braço. É o local menos usado dos para IM, poe ser pequeno. É usado em adultos. - TECNICA : medir 4 dedos abaixo do ombro, no meio do músculo, no sentido da largura. OBSERVAÇÕES - É necessária habilidade e conhecimento da técnica para aplicação correta do medicamento. - Um risco da injeção IM é a penetração em um vaso sangüíneo, o que pode ser evitado aspirando um pouco antes de injetar a medicação. - Ao se fazer aplicação no glúteo observar o local de introdução da agulha por haver perigo de se atingir o nervo ciático. - . Região do vastus lateralis (face ântero-lateral da coxa): Encontra-se no interior da parte externa da coxa, no músculo que dá nome ao local. Grandes enervações e vasos sangüíneos estão ausentes nessa área, o que garante maior segurança. Local preferido para administrar injeções em crianças, pessoas magras, etc... - A região é encontrada colocando-se uma mão abaixo do trocanter maior, na parte superior da coxa. A agulha é inserida na área lateral da coxa. (distancia de 12 a 15cm abaixo do trocanter maior e, interiomente com a distancia de 9 a 12cm acima do joelho). 34 TÉCNICA DA INJEÇÃO IM - Bandeja contendo; algodão embebido em álcool, recipiente para desprezar o material sujo, medicamento prescrito. - Método: conferir nome do paciente, medicação, dosagem, vias de administração e horário. - Lavar as mãos. - Preparar o medicamento: agitar a ampola, limpar o gargalo, montar seringa com agulha. - Aspirar medicamento. - Explicar o procedimento ao paciente, colocando-o na posição certa. - Anti-sepsia do local. - Segurar firmemente o músculo com a mão esquerda, introduzir a agulha usando um ângulo de 90º. - Faça medicação, retire a agulha, fazendo leve compressão e massagem no local. - Checar a medicação. 35 INJEÇÃO INTRADÉRMICA – ID Introdução de pequena quantidade de líquido na camada dérmica. Normalmente usadas com propósitos diagnósticos. (testes de alergia) São usados pequenos volumes, no máximo 0,05 ml injetados. Os locais mais indicados são a face interna do antebraço, e região escapular. equipamento é uma seringa de no máximo de 1ml e calibrada em 0,01 ml, com agulha de calibre 13 x 4,5 – seringa de tuberculina é a usada. – o medicamento tem que ser feito em pequena profundidade. Técnica: limpe a área com algodão embebido em alcool, deixe a pele secar (para evitar irritação), segure o braço e estique a pele ( ajuda na penetração da agulha ). Segure a seringa quase paralela à pele ( ângulo de 10º a 15º, com o bisel apontado para cima, inserir a agulha. Não massageie a área após a injeção. INJEÇÃO SUBCUTÂNEA É a administração do medicamento no tecido subcutâneo. medicamento instilado entre a pele e o músculo é absorvido mais lentamente que nas injeções IM. volume é em geral de até 1 ml. A via costuma ser usada para a administração de insulina e de heparina.- no caso da heparina se fizer lentamente pode causar menos desconforto. Os locais mais usados são parte superior do braço, coxa, abdomen, costas. material usado é uma seringa para insulina, com agulha calibre 13 x 4,5, bolas de algodão umedecidas em álcool, lavar as mãos, explicar o que vai ser feito - Técnica: em uma pessoa de peso médio usa-se um ângulode 90º; aspirar, injetar a medicação, retirar a agulha; nas aplicações de insulina não fazer massagem, anotar a medicação feita, guardar o frasco de insulina na geladeira. Em pessoas mais obesas usar 36 ângulo de 45º. ADMINISTRANDO INSULINA A insulina é um hormônio administrado por injeção subcutânea. Uma seringa de insulina comporta um volume até 1 ml, mas é calibrada em unidades. Os pacientes que necessitam de insulina recebem uma ou mais injeções diária. ADMINISTRANDO HEPARINA A heparina é uma droga anticoagulante, podendo ser feita por via SC ou EV, conforme prescriçao médica. São usadas seringas de tuberculina pelo fato da dosagem ser pequena. A agulha deve ser trocada após ser usada para retirar a dosagem de um frasco com dose múltipla, 37 devendo ser distribuida por outra para administração. Fazer rotatividade no local das injeções – colocar compressa gelada no local da injeção para fazer vasoconstrição. O êmbolo não deve ser aspirado uma vez a agulha no local. – massagens locais são contra indicadas. MEDICAÇÃO ENDOVENOSA CONCEITO: É a administração de medicação através de um acesso venoso, feito através de venopunção. As vias podem ser periféricas (feita por enfermeiros) ou centrais. MOTIVO DA ESCOLHA DA VIA: • Necessidade de reação rápida numa emergência; • Quando a doença afetar a absorção ou o metabolismo do medicamento (ex.: paciente com queimadura grave.); • Evitar desconforto das outras vias de injeção; • Quando a droga precisa ser mantida num nível terapêutico; • Quando a terapia medicamentosa for prolongada. • CATÉTER PARA ENOPUNÇÃO: • Existem vários tipos para serem utilizados. • Os cateteres podem ser adquiridos em diversos diâmetros ou calibres. • Quanto maior o número do calibre, menor o diâmetro. • O diâmetro deve ser sempre menor do que a veia, onde vai ser inserido. •Material também usado: luvas, garrote, algodão com solução anti-séptica, fita adesiva para prender a agulha. • As veias da mão e do antebraço são as mais usadas para venopulção, as do couro cabeludo são utilizadas no caso de bebês e crianças pequenas. 38 39 PUNCIONANDO A VEIA - Examine os locais para punção - Trazer o material que será usado: fita adesiva, cateter, butterfly ( escalpe) algodão com solução anti-séptica. - Colocar o paciente de forma adequada e confortável. - Lavar as mãos. - Aplique o garrote 5 a 10 cm acima da veia a ser utilizada, isso distenderá a veia. - Faça anti-sepsia e espere secar. - Ponha luvas - Posicione o cateter de venopunção com o bisel para cima a um ângulo de 45º e puncione. - No caso de abocath, espere aparecer o sangue e acabe de inserir a agulha. - Solte o garrote e conecte o equipo, prendendo o cateter com agulha 40 41 TIPOS DE INFUSÃO INFUSÃO CONTÍNUA: É a instalada durante várias horas – método também chamado de gotejamento contínuo. INFUSÃO INTERMITENTE: É aquela em que a medicação EV é dada em um intervalo de tempo curto. Pode ser feita: •Em BOLUS: o termo refere-se a uma substância que é dada toda de uma vez. É aquela em que um medicamento não diluido é dado todo pela veia – o termo IMPULSO é utilizado para descrever uma administração em bolus – a administração é feita através de um orifício de entrada em um equipo já existente. •INFUSÃO SECUNDÁRIA: envolve a administração de uma droga que foi diluida em um volume pequeno de solução ( 50 a 100 ml – durante 30 a 60 min ). CATETER VENOSO CENTRAL É um dispositivo de acesso venoso que vai até a veia cava ou o átrio direito. É usado quando: o medicamento vai ser usado a longo prazo, quando a medicação EV está irritando as veias periféricas, quando a inserção do cateter periférico está difícil. 42 MEDICAMENTOS VIA ORAL O CATETER pode ter um único ou múltiplos lúmens: cada um infunde através de canal separado e sai do cateter em um local diferente. As medicações não interagem uma com as outras. Um lúmen não utilizado pode ser fechado e mantido desobstruido através de irrigação programada com solução salina ou heparina. As drogas podem ser deglutidas ou instiladas numa sonda. Os medicamentos são absorvidos pelo trato gastrointestinal. Os medicamentos podem estar em forma líquida ou sólida. medicamento pode estar revestido por uma substância que sómente dissolve depois de passar pelo estômago (não mastigar, triturar, não cortar). medicamento também pode ser dado sublingual. A administração deve ter um horário pré-determinado ( ex: 4 vezes por dia- 8 12 16 20) Planeje administrar o medicamento dentro de meia a uma hora no horário programado. Faça o preparo seguro da droga. TÉCNICA Lave as mãos Leia e compare o rótulo do medicamento com a prescrição ( 3 vezes), para garantir o medicamento certo. Confira a prescrição da dosagem Evite tocar no medicamento. Derrame o líquido do lado contrário ao rótulo. Coloque a medida exata. Coloque o paciente sentado ( facilita a deglutição) Identifique o paciente antes de dar o medicamento (paciente certo) Coloque água num copo e ofereça (antes e depois) Ingerir o medicamento um de cada vez ( evitar asfixia ) Permaneça com o paciente até o medicamento ser deglutido) Recoloque o paciente em posição de conforto Anote a medicação dada Avalie a reação do paciente medicamento sempre deve ser trazido até o leito Dê a droga apenas que você preparar Não deixar o remédio no quarto. 43 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR SONDA ENTERAL ORIENTAÇÕES: Usar medicação líquida (para não obstruir a sonda ) Adicione de 15 a 60 ml aos medicamentos mais espessos (facilita administração) Misture cada droga em separado com um mínimo de 10 a 30 ml de água. Use água morna ao misturar drogas em pó ( facilita diluição ) Fure a extremidade de uma cápsula gelatinosa e aperte ou aspire com agulha e seringa Triture os comprimidos ( facilita a absorção ) Interrompa a alimentação via sonda durante 15-30 min antes da administração de medicação e após a mesma ( facilita a ação terapêutica da droga ) Lave as mãos antes do procedimento Prepare cada medicamento separadamente. Coloque o paciente em fowler ( evita o refluxo gástrico ) Ponha luvas ( evitar contato com secreções ) Adapte a seringa e instilar 15 a 30 ml por gravidade ( enxaguar a sonda antes da medicação. Evite instilar ar Aplique suave pressão com o êmbolo da seringa se o medicamento não fluir com facilidade Entre cada medicação injetar 5 ml de água ( evitar interação das drogas ) Injetar 30 ml de água após todas as drogas terem sido injetadas. Feche a sonda por 30 min e mantenha a cabeceira da cama elevada ( evitar refluxo do medicamento ) Observe o abdome após administração, presença de naúseas e vômito ) 44 MEDICAÇÃO TÓPICA VIAS COMUNS DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA VIA LOCAL VEÍCULO cutânea pele Unguento, creme, loção, sublingual Sob a língua Comprimido, spray bucal Entre as maçãs do rosto e pastilha vaginal Na vagina ducha 45 retal No reto Supositório, irrigação auditiva ouvido Gotas, irrigação Oftálmica nasal Olho nariz Gotas, unguento Spray, unguento APLICAÇÕES CUTÂNEAS: São aquelas que as drogas são friccionadas na pele ou colocadas em contato com ela Exemplo: pomadas emplastros unguentos APLICAÇÃO DE UM UNGUENTO: Unguento é um medicamento incorporado a um agente transportador, podendo ser uma pomada, óleo, loção ou creme, e passado na pele. TÉCNICA DE APLICAÇÃO: •Lave as mãos •Ponha luvas ( caso sua pele ou do paciente não estejam íntegras ). •Limpe a área de aplicação com água e sabão (promover absorção ) •Aqueça o unguento caso ele venha a ser aplicado em área sensível ( promove conforto) •Agite o conteúdo de unguentos
Compartilhar